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TEMA CENTRAL:
PERÍODO:
Agosto a 07/09/2017
PÚBLICO ALVO:
Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano), algumas Escolas com turmas 5º ano e EJA.
ESCOLAS:
1- APRESENTAÇÃO
A escola tem como um de seus principais papéis, e até ousamos dizer que talvez
seja este o principal, contribuir para a formação de sujeitos críticos e atuantes na
sociedade. Diante disso, emerge a necessidade de que esses sujeitos conheçam suas
histórias, bem como a história do espaço em que vivem, percebendo-o de modo
analítico, reflexivo e crítico.
Discutir a Independência do Brasil, hoje, a partir do novo enfoque dado pelas
ciências humanas e sociais, é pensar muito além do 7 de Setembro de 1822 como fruto
de uma ação isolada de um pequeno grupo da aristocracia brasileira. É compreender que
há, nesta nação, sujeitos que lutaram(e lutam) continuamente por um processo de
emancipação política, histórica, identitária, cultural, educacional, que, na maioria das
vezes é invisibilizada no discurso comemorativo da Independência do Brasil.
Nesta perspectiva, é importante que as escolas incentivem os estudantes a
pesquisar e compreender que a Nação brasileira foi fruto de um processo de colonização
pautado no genocídio e na escravização das populações nativas, bem como de um
complexo sistema de tráfico escravista que perdurou por mais de três séculos. Apesar de
terem sido força motriz da economia, mesmo após a abolição da escravidão e da
Independência do Brasil, os afrodescendentes e indígenas continuaram à margem da
sociedade, tendo seus direitos negados, sua participação histórica invisibilizada e suas
manifestações culturais esvaziadas. Nesse sentido, é de extrema necessidade permitir o
ecoar das vozes desses sujeitos históricos, que foram tão importantes para a formação
do Brasil, e trazer novas abordagens acerca dos saberes culturais produzidos por estes,
fortalecendo, assim, as relações de memória e identidade do nosso povo.
Em decorrência de suas raízes multiétnicas, a nossa nação possui uma enorme
riqueza cultural, que pode ser percebida em diversos aspectos, como nas danças e
demais manifestações artísticas, na culinária, nas crenças, religiosidades, dentre outros,
o que faz do Brasil um país plural.
Para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), são
considerados bens culturais de natureza imaterial aqueles que dizem respeito às práticas
e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer;
celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares
(mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas).
Partindo desse pressuposto, desenvolvemos este projeto com o intuito de
construir conhecimentos ligados à formação humana e social do estudante, bem como
de propiciar condições para construir ideias relativas à sua cultura e história.
2- JUSTIFICATIVA
Seguindo essa diretriz, é que o tema escolhido: “Brasil: cores, etnias e saberes”
pretende provocar a reflexão sobre o processo de Independência do Brasil, a partir de
um enfoque diferenciado sobre os sujeitos sociais que fizeram parte da formação do
povo brasileiro, destacando seus valores, seus costumes, suas práticas sociais e suas
lutas. Dessa forma, a importância do referido projeto não consiste tão somente em
comemorar uma data cívica, ou em cumprir com a proposta do calendário escolar
municipal, mas, acima de tudo, em fornecer subsídios para que o aluno cresça em
conhecimentos e valores dentro de uma escola pautada em ideias de justiça, igualdade e
distribuição de saberes (entendidos aqui como bens culturais), para a criação de um
sujeito histórico nacional, autônomo e livre.
3- OBJETIVO GERAL
Tendo em vista o alcance dos objetivos traçados, o presente projeto deve ser
desenvolvido a partir de atividades de estudo e pesquisa realizadas nas unidades
escolares. Sugere-se que toda a abordagem relacionada às temáticas propostas seja feita
de modo a potencializar a ideia de que comemorar a Independência do Brasil, para além
do 7 de Setembro de 1822, trata-se de um movimento de luta contínua contra ordens
estabelecidas, numa espécie de contra-hegemonia. O MST, por exemplo - ainda que
tenhamos ressalvas em relação à sua organização - além da luta pela reforma agrária,
reivindica um modelo educacional que dialogue com as identidades dos sujeitos do
campo, o que pode ser considerado como um modo emancipação; a mobilização
indígena, que, dentre muitos outros aspectos, questiona um modelo educacional que
impede os povos indígenas de serem educados a partir de sua(s) própria(s) língua(s)
também é um desenho de luta por independência cultural. É sob esse olhar que cada
temática precisa ser desenvolvida. Tais ações, culminarão na apresentação do desfile de
7 de setembro, que deverá ser organizado com base nas seguintes temáticas:
Observações:
Percurso:
- Praça Irmã Dulce;
- Avenida Antonio Patterson;
- Rua 21 de abril;
- Rua 13 de maio;
- Praça Dr. Gualberto.
Sugestão:
Disponibilizar uma ambulância e ou Profissionais da Saúde para acompanhar e dar
assistência aos casos de emergência.
Lanche:
A ser distribuído na Escola Margarida Souza.
5- Referências