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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Curso de Arquitetura e Urbanismo

Camila Santos de Rezende Chaves

PLANO DE TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO:


Revitalização do Centro Comercial da cidade de Ouro Branco – MG

Belo Horizonte
2014

1
Camila Santos de Rezende Chaves

PLANO DE TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO:


Revitalização do Centro Comercial da cidade de Ouro Branco – MG

Trabalho apresentado à disciplina


“Seminários do Trabalho Final de
Graduação”, da escola de Arquitetura e
Urbanismo da Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais.

Orientadora: Anna Christina Miana

Belo Horizonte
2014

2
SUMÁRIO

1. TEMA ........................................................................................................................................ 4

2. JUSTIFICATIVA .................................................................................................................... 5

3. O LUGAR ................................................................................................................................. 7
3.1. Vistas e Visadas ...................................................................................................... 9
3.2. Relevo ........................................................................................................................ 10
3.3. Vegetação e Hidrografia ....................................................................................11
3.4. Uso e Ocupação do Solo ...................................................................................12
3.5. Mobilidade ...............................................................................................................13

4. OBRAS ANÁLOGAS .........................................................................................................14


4.1. Reforma Centro Comercial Glorias ............................................................... 15
4.2. Fenouillet..................................................................................................................18
4.3. Les Portes de Rioges 2 ......................................................................................20

5. LEGISLAÇÃO ......................................................................................................................22

6. ANEXO I .................................................................................................................................23

7. ANEXO II................................................................................................................................ 28

3
1. O TEMA
O trabalho tem como tema a reestruturação e revitalização do centro
comercial da cidade de Ouro Branco – MG, localizada a 100 km de Belo Horizonte.
Ouro Branco é uma pequena cidade de interior, de aproximadamente 40 mil
habitantes, que foi planejada em função da siderúrgica Açominas, atualmente
Gerdau. Em 2007 foi instalado em suas proximidades um campus da Universidade
Federal de São João Del Rei, atraindo muitos estudantes para o local. A cidade
passa atualmente por um crescente e acelerado processo de desenvolvimento e,
portanto tem demandado serviços e infraestrutura em geral. A fim de acompanhar o
crescimento das necessidades da população, o centro comercial, ativo e
movimentado, teve sua estruturação física desenvolvida de forma caótica, gerando
problemas de fluxo, uso e qualidade estética.
O objetivo do trabalho é propor, através de parceria pública-privada, um
centro comercial com maior qualidade para atender a população, tendo como
público alvo os estudantes, que configuram atualmente a parcela da população que
mais reivindica mudanças na cidade. E assim, criar um ambiente funcional,
agradável e que auxilie o desenvolvimento da cidade, já que o comércio se configura
como importante influenciador na ordenação da cidade, contribuindo para a
conformação das principais áreas funcionais urbanas.
Os principais aspectos a serem contemplados em termos de projeto serão
áreas de lazer, alimentação, estacionamento, aproveitamento de espaços ociosos,
melhoramento da qualidade do transito e do entorno, e a homogeneização das
fachadas. Para tal, o objetivo é buscar um conhecimento mínimo em relações
comerciais (posicionamento de lojas, vitrines, etc), adequar o projeto à legislação
pertinente ao local, buscar dados estatísticos de população, renda e fluxos e buscar
produzir levantamento fotográfico e arquitetônico cuidadosos.

4
2. JUSTIFICATIVA

O tema e o lugar escolhidos tiveram antes mesmo do embasamento teórico,


arquitetônico e prático, suas razões explicadas por questões pessoais. Por ser
natural da cidade de Ouro Branco e por conhecer e manter contato com muitos de
seus habitantes foi possível identificar, de forma profunda, problemas que afetam os
moradores direta e indiretamente. Pelo fato de conhecer de perto os problemas da
cidade e ter tido a oportunidade de conhecê-los de forma tão próxima, foi possível
também reconhecer as potencialidades e ser capaz de propor uma solução viável.
Como foi dito anteriormente, Ouro Branco está passando por um momento de
mudanças desde a chegada do campus da Universidade Federal de São João Del
Rei nas proximidades da cidade em 2007. Segundo dados do IBGE a população de
jovens entre 20 e 24 anos cresceu em 23% entre os anos 2000 e 2010, ano do
último censo realizado. O crescimento da população jovem não tem sido
acompanhado da renovação da cidade, portanto demandas como lazer, comércio,
alimentação e transporte tem sido constantemente solicitadas.
O tema foi definido, portanto, inicialmente por concepções empíricas de que
os centros comerciais possuem capacidade de englobar e resolver boa parte de tais
demandas, devido a sua estrutura diversificada e em geral localização privilegiada.
Através da realização de uma pesquisa mais cuidadosa sobre o assunto, foi possível
encontrar dados consistentes para justificar a escolha do tema do presente trabalho.
Segundo dados do Ministério do Trabalho o comércio soma 3,1 milhões de
negócios de pequeno porte, onde a somatória das iniciativas do setor industrial, de
serviços e agropecuária resulta em 6,1 milhões de micro empresas em todo país.
Tais dados atraíram a atenção do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas (Sebrae). A entidade foi motivada a criar em 2012 um projeto que leva ao
país uma metodologia de revitalização de espaços comerciais.
A visão do Sebrae é de que, com a concorrência cada vez maior, os varejistas
devem estar em constante evolução, valorizando ambientes comerciais mais
seguros, acessíveis, confortáveis, qualificados, aliados a atividades de consumo e
entretenimento.
“A ideia é pegar um espaço comercial pouco atrativo e alterá-lo para que
possa atrair mais renda e mais clientes” (Juarez de Paula, gerente de Atendimento
Coletivo – Comércio do Sebrae)

5
A metodologia da entidade consiste em criar uma parceria entre o Sebrae,
instituições públicas e privadas locais afim de buscar resolver aspectos
tradicionalmente críticos, com impacto na sustentabilidade dos negócios e no
fortalecimento da identidade local. Segundo dados do “Termo de Referencia para
Revitalização de Espaços Comerciais” o conceito de revitalização de espaços
comerciais vem ao encontro dos projetos urbanísticos implantados em grandes
cidades de todo o mundo, como Barcelona, Madri, Buenos Aires, Paris e Londres.
Todas elas aliam o fornecimento de bens à prestação de serviço, ao conforto de um
espaço público bem-cuidado, seguro e preservado, sempre com a participação da
comunidade empresarial e dos cidadãos que ali moram e trabalham.

“O comércio de rua vem passando por um processo crítico de


sustentabilidade, confrontando toda a sua infraestrutura atual ao novo conceito de
consumo, em que o cliente busca ambientes mais seguros e confortáveis, aliando as
atividades de consumo e entretenimento. Então, o local delimitado para cada projeto
deverá mostrar mudança no campo visual, tornando-o mais agradável e atrativo,
demonstrando que o grupo de empresários está engajado na busca de melhorias
para os consumidores” (Kinchescki)

Portanto, do ponto de vista arquitetônico, podem ser tomadas ações como a


padronização do uso de fachadas, organização do espaço através do uso de
mobiliário urbano criando locais de convivência para os usuários, reformas de
passeio e pavimentação, favorecimento do deslocamento de pedestres através da
criação de circulação confortável, paisagismo e reformulação de vitrines.

A cidade de Ouro Branco possui público consumidor ativo e renda


suficientemente consistentes para abrigar esse tipo de projeto. Segundo dados do
IBGE o PIB per capita da cidade ultrapassa o de cidades como Belo Horizonte e
Contagem, portanto, possui também recursos incentivos para investir no setor.

6
3. O LUGAR

Ouro Branco é uma cidade de 35.268 habitantes, com área 258,726 km². Está
localizada na mesorregião Central Metropolitana do estado de Minas gerais, na
microrregião de Conselheiro Lafaiete. Partindo de Belo Horizonte é possível acessar
a cidade através da BR-40 e Estrada Real. A cidade está localizada nas
proximidades de cidades históricas como Ouro Preto e Congonhas.
A área de intervenção está localizada na principal avenida da cidade, no
Avenida Mariza de Souza Mendes (Ver Mapa Mobilidade) no Bairro Siderurgia (Ver
Mapa 4) e possui seis edificações construídas e um terreno vago, que servirá para
acolher mais vagas de estacionamento.

Mapa 1: Localização Mesorregião Mapa 2: Localização Microrregião


Central Metropolitana MG Conselheiro Lafaiete

Belo Horizonte

Ouro Branco

Fonte: Wikipedia¹ Fonte: Wikipedia²


Mapa 3: Localização Ouro Branco

Área de intervenção

Fonte: Instituto de geografia UFU³

¹ Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Mesorregi%C3%A3o_Metropolitana_de_Belo_Horizonte>


Acesso em: 02 abril 2014
2
Disponível em:< http://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_de_Conselheiro_Lafaiete> Acesso
em: 02 abril 2014. 7
3
Diponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/viewFile/16533/9544>
Acesso em 02 abril 2014.
Mapa 4: Bairro de Intervenção e Entorno Imediato

Bairro Inconfidentes

Bairro Pioneiros

Bairro Siderurgia
Área de intervenção

Fonte: Google Maps (Editado pela Autora)

Imagem 1: Vistas aéreas Imagem 2: Satélite / Localização

Fonte: Arquivo pessoal Fonte: Google Maps (Editado pela autora)

8
3.1. Vistas e Visadas

Fonte: Google Maps (Editado pela autora)

Imagem 3: Vista 1 Imagem 4: Vista 2

Imagem 5: Vista 3 Imagem 6: Vista 4

Imagem 7: Visada 5 Imagem 8: Visada 6

Fonte: Arquivo pessoal


9
3.2. Relevo

De acordo com o site oficial do município a Serra do Ouro Branco tem uma
área aproximada de 1.614 hectares. É uma elevação abrupta, formada por um
paredão com cerca de 20 km de extensão a sudeste, que delimita um planalto cuja
altitude varia entre 1.250 e 1.568 m e encostas íngremes a nordeste. Os solos, em
sua grande maioria, são arenosos, oriundos de rochas quartzíticas e uma pequena
porção, a nordeste, é constituída de solos argilosos, provenientes da formação
mineral tipo itabirito. É considerada o marco inicial sul da Cadeia do Espinhaço, que
compreende um grupo de serras com altitudes variáveis, ao longo de 1.100 km de
extensão, até a Bahia. Essa cadeia abriga um dos mais ricos ecossistemas do
mundo, os campos rupestres.4
Imagens 9 e 10 – Serra do Ouro Branco

5 6
Fonte: Wikipedia Fonte: Padre João

Mapa 5 – Cadeia do Espinhaço

Fonte: Jornal do Campus USP

4
Disponível em:<http://www.ourobranco.mg.gov.br/bus_ava.aspx?search=serra> Acesso em: 05 abril 2014
5
Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro_Branco_(Minas_Gerais)> Acesso em: 02 abril 2014
6
Disponível em:< http://www.padrejoao.com.br/2/index.asp> Acesso em: 02 abril 2014.
7
Diponível em: <http://www.jornaldocampus.usp.br/index.php/2012/09/nanuza-e-sua-vida-entre-os-
campos-floridos-da-serra-do-cipo/> Acesso em 02 abril 2014. 10
3.3. Vegetação e Hidrografia

A Serra do Ouro Branco é uma importante área de recarga das bacias do rio
Paraopeba e rio Doce. Apresenta uma grande quantidade de nascentes e cursos
d’água, que, em sua maioria, formam o Lago Soledade. Além disso, fornece toda a
água que é consumida pela cidade de Ouro Branco.
Foi criada a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) na Serra de
Ouro Branco (MG). Com 1.247 hectares, a reserva abriga espécies importantes da
flora brasileira, entre elas a Vriesea minarum, bromélia que está na lista de espécies
ameaçadas no País, e a Aspilia caudata, um tipo raro de margarida. A reserva, é
resultado da parceria entre a Gerdau e Instituto Estadual de Florestas do Sistema
Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais (Sisema).¹

Mapas 6 e 7 – Bacia Rio Doce

8 9
Fonte: Cemig Fonte: Ministério de Minas e Energia

Imagem 11 – Área de Preservação Imagem 12 – Insolação e Ventos Dominantes

10
Fonte: Map Store Fonte: Google Maps (Editado pela autora)

8
Disponível em:< http://www.cemig.com.br/pt-
br/A_Cemig_e_o_Futuro/sustentabilidade/nossos_programas/ambientais/peixe_vivo/Paginas/rio_do
ce.aspx> Acesso em: 20 abril 2014
9 11
Disponível em: <http://www.cprm.gov.br/alerta/site/municipios.html> Acesso em: 02 abril 2014
10
Disponível em:< http://mapstore.eco.br/index.php?route=product/product&product_id=34214 >
Acesso em: 02 abril 2014.
3.4. Uso e Ocupação do Solo
O mapa de Uso e Ocupação do solo do trecho extraído evidencia o
predomínio do uso residencial na área e da concentração de área de uso comercial
e misto nas proximidades e entorno do local selecionado para intervenção. Tal fato
demostra que tal concentração de comércio atende a toda área destacada em
amarelo, ou seja, reforça a necessidade de um centro comercial bem estruturado.
Mapas 8 – Uso e Ocupação do Solo

Fonte: Google Maps (Editado pela autora)

12
3.5. Mobilidade
O mapa de mobilidade demostra que a área de intervenção é atendida por
vias coletoras e a via principal da cidade, arterial. Porém, a área tem apresentado
transito pesado em horários de pico, dificultando o deslocamento da população, por
não possuir sinais de transito. O local é possui muitos pontos de ônibus, apesar da
frequência dos mesmos não atender às demandas dos usuários.

Mapa 9 - Mobilidade

Fonte: Google Maps (Editado pela autora)

Fonte: Produzido pela autora

13
4. OBRAS ANÁLOGAS

As obras análogas encontradas se tratam de projetos para centros comerciais


ao redor do mundo, idealizados pela empresa L35. Grupo internacional de
arquitetura, com escritórios em Madrid, Barcelona, Paris, Genebra, Istambul,
Casablanca, São Paulo, Bogotá e Santiago do Chile,
possui equipe formada por mais de duzentos profissionais, na maioria arquitetos e
um grupo de consultores especializados em todas as áreas de desenvolvimento de
projetos e obras. A experiência da L35 engloba todas as tipologias arquitetônicas em
projetos de grandes proporções e complexidade. Atualmente, desenvolvem muitos
projetos, entre eles, edifícios e sedes corporativas, edifícios residenciais, grandes
centros comerciais e de lazer e outras tipologias especializadas como hospitais e
hotéis. Além disso, a L35 participa de diversos concursos internacionais, não
somente em cidades onde o escritório está presente, como em lugares em que há
interesse em trabalhar e se estabelecer.
A escolha dos projetos se deu principalmente pela proximidade com o tema
proposto pelo presente trabalho, tanto com relação ao uso comercial, quanto à
tipologia, dos projetos citados. Particularidades como, fachada, emprego de
materiais e decisões projetuais foram também fundamentais durante a seleção.

14
4.1. Reforma do Centro Comercial Glorias

Localização Av. Diagonal 208. Barcelona, Espanha


Cliente Unibail-Rodamco
Tipologia Centros Comerciais e de Lazer
Área Construída 218.000 m2
Fase Em Obras

Após quinze anos, este conjunto comercial e de lazer, localizado em uma


área urbana em crescente desenvolvimento, passou por uma reforma integral e uma
pequena ampliação que permitiu completar e adequar às necessidades do novo
tecido e usos definidos pelo setor 22@.
A proposta consiste na abertura de um espaço coberto para adaptá-lo como
uma zona exterior de reunião e de lazer, ocupando por sua vez a atual praça central
com nova edificação, a prolongação da rua interior desde a Diagonal até a Gran Via
e atingindo uma das ruas no nível subterrâneo, para facilitar o aceso com conexão
direta desde a rua adjacente. Todo o projeto foi planejado com grande simplicidade
e clareza, mediante um desenho que contemple com expressividade os aspectos
formais ambientais.11
Imagem 13 – Fachada

11
Fonte: L35

11
Disponível em:< http://www.l35.com/pt/proyectos.php?id_tipo=1> Acesso em: 04 abril 2014.
15
O projeto possui soluções interessantes para a área de convivência proposta,
com efeitos de luz e sombra gerados por coberturas diferenciadas que utilizam
estruturas metálicas a favor tanto da sustentação quanto da estética do espaço
aliadas ao uso de cores estimulantes. Além do emprego de diferentes materiais e
texturas, como o piso com sua geometria particular, paredes revestidas por
mosaicos e o vidro que aparece tanto na composição da fachada quanto em
algumas coberturas, permitindo a passagem da luz. O uso de vegetação e
iluminação também são bastante explorados nos espaços abertos, proporcionando
sensação de acolhimento e bem estar ao local.

Imagem 14 – Circulação

11
Fonte: L35

Imagem 15 – Área de convivência

11
Fonte: L35

16
Imagem 16 – Detalhe Cobertura Imagem 17- Circulação

11
Fonte: L35

O projeto 22@barcelona é o nome dado ao trabalho de planejamento urbano e


intervenções que vem sendo realizado no bairro de Poble Nou, na cidade de
Barcelona. A área, antes industrial, que abrigava fábricas e casas de operários, vem
passando por um processo de transformações urbanas, vistas com bons olhos por
uns e criticadas por outros.
Foram selecionados imóveis de valor histórico, que estão preservados e as
demais construções consideradas sem valor de preservação, foram demolidas para
dar espaço à construção de novos edificios residenciais e de escritórios, bem como,
a construção de novas áreas verdes, como por exemplo, o parque de Poblenou,
projetado pelo escritório de Jean Nouvel. O projeto vem sendo desenvolvido pelo
Ayuntamiento de Barcelona, desde 2000, e várias ações já estão sendo
concretizadas, almejando renovações sociais,economicas e urbanas para aquela
área. 12

12
Disponível em:< http://kakiafonso.blogspot.com.br/2009/01/22barcelona-requalificao-
urbana.html> Acesso em: 04 abril 2014. 17
4.2. Fenouillet

Localização Toulouse, França


Cliente Groupe Casino
Tipologia Centros Comerciais e de Lazer
Área Construída 27.500 m2
Fase Anteprojeto

O projeto consiste na reforma e ampliação de um Shopping existente,


requalificando sua imagem através da criação de uma fachada urbana e
reordenando os espaços em um terreno desarticulado. Foram criados novos
espaços de circulação e convivência, tanto nas áreas internas, quanto nas externas.
A circulação interna é feita através de uma rua com pracinhas ajardinadas,
reforçando a imagem urbana do local. O projeto pertence a uma nova geração de
edifícios integrados com o entorno, por meio da criação de espaços de alta
qualidade ambiental, diferentemente dos tradicionais shoppings urbanos.13

Imagem 18 - Fachada

18
O projeto destaca-se pelo o uso da água nos locais externos de uso comum,
trazendo ao ambiente uma maior sensação de proximidade com a natureza e dessa
forma atraindo o público. Nas fachadas percebe-se a mistura da leveza do vidro com
o rústico revestimento de tijolo cerâmico, proporcionando ao mesmo tempo
modernidade e tradição à construção. Além disso, as vitrines são muito bem projetas
e destacadas de forma a não passarem despercebidas aos olhos do publico
consumidor.

Imagem 19 - Lojas

11
Fonte: L35

19
4.3. Les Portes de Rioges 2

Localização Roanne, França


Cliente Apsys
Tipologia Centros Comerciais e de Lazer
Área Construída 15.600 m2
Fase Anteprojeto

O projeto está situado em uma zona muito especial, entre duas localizações
urbanas muito diferentes: de um lado, estão a via oeste e um hipermercado,
elementos fixos e já estabelecidos e por outro, uma zona residencial em
crescimento. Por esses motivos e por ser uma área de 2 hectares, natural e úmida, a
área foi caracterizada como um cinturão verde no centro da cidade.
Para enfatizar a ideia do elemento de diálogo da cidade com a natureza, o projeto
apresentou um jogo de volumetrias e peles que apresentam diferentes escalas e
criam uma imagem que se integra com o entorno.14

Imagem 20 - Fachada

11
Fonte: L35

20
O principal foco do projeto é a integração com o entorno e por isso reúne
decisões tanto arquitetônicas quanto paisagísticas e urbanísticas, caracterizando um
ambiente de convivência e consumo agradável, funcional e, sobretudo
ambientalmente correto. A padronização das fachadas com a utilização da madeira,
tanto no revestimento quanto no pergolado é um elemento de destaque, pois
proporciona uma unidade visual agradável, além de criar espaços sombreados e
iluminados. Percebe-se também uma maior organização do entorno devido à
presença de estacionamento, evitando carros parados nas ruas, melhorando assim
a circulação.

Imagem 21 - Entorno

11
Fonte: L35

21
5. LEGISLAÇÃO (Ver extratos das leis em ANEXO I)

De acordo com a Lei de Uso e Ocupação do Solo n° 1.794 do município de


Ouro Branco, fica estabelecido que a área de intervenção está localizada em uma
Zona de Adensamento Restrito 3 (ZAR3) (Ver Mapa de Zoneamento – Anexo II).
Esse zoneamento é assim denominado pelo grau de restrição em decorrência dos
lotes e da proximidade com a Serra do Ouro Branco, pelo fato desta ser
caracterizada como Área de Preservação.
Para fins de construtivos, é importante destacar que segundo a mesma lei, na
ZAR3 fica definido o Coeficiente Máximo de Aproveitamento igual a 1,5, Taxa
Máxima de Ocupação igual a 60%, Taxa Mínima de Permeabilidade igual a 20%,
Afastamento Frontal Mínimo igual a 3,0 metros, Afastamento Lateral Mínimo igual a
1,5 metro e Altura Máxima da Edificação igual a 6,0 metros.
Devido ao uso comercial do local de intervenção é importante destacar que
ainda de acordo com a Lei n° 1.794, usos comerciais local, intermediário, regional e
misto são permitido na Avenida Mariza de Souza Mendes, localização do objeto de
estudo.
Além disso, devido à proposição de ampliação do número de vagas de
estacionamento do local tem-se que em centros comerciais o número mínimo
exigido de vagas é de uma vaga para cada 35m² sendo 5% delas destinadas a
vagas especiais para deficientes físicos.
Dadas tais informações, será possível adequar o projeto à legislação e assim
produzir um trabalho viável do ponto de vista legal.

22
6. ANEXO I

Da legislação aplicável ao terreno selecionado para desenvolvimento do


presente trabalho a Lei n° 1.794 prevê:

CAPÍTULO II
DO ZONEAMENTO
Seção I
Do Macrozoneamento

Art. 10. A Área de Preservação corresponde às porções do território municipal


destinadas à criação de unidades de conservação para a Serra do
Ouro Branco, bem como das áreas de preservação permanente, reservas e matas
naturais, e ainda as vilas ou localidades e as áreas utilizadas e passíveis de uso
rural, nela inseridas.
Seção II
Do Zoneamento de Usos

Art. 14. As Zonas de Adensamento Restrito – ZAR são subdivididas, de acordo com
o grau de adensamento desejado para cada região, em:

III - ZAR3 - Zona de Adensamento Restrito 3, regiões com índice médio


de restrição em decorrência do dimensionamento dos lotes e de sua proximidade à
Serra de Ouro Branco;

CAPÍTULO III
DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Seção II
Dos Tipos de Usos

Art. 26. O uso comercial será classificado, de acordo com o Anexo II,em:
I - uso comercial local;
II - uso comercial intermediário;
III - uso comercial regional.

§ 1º. O uso comercial local será:

III - permitido em ZAR3 somente nas vias: Av. Mariza Souza Mendes;
Av. Intendente Câmara; Av. Frederico Varnhagem; Av. Barão de Eschwege;
Av. Cônego Luiz Vieira da Silva; Av. João Monlevade;

§ 2º. O uso comercial intermediário será:

III - permitido em ZAR3 somente nas vias: Av. Mariza Souza Mendes;
Av. Intendente Câmara; Av. Frederico Varnhagem; Av. Barão de Eschwege;
Av. Cônego Luiz Vieira da Silva; Av. João Monlevade;

§ 3º. O uso comercial regional será:


I - proibido em ZE2, ZIH, ZPAM1, ZPAM2, ZAR3 e ZAR4;

23
Art. 29. O uso misto, caracterizado como aquele em que os usosresidenciais,
comerciais e de serviços são compatíveis, será permitidoapenas em ZAR2, ZC, ZIH
e ZEIS.

II - permitido em ZAR3 somente nas vias: Av. Mariza Souza Mendes;


Av. Intendente Câmara; Av. Frederico Varnhagem; Av. Barão de Eschwege;
Av. Cônego Luiz Vieira da Silva; Av. João Monlevade;

Seção V
Dos Estacionamentos

Art. 39. As áreas de estacionamento são aquelas consideradas destinadas a


absorver os veículos das vias de trânsito.

Parágrafo único. O número mínimo exigido de vagas por edificações obedecerá às


seguintes proporções:

Centros comerciais 1 (uma) vaga para cada 35m²

Art. 40. Os estacionamentos garantirão a seguinte proporção de vagas para


deficientes físicos:

IV – 5% (cinco por cento) de vagas especiais para mais de 31 (trinta e uma) vagas
comuns.

CAPÍTULO IV
DOS PARÂMETROS URBANÍSTICOS
Seção II
Do Coeficiente Máximo de Aproveitamento e do Coeficiente Mínimo de
Aproveitamento

Art. 45. Os coeficientes máximo e mínimo de aproveitamento são definidos para


cada zona, de acordo com a seguinte tabela:

ZONA Coeficiente Máximo de Coeficiente Mínimo de


Aproveitamento - CA Aproveitamento
ZAR3 1,5 0,15

§ 1º. Na Avenida Mariza de Souza Mendes, da altura do Rotor (Praça Ozanan


Coelho) ate a altura da Avenida Cônego Luiz Vieira da Silva, que se encontra
delimitada respectivamente na ZAR2, ZAR3 e ZAR4, e, nas Avenidas Maria Firmina
e Raymundo Campos, para lotes a partir de 360 m2, serão aplicáveis os seguintes
coeficientes: coeficiente máximo de aproveitamento = 2,1 e coeficiente mínimo de
aproveitamento = 0,15.

24
Seção III
Da Taxa Máxima de Ocupação e da Taxa Mínima de Permeabilidade

Art. 48. A taxa máxima de ocupação e a taxa mínima de permeabilidade são


definidos para cada zona, de acordo com a seguinte tabela:

ZONA Taxa Máxima de Taxa Mínima de


Ocupação - TO Permeabilidade - TP
ZAR3 60% 20%

Seção IV
Dos Afastamentos Frontal, Lateral e de Fundos

Art. 52. Os afastamentos frontal, lateral e de fundos são definidos para cada zona,
de acordo com a seguinte tabela:

ZONA Afastamento Afastamento Afastamento de


Frontal Mínimo Lateral Mínimo Fundos Mínimo
ZAR3 3,0m 1,5 -

Seção V
Das Alturas Máximas das Edificações e das Divisas

Art. 55. As alturas máximas das edificações e na divisa são definidas para cada
zona, de acordo com a seguinte tabela:

ZONA Altura Máxima da Altura Máxima da Divisa


Edificação
ZAR3 6,0m Não permite

§ 2º. Na Avenida Mariza de Souza Mendes, da altura do Rotor (Praça Ozanan


Coelho) até a altura da Avenida Cônego Luiz Vieira da Silva, que se encontra
delimitada respectivamente na ZAR2, ZAR3 e ZAR4, e, nas Avenidas Maria Firmina
e Raymundo Campos, para lotes a partir de 360 m², a altura máxima da edificação
será de 15 m e a altura máxima na divisa será de 5m.

CAPÍTULO V
DO PARCELAMENTO DO SOLO
Seção II
Do Parcelamento do Solo em Área Urbana ou de Expansão Urbana

Art. 66. As dimensões mínimas do lote, bem como sua testada mínima são definidos
para cada zona, conforme a seguinte tabela:

25
ZONA Dimensão Mínima do Testada Mínima do Lote
Lote
ZAR3 240m² 12m

Da legislação aplicável ao terreno selecionado para desenvolvimento do


presente trabalho a Lei n° 1320/2001 prevê:

TÍTULO II
CONDIÇÕES PARA O LICENCIAMENTO DE OBRAS

CAPÍTULO II
LICENÇA PARA EXECUÇÃO DE OBRAS
Art. 10 Depende de licença, mediante a aprovação do respectivo projeto, a execução
de obras de construção total ou parcial, de demolição, de modificações, acréscimos,
reformas de edifícios ou particulares, marquises e muros no alinhamento do
logradouro.

Art. 11 A licença será concedida por meio de Alvará, mediante requerimento dirigido
ao Secretário Municipal de Obras e Serviços Urbanos, instruído com os seguintes
documentos:

I - Projeto arquitetônico;
II - Documento hábil que comprove as dimensões do lote, de acordo com as
transações do Registro Geral de Imóveis, bem como a aprovação, pela Prefeitura,
do respectivo loteamento;

TÍTULO V
CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES

Art. 97 São consideradas edificações comerciais e serviços aquelas destinadas às


atividades relativas à compra e venda e a prestação de serviços, bem como os
respectivos escritórios e depósitos.
Parágrafo Único – Essas edificações identificam-se como lojas, armazéns, bares,
restaurantes, açougues, mercados, escritórios, hotéis, pensões e similares, oficinas
e postos de serviço de veículos e outros, com os respectivos compartimentos
destinados a atividades complementares.
Art. 98 Além das exigências constantes do presente capítulo, as edificações
comerciais e serviços deverão atender as exigências relativas às edificações em
geral e aquelas constantes da tabela 1 e 2 que integram este código, e ainda:

I - Possuir pelo menos uma instalação sanitária;


II - Nos agrupamentos de lojas os sanitários poderão ser agrupados, sendo
separados por sexo e em número correspondente no mínimo, a duas para cada
100m² (cem metros quadrados) de área útil. Essas instalações poderão ser
localizadas no mesmo pavimento ou no que lhe for imediatamente superior ou
inferior.

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Art. 99 As edificações comerciais e serviços cumprirão as determinações deste
código, relativas à prevenção contra incêndio.
Art. 100 As edificações comerciais destinadas a drogarias e farmácias deverão,
atender o disposto nas normas do Ministério da Saúde, que regulamentam o
assunto.
Art. 101 Nas edificações comerciais e serviços destinados a escritório, lojas e
serviços de veículos, os elementos construtivos básicos como estrutura, pisos,
paredes, tetos e escadas serão de material incombustível.

CAPÍTULO V
EDIFICAÇÕES MISTAS

Art. 120 São consideradas edificações mistas aqueles que reúnem em um mesmo
bloco arquitetônico, ou em um conjunto integrado de blocos, dois ou mais tipos de
usos.

Art. 121 Para cada tipo de uso deverão ser atendidas as exigências a ele relativas,
especificadas neste código.
Art. 122 Nas edificações mistas, onde houver a destinação residencial, serão
obedecidas as seguintes condições:
I - Os pavimentos destinados ao uso residencial serão agrupados contiguamente.
II - No pavimento de acesso e ao nível de cada piso, os vestíbulos, “halls”, e
circulação horizontais e verticais, relativas a cada uso ou tipo, serão
obrigatoriamente independentes entre si.

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7. ANEXO II - MAPA ZONEAMENTO

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 Referencias: BRASIL. Lei n° 1.794, de 31 de maio de 2010. Institui a Lei de Uso,


Ocupação e Parcelamento do solo do município de Ouro Branco, altera a Lei n°
1.619, de 2007 que institui o Plano Diretor Participativo e dá outras providências.
Disponível em: <http://www.ourobranco.mg.gov.br/leg_lis.aspx> Acesso em: 10 abril
2014.

 BRASIL. Lei n° 1320/2001. Institui o código de obras do município de ouro


branco e dá outras providências e revoga a lei nº 1.241/99. Disponível em:
<http://www.ourobranco.mg.gov.br/leg_lis.aspx> Acesso em: 10 abril 2014.

 SEBRAE. Captação de Recursos para revitalização de espaços


comerciais. Disponível em:
<http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/Capta%C3%A7%C3%A3o-
de-recursos-para-revitaliza%C3%A7%C3%A3o-de-espa%C3%A7os-
comerciais> Acesso em: 10 abril 2014.

 SEBRAE. Comércio de rua. Disponível em:


<http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/Com%C3%A9rcio-de-
rua> Acesso em: 10 abril 2014.

 VALLIM, Alberto. Revitalização de Espaços Comerciais. Disponível em:


<http://varejosebrae.blogspot.com.br/2013/04/revitalizacao.html> Acesso em:
05 abril 2014.

 IBGE. Infográfico: dados gerais do município. Disponível em: <


http://www.cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?codmun=314590&search=m
inas-gerais%7Couro-branco%7Cinfogr%E1ficos:-dados-gerais-do-
munic%EDpio&lang=> Acesso em: 19 abril 2014.

 IBGE. Sinopse do Censo Demográfico 2010. Disponível em: <


http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=26&uf=31>
Acesso em: 19 abril 2014.

 L35 Arquitetura Urbanismo Desenho. Disponível em: <


http://www.l35.com/pt/index.php> Acesso em: 20 abril 2014.

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