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Objectivos Específicos
Conhecer as exigências legais, de acordo com o Dec-Lei 50/2005, de 25/02 e Lei 102/2009 de
10 de Setembro e Decreto-Lei 330/93, de 25 de Setembro, em termos de Higiene e Segurança
do Trabalho e essencialmente, Movimentação Mecânica de Cargas com recurso a
porta paletes e Movimentação Manual de Cargas;
Identificar os perigos e os principais riscos na movimentação manual de
cargas e movimentação e mecânica de cargas, com recurso ao porta-paletes eléctrico;
Conhecer as regras de segurança na movimentação manual de cargas e
movimentação
mecânica de cargas, com recurso ao porta-paletes eléctrico.
Conteúdos Programáticos
COMPONENTE TEÓRICA
Enquadramento Legal 1H
Princípios Gerais e Procedimentos de Segurança – movimentação manual de cargas e
1,5 H
movimentação mecânica de cargas, com recurso ao porta-paletes eléctrico
COMPONENTE PRÁTICA
Exercícios Práticos 1,5 H
Total 4H
NIOSH - Referência Internacional NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health) para a
movimentação de cargas.
Perigo - Fonte ou situação com potencial para provocar danos em termos de lesão, doença, dano à
propriedade, dano ao meio ambiente do local de trabalho, ou uma combinação destes.
A nível europeu, os dois diplomas base sobre a Movimentação Manual de Cargas são a
Directiva
89/391/EEC e a Directiva 90/269/EEC. Em Portugal, destaque para o Decreto-Lei 330/93, de 25 de
Setembro, que transpõe para o nosso país a Directiva 90/269/EEC. Assim considera-se as seguintes
peças legislativas:
Portaria nº 53/71, de 3/2 - Regulamento geral de segurança e higiene do
trabalho nos
estabelecimentos industriais. Altera a Portaria n.º 702/80, de 22 de Setembro
Decreto-Lei nº 330/93 - Transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 90/269/CEE, do
Conselho, de 29 de Maio, relativa às prescrições mínimas de segurança e de
saúde na movimentação manual de cargas (altera a Lei nº 113/99 de 3 de Agosto).
O Decreto – Lei n.º 330/93 impõe as prescrições mínimas de segurança e saúde na Movimentação
Manual de Cargas, definindo esta actividade como “qualquer operação de transporte e sustentação de
uma carga que, devido às suas características ou condições ergonómicas desfavoráveis,
comporte riscos para os trabalhadores, nomeadamente na região dorso-lombar”.
- Características da carga;
- Os factores individuais.
c) O centro de gravidade da carga e o lado mais pesado da mesma, quando o conteúdo de uma
embalagem tiver uma distribuição não uniforme de peso.”
A tendência que uma força tem para provocar movimento de rotação a um corpo denomina-se Torque.
Quando uma força é aplicada perpendicularmente ao braço de alavanca produzindo um movimento
rotacional designa-se por Momento da Força
Cerca de 25% de todas as lesões que ocorrem na indústria estão directamente relacionadas com o
levantamento, transporte e deslocação de materiais.
Dores nas costas, hérnias, lesões nos pés e mãos são consequências normais dos movimentos que
estão para além da capacidade física dos trabalhadores, bem como, pela aplicação de métodos
de trabalho perigosos.
Aumento do absentismo;
Aparecimento de patologias.
As várias patologias que a movimentação manual de cargas poderá ser agente causal são:
a) Hérnias discais – uma hérnia discal consiste numa ruptura parcial do disco
intervertebral (a
substância mole do seu interior escapa-se através de uma área débil da camada exterior, que é dura),
para fora do espaço entre as vértebras, podendo assim exercer um efeito de compressão sobre
as
raízes nervosas
Geralmente, asadjacentes, provocando
hérnias discais dor. na zona inferior das costas (coluna lombar) e
surgem
costumam
afectar somente uma perna. As hérnias discais na zona lombar costumam também provocar debilidade
nas pernas e, por isso, a pessoa pode ter muita dificuldade em levantar a parte anterior do
pé (pé pendente). Uma hérnia discal de grande dimensão localizada no centro da coluna costuma
afectar os nervos que controlam a função intestinal e da bexiga urinária, alterando a capacidade de
defecar ou de
urinar.
b) Lumbagos - situação dolorosa da região lombar ocorrida após um esforço brusco. É muitas vezes
considerada como a consequência do deslocamento do núcleo do disco inter-vertebral. Trata-se
do
c) Ciática – regra geral, a dor ciática é caracterizada pelo facto de ser muito intensa. Está situada ao
longo do trajecto do nervo ciático e suas ramificações. Encontra-se portanto, por trás da coxa, depois
atrás da rótula ou sobre o seu lado externo. A sua origem está na agressão do
nervo ciático, geralmente por uma hérnia do disco intervertebral, quer entre a 4ª e a 5ª
vértebras lombares, quer entre a 5ª lombar e a 1ª vértebra sagrada.
Distracção e fadiga que podem desencadear vários erros. Isto acontece especialmente quando para
além da incumbência de movimentação manual de cargas os trabalhadores também são solicitados
para realizarem operações de comando de máquinas.
Condições como a ciática, deslocações da hérnia discal, roturas de ligamentos, lesões musculares ou
das articulações acarretam incómodos para trabalhadores e empregadores, implicando, além do óbvio
sofrimento, deslocações a médicos, pedidos de baixas e custos com recuperações, substituições de
funcionários, etc...
Além dos riscos específicos relacionados com a movimentação manual de cargas, enumera-se de
seguida outros riscos que podem estar associados:
- Entalamentos.
Quando numa empresa existe um ou mais trabalhadores afectos à movimentação manual de cargas, é
necessário tomar algumas medidas, no intuito de salvaguardar a segurança e
saúde dos trabalhadores.
Intensidade das forças que é necessário exercer para vencer a resistência que a carga oferece;
- A iluminação;
Como já foi referido, a movimentação manual de cargas pode acarretar uma série de
riscos e
patologias para os trabalhadores, caso as condições de trabalho não sejam as mais indicadas. Para
que se possa compreender melhor, as situações de perigo e risco associadas à movimentação manual
de cargas, apresentam-se a seguir, alguns exemplos de más práticas:
Carga mal equilibrada ou com conteúdo sujeito a oscilações;
Carga mal posicionada, de tal modo que tenha que ser mantida ou manipulada a
grande
distância do tronco ou com flexão / torção do tronco;
Carga susceptível, devido ao seu aspecto exterior e/ou à sua consistência, de provocar lesões
no trabalhador, nomeadamente em caso de choque ou balanceamento;
Movimentação de cargas a diversos níveis (ex. ter que transportar cargas entre
diferentes
pisos);
Pontos de apoio instáveis – ex.: existência de tapetes ou carpetes não fixadas ao chão;
Caso alguma destas regras de más práticas seja identificada, convém que seja alvo de
correcção
imediata. A sua continuidade ao longo do tempo pode provocar sérias lesões nos
trabalhadores atingidos, ou ainda, determinados tipos de acidentes ou incidentes.
A correcção das referidas não conformidades deve pautar-se pela correcta aplicação dos
vários
princípios ergonómicos a fim de optimizar a compatibilidade entre o homem, as máquinas e o ambiente
físico de trabalho. Isto conseguir-se-á através do equilíbrio entre as exigências das
tarefas, das máquinas e as características anatómicas, fisiológicas, cognitivas e percepto-motoras do
“É necessário ter sempre em conta que se deve tentar sempre proceder à
homem.
adequação do
trabalho ao Homem e não do Homem ao Trabalho.”
O conhecimento dos factores de risco é importante, visando a prevenção das lombalgias.
Obesidade;
Gravidez;
Traumatismos diversos;
Ao ter que levantar manualmente uma carga, devo seguir os princípios seguintes:
Movimentação de um barril
Posição dos pés em ângulo de 90 graus, para evitar a
torção do tronco.
Levante a carga até à sua cintura devagar, enquanto endireita as suas pernas, ao
mesmo tempo que mantém os seus cotovelos junto ao seu tronco.
Na posição “sentada” a fim de cumprir as exigências de ergonomia, o local de trabalho na caixa dever-
se-á caracterizar por um espaço de trabalho apropriado que
possibilite movimentos livres ao colaborador e assegurar um
equipamento que diminuirá a carga do aparelho de movimento
(p.ex. uma cadeira com apoio lombar, rolos de deslocação de
mercadorias, leitores portáteis de
códigos de barras).
O método mais eficaz para diminuir as lesões músculoesqueléticas é evitar a movimentação manual
de cargas. Estas actividades requerem a mecanização ou automatização das tarefas que
exigem movimentação de cargas. A necessidade de utilizar
equipamento técnico, nomeadamente equipamento de elevação, pode
agravar o custo da organização de um posto de trabalho. Contudo, este acréscimo de custos
pode ser compensado por uma diminuição do tempo despendido, uma redução dos períodos
de baixa do trabalhador e uma melhoria das condições de trabalho e da imagem
da empresa. A utilização de equipamento de elevação e um exemplo de uma boa prática
No transporte das mercadorias, incluindo a sua colocação nas lojas, se utilizar o porta-
paletes
eléctrico, elimina a necessidade de aplicação de grande forca ao empurrar e puxar.
Decreto-Lei n.º 50/2005 - Transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º
89/655/CEE, do
Conselho, de 30 de Novembro, alterada pela Directiva n.º 95/63/CE, do Conselho, de 5 de Dezembro,
e pela Directiva n.º 2001/45/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de Junho, relativa às
prescrições mínimas de segurança e de saúde para a utilização pelos trabalhadores de equipamentos
de trabalho.
Decreto-Lei n.º 103/2008 de 24 de Junho - Estabelece as regras a que deve obedecer a colocação no
mercado e a entrada em serviço das máquinas bem como a colocação no mercado das
quase máquinas.
- Atropelamento;
- Colisões e choques contra outros veículos;
- Incêndio ou explosão
- Risco eléctrico
A carga a elevar terá que estar devidamente equilibrada e o manobrador deve conhecer o seu centro
de gravidade.
Quando não está a ser utilizado, o porta-paletes deve ser devidamente arrumado. Para o efeito, os
garfos devem estar sempre protegidos (ex.: colocados numa palete) de modo a não constituírem risco
de queda para os trabalhadores.
É aconselhável rever o sistema hidráulico e/ou eléctrico dos porta-paletes com uma frequência mínima
anual, para garantir o seu correcto funcionamento e detectar potenciais problemas que podem levar ao
abate do equipamento antes do seu fim de vida útil, tais como fugas de óleo, elementos de baterias em
mau estado, etc.
Freitas, Luís Conceição, “Segurança e Saúde do Trabalho”, 1.ª Edição, Edições Sílabo, 2008,
Lisboa;