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AULA 3 - VERBO
Olá, amigos
Hoje nossa aula vai tratar do “coração” da unidade oracional – o VERBO. Não é à toa
que esse assunto vem logo após vermos os processos de formação das palavras e antes
de qualquer outro.
O verbo também fará parte das próximas aulas – concordância (nominal e verbal),
regência (nominal e verbal) e até mesmo crase.
Nesta aula, veremos a classificação dos verbos, sua forma de conjugação (que é um calo
para muita gente), as flexões que o verbo pode sofrer (número, pessoa, tempo, modo e
voz), a relação que os verbos têm em uma estrutura oracional e como manter essa
relação harmônica, dentre tantas outras coisas.
Bem, essa palavrinha é muito especial. O verbo não tem sintaticamente uma função que
lhe seja privativa, pois, como veremos, o substantivo e o adjetivo também podem ser
núcleos do predicado (veremos no módulo sobre Termos da Oração).
Sua única função na estrutura oracional é a de participar do predicado.
CONSTRUÇÃO DOS VERBOS
Todas as formas do verbo se irmanam pelo RADICAL, a parte invariável que lhes dá a
base comum de significação.
São aceitas as seguintes flexões: de número (singular e plural), pessoa (1ª, 2ª ou 3ª),
modo, tempo ou vozes. Celso Cunha identifica uma outra flexão: aspecto, que, em
suas palavras, “manifesta o ponto de vista do qual o locutor considera a ação expressa
pelo verbo”, por exemplo: pontual (“acabo de chegar”) ou durativa (“fico a esperar”),
contínua (“vou andando pelas ruas”) ou descontínua (“voltei a fumar”) etc.
Em relação ao processo de formação, como vimos, ao radical junta-se a terminação:
vogal temática (define as três conjugações), desinências modo-temporal e número-
pessoal.
Alguns conceitos são importantes:
Formas rizotônicas – o elemento de composição grego riz(o)- significa “raiz”. Assim,
nas formas RIZOTÔNICAS, a sílaba tônica (a que fomos apresentados em nosso primeiro
encontro) recai no radical.
verbo RECLAMAR radical RECLAM eu reclamo
Como a sílaba tônica recai no radical, essa forma chama-se rizotônica.
Formas arrizotônicas - quando a sílaba tônica recai fora do radical.
Verbo CONSERVAR radical CONSERV nós conservaremos
Como a sílaba tônica recai fora do radical, essa forma chama-se arrizotônica.
PRESENTE DO IMPERATIVO
SUBJUNTIVO NEGATIVO
eu fale -
tu fales não fales (tu)
ele fale não fale (você) (*)
nós falemos não falemos (nós)
vós faleis não faleis (vós)
eles falem não falem (vocês) (*)
PRESENTE
– fato ocorre no momento em que se fala (Ouço ruídos na cozinha.);
- fato que é comum de ocorrer (Eu morro de inveja dele. / Chove todos os dias
em Belém.);
- apresenta um princípio, um conceito ou um dado (Todos os anos, muitas
crianças morrem de desnutrição no Brasil.)
PRETÉRITO PERFEITO
– fato ocorrido e perfeitamente concluído antes do momento em que se fala
(Todos souberam do assassinato de Celso Daniel.)
PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO
– denota repetição de um ato ou sua continuidade, com início no passado,
chegando ao momento presente, em que falamos (Eu tenho cometido muitos
erros na escolha dos meus namorados. / Eu tenho lutado contra vários
preconceitos.);
PRETÉRITO IMPERFEITO
– fato realizado e não concluído ou que apresenta certa duração (Ele buscava
a perfeição antes de morrer./ O tempo corria sem que ninguém notasse.);
– indica, entre ações simultâneas, a que ocorria no momento em que
sobreveio a outra (Ele andava pela rua quando foi abordado pelos ladrões.);
– denota ação passada habitual ou repetida (imperfeito frequentativo) (Sempre
que eu chegava, ela saía do recinto.)
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO
– fato realizado antes de outro fato também no passado (Antes de sua morte,
ele pedira o perdão aos filhos.)
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO
– forma mais comum de expressar o fato realizado antes de outro fato
também no passado (Antes de sua morte, ele tinha pedido perdão aos filhos.)
FUTURO DO PRESENTE
– fato posterior certo de ocorrer no futuro (Doarei todo o material de estudo
após a minha aprovação.);
– afirmação de valor categórico (De todas as mulheres do mundo, você será a
mais bela – o que se afirma é que “certamente você é a mais bela”).
FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO
– denota futura ocorrência de um fato que se iniciou no presente (Até o
próximo ano, terei acumulado quase um milhão de reais em dívidas.)
INDICATIVO
PRESENTE (só apresenta a forma Eu falo
SIMPLES)
SIMPLES Eu falei
PRETÉRITO
PERFEITO COMPOSTO Eu tenho falado (o auxiliar é conjugado no
presente do indicativo)
PRET.IMPERFEITO (só apresenta a forma Eu falava
SIMPLES)
SIMPLES Eu falara
PRET.MAIS-QUE-
PERFEITO COMPOSTO Eu tinha falado (o auxiliar é conjugado no
pretérito imperfeito do indicativo)
FUTURO DO SIMPLES Eu falarei
PRESENTE
COMPOSTO Eu terei falado (o auxiliar é conjugado no
mesmo tempo verbal)
FUTURO DO SIMPLES Eu falaria
PRETÉRITO
COMPOSTO Eu teria falado (o auxiliar é conjugado no
mesmo tempo verbal)
SUBJUNTIVO
PRESENTE Eu fale
PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO Eu tenha falado (o auxiliar é conjugado no presente
do subjuntivo)
PRETÉRITO IMPERFEITO Eu falasse
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO Eu tivesse falado (o auxiliar é conjugado no
COMPOSTO pretérito imperfeito do subjuntivo)
FUTURO SIMPLES Eu falar
FUTURO COMPOSTO Eu tiver falado (auxiliar no mesmo tempo verbal)
Item INCORRETO.
A descrição de emprego do pretérito mais-que-perfeito do indicativo está PERFEITA –
ação ocorre antes de outra ação também passada. O problema é que o tempo composto
correspondente seria TINHA ESCOLHIDO, com o verbo auxiliar no pretérito imperfeito
do indicativo, e não “tivera escolhido”.
TEMPO COMPOSTO
É o tempo constituído por um verbo auxiliar flexionado, seguido do verbo principal no
particípio. Forma-se com os auxiliares TER e HAVER. Para simplificar, usamos nos
exemplos somente o verbo auxiliar TER.
1) Modo Indicativo
CONJUGAÇÃO VERBAL
Para ajudar a resolver questões de conjugação verbal, uma boa dica é a técnica do
PARADIGMA.
Como funciona isso? Na dúvida com relação à conjugação de determinado verbo
regular (geralmente o examinador busca um verbo pouco utilizado no seu dia-a-dia),
basta observar a conjugação dos paradigmas clássicos (FALAR – 1ª conjugação, BEBER
– 2ª conjugação, PARTIR – 3ª conjugação).
Extraia o radical, que é o que sobra do verbo após retirar a terminação “ar”, “er” ou “ir”
do infinitivo (exemplo: FAL(AR) = radical FAL-), e empregue as desinências, que são
idênticas nos demais verbos regulares de mesma conjugação:
Por exemplo:
CONSUMAR (verbo regular de 1ª conjug.):
Presente do Indicativo: Eu consum.... (???)
Presente do Subjuntivo: (que) eu consum... (???)
CONSUMIR (verbo regular de 3ª conjug.):
Presente do Indicativo: Eu consum.... (???)
Presente do Subjuntivo: (que) eu consum... (???)
E aí, como você preencheu? Vamos buscar a desinência dos verbos “paradigmas”.
Infinitivo Pres.Indicativo Pres.Subjuntivo
Falar Eu falo (que) eu fale
Consumar Eu consumo (que) eu consume
IMPORTANTE: Guarde esse dica do PARADIGMA. Ela pode ser de grande valia em uma
questão de prova.
DERIVAÇÃO VERBAL
Você já deve ter se deparado com dúvidas como: em “quando eu ..... o professor,
passarei o seu recado”, devemos usar “ver” ou “vir”?
Para compreendermos a conjugação de alguns verbos, principalmente dos irregulares, é
necessário conhecer a formação de alguns tempos derivados.
Abaixo, segue um quadro com a indicação das formas primitivas e das derivadas.
Salvo algumas poucas exceções (como o verbo SER, SABER e outros), basta que se
mantenha o radical das formas primitivas e a ele se acrescentem as desinências
correspondentes.
VERBO CABER
Infinitivo caber Futuro do caberei
impessoal presente caberás
do caberá
indicativo
caberemos
cabereis
caberão
Futuro do caberia
pretérito caberias
do caberia
indicativo
caberíamos
caberíeis
caberiam
Infinito caber
pessoal caberes
caber
cabermos
caberdes
caberem
Gerúndio cabendo
Particípio Cabido (nos verbos de
2ª.conjugação, a vogal temática
passou de “e” para “i”, por
influência da vogal temática da
3ª.conjugação - IR)
Agora, experimente com outros verbos irregulares, como os verbos trazer, vir, fazer,
pedir, caber e outros.
TRAZER – TRAGO TRAGA
TROUXERAM TROUXERA /TROUXESSE /TROUXER
VIR - VENHO VENHA
VIERAM VIERA /VIESSE / VIER
FAZER - FAÇO FAÇA
FIZERAM FIZERA / FIZESSE / FIZER
PEDIR - PEÇO PEÇA
–EAR: recebem a letra ‘i’ nas formas rizotônicas (sílaba tônica no radical). Nas demais,
segue o paradigma ‘falar’. Exemplo: pentear (radical PENTE-).
A sílaba tônica foi sublinhada.
Pres.indicativo - penteio, penteia, penteia, penteamos, penteais, penteiam
Pres.subjuntivo – penteie, penteies, penteie, penteemos, penteeis, penteiem
Pret.perfeito: penteei, penteaste, penteou, penteamos, penteastes, pentearam
Além disso, lembre-se de que o trema foi abolido, mas a pronúncia do “u” átono, quando
for o caso, permanece: “averígue" (güe).
Outra mudança foi a supressão do acento agudo em “averigúe” e “argúi”, que agora
passam a ser registrados como “averigue" e “argui” (com o “u” tônico).
VOZES DO VERBO
Voz ativa
Sujeito pratica a ação expressa pelo verbo: sujeito agente (ativo).
O presidente decretou a reforma econômica.
Voz passiva
O verbo principal deve ser transitivo direto ou transitivo direto e indireto. Sujeito recebe
(sofre) a ação expressa pelo verbo: sujeito paciente (passivo). A voz passiva pode ser:
a) Analítica: (análise é uma coisa demorada, longa, comprida...) É construída com
verbo auxiliar (ser, estar) + particípio do verbo principal.
Por ser “longa” (analítica), possui locução verbal (que pode ser formada com dois ou até
mesmo três verbos) e pode apresentar o agente da passiva, elemento que efetivamente
pratica a ação verbal. Você notou como essa construção é grande?! Basta comparar com
a seguinte – a voz passiva sintética.
A reforma econômica foi decretada pelo presidente.
b) Sintética: (síntese é uma coisa breve, resumida) É construída com verbo principal +
SE (pronome apassivador ou partícula apassivadora).
Note que essa construção é tão resumida que emprega somente UM verbo e dispensa o
agente da passiva.
Decretou-se a reforma econômica.
Como veremos na aula de concordância, são muitas as questões de prova que exploram
a concordância verbal em voz passiva sintética.
Voz reflexiva
Construída com o verbo e um pronome reflexivo. O sujeito é agente e paciente ao
mesmo tempo.
A jovem vaidosa olhava-se no espelho a todo momento.
Voz recíproca (destaque feito por Evanildo Bechara)
Construída com verbo e um pronome recíproco. Os sujeitos são agentes e pacientes, ao
mesmo tempo.
Mãe e filho fitavam-se carinhosamente.
Veja, agora, uma questão de prova em que a ESAF explorou brilhantemente esse
assunto:
Este item estava INCORRETO, pois o verbo originalmente, na voz passiva pronominal,
apresentava-se no presente do indicativo (“Observa-se”), e na voz passiva analítica foi
empregado no pretérito perfeito do indicativo (“Foi observado”). Erro na transposição da
voz passiva sintética para a analítica, em virtude da alteração do tempo verbal.
CORRELAÇÃO VERBAL
CORRELAÇÃO VERBAL consiste na articulação entre as formas verbais no período. Os
verbos estabelecem, assim, uma correspondência entre si.
Esse tipo de questão, normalmente, o candidato consegue acertar usando o “ouvido”.
Observe que alguma coisa parece estar errada na construção: “Se você se acomodasse
com a situação, ela se tornará efetiva.”. Isso acontece porque não houve correlação
entre a forma verbal da primeira oração (acomodasse) – que indica hipótese,
possibilidade - com a da segunda (tornará) – que indica certeza.
A título de curiosidade (e somente com esse propósito – nada de ficar decorando listas),
seguem alguns exemplos de construções corretas sob o aspecto de correlação verbal:
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
(NCE UFRJ/ADMINISTRADOR PIAUÍ/2006)
TEXTO - A SAÚDE E O FUTURO
Dráuzio Varella – Reflexões para o futuro
Ficaremos sobrecarregados, pagando caro pela ignorância e irresponsabilidade do
passado. Acharemos inacreditável não havermos percebido em tempo, por exemplo, que
o vírus da Aids, presente na seringa usada pelo adolescente da periferia para viajar ao
paraíso por alguns instantes, infecta as mocinhas da favela, os travestis da cadeia, as
garotas da boate, o meninão esperto, a menininha ingênua, o senhor enrustido, a mãe
de família e se espalha para a multidão de gente pobre, sem instrução e higiene. Haverá
milhões de pessoas com Aids, dependendo de tratamentos caros e assistência
permanente. Seus sistemas imunológicos deprimidos se tornarão presas fáceis aos
bacilos da tuberculose, que, por via aérea, irão parar nos pulmões dos que passarem por
perto, fazendo ressurgir a tuberculose epidêmica do tempo dos nossos avós. Sífilis,
hepatite B, herpes, papilomavírus e outras doenças sexualmente transmissíveis atacarão
os incautos e darão origem ao avesso da revolução sexual entre os sensatos.
No caldo urbano da miséria/sujeira/ignorância crescerão essas pragas modernas e
outras imergirão inesperadas. Estará claro, então, que o perigo será muito mais
imprevisível do que aquele representado pelas antigas endemias rurais: doença de
Chagas, malária, esquistossomose, passíveis de controle com inseticidas, casas de
tijolos, água limpa e farta.
Assustada, a sociedade brasileira tomará, enfim, consciência do horror que será pôr
filhos em um mundo tão inóspito. Nessas condições é provável que se organize para
acabar com as causas dessas epidemias urbanas. Modernos hospitais sem fins
lucrativos, dirigidos por fundações privadas e mantidos com o esforço e a vigilância das
comunidades locais, poderão democratizar o atendimento público. Eficientes programas
de prevenção, aplicados em parceria com instituições internacionais, diminuirão o
número de pessoas doentes.
Então virá a fase em que surgirão novos rebeldes sonhadores, para enfrentar o desafio
de estender a revolução dos genes para melhorar a qualidade de vida dos que morarem
na periferia das grandes cidades ou na imensidão dos campos brasileiros.
1 - Como o texto tem um tom de profecia, a construção dessas previsões se apóia
fundamentalmente:
(A) no emprego do futuro do presente;
(B) na abordagem de temas ainda desconhecidos;
(C) na antevisão de um futuro sombrio;
(D) na condenação do atraso social e cultural;
(E) na utilização de expressões de dúvida.
Considerando que a ação de agredir o jogador brasileiro Antonio Carlos ocorreu antes de
o Lazio perder o mando do campo, ação também passada, o verbo agredir deveria estar
no:
a) mais-que-perfeito do indicativo;
b) imperfeito do indicativo;
c) futuro do pretérito;
d) imperfeito do subjuntivo;
e) presente do subjuntivo.
9 - (FGV/PREF.ARAÇATUBA/2001)
O emprego do particípio verbal está errado em
A. O menino tinha matado a fome.
B. O diretor havia suspendido alguns auxiliares.
C. O ônibus tinha chego atrasado.
D. As pessoas estavam salvas.
18 - (FGV/PREF.ARAÇATUBA/2001)
O verbo "despedir-se" apresenta erro gráfico em:
A. Despedir-se-ão após o jantar.
B. Pedem que se despessam logo.
C. Não nos despediriam nessas circunstâncias.
21 - (FUNDEC / TJ MG / 2002)
Tendo em conta a flexão verbal, é CORRETO afirmar que as formas PROVÉM, PROVEM,
PROVÊEM E PROVÊM referem-se, respectivamente, aos
seguintes verbos:
a) prover, provir, provar e provir
b) provir, provar, prover e provir
c) provar, prover, provir e prover
d) provir, provar, provir e prover
22 - (FUNDEC / TJ MG / 2002)
Assinale a alternativa que complete CORRETAMENTE as lacunas das sentenças abaixo.
Caso haja qualquer irregularidade, __________ as eleições. (impugnar)
O condenado foi __________________ diante de uma multidão. (decapitar)
O governo quer que se _______________ as causas do acidente. (averiguar)
a) impúgno – decaptado – averigüe
b) impugno – decapitado – averigúem
37 - (ESAF/AFT/2006)
No atual estágio da sociedade brasileira, se se deseja um regime democrático, não basta
abolir a necessidade de bens básicos. É necessário que o processo produtivo seja capaz
de continuar, com eficiência, a produção e a oferta de bens considerados supérfluos.
Em se tratando de um compromisso democrático, uma hierarquia de prioridades deve
colocar o básico sobre o supérfluo. O que deve servir como incentivo para a proposta de
casar democracia, fim da apartação e eficiência econômica em geral é o fato de que o
potencial econômico do país permite otimismo quanto à possibilidade de atender todas
essas necessidades, dentro de uma estratégia em que o tempo não será muito longo.
(Adaptado de Cristovam Buarque, Da modernidade técnica à modernidade ética, p.29)
Julgue o item a seguir.
- Substituir o conectivo de valor condicional “se” (l.1) por caso, resultando em: caso
se.
43 – (FUNRIO/FUNAI/2009)
Os verbos da frase "o mais honesto seria que os veículos da grande imprensa deixassem
claras suas preferências" (§ 6º) estão em suas formas simples. Uma das opções abaixo
transpõe os dois verbos para as formas compostas equivalentes, mantendo o mesmo
sentido da frase original. Assinale-a.
A) terá sido – pudessem deixar.
B) deveria ter sido – houvessem deixado.
C) poderia ser – começassem a deixar.
D) haveria sido – tivessem deixado.
E) precisava ser – passassem a deixar.
44 – (FUNRIO/FURP SP/2009)
Na frase, “Gostaríamos que, daqui por diante, parassem de repisar o passado”, a forma
verbal parassem
A) transmite a idéia de uma ação completamente concluída.
B) indica um fato incerto, praticamente impossível de acontecer.
C) anuncia uma ação que está ocorrendo no momento em que se fala.
D) contraria a ação proposta na oração principal.
E) expressa uma ação possível de se realizar no futuro.
1–A
ACORDO ORTOGRÁFICO: A palavra “apoia” não recebe mais acento agudo.
A expressão “um tom de profecia”, no enunciado, já dá a “deixa” para a resposta certa.
A partir do título da matéria (“Reflexões sobre o futuro”) se verifica que o autor
apresentará fatos que poderão ocorrer no futuro. Por isso, o texto se constrói
basicamente com verbos no futuro do presente do indicativo, apresentando um certo ar
de previsão.
2–D
O pretérito perfeito composto (tem levado) retrata fatos iniciados no passado que
apresentam duração até o momento presente (o que justifica a conjugação do verbo
auxiliar nesse tempo verbal). Essa questão vem afirmar o conceito desse tempo verbal
composto.
3–B
Precisamos ler o texto para perceber o intuito no emprego do tempo verbal em questão.
Em vez do futuro do pretérito, o verbo poderia se apresentar no presente do indicativo:
“A favor da mesma tese, PODEMOS dizer que...”. Contudo, o autor optou por uma forma
mais educada, polida de se dirigir ao leitor: “PODERÍAMOS”.
Perceba que a banca explorou também algumas outras possibilidades de emprego do
futuro do pretérito (hipótese, incerteza sobre fatos passados), motivo pelo qual tornou-
se necessária a transcrição do texto.
4–A
O tempo que indica um fato passado ocorrido antes de outro fato também no passado é
o pretérito mais-que-perfeito do indicativo. Uma possibilidade de construção do período
é: “A torcida do Lazio já agredira (ou a forma composta tinha agredido) o jogador
brasileiro Antonio Carlos, do Roma, quando o time perdeu o mando de campo por
incitamento racista em pleno estádio”.
5–B
ACORDO ORTOGRÁFICO: A palavra “linguístico” perdeu o trema.
Quando não se tem convicção acerca do que será pronunciado, pode-se usar o futuro do
pretérito simples ou composto.
Essa foi a forma utilizada pela autora do texto ao empregar: “a discriminação racial que
um jogador branco do Palmeiras (Paulo Nunes) teria praticado contra dois jogadores
negros”.
Note que essa incerteza é confirmada no período seguinte: “Havia controvérsias quanto
à veracidade dos fatos, quanto à sinceridade dos protagonistas, quanto à oportunidade
ou oportunismo das denúncias.”.
6–D
É sempre bem-vinda a oportunidade de ler Drummond.
Nessa questão, a banca foi extremamente inteligente ao jogar com as palavras “certeza”
e “condição”.
Uma das possibilidades de emprego do futuro do pretérito do indicativo é estabelecer
uma hipótese (certeza de ocorrência) relacionada a uma condição (incerteza de
ocorrência). Desse modo, estabelece-se a relação entre o modo indicativo e subjuntivo.
A “indicação” apresentada no futuro do pretérito (modo indicativo) apresenta uma certa
incerteza, haja vista necessidade de a condição se realizar (modo subjuntivo).
No trecho “Do décimo andar à rua, seria a vertigem, se chegássemos muito à janela...”,
afirma-se que, se chegássemos junto à janela [CONDIÇÃO], teríamos vertigem
[HIPÓTESE].
O que define como correta a afirmação do item D (e não a opção E) é a certeza da
ocorrência do fato (ter vertigem) uma vez concretizada a condição (chegar junto à
janela).
7–B
Abordaremos, agora, as formas nominais.
Como vimos, alguns verbos possuem mais de uma forma válida para o particípio:
regular e irregular. Dentre os verbos apresentados na questão, o único que possui
somente uma forma (irregular) é o verbo escrever. Aliás, fizemos menção a ele na
nossa aula.
As formas participiais dos demais verbos são:
- MORRER – morrido (regular) e morto (irregular)
- MATAR – matado (regular) e morto (irregular)
[CURIOSIDADE: o particípio irregular morto tanto pode se referir ao verbo matar como
ao verbo morrer.]
- PEGAR – pegado (regular) e pego (irregular)
- ELEGER – elegido (regular) e eleito (irregular)
Lembrando que os particípios regulares são empregados nos tempos compostos com os
verbos TER e HAVER, enquanto que os particípios irregulares são usados nas locuções
verbais de voz passiva, com os verbos SER e ESTAR.
Os únicos verbos que admitem emprego indistinto (auxiliares TER, HAVER, SER ou
ESTAR) de qualquer forma participial (regular ou irregular) são GANHAR, GASTAR,
PEGAR E PAGAR (dois com P e dois com G).
8–C
9–C
Essa questão é para os que acharam um absurdo nosso comentário sobre a forma do
particípio do verbo CHEGAR. Não sei em relação às demais regiões do Brasil, mas no Sul
do país é muito comum ouvir: “Ele não tinha chego ainda.”. Tanto isso deve ser comum
que a banca da Fundação Getúlio Vargas, uma das melhores do país, explorou esse
conceito.
Repetimos a lição: o verbo chegar apresenta uma ÚNICA forma de particípio: o regular
CHEGADO.
Por isso, a forma correta da opção C seria: O ônibus tinha chegado atrasado.
10 – ITEM INCORRETO
É verdade que a forma venerando é o gerúndio do verbo venerar. Contudo, no texto
(que transcrevemos apenas parcialmente), esse vocábulo tem valor adjetivo,
equivalente a “venerável”, “respeitável”.
É por esse motivo que gerúndio, particípio e infinitivo são chamadas FORMAS
NOMINAIS. Derivam de verbos, mas podem ser usadas como adjetivos, advérbios ou
substantivos.
11 – C
A partir de agora, nosso assunto passou a ser CONJUGAÇÃO VERBAL.
Está correta a conjugação do verbo PROPOR em “alguns autores propuseram”, pois esse
verbo é derivado do verbo PÔR e se conjuga por ele: eles puseram / eles propuseram.
Estão incorretas as formas verbais em:
a) “há ganhos a serem obtidos se ouvesse um aumento conjuntural” - houvesse,
pretérito imperfeito do subjuntivo do verbo HAVER.
b) “mas se um Estado se abstesse de tal política” – o verbo ABSTER é derivado do verbo
TER e se conjuga como ele: “se tivesse” “se abstivesse”.
12 – C
Dando sequência ao estudo das formas verbais primitivas e derivadas, vamos analisar
outra questão sobre o tópico. Está em foco, agora, o verbo VIR.
A forma verbal da opção C é o futuro do subjuntivo. Como revimos na questão anterior,
esse tempo verbal deriva da 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo (eles
vieram).
Assim, a forma correta seria: “Quando vierem outros, a casa não será a mesma.”.
Em caso de dúvidas, reveja o quadro de formas primitivas / formas derivadas.
A opção “a”, que pode ter deixado muita gente em dúvida, apresenta a 1ª. pessoa do
singular do presente do indicativo: “nós vimos”, tempo indicado pelo advérbio “hoje”.
Não confundam com o pretérito perfeito desse verbo (viemos).
13 – B
O futuro do subjuntivo deriva da 3ª. pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo.
Assim, no verbo VER, a forma primitiva será (eles) viram. Por isso, no futuro do
subjuntivo, a forma correta é “Se ele vir, eu também verei.”.
Veja como estão corretas as demais construções verbais:
14 – E
Essa questão é idêntica à anterior. A diferença está no tempo verbal a ser analisado.
Agora, será o pretérito imperfeito do subjuntivo. Como vimos, esse tempo também
deriva da 3ª. pessoa do plural do pretérito perfeito, assim como o futuro do subjuntivo
(visto anteriormente).
Então, vamos ao quadro.
15 - D
O tempo verbal da locução verbal “havia estado” nada mais é do que o pretérito mais-
que-perfeito composto, construção em que o verbo auxiliar se conjuga no pretérito
imperfeito. Assim, estão em perfeita correlação os verbos das duas orações. O que o
examinador sugere, em suma, é que se substitua a forma composta pela simples:
estivera.
16 – C
Para não errar questões de conjugação verbal, devemos ter em mente sempre a dica do
PARADIGMA. Um verbo normalmente se conjuga como um outro parecido. Assim, na
dúvida, busque outro verbo (mais comum ao seu linguajar) cuja conjugação você
conheça e aplique a desinência no verbo desconhecido.
Vamos à prática:
a) O verbo PROPOR se conjuga como o verbo PÔR. Assim: “se alguém puser” leva a “se
alguém propuser”.
b) O verbo CONTER se conjuga como o verbo TER. Por isso: “caso uma represa tenha”
leva a “caso uma represa contenha”.
d) O verbo ESCASSEAR (que dificilmente usamos) se conjuga como o verbo PASSEAR.
Lembre-se de que esses verbos terminados em –EAR só recebem a letra “i” nas formas
rizotônicas, ou seja, quando a sílaba tônica recaia no radical. Bem, então: “elas já
passearam” leva a “elas já escassearam”. Note que o radical do verbo ESCASSEAR é
ESCASSE-, e a sílaba tônica recai fora do radical (escassearam), não devendo receber a
letra ‘i’.
e) O verbo DETER se conjuga como o verbo TER (novamente). Assim: “se não
tivermos” leva a “se não detivermos”.
Viu só como essa regra do paradigma é uma “mão na roda”?
18 – B
Sabe aquela regrinha do paradigma? Veja só como ela ajuda em questões como essa,
de conjugação verbal.
O verbo DESPEDIR lembra muito um outro verbo. Com certeza você já adivinhou... o
verbo PEDIR. Então, sua conjugação segue a do seu paradigma: “que peçam” leva a
“que despeçam”.
E olha lá na opção D uma dica dessa forma: o presente do subjuntivo (despeçam) deriva
de qual forma mesmo??? Deriva da 1ª pessoa do singular do presente do indicativo:
DESPEÇO.
Bela ajuda que a banca deu para que você não errasse essa questão, não é?
19 – B
Muita gente nunca deve ter ouvido falar dessa banca examinadora (eu, pelo menos, só a
conheci agora). Ela foi a responsável pela prova para o ICMS de Rondônia,
recentemente aplicada.
Essa questão é o nosso mote para começarmos a falar sobre VERBOS DEFECTIVOS.
Lembrando: esses verbos apresentam defeito, ou seja, não possuem todas as formas de
conjugação. Esse defeito só aparece na conjugação do presente do indicativo e nas
formas dele derivadas (presente do subjuntivo, imperativo).
Na opção B, há erro na conjugação do verbo “viger”, que é defectivo. Este verbo não
possui a 1ª. pessoa do singular do presente do indicativo.
Nas demais formas, se conjuga como o verbo paradigma BEBER (ele bebeu / ele vigeu).
Assim, a forma correta seria: “Trata-se de uma lei que vigeu ...”.
As demais formas, que estão CORRETAS, são:
a) o pretérito imperfeito do indicativo do verbo APOR, que é derivado do verbo PÔR:
“sempre se punham” leva a “sempre se apunham”. Provavelmente você achou
HORROROSA essa forma ‘PUNHAM’, talvez até nunca a tenha usado. Mas está correta e
deve fazer parte do seu cotidiano a partir de hoje. Afinal, não é assim que as crianças
20 – C
O verbo reaver é conjugado no presente do indicativo nas formas em que o verbo
HAVER apresenta a letra “v”.
Vejamos, inicialmente, a conjugação do verbo HAVER, no presente do indicativo:
Eu hei / tu hás / ele há / nós havemos / vós haveis / eles hão.
Assim, o verbo HAVER só apresenta conjugação, no presente do indicativo, nas 1ª e 2ª
pessoas do plural.
O emprego do pronome “nós” na opção C fez com que essa fosse a resposta correta.
“Nós reavemos todos os documentos e contrato perdidos durante a mudança...”.
Vamos analisar as demais opções:
a) O verbo falir é defectivo e, assim como o verbo REAVER, no presente do indicativo,
só se conjuga com os pronomes NÓS e VÓS (nós falimos / vós falis).
b) O mesmo acontece com o verbo PRECAVER. Só existem as formas “nós nos
precavemos” e “vós vos precaveis”.
d) O verbo EXPLODIR não possui a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo.
Consequentemente, não possui nenhuma das formas do presente do subjuntivo. Assim,
não é possível preencher a lacuna dessa opção com a forma simples do verbo, pois seria
necessário conjugá-lo no presente do subjuntivo. Para confirmar isso, vamos trocar o
verbo EXPLODIR por outro, como ABORRECER-SE: “É uma pena que o vice-presidente
da empresa SE ABORREÇA por cauda de pequenos problemas”.
e) O verbo COLORIR também é defectivo, não apresentando a 1ª pessoa do singular do
presente do indicativo. Por isso, não possui também o presente do subjuntivo, tempo
em que seria conjugado na construção da opção “e”. Poderia ser substituído por seu
correspondente COLORAR, que é regular e apresenta todas as formas verbais, ou
mesmo pelo verbo PINTAR:
“Os funcionários ficarão mais bem dispostos caso a firma COLORE / PINTE as salas de
cores claras”.
21 – B
Essa questão deve ter dado um nó na cabeça de muita gente boa. Isso porque explora a
conjugação de verbos parecidos – PROVAR, PROVER e PROVIR.
Para solucionar essa questão, entra em jogo a maravilhosa dica do paradigma.
22 – B
23 – E
O assunto agora é conjugação verbal no imperativo.
O objetivo de uma propaganda é se aproximar ao máximo de seu público-alvo. Assim, a
comunicação deve ser direta e rápida. Muitas vezes, para se aproximar da linguagem
coloquial, passa por cima de certas normas gramaticais.
No comercial da Caixa Econômica Federal, houve uma mistura de tratamentos. Ao
mesmo tempo em que flexiona o verbo como ‘VEM’, indicando o tratamento de segunda
pessoa do singular (no imperativo tu vens – “s” = vem tu), usa o pronome VOCÊ, que
leva o verbo para a 3ª pessoa (no imperativo que ele venha = venha você).
Ainda que se alegue uma impropriedade no uso de “pra” em lugar de “para”, essa forma
já encontra registro nos mais consagrados dicionários. Além disso, como indica o
enunciado, o que mais se comentou em relação ao texto do comercial não foi o uso do
“pra”, mas o emprego incorreto do verbo no imperativo.
24 - A
Na opção a, houve o emprego do verbo ‘submeter’ no imperativo afirmativo. Como o
tratamento usado é de segunda pessoa (te), a regra indica que o verbo deve ser
conjugado pelo presente do indicativo, sem a letra “s” (pres.indicativo: tu te submetes
imperativo: submete [tu]). Assim, a forma correta seria: “Trabalhador, jamais te
submete a formas ...”.
Certamente, alguém deve estar se perguntando: mas essa construção não está no
negativo, o que levaria o verbo para o imperativo negativo e, consequentemente, para a
conjugação do presente do subjuntivo?
Essa foi uma maldade da banca: o advérbio jamais, ainda que apresente uma ideia
negativa, é considerado um advérbio de tempo, equivalente a “em tempo algum”,
devendo o verbo ser conjugado no imperativo afirmativo.
b) Note que, nesta opção, emprega-se o tratamento de terceira pessoa (não se
submetam). Ainda que o tratamento fosse de segunda pessoa, a conjugação do verbo
seria no imperativo negativo, em virtude da presença do “não” e seguiria o presente do
subjuntivo (“Trabalhadores, não te submetam a formas...”).
c) Está correto o emprego do verbo SUBMETER no presente do subjuntivo, já que indica
uma situação hipotética (“Não somos trabalhadores que nos submetamos...”).
d) O verbo nessa opção está no pretérito mais-que-perfeito do indicativo, indicando a
ocorrência de um fato anterior a outro fato também passado.
e) Essa questão seria passível de anulação em virtude de uma colocação pronominal
indevida. Na aula apropriada (“Pronomes”), veremos que um advérbio antes do verbo
sem pausa (como uma vírgula) atrai o pronome. Nessa construção, para que estivesse
correta a colocação pronominal, deveria haver uma vírgula após “Constantemente”
(“Constantemente, submetemo-nos...”) ou o pronome deveria vir antes do verbo
(“Constantemente nos submetemos...”).
Como nosso assunto hoje é VERBO, vamos analisar a questão somente sob este
aspecto.
Quando os pronomes átonos nos e vos são empregados após uma forma verbal
terminada em “s”, essa letra cai: submetemo-nos / submetei-vos. Por isso, em
relação à forma verbal, está correta a opção.
Contudo, Napoleão Mendes de Almeida (Gramática Metódica da Língua Portuguesa)
justifica essa opção pela eliminação do “s” como hábito ou facilidade da pronúncia,
afirmando que não se pode considerar errada a forma “queixamos-nos”.
Aliás, vamos aproveitar para explorar um pouco mais esse assunto.
Quando os pronomes o, a, os, as são empregados após o verbo cuja terminação seja r,
s, z, ao pronome é agregada ao pronome a letra L (lo, la, los, las) e o r, s, z ‘caem’.
Exemplo: “Comprei o jornal para procurar emprego.” = para procurá-lo.
Em relação à acentuação, já comentamos na aula de ortografia que este verbo é
entendido como um vocábulo independente, devendo obedecer às regras: procurá =
oxítona terminada em “a”.´
Se o pronome dividir o verbo em duas partes, cada parte será analisada, para fins de
acentuação, como se um único vocábulo formasse.
25 – B
No imperativo afirmativo, a regra é o emprego do presente do subjuntivo. As únicas
exceções (que, por ser em menor número, devem ser memorizadas) ficam por conta das
segundas pessoas – TU e VÓS, que buscam a conjugação do presente do indicativo sem
a letra “s”.
Assim, o verbo ADIVINHAR, na 2ª pessoa do plural (vós) no presente do indicativo é
adivinhais. Sem a letra “s”, o imperativo é adivinhai.
26 – D
Agora, vamos relembrar a conjugação do imperativo negativo. Essa é mais fácil ainda.
Todas seguem a conjugação do presente do subjuntivo.
Por isso, o verbo TER, na 3ª pessoa do singular (Tenha), fica no imperativo negativo:
“não tenha”. Não houve alteração pelo fato de o verbo, no imperativo afirmativo, ser
conjugado pelo presente do subjuntivo.
Só há diferença entre as formas afirmativa e negativa para as segundas pessoas (tu e
vós).
27 – D
Agora nosso assunto será locução verbal.
28 - A
ACORDO ORTOGRÁFICO: As palavras “ideia” e “Coreia” não recebem mais acento
agudo.
Como vimos exaustivamente na questão anterior, em uma locução verbal, somente o
verbo auxiliar se flexiona, mantendo-se o principal inalterado na forma nominal.
Assim, está incorreta a flexão de “tornarem-se”, pois ele é o verbo principal da locução
verbal.
A forma corrigida seria: “Deveriam tornar-se alvos de uma diplomacia...”.
29 – E
Falaremos, agora, sobre transposição de vozes verbais.
Primeiro cuidado:
Passando da voz ativa para a passiva: identifique o objeto direto da voz ativa, que
exercerá a função de sujeito na voz passiva;
Passando da voz passiva para a ativa: você deverá identificar o sujeito da voz
passiva e colocá-lo na posição de objeto direto da voz ativa; se não houver um agente
da passiva, não haverá sujeito na voz passiva, ou seja, será um caso de sujeito
indeterminado. O verbo ficará na terceira pessoa do plural, indefinindo o sujeito da ação
verbal.
Segundo cuidado: manter o verbo no mesmo tempo e modo verbais do original.
30 – A
Agora, a transposição parte da voz passiva para a ativa. Note que não há agente da
passiva, o que indica que, na voz ativa, teremos um caso de sujeito indeterminado.
Há duas formas de se construir sujeito indeterminado:
1ª. qualquer que seja a transitividade do verbo, este fica na terceira pessoa do plural;
2ª. verbos que não tenham objeto direto (ou seja, verbos de ligação, intransitivos ou
transitivos indiretos), o verbo fica na 3ª pessoa do singular acompanhado do pronome
“se”.
31 – C
Mais uma vez, vamos treinar a transposição de voz passiva para a voz ativa.
VOZ PASSIVA – “O martelo de percussão é confundido com um instrumento
ameaçador.”
1º passo: identificar o sujeito paciente – “O martelo de percussão” esse será o objeto
direto da voz ativa.
2º passo: manter o verbo no mesmo tempo e modo originais: é confundido, o verbo
auxiliar está no presente do indicativo.
Como não há agente da passiva, na voz ativa, teremos um caso de sujeito
indeterminado, devendo o verbo permanecer na terceira pessoa do plural.
Assim, a forma na voz ativa será: Confundem o martelo de percussão com um
instrumento ameaçador.
Alguém parece estar perguntando: e se eu resolvesse colocar o verbo na terceira pessoa
do singular acompanhado do pronome SE? Ainda assim não seria um caso de sujeito
indeterminado?
A resposta é não. Quando um verbo transitivo direto ou direto e indireto está
acompanhado do pronome SE, forma-se a voz passiva pronominal.
É isso o que ocorre na opção (A). Em “Confunde-se o martelo de percussão...”, foi
mantida a voz passiva, só que da forma pronominal. A expressão “o martelo de
32 – A
Finalmente, um caso de construção de voz passiva com agente da passiva, para facilitar
a nossa vida!!!
1º passo: identificar o sujeito paciente – “nem todo hábito de consumo” este
elemento será o objeto direto da voz ativa.
2º passo: manter o verbo no mesmo tempo e modo originais Em “é ditado”, o verbo
auxiliar está no presente do indicativo.
O agente da passiva é “pela publicidade”, elemento que será o sujeito da voz ativa.
Em virtude do valor negativo do “nem” no início da construção, a voz ativa assim
poderia ficar: “A publicidade não dita todo hábito de consumo.”.
33 – D
1º passo: identificar o objeto direto: “o silêncio” este será o sujeito da voz passiva.
2º passo: manter o verbo no mesmo tempo e modo originais – “quebrou” está no
pretérito perfeito do indicativo. Por isso, a forma correta será: foi quebrado.
O sujeito da voz ativa será o agente da voz passiva. Assim, a voz passiva analítica seria:
“O silêncio foi quebrado pelo lenhador.”.
Se se optasse pela voz passiva pronominal, sairia de cena o agente da passiva e entraria
o pronome apassivador: “Quebrou-se o silêncio.”.
Voltaremos a falar sobre esse assunto nas aulas sobre “Concordância”.
34 – E
Vamos encerrar nosso estudo com CORRELAÇÃO VERBAL.
Como dissemos, não há necessidade de se decorar listas e mais listas de relações.
Muitas vezes, esse tipo de erro você identifica com o seu ouvido.
Veja só esta questão.
a) Há uma clara relação entre “fosse” e “teria”. Estão os dois verbos no campo da
suposição.
b) Agora, ainda no campo da suposição, os fatos se reportam ao futuro: “for” e
“terá”.
c) Nessa relação, o fato existiu e pertence ao passado. Por isso, os verbos estão
respectivamente no pretérito perfeito e pretérito imperfeito do indicativo.
d) Agora, temos uma locução verbal em tempo composto na primeira oração e um
tempo composto correspondente na segunda.
e) Note que há alguma coisa errada em “Se você seja...”. Essa conjunção não leva o
verbo para o subjuntivo, ao contrário de sua “prima”, a conjunção “caso” (“Caso
você seja...”).
35 – B
36 - C
ACORDO ORTOGRÁFICO: A palavra “ideia” não recebe mais acento agudo.
Estamos diante de uma correlação inadequada na opção C. A forma “funcionaria”
figura no plano da hipótese. Assim, a forma verbal do verbo fazer deve manter essa
linha de raciocínio do fato contido em “funcionaria”:“(...) a economia funcionaria de
maneira harmoniosa, regida por uma mão invisível que a faria viver sempre em
equilíbrio”
A forma verbal empregada – fazia - transmite uma ideia de processo não concluído.
Indica o que no passado era frequente ou contínuo, o que não encontra respaldo no
contexto.
37 – ITEM INCORRETO
Muitas vezes, o modo subjuntivo é uma exigência da construção. Note que a conjunção
“se” aceita que o verbo seja conjugado no presente do indicativo: “...se se deseja um
regime democrático...”.
A partir do momento em que se sugere a troca da conjunção “se” por sua equivalente, a
conjunção “caso”, há necessidade de se alterar a conjugação do verbo a ela ligado,
levando-o para o presente do subjuntivo: “caso se deseje um regime democrático...”.
38 – ITEM CORRETO
ACORDO ORTOGRÁFICO: A palavra “ideia” não recebe mais acento agudo.
39 – C
40 – A
Em “Se houvesse uma lei que proibisse...”, nota-se que essa lei não existe e não se tem
certeza se ela existirá um dia. Assim, todos os fatos estão no campo da suposição.
Já na opção A, tanto o primeiro verbo (houver) como o segundo (proíba) situam os fatos
também como hipóteses, mas desta vez em relação ao futuro, entendendo-se que, no
atual momento, tal lei efetivamente não existe, mas pode ser que ela venha a existir.
É por isso que está perfeita a relação entre esses dois verbos.
41 – B
A forma verbal TINHA SIDO MARCADA é uma locução verbal de voz passiva (verbo SER
indica essa passividade) no PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO (TER + SIDO
+ VERBO PRINCIPAL), tempo que designa um momento passado anterior a outro
momento também passado (daí o nome “mais-que-perfeito”, já que “perfeito” é
passado).
No passado, está o momento do discurso de Mimo (líder guerrilheiro da região), fato
lembrado pelo autor. Em um momento anterior a esse momento pretérito está sua
infância e as lembranças dos discursos históricos de Mussolini. Por isso, está correta a
indicação de que a expressão verbal foi usada para indicar um momento passado em
relação ao momento em que Mimo discursou.
42 – B
O enunciado dessa questão (muito mal redigido, a meu ver) pode ter confundido muitos
candidatos. Por não entender perfeitamente, muitos candidatos podem ter assinalado
opções que apresentam formas verbais incorretas, mas não era esse o objeto da
questão. O examinador quer que o candidato indique o verbo que possui somente o
particípio regular (cuja terminação é -do), não sendo possível sua forma irregular.
Vamos analisar cada uma das opções.
a) A rigor, o verbo PEGAR é um dos que admitem qualquer forma de particípio para
qualquer verbo auxiliar (TER/HAVER ou SER/ESTAR). Há quem assim não entenda, por
43 – D
Esta questão trata de CORRELAÇÃO VERBAL. Como vimos, uma “dobradinha” comum é
FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO x PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO,
como em “Gostaria que você estivesse aqui.”.
O examinador buscava a opção que apresentasse formas equivalentes a “seria” e
“deixassem”, sem mudança de sentido. Essa última notação levava diretamente à opção
D porque, ainda que alguma outra opção apresentasse formas verbais correlacionadas
corretamente, não manteria o sentido da frase original, por alterar as indicações
temporais.
Observe que a única coisa que o examinador fez na opção D foi mudar os verbos de
formas simples para formas compostas (agregando os auxiliares TER/HAVER):
- SERIA HAVERIA SIDO
- DEIXASSEM TIVESSEM DEIXADO
44 – E
O modo SUBJUNTIVO situa a ação verbal no campo da possibilidade, probabilidade. Na
construção, a forma parassem indica uma ação incerta mas possível de acontecer no
futuro, por isso a resposta é a opção E.
45 - D
Encerramos a aula de hoje com uma questão de prova bem recente.