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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA – UFRR Página

DISCIPLINA: MÉTODOS E EQUIPAMENTOS DE CONSTRUÇÃO


NOTAS DE AULA DO PROFESSOR ROSINALDO MEDEIROS
POR: ADRIEL CARLOS BATISTA DOS SANTOS 1 de 59

SUMÁRIO
A
1. Introdução à Terraplenagem................................................................................................ 4
A
1.1. Conceitos Gerais de Rochas e Solos ............................................................................ 4

1.2. Execução da Terraplenagem ........................................................................................


A 4
A
1.3. Classificação da Terraplenagem .................................................................................. 4
A
1.4. Operações Básicas ....................................................................................................... 4

1.5. Materiais Envolvidos na Terraplenagem ..................................................................... 5

1.6. Variações Volumétricas ............................................................................................... 5

1.6.1. Estágios volumétricos ........................................................................................... 7

1.7. Fundamentos teóricos da compactação ........................................................................ 7

1.8. Objetivos da compactação ........................................................................................... 7

Exemplo 1) .............................................................................................................................. 8

1.9. Equipamentos de Terraplenagem ................................................................................. 9

2. Estudo das Unidades de Tração .......................................................................................... 9

2.1. Características das máquinas ..................................................................................... 10

3. Estudo das Unidades Escavo-Empurradoras ..................................................................... 10

4. Locomoção dos Equipamentos de Terraplenagem............................................................ 13

4.1. Resistência ao Rolamento (Rr) ................................................................................... 13

4.2. Resistência de Rampa (Rp) ........................................................................................ 14

4.3. Resistência a Inércia (Ri) ........................................................................................... 15

4.4. Resistência do Ar (Rar) .............................................................................................. 16

Exemplo 2) ............................................................................................................................ 16

4.5. Condições de Movimento .......................................................................................... 17

4.5.1. Primeira Condição de Movimento...................................................................... 17


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4.5.2. Segunda Condição de Movimento ......................................................................... 18


A
4.5.3. Condições Gerais de Movimento ........................................................................... 18
A
5. Distribuição das cargas sobre os pneus ............................................................................. 20

Exemplo 3) ............................................................................................................................
A 22

A
Exemplo 4) ............................................................................................................................ 22
A
6. Exercícios de Revisão dos capítulos (Parte 1) .................................................................. 23

Exercício 1) ........................................................................................................................... 23

Exercício 2) ........................................................................................................................... 24

7. Estudo das forças motrizes ................................................................................................ 24

7.1. Componentes básicos de tração mecânica ................................................................. 25

Exemplo 5) ............................................................................................................................ 27

Exemplo 6) ............................................................................................................................ 27

7.2. Tipos de transmissão .................................................................................................. 28

7.3. Diagramas tração x velocidade .................................................................................. 29

Exemplo 6) ............................................................................................................................ 30

Exemplo 7) ............................................................................................................................ 30

7.4. Estimativa de produção dos equipamentos de terraplenagem ................................... 30

7.5. Tempo e movimentos elementares ............................................................................ 30

8. Estudo das unidades escavo-carregadoras......................................................................... 31

8.2. Lanças ........................................................................................................................ 33

8.3. Estimativa de produção (Q) ....................................................................................... 34

Exemplo 8) ............................................................................................................................ 35

9. Estudo das unidades aplainadoras ..................................................................................... 36

Exemplo 9) ............................................................................................................................ 37
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9.1. Estimativa de produção .............................................................................................. 38


A
10. Estudo das unidades de transporte ................................................................................. 38
A
10.1. Estimativa de produção .......................................................................................... 40

10.2. Condição de sincronismo .......................................................................................


A 40

11. A ................................................................. 41
Estudo das unidades escavo-transportadoras
A
11.1. Tarefas do Scraper .................................................................................................. 42

11.2. Scrapers autocarregáveis ........................................................................................ 43

11.3. Operação dos Scrapers ........................................................................................... 43

11.4. Otimização da produção do Motoscraper e do Pusher ........................................... 44

11.5. Estimativa de produção .......................................................................................... 45

12. Estudo das unidades compactação ................................................................................. 45

12.1. Rendimento das unidades compactadoras .............................................................. 46

12.2. Estimativa de Produção das unidades compactadoras ........................................... 46

13. Seleção dos equipamentos de terraplenagem ................................................................ 47

Exemplo 10) .......................................................................................................................... 47

14. Previsão de custo ........................................................................................................... 49

14.1. Custos fixos (custo de propriedade) ....................................................................... 50

14.3. Leis Sociais e BDI ....................................................................................................... 52

15. EXERCÍCIOS DE REVISÃO (PARTE 2).................................................................... 55

Exercício 3) ........................................................................................................................... 55

Exercício 4) ........................................................................................................................... 56

Exercício 5) ........................................................................................................................... 57
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1. INTRODUÇÃO À TERRAPLENAGEM
A
1.1. Conceitos Gerais de Rochas e Solos
A
Rochas: são agregados naturais formados por um ou mais minerais que constitui uma
parte essencial da crosta terrestre. São provenientes da solidificação do magma e de lavas
A
vulcânicas tendo ou não sofrido transformações metamórficas.
A
Solos: são materiais constituintes da crosta terrestre, provenientes da decomposição das
A
rochas por agentes geológicos ou pela sedimentação não consolidada dos grãos elementares
constituintes das rochas, ou ainda, por detritos de formação animal e decomposição vegetal.
1.2. Execução da Terraplenagem
Objetivos das obras de terras - Implantar ou alargar caminhos, disciplinar os cursos
d’água, executar cortes e aterros, perfurar túneis.
Características das obras de terras - Grandes movimentos de materiais, altos
investimentos iniciais em equipamentos de custo elevado, poucas compras de materiais
clássicos da construção civil (Ferro e Cimento).
Terraplenagem - É o conjunto de atividades (Escavação, Carga, Transporte, Descarga,
Espalhamento e Compactação) realizadas com o objetivo de materializar plataformas
previamente projetadas dentro das especificações técnicas do projeto.
1.3. Classificação da Terraplenagem
Manual – É aquela resultante da potência do esforço humano ou de tração animal.
Mecanizada – É aquela resultante da potência dos motores das máquinas em geral, têm
larga aceitação na execução de obras.
Características da Terraplenagem Mecanizada - Requer altos investimentos iniciais em
equipamentos, requer um alto padrão de eficiência (tudo deve ser bem planejado e bem
executado), requer pouca mão de obra, mas altamente qualificada, permite grandes
movimentações de terras em um tempo relativamente curto.
1.4. Operações Básicas
Escavação – É a operação cuja finalidade é romper a compacidade do solo através do
emprego de ferramentas cortantes, possibilitando sua movimentação com maior
trabalhabilidade. A unidade que executa esse serviço é a escavo-transportadora.
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Carga – É a operação cuja finalidade é acomodar o material em condições de ser


deslocado pelo equipamento transportador desde Ao local de extração até o depósito.
Transporte – É a operação cuja finalidadeAé levar o material desde o local da extração
até o local de depósito, considera-se também a fase do transporte vazio, ou seja, o retorno para
o reinicio do ciclo de operação. A

Descarga – É a operação cuja finalidade Aé fazer cessar as condições de transporte e o


corte ao material. A

Espalhamento – É a operação cuja finalidade é distribuir o material em camadas de


espessura relativamente uniforme, tanto longitudinal como transversalmente.
Compactação – É a operação cuja finalidade é adensar o solo, reduzindo o seu índice
de vazios, e conseguir maior estabilidade na estrutura do solo sob qualquer condição climática
de modo que possa suportar os futuros esforços.
1.5. Materiais Envolvidos na Terraplenagem
Primeira Categoria – Terra em geral (piçarra ou argila), rochas em adiantado estado de
decomposição, seixos rolados ou não (dmáx = 15 cm) e demais materiais compatíveis com a
utilização do Dozer, Scraper, Moto Scraper, independente do teor de umidade.
Segunda Categoria – Rochas com resistência à penetração inferior ao granito, blocos de
rocha com volume inferior a 1m³, matacões e pedras de diâmetro médio superior a 15 cm que
necessitam do uso de explosivos ou escarificadores para sua extração.
Terceira Categoria – Rocha com resistência à penetração superior ou igual a do granito
e blocos de rocha de volume igual ou superior a 1m³ e que necessitam do uso contínuo de
explosivos para o seu desmonte. Relação importante - Custo de escavação  1:2:6
1.6. Variações Volumétricas
Empolamento do Solo: É a expansão volumétrica física sofrida pelo material em
decorrência da destruição de sua estrutura natural o que provoca um aumento no seu índice de
vazios pela separação ou quebra dos elementos componentes durante a operação de
escavação.
Fator de Empolamento - É a relação entre a densidade do material solto e o material no
estado natural, sempre menor que a unidade.
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Porcentagem de empolamento - É a medida


A da expansão volumétrica sofrida pelo
material em conseqüência da escavação e expressa em porcentagem de volume natural.
A

A
Material f(%) φ
A
Argila seca 45 0,69
Argila Molhada 40 0,71
Saibro (seco e molhado) 40 0,71
Carvão (de pedra e betuminoso) 35 0,74
Terra de limo (seca e molhada) 25 0,80
Pedregulho 12 0,89
Gesso 74 0,57
Calcário 67 0,60
Areia (seca e molhada) 12 0,89
Arenito 67 0,60

Redução: É a redução de volume do material em decorrência da compactação.


Redução Volumétrica: é a medida da redução experimentada pelo material em
conseqüência da compactação e expressa em porcentagem do volume natural.

Em relação às variações volumétricas, vale destacar:


Os solos mais usados na construção de rodovias apresentam uma porcentagem de
empolamento de 25%.
Os solos finos apresentam uma porcentagem de empolamento mais elevada que os
grossos.
A redução volumétrica é bastante variável, pois depende tanto do material compactado
como da energia de compactação aplicada.
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1.6.1. Estágios volumétricos


A material após a escavação.
Volume Solto (Vs): É o volume assumido pelo
A
Volume Natural (Vn): É o mesmo que volume de corte e pode ser definido como o
volume assumido pelo material na natureza ao longo do tempo devido à sua formação
geológica. A

Volume Compactado (Vc): É o volume A


assumido pelo material no aterro, após ser
compactado. A
Observações:
Vs>Vn>Vc e γc>γn>γs;
O volume solto é medido no transporte e não deve ser usado para efeito de pagamento
(seria burrice).
O volume de corte é medido no local da extração, é muito usado para efeito de
pagamento.
O volume compactado é medido no maciço pronto, é o ideal pra ser utilizado para
efeito de pagamento, pois nessa etapa, as camadas já apresentam elevada regularidade
geométrica.
Nos projetos, as especificações e os contratos de serviço devem definir as unidades
usadas para pagamento.
1.7. Fundamentos teóricos da compactação
Definição: É o processo manual ou mecânico que ocasiona maior aproximação e
entrosamento das partículas gerando um aumento da coesão e do atrito interno,
conseqüentemente da resistência ao cisalhamento, obtendo desta forma maior capacidade de
suporte e redução à absorção de água.
1.8. Objetivos da compactação
Aumento da resistência à ruptura do solo sob ação de cargas externas.
Redução de possíveis variações volumétricas quer pela ação de cargas, quer pela ação
da água.
Impermeabilização dos solos pela redução do coeficiente de permeabilidade
resultando do menor índice de vazios.
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O principio fundamental da compactação rege que todos os solos devem ser


compactados de maneira a se conseguir o pesoA específico aparente máximo obtido com a
umidade ótima. A

D ensidade (K g/m ³) A

A
D ensidade M áxim a
A
1800

1600
1400

1200
U m idade (% )
10 12 14 16 18 20 22

U m idade Ó tim a

Submetendo-se uma massa de solo a um determinado esforço de compactação e


aumentando-se gradativamente o seu teor de umidade, a sua densidade cresce a principio, até
um valor máximo, passando então a decrescer, há assim um ponto de densidade máximo, para
um determinado esforço de compactação. A porcentagem de água corresponde a esta
densidade máxima, recebe o nome de umidade ótima.
Exemplo 1)
Um caminhão basculante tem capacidade de 18m³, a que volume corresponderá no corte
esse volume solto? Sabendo-se que φ é 0,80.

Determinar quantas carradas serão necessárias para realizar o movimento de terra da


plataforma com volume compactado de 150.000m3. Dados: φ = 0,75; capacidade da caçamba
= 6m³; Z = N/C = 10%.
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1.9. Equipamentos de Terraplenagem


A
As máquinas agrupam-se em duas classes:
A
Máquinas Motrizes: São aquelas que produzem a energia para a execução de trabalhos.
A
São elas:
Unidades de tração;
Compressores de ar;
Geradores.
Máquinas Operatrizes: São aquelas que tracionadas ou empurradas pelas motrizes
realizam trabalho. São elas:
Unidades Escavo - empurradoras (tratores com lâmpada);
Unidades Escavo - transportadoras (Scrapers, Moto scrapers);
Unidades Escavo-carregadoras (Esteiras, Pneu, Carregadeiras);
Unidades Escavadeiras (Pá frontal ou Shovel, Caçamba de arrasto, Com mandíbulas
ou ClamShell, Retro ou Back-shovel);
Unidades Aplainadoras (Patrol ou Motoniveladoras);
Unidades de transporte (Caminhão Basculante, Dumpers, Vagões).
Unidades Compactadoras (Pé de carneiro, Rolos compressores).

2. ESTUDO DAS UNIDADES DE TRAÇÃO


São fontes de energia convenientemente instaladas que podem receber implementos
mutáveis ou permanentes e assim se capacitarem a realizar diferentes trabalhos. São quase
sempre acionadas por motores de combustão interna movidos a óleo diesel, fixados as
estruturas que quando móveis são montadas sobre esteiras ou sobre pneus.
Trator de pneus: são utilizados quando a topografia é favorável e as condições de
aderência e suporte dos solos são boas permitindo que seja explorada sua maior característica
que é a velocidade, gerando assim, maior produtividade.
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Trator de esteiras: são utilizados em trabalhos que requerem esforços tratores elevados
A
ou rampas de grande declividade ou quando executados em terrenos de baixa capacidade de
suporte não importando o fator velocidade. A

2.1. Características das máquinas


Esforço trator – e a força que a máquinaApossui na barra de tração (esteira) ou numa
A
roda motriz (pneus) para executar as funções de rebocar ou empurrar outros equipamentos.
Velocidade – é aquela que a máquina desenvolve
A quando está executando suas tarefas
normais. Depende do dispositivo de montagem (sobre esteiras ou dos pneus) sobre o solo que
o apóia.
Aderência – é a maior ou a menor capacidade que uma máquina tem de se deslocar
sobre uma superfície sem que ocorra a patinação das esteiras ou dos pneus sobre o solo que o
apóia.
Flutuação – permite o trator se deslocar sobre terrenos de baixa capacidade de suporte
sem que haja o afundamento das esteiras ou dos pneus na superfície que o apóia.
Balanceamento – e resultante de uma boa distribuição do peso das partes constituintes
da máquina e do centro de gravidade a pequena altura do chão de forma a reduzir o perigo de
tombamento sobre as variadas condições de trabalho.
TRATOR
CARACTERÍSTICAS
ESTEIRAS PNEUS
ELEVADO, LIMITADO ELAS
ESFORÇO TRATOR ELEVADO
CONDIÇÕES DE ADERÊNCIA
VELOCIDADE BAIXA < 12 km/h ALTA < 60 km/h
ADERÊNCIA BOA LIMITADA
FLUTUAÇÃO BOA REGULAR A MÁ
BALANCEAMENTO BOM BOM

3. ESTUDO DAS UNIDADES ESCAVO-EMPURRADORAS


São máquinas que resultam da reunião de uma unidade de tração (trator) e um
implemento denominado lâmina quase sempre montados sob esteiras, são conhecidos como
tratores de esteira com lâmina.
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De acordo com o grau de liberdade que a lâmina tenha em relação ao trator podemos
ter: A

A invariável de 90° com o eixo longitudinal


Lâmina reta: é aquela que forma um ângulo
da máquina, a lâmina recebe o nome de Bulldozer.
Lâmina angulável: é aquela que formaAvários ângulos inclusive 90° com o eixo
longitudinal da máquina, a lâmina recebe o nomeAde Angledozer.
Outros casos: A

Tiltdozer: lâmina que pode formar diferentes ângulos com o eixo vertical da máquina
(sobe e desce).
Tipdozer: lâmina que pode formar diferentes ângulos de ataque com o solo escavado.

O rendimento da máquina pode ser avaliado a partir da seção transversal do monte de


material que se acumula a frente da lamina, pode ser assemelhado a um triangulo como na
figura acima.
A parte inclinada faz com a horizontal um ângulo igual ao ângulo natural do talude,

sendo h a altura da lâmina, a base do triangulo será igual e a área será , se a

seção for constante ao longo de todo o comprimento L da lâmina, o volume será ,

como não e certa essa constância da seção, é necessário introduzir um fator de correção µ e a

capacidade da lâmina é dada por , pode se admitir para areia, cascalho e rocha

partida μ = 0,8, e para terra comum μ = 1.

O rendimento expresso em m3/h é calculado por: , onde:


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R é o rendimento da máquina no corte e transporte de material; Q é a capacidade da


lâmina em terra solta; A

A fato de não se conseguir trabalhar os 60min


E é o fator de eficiência do dozer, devido ao
de uma hora, pode ser considerado igual a 0,1;
T é o tempo em que o dozer realiza um ciclo
A completo, em minutos;

f é o fator de conversão dos volumes. A

Atividades do trator de esteira com lâmina:A


Escavar solos em geral;
Empurrar ou puxar outras máquinas;
Funcionar com “Pusher” dos scrapers durante o carregamento;
Derrubar árvores de grande porte;
Limpar cortes em rocha após a detonação;
Fazer desmatamento, destocamento e limpeza da faixa de domínio da rodovia;
Abrir cortes notadamente em meia encosta usando a lâmina angulável;
Abrir caminhos de serviço;
Escarificar materiais mais consistentes;
Executar todas as fases da terraplanagem (exceto a compactação) para distâncias
curtas, como veremos a seguir:
Escava pressionando a lâmina contra o material;
Faz a carga acumulando o material escavado na frente da lâmina;
Transporta empurrando o material até o local de depósito;
Descarrega e espalha ao permitir a fuga do material por baixo da lâmina ainda
em deslocamento.
OBS.: Nestes trabalhos, as distâncias curtas têm um limite superior em torno de 70
metros.
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4. LOCOMOÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE


A
TERRAPLENAGEM
A
4.1. Resistência ao Rolamento (Rr)
É a menor força horizontal que deverá ser aplicada ao equipamento para iniciar o
A
movimento sob uma superfície próxima do ideal, horizontal e indeformável, esta força foi
A
estimada experimentalmente como sendo igual a 2% do peso do equipamento (vazio ou
A
carregado).
Em virtude do afundamento natural da superfície, ocasionado pelos pneus do
equipamento, existirá sempre uma rampa gerada pelo afundamento e este esforço resistente é
avaliado experimentalmente em 0,6% do peso total (P) para cada cm de afundamento. Logo:
Rr – Resistência ao rolamento em kg;
P – Peso do equipamento em t;
A – Afundamento em cm.
O valor de Rr é proporcional ao peso total da máquina. Como o peso total da máquina é
dado em toneladas e as resistências em quilogramas, têm-se:

Fazendo , temos:
, Onde:
k é o coeficiente de rolamento expresso em kg/t e expressa fisicamente as condições
apresentadas pela superfície de rolamento por onde a máquina deve trafegar e
matematicamente o n úmero de quilos por tonelada de peso da máquina opostas ao seu
deslocamento na superfície.
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Máquina de pneus, coeficiente


SUPERFÍCIE DE ROLAMENTO
A de rolamento – k (kg/t)
A que
Estrada dura, suave, estabilizada e pavimentada,
20
não cede sob peso, com boa manutenção
A
Estrada firme e suave de terra ou macadame, cedendo
sob peso ou apresentando ondulações, com A 35
manutenção razoável A

Estrada de terra sulcada, cedendo sob peso com pouca


ou nenhuma manutenção, com 25 a 50 mm de 50
penetração dos pneus
Estrada de terra sulcada, cedendo sob peso, sem
manutenção e nem estabilização, com 100 a 150 mm 75
de penetração dos pneus
Areia solta ou cascalho 100
Estrada macia, lamacenta, sulcada e sem manutenção 100 a 200

4.2. Resistência de Rampa (Rp)


É a resistência que se opõe ao movimento do equipamento estabelecido a partir de duas
hipóteses:
A rampa se identifica com o plano inclinado no sentido de atrito;
Para pequenos ângulos, como rampas de estradas, o valor do seno pode ser confundido
com a tangente do mesmo arco.
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A
a
A

Onde:
Rp – resistência da rampa;
i% - inclinação.
Logo, , na prática as rampas giram em torno de 20%, assim

Expressando Rp em kg e p em t, temos:

i é positivo (+) quando em subida;


i é negativo (-) quando em descida.
Quando Rp estiver em aclive significa que está contrária ao peso, quando em declive a
componente do peso atua auxiliando o motor e se denomina assistência de rampa.
4.3. Resistência a Inércia (Ri)
A mecânica newtoniana diz que para movimentarmos uma massa precisamos aplicar
uma força, nesse caso, a força é Ri, que surge sempre que o equipamento sofre uma variação
de velocidade (Δv) em um intervalo de tempo (Δt).
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Contabilizando as unidades, temos:


A

A
Quando o sinal for positivo (+), o movimento é acelerado, quando o sinal for negativo
(-), ocorre desaceleração do equipamento.
A
4.4. Resistência do Ar (Rar) A
Provém da pressão que o ar exerce na Afrente e na aspiração da parte traseira do
equipamento, é calculada pela expressão:

k' – constante, que depende do tipo de máquina, em geral adota-se 0,07;


S – área da seção perpendicular a direção do movimento (m²);
v – velocidade (km/h).
A tração necessária a uma dada velocidade deverá ser igual a soma das resistências
opostas ao movimento, e desprezando a Rar, temos:

Exemplo 2)
Qual o esforço trator mínimo que deve ser desenvolvido por uma máquina para manter
seu movimento uniforme numa estrada de terra sulcada com 4 cm de penetração dos pneus.

;
;

.
Qual o esforço trator necessário para fazer a máquina do exemplo anterior, nas mesmas
condições, acelerar de 0 a 20 km/h em 10s.
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;
; A

A
;

;
A

A
; Esforço trator > 5611 kg.
4.5. Condições de Movimento A

Pm – Peso aderente sobre a roda motriz;


∑R – Somatório das resistências opostas ao movimento (kg)
Er – Esforço trator atuante na roda motriz;
Cr – Torque (conjugado atuante na roda motriz);
r – Raio da roda motriz;
Fa – Reação tangencial (força de aderência).
4.5.1. Primeira Condição de Movimento
O movimento de uma máquina só é possível quando:
Er ≥ ∑R;
Se:
– O movimento não se inicia e caso a máquina já esteja em movimento
ocorre uma desaceleração;
– O movimento não se inicia e caso já esteja em movimento ocorre um
movimento uniforme (Velocidade constante);
– O movimento se inicia e caso já esteja em movimento ocorre uma
aceleração gradativa da máquina, sobre determinadas condições.
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4.5.2. Segunda Condição de Movimento


A
Leva-se em consideração a força de aderência (entre pneu e a superfície de rolamento).
A
A aderência ocorre da seguinte forma:
Os valores crescentes de ∑R fazem crescer o Er, para que seja atendida a primeira
condição; A

Por se tratar de um binário, o crescimento Ade Er’ implica no crescimento de igual valor
de Er’’; A

O valor de Er’’ a cada instante é igual e diretamente oposto à Fa;


Fa não pode crescer indefinidamente e quando é excedida ocorre patinamento;
O patinamento implica em cessar o movimento, mesmo que haja potência disponível,
logo, se Er > Fa ocorre o patinamento e se Er < Fa a máquina rola sobre a superfície, conclui-se
que para haver movimento, Er < Fa!
Mas
Logo, .

É possível resumir as duas condições de movimento na expressão:

4.5.3. Condições Gerais de Movimento


Equipamento Parado:

 Inicia o movimento.

 Não inicia o movimento.

 Não inicia o movimento, pois ocorre patinação.


Equipamento em Movimento:

 Movimento acelerado.

 Velocidade constante – Movimento uniforme.


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 Continua o movimento, mas com patinamento.


A

 Frenagem do equipamento.
A

 Frenagem do equipamento
A com patinação.
A

A
COEFICIENTE DE ADERÊNCIA (f) PARA MÁQUINAS
f (kg/t)
NATUREZA DAS PISTAS
PNEUS ESTEIRAS
Pavimento de concreto 900 450
Terra seca firme 550 900
Terra solta 450 600
Terra úmida firme 450 700
Areia seca 200 300
Areia úmida 400 500
Argila seca 550 900
Argila úmida 450 700
Cascalho 360 500
Pedra 650 550
Neve 200 250

Análise dos efeitos das Resistências Sobre a Utilização de Máquinas


As condições de movimento de uma máquina possuem um grande Fator de limitação
que é a reação tangencial (Fa), para melhorar esta reação deve-se:
Aumentar a aderência – Melhorando a rugosidade da superfície de contato, e
aumentando o número de rodas motrizes;
Aumentar o peso aderente – Através de sobrecargas permanentes ou eventuais
(lastros) necessários em situações normais ou críticas.
Merecem destaque:
∑R pode ser positivo, negativo ou nulo;
Quando negativo, a máquina se deslocará sem necessidade da potência disponível do
motor, apenas por inércia e/ ou assistência de rampa;
Quando nulo, a máquina está parada;
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As acelerações geram demanda de potência e em conseqüência aumenta o custo


operacional; A

Nas resistências de trabalho (raspagens,A etc.) devem surgir declives para utilizar
assistência de rampa;
Os caminhos de serviço devem ter boas Acondições de rolamento, poucos aclives nas
idas, tangentes longas e boa visibilidade; A

A melhorar o desempenho da máquina;


O aumento do peso aderente (lastro) poderá
Os grandes declives podem pelo efeito da gravidade compromete a aderência em geral
e o carregamento dos scrapers;
Para efeito de pagamento, as distâncias de transporte são todas na horizontal.

5. DISTRIBUIÇÃO DAS CARGAS SOBRE OS PNEUS


Os fabricantes de equipamentos fornecem em suas especificações técnicas a distribuição
de cargas sobre os pneus para máquinas carregadas e vazias.
Exemplo 1:

Motoscraper com rebocador de um eixo (CAT-651):

Vazio:

Carregado:

Exemplo 2:

Motoscraper com rebocador de um eixo (CAT-631)


Vazio:
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Carregado: A

Exemplo 3: A

A
Caminhão fora de estrada (CAT-769)
A
Vazio:

Carregado:

Exemplo 4:

Motoscraper com motor traseiro (CAT-627)


Vazio:

Carregado:

Exemplo 5:

Motoscraper com rebocador de dois eixos (CAT-660)

Vazio:
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Carregado: A

Obs.: Na falta de dados do fabricante pode-se


A admitir:

Exemplo 3)
Determinar a rampa máxima que pode subir um Motoscraper com rebocador de um eixo
(CAT-651) com plena carga no terreno com coeficiente de aderência f = 450 kg/t e K = 20
kg/t, supondo velocidade constante e resistência do ar desprezível.
Dado:
Na condição limite de resistência, temos:

Exemplo 4)
Determinar o volume de solo medido no corte que deverá ser escavado para execução
de 1m3 de aterro, supondo-se redução volumétrica de 10%, em seguida determinar o volume
que devera ser transportado na execução, adotar φ = 0,8:
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6. EXERCÍCIOS DE REVISÃO DOS CAPÍTULOS (PARTE 1)


A
Exercício 1)
A
Um trator D-8 está tracionando um scraper com uma carga de 30 t numa estrada de terra
empedrada com uma rampa de 5%, Pede-se :
A
Resistência de Rolamento;
A
Resistência de rampa;
A
Resistência total.
Dados: Peso do trator 23t;
Peso do Scraper 16t.

a) .
b) .
c) .
Determinar a rampa máxima que poderão subir os equipamentos quando plenamente
carregadas num terreno caracterizado por terra solta e 70 mm de penetração dos pneus.
Cálculos iniciais: ; ;
; ;
CAT660 – Pt = 107 t.

CAT651 – Pt = 96 t
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CAT769 – Pt = 65 t
A

A
Exercício 2)
A
Determinar a rampa máxima que o equipamento abaixo caracterizado poderá subir
quando plenamente carregado:
Dados: Peso próprio: 35 t; Peso sobre a roda motriz: 0,45 Pt; Capacidade da caçamba:
22 m³;
Peso específico 1,68 t/m3; Coeficiente de rolamento: 42 kg/t; Fator de aderência: 430
kg/t;

Solução:
,

.
.
.
.
.

7. ESTUDO DAS FORÇAS MOTRIZES


São aquelas que impulsionam os equipamentos vencendo resistência que além de
grandes são muitos variáveis, visto que dependem do peso da superfície de rolamento, subidas
ou descidas, e de acelerações ou desacelerações.
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Além da potência do motor, outros fatores devem estar facilmente disponíveis para que
A
a máquina possa realizar racionalmente suas tarefas. O motor apenas faz parte do sistema
A sistema deve ser capaz de proporcionar:
maior, denominado, sistema de tração, assim, esse
Variação de oferta de potência do motor;
Variações de velocidade; A

A
Alternância rápida no sentido de deslocamento;
A
Diferentes tipos de montagem (esteiras e pneus).
Quanto à disponibilidade do sistema de tração, as máquinas podem ser:
Rebocadas - Quando não têm seu sistema próprio de tração;
Automotrizes - Quando tem seu sistema próprio de tração e são conhecidos com o
nome de auto-propelidas ou auto-propulsoras.
7.1. Componentes básicos de tração mecânica
Motor - É caracterizado pela potencia que é capaz de desenvolver. Os equipamentos em
sua grande maioria são dotados de motor à explosão a óleo diesel cuja potência varia de 70
HP a 1000 HP para os grandes caminhões fora de estrada. De acordo com as com condições
em que a potencia seja tomada podemos ter os seguintes tipos:
Potência Máxima ( ) - É a maior potência que o motor oferece em condições de
ensaio. É uma potência de laboratório.
Potência no Volante ( ) - É a potência determinada no volante de saída do motor. É
conhecida como potência de desempenho.
Potência Disponível ou Efetiva ( ) - É a potência que chega às rodas motrizes,
depois de sofrer as perdas mecânicas no subsistema de transmissão. Ela depende da potência
no volante ( ) e do rendimento mecânico ( ) com quem é transmitida. É dada pela
expressão:
Para máquinas novas, geralmente, utiliza-se e para as usadas, .
A transmissão tem a finalidade de fazer chegar às rodas motrizes, a potência gerada pelo
motor sob a forma de rotação conhecida pela denominação torque. A transmissão reduz o
número de rotações do motor para um número bem menor nas rodas motrizes e compatíveis
com a velocidade de deslocamento da máquina em certa marcha. É traduzida pela relação
chamada de desmultiplicação: , onde:
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- Número de rotação no eixo do motor ( )


- Número de rotação da roda motriz. A

A
A uma potência constante, os esforços tratores serão menores ou maiores dependendo
do fator de desmultiplicação fixado pela escolha de certa marcha e serão tanto maiores quanto
menor for (caso da 1ª marcha). A

Fator desmultiplicador. A

A
Por outro lado, o torque ou conjugado aplicado às rodas motrizes pode ser representado
por um binário cujo braço de alavanca é o raio do pneu medido do ponto de contato do pneu
com o solo.
Podemos determinar o esforço trator desenvolvido por um equipamento conhecendo a
potência e a velocidade de deslocamento. Pela definição de potência, temos:

No caso F é representado pelo esforço trator Substituindo, temos:

Compatibilizando as unidades:
e em Km/h

(1)

A velocidade de translação é dada pela expressão:


, onde r: raio da roda motriz em metros.
Número de rotações por minuto RPM
(vem km/h)
Substituindo na eq. 1, vem:

Mas o torque:
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A
Como , substituindo na equaçãoAacima, temos:

A
Esta expressão indica o conjugado motriz disponível na roda propulsora em função da
A
potência efetiva e do número de rotações do motor no volante ( e , fator de
A
desmultiplicação.
Tendo-se que para um equipamento: e é constante, e tendo-se a curva de
torque característica do motor, pode-se chegar às curvas de esforço trator nas rodas motrizes.
Exemplo 5)
Determinar o esforço trator nas rodas motrizes de um equipamento, sabendo-se:
; ; ; e

Exemplo 6)
Um equipamento plenamente carregado com carga total de 27 t deve trafegar numa
pista horizontal com à velocidade 48 Km/h, as características do equipamento
são:
; ; .
Considere a resistência do ar como sendo desprezível e a velocidade sendo constante.
O equipamento terá torque suficiente para impulsioná-lo a essa velocidade?
Qual a potência no volante mínima que o motor deveria desenvolver para que o torque
fosse suficiente em caso de negativa da letra “a”?
Se , qual o número de rotações do eixo do motor no volante nas condições
vigentes?

Terreno horizontal 

Velocidade constante 
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Como A

Não. A

7.2. Tipos de transmissão


Transmissão mecânica: é aquela formada apenas por elementos rígidos (eixos e
engrenagens) em toda sua extensão. São conhecidas como transmissão direta.
Transmissão hidráulica: é aquela em que, ao longo de sua extensão, apresenta uma
seção não rígida de forma que a transmissão do torque se faça hidraulicamente, ou seja, por
um fluído. A transmissão hidráulica é conseguida graças a um dispositivo chamado conversor
de torque, capaz de fazer um fluído (óleo viscoso) transmitir os esforços do eixo motriz ao
eixo movido, estas transmissões são chamadas Power-shift, querendo dizer uma mudança de
marcha sem interromper a transmissão dos esforços, podendo ser ou não automática.
Nas transmissões, encontram-se:
Engrenagem principal: é um dispositivo que se localiza entre a saída do eixo
virabrequim e o eixo de transmissão e serve para conseguir mudanças de acoplamento de
engrenagens na caixa de câmbio de velocidades;
Eixos de transmissão: ligam a embreagem principal com a caixa de câmbio.
Caixa de câmbio: é o conjunto de dois eixos com várias engrenagens que podem se
acoplar em pares e ângulos diferentes, resultando disto, variações obrigatoriamente
simultâneas e inversas de força e velocidade;
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Coroa e Pinhão: São engrenagens que permitem a transmissão do torque através de


eixos geralmente em “tê” formando ângulos de A90°, possibilitando que o conjugado gerado
pelo motor e conduzido pela transmissão, chegueAaté as rodas motrizes;
Embreagem de direção: Difere da principal apenas pela localização, visto que, se
A final. Existe uma para cada roda, com isto,
coloca entre o sistema coroa-pinhão e o comando
se consegue amarrar uma esteira pelo desligamento
A momentâneo do motor, mudando a
direção da máquina; A

Comando final: são pares de engrenagem que fazem a redução das velocidades e o
conseqüente aumento dos esforços que chegam à roda motriz;
Diferencial: é o conjunto de engrenagens convenientemente dispostas entre si com a
finalidade de permitir que duas rodas de um mesmo eixo motriz possam ter diferentes
velocidades, funciona assim nas curvas.
7.3. Diagramas tração x velocidade
São fornecidos pelo fabricante. Relaciona o esforço trator na roda motriz com as
velocidades nas diversas marchas, a partir de testes feitos na fábrica com os equipamentos.
Conhecendo o somatório das resistências que uma máquina tem de vencer para realizar
suas atividades, é possível se programar quais esforços tratores devem ser desenvolvidos,
assim, para cada intervalo de variações do somatório das resistências, devemos ter um esforço
trator correspondente, isto é, devemos usar a máquina em determinada marcha.
Para usar o diagrama tração x velocidade, deve-se:
Entrar com o valor de em um eixo vertical;
Interceptar as curvas correspondentes às diversas marchas existentes no gráfico;
Determinar as velocidades no eixo horizontal;
Escolher a velocidade que melhor se adapte as condições de trabalho, com maior
rendimento.
O diagrama depende do tipo de máquina e do sistema de transmissão com que ela esteja
equipada, respeitando o princípio: A velocidade varia na razão inversa do esforço trator, logo,
existem diagramas para dois tipos de máquinas:
Transmissão Mecânica – Power-Shift;
Transmissão automática com conversor de torque.
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Exemplo 6)
A
Qual a marcha que deverá ser usada num Motoscraper tipo 631C, com as características
A
abaixo, para subir uma rampa de 25% num solo argiloso-siltoso.

Dados:
A
Peso da carga coroada:
A
Carga total:
A

Se utilizarmos a segunda marcha:


Se utilizarmos a primeira marcha:
Deve-se utilizar a primeira marcha (maior eficiência).
Exemplo 7)
Qual a rampa máxima que o Motoscraper do exemplo anterior poderá subir plenamente
carregado. Admita que haja aderência suficiente entre os pneus e o terreno.

7.4. Estimativa de produção dos equipamentos de terraplenagem


A produção dos equipamentos de terraplenagem é feita de forma estimada por causa de
sua dependência de parâmetros de difícil determinação e que acontecem de forma aleatória,
no entanto, os processos de cálculo utilizados costumeiramente conduzem-os a resultados
bem próximos da realidade.
7.5. Tempo e movimentos elementares
Ciclo: É o conjunto de operações que um equipamento executa em certo intervalo de
tempo voltando em seguida à posição inicial para recomeçá-la.
Tempo de Ciclo: É o intervalo de tempo decorrido entre duas passagens consecutivas
da máquina por qualquer ponto do ciclo, geralmente é medido a partir do instante que o
equipamento inicia a operação até o momento que retorna a posição inicial.
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Ex.:
A
a) No scraper, tempo de carregamento, transporte, despejo e retorno;
b) Nos tratores de lâmina, empurrar a carga,A parar, retroceder e parar novamente.
O tempo de ciclo é obtido cronometrado e tirando a média. O tempo de ciclo pode ser
decomposto em movimentos elementares que são
A repetidos através dos ciclos consecutivos a

esses movimentos elementares, correspondem tempo


A elementares. Observando-se os tempos
elementares num grande número de ciclos, verifica-se
A que alguns se mantém constantes para
determinados tipos de equipamentos, enquanto outros são variáveis por dependerem
diretamente das distâncias percorridas. Os primeiros são chamados tempos fixos e os outros,
variáveis.
Tempo Fixo (Tf): é o tempo gasto durante um ciclo do equipamento em outras
operações que não sejam de transporte ou retorno. Ex: Tempo de carga, descarga e manobra.
Tempo Variável (Tv): é o tempo de transporte e retorno vazio. Varia com a distância ao
aterro ou bota fora e com a velocidade do equipamento.
Tempo de ciclo mínimo e efetivo:
Mínimo: É o somatório de todos os tempos elementares de que resulte o menor tempo
de ciclo em que a tarefa pode ser teoricamente executada.

Efetivo: É o gasto pelo equipamento para executar o ciclo de operação computados os


tempos de parada que necessariamente ocorreram no decurso de muitos ciclos.

8. ESTUDO DAS UNIDADES ESCAVO-CARREGADORAS


Conceito: são unidades de terraplenagem projetadas para executar a escavação e a carga
do material em outro equipamento a que o transporta até o local de descarga.
Podem ser montadas sobre pneus e sobre esteiras. Possuem uma pá montada geralmente
na parte dianteira da unidade e o acoplamento é feito por cilindros hidráulicos. Na prática, são
conhecidas como pré-carregadeiras.
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Posições da caçamba:
Posição de escavar: quando é baixada atéAentrar em contato com o terreno e apanhar o
material com ou sem escavação. A

Posição de elevar: quando assume uma posição que, mesmo estando cheia, pode se
A conduzido a uma altura superior a unidade
deslocar sem que ocorra derramamento do material
de transporte, podendo chegar a 4,5m. A

Posição de despejar: quando mantendoA os braços elevados, inclina (emborca) a


caçamba, de forma que o material caia no local desejado (basculante-depósito).
As máquinas de esteiras são preferidas quando:
Têm-se pequenas praças de trabalho;
Necessita-se de boa aderência;
Necessita-se de boa flutuação.
As máquinas de pneus são preferidas quando:
Necessita-se de grande mobilidade;
Necessita-se de grandes deslocamentos;
Necessita-se de grande produção em material já escavado.
Características das máquinas:
Tração nas quatro rodas, ou seja, dois eixos motrizes.
Direção articulada com eixo dianteiro rígido. Apresenta articulação em sua parte
média permitindo manobras de forma fácil e em áreas menores.
Peso próprio elevado, com motor e tanques de combustível sobre o eixo traseiro, o que
melhora a aderência.
8.1. Escavadeiras
São máquinas projetadas para fazer a escavação e a carga, trabalhando estacionadas.
Podem ser montadas sobre esteiras e sobre pneus, em alguns casos sobre trilhos. Trabalham
estacionárias e para tanto são construídas de forma que apresentam duas partes distintas:
infra-estrutura e superestruturas.
A infra-estrutura é formada por chassis apoiados sobre rodas ou esteiras. Destina-se a
suportar a superestrutura, mantendo-se fixa durante os trabalhos.
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A superestrutura é formada pela cabine de comando, motor e lança, é dotada de


A girar de ângulos de 360° em ambos os
capacidade de movimento de rotação, podendo
sentidos. A

8.2. Lanças
A
São implementos que capacitam as escavadeiras a realizar suas tarefas em diferentes
posições. São peças alongadas formadas por Achapas ou presas a super estruturas por
A
articulações em sua extremidade inferior e mantidas inclinadas em diferentes ângulos
horizontais pela ação de cabos de sustentação ou pistões.
Principais tipos:
Lança com pá frontal ou shovel: é formado por uma lança acionada por pistões
hidráulicos ou por cabos de aço, tendo como característica própria um braço móvel em sua
parte média em cuja extremidade encontra-se a caçamba. O braço pode ser pressionado contra
o terreno durante a escavação o que faz melhorar a produção, auxiliado pelos dentes da parte
frontal da caçamba. O uso da máquina é sempre feito com ela no interior da escavação
enquanto procede aos trabalhos. São usadas preferencialmente em escavações de grandes
dimensões para fins diversos, como: extração de minérios, passagens para grandes galerias,
canais de curso d’água, subsolo de edifício e taludes situados acima do terreno onde está
situado.
Lança com caçamba de arrasto ou Drag-line: é formado por uma estrutura leve em
treliça de longo alcance sustentada por cabos. A caçamba, geralmente furada, é provida de
dentes e aberturas na sua parte superior e na lateral voltada para a máquina onde se encontra
sua parte cortante, presa a lança por cabos isto lhe confere grande mobilidade, e faz com que a
escavação ocorra quando é puxado na direção da máquina. Permite que se escave a grandes
distâncias (~ 20m). As escavas abertas com a Drag-line não podem ter escoramentos
contraventados, visto que por ocasião do arrasto seriam destruídos. As escavadeiras quando
equipadas com lanças deste tipo realizam: abertura de grandes valas sem escoramento,
remoção de solos moles, restauração de calhas de canais de rios construídos por depósitos
naturais ou artificiais; abertura de danais de drenagem; valetas; etc. e acabamento de taludes.
Lança com mandíbulas ou caçamba Clamshell: também construídas em treliças, a
característica típica está na caçamba que é formada por duas metades (mandíbulas) que se
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abrem ou se fecham comandadas pelo operador. A caçamba sobe e desce na vertical


A
realizando a escavação pela ação do seu peso próprio devendo estar aberta ao final da descida
A abertura de valas cujas paredes devem ser
e fechada no início da elevação. São utilizadas na
contidas com escoramentos, mesmo que contraventadas, desde que esteja convenientemente
espaçada e dentre o pequeno alcance da máquina,
A inclusive abaixo do seu nível, até mesmo

debaixo d’água. A

Lança com caçamba retro-escavadeira,A Backshovel  Apresenta uma caçamba


invertida que faz a escavação de cima para baixo. À medida que a escavação prossegue, a
máquina vai se deslocando em marcha a ré. Podem executar escavações abaixo do nível do
terreno, abrindo valas de pequenas dimensões e também faz escavação para galerias. A
capacidade da caçamba varia de 0,3 a 1 m³ e pode escavar a profundidades superiores a 6 m
de altura.

8.3. Estimativa de produção (Q)


É o volume transportado e descarregado na unidade de tempo, representado pelo
produto do volume solto da caçamba (C) pelo número de ciclo (f) efetuado na unidade de
tempo (freqüência).

Rendimento (R):
É determinado pela fórmula:
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Fator de eficiência da caçamba, tabelado para Shovel, Drag-line, Clamshell,


trabalhando em diversos terrenos A

Equação geral representativa da produção de qualquer equipamento de Terraplenagem:


A

Logo:

Sabendo que:

Substituindo na equação temos:

Exemplo 8)
Considerando os dados abaixo, determine quantos equipamentos serão necessários para
executar o movimento de terra abaixo caracterizado:
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A
Prazo de execução da obra: 3 meses (30dias/10horas)
Solução:
A

9. ESTUDO DAS UNIDADES APLAINADORAS


São máquinas projetadas para o serviço de acabamento, tombamento e espalhamento de
um modo geral, conformando o terreno com cotas e greides finais do projeto geométrico da
estrada.
São conhecidas no campo com o nome de Motoniveladoras, Patrol ou Autopatrol.
São formadas por um chassi alongado, apoiado por um Truck de duas rodas simples em
sua parte traseira. Em geral, possuem um escarificador leve. A lâmina é presa ao círculo de
giro que fica normalmente sob o chassi, em posição horizontal.
Principais características:
Grande mobilidade da lâmina de corte com precisão de movimentos;
Grande precisão nos cortes;
Capacidade para grandes deslocamentos.
Principais atividades:
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Pequenos cortes e espalhamento;


Espalhamento em geral; A

A a compactar;
Homogeneização da umidade dos materiais
Conformação longitudinal e transversal das plataformas aos perfis do projeto;
Abertura de pequenas valas de drenagem;A
Escarificação em terreno muito compacto;A
Limpeza da faixa de domínio quando Afeita praticamente pela remoção de solos
superficiais;
Re-conformação mecânica da plataforma de estradas de terra ou caminhos de serviço;
Misturas na estrada de solos diferentes ou solos mais um aditivante;
Tração de reboques especiais, transportando outras máquinas, dentro do canteiro de
obras.
Rendimento:

Onde:
– Número de passadas sobre a faixa para completar a operação. Depende da natureza
do solo, da largura da faixa, etc., devendo ser avaliada previamente em experiências anteriores
em trabalhos idênticos.
– Extensão percorrida em cada passada, geralmente igual para todas.
– Velocidade em cada passada. Pode ser igual em todas as passadas, mas em regram à
medida que o trabalho progride, podem as novas condições exigirem aumento ou diminuição
da velocidade.
– Fator eficiência (0,60).
Exemplo 9)
Seja a escavação em raspagem de 8 km de estrada, admitindo-se serem necessárias 5
passadas, o tipo de material permite nas duas primeiras passadas uma velocidade de 2 km/h,
nas outras duas, 4 km/h e na última 4,8 km/h, determine o rendimento da máquina.
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9.1. Estimativa de produção


A
Apenas algumas tarefas simples como espalhamento e regularização das camadas de
terra para compactação podem ser estimadas, Apara outros serviços torna-se impraticável
estimar.
A
Logo, estima-se o tempo e vê se qual a influência no serviço.
A

A
Onde:
T - tempo empregado na operação de espalhamento (min);
Vi - velocidade de trajeto de ida (Km/h);
Vr - velocidade de trajeto de volta (Km/h);
Li - distancia percorrida a frente;
Lr - distancia percorrida a ré;
P - número de passadas para executar a tarefa;
R - coeficiente de rendimento.

10. ESTUDO DAS UNIDADES DE TRANSPORTE


São utilizadas para o transporte de material após a escavação, desde o local da extração
até o local de depósito. São máquinas projetadas para executar o transporte e a descarga para
longas distâncias (superiores a 1 Km), assim, temos:
Para distâncias curtas (até 80m), o trator de lâmina faz o “transporte”, empurrando o
material escavado.
Para distâncias médias (de 100 a 1000m), o transporte é feito preferencialmente pelos
scrapers.
Para distâncias longas (superiores a 1000m), o transporte é feito pelas unidades de
transporte.
Tipos:
a) Caminhão Basculante – Unidade resultante do chassi de um caminhão
ligeiramente alterado ao qual se aplica uma carroceria de chapas (básculas). Na prática, a
báscula é conhecida por caçamba. A descarga pode ser feita pela lateral ou pela parte traseira,
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através da abertura automática da tampa e o material cai por gravidade. Os basculantes têm
A 4 e 6m³.
capacidade, que em sua grande maioria, oscila entre
b) Caminhão fora de estrada (OffA Road) – são caminhões especialmente
fabricados para o serviço de terraplenagem pesada ou mineração. São feitos para trabalhar
(carga e descarga) de forma semelhante ao basculante
A comum. Como tem uma estrutura muito
reforçada e são dotados de grandes rodas, se destinam
A a serviços muito pesados e caminhos de
difícil percurso. Sua constituição traz limitações Ade mobilidade, vazão porque estas unidades,
até de 100 t, geralmente são mantidos dentro do canteiro de obras. A capacidade de sua
caçamba é sempre superior a 10m³.
c) Dumpers – são destinados ao transporte de material em blocos de volume
ponderável, com capacidade maior que à dos basculantes comuns. A principal diferença
reside na constituição, formada por uma estrutura (chassi) e uma caçamba bem reforçada com
a finalidade de melhor resistir às solicitações, representado pelo peso dos blocos
transportados.
d) Reboques transportadores – Podem movimentar-se sobre esteiras ou sobre
pneus, aqueles tracionados por tratores e estes por tratores ou unidades motoras especiais ou
adaptadas.
e) Vagonetas – são unidades de grande capacidade de carga, são mais utilizadas
no transporte ferroviário, adaptando-se o eixo de modo que as rodas curvem sobre os trilhos,
são levadas em comboio, tracionado por uma locomotiva.
Rendimento:
Sejam:
C – capacidade da caçamba (m³);
d – distância média de transporte (m);
V1 – velocidade de ida carregado (Km/h);
V2 – velocidade de retorno vazio (Km/h);
T1 – tempo para carga (incluso uma parcela necessária para entrar em posição de carga e
para esperar a vez de receber o carregamento) (min);
T2 – tempo de descarga (incluso manobras para iniciar a viagem de retorno (min);
E – fator de eficiência, que deve ser igual ao da máquina escavadeira a que serve.
O tempo de uma viagem completa, ou ciclo, do veículo transportador será, em minutos:
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A
O número de viagens por hora será: A

A
Se em cada viagem for transportado um volume C, o rendimento, em terra solta, será em
A
m³/h:
A

10.1. Estimativa de produção


Para determinação do número de unidades de transporte a serem atendidas por uma
carregadeira, aplica-se a condição de sincronismo entre os equipamentos que trabalham em
conjunto, isto é, aquela condição na qual não haverá espera de nenhuma máquina. Isto é
essencial para que se obtenha o máximo de produtividade possível, evitando-se, desta forma,
a formação de filas e em conseqüência, o aumento nos tempos de parada.
10.2. Condição de sincronismo
Seja a frota de transporte constituída por “N” veículos de capacidade “C” e seja tc, o
tempo de ciclo de transporte, logo:

Qc: produção da carregadeira;


Qt: produção da unidade de transporte.

Onde:
Cc – capacidade da carregadeira
Ct – capacidade da unidade de transporte.
Tcc – tempo de ciclo da carregadeira
Tct – tempo de ciclo da unidade de transporte
N – Número de unidades de transporte atendidas por uma carregadeira
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R – Rendimento = 100%
Logo: A

A
Mas, , sendo n o número de vezes que a caçamba da unidade de transporte
A
contém a caçamba da carregadeira (número de caçambadas), daí:

Assim:

Mas, é o tempo de carga, logo:

, onde:

Tempo de ciclo da unidade de transporte:


Tempo Característica
Tempo de carga Fixo
Tempo de transporte carregado Variável
Tempo de manobra e descarga Fixo
Tempo de retorno vazio Variável
Tempo de posicionamento para carga Fixo

Obs.: Os tempos fixos (exceto o tempo de carga que é calculado) são tabelados pelos
fabricantes. Já os tempos variáveis são calculados.

11. ESTUDO DAS UNIDADES ESCAVO-TRANSPORTADORAS


Conceito: São equipamentos projetados para aprofundar os cortes iniciados pelos
Dozers e executar as operações de escavação, transporte e descarga em materiais de
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consistência média (arenosos ou arenoso-siltosos) transportados a distâncias médias (entre


100 e 1000 m). A

Tipos: A

Scraper rebocado: Consiste numa caçamba que se apóia sobre dois eixos com
pneumático. Normalmente são tracionados por trator
A de esteiras.

Motoscraper (Scraper automotriz): São formados


A por uma caçamba que se apóia sobre
um eixo em sua parte traseira e sobre um rebocador
A em sua parte dianteira.

Os rebocadores podem ser:


Rebocador de um eixo, com rodas pneumáticas;
Rebocador de dois eixos, com quatro rodas pneumáticas;
Dupla motorização, com rodas pneumáticas;
Rebocador de um eixo e elevador;
Dupla motorização e rebocador de dois eixos.
Os Scrapers podem ser:
Convencional: Quando apresenta motorização apenas no rebocador.
Acionados em Tandem: Quando apresentam dupla motorização (Sistema Push-Pull).
Com elevador: No interior da caçamba apresenta elevadores inclinados com palhetas
acionadas por um motor elétrico e por sistema hidráulico.
A caçamba apresenta:
Braços laterais de suspensão: São articulações que permitem a caçamba subir ou
descer durante a operação.
Avental: é uma peça que gira em torno de um eixo horizontal de modo a abrir ou
fechar a parede da caçamba no lado do trator.
Lâmina de corte: é uma lâmina cortante adaptada a extremidade dianteira do fundo da
caçamba. Quando abaixada penetra no terreno. Com o movimento da máquina, o material
penetra naturalmente na caçamba de baixo para cima.
Ejetor: é uma peça utilizada para a limpeza completa da caçamba.
11.1. Tarefas do Scraper
O operador aciona o avental e baixa a caçamba até entrar em contato com o terreno.
Por raspagem ocorre a escavação acompanhada de carga;
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Estando cheia a caçamba, o operador faz o seu fechamento, sua elevação e inicia o
transporte; A

Chegando ao local de depósito, posicionaA a caçamba na altura correta e, pela ação do


ejetor, expulsa o material ocorrendo a descarga e o espalhamento ao mesmo tempo;
Estando Vazio, o Scraper volta ao local deA carga iniciando um novo ciclo.
11.2. Scrapers autocarregáveis A

A razoável eficiência, dispensando o auxílio


São aqueles que fazem o carregamento com
do Pusher. A consecução deste objetivo tem sido tentada com a adoção das seguintes
medidas:
Scraper de dupla motorização (Twin-moscraper): tem maior disponibilidade de potência
e todas quatro rodas são motrizes, o que também representa uma melhor aderência.
Scraper com elevador (Elevathing-scraper): Tem na parte dianteira do interior da
caçamba um conjunto de barras cortantes, solidariamente instaladas sob a forma de esteira e
com pequena inclinação vertical.
Sistema Push-Pull (empurra-puxa): É concebido de tal forma que dois scrapers de dupla
motorização se ajudem mutuamente durante o carregamento. Para isso são necessários que:
Os scrapers chegam dois a dois no local de empréstimo.
Haja condições de os operadores procederem ao engate e o desengate em tempo
satisfatório.
Empréstimos com extensão suficiente para que dois scrapers possam ser carregados
em uma só direção, um após o outro.
11.3. Operação dos Scrapers
No carregamento, sempre que possível, observar:
Carregar em rampa descendente;
Carregar onde a máquina permitir (torque ou patinamento) sem auxílio do Pusher;
Deixar faixas entre duas passagens consecutivas para facilitar o terceiro carregamento;
Manter a área de carregamento nivelada, usando os Pusher’s em seus movimentos de
ociosidade;
Avançar o ejetor para provocar um adensamento durante o carregamento.
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A
Resumo das Operações
A
Operação Lâmina de corte Avental Ejetor
Escavação e carga Baixada Levantado Imóvel
A
Transporte Levantada Baixado Imóvel
A
Descarga Levantada Levantado Acionado
A

11.4. Otimização da produção do Motoscraper e do Pusher


Evitar no retorno a utilização de trajetos com rampas ascendentes muito fortes;
Conservar os caminhos de serviços para tempos de percurso, a resistência ao rolamento,
a presença de poeira e os danos na estrada da máquina;
O trator Pusher deverá ter potência do motor compatível com os esforços resistentes que
vai encontrar, geralmente obedecendo a relação: 1HP/m3 da caçamba do Motoscraper;
Para cálculos rápidos do esforço trator necessário para o enchimento da caçamba do
Motoscraper, usar a relação: 1 kg de esforço trator para carregar 1 kg de terra;
Na descarga, recomenda-se elevar a caçamba acima do normal e iniciar a descarga com
ela bem alta a fim de proporcionar uma saída inicial por gravidade. Em seguida acionar o
ejetor.
Rendimento:
É expresso pela produção horária (m3/h), podendo ser calculada por:

Onde:
Capacidade da caçamba;
Fator de conversão de volumes;
Fator de eficiência é em média, 0,80 para scraper rebocado por trator de esteiras e
0,70 para scraper rebocado por trator de pneus;
Tempo de ciclo (min);
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11.5. Estimativa de produção


A

Determinação do tempo de ciclo mínimo:


Tempos variáveis: É necessário encontrar aA velocidade provável de cada trecho. Segue-
se o seguinte roteiro: A
Decompõe-se o trajeto em seguimentosAnos quais seja possível serem definidos o
comprimento e a inclinação da rampa;
Determinam-se as velocidades de cada trecho admitindo-se movimentos uniformes
( ), usando-se os passos:
Usa-se a condição ;
Com o valor de para o trecho, entra-se no diagrama Tração X Velocidade,
intercepta as curvas das diversas marchas disponíveis e tem-se a velocidade.
De posse da velocidade provável do trecho, calcula-se o tempo de trecho.

No caso de rampa descendente o processo para achar a velocidade será:


Se , usa-se o diagrama T x V;
Se , usa-se regra prática: a máquina descerá carregada com a mesma velocidade
que subiria vazia.
Tempos fixos: Tempo de carga, tempo de posicionamento, tempo de aceleração e
desaceleração, tempo de manobra e descarga. Todos são tabelados pelo fabricante.

12. ESTUDO DAS UNIDADES COMPACTAÇÃO


a) Rolo pé de carneiro: É um tambor metálico com protuberâncias (patas)
solidarizadas, em forma tronco-cônica e com altura de aproximadamente de 20 cm. Podem ser
auto propulsivos ou arrastados por trator. É indicado na compactação de outros tipos de solo
que não a areia e promove um grande entrosamento entre as camadas compactadas. A camada
compactada possui geralmente 15 cm, com número de passadas variando entre 4 e 6 para
solos finos e de 6 a 8 para os solos grossos.
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b) Rolo vibratório: Nos rolos vibratórios, a freqüência da vibração influi de


A do solo. São utilizados eficientemente na
maneira extraordinária no processo de compactação
compactação de solos granulares (areias), onde A
os rolos pneumáticos ou Pé-de-Carneiro não
atuam com eficiência. A espessura máxima da camada é de 15 cm.
c) Rolos Pneumáticos: constam de eixos
A (um ou dois) com rodas pneumáticas em
número de 5 ou 7. No chassis, que se apoiasobre
A os eixos, é colocado lastros para
proporcionar pesos suficiente para a compactação.
A São muito eficientes na compactação de
pavimentos de betume a frio, na compactação da base de pedra britada do pavimento e na
compactação das camadas delgadas de material frouxo deixadas no topo dos aterros pelos
rolos pés-de-carneiro.
d) Rolos Combinados: é o Rolo Pé-de-Carneiro vibratório, ou seja, aproveita as
vantagens dos dois.
e) Rolos Especiais: são máquinas compactadoras usadas na compactação de
aterros.
f) Sapo: Acionado por motor a gasolina ou ar comprimido, desloca-se sobre o
aterro aos pulos, comprimindo o solo a cada queda.
Para terras porosas, cujo adensamento dificilmente seria obtido por meio de máquinas
comuns, podem ser empregados vibradores ou densificadores oscilantes. Pode-se ainda fazer
cair no terreno pesos de ferro com a face inferior plana, manejados pela lança de uma
escavadeira comum (pilão).
12.1. Rendimento das unidades compactadoras
É espresso por:

E: fator de eficiência, em média 0,80;


V: velocidade em que o rolo desloca em operação;
W: largura útil da faixa em cada passada;
N: número de passadas do rolo para realizar a compactação no grau desejado;
H: espessura da camada de terra solta.
12.2. Estimativa de Produção das unidades compactadoras
É espressa pela fórmula:
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A
l: largura útil do equipamento de compactação;
A
R: coeficiente de rendimento.

A
13. SELEÇÃO DOS EQUIPAMENTOS
A
DE TERRAPLENAGEM
Fatores influenciadores: A
Fatores Naturais: são quelees que dependem das condições vigentes no local de
trabalho, tais como, topografia, tipos de solos, regime de chuvas, etc;
Fatores de Projeto: são representados pelo volume de terrra a ser movimentado,
distância de transporte, rampas, dimensão da plataforma, etc;
Fatores Econômicos: são resumidos no custo unitário de trabalho qua é o fator
predominante e decisivo na escolha a ser feita.
Exemplo 10)
Selecionar a equipe mais econômica para a realização de um serviço de terraplenagem
de volume de corte 600000 m³ a ser realizado em um prazo de 6 meses de 30 dias, com turno
diário de 10 horas. ; ;
Equipe 1: Motoscraper com 24 m³ de capacidade e trator Pusher com tempo de ciclo
igual a 2 min. Dados: .
Velocidade nos trechos:
Velocidade (Km/h) Velocidade (Km/h)
Trecho
Ida Volta
AB 34 15
BC 12 35

;
.
Equipe 2: Caminhões com capacidade de 22 m³, carregadeira com capacidade de 3 m³ e
tempo de ciclo de 0,6 min, ; (considerando apenas manobra, descarga e
posicionamento).
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Velocidade no trechos: A

Velocidade (Km/h) Velocidade (Km/h)


Trecho
Ida A Volta
AB 52 A 26
BC 16 52
A

;
.
Trajeto:
Trecho Distância (m)
AB e BA 800
BC e CB 700

Resolução:
Equipe 1

(Produção no estado natural)

(no prazo)
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Custo do m³ escavado e transportado:


A

A
Equipe 2
Nº de caçambadas: A

Tempo de carga: A

Produção

(no prazo)
Número de unidades necessárias:

N – Número de carregadeira

1 Carregadeira alimenta 3 caminhões, logo, como são 6 caminhões, fazem-se


necessárias duas carregadeiras.
6 caminhões 127,30 = R$ 763,80
2 carregadeira 68,23 = R$ 136,46
TOTAL= R$ 900,00
Custo do m³ escavado e transportado:

14. PREVISÃO DE CUSTO


O custo horário dos equipamentos estão divididos em 3 etapas, que são elas:
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Custos fixo (Custo de propriedade) - A

A
Custos variáveis –

Taxas de leis sociais e BDI A

14.1. Custos fixos (custo de propriedade)


A

São aqueles decorrentes do simples fato deApossuir a máquina, são eles:


a) A vida útil de equipamentos de terraplanagem é geralmente estimada em
10.000h (2000h/ano; ano de duração).
b) Depreciação – perda do valor que sofre o equipamento com o decorrer do
tempo. Se ele é adquirido por um valor inicial V0 e tem vida util estimada em horas (H),
durante essas horas o empresário terá que recuperar um valor que permita a reposição de uma
máquina idêntica a inicial.
O valor depreciado é, geralmente:

c) Juros de investimento – são juros normais do capital investido que venderia em


qualquer aplicação financeira.

Depreciação e juros (R$/h)


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A
Serviços do Equipamento
Equipamentos
Leve Médio Pesado
Tratores, A

motoniveladoras, A
K =0,01118 K = 0,01319 K= 0,01577
carregadeiras, A

caminhões comuns.
Caminhões,
K = 0,01148
tanques,
escavadeiras
Rolos
0,01249
compactadores

14.2. Custos Variáveis


2.1) Custo de operação – são despesas de combustíveis, lubrificantes, graxas, filtros,
pneus, etc...
Motor a óleo diesel – consumo horário
Óleo Diesel 0,15 l/HP
Óleo Lubrificante 0,02 l/HP
Graxas 0,01 l/HP

Custo horário (motor a óleo diesel) =


HP = potência do equipamento
R$ / l = custo por litro
Motor a Gasolina – consumo horário
Gasolina 0,225 l/HP
Óleo Lubrificante 0,02 l/HP
Graxas 0,01 l/HP
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Custo horário (motor a gasolina) =


2.2) Custo de manutenção – são os que variam
A com o tempo e de forma imprevisível,
são pequenos no começo da vida do equipamentoAe maiores quando já envelhecidos

A
- custo horário de manutenção
A
Vo – valor de aquisição do equipamento
A
n – vida útil em anos
h – horas trabalhadas/anos
K – coeficiente de proporcionalidade (tabelada)
Coeficiente de proporcionalidade (K)
Equipamento K
Trator de esteira 1
Trator de pneus 0,8
Motoniveladora 0,8
Escavadeira 0,8
Carregadeira 1
Caminhões Basculante 1
Rolos Compressores 0,9

14.3. Leis Sociais e BDI


i) Leis Sociais – são custos diretos que incidem sobre a mão de obra. São a soma das
obrigações legais inerentes ao trabalho. São divididas em quatro grupos:
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a) Encargos Sociais básicos: A

a.1)Aviso prévio A 20%


a.2) FGTS 8%
a.3) Salário educação A 2,50%
a.4) SESI A 1,50%
a.5) SENAI A 1%
a.6) SEBRAE 0,60%
a.7) INCRA 0,20%
a.8) Seguro 3%
TOTAL 36,8%

b) Encargos sociais que recebem incidencia de “a”:


b.1) Repouso semanal e feriados 22,90%
b.2) Auxílio enfermidade 0,79%
b.3) Licença paternidade 0,34%
b.4) Décimo terceiro salário 10,57%
b.5) Falta, dias de chuvas, faltas justificadas e acidente de trabalho 4,57%
TOTAL 39,17%

c) Encargos sociais que não recebem incidencias globais de “a”:


c.1) Depósito por despedida sem justa causa 4,45%
c.2) Aviso prévio indenizado 13,12%
c.3) Férias indenizadas 17,15%
TOTAL 35,02%

d) Taxas de reincidêcias: 14,41%


Total percentual adotado para leis sociais = 125,40%
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ii) BDI – Bonificação de Despesas Indiretas: são custos indiretos envolvidos na


A que são:
administração dos negócios da empresa executante,
a) Administração Central – apoio técnico
A e supervisão central da empresa:
a.1) Pessoal Técnico e Administrativo – ligado diretamente à
0,50%
obra A

a.2) Comunicação e locomoção de pessoal,


A ligado
parcialmente à obra, tais como contabilidade,
A oficina central, 0,20%
depósito, etc.
a.3) Rateio das despesas com pessoal ligado parcialmente a
0,20%
obra
a.4) Rateio das despesas gerais do escritório central 0,40%
Total 1,30%

b) Administração Local:

b.1) Vigilância, segurança e primeiros socorros 0,10%


b.2) Pessoal ligado diretamente a execução da obra e
não considerado no cálculo dos custos diretos 8,30%
(Engenheiros, encarregados de campo, almoxarifante)
Total 8,40%

c) Custos Financeiros:

c.1) Condições contratuais relativas dos cronogramas


0,10%
de execução dos serviços
c.2) Eventuais atrasos nos recebimentos previstos 0,10%
c.3) Utilização de fontes de recursos financeiros à
0,10%
disposição da empresa
Total 0,30%

d) Transporte de Pessoal:
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Custos decorrentes de necessidade de transportar pessoal diretamente envolvido na


execução da obra (0,5%) A

e) Impostos: A

e.1) ISS 4,50%


A
e.2) INSS 8,75%
A
e.3) Tributos federais (COFINS, FUNDO SOCIAL,
A 5,65%
IMPOSTO DE RENDA – Pessoa Jurídica)
Total 18,90%

f) Lucro Direto = 5,0%

Total percentual adotado para o BDI = 34,40%

15. EXERCÍCIOS DE REVISÃO (PARTE 2)


Exercício 3)
Calcular o custo horário de uma motoniveladora para realizar o serviço de
terraplenagem abaixo.
Dados:
Custo da máquina: R$ 150.000;
Salário mensal do operador: R$ 1250;
Turno diário: 8 horas (considerar o mês como sendo de 30 dias);
Óleo Diesel (litro): R$ 2,40 (Serviço médio);
Potência do equipamento: 155 HP:
BDI: 35% e Leis sociais: 125,4%.
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Custo horário (combustível) A

Custo horário produtivo da máquina A

Custo horário improdutivo da máquina

Exercício 4)
Determine o prazo mínimo necessário para executar o movimento de terra abaixo,
considerando um tempo de ciclo de 25 min.
Número de unidades de transporte: 15.
Turno diário: 10 horas (mês de 30 dias).
Volume compactado: 150000 m³.

Redução volumétrica (N/C) = 10%


Capacidade da caçamba: 6 m³.

Prazo:
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Exercício 5)
Selecionar a equipe mais econômica para A
a realização de um serviço de terraplenagem
A
com um volume compactado de 800.000 m³ a ser realizado no prazo de 5 meses e 30 dias
(turno diário: 10 horas).
; A

Redução volumétrica (N/C) = 10%; A

Equipe 1: A

Motoscraper: ;
Trator Pusher: ;
;
Rendimento: 0,8;
Velocidades:
Velocidades (Km/h)
Trecho
IDA VOLTA
AB 18 40
BC 28 34
CD 34 32
Custo horário do Motoscraper: R$ 124,84;
Custo horário do Pusher: R$ 137,40.
Equipe 2:
Caminhões: ;
Carregadeira: ;
;
Rendimento: 0,8;
Velocidades:
Velocidades (Km/h)
Trecho
IDA VOLTA
AB 40 58
BC 48 46
CD 44 52
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Custo horário dos caminhões: R$ 127,13;


A 68,28.
Custo horário das carregadeiras: R$
Trecho A
Trajeto (m)
AB 750
BC A 600
CD A 450

Equipe 1:

Número de Motoscrapers:

Pushers:

1 Pusher alimenta 5 Motoscrapers, logo, se fazem necessários 2 Pushers.


Equipamento Quantidade Preço Unitário Preço Total
Motoscrapers 8 124,84 R$ 998,72 R$
Pushers 2 137,40 R$ 274,80 R$
Total: 1273,52 R$

Custo do m³ escavado e transportado:

Equipe 2:
Número de Caçambadas:
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Tempo de Carga:
A

Número de Caminhões:

Carregadeiras:

1 Carregadeira alimenta 3 Caminhões, logo, se fazem necessários 4 Carregadeiras.


Equipamento Quantidade Preço Unitário Preço Total
Motoscrapers 12 127,13 R$ 1525,56 R$
Pushers 4 68,28 R$ 273,12 R$
Total: 1798,68 R$

Custo do m³ escavado e transportado:

A equipe a ser escolhida deve ser a mais econômica, ou seja, a equipe 1.

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