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São Cristóvão – SE
2018
DAYANE OLIVEIRA SANTOS MELO
LEANDRO DE SANTANA SANTOS
MARINA RIBEIRO DE VIANNA
São Cristóvão – SE
2018
LISTA DE FIGURAS
INTRODUÇÃO....................................................................................................................... 6
1 REDES COLETORAS .................................................................................................... 7
1.1 Estudo de concepção de uma rede coletora .................................................................. 11
1.2 Rede Coletora no Brasil ....................................................................................................... 12
2 REDES COLETORAS ALTERNATIVAS ....................................................................... 13
2.1 Sistema Condominial de Esgoto ....................................................................................... 13
2.1.1. Conceitos ........................................................................................................................ 13
2.1.2. Comparação entre os Sistemas Condominial e Convencional ........................ 15
2.1.2. Composição do Sistema Condominial .................................................................... 17
2.1.3. Vantagens e Desvantagens do Sistema Condominial ........................................ 18
2.1.4. Dimensionamento, Operação e Manutenção do Sistema Condominial ......... 19
2.1.5. Sistemas Condominiais de Esgoto no Brasil ........................................................ 21
2.2 Sistema de coleta a vácuo .................................................................................................. 24
2.2.1. Conceitos e Histórico ................................................................................................... 24
2.2.2. Composição do Sistema de Coleta a Vácuo .......................................................... 25
2.2.3. Dimensionamento, Operação e Manutenção do Sistema de Coleta a Vácuo 28
2.2.4. Vantagens e desvantagens os Sistema de Coleta a Vácuo e o Convencional
....................................................................................................................................................... 30
2.2.5. Comparação entre os Sistema de Coleta a Vácuo e o Convencional ............. 30
2.2.6. Sistemas de Coleta a Vácuo no Brasil..................................................................... 31
2.3 Rede de Coleta e Transporte de esgoto decantado ................................................ 32
2.4 Sistema de coleta de esgoto por gravidade em tubulação de pequenos
diâmetros (SDGS)......................................................................................................................... 33
2.5 Rede coletora de baixa declividade com utilização do dispositivo gerador de
descarga ......................................................................................................................................... 34
2.6.1. Funcionamento do dispositivo e da rede ............................................................... 35
2.6.2. Resultados da implantação da rede ......................................................................... 37
2.7 Rede Coletora Pressurizada .......................................................................................... 38
2.7.1. Tipos De Sistemas Pressurizados ............................................................................ 39
2.7.2. Descrição do planejamento da rede......................................................................... 41
CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 44
INTRODUÇÃO
De acordo com Daltro Filho (2004), o saneamento básico pode ser apresentado
como:
6
1 REDES COLETORAS
7
• Caixa de Passagem (CP): colocadas nas curvas e mudanças de
declividade e não possuem acesso, permite a passagem de
equipamentos para limpeza do trecho a jusante;
• Tubo de Inspeção e Limpeza (TIL): permite a inspeção visual e
introdução de equipamentos de limpeza, mas não possuem acesso;
8
Figura 2: Poço de Visita em alvenaria com tubo de queda
10
1.1 Estudo de concepção de uma rede coletora
Assim, de acordo com Tsutiya e Sobrinho (2000) o traçado da rede pode ser
classificado como:
11
Figura 6: Gráfico representando indicadores de custos de um sistema de esgotamento
sanitário no Paraná
9% 14%
Rede Coletora
2% Interceptor
75% Estação Elevatória
Estação de Tratamento de Esgoto
Figura 7: Gráfico de percentual de municípios que coletam e tratam esgoto, por Grandes
Regiões em 2008
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, 2008 apud IBGE (2011)
12
Em primeira instancia nota-se que mesmo nas regiões que a maior parte dos
municípios que possuem rede coletora, existe ainda a carência no tratamento de
esgoto. Além disso, a região nordeste que possui o maior número de municípios e
maior região do país, ainda carece de rede coletora em mais da metade de seu
território, enquanto a região sudeste supera a média nacional.
2.1.1. Conceitos
13
O Sistema Condominial de Esgoto (SCE) foi desenvolvido na década de 80
pelo Engenheiro Sanitarista Francisco Saturnino de Brito como solução para o plano
de saneamento de Santos em São Paulo. (ANDRADE, 1991 apud OLIVEIRA 2017).
Este sistema está sendo considerado no Brasil como uma tecnologia apropriada (TA),
surgindo como uma alternativa para o sistema convencional de coleta devido ao seu
baixo custo de implantação, operação e manutenção (MORAES, L. et al).
14
esgotamento, demandando também de setores públicos e concessionárias, novos
horizontes de gestão e manutenção. (IBAM, 2008 apud Scaramussa, S. M. et al,
2014). Entretanto, foi observado que na realidade as práticas políticas e socioculturais
não se compatibilizam com os princípios dessa alternativa. Dessa forma, como não é
um sistema executado de forma frequente, existe uma carência de conhecimento e
pratica das concessionárias e da população. (OLIVEIRA, M.T.C.S e MORAES, L.
2005).
15
No Sistema Convencional, a coleta é feita de modo que o esgoto gerado é
captado pelas caixas de inspeção e em seguida lançados diretamente para a rede
pública através dos ramais convencionais. Além disso, as caixas de inspeção ficam
localizadas nas vias públicas e as redes de esgotos são feitas para atenderem todos
os imóveis (OLIVEIRA, 2017).
16
2.1.2. Composição do Sistema Condominial
17
aos poços de visita convencionais. Em localidades providas de sistemas de
coleta misto, a rede básica pode ser substituída pela rede coletora
convencional.
18
✓ Não há custos com execução de ramais prediais convencionais, pois os ramais
são projetados e executados a partir das ligações domiciliares permitindo maior
flexibilidade;
✓ O diâmetro mínimo usado no sistema convencional é de 100mm, tendo em
vista que no sistema convencional o mínimo é 150mm;
✓ Não é necessário a construção de poços de visita, já que o sistema é
implantado em pequenas profundidades;
✓ A execução de redes condominiais permite a utilização de mão de obra pouco
qualificada;
A construção desse sistema pode ser realizada de três formas, como citadas a
seguir:
19
• Ramais de fundo de lote: é o mais utilizado em locais de baixa renda por
apresentar uma redução de custos decorrente de menores extensões e
profundidades, apresenta uma melhor conservação, funcionamento e
manutenção, além de evitar quebras de pavimentação. Sua manutenção é
realizada pelos usuários do próprio lote (MELO, 1994 apud OLIVEIRA, 2017);
• Ramal de Jardim: é localizado na frente e por dentro dos lotes. Em comparação
ao de fundo de lote, possui menos vantagem em relação ao custo e
funcionamento, mas permite uma operação mais simples (MELO, 1994 apud
OLIVEIRA, 2017);
• Ramal de calçada: situado nos passeios, são usados nas urbanizações mais
regulares. Possui um maior custo e menores vantagens no funcionamento, pois
está sujeito a maiores problemas devido a sua localização e a manutenção é
realizada pela concessionária, pois é situado na via pública. Indicado
principalmente quando há grandes gerados de efluentes, como restaurantes,
edifícios, indústrias, etc. (MELO, 2008);
1
Disponível em: <http://cartacampinas.com.br/2017/04/criado-por-brasileiro-saneamento-condominial-pode-
solucionar-o-atraso-no-tratamento-de-esgoto/>. Acesso em 13 de maio de 2018.
20
O funcionamento dos ramais prediais, individuais ou condominiais, sendo
externos ou internos, é somente modificado se houver defeito de construção, quebra
de canalização por excesso de choques, obstruções devido a lixo ou águas pluviais,
e influência de terceiros (MELO, 1994 apud OLIVEIRA, 2017).
22
- Tarifas e preços dos serviços: no Brasil o serviço do esgotamento é
acoplado ao sistema tarifário de abastecimento de água. Desse modo, foi
aplicado um coeficiente redutor de 60% sobre o sistema tarifário de
abastecimento de água para usuários que possuíssem ramais condominiais
internos, e para àqueles que possuíssem ramais de calçada, não haveria
redução de preço. (MELO, 2008).
2.1.5.4. Salvador
2.1.5.5. Recife
23
pública, sendo a comunidade incorporada nos problemas locais e a manutenção da
rede é operada pela concessionaria local, Deso (DESO, 2014).
A invenção dessa alternativa data de 1888 nos Estados Unidos, com a patente
do sistema de coleta de águas servidas com base na depressão barométrica criado
por Adrian LeMarquand. Entretanto, sua primeira aplicação comercial foi apenas em
1959 na Suécia, pela empresa atualmente conhecida como Eletrolux. Posterior a isso,
três outras empresas (Colt-Envirovac, Vac-Q-Tec e AIRVAC) passaram a fabricar
esse tipo de sistema. Esses apresentam significativas diferenças entre si,
principalmente no que tange à separação da coleta águas negras e cinzas (U.S.
ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY, 1991). O Quadro 1 sintetiza as
principais características desses produtos.
Tubulação
Sistema Tipo de Válvula Tubulação de coleta
doméstica
Eletrolux Água cinza e Negra: a vácuo; cinza: Negra: 1 ½” e 2”; cinza: 2”
negra separada válvula pneumática e 3”. PVC soldado
Colt-Envirovac Água cinza e Negra: a vácuo; cinza: Conduto único. 3”, 4” e 6”.
negra separada válvula pneumática PVC com anel de vedação
especial
Vac-Q-Tec Tubulação Válvula pneumática Conduto único, 4”. PVC
convencional acionada eletricamente soldado
24
AIRVAC Tubulação Válvula pneumática Conduto único. 4”, 6” e 8”.
convencional PVC soldado ou anel
2
Disponível em: <http://www.norbra.com.br/sistema.php#> Acesso em 13 de maio de 2018.
26
2.2.2.2 Rede de coleta
3
Disponível em: <http://www.norbra.com.br/sistema.php#> Acesso em 13 de maio de 2018.
27
efluente. Ademais, o tanque coletor é o reservatório ligado à bomba de
recalque, à rede de coleta e à bomba à vácuo. O mesmo opera com pressão
menor que a atmosfera (ABNT, 2009)
4
Disponível em: <http://www.norbra.com.br/sistema.php#> Acesso em 13 de maio de 2018.
28
Um importante critério de dimensionamento trata do caminho único a ser
percorrido pelo esgoto sanitário desde a saída das diversas caixas de válvula até
as estações de vácuo, conforme ilustrado na Figura XX (SULLIVAN et al, 2003
apud CORREA, 2007).
Conforme a ABNT NBR 15710 (2009), a tubulação de coleta deve ser em PVC
ou PE (polietileno), cujas as pressões mínimas de trabalho correspondem a 6,50
kgf/cm². A norma também discorre sobre a realização de ensaios de interface,
tubulações e comissionamento a serem realizados em determinados períodos da fase
de operacionalização.
29
manutenção também é um ponto importante na redução de problemas. A atualização
do manual bem como a realização de manutenções periódica também são ações
importantes para o bom funcionamento do sistema. A norma que regulamenta essa
tecnologia prevê uma programação de manutenção para o tanque de coletor e a
estação a vácuo (Quadro 2) (U.S. ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY, 1991;
ABNT, 2009).
30
abordam aspectos de custo, manutenibilidade e adequação da tecnologia ao local de
implantação. Pode-se citar como exemplo, os pesquisadores Little (2004), Campos
(2007), Fernandes (2015), Ramlow e Silva (2017).
5
Disponível em:
<http://www.norbra.com.br/downloads/comparativo_esgoto_%20a_vacuo_x_esgoto_a_gravidade_norbra_br
asi.pdf >. Acesso em 13 de maio de 2018.
31
Paraty (RJ). Ainda, existem projetos para implantação desta tecnologia em algumas
localidades, como a cidade de Itamaracá (PE) (RAMLOW e SILVA, 2017).
Esse tipo de coleta foi utilizado na cidade de Brotas (CE). Trata-se de uma
pequena cidade, com cerca de 2000 habitantes e a taxa de consumo de água adotada
para o projeto foi 100 l/hab.dia. Sua implantação custou cerca de um quinto do que
custaria caso fosse escolhido o sistema convencional. A diferença entre essas duas
coletas perpassa por (TSUTIYA e SOBRINHO, 2000):
• Utilização de tanque séptico com dispositivo para secagem de lodo;
• Adoção de tubos de limpeza e inspeção ao invés de poços de visita;
• A velocidade mínima do sistema é 0,05 m/s
6
Disponível em: < http://www.norbra.com.br/bkp_old/projetos.html>. Acesso em 13 de maio de 2018.
32
• As tubulações são plásticas com diâmetro mínimo de 40 mm e podem funcionar
a seção plena.
• A água residuária que sai do sistema pode ter mau odor e ser corrosiva;
• Ainda é um sistema pouco conhecido;
• Se for necessária a construção dos tanques de interceptação em cada
economia, pode ser tão oneroso quanto o tradicional.
34
significativamente menores que as declividades resultantes dos cálculos propostos
na normalização de vazões originais de dimensionamento (Alves, 2000). Esse
recurso foi desenvolvido pelo engenheiro Wolney Castilho Alves do Instituto de
Pesquisas Tecnológicas de São Paulo S.A. (IPT), responsável também pelo
desenvolvimento do Dispositivo Gerador de Descarga (DGD), que possibilita seu
funcionamento podendo ser instalado na cabeceira da rede assim como em
trechos intermediários. Na figura 18 temos os detalhes do aparelho.
35
Figura 19: Esquema do funcionamento da Rede de Baixa Declividade
36
contando com um aparelho DGD no montante do trecho, esse que por sua vez é
capaz de gerar através de suas descargas de esgoto um escoamento cujo
hidrograma na seção de referência tem capacidade de transportar a carga solida
depositada, devido à frente íngreme da onda gerada pelo dispositivo (Alves, 2000).
A onda gerada pelo equipamento DGD tem como característica a já citada frente
íngreme, atenuando-se ao longo de sua extensão. O escoamento originado é
caracterizado por um regime não permanente com zonas de variação muito rápida
na frente da onda e de variação gradual na cauda (Tsutiya, et al., 2000).
37
Figura 20: Aparelho DGD implantada em rede coletora de Guarujá-SP
Esse tipo de rede pode contar com dois tipos de sistema: o STEP (septic
tank effluent pump) e o GP (grinding pump), diferenciados principalmente pelo seu
sistema mecânico, pelo nível de projeto e pelas cargas poluentes do esgoto final.
Sistema STEP
39
Figura 21: Esquema do sistema STEP
40
Figura 22: Esquema do sistema GP
41
A complicação para o seu desenvolvimento é o funcionamento simultâneo de
várias bombas, que geralmente bombeiam vazões diferentes para o conduto principal
afim de manter o equilíbrio hidráulico. Devido à falta de variedade do produto no
mercado, as bombas do sistema tendem a ser todas iguais, fato esse que também
pode ser justificado pela maior facilidade de manutenção da rede caso alguma bomba
pare de funcionar.
42
Figura 24: Modelo de Curva Característica de uma bomba e de uma instalação
Esse processo de cálculo fica mais complexo à medida que cresce o número
de bombas no sistema. Para seu estudo considera-se que nem todas as bombas estão
funcionando ao mesmo tempo, de modo que é necessário fazer um estudo estatístico
para examinar de modo aproximado a quantidade de bombas funcionando
simultaneamente em função do total de bombas do sistema, e projetar a rede para
que funcione corretamente na situação mais desfavorável da combinação escolhida.
43
CONCLUSÃO
44
REFERÊNCIAS
45
Especificações Técnicas – Ligações Prediais de Esgoto. Sistema Condominial.
CAEMA, ET 21/03.
OMS: 2,1 bilhões de pessoas não têm água potável em casa e mais do dobro
não dispõe de saneamento seguro. Disponível em <
http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5458:oms-
2-1-bilhoes-de-pessoas-nao-tem-agua-potavel-em-casa-e-mais-do-dobro-nao-
dispoem-de-saneamento-seguro&Itemid=839>. Acesso em 08 de maio de 2018;
46
PACHECO, R. P.; Custos para Implantação de Sistemas de Esgotamento
Sanitário. Departamento de Engenharia de Recursos Hídricos e Ambiental, Setor de
Tecnologia da Universidade Federal do Paraná – PR, 2011.
47