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AGENTES TRANSFORMADORES
NATAL - RN
2017
AGENTES TRANSFORMADORES
Orientadores:
Profa. Dra. Zoraide Souza Pessoa
Profa. Dra. Maria do Livramento Miranda Clementino
Estagiário Docente - Gabriel Rodrigues
NATAL - RN
2017
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RESUMO
ABSTRACT
This project is part of the topic of female imprisonment and emerges from the need to obtain
data on the reality of the health of women imprisoned in the state of Rio Grande do Norte.
Currently, it does not exist in the source of products provided in the area of prison health.
With the objective of storing and disseminating data and statistics and, thus, subsidize
policies that enable an improvement in the quality of life of the population, the Women's
Health Observatory. Approved by the Information Technology and Communication
Foundation (COTIC) in association with the DATASUS System, in partnership with
Secretariats of State for Justice and Citizenship (SEJUC) and State Secretariat of Health
(SESAP).
Keywords: female incarceration; medical care; social indicators.
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SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO……………………………………………………………………........................................5
2- JUSTIFICATIVA…………………………………………………………………….. ..................................5
3- CARATERIZAÇÃO DO PROJETO
4 - OBJETIVOS
4.1- GERAL………………………………………………..…………………………………………..9
REFERÊNCIAS……………………………………………………………………..........................................18
1 - INTRODUÇÃO
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O presente projeto está inserido na temática do encarceramento feminino e emerge da
necessidade de se obter dados sobre a realidade da saúde das mulheres encarceradas no
Estado do Rio Grande do Norte. Existem, atualmente, aproximadamente 500 mulheres nas
unidades prisionais desse Estado, segundo informações da Coordenadora Estadual de
Políticas para as Mulheres, Sabrina Lima. Porém, não há nenhuma fonte disponível com os
dados oficiais fornecidos pelo Governo a respeito dos serviços prestados na área de saúde
prisional.
2- JUSTIFICATIVA
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anos não havia atendimento de enfermeiro e médico para essas mulheres. Ou seja, toda
assistência prestada às gestantes acontecia externa ao ambiente prisional. Foram entrevistadas
12 (doze) dessas mulheres com faixa etária entre 19 a 25 anos, oriundas do interior do Estado.
A maioria delas já estavam grávidas quando foram encarceradas e apenas 01 (uma)
engravidou no presídio. Quando questionadas sobre a realização do pré-natal na condição de
presidiárias, 77,8% afirmaram não ter realizado esse acompanhamento. (GALVÃO, 2012).
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De tal maneira, o projeto é justificado pela necessidade de que o Estado do Rio
Grande do Norte tenha publicizados e sistematizados dados e estatísticas que possam orientar
os planos e as ações de projetos de políticas públicas para a saúde da crescente população de
mulheres nas unidades prisionais do estado.
3- CARATERIZAÇÃO DO PROJETO
Existem várias maneiras para um problema social entrar para agenda de governo e se
tornar alvo de uma política pública (KINGDOM, 1995). Os indicadores são, segundo o
professor e escritor John Kingdon, uma dessas maneiras, ao passo que dão visibilidade ao
problema. É assim que o crescimento da população carcerária feminina no mundo desperta
preocupação no que diz respeito ao acesso que essas mulheres têm a serviços essenciais de
saúde.
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dos apenados, a Lei de Execução Penal nº 7.210/84 – LEP é o principal marco regulatório.
Nela, estão previstas garantias para as mais diversas situações e indivíduos que compõem a
massa de encarcerados no Brasil. Em meio aos que estão sob a tutela do Estado cumprindo
pena, as mulheres, por suas especificidades, representam um público o qual exige uma
atenção diferenciada. No entanto, foram detectadas inúmeras falhas e ilegalidades cometidas
a elas dentro do sistema penitenciário brasileiro no que diz respeito ao acesso de serviços de
saúde preventiva e reprodutiva.
O SUS possui uma das redes de assistência à saúde mais completa do mundo, em
2004 foi lançado a política nacional de atenção integral à saúde da mulher, com vistas
implementação de ações de saúde que contribuam para a garantia dos direitos humanos das
mulheres e reduzam a morbimortalidade por causas preveníeis e evitáveis (MINISTÉRIO DA
SAÚDE,2004). As diretrizes voltadas aos cuidados da saúde da mulher são amplas e
contempla da prevenção à cura, de diversos agravos comuns ao público feminino como
câncer de mama e de útero, além da preocupação com a reprodução pois ainda é alto o
número de mortes por causas relacionadas à gravidez desassistida. Criada pelo SUS em 2011,
a Rede Cegonha propõe diretrizes com vistas ao atendimento e acompanhamento da mulher
em todo o seu processo gestacional. Nos casos da gestação por mulheres privadas de
liberdade, a detecção precoce de problemas, a prevenção e o tratamento de infecções, assim
como a preparação para o parto, deverão fazer parte dos processos planejados para o cuidado
da equipe de saúde.
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Ficará estabelecido um prazo de 01 (um) ano para a execução do projeto, que será
realizado em 03 (três) etapas bimestrais. O processo contará com o período de 180 (cento e
oitenta) dias para criação do novo formulário de atendimento SUS, considerando a
necessidade de haver reuniões entre as referidas secretarias para tomadas de decisões
operacionais.
4. - OBJETIVOS
4.1- GERAL
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que possibilitaria a identificação de intercorrências e a intervenção adequada, minimizando
riscos e danos à mãe e ao filho. Dessa forma, aponta a pesquisa, o acesso à informação e aos
serviços de saúde qualificados e resolutivos são alguns dos grandes desafios para diminuir a
mortalidade materna no país e garantir atenção obstétrica e neonatal que atenda às
necessidades das mulheres brasileiras.
Atualmente, o estado do Rio Grande do Norte está enfrentando uma crise no que diz
respeito à prestação dos serviços de saúde à sociedade em geral, e mais ainda para com
aqueles que cumprem penas. Dentre os objetivos do plano estadual de saúde com vigência de
2016 a 2019, está a ampliação ao acesso da população a serviços de qualidade, intervindo
pontualmente nos vazios assistenciais (SESAP, 2016), tendo como área de abrangência as
unidades prisionais do Rio Grande do Norte.
Além dos fatores já mencionados, não se pode deixar de destacar que a mulher como
geradora de vida enfrenta outros obstáculos, considerando que o período de uma gestação
exige acompanhamento e tratamento de saúde diferenciado. Aquelas que não se encontram
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grávidas também carecem de atendimentos periódicos com o objetivo de prevenir ou
identificar doenças.
Optou-se por iniciar o projeto com a criação de um novo campo de identificação nos
formulários preenchidos pelos médicos, durantes as consultas e atendimentos ambulatoriais,
de modo a identificar as pacientes que se encontram inseridas no sistema carcerário, a fim de
estabelecer a ligação dos dados já existentes e disponibilizados pelo DATASUS, o que
possibilita um acompanhamento próximo da dinâmica dos indicadores.
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possibilite o cruzamento das informações fornecidas pelo banco de dados já existente com a
nova categoria (filtro) gerada com as estatísticas fornecidas pelo acréscimo da identificação
dos atendimentos relativos a saúde da mulher inserida no sistema carcerário.
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6. Ação, Objetivos, Metas, Estratégias e resultados do projeto
Responsável pela
Ação Objetivo da Ação Meta da Ação Estratégia da Ação Resultados Esperados da Ação Custo da Ação
Ação
Secretaria de
Identificar a saúde da mulher;
Elaborar um Diagnosticar a Alcançar 75% Estabelecer parceria com a Estado da Justiça e
Cumprir a promoção e
balanço de saúde situação de saúde das mulheres já Secretaria de Estado da Saúde da Cidadania
prevenção da saúde da mulher; 34.000,00
da mulher ao da mulher inseridas nas (SESAP) /profissionais (SEJUC) junto
Minimizar os riscos de
entrar no sistema inserida no unidades capacitados para realizar o com Secretaria de
doenças sexualmente
prisional sistema prisional prisionais balanço de saúde. Estado da Saúde
transmissíveis;
(SESAP)
Criar um campo
no formulário de Conhecer as áreas que
Alimentar o Estabelecer parceria com a
atendimento Atingir 95% dos necessitam de maiores
banco de dados Secretaria de Estado da Justiça
individual de atendimentos atendimentos; Contribuir para 15.760,00 Sistema Único
com as e da Cidadania (SEJUC) e
saúde da mulher médicos as tomadas de decisões; Servir de Saúde - SUS
especificidades da Secretaria de Estado da Saúde
que identifique a mulheres suporte para programas
saúde da mulher (SESAP).
condição sociais;
carcerária
Descrição de Despesas
Inserção de
campo/item no Serviço de informática
formulário de para incluir no Fundo Nacional
atendimento formulário on-line o de Saúde e Fundo
1 15.760,00
individual de saúde campo que especifica a Estadual de
da mulher que condição de mulher em Saúde do RN.
identifique a privação de liberdade.
condição carcerária
Fundo Nacional
Treinamento e de Segurança
Elaboração do Capacitação de pessoal; Pública a
balanço de saúde da criação de um sistema Secretaria de 1 40.240,00
mulher ao entrar no integrado ao SUS para Estado da Justiça
sistema prisional diagnóstico; e da Cidadania
(SEJUC)
13
8.1 Análises de Risco do Projeto - Matriz SWOT
Análise Interna
FORÇAS FRAQUEZAS
Análise Externa
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
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8.2 Quadro de Risco do Projeto
Ações do Projeto Aspectos Fortes do Aspectos de Fraqueza Oportunidades do Projeto Ameaças do Projeto
Projeto do Projeto
Elaborar um balanço de saúde Diagnosticar a situação de Facultatividade de Identificar o quadro de Escassez de recursos
da mulher ao entrar no sistema saúde da mulher inserida divulgação do diagnóstico saúde das mulheres quando humanos e materiais
prisional no sistema prisional inseridas no sistema
prisional
Criar um campo no formulário Obter informações Ineficácia da aplicação do Fomentar a elaboração de Fornecimento de dados
de atendimento individual de específicas da saúde da campo referente à Políticas Públicas no distorcidos
saúde da mulher que mulher para alimentação condição carcerária da âmbito da maternidade em
identifique a condição do banco de dados mulher cárcere
carcerária
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9. Cronograma de execução do projeto e de atividades
Cronograma de execução
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com relação à situação das mulheres, as condições não são diferentes, apesar de o
Ministério da Justiça ter instituído a PNAMPE, com o objetivo de preservá-las dos diversos
tipos de violência e de defender a humanização das condições do cumprimento de suas penas,
propondo à construção e adaptação de unidades prisionais para esse público. Também estão
contempladas nessa política a criação e reformulação de bancos de dados em âmbito estadual
e nacional, os quais, dentre outros pontos, devem conter o quantitativo de mulheres por
estabelecimento, regime e quantidade de vagas; quantidade de mulheres gestantes, lactantes e
quantidade de idade dos filhos em ambiente intra e extramuros.
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REFERÊNCIAS
BRAGA, Ana Gabriela Mendes. Prisão e Políticas Públicas: uma análise do encarceramento
feminino no estado de Ceará. Disponível em:
http://periodicos.unifor.br/rpen/article/view/3631> Acesso em 12 de setembro de 2017.
BRASIL. Lei 7.210, de 11 de Julho de 1984 – Lei de Execução Penal (LEP). Disponível em:
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210.htm>. Acesso em 18 de setembro de 2017.
BRASIL. Programas e Ações da Secretaria de Políticas Para as Mulheres. Disponível em: <
http://www.spm.gov.br/sobre/acoes-e-programas>. Acesso em 18 de setembro de 2017.
____. Ministério da Saúde. DATASUS: trajetória 1991- 2002. Brasília: Ministério da Saúde;
2002
RIO GRANDE DO NORTE. Decreto nº. 26.584, 10 de janeiro de 2017. Institui o Comitê
Estadual de Atenção às Mulheres Presas e Egressas do Sistema Penitenciário do Rio Grande
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do Norte (CEAMPE). Diário Oficial do Estado, nº. 13.842, Rio Grande do Norte, 11 de jan.
2017, p. 02.
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