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AULA
O movimento sob a ação
de uma força central
Meta da aula
Apresentar o movimento de duas partículas que
interagem entre si através de uma força central.
objetivos
INTRODUÇÃO Esta aula é inteiramente dedicada às chamadas forças centrais. Uma força
central é, por definição, uma força que aponta na direção radial e cujo
módulo depende somente da distância à fonte. A força gravitacional e a força
eletrostática são forças centrais. A força entre duas partículas, ligadas uma à
outra por uma mola, também é uma força central. As forças centrais estão,
portanto, presentes em toda parte. É surpreendente que um problema tão
importante para nós, como o de duas partículas interagindo por meio de uma
força central, possa ser resolvido, como você verá, de uma forma tão simples.
A simplificação se dá porque podemos reduzir esse problema essencialmente
a um problema de uma única partícula movendo-se em uma dimensão.
A ênfase desta aula será dada aos problemas relacionados com a força
gravitacional, que é sempre atrativa. Destaca-se o problema do movimento
dos planetas no sistema solar e que vamos chamá-lo de o problema de Kepler.
Ele foi resolvido, como você sabe, por Newton. Você verá duas abordagens:
(i) conhecido o movimento dos planetas, cujas características são dadas
pelas leis de Kepler, determinar a lei de força;
(ii) conhecida a lei de força, encontrar a órbita.
É evidente que o cálculo da órbita de um planeta não é um simples problema
de dois corpos. Um planeta é atraído pelo Sol e também por todos os outros
planetas. O efeito dos outros planetas introduz pequenos desvios das leis de
Kepler que, apesar de mensuráveis, não serão considerados aqui.
Também são importantes, nos dias de hoje, os problemas de cálculos
relacionados com transferências de órbita para colocação de satélites de
comunicação em órbitas geoestacionárias, ou para enviar naves para outros
planetas. Daremos exemplos simples numa próxima aula onde também
abordaremos o problema de força central, resolvido por Rutherford, do cálculo
da seção de choque clássica de espalhamento de uma partícula carregada por
outra também carregada. O espalhamento envolve as órbitas hiperbólicas do
movimento. Você verá como este cálculo foi de fundamental importância na
descoberta do núcleo atômico.
204 CEDERJ
MÓDULO 1
8
AULA
r
Figura 8.1: O vetor r é o vetor posição da partícula de massa m1 em relação à
partícula de massa m2.
Esse sistema tem seis graus de liberdade que podemos tomar como
sendo as três componentes do vetor posição do centro de massa
r m rr + m2 rr2
R= 11 (8.1)
m1 + m2
r r r
r = r1 − r2 (8.2)
r r
A posição de cada partícula em termos de R e r é dada por
r
r r m2 r
r1 = R +
m1 + m2 (8.3)
r r
r m1r
r2 = R −
m1 + m2
r r
Em termos de R e r , a energia cinética do sistema fica
1 r&
T= (m1 + m2 )R2 + Tr (8.4)
2
onde
1 r& 2 1 r 1 r (8.5)
Tr = m1 r1′ + m2 r&2′ 2 = µ r& 2
2 2 2
CEDERJ 205
Mecânica | O movimento sob a ação de uma força central
1 r& 1 r r
L= (m1 + m2 )R2 + µ r& 2 − V (r ) (8.8)
2 2
r
Vemos que as três componentes de R são coordenadas cíclicas e,
portanto, o centro de massa ou está fixo, ou está em movimento retilíneo
uniforme. A equação do movimento envolverá somente a coordenada
relativa e é exatamente como se um centro de força estivesse localizado
no centro de massa, com uma partícula adicional de massa µ na posição
r
r em relação ao centro de massa. O movimento das duas partículas em
torno do seu centro de massa sempre pode ser reduzido ao problema
equivalente de uma única partícula.
r r dV
F = − ∇V = − rˆ (8.9)
dr
206 CEDERJ
MÓDULO 1
Prova: r
dL d r r
8
= ( r × p)
dt dt (8.10)
AULA
d r r r d r
= r × p + r × p
dt dt
r r r r
= v × mv + r × F
=0
r
porque a força é proporcional a r e o produto vetorial de dois vetores
paralelos é zero;
(ii) se uma partícula está sujeita somente a uma força central, seu
movimento se dá em um plano.
Prova: seja P definido como sendo o plano ortogonal
r r r
ao vetor n0 = r0 × v0 num instante t 0. Mas sabemos que o vetor
r r r r
r × v = ( r × p ) / m não muda com o tempo. Sendo assim, nr0 = rr × vr para
r r r r r r
todo t. Como r é ortogonal n0 a= r × v , vemos que r é ortogonal a n0 para
todo t. Portanto deve estar no plano P. (O plano P não é bem definido
r r r r r r r
= 0paralelo a r0 ,=ou
se v0 = 0 , ou r0 = 0, ou se v0 for 0 seja, quando l = 0.
r×p
Porém, nesses casos, é fácil observar que o movimento é sempre radial,
ainda mais restritivo que um movimento num plano. Lembre-se de que
já resolvemos na Aula 2 o movimento unidimensional de um corpo
em queda).
r r r
Tomando o eixo z na direção de l ,=ormovimento
×p ocorre no plano
xy. Em coordenadas planas polares, a Lagrangiana deste movimento é
1
L=
2
(
µ r& 2 + r 2φ&2 ) (8.11)
d
dt
(
µ r 2φ& = 0 ) (8.13)
CEDERJ 207
Mecânica | O movimento sob a ação de uma força central
ou
dVef (r)
µ &&
r=− (8.15)
dr
para φ(t).
Figura 8.2: Área varrida pelo raio vetor da partícula quando essa se desloca do
ponto P para o ponto Q.
1
∆S = r ( r + ∆r ) sen ∆φ (8.17)
2
dS 1 2 dφ
= r
dt 2 dt (8.18)
208 CEDERJ
MÓDULO 1
Da conservação do momento angular, Equação (8.13), temos
8
então que
AULA
dS 1 2 dφ
(qualquer for
(qualquer forçaa central) = r = constante (8.19)
dt 2 dt
d dφ d l d
= = (8.21)
dt dt dφ µ r 2 dφ
mos obter será mais fácil de resolver se também fizermos uma troca de
−1
variável independente de r para u = r . Fazendo isso,
l d (r )
−1
dr l dr l du
= = − =− (8.22)
dt µ r 2 dφ µ dφ µ dφ
d 2 r d dr l d l du l2 2 d2u
= = − = − u (8.23)
dt 2 dt dt µ r 2 dφ µ dφ µ 2 dφ 2
CEDERJ 209
Mecânica | O movimento sob a ação de uma força central
r = Ce kφ
(8.26)
onde C e k são constantes.
d2u d 2 1 k2 e − kφ k2
= = = (8.28)
dφ 2 dφ 2 r C r
210 CEDERJ
MÓDULO 1
Substituindo a Equação (8.28) na (8.25), encontramos para f(r)
8
AULA
− l 2 k2 1 − l 2 2
f (r) = + =
µr2 r r µr3
( k + 1) (8.29)
O PROBLEMA DE KEPLER
CEDERJ 211
Mecânica | O movimento sob a ação de uma força central
d2u µk
+u= 2 (8.30)
dφ 2 l
uh = A cos(φ − φ ′) (8.31)
1 µk
= u = 2 + A cos(φ − φ ′) (8.33)
r l
1 µk 1 µk
= 2 + A, = 2 − A, (8.34)
r1 l r2 l
212 CEDERJ
MÓDULO 1
k l2
8
Vef (r) = − + =E
r 2µ r 2 (8.35)
AULA
e, logo, 1/ 2
1 µ k µ k 2 µ E
2
= 2 + 2 + 2
r1 l l l
1/ 2 (8.36)
1 µ k µ k 2 µ E
2
= 2 − 2 + 2
r2 l l l
CEDERJ 213
Mecânica | O movimento sob a ação de uma força central
AS ÓRBITAS
x 2 + y 2 = α 2 − 2α ε x + ε 2 x 2 (8.42)
x2 + y2 = α 2 (8.43)
Figura 8.4: Órbita circular de raio α com centro na origem e, ao lado, gráfico do
potencial efetivo mostrando a energia total E da partícula nesta órbita.
214 CEDERJ
MÓDULO 1
• Elipse ( 0 < ε < 1)
8
AULA
Nesse caso, a Equação (8.42) pode ser reescrita como
(x + c) y2
+ =1 (8.44)
a2 b2
onde
α α
a= , b= , c = εa (8.45)
1− ε 2
1− ε2
Figura 8.5: Órbita elíptica com um dos focos na origem. No gráfico do potencial
efetivo, indicamos um valor típico da energia total E que corresponde a esse tipo
de órbita.
α
y 2 = α 2 − 2αε x = −2α (x − ) (8.46)
2
CEDERJ 215
Mecânica | O movimento sob a ação de uma força central
Figura 8.6: Órbita parabólica. Uma partícula nesse tipo de órbita tem energia total
igual a zero.
• Hipérbole (ε > 1). Quando(ε > 1), a Equação (8.39) mostra que
devemos ter E > 0 e a órbita não pode ser fechada, como é claro pela
existência de um único ponto de retorno.
Figura 8.7: Órbita hiperbólica. Note, do gráfico do potencial efetivo, que para a
energia total indicada, só há um ponto de retorno.
(x − c)2 y 2
− 2 =1 (8.47)
a2 b
onde
1 1
a= , b= , c = εa
ε −1
2
ε −1
2
(8.48)
216 CEDERJ
MÓDULO 1
AS LEIS DE KEPLER
8
AULA
Johannes Kepler chegou às suas três leis sobre o movimento dos
planetas através de dados observacionais de Tycho Brahe, seu antecessor
como astrônomo do imperador em Praga, e muita obstinação. Brahe
havia acumulado dados muito precisos sobre o movimento dos planetas.
As leis de Kepler são as seguintes:
Primeira lei:
Os planetas se movem em elipses tendo o Sol como um dos focos.
Ele chegou a essa lei que apresentava problemas para ser explicada
pelas teorias da época estudando, por seis anos, a órbita de Marte.
Esta, por sinal, é a órbita mais elíptica dos planetas para os quais Brahe
tinha uma grande quantidade de dados. A primeira lei segue, como nós
vimos, do fato de a força ser inversamente proporcional ao quadrado
da distância.
Segunda lei:
A linha ligando o Sol a um dado planeta varre áreas iguais em
tempos iguais.
Terceira lei:
O quadrado do período de revolução de um planeta é proporcional
ao cubo de sua distância média ao Sol.
4π 2 3
τ2 = a (8.49)
GM
CEDERJ 217
Mecânica | O movimento sob a ação de uma força central
2m 2m 2
τ = π ab = π a (1 − ε 2 )1 / 2 (8.51)
l l
RESUMO
218 CEDERJ
MÓDULO 1
8
A equação da órbita de uma partícula sob a ação de uma força central é dada por
AULA
d2u µ 1
+u=− 2 2 f
dφ 2
u l u
PROBLEMAS
r GMm
F=− rˆ
r2
8.3. Sistema solar com poeira. Imagine que o Sol fosse rodeado
por uma nuvem de poeira de densidade uniforme que se estendesse pelo
menos até a órbita da Terra. O efeito da nuvem de poeira seria modificar
a força gravitacional experimentada pela Terra, de modo que a energia
potencial gravitacional da Terra seria.
GMS MT 1 2
V (r) = − + kr
r 2
CEDERJ 219
Mecânica | O movimento sob a ação de uma força central
3k
ωr = ω02 +
MT
k λ
f (r) = −−
r2 r3
onde k e λ são constantes positivas.
(a) Suponha que λ < l 2 / µ e use a equação da órbita para mostrar
que a órbita é da forma
1 µk / l 2
= + A cos κθ
r(θ ) 1 − λµ / l 2
220 CEDERJ
MÓDULO 1
(b) Faça um gráfico da órbita para valores diferentes de k, tanto
8
valores racionais (por exemplo, 1, 3/2, 2), quanto valores irracionais (por
AULA
exemplo, 2 , ( 5 − 1)/2).. Quando as órbitas são periódicas? Mostre
que o movimento pode ser descrito por uma elipse em precessão.
CEDERJ 221
Mecânica | O movimento sob a ação de uma força central
222 CEDERJ
MÓDULO 1
A equação do movimento é
8
r
µ &&
r = f (r) r^
AULA
onde µ é a massa reduzida do sistema e f (r) = − dV / dr. No caso da
força gravitacional,
r krˆ
µ &&
r =− 2 (8.53)
r
r r r
(a) Seja L = µ r × r& o vetor momento angular. Nós já mostramos
que quando a força é central, como é o caso da força gravitacional,
r&
L = 0 . Tome o produto vetorial de ambos os lados da Equação (8.53)
r r
com&& kr&ˆ
r × L =e mostre que
r r
r × L = kr&ˆ
&&
r r r r r r r rr
Dica: você vai precisar da identidade vetorial a × (b × c) = (a ⋅ c) b − (a ⋅ b)c
r r r r r r r rr
a × (b × c) = (a ⋅ c) b − (a ⋅ b)c e também precisará mostrar que
r r r r& r r& r
&rˆ = d r = (r ⋅ r ) r − (r ⋅ r ) r
dt r r3
(b) Mostre então que
d r& r d
(r × L) = k ^r
dt dt
e conclua que o vetor r
r rr& × L
A= − rˆ
k
r r l2
A⋅r = − r^ (8.54)
µk
r r r r
&& kr&ˆ
r × L =. Fazendo
onde l é o módulo do momento angular A ⋅ r = Ar cos φ ,
podemos colocar a Equação (8.54) na forma
1 µk
= (A cos φ + 1)
r l2
Essa é a equação da órbita. Compare com a dedução da equação
da órbita no texto da aula. Note que o módulo vetor de Rugen-Lenz é
igual à excentricidade da órbita:
A=ε
CEDERJ 223
Mecânica | O movimento sob a ação de uma força central
SOLUÇÕES
l2 α (1 + ε )
r2 = rmax = = = a (1 + ε ) (8.55)
µ k (1 − ε ) (1 − ε 2 )
GMm
V (r2 ) = − (8.56)
a (1 + ε )
2
2m dS
T (r2 ) = (8.58)
a2 (1 + ε )2 dt
2
dS π 2 a2 b2 π 2 a 4 (1 − ε 2 )
= = (8.59)
dt τ2 τ2
2
dS GMa (1 − ε 2 ) (8.60)
=
dt 4
GMm (1 − ε )
T (r2 ) = (8.61)
2 a (1 + ε )
224 CEDERJ
MÓDULO 1
Somando a Equação (8.56) e a (8.61), temos a seguinte fórmula
8
para a energia total do movimento:
AULA
GMm
E=− (8.62)
2a
8.2. A primeira lei diz que a órbita do planeta é uma elipse com
o Sol num dos focos. A equação de uma elipse com semi-eixos maior e
menor a e b, respectivamente, e excentricidade ε tem a forma
1 a
= (1 + ε cos φ ) (8.63)
r b2
1 dr a dφ
2
= ε 2 senφ (8.65)
r dt b dt
dr 2ε a dS
= 2 senφ (8.66)
dt b dt
CEDERJ 225
Mecânica | O movimento sob a ação de uma força central
2
dS π 2 a 2 b2
= (8.69)
dt τ2
e assim,
4π 2 a3 (8.70)
ar = −
r 2τ 2
dV 4π 2 ma3
m ar = − =− 2 2 (8.71)
dr rτ
GMS MT 1 2 l2
Veff (r) = − + kr + (8.74)
r 2 2MT r 2
226 CEDERJ
MÓDULO 1
No último termo nós usamos a massa da Terra em vez da massa
8
reduzida, o que é aqui, uma boa aproximação uma vez que a massa do
AULA
Sol é muito maior que a massa da Terra. O esboço de Veff (r ) está na
figura a seguir:
dVeff GMS MT l2
=0= 2
+ kr0 − (8.75)
dr r0 MT r03
1 d Veff
2
( r − r0 )
2
Veff (r) ≈ Veff (r0 ) + (8.76)
2 dr 2 r = r0
d 2Veff
ωr = MT (8.77)
dr 2
r = r0
Agora,
d 2Veff 2l 2 (8.78)
3l 2
2 = − 4
− 2k + k +
dr r = r0 MT r0 MT r04
l2
= − 3k
MT r04
CEDERJ 227
Mecânica | O movimento sob a ação de uma força central
d 2Veff
2 = MT ω02 + 3k (8.79)
dr r = r0
Finalmente,
d 2Veff 3k
ωr = MT = ω02 +
dr 2 MT (8.80)
r = r0
e logo,
3k
ωp = ωr − ω0 = (8.82)
2MT ω02
d2u µ 1
+u=− 2 2 f
dφ 2 u l u (8.83)
µ
= − 2 ( −k − λ u )
l
Rearranjando os termos da Equação (8.83),
d2u µλ µk (8.84)
+ 1 − 2 u = 2
dφ 2
l l
w = A cos κ (θ − θ0 ) (8.87)
228 CEDERJ
MÓDULO 1
onde A e θ0 são
= 0 constantes de integração. Em termos de u = 1/r, nós
8
temos
AULA
1 µk / l 2
= + A cos κθ (8.88)
r(θ ) 1 − µλ / l 2
para θ de 0 a 40 π.
k mv 2
= (8.91)
R2 R
de onde concluímos que
1 k V
T= mv 2 = =− (8.92)
2 2R 2
CEDERJ 229
Mecânica | O movimento sob a ação de uma força central
r = RT + l / 2
(8.93)
de modo que a aceleração centrípeta do CM é
a = ω 2 ( RE + l / 2 ) (8.94)
GMT λ dr
RT + l
F=∫
RT r2
1 1 (8.96)
= GMT λ −
RT RT + l
GMm
=
RT (RT + l)
230 CEDERJ
MÓDULO 1
(c) A massa total do cabo multiplicada pela aceleração do centro
8
de massa é igual à força total sobre o cabo:
AULA
GMT m
m ω 2 ( RT + l / 2 ) = (8.97)
RT (RT + l / 2)
2GMT 2g
(x + 2)(x + 1) = = 2 (8.98)
ω RT
2 3
ω RT
CEDERJ 231
Mecânica | O movimento sob a ação de uma força central
GMT λ ∆r
Fr = T (r + ∆r) − T (r) − (8.99)
r2
dT GMT λ
= − λω 2 r (8.101)
dr r2
GMT
− ω 2 r0 = 0 (8.102)
r02
de modo que
1/ 3 1/ 3
GM gR2
r0 = 2 T = 2T
ω ω (8.103)
Note que este é o raio de uma órbita geossíncrona para uma massa
puntiforme. Pondo números, achamos: r0 = 42.340 km , ou 36.940 km
acima da superfície da Terra.
Para achar a tensão, precisamos integrar a equação (8.101):
dT 1 1 λω 2 2
( r − RT2 ) (8.104)
r
T (r) − T (RT ) = ∫ dr = GMT λ − + −
RT dr r RT 2
1 1 λω 2 2
Tmax = T (r0 ) = GMT λ − + −
2
( r0 − RT2 ) (8.105)
r0 RT
232 CEDERJ
MÓDULO 1
Agora, substituímos o valor de r0 nesta expressão e dividimos
8
pela área A da seção reta do cabo para obter a tração máxima
AULA
σ max = Tmax / A :
3 2/3
σ max = ρ gRT + ω 2 RT2 / 2 − ( gRT2 ω )
2 (8.106)
r r k r r r r r r
&&
r × L = 3 ((r ⋅ r ) r& − (r ⋅ r& ) r ) (8.109)
r
r
Fazendo o mesmo com r = rrˆ , encontramos
r
& ˆ + rr&ˆ
r& = rr (8.111)
Com esses dois últimos resultados, podemos escrever que
r r r r r r rr r rr
r 3r&ˆ = r 2 (rr&ˆ) = r 2 (r& − rr
& ˆ) = (r ⋅ r ) r& − (rr&) r = (r ⋅ r )r& − (r ⋅ r& )r (8.112)
CEDERJ 233
Mecânica | O movimento sob a ação de uma força central
r r
(b) Calculando a derivada de r& × L e usando a conservação do
momento angular e equação (8.113), temos
r
d r& r &&r r r& dL dr
(r × L) = r × L + r × =k (8.114)
dt dt dt
d r& r (8.115)
(r × L − kr) = 0
dt
Logo, o vetor
r
r rr& × L
A= − rˆ (8.116)
k
r r r r r r r
r r rr& × L r (r& × L) ⋅ r (r × r& ) ⋅ L l2
A⋅r = − rˆ ⋅ r = −r = −r = − r (8.117)
k k k µk
234 CEDERJ