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ARGUMENTAÇÃO

SANTAELLA
DUCROT
KOCH
RELAÇÃO COMUNICAÇÃO E
ARGUMENTAÇÃO

“toda linguagem é ideológica porque, ao refletir


a realidade, ela necessariamente a refrata”.
Santaella (1996)

ATRÁS DE TODO ATO COMUNICATIVO HÁ


PERSUASÃO.
TEXTO

A unidade de comunicação não é o signo, a palavra ou


o traço, mas a organização deles numa matéria
significante, como o texto.
O signo só é ele mesmo dentro de uma cadeia
organizada em texto e é através da organização dessa
cadeia de signos que a mensagem se realiza
(PERUZZOLO)

O TEXTO É, ENTÃO, UMA TESSITURA DE SIGNOS


PARA SERVIR DE MENSAGEM, DE UNIDADE DE
COMUNICAÇÃO.
DISCURSO

Categoria conceptual que usamos para afirmar que o


texto é uma fala, uma narrativa, que tem uma dimensão
intersubjetiva.

É através do termo discurso que designamos a relação


de interação entre EU-TU e, por ter estes sujeitos
implicados em si, o discurso é um texto tecido de
sentidos.
KOCH

As relações discursivas que se estabelecem entre


enunciado (e discurso) e enunciação denominam-se
ideológicas ou argumentativas.

AS RELAÇÕES ARGUMENTATIVAS IMPLICAM NA


APRESENTAÇÃO DE:
- explicações

- justificativas

- E razões

relativas aos atos de enunciação anteriores.


DUCROT

CATEGORIAS DA ARGUMENTAÇÃO:
classe argumentativa e escala argumentativa.

CLASSE ARGUMENTATIVA: É constituída de um


conjunto de enunciados que podem igualmente servir
de argumento para uma mesma conclusão.
Todos os argumentos têm o mesmo peso para levar o
alocutário a concluir.
São argumentos causais das ações enunciadas.
Classe argumentativa
Ex:
A revista argumenta sobre um enunciado prévio ou logo
posteriormente posto em seu discurso, e são estes
argumentos selecionados pela revista, aliados a outras
estratégias discursivas, como qualificações adjetivadas,
que constroem a imagem dos candidatos.

PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA


DUCROT

ESCALA ARGUMENTATIVA: é uma categoria usada


para classificar os enunciados de acordo com sua força
no discurso.
MARCADORES DA ESCALA
ARGUMENTATIVA

A) Operadores que assinalam o argumento


mais forte de uma escala orientada no sentido
de determinada conclusão: ATÉ, MESMO, ATÉ
MESMO, INCLUSIVE.

Ex.: “o homem teme o pensamento como nada


mais sobre a terra, mais que a ruína e mesmo
mais que a morte”.
B) Operadores que introduzem dado argumento
deixando subentendida a existência de uma
escala com outros argumentos mais fortes.
São expressões como AO MENOS, PELO
MENOS, NO MÍNIMO.

Ex.: O rapaz era dotado de grandes ambições.


Pensava em ser no mínimo (pelo menos, ao
menos) prefeito da cidade onde nascera.
C) Operadores que somam argumentos a
favor de uma mesma conclusão (isto é,
argumentos que fazem parte de uma mesma
classe argumentativa): E, TAMBÉM, AINDA,
NEM (= E NÃO), NÃO SÓ ... MAS TAMBÉM,
TANTO ... COMO, ALÉM DE..., ALÉM
DISSO..., A PAR DE ..., etc.

Ex.: João é o melhor candidato: além de ter


boa formação em economia, tem experiência
no cargo e ainda não se envolve em
negociatas.
D) Operadores que introduzem uma conclusão
relativa a argumentos apresentados em
enunciados anteriores: PORTANTO, LOGO,
POR CONSEGUINTE, POIS, EM DECORRÊNCIA,
CONSEQUENTEMENTE, ETC.

Ex.: O custo de vida continua subindo, as


condições de saúde do povo são péssimas e a
educação vai de mal a pior. Portanto, não se pode
dizer que o Brasil esteja prestes a se integrar no
primeiro mundo.
E) Operadores que introduzem argumentos
alternativos que levam a conclusões
diferentes ou opostas: OU, OU ENTÃO, QUER,
SEJA ... SEJA.

Ex.: Vamos juntos participar da passeata. Ou


você prefere se omitir e ficar aguardando os
acontecimentos?
F) Operadores que estabelecem relações de
comparação entre os elementos, com vistas
a uma dada conclusão: MAIS QUE, MENOS
QUE, TÃO... COMO.

Ex.: - Vamos convocar a Lúcia para redigir o


contrato
- A Márcia é tão competente quanto a
Lúcia.
G) Operadores que introduzem uma
justificativa ou explicação relativa ao
enunciado anterior: PORQUE, QUE, JÁ
QUE, POIS,...

Ex.: Não fiques triste que este mundo é todo


teu. Tu és muito mais bonita que a Camélia
que morreu.
H) Operadores que contrapõem argumentos
orientados para conclusões contrárias: MAS
(PORÉM, CONTUDO, TODAVIA, NO ENTANTO),
EMBORA (AINDA QUE, POSTO QUE, APESAR
DE (QUE), ETC.)

Ex.: A equipe da casa não jogou mal, mas o


adversário foi melhor e mereceu ganhar o jogo.
I) Operadores que têm por função introduzir
no enunciado conteúdos pressupostos:
JÁ, AINDA, AGORA, ETC.

Ex.: Paulo ainda mora no Rio. Paulo já não


mora no Rio.
J) Operadores que se distribuem em escalas
opostas, isto é, um deles funciona numa escala
orientada para a afirmação total, e o outro, numa
escala orientada para a negação total (UM
POUCO E POUCO).

Ex.: Será que Ana vai passar no exame?


a) Ela estudou um pouco (tem a possibilidade de
passar)
b) Ela estudou pouco (provavelmente não passará)
MARCADORES DE
PRESSUPOSIÇÃO

Além dos operadores argumentativos já


mencionados, existem outros elementos
lingüísticos introdutores de pressupostos.

1) Verbos que indicam mudança ou permanência de


estado, como ficar, começar a, passar a, deixar de,
continuar, permanecer, tornar-se, etc.
Ex.: Pedro deixou de beber – pressuposto: Pedro bebia
MARCADORES DE
PRESSUPOSIÇÃO

2) Verbos denominados factivos: complementados pela


enunciação de um fato (de modo geral são verbos de
estado psicológicos, como lamentar, lastimar, sentir,
saber, etc)

Ex.: Lamento que Maria tenha sido demitida.


3) Certos conectores circunstanciais, especialmente quando
a oração por eles introduzida vem anteposta: desde que,
antes que, depois que, visto que, etc.
Ex.: Desde que Luís ficou noivo, não cumprimenta mais as
amigas (pressuposto: Luís ficou noivo)

Aqueles que não se apresentam com algum tipo


de marca lingüística são por vezes classificadas
como subentendidos, outras vezes com
pressuposições em sentido amplo ou
simplesmente como inferências.

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