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Belo Horizonte
2014
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Camila Santos de Rezende Chaves
Belo Horizonte
2014
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SUMÁRIO
1. TEMA ........................................................................................................................................ 4
2. JUSTIFICATIVA .................................................................................................................... 5
3. O LUGAR ................................................................................................................................. 7
3.1. Vistas e Visadas ...................................................................................................... 9
3.2. Relevo ........................................................................................................................ 10
3.3. Vegetação e Hidrografia ....................................................................................11
3.4. Uso e Ocupação do Solo ...................................................................................12
3.5. Mobilidade ...............................................................................................................13
5. LEGISLAÇÃO ......................................................................................................................22
6. ANEXO I .................................................................................................................................23
7. ANEXO II................................................................................................................................ 28
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1. O TEMA
O trabalho tem como tema a reestruturação e revitalização do centro
comercial da cidade de Ouro Branco – MG, localizada a 100 km de Belo Horizonte.
Ouro Branco é uma pequena cidade de interior, de aproximadamente 40 mil
habitantes, que foi planejada em função da siderúrgica Açominas, atualmente
Gerdau. Em 2007 foi instalado em suas proximidades um campus da Universidade
Federal de São João Del Rei, atraindo muitos estudantes para o local. A cidade
passa atualmente por um crescente e acelerado processo de desenvolvimento e,
portanto tem demandado serviços e infraestrutura em geral. A fim de acompanhar o
crescimento das necessidades da população, o centro comercial, ativo e
movimentado, teve sua estruturação física desenvolvida de forma caótica, gerando
problemas de fluxo, uso e qualidade estética.
O objetivo do trabalho é propor, através de parceria pública-privada, um
centro comercial com maior qualidade para atender a população, tendo como
público alvo os estudantes, que configuram atualmente a parcela da população que
mais reivindica mudanças na cidade. E assim, criar um ambiente funcional,
agradável e que auxilie o desenvolvimento da cidade, já que o comércio se configura
como importante influenciador na ordenação da cidade, contribuindo para a
conformação das principais áreas funcionais urbanas.
Os principais aspectos a serem contemplados em termos de projeto serão
áreas de lazer, alimentação, estacionamento, aproveitamento de espaços ociosos,
melhoramento da qualidade do transito e do entorno, e a homogeneização das
fachadas. Para tal, o objetivo é buscar um conhecimento mínimo em relações
comerciais (posicionamento de lojas, vitrines, etc), adequar o projeto à legislação
pertinente ao local, buscar dados estatísticos de população, renda e fluxos e buscar
produzir levantamento fotográfico e arquitetônico cuidadosos.
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2. JUSTIFICATIVA
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A metodologia da entidade consiste em criar uma parceria entre o Sebrae,
instituições públicas e privadas locais afim de buscar resolver aspectos
tradicionalmente críticos, com impacto na sustentabilidade dos negócios e no
fortalecimento da identidade local. Segundo dados do “Termo de Referencia para
Revitalização de Espaços Comerciais” o conceito de revitalização de espaços
comerciais vem ao encontro dos projetos urbanísticos implantados em grandes
cidades de todo o mundo, como Barcelona, Madri, Buenos Aires, Paris e Londres.
Todas elas aliam o fornecimento de bens à prestação de serviço, ao conforto de um
espaço público bem-cuidado, seguro e preservado, sempre com a participação da
comunidade empresarial e dos cidadãos que ali moram e trabalham.
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3. O LUGAR
Ouro Branco é uma cidade de 35.268 habitantes, com área 258,726 km². Está
localizada na mesorregião Central Metropolitana do estado de Minas gerais, na
microrregião de Conselheiro Lafaiete. Partindo de Belo Horizonte é possível acessar
a cidade através da BR-40 e Estrada Real. A cidade está localizada nas
proximidades de cidades históricas como Ouro Preto e Congonhas.
A área de intervenção está localizada na principal avenida da cidade, no
Avenida Mariza de Souza Mendes (Ver Mapa Mobilidade) no Bairro Siderurgia (Ver
Mapa 4) e possui seis edificações construídas e um terreno vago, que servirá para
acolher mais vagas de estacionamento.
Belo Horizonte
Ouro Branco
Área de intervenção
Bairro Inconfidentes
Bairro Pioneiros
Bairro Siderurgia
Área de intervenção
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3.1. Vistas e Visadas
De acordo com o site oficial do município a Serra do Ouro Branco tem uma
área aproximada de 1.614 hectares. É uma elevação abrupta, formada por um
paredão com cerca de 20 km de extensão a sudeste, que delimita um planalto cuja
altitude varia entre 1.250 e 1.568 m e encostas íngremes a nordeste. Os solos, em
sua grande maioria, são arenosos, oriundos de rochas quartzíticas e uma pequena
porção, a nordeste, é constituída de solos argilosos, provenientes da formação
mineral tipo itabirito. É considerada o marco inicial sul da Cadeia do Espinhaço, que
compreende um grupo de serras com altitudes variáveis, ao longo de 1.100 km de
extensão, até a Bahia. Essa cadeia abriga um dos mais ricos ecossistemas do
mundo, os campos rupestres.4
Imagens 9 e 10 – Serra do Ouro Branco
5 6
Fonte: Wikipedia Fonte: Padre João
4
Disponível em:<http://www.ourobranco.mg.gov.br/bus_ava.aspx?search=serra> Acesso em: 05 abril 2014
5
Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro_Branco_(Minas_Gerais)> Acesso em: 02 abril 2014
6
Disponível em:< http://www.padrejoao.com.br/2/index.asp> Acesso em: 02 abril 2014.
7
Diponível em: <http://www.jornaldocampus.usp.br/index.php/2012/09/nanuza-e-sua-vida-entre-os-
campos-floridos-da-serra-do-cipo/> Acesso em 02 abril 2014. 10
3.3. Vegetação e Hidrografia
A Serra do Ouro Branco é uma importante área de recarga das bacias do rio
Paraopeba e rio Doce. Apresenta uma grande quantidade de nascentes e cursos
d’água, que, em sua maioria, formam o Lago Soledade. Além disso, fornece toda a
água que é consumida pela cidade de Ouro Branco.
Foi criada a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) na Serra de
Ouro Branco (MG). Com 1.247 hectares, a reserva abriga espécies importantes da
flora brasileira, entre elas a Vriesea minarum, bromélia que está na lista de espécies
ameaçadas no País, e a Aspilia caudata, um tipo raro de margarida. A reserva, é
resultado da parceria entre a Gerdau e Instituto Estadual de Florestas do Sistema
Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais (Sisema).¹
8 9
Fonte: Cemig Fonte: Ministério de Minas e Energia
10
Fonte: Map Store Fonte: Google Maps (Editado pela autora)
8
Disponível em:< http://www.cemig.com.br/pt-
br/A_Cemig_e_o_Futuro/sustentabilidade/nossos_programas/ambientais/peixe_vivo/Paginas/rio_do
ce.aspx> Acesso em: 20 abril 2014
9 11
Disponível em: <http://www.cprm.gov.br/alerta/site/municipios.html> Acesso em: 02 abril 2014
10
Disponível em:< http://mapstore.eco.br/index.php?route=product/product&product_id=34214 >
Acesso em: 02 abril 2014.
3.4. Uso e Ocupação do Solo
O mapa de Uso e Ocupação do solo do trecho extraído evidencia o
predomínio do uso residencial na área e da concentração de área de uso comercial
e misto nas proximidades e entorno do local selecionado para intervenção. Tal fato
demostra que tal concentração de comércio atende a toda área destacada em
amarelo, ou seja, reforça a necessidade de um centro comercial bem estruturado.
Mapas 8 – Uso e Ocupação do Solo
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3.5. Mobilidade
O mapa de mobilidade demostra que a área de intervenção é atendida por
vias coletoras e a via principal da cidade, arterial. Porém, a área tem apresentado
transito pesado em horários de pico, dificultando o deslocamento da população, por
não possuir sinais de transito. O local é possui muitos pontos de ônibus, apesar da
frequência dos mesmos não atender às demandas dos usuários.
Mapa 9 - Mobilidade
13
4. OBRAS ANÁLOGAS
14
4.1. Reforma do Centro Comercial Glorias
11
Fonte: L35
11
Disponível em:< http://www.l35.com/pt/proyectos.php?id_tipo=1> Acesso em: 04 abril 2014.
15
O projeto possui soluções interessantes para a área de convivência proposta,
com efeitos de luz e sombra gerados por coberturas diferenciadas que utilizam
estruturas metálicas a favor tanto da sustentação quanto da estética do espaço
aliadas ao uso de cores estimulantes. Além do emprego de diferentes materiais e
texturas, como o piso com sua geometria particular, paredes revestidas por
mosaicos e o vidro que aparece tanto na composição da fachada quanto em
algumas coberturas, permitindo a passagem da luz. O uso de vegetação e
iluminação também são bastante explorados nos espaços abertos, proporcionando
sensação de acolhimento e bem estar ao local.
Imagem 14 – Circulação
11
Fonte: L35
11
Fonte: L35
16
Imagem 16 – Detalhe Cobertura Imagem 17- Circulação
11
Fonte: L35
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Disponível em:< http://kakiafonso.blogspot.com.br/2009/01/22barcelona-requalificao-
urbana.html> Acesso em: 04 abril 2014. 17
4.2. Fenouillet
Imagem 18 - Fachada
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O projeto destaca-se pelo o uso da água nos locais externos de uso comum,
trazendo ao ambiente uma maior sensação de proximidade com a natureza e dessa
forma atraindo o público. Nas fachadas percebe-se a mistura da leveza do vidro com
o rústico revestimento de tijolo cerâmico, proporcionando ao mesmo tempo
modernidade e tradição à construção. Além disso, as vitrines são muito bem projetas
e destacadas de forma a não passarem despercebidas aos olhos do publico
consumidor.
Imagem 19 - Lojas
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Fonte: L35
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4.3. Les Portes de Rioges 2
O projeto está situado em uma zona muito especial, entre duas localizações
urbanas muito diferentes: de um lado, estão a via oeste e um hipermercado,
elementos fixos e já estabelecidos e por outro, uma zona residencial em
crescimento. Por esses motivos e por ser uma área de 2 hectares, natural e úmida, a
área foi caracterizada como um cinturão verde no centro da cidade.
Para enfatizar a ideia do elemento de diálogo da cidade com a natureza, o projeto
apresentou um jogo de volumetrias e peles que apresentam diferentes escalas e
criam uma imagem que se integra com o entorno.14
Imagem 20 - Fachada
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Fonte: L35
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O principal foco do projeto é a integração com o entorno e por isso reúne
decisões tanto arquitetônicas quanto paisagísticas e urbanísticas, caracterizando um
ambiente de convivência e consumo agradável, funcional e, sobretudo
ambientalmente correto. A padronização das fachadas com a utilização da madeira,
tanto no revestimento quanto no pergolado é um elemento de destaque, pois
proporciona uma unidade visual agradável, além de criar espaços sombreados e
iluminados. Percebe-se também uma maior organização do entorno devido à
presença de estacionamento, evitando carros parados nas ruas, melhorando assim
a circulação.
Imagem 21 - Entorno
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Fonte: L35
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5. LEGISLAÇÃO (Ver extratos das leis em ANEXO I)
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6. ANEXO I
CAPÍTULO II
DO ZONEAMENTO
Seção I
Do Macrozoneamento
Art. 14. As Zonas de Adensamento Restrito – ZAR são subdivididas, de acordo com
o grau de adensamento desejado para cada região, em:
CAPÍTULO III
DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Seção II
Dos Tipos de Usos
Art. 26. O uso comercial será classificado, de acordo com o Anexo II,em:
I - uso comercial local;
II - uso comercial intermediário;
III - uso comercial regional.
III - permitido em ZAR3 somente nas vias: Av. Mariza Souza Mendes;
Av. Intendente Câmara; Av. Frederico Varnhagem; Av. Barão de Eschwege;
Av. Cônego Luiz Vieira da Silva; Av. João Monlevade;
III - permitido em ZAR3 somente nas vias: Av. Mariza Souza Mendes;
Av. Intendente Câmara; Av. Frederico Varnhagem; Av. Barão de Eschwege;
Av. Cônego Luiz Vieira da Silva; Av. João Monlevade;
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Art. 29. O uso misto, caracterizado como aquele em que os usosresidenciais,
comerciais e de serviços são compatíveis, será permitidoapenas em ZAR2, ZC, ZIH
e ZEIS.
Seção V
Dos Estacionamentos
IV – 5% (cinco por cento) de vagas especiais para mais de 31 (trinta e uma) vagas
comuns.
CAPÍTULO IV
DOS PARÂMETROS URBANÍSTICOS
Seção II
Do Coeficiente Máximo de Aproveitamento e do Coeficiente Mínimo de
Aproveitamento
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Seção III
Da Taxa Máxima de Ocupação e da Taxa Mínima de Permeabilidade
Seção IV
Dos Afastamentos Frontal, Lateral e de Fundos
Art. 52. Os afastamentos frontal, lateral e de fundos são definidos para cada zona,
de acordo com a seguinte tabela:
Seção V
Das Alturas Máximas das Edificações e das Divisas
Art. 55. As alturas máximas das edificações e na divisa são definidas para cada
zona, de acordo com a seguinte tabela:
CAPÍTULO V
DO PARCELAMENTO DO SOLO
Seção II
Do Parcelamento do Solo em Área Urbana ou de Expansão Urbana
Art. 66. As dimensões mínimas do lote, bem como sua testada mínima são definidos
para cada zona, conforme a seguinte tabela:
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ZONA Dimensão Mínima do Testada Mínima do Lote
Lote
ZAR3 240m² 12m
TÍTULO II
CONDIÇÕES PARA O LICENCIAMENTO DE OBRAS
CAPÍTULO II
LICENÇA PARA EXECUÇÃO DE OBRAS
Art. 10 Depende de licença, mediante a aprovação do respectivo projeto, a execução
de obras de construção total ou parcial, de demolição, de modificações, acréscimos,
reformas de edifícios ou particulares, marquises e muros no alinhamento do
logradouro.
Art. 11 A licença será concedida por meio de Alvará, mediante requerimento dirigido
ao Secretário Municipal de Obras e Serviços Urbanos, instruído com os seguintes
documentos:
I - Projeto arquitetônico;
II - Documento hábil que comprove as dimensões do lote, de acordo com as
transações do Registro Geral de Imóveis, bem como a aprovação, pela Prefeitura,
do respectivo loteamento;
TÍTULO V
CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES
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Art. 99 As edificações comerciais e serviços cumprirão as determinações deste
código, relativas à prevenção contra incêndio.
Art. 100 As edificações comerciais destinadas a drogarias e farmácias deverão,
atender o disposto nas normas do Ministério da Saúde, que regulamentam o
assunto.
Art. 101 Nas edificações comerciais e serviços destinados a escritório, lojas e
serviços de veículos, os elementos construtivos básicos como estrutura, pisos,
paredes, tetos e escadas serão de material incombustível.
CAPÍTULO V
EDIFICAÇÕES MISTAS
Art. 120 São consideradas edificações mistas aqueles que reúnem em um mesmo
bloco arquitetônico, ou em um conjunto integrado de blocos, dois ou mais tipos de
usos.
Art. 121 Para cada tipo de uso deverão ser atendidas as exigências a ele relativas,
especificadas neste código.
Art. 122 Nas edificações mistas, onde houver a destinação residencial, serão
obedecidas as seguintes condições:
I - Os pavimentos destinados ao uso residencial serão agrupados contiguamente.
II - No pavimento de acesso e ao nível de cada piso, os vestíbulos, “halls”, e
circulação horizontais e verticais, relativas a cada uso ou tipo, serão
obrigatoriamente independentes entre si.
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7. ANEXO II - MAPA ZONEAMENTO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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