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RIO DE JANEIRO
JANEIRO/2016
KARLA DOS SANTOS SILVA
MATHEUS CARVALHEDA GERMANO
ii
RIO DE JANEIRO
JANEIRO/2016
SUMÁRIO
1. OBJETIVO 1
2. DADOS DE PROJETO 2
iii
1. OBJETIVO
2. DADOS DE PROJETO
Para análise do efeito do vento na estrutura, utilizou-se a NBR 6123: Forças devido ao
Vento em Edificações.
Vk = S1 × S2 × S3 × V0
4
A velocidade básica do vento (V0) é definida como a velocidade de uma rajada de 3s,
excedida em média uma vez em 50 anos, a 10 metros acima do terreno, em campo aberto e
plano. Para sua determinação, utilizou-se o gráfico das isopletas da velocidade básica no
Brasil, que é apresentado na NBR 8800.
V0 = 35 m/s
3.2.1.2. Fator S1
S1 = 1,0
3.2.1.3. Fator S2
a) Rugosidade do Terreno
Categoria IV
5
b) Dimensões da Edificação
A classe da edificação também deve ser determinada para se obter o valor de S2.
Através das dimensões do edifício é possível classifica-lo em uma das três classes
apresentadas na tabela abaixo:
Para 0°, a maior dimensão é igual a 20 m, logo, segundo a Tabela 02, a edificação é da
seguinte classe:
Para 0° Classe A
Para 90°, a maior dimensão é igual a 60 m, logo, segundo a Tabela 02, a edificação é
da seguinte classe:
A altura (z) sobre o terreno foi calculada considerando um telhado de uma água com
inclinação de 5°, e é igual a 14,35 m. No entanto, para efeitos de simplificação do cálculo,
considerou-se a altura igual a 15 m.
z = 15 m
d) Determinação de S2
3.2.1.4. Fator S3
S3 = 1,00
3.2.1.5. Cálculo de Vk
Dispondo dos valores da velocidade básica do vento (35 m/s), do fator S1 (1,00), do
fator S2 (0,90 para o vento a 0° e 0,84 para o vento a 90°) e do fator S3 (1,00), calculou-se a
velocidade característica através da equação apresentada anteriormente.
q = 0,613Vk 2
Para o vento com ângulo de incidência igual a 0°, a configuração da Figura 02a é
apresentada na norma. Logo, com os valores obtidos na Tabela 04, conclui-se que os
coeficientes de forma para a situação em questão estão configurados como na Figura 02b.
Para o vento com ângulo de incidência igual a 90°, a configuração da Figura 03a é
apresentada na norma. Logo, com os valores obtidos na Tabela 05, conclui-se que os
coeficientes de forma para a situação em questão estão configurados como na Figura 03b.
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Além dos valores acima apresentados, para vento a 0°, o coeficiente de forma é igual a
- 0,2 nas regiões I e J, pois a/b > 2. Com os valores obtidos na Figura 05, conclui-se que os
coeficientes de forma para a situação em questão estão configurados como na Figura 06.
3.2.5. Representações
A edificação possui paredes permeáveis nas maiores faces e paredes impermeáveis nas
outras duas faces, resultando em diferentes coeficientes de pressão para cada direção. Com o
auxílio da NBR 6123, obtiveram-se os seguintes valores para o coeficiente de pressão interna:
p=c×q×d
Onde:
p: carregamento crítico;
Vento a 0° - Sobrepressão
Vento a 0° - Sucção
Para o cálculo das terças, será considerada uma cobertura formada por telhas
industriais trapezoidais de policarbonato, com 8 mm de espessura e peso de aproximadamente
1,16 kg/m². Dessa forma, o carregamento provocado pela cobertura será de 11,38 N/m².
Adotando uma distância entre terças de 2,50 m e uma distância entre tesouras de 6,00
m, podemos determinar o carregamento uniformemente distribuído gerado pela cobertura em
cada terça. Para efeitos práticos, realizaremos o dimensionamento para as terças mais
solicitadas, que são aquelas que não se encontram nas extremidades do telhado.
Neste caso, temos como cargas permanentes o peso próprio das telhas e o peso próprio
das terças. As telhas constituem elementos construtivos em geral, por isso suas ações devem
ser majoradas pelo coeficiente 1,50 quando resultarem em solicitações desfavoráveis. Já as
terças são elementos estruturais metálicos e, por isso, suas ações devem ser majoradas pelo
coeficiente 1,25 quando resultarem em solicitações desfavoráveis.
O vento deve ter sua ação majorada pelo coeficiente 1,40 e possui um fator de
combinação de 0,60 quando não for a ação variável principal. Já a sobrecarga acidental deve
ser majorada pelo coeficiente 1,50 e possui um fator de combinação 0,80 quando não for a
ação variável principal.
Como os vãos das terças são de 6,00 m e como elas se encontram espaçadas de 2,50
m, a sobrecarga nas terças pode ser expressa sob a seguinte carga linearmente distribuída:
De acordo com a Figura 21, todos os carregamentos devem ser decompostos nos eixos
principais da terça, com exceção da carga de vento. Assim, temos:
90°). Da mesma forma, a atuação de duas ações variáveis sempre irá gerar um carregamento
maior do que quando tais ações atuam de forma isolada, o que anula as combinações com
apenas uma carga variável.
q l (1346,75 N/m) × (6 m)
V 01,max = = = 4040,25 N
2 2
q l (2102,73 N/m) × (6 m)
V 03,max = = = 6308,19 N
2 2
Será adotado inicialmente para a terça um perfil U 152 mm x 19,4 kg/m (peso próprio
ligeiramente menor ao que foi estimado). Ele possui as seguintes propriedades:
Para a seção transversal escolhida (perfil U 152 mm x 19,4 kg/m), temos os seguintes
parâmetros de esbeltez:
bf 54,8 mm
𝜆mesa = = = 3,15
2 tf 2 × (8,7 mm)
h0 135 mm
𝜆alma = = = 12,16
t0 11,1 mm
E 205000 MPa
𝜆pl = 0,32 √ = 0,32 √ = 9,16
fy 250 MPa
Para a seção transversal escolhida (perfil U 152 mm x 19,4 kg/m), temos que o
parâmetro de esbeltez da mesa é menor que o limite de esbeltez 𝜆pl . Logo, a seção é de classe
1 na mesa (supercompacta).
Nd E 205000 MPa
λpl = 2,43 (1- 0,39 ) √ = 2,43 (1- 0) √ = 69,58
0,9 Ny fy 250 MPa
23
Para a seção transversal escolhida (perfil U 152 mm x 19,4 kg/m), temos que o
parâmetro de esbeltez da mesa é menor que o limite de esbeltez 𝜆pl . Logo, a seção também é
de classe 1 na alma (supercompacta).
A 1266 69923,92
Quanto à flambagem local, o perfil adotado (U 152 mm x 19,4 kg/m) atende, uma vez
que o máximo momento atuante (9462,29 N.m) é menor que o momento resistente.
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2 b t3f + h t3w 2 × (4,93 cm) × (0,87 cm)3 + (14,37 cm) × (1,11 cm)3
IT = =
3 3
IT = 8,72 cm4
h²
IW = × (Ix + A x2g − q xg A)
4
(14,37 cm)2
IW = × [(724 cm4 ) + (24,7 cm²) × (1,31 cm)2 - (1,51 cm) ×
4
(1,31 cm) × (24,7 cm²)]
IW = 37041,86 cm4
Como a terça é tomada como uma viga bi-apoiada, o valor de Cb adotado é igual a 1,0
(já que o momento máximo ocorre no meio do vão). Dessa forma, o momento crítico de
flambagem lateral é calculado pela seguinte fórmula:
π2 π4
Mcr = √ E Iy G IT + E2 Iy IW
l2 l4
Mcr =
π2 π4
√ 2
× (20500) × (43,9) × (7893) × (8,72) + 4
× (20500)2 × (43,9) × (37041,86)
(600) (600)
Como tal razão é menor que 0,67 e o perfil é classe 1, o momento resistente à
flambagem lateral é dado por:
Quanto à flambagem lateral, o perfil adotado (U 152 mm x 19,4 kg/m) também atende,
uma vez que o máximo momento atuante (9462,29 N.m) é menor que o momento resistente.
Mdx Mdy
+ ≤ 1,0
Mrx Mry
Conclui-se que o perfil U 152 mm x 19,4 kg/m atende todos os critérios relacionados à
flexão. Resta agora verificá-lo quanto ao cisalhamento e quanto à flecha máxima.
26
Para determinar se o perfil adotado (U 152 mm x 19,4 kg/m) atende aos critérios de
resistência ao esforço cortante, é necessário classificá-lo de forma semelhante ao que foi feito
na verificação à flexão. Em seguida, será calculado o esforço cortante resistente de cálculo e
tal valor será comparado com a solicitação que de fato atua sobre as terças.
4.7.1. Classificação da Seção
h0 135 mm
𝜆alma = = = 12,16
t0 11,1 mm
E 205000 MPa
𝜆pl = 2,50 √ = 2,50 √ = 71,59
fy 250 MPa
Para a seção transversal escolhida (perfil U 152 mm x 19,4 kg/m), temos que o
parâmetro de esbeltez da alma é menor que o limite de esbeltez 𝜆pl . Logo, a seção também é
de classe 1 para o cisalhamento (supercompacta).
Vn Vpl 0,60 Aw fy
Vr = = =
γa1 γa1 1,10
Assim, temos:
Quanto ao cisalhamento, o perfil adotado (U 152 mm x 19,4 kg/m) atende, uma vez
que o máximo cortante atuante (6308,19 N) é menor que o cortante resistente.
A flecha máxima na viga é menor que a flecha admissível. Logo, o perfil adotado (U
152 mm x 19,4 kg/m) passa nesta verificação e será definitivamente escolhido como o perfil
das terças.
28
As treliças metálicas são muito utilizadas em estruturas para coberturas, aliando leveza
e resistência. Elas são compostas por barras ligadas entre si por nós articulados, cujas cargas
se aplicam nesses mesmos nós. Dessa forma, os esforços solicitantes em cada barra são
unicamente forças normais.
Quanto ao peso próprio desse tipo de estrutura, a flexão por ele causada é muito
pequena. Por esse motivo, essa flexão é desprezada e a carga distribuída é substituída por
duas cargas concentradas e de mesma intensidade nas extremidades das barras.
Nesse projeto, os elementos da treliça foram dimensionados com perfis tubulares de aço
MR-250 e dispostos como na figura abaixo:
D4 2,90 m D8 2,57 m
Banzos Inferiores (Binf)
Binf,1 = Binf,2 = Binf,3 = ... = Binf,8 2,50 m
Banzos Superiores (Bsup)
Bsup,1 = Bsup,2 = Bsup,3 = ... = Bsup,8 2,51 m
5.1. Carregamentos
5.1.1. Cargas Permanentes
Como se trata de uma tesoura metálica, o seu peso próprio pode ser estimado através da
seguinte fórmula:
Cargas P1 P2
PPtesoura (180 N/m²) × (2,5 m) × (6m) /8 ≅ 338 N (180 N/m²) × (2,5 m) × (6m) /16 ≅ 169 N
Cargas P1 P2
PPtelhas (11,38 N/m²) × (2,50m) × (6,00m) ≅ 171 N (11,38 N/m²) × (1,25 m) × (6,00m) ≅ 86 N
Figura 25: Cargas Nodais devidas ao Peso Próprio dos Elementos Construtivos (Telhas)
31
Figura 26: Diagrama de Esforços Normais devido ao Peso Próprio dos Elementos Construtivos (Telhas)
5.1.2. Sobrecarga
Como a sobrecarga é por área (N/m²), é preciso determinar a área de influência desse
carregamento sobre cada nó para transformá-lo em uma carga nodal (concentrada). Através de
uma rápida análise, antes mesmo da realização dos cálculos, é possível perceber que as cargas
que irão atuar nos nós intermediários dos banzos superiores são maiores que as que atuarão
nos nós extremos, pois a área de influência sobre eles é metade da área dos demais.
5.1.3. Vento
Vento a 0° - Sobrepressão
Vento a 0° - Sucção
Vento
Peso Próprio
Barras Sobrecarga Sobrepressão Sucção
Estrutura Telhas 0° 90° 0° 90°
Banzo Inf. 1 - 8098 - 936 - 20533 - 5069 + 30273 + 51476 + 39280
Banzo Inf. 2 - 2570 - 297 - 6517 - 1664 + 5779 + 16949 + 8735
Banzo Inf. 3 + 2202 + 255 + 5584 + 1282 - 13214 - 12921 - 15493
Banzo Inf. 4 + 5884 + 680 + 14919 + 3563 - 24259 - 36062 - 30591
Banzo Inf. 5 + 7904 + 914 + 20041 + 4833 - 27190 - 48960 - 35779
Banzo Inf. 6 + 7213 + 834 + 18288 + 4451 - 21702 - 45136 - 29613
Banzo Inf. 7 + 1636 + 189 + 4147 + 1095 - 1048 - 11186 - 2993
Banzo Inf. 8 - 14170 - 1638 - 35929 - 8490 + 51360 + 85840 + 66453
Banzo Sup. 1 0 0 0 - 385 - 2980 + 3468 - 2296
Banzo Sup. 2 - 6095 - 705 - 15455 - 4057 + 24888 + 40694 + 32099
Banzo Sup. 3 - 11644 - 1346 - 29524 - 7396 + 48776 + 74551 + 61922
Banzo Sup. 4 - 16435 - 1900 - 41672 - 10274 + 67143 + 103733 + 85403
Banzo Sup. 5 - 20131 - 2328 - 51042 - 12485 + 77706 + 126162 + 99894
Banzo Sup. 6 - 22159 - 2562 - 56184 - 13680 + 80299 + 138308 + 104612
Banzo Sup. 7 - 21465 - 2482 - 54424 - 13218 + 74440 + 133667 + 97933
37
m n
Onde:
FQj,k = representa os valores característicos das ações variáveis que podem atuar
concomitantemente com a ação variável principal;
Os termos das demais combinações, bem como os resultados obtidos, estão listados
nas tabelas a seguir.
B. Inf. 6 1,25 + 7213 1,50 + 834 1,50 + 18288 1,40 0,6 + 4451 + 41438
B. Inf. 7 1,25 + 1636 1,50 + 189 1,50 + 4147 1,40 0,6 + 1095 + 9469
B. Inf. 8 1,25 - 14170 1,50 - 1638 1,50 - 35929 1,40 0,6 - 8490 - 81195
B. Sup. 1 1,25 0 1,50 0 1,50 0 1,40 0,6 - 385 - 323
B. Sup. 2 1,25 - 6095 1,50 - 705 1,50 - 15455 1,40 0,6 - 4057 - 35267
B. Sup. 3 1,25 - 11644 1,50 - 1346 1,50 - 29524 1,40 0,6 - 7396 - 67073
B. Sup. 4 1,25 - 16435 1,50 - 1900 1,50 - 41672 1,40 0,6 - 10274 - 94532
B. Sup. 5 1,25 - 20131 1,50 - 2328 1,50 - 51042 1,40 0,6 - 12485 - 115706
B. Sup. 6 1,25 - 22159 1,50 - 2562 1,50 - 56184 1,40 0,6 - 13680 - 127309
B. Sup. 7 1,25 - 21465 1,50 - 2482 1,50 - 54424 1,40 0,6 - 13218 - 123293
B. Sup. 8 1,25 - 15866 1,50 - 1834 1,50 - 40229 1,40 0,6 - 9769 - 91133
Mont. 1 1,25 - 1310 1,50 - 86 1,50 - 1875 1,40 0,6 - 417 - 4929
Mont. 2 1,25 + 4229 1,50 + 489 1,50 + 10722 1,40 0,6 + 2605 + 24291
Mont. 3 1,25 + 3234 1,50 + 374 1,50 + 8199 1,40 0,6 + 1996 + 18579
Mont. 4 1,25 + 2172 1,50 + 251 1,50 + 5507 1,40 0,6 + 1346 + 12483
Mont. 5 1,25 + 1015 1,50 + 117 1,50 + 2574 1,40 0,6 + 638 + 5841
Mont.6 1,25 - 287 1,50 - 33 1,50 - 728 1,40 0,6 - 158 - 1633
Mont. 7 1,25 - 1826 1,50 - 211 1,50 - 4631 1,40 0,6 -1099 - 10469
Mont. 8 1,25 - 3793 1,50 - 439 1,50 - 9618 1,40 0,6 - 2300 - 21759
Mont. 9 1,25 - 6487 1,50 - 685 1,50 - 15000 1,40 0,6 - 3602 - 34662
Diag.1 1,25 - 7979 1,50 - 923 1,50 - 20231 1,40 0,6 - 4910 - 45829
Diag. 2 1,25 - 6960 1,50 - 805 1,50 - 17647 1,40 0,6 - 4288 - 39980
Diag. 3 1,25 - 5765 1,50 - 667 1,50 - 14617 1,40 0,6 - 3558 - 33121
Diag. 4 1,25 - 4275 1,50 - 494 1,50 - 10838 1,40 0,6 - 2649 - 24567
Diag. 5 1,25 - 2261 1,50 - 261 1,50 - 5733 1,40 0,6 - 1421 - 13011
Diag. 6 1,25 + 749 1,50 + 87 1,50 + 1898 1,40 0,6 + 413 + 4261
Diag. 7 1,25 + 5868 1,50 + 679 1,50 + 14880 1,40 0,6 + 3532 + 33640
Diag. 8 1,25 + 16255 1,50 + 1879 1,50 + 41214 1,40 0,6 + 9857 + 93238
Tabela 20: Combinação 5 (Tração) - PP + Vento 0° (Sucção) como Ação Variável Única
Ação Permanente (PP) Ação Variável
Elementos Fd
Estrutura Principal Secundária
Barras Construtivos (N)
FGi,k FGi,k FQ1,k FQj,k
γg γg γq1 γqj ψ0j
(N) (N) (N) (N)
B. Inf. 1 1,00 - 8098 1,00 - 936 1,40 + 51476 - - - + 63032
B. Inf. 2 1,00 - 2570 1,00 - 297 1,40 + 16949 - - - + 20862
41
Tabela 21: Combinação 6 (Tração) - PP + Vento 90° (Sucção) como Ação Variável Única
Ação Permanente (PP) Ação Variável
Elementos Fd
Estrutura Principal Secundária
Barras Construtivos (N)
FGi,k FGi,k FQ1,k FQj,k
γg (N)
γg (N)
γq1 (N)
γqj ψ0j (N)
B. Inf. 1 1,00 - 8098 1,00 - 936 1,40 + 39280 - - - + 45958
B. Inf. 2 1,00 - 2570 1,00 - 297 1,40 + 8735 - - - + 9362
B. Inf. 8 1,00 - 14170 1,00 - 1638 1,40 + 66453 - - - + 77226
B. Sup. 2 1,00 - 6095 1,00 - 705 1,40 + 32099 - - - + 38139
B. Sup. 3 1,00 - 11644 1,00 - 1346 1,40 + 61922 - - - + 73701
B. Sup. 4 1,00 - 16435 1,00 - 1900 1,40 + 85403 - - - + 101229
B. Sup. 5 1,00 - 20131 1,00 - 2328 1,40 + 99894 - - - + 117393
B. Sup. 6 1,00 - 22159 1,00 - 2562 1,40 + 104612 - - - + 121736
B. Sup. 7 1,00 - 21465 1,00 - 2482 1,40 + 97933 - - - + 113159
B. Sup. 8 1,00 - 15866 1,00 - 1834 1,40 + 70721 - - - + 81309
Mont. 1 1,00 - 1310 1,00 - 86 1,40 + 4977 - - - + 5572
Mont.6 1,00 - 287 1,00 - 33 1,40 + 2559 - - - + 3263
Mont. 7 1,00 - 1826 1,00 - 211 1,40 + 8718 - - - + 10168
Mont. 8 1,00 - 3793 1,00 - 439 1,40 + 16667 - - - + 19102
Mont. 9 1,00 - 6487 1,00 - 685 1,40 + 25620 - - - + 28696
42
Como visto na tabela 22, os elementos da tesoura são submetidos às forças axiais de
compressão e tração, logo, devem ser dimensionados para suportá-las. Além disso, o
fenômeno de flambagem deve ser impedido nas peças comprimidas.
Com os valores dos esforços normais de compressão da Tabela 22, calculou-se a área
mínima necessária através da equação abaixo. Como recomendado pelo professor, os cálculos
foram iniciados adotando-se = 0,66.
Nc,Sd γa1
Ag,min =
ρ fy
Onde:
ρ = 0,66 (arbitrado).
Em seguida, realizaram-se as verificações abaixo para perfis com área bruta igual ou
superior à área mínima calculada:
1 Kx ×Lx fy 1 Ky ×Ly fy
λ̅ x = ×( ) ×√ λ̅ y = ×( ) ×√
π ix E π iy E
Onde:
Lx e Ly : comprimento da barra;
ix e iy : raios de giração;
ρ × Ag × fy
Nc,Rd = > Nc,Sd
γa1
É importante ressaltar que esse valor deve ser superior ao esforço axial de compressão
solicitante de cálculo (Nc,Sd). Caso essa condição não seja respeitada, é preciso arbitrar um
novo valor para ρ. Adicionalmente, visando a economia, busca-se um valor de Nc,Rd que seja
bem próximo ao de Nc,Sd . Sendo assim, a análise realizada é a seguinte:
200 200
rmín = máx { , }
Kx Lx Ky Ly
Perfis com ligações aparafusadas podem atingir o estado de ruína por plastificação da
seção bruta ou por ruptura da seção líquida. No entanto, como as ligações ainda não foram
dimensionadas, não é possível determinar a área líquida. Dessa forma, determinou-se
primeiramente a área da seção bruta e adotaram-se perfis tubulares quadrados com áreas um
pouco maiores que as calculadas.
Segundo a NBR8800, a força axial de tração solicitante de cálculo (Nt,Sd) deve ser igual
ou inferior à força axial de tração resistente de cálculo (Nt,Rd), que é obtida através expressão
abaixo:
Ag × fy
Nt,Rd =
γa1
Nt,Sd × γa1
Ag ≥
fy
Onde:
Além disso, para a escolha do perfil mais adequado, determinou-se o raio de giração
mínimo através do limite de esbeltez estabelecido por norma.
𝐿 𝐿
≤ 300 ∴ 𝑟𝑔𝑖𝑟𝑎çã𝑜 ≥
𝑟𝑔𝑖𝑟𝑎çã𝑜 300
Através dos procedimentos descritos nos itens 6.2.1 e 6.2.2, determinaram-se os perfis
tubulares mais adequados à situação. Os resultados obtidos encontram-se nas tabelas
seguintes:
Parâmetros de Resistência
λx 0,90 ρx 0,74
ρmenor 0,35
λy 1,55 ρy 0,35
Cálculo da Normal Resistente e Verificação da Esbeltez
Nr (N) 35159 Nr > Nd (OK!)
imín (cm) 1,18 imín,perf > imín (OK!)
Tração
Dados
Lmáx (m) 2,35 γa1 1,1
Nt,Sd (N) 43873 fy (MPa) 250
Resultados
Ag,mín (cm²) 1,93 Ag > Ag,mín (OK!)
imín (cm) 0,78 imín,perf > imín (OK!)
As ligações aparafusadas podem causar redução da força axial resistente de cálculo das
barras. Como dito anteriormente, essa força é o menor valor dentre os obtidos para os dois
estados-limites últimos citados no item 6.2. Os perfis adotados nas Tabelas 23 a 26 já
garantem a não ocorrência da plastificação da peça, porém a ruptura da seção líquida ainda
deve ser analisada.
Nas ligações, utilizaram-se chapas de aço carbono A-36 (fy = 250 MPa e fu=400 MPa)
dispostas nos dois lados da treliça. Cada ligação foi realizada com parafusos ASTM A325
(alta resistência), que possuem as propriedades apresentadas na tabela abaixo. Além disso,
assumiram-se furos padrão, bordas cortadas a maçarico e rosca no plano de corte.
0,4Ab fub
Fv,Rd = ×m
γa2
Fv,Rd × γa2
Ab =
0,4fub ×m
51
Onde:
Para o cálculo, assumiu-se Fv,Rd igual à solicitação mais crítica no elemento da treliça
(tração ou compressão). Em seguida, dispondo do valor da área bruta, os parafusos foram
dimensionados, buscando-se também adotar um parafuso com o comprimento de fixação
adequado para as ligações. Com esse objetivo, utilizou-se a tabela abaixo que fornece os
valores do comprimento de fixação disponíveis para cada bitola:
A tabela abaixo fornece os valores dos termos da equação apresentada no início deste
item e o dimensionamento do parafuso para a ligação de cada elemento da treliça.
dfuro (pol) 9/16 Espaçamento entre as bordas dos furos (pol) 1/2
Como os parafusos adotados possuem diâmetro igual a 1/2 pol e as chapas possuem
bordas cortadas a maçarico, a NBR 8800 estabelece que a distância do centro do furo-padrão
a qualquer borda da parte ligada não pode ser inferior a 19 mm. Além disso, essa distância
não deve superar 12 vezes a espessura da parte ligada considerada, nem 150 mm.
Respeitando o que foi estabelecido nos itens 7.2.1 e 7.2.2, adotaram-se as distribuições
abaixo:
Para o dimensionamento dos parafusos, é preciso analisar as pressões que eles exercem
sobre as paredes dos furos. Essa verificação é necessária para evitar a ocorrência da ruína dos
elementos de ligação pelo escoamento, enrugamento ou cisalhamento. Para realiza-la, é
preciso dispor do esquema de distribuição dos parafusos e da espessura das partes ligadas (no
caso, chapas e perfis).
Inicialmente, os parafusos foram distribuídos como nas figuras do item 7.2.3. Além
disso, as espessuras das chapas foram arbitradas em 3/8 pol (9,53 mm) e a verificação abaixo
foi realizada:
1,2 × lf × t × fu 2,4 × db × t × fu
Fc,Rd = ≤
γa2 γa2
Onde:
db : diâmetro do parafuso;
É importante ressaltar que, para determinar a distância entre as bordas dos furos (lf),
subtraíram-se o diâmetro do parafuso e 1/16 pol (ver item 7.2.1) das distâncias cotadas nas
figuras do item 7.2.3.
Dados
Resultados
1,2 × lf × t × fu 2,4 × db × t × fu
271936 113792 Fc,Rd (N) 113792
γa2 γa2
Montante
Dados
Resultados
1,2 × lf × t × fu 2,4 × db × t × fu
54827 54187 Fc,Rd (N) 54187
γa2 γa2
Diagonal
Dados
Resultados
1,2 × lf × t × fu 2,4 × db × t × fu
129939 128422 Fc,Rd (N) 128422
γa2 γa2
61
Dados
Resultados
1,2 × lf × t × fu 2,4 × db × t × fu
173618 171591 Fc,Rd (N) 171591
γa2 γa2
Montante
Dados
Resultados
1,2 × lf × t × fu 2,4 × db × t × fu
54827 54187 Fc,Rd (N) 54187
γa2 γa2
Diagonal
Dados
Resultados
1,2 × lf × t × fu 2,4 × db × t × fu
129939 128422 Fc,Rd (N) 128422
γa2 γa2
62
Dados
Resultados
1,2 × lf × t × fu 2,4 × db × t × fu
308729 171591 Fc,Rd (N) 171591
γa2 γa2
Montante 8
Dados
Resultados
1,2 × lf × t × fu 2,4 × db × t × fu
54827 54187 Fc,Rd (N) 54187
γa2 γa2
Diagonal 7
Dados
Resultados
1,2 × lf × t × fu 2,4 × db × t × fu
129939 128422 Fc,Rd (N) 128422
γa2 γa2
Dados
Resultados
1,2 × lf × t × fu 2,4 × db × t × fu
376284 171591 Fc,Rd (N) 171591
γa2 γa2
63
Montante 9
Dados
Resultados
1,2 × lf × t × fu 2,4 × db × t × fu
54827 54187 Fc,Rd (N) 54187
γa2 γa2
Diagonal 8
Dados
Resultados
1,2 × lf × t × fu 2,4 × db × t × fu
129939 128422 Fc,Rd (N) 128422
γa2 γa2
Dados
Resultados
1,2 × lf × t × fu 2,4 × db × t × fu
173618 171591 Fc,Rd (N) 171591
γa2 γa2
Montante
Dados
Resultados
1,2 × lf × t × fu 2,4 × db × t × fu
54827 54187 Fc,Rd (N) 54187
γa2 γa2
64
Dados
Resultados
1,2 × lf × t × fu 2,4 × db × t × fu
271936 113792 Fc,Rd (N) 113792
γa2 γa2
Montante
Dados
Resultados
1,2 × lf × t × fu 2,4 × db × t × fu
54827 54187 Fc,Rd (N) 54187
γa2 γa2
Diagonal
Dados
Resultados
1,2 × lf × t × fu 2,4 × db × t × fu
129939 128422 Fc,Rd (N) 128422
γa2 γa2
Em relação ao peso próprio da viga, será estimado inicialmente o valor de 1,0 kN/m,
que cobre uma variedade considerável de perfis W (que serão utilizados nas vigas primárias e
secundárias).
Neste caso específico, temos que a sobrecarga é muito maior que as demais cargas.
Assim, podemos concluir que a pior combinação no sentido a favor da gravidade será obtida
quando a sobrecarga for a ação variável principal. Cabe ressaltar que o steel deck, por ser um
elemento industrializado com adições in loco, entra em combinações de ações desfavoráveis
com coeficiente 1,40.
Podemos então definir uma combinação de ações única para o cálculo das vigas
secundárias: PP (laje e viga secundária) + Sobrecarga como Ação Variável Principal + Vento
a 0º (Sobrepressão).
q l (91,61 kN/m) × (6 m)
Vmax = = = 274,83 kN
2 2
bf 191 mm
𝜆mesa = = = 5,97
2 tf 2 × (16 mm)
h0 428 mm
𝜆alma = = = 43,23
t0 9,9 mm
E 205000 MPa
𝜆pl = 0,32 √ = 0,32 √ = 9,16
fy 250 MPa
Nd E 205000 MPa
λpl = 2,43 (1- 0,39 ) √ = 2,43 (1- 0) √ = 69,58
0,9 Ny fy 250 MPa
68
Quanto à flambagem local, o perfil adotado (W 460 mm x 82 kg/m) atende, uma vez
que o máximo momento atuante (412,25 kN.m) é menor que o momento resistente.
2 b t3f + h t3w 2 × (19,1 cm) × (1,6 cm)3 + (44,4 cm) × (0,99 cm)3
IT = =
3 3
IT = 66,52 cm4
Iy 2
(1862 cm4 )
IW = × 0 − tf =
(h ) × [(42,8 cm) − (1,60 cm)]2
4 4
IW = 790158,32 cm4
Como a viga secundária é tomada como bi-apoiada, o valor de Cb adotado é igual a 1,0
(já que o momento máximo ocorre no meio do vão). Dessa forma, o momento crítico de
flambagem lateral é calculado pela seguinte fórmula:
69
π2 π4
Mcr = √ 2 E Iy G IT + 4 E2 Iy IW
l l
Mcr =
π2 π4
√ 2
× (20500) × (1862) × (7893) × (66,52) + 4
× (20500)2 × (1862) × (790158,32)
(600) (600)
Como tal razão é maior que 0,67 e o perfil é classe 1, o momento resistente à
flambagem lateral é dado por:
h0 428 mm
𝜆alma = = = 43,23
t0 9,9 mm
E 205000 MPa
𝜆pl = 2,50 √ = 2,50 √ = 71,59
fy 250 MPa
Vn Vpl 0,60 Aw fy
Vr = = =
γa1 γa1 1,10
Assim, temos:
Quanto ao cisalhamento, o perfil adotado (W 460 mm x 82 kg/m) atende, uma vez que
o máximo cortante atuante (274,83 kN) é menor que o cortante resistente.
71
A flecha máxima na viga é menor que a flecha admissível. Logo, o perfil adotado (W
410 mm x 75 kg/m) passa nesta verificação e será definitivamente escolhido como o perfil das
vigas secundárias.
72
Para o cálculo das vigas principais, serão seguidos os mesmos procedimentos do item
anterior, ainda considerando a Figura 51 como base para o cálculo dos carregamentos
distribuídos. A diferença ficará por conta das reações de apoio provenientes das vigas
secundárias, que se projetarão sobre as vigas principais sob a forma de cargas concentradas.
O peso próprio das vigas, neste caso, inclui duas parcelas: duas cargas concentradas
em cada nó intermediário representando as reações de apoio referentes ao peso próprio das
vigas secundárias e uma carga distribuída representando o peso próprio da viga principal.
2×ql
Pvigas = = q l = (0,82 kN/m) × (6 m) = 4,90 kN
2
A carga distribuída, por sua vez, será estimada em 2,0 kN/m (uma vez que ainda não
se conhece o perfil a ser adotado). Tais valores geram a seguinte situação:
O peso próprio da laje, neste caso, inclui duas parcelas: duas cargas concentradas em
cada nó intermediário representando as reações de apoio referentes ao peso próprio das lajes
que são transmitidos às vigas secundárias e uma carga distribuída representando o peso
próprio da laje que atua diretamente sobre a viga principal.
2×ql
Plaje = = q l = (1,68 kN/m) × (6 m) = 10,08 kN
2
A carga distribuída, por sua vez, será estimada baseada nas áreas de influência
definidas na Figura 24 do item 8.1:
A sobrecarga, neste caso, também inclui duas parcelas: duas cargas concentradas em
cada nó intermediário representando as reações de apoio referentes à sobrecarga que é
transmitida às vigas secundárias e uma carga distribuída representando a sobrecarga que atua
diretamente sobre a viga principal.
2×ql
SCconc = = q l = (58,47 kN/m) × (6 m) = 350,82 kN
2
A carga distribuída, por sua vez, será estimada baseada nas áreas de influência
definidas na Figura 51 do item 8.1:
2×ql
Wconc = = q l = (0,36 kN/m) × (6 m) = 2,16 kN
2
A carga distribuída, por sua vez, será estimada baseada nas áreas de influência
definidas na Figura 51 do item 8.1:
Neste caso específico, temos que os efeitos gerados pela sobrecarga são muito maiores
que os gerados pelas demais cargas. Assim, podemos concluir que a pior combinação no
sentido a favor da gravidade será obtida quando a sobrecarga for a ação variável principal.
Novamente, no sentido contra a gravidade, não será necessário realizar nenhuma combinação.
Isso porque, pela ausência da sobrecarga na combinação, o valor de esforço obtido será
muitas vezes menor do que o da combinação crítica a favor da gravidade.
Podemos então definir uma combinação de ações única para o cálculo das vigas
principais: PP (laje e viga secundária) + Sobrecarga como Ação Variável Principal + Vento a
0º (Sobrepressão).
Serão adotados inicialmente para as vigas principais 2 W 610 mm x 174 kg/m (peso
próprio ligeiramente menor ao que foi estimado). Cada perfil isolado possui as seguintes
propriedades:
Para a seção transversal escolhida (2W 610 mm x 174 kg/m), temos os seguintes
parâmetros de esbeltez:
bf 650 mm
𝜆mesa = = = 15,05
2 tf 2 × (21,6 mm)
h0 573 mm
𝜆alma = = = 40,93
t0 14 mm
E 205000 MPa
𝜆pl = 0,32 √ = 0,32 √ = 9,16
fy 250 MPa
E 205000 MPa
𝜆p = 0,38 √ = 0,38 √ = 10,88
fy 250 MPa
E 205000 MPa
𝜆r = 0,44 √ = 0,44 √ = 12,60
fy 250 MPa
Para a seção transversal escolhida (2W 610 mm x 174 kg/m), temos que o parâmetro
de esbeltez da mesa é maior que o limite de esbeltez 𝜆r . Logo, a seção é de classe 4 na mesa
(esbelta).
Nd E 205000 MPa
λpl = 2,43 (1- 0,39 ) √ = 2,43 (1- 0) √ = 69,58
0,9 Ny fy 250 MPa
Para a seção transversal escolhida (2W 610 mm x 174 kg/m), temos que o parâmetro
de esbeltez da mesa é menor que o limite de esbeltez 𝜆pl . Logo, seção é de classe 1 na alma
(supercompacta). Como a situação mais crítica controla o dimensionamento, a seção será
considerada como de classe 4.
79
Quanto à flambagem local, o perfil adotado (2W 610 mm x 174 kg/m) atende, uma
vez que o máximo momento atuante (1811,30 kN.m) é menor que o momento resistente.
2 b t3f + h t3w 2 × (32,5 cm) × (2,16 cm)3 + (59,5 cm) × (1,40 cm)3
IT = 2 × =2×
3 3
IT = 545,55 cm4
Iy (12374 cm4 )
IW = 2 × × (h0 − tf )2 = 2 × × [(57,3 cm) − (2,16 cm)]2
4 4
IW = 18811076,07 cm4
Como a viga é tomada como bi-apoiada, o valor de Cb adotado é igual a 1,0 (já que o
momento máximo ocorre no meio do vão). Dessa forma, o momento crítico de flambagem
lateral é calculado pela seguinte fórmula:
π2 π4
Mcr = √ 2 E Iy G IT + 4 E2 Iy IW
l l
80
Mcr =
π2 π4
√ 2
× (20500) × (12374) × (7893) × (546) + 4
× (20500)2 × (12374) × (19 × 106 )
(1000) (1000)
Como tal razão é maior que 0,67 e o perfil é classe 1, o momento resistente à
flambagem lateral é dado por:
1,15 My 0,28 My
Mrs = × [1 − ]
γa1 Mcr
Quanto à flambagem lateral, o perfil adotado (2W 610 mm x 174 kg/m) também
atende, uma vez que o máximo momento atuante (1811,30 kN.m) é menor que o momento
resistente.
Para determinar se o perfil adotado (2W 610 mm x 174 kg/m) atende aos critérios de
resistência ao esforço cortante, é necessário classificá-lo de forma semelhante ao que foi feito
na verificação à flexão. Em seguida, será calculado o esforço cortante resistente de cálculo e
tal valor será comparado com a solicitação que de fato atua sobre as terças.
81
Para a seção transversal escolhida (2W 610 mm x 174 kg/m), o parâmetro de esbeltez
referente à alma é cálculo de forma idêntica ao calculado para a flexão:
h0 573 mm
𝜆alma = = = 40,93
t0 14 mm
E 205000 MPa
𝜆pl = 2,50 √ = 2,50 √ = 71,59
fy 250 MPa
Para a seção transversal escolhida (2W 610 mm x 174 kg/m), temos que o parâmetro
de esbeltez da alma é menor que o limite de esbeltez 𝜆pl . Logo, a seção também é de classe 1
para o cisalhamento (supercompacta).
Vn Vpl 0,60 Aw fy
Vr = = =
γa1 γa1 1,10
Assim, temos:
Quanto ao cisalhamento, o perfil adotado (2W 610 mm x 174 kg/m) atende, uma vez
que o máximo cortante atuante (673,62 kN) é menor que o cortante resistente.
82
Já a flecha máxima observada foi obtida com o auxílio do software Ftool, com os
carregamentos já listados anteriormente. O valor obtido foi de 28,79 mm.
A flecha máxima na viga é menor que a flecha admissível. Logo, o perfil adotado (2W
610 mm x 174 kg/m) passa nesta verificação e será definitivamente escolhido como o perfil
das vigas secundárias.
83
A combinação de ações a ser feita neste caso é tal que a sobrecarga é considerada a
ação variável principal e o vento é considerado a ação variável secundária. Assim, obtemos
34,67 como o esforço normal (valor já majorado) que atua no topo das colunas, como se
observa a seguir:
Ntopo = 1,25 × (6,49 kN) + 1,50 × (0,69 kN) + 1,50 × (15 kN) + 1,40 × 0,6 × (3,60 kN)
Ntopo = 34,67 kN
Neste caso, o cortante máximo representa também a reação de apoio máxima (673,62
kN). Além disso, a cada pavimento há uma carga de 549,29 kN proveniente da reação da viga
secundária que se projeta diretamente sobre a coluna. Logo, cada pavimento acrescenta
1222,91 kN de esforço normal (valor já majorado) às colunas.
84
A pior situação é a das colunas internas. Logo, o perfil que utilizado será um perfil W.
Antes de arbitrarmos a sua dimensão inicial, podemos fazer uma pequena verificação. Assim,
garantimos que o perfil se adequa à situação pelo menos quanto à área mínima que ele deve
apresentar. Para isso, arbitraremos um valor de = 0,66.
A NBR 8800 preconiza a utilização de uma curva de flambagem única. Porém, por
orientação do professor, o grupo optou por utilizar as curvas específicas para cada situação.
Dessa forma, as curvas de flambagem adotadas nessa situação são:
85
Direção x: Curva A;
Direção y: Curva B.
Adotou-se inicialmente um perfil 2W 610 mm x 174 kg/m, que resulta em uma área
bruta de 445,6 cm². Isoladamente, cada perfil W utilizado possui as seguintes propriedades:
Tomamos o menor valor de obtido, que é igual a 0,87. Agora podemos calcular a
normal resistente e comparar com a normal de cálculo.
Por fim, devemos testar a esbeltez da peça. O raio de giração mínimo (que fornece a
esbeltez máxima igual a 200) é dado por:
Quanto à compressão e à esbeltez, o perfil adotado (2W 610 mm x 174 kg/m) atende,
uma vez que a normal de cálculo (6386,12 kN) é menor que a normal resistente. Logo, ele
será o perfil utilizado nas colunas.
87
Logo, devemos optar pelo menor perfil que possua área maior que 4,51 cm² e raio de
giração maior que 2,24 cm. Optou-se pelo uso de uma cantoneira de abas iguais com 127 mm
de altura e 14,6 kg/m (grande se compararmos com a área mínima necessária, mas um dos
primeiros perfis que atende à limitação de esbeltez). Ela apresenta as seguintes propriedades: