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“ISO 9001:2008 – Roteiro prático para implantação”

Marcel Menezes Fortes


1- Introdução:
Em 28 de dezembro de 2008, a ABNT NBR ISO-9001:2008 entrou em vigor
em substituição à Norma ABNT NBR ISO-9001:2000.

Pretendemos mostrar neste artigo o que é a ISO; a ABNT; a Origem das


Normas da Série ISO-9000 e o Comitê ISO TC 176; os ganhos com as Normas da
Série ISO-9000; a lógica e as seções da ISO-9001:2008 e como implantar um
Sistema de Gestão da Qualidade baseado na ISO-9001:2008.

2- O que é a ISO:
INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARTIZATION, (Organização
Internacional para Normalização) é uma Organização Não Governamental,
http://www.iso.ch/, fundada em 23/02/1947, com sede em Genebra, Suíça, da qual
participam cerca de 150 países, representando 95 % da Produção Mundial.

Possui como MISSÃO “Promover o desenvolvimento da normalização e


atividades relacionadas no mundo com vistas a facilitar o comércio internacional
de bens e serviços e o desenvolvimento da cooperação nas esferas intelectual,
científica, tecnológica e atividades econômicas”.

A palavra ISO que vem do Grego e significa


IGUALDADE/HOMOGENEIDADE/UNIFORMIDADE, dá idéia de
padronização/sistematização.

3- O que é a ABNT:
A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), fundada em 1940,
http://www.abnt.org.br, representa o Brasil nas organizações internacionais de
normalização: ISO (Organização Internacional para Normalização) e IEC
(Comissão Eletrotécnica Internacional), e possui atualmente 28 Comitês
Brasileiros (dentre eles o CB-25 – Comitê Brasileiro da Qualidade) e 1 Organismo
de Normalização Setorial.

A ABNT foi uma das entidades fundadoras da ISO, e participa ativamente das
suas atividades, principalmente dos Comitês Técnicos (ISO TC 176 e ISO 207).

4- A origem das Normas da Série ISO-9000:


O Comitê ISO TC 176 funcionou como um verdadeiro “liquidificador” quando
da origem das Normas da Série ISO 9000. Este Comitê analisou normas de vários
países, dentre eles o Brasil, os EUA (MIL-Q.9858 e MIL-I-45208), o Reino Unido
(DEF. STAN. 0521; DEF. STAN. 0524;DEF. STAN. 0529), Canadá, (CZ 229) etc, e
em 1987 originou as Normas ISO-9000/87; ISO-9001/87, ISO-9002/87, ISO-
9003/87 e muitas outras.

Em 1994, estas normas foram revisadas, vigorando até dezembro:2000,


quando foram emitidas as Normas da Série ISO-9000 versão 2000, sendo que a
ISO 9001:94, a ISO 9002:94 e a ISO 9003:94 se transformaram na ISO
9001:2000, e em 26/12/2008 na ISO 9001:2008.

A O rigem da IS O S érie 9000

AQAP--1
MIL-Q.9858 AQAP-4 DEF. STAN. 05/21
MIL-I-45208 AQAP-9 DEF. STAN. 0524
DEF. STAN. 0529

CZ 229
OUTROS
ISO TC 176 NORMAS
TECHNICAL DIVERSAS
COMMITÉE
1987/94/2000

ISO-9000
OUTRAS
NORMAS
ISO-9001
ISO
ISO-9002 (94) ISO-9004
ISO-9003 (94)

5 - Ganhos com as Normas da série ISO-9000


O ciclo mostrado a seguir, idealizado por Augusto Riccio e desenhado por Júlio
Furukawa, ambos da Petrobras, ilustra os grandes ganhos da implementação de
Sistemas de Gestão:
Do VICIOSO para
o VIRTUOSO
+ Liderança
Técn.Gestão
Técn.Gestão + Perseverança

Ciclo Vicioso

Apagando Incêndio Ciclo Virtuoso


Sem tempo para nada Tempo para VIVER
Tempo para INOVAR

Outros ganhos:
• Maior satisfação dos clientes;
• Fator de diferenciação num mercado totalmente aberto;
• Oportunidade para alavancar imagem;
• Registro do conhecimento;
• Mobilização do pessoal na busca de prevenir, solucionar problemas, passando
a uma mudança do enfoque e do pensamento baseado em conformidades;
• Diminuição de desperdícios/Redução de Custos;
• Estabelecimento e implementação de medições;
• Incorporação da abordagem de processos à Gestão do Negócio;
• Envolvimento da direção nas questões relacionadas ao Sistema de Gestão da
Qualidade;
• Estabilidade do processo;
• Maior eficácia/eficiência;
• Maior aproximação entre as pessoas;
• Melhoria da rastreabilidade;
• Melhoria do controle documental;
• Possibilidade de maior conhecimento da empresa a todos os funcionários e
maior segurança;
• Treinamentos mais objetivos;
• Melhoria dos planos de calibração;
• Melhoria dos planos de manutenção,
• “Por sobrevoarem as florestas, os auditores encontram as trilhas que não são
vistas no dia a dia” etc.

6 – A Lógica e as seções da ISO-9001:2008:


A nova Norma está baseada em uma Abordagem de Processo, com os
requisitos dos clientes e sua satisfação como base, ou seja:

C RESPONSABILIDADE C

Satisfação
DA DIREÇÃO
L L
I I
Requisitos

E E
MEDIÇÃO, ANÁLISE E
N GESTÃO DE
RECURSOS
MELHORIA N
T T
REALIZAÇÃO
E DO Produto E
PRODUTO
ENTRADA SAÍDA

Deveremos utilizar, portanto, de acordo com a NBR-ISO-9001:2008, o ciclo


PDCA (“P – plan=planejar – estabelecer objetivos e processos necessários para
fornecer resultados de acordo com os requisitos do cliente e políticas da
organização; D – do=fazer – implementar os processos; C- check=checar –
monitorar e medir processos e produtos em relação às políticas, aos objetivos e
aos requisitos para o produto e relatar os resultados; A – act=agir – executar
ações para promover continuamente a melhoria do desempenho do processo”).

Os requisitos deste modelo de processo estão estabelecidos nas seções 4


a 8 da ISO-9001:2008.

7 – Roteiro de Certificação da Norma ISO-9001:2008


Vamos agora mostrar o Roteiro da Certificação para Organizações que
desejam implementar seu Sistema de Gestão da Qualidade baseado nas normas
da Série ISO 9000.

O roteiro possui cinco etapas, que mostraremos a seguir (naturalmente que


algumas Organizações possuem suas características específicas): 1) DECIDIR
IMPLANTAR, 2) DIAGNOSTICAR, 3) IMPLEMENTAR, 4) CERTIFICAR e 5)
PERENIZAR.

• DECIDIR IMPLANTAR (analisar os ganhos e definir escopo, ou seja, que


processo ou processos, desejamos certificar para agregar mais valor ao nosso
Negócio);
• DIAGNOSTICAR (aplicar Lista de Verificação baseada nas seções 4 a 8 da
ISO 9001:2008). Algo que é útil nesta tarefa é saber que nestas seções
existem 135 palavras deve/devem, denotando a obrigatoriedade do seu
cumprimento;
• IMPLEMENTAR (Treinar/Conscientizar pessoal na ISO-9001/2008;
Preparar plano de ações (com colunas do tipo por que, o que, quem, como,
onde, quando, quanto custa); Desenvolver plano de ações com análises
críticas (implementação do plano de ações); Formar auditores internos,
elaborar plano de auditorias e cumprir; Resolver não conformidades, Realizar
auditoria de pré-certificação/resolver não conformidades, ...
• CERTIFICAR (realizar auditoria de avaliação inicial, por Certificadora, e ter a
recomendação homologada por Acreditadora).
• PERENIZAR (manter Sistema de Gestão da Qualidade sempre ativo através
principalmente de Análises Críticas da Direção, Planos de Melhorias
Contínuas, Planos de Auditorias Internas e Auditorias de Manutenção da
Certificação por Entidade Independente a cada 6 meses e de Recertificação a
cada 3 anos).

Na planilha ao final desse artigo (elaborada por Marcel Menezes Fortes,


Jorge Arce e Luiz Carlos do Nascimento, todos da Petrobras), temos a relação dos
requisitos, documentos e registros que dão uma visão geral de como aplicar a
ISO-9001:2008.

8 – Conclusões
No mercado globalizado, cada dia mais aberto e competitivo, a certificação
conforme a ISO-9001:2008 se reveste de grande importância, sendo em muitos
casos vital para a sobrevivência de algumas Organizações.
Sabemos entretanto, que a Busca da Excelência sempre requer melhorias
contínuas, e com certeza a participação nos diversos Prêmios da Qualidade com
análises segundo Critérios de Excelência é fundamental, a exemplo dos Prêmios
Estaduais e Setoriais de Excelência, como o Prêmio de Excelência Sergipe
(PEXSE), que utiliza os Critérios Compromisso e Rumo à Excelência da FNQ,
além do Prêmio Qualidade do Governo Federal e Prêmio Nacional da Qualidade,
entre outros.
O assunto é bastante vasto, polêmico e empolgante, e certamente os
comentários/críticas/sugestões serão muito bem recebidos.
O Brasil precisa da participação de todos.

Nosso e-mail: marcel@petrobras.com.br


REQUISITOS, DOCUMENTOS E REGISTROS MÍNIMOS NA
NBR ISO 9001:2008 revisão 2 (08/01/2009)
Marcel Menezes Fortes – Petrobras
DSG/PG e MCS
Jorge Arce Rodriguez – Petrobras UN-SEAL
ATP-SM
Luiz Carlos do Nascimento – Petrobras
DSG/PG
REQUISITOS DA ISO 9001: 2008 DEVE DOCUMENTOS REGISTROS MÍNIMOS
(m) MÍNIMOS

4-SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE (13) (5) (0)


4.1-Requisitos Gerais 5 --- ---
4.2-Requisitos de Documentação (8) --- ---
4.2.1-Generalidades 1 Política ---
Objetivos da Qualidade
4.2.2-Manual da Qualidade 1 Manual da Qualidade ---
4.2.3-Controle de Documentos 3 Procedimento ---
Documentado
4.2.4-Controle de Registros 3 Procedimento ---
Documentado
5-RESPONSABILIDADE DA DIREÇÃO (15) (0) (1)
5.1- da Direção 1 --- ---
5.2-Foco no Cliente 1 --- ---
5.3-Política da Qualidade 1 --- ---
5.4-Planejamento (3) --- ---
5.4.1-Objetivos da Qualidade 2 --- ---
5.4.2-Planejamento do Sistema de 1 --- ---
Gestão da Qualidade
5.5-Responsabilidade, Autoridade e (4) --- ---
Comunicação
5.5.1-Responsabilidade e Autoridade 1 --- ---
5.5.2-Representante da Direção 2 --- ---
5.5.3-Comunicação Interna 1 --- ---
5.6-Análise Crítica pela Direção (5) --- ---
5.6.1-Generalidades 3 --- Análises Críticas
5.6.2-Entradas para a Análise Crítica 1 --- ---
5.6.3-Saídas da Análise Crítica 1 --- ---
6-GESTÃO DE RECURSOS (5) (0) (1)
6.1-Provisão de Recursos 1 --- ---
REQUISITOS DA ISO 9001: 2008 DEVE DOCUMENTOS REGISTROS MÍNIMOS
(m) MÍNIMOS

6.2-Recursos Humanos (2) --- ---


6.2.1-Generalidades 1 --- ---
6.2.2-Competência, Treinamento e 1 --- Educação, treinamento,
Conscientização habilidade e experiência
6.3-Infra-Estrutura 1 --- ---
6.4-Ambiente de Trabalho 1 --- ---
7-REALIZAÇÃO DO PRODUTO (68) VER OBSERVAÇÕES (12)
7.1-Planejamento da Realização do 4 --- Atendimento dos
Produto processos de realização
e produto aos requisitos
7.2-Processos Relacionados a Clientes (8) --- ---
7.2.1-Determinação de Requisitos 1 --- ---
Relacionados ao Produto
7.2.2-Análise Crítica dos Requisitos 6 --- Resultados das análises
Relacionados ao Produto críticas e das ações
7.2.3-Comunicação com o Cliente 1 --- ---
7.3-Projeto e Desenvolvimento (25) --- ---
7.3.1-Planejamento de Projeto e 4 --- ---
Desenvolvimento
7.3.2-Entradas de Projeto e 5 --- Entradas relativas aos
Desenvolvimento requisitos do produto

7.3.3-Saídas de Projeto e 3 --- ---


Desenvolvimento
7.3.4- Análise Crítica de Projeto e 3 --- Resultado das análises
Desenvolvimento críticas
7.3.5-Verificação de Projeto e 2 --- Resultado da verificação
Desenvolvimento
7.3.6-Validação de Projeto e 3 --- Resultado da validação
Desenvolvimento
7.3.7-Controle de Alterações de Projeto 5 --- Resultado das análises
e Desenvolvimento críticas
7.4-Aquisição (9) --- ---
7.4.1-Processo de Aquisição 5 --- Resultados das
Avaliações
7.4.2-Informações de Aquisição 2 --- ---
7.4.3-Verificação do Produto Adquirido 2 --- ---
7.5-Produção e Prestação de Serviço (14) --- ---
7.5.1-Controle de Produção e Prestação 2 --- ---
de Serviço
7.5.2-Validação dos Processos de 3 --- Requisitos para registros
Produção e Prestação de Serviço
7.5.3-Identificação e Rastreabilidade 3 --- Identificação única do
produto
7.5.4-Propriedade do Cliente 3 --- Informação ao cliente de
perda, dano ou
REQUISITOS DA ISO 9001: 2008 DEVE DOCUMENTOS REGISTROS MÍNIMOS
(m) MÍNIMOS

Inadequação ao uso
7.5.5-Preservação do Produto 3 --- ---
7.6-Controle de Equipamento de 8 --- Padrão rastreável ou
Monitoramento e Medição base usada para
calibração ou verificação
e resultados da
calibração e verificação
8-MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA (34) (4) (5)
8.1-Generalidades 2 --- ---
8.2-Monitoramento e Medição (17) --- ---
8.2.1-Satisfação do Cliente 2 --- ---
8.2.2-Auditoria Interna 8 Procedimento Resultados das
Documentado auditorias
8.2.3- Monitoramento e Medição de 3 --- ---
Processos
8.2.4- Monitoramento e Medição de 4 --- Liberação do produto –
Produto pessoas autorizadas
8.3-Controle de Produto Não Conforme 5 Procedimento Não-conformidades,
Documentado ações e concessões
8.4-Análise de Dados 3 --- ---
8.5-Melhoria (7) --- ---
8.5.1-Melhoria Contínua 1 --- ---
8.5.2-Ação Corretiva 3 Procedimento Ações corretivas
Documentado executadas
8.5.3-Ação Preventiva 3 Procedimento Ações preventivas
Documentado executadas

TOTAIS 135 MÍNIMO 9 (sendo 6 19


procedimentos
obrigatoriamente
documentados)
VER OBSERVAÇÕES

OBSERVAÇÕES:

• A tabela cobre bem os marcadores a,b, e c do item 4.2.1 da ISO


9001:08;
• Para cobrir o item 4.2.1. d. (“a documentação do sistema de
gestão da qualidade deve incluir documentos, incluindo registros,
determinados pela organização como necessários para
assegurar o planejamento, a operação e o controle eficazes de
seus processos”);
• Para atender a nota 2 do item 4.2.1.d (“a abrangência da
documentação do sistema de gestão da qualidade pode diferir
de uma organização para outra devido ao porte da organização
e ao tipo de atividades; à complexidade dos processos e suas
interações e à competência do pessoal”);
• Esta nota nos alerta para o fato que na tabela não consta
nenhum documento associado a toda a cláusula 7 (Realização
do produto), onde é de se esperar que a organização concentre
a maior quantidade de requisitos, procedimentos documentados
e registros. Cabe lembrar que a cláusula 7 é a mais influenciada
pelas características da organização e a única que permite as
exclusões citadas na cláusula 1.2 - Aplicação , exatamente por
esse motivo.
• Não foi possível explicitar tais requisitos, documentos e registros
nessa cláusula porque a ISO 9001 é uma norma genérica e não
poderia entrar em aspectos específicos de cada tipo de
organização, mas vale também lembrar que existe uma ressalva
para essa finalidade na cláusula 0.1 - Generalidades, que diz
que os requisitos da norma devem ser complementados pelos
requisitos aplicáveis de produtos intencionais (que são os
outputs dos processos descritos exatamente na mesma cláusula
7).
• As Especificações Técnicas setoriais derivadas da ISO, em
geral, a complementam e estabelecem requisitos mais
específicos justamente na cláusula 7.

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