Todos os dragões em

uma única revista!

Kids & Dragons

Space Dragon
e Old Dragon
 FLYING APE

EDITORIAL 3 Correio Voador

Por Moreno & Nascimento
4
Atributos no Kids &
Fala macacada, tudo bem com vocês? Dragons
Por David Lucena
É com muito prazer que escrevo este editorial
do mais novo lançamento do estúdio Flying 6 Usando monstros do
Ape: o Ergastulum. Aí você me pergunta, o
que afinal significa Ergastulum? Segundo o
AD&D no Old Dragon
Por Fabiano Neme
dicionário, ergastulum ou ergástulo é o mes-
mo que cárcere, calabouço ou masmorra. Ou 10 Rajadas de tiros em
seja, nossa tão querida dungeon que sempre
gostamos de explorar e nos aventurar, en-
Space Dragon
Por Igor Moreno
frentando perigos e conquistando tesouros! E
é o que você encontrará nesta revista virtual. 12 Novo monstro: Demônio
Há um tempo atrás, meu amigo Igor “Spa- das Sombras
ce” Moreno já a havia lançado em formatos Por Igor Moreno & Guilherme Nascimento
menores, um pequeno aperitivo para a fome
insaciável dos jogadores e entusiastas do 13 Item Mágico: Adaga das
RPG. E agora, aquele aperitivo se tornou o
Novas Oportunidades
prato principal, trazendo até você leitor, uma
Por Thiago Righetti
gama de novidades e dicas para incrementar
seus jogos. O melhor? Totalmente gratuito e
com a colaboração de David Lucena, Fabi-
14 Aventura: O Antigo
ano Neme (Redbox) e Thiago Righetti (blog Templo dos Elementais
Moostache). Por Guilherme Nascimento
Nesta edição de número 0, teremos uma
regras especiais para: inclusão de atributos
18
Nerold, o elfo algoz de
em Kids & Dragons, adaptar os monstros mortos-vivos
do AD&D para o Old Dragon, usar rajadas Por Igor Moreno & Guilherme Nascimento
de tiros em Space Dragon e como tornar os
ataques de flechas mais perigosos e mortais. 19
Tabelas Aleatórias:
Temos também um NPC e um novo monstro gerador de plots para
para Old Dragon. E, simultaneamente, para aventuras
OD e K&D temos um novo item mágico, uma Por Igor Moreno & Guilherme Nascimento
aventura completa e tabelas com ganchos
para novas aventuras! 20
Tornando flechas mais
O que tá esperando? Boa leitura e um grande perigosas
abraço simiesco. Por Igor Moreno
 FLYING APE

CORREIO VOADOR
Este espaço estará destinado a res-
ponder quaisquer e-mails que rece-
bamos (através do endereço contato@
flyingape.com.br) e que sejam de re-
levância suficiente para estarem aqui.
Ou talvez todos. Não sabemos ainda.
Para esta edição compilamos uma
pequena lista de perguntas e respos-
tas de dúvidas que – achamos – que
podem surgir entre os leitores. Caso
sua dúvida não tenha sido respondida
daqui, cogite enviá-la para o endere-
ço de e-mail citado anteriormente. Fi-
caremos muito felizes em respondê-la!
O que é Flying Ape? É uma
editora?
Gostamos de chamar de “estúdio”.
Isso porque criamos conteúdo que
achamos legal acima de tudo. E como
nunca lançamos material que não ti-
vesse sido escrito por Guilherme Nas-
cimento ou Igor Moreno, achamos que
“editora” seria um pouco pretensioso
demais.
Mas o Ergastulum tem material
de outros autores!
Vish... é mesmo. Temos que ver essa
questão aí então.
Ele vai ser gratuito para
sempre?
Só o tempo dirá. Esta edição #00 na-
turalmente é completamente gratuita e
sempre o será. Dependendo da recep-
ção do público podemos cogitar algu-
ma quantia simbólica para os próxi-
mos números.
Posso enviar material para ser
publicado aqui?
Com certeza! É só mandar para con-
tato@flyingape.com.br que responde-
remos assim que possível.
Que tipo de material pode ser
publicado?
Tudo que tenha a ver com RPGs, ué. De
preferência os de pegada old school
e/ou com temática de fantasia. Kids &
Dragons, Old Dragon, D&D da Grow,
Space Dragon, Dungeon World... tá
tudo valendo! Naturalmente é neces-
sário ser o criador do conteúdo que
for enviar. Nada de traduções ou re-
publicações – ao menos por enquanto.

Qual vai ser a periodicidade

do Ergastulum?
Inicialmente pensamos em fazê-lo bi-
mestralmente. Com certeza gostaría-
mos de fazer um desses por semana,
mas naturalmente é impossível seja
pela necessidade de gerar e reunir
conteúdo quanto de editoração, dia-
gramação e etc.

3
KIDS & DRAGONS
ATRIBUTOS NO KIDS & DRAGONS
Por David Lucena
No RPG Kids & Dragons não temos
atributos, por ser um sistema mais
introdutório voltado para crianças, a
idéia de vários números acumulados
na ficha poderia confundir a cabeça
dos mais jovens. Tendo como base a
“regra do d6”, associamos cada uma
das classes de personagens a um dos
seis atributos básicos do D&D, os
sistema “pai” do K&D.
Assim, cada uma das classes teria uma
vantagem nos testes do seu atributo
representativo, seguindo também o
modelo de atributos principais do D&D
da Grow, com algumas diferenças. A
ideia surgiu a partir dos brasões dos
digiescolhidos do anime Digimon, onde
cada símbolo representa as virtudes
das crianças, tais como: coragem,
amizade, amor, esperança, etc. Então,
quando um aventureiro for realizar
uma tarefa que tenha a ver com seu
atributo, ele recebe um benefício no
teste, tornando-o um degrau mais fácil,
Guerreiro - Força
Pequenino
Destreza
4
de acordo com a regra do d6. Assim,
uma façanha física difícil seria média
para um guerreiro, e controlar um
animal enfurecido seria mais fácil para
o elfo, por exemplo.
Força (Guerreiro): A Força é principal
característica do Guerreiro, ela repre-
senta a sua musculatura e habilidade
em combate, assim como a capacida-
de de realizar façanhas físicas que ne-
nhum outro aventureiro seria capaz de
fazer, como erguer rochas pesadas ou
entortar barras de ferro.
Destreza (Pequenino): A Destreza é o
atributo que traduz as habilidades do
Pequenino, representando sua agilida-
de, equilíbrio, coordenação motora e
seus reflexos rápidos. É graças a sua
Destreza que o Pequenino é tão bom
em desarmar armadilhas, abrir fecha-
duras e se infiltrar em vários lugares
sem ser notado, assim como sua ponta-
ria utilizando a atiradeira.
Anão - Constituição

Constituição (Anão): A Constituição é
a habilidade inata de todo Anão, ela
representa sua alta resistência e saúde
acima da média. Os anões costumam
viver bastante e raramente são vistos
abatidos, tendo uma enorme disposi-
ção para o trabalho duro nas minas.
Toda essa vitalidade é atribuída ao
fato de nascerem da rocha, segundo
alguns.
Inteligência (Mago): A Inteligência é
uma característica presente em todo
Mago, caso contrário não seria capaz
de dominar os mistérios da magia.
Com sua alta inteligência o Mago é
capaz de desvendar enigmas arcanos,
idiomas esquecidos e memorizar se-
gredos e truques mágicos.
Sabedoria (Clérigo): A Sabedoria é a
maior virtude do bom Clérigo, através
dela ele guarda seus companheiros em
sua jornada, ela representa seu juízo,
intuição, bom senso e força de vonta-
de.
Carisma (Elfo): O Carisma representa
a habilidade do Elfo em lidar com a
Mago
Inteligência
Clérigo - Sabedoria
KIDS & DRAGONS
natureza e os animais, sua empatia e
sua beleza natural. Os elfos são cal-
mos e conseguem dialogar com qual-
quer pessoas e acalmar algumas feras
selvagens. As princesas elfas costumam
ser as mais belas.
A REGRA DO D6 NO K&D
O artigo baseia-se no uso desta regra,
que em realidade já faz parte das me-
cânicas do Kids & Dragons. Trata-se de
rolar 1d6 de acordo com a dificuldade
da tarefa a ser executada sendo neces-
sário ter um resultado igual ou inferior
ao listado na tabela a seguir.
Rolagem Dificuldade
1 Muito difícil
2 Difícil
3 Média
4 Fácil
5 Muito fácil
6 Falha automática
Elfa - Carisma
5
 OLD DRAGON

USANDO MONSTROS DO AD&D

NO OLD DRAGON
Por Fabiano Neme

Apesar de possuir uma forte influência ra considerando não o THAC0, mas

das edições antigas do D&D, o Old
Dragon possui uma mecânica bastante
distinta daqueles jogos. Para aprovei-
tar a imensa quantidade de monstros
já lançados para o AD&D, segue um
guia simples de conversão de estatísti-
cas, que irá ampliar o leque de criatu-
ras disponíveis para o mestre:
Bônus de ataque: diferentemente do
Old Dragon, em que os monstros pos-
suem uma progressão específica para
cada um, no AD&D as progressões dos
monstros são baseadas na quantidade
de dados de vida que possuem.
Com relação ao THAC0, que é a forma
de ataque utilizada no AD&D 2E, e à
tabela de ataque utilizada no AD&D
1E, a progressão do ataque de uma
criatura com base na quantidade de
dados de vida que possui, podemos
estabelecer a seguinte conversão, ago-
sim a base de ataque do monstro, com
base na quantidade de dados de vida
que possui. É claro que discrepâncias
ocorrerão, como em toda adaptação.
Ainda mais comparando o Old Dragon
com o AD&D, onde o primeiro possui
um ataque específico para cada criatu-
ra e o segundo possui uma progressão
de ataque com base na quantidade de
dados de vida que a criatura possui.
Dano por ataque: a conversão do
dano causado no AD&D para o Old
Dragon é bastante simples. O AD&D
apresenta a abrangência de pontos de
dano causados (por exemplo 3-18).
Isso significa que a criatura causa no
mínimo 3 pontos de dano em um ata-
que e no máximo 18. Para conversão
para o Old Dragon, basta substituir,
nesse caso, o 3-18 por 3d6, pois tam-
bém causa dano que varia entre 3 e
18.

Classe de armadura: já a classe de

DV BA DV BA
armadura é muito mais simples de se
<1 +0 9 +9 converter: basta subtrair 19 do valor
1 +1 10 +9 da classe de armadura do AD&D que
se chegará ao valor da classe de ar-
2 +2 11 +11
madura do Old Dragon. No caso de
3 +3 12 +11 uma criatura com classe de armadura
4 +3 13 +13 negativa, ao invés de se subtrair de 19,
o valor negativo será somado ao 19.
5 +5 14 +13
6 +5 15 +14 Jogada de proteção: no AD&D (e no
7 +7 16+ +14 BD&D, no caso), as jogadas de prote-
ção são bastante diferentes das realiza-
8 +7 das no Old Dragon. Primeiro de tudo,

6
 OLD DRAGON

muitas vezes os valores das jogadas de AD&D (1d20) Old Dragon (2d6)
proteção sequer são referidos no mons-
tro, apresentando apenas a indicação 2 2
de uma classe de personagem e o nível 3 3
correspondente. Assim, se a indicação 4-5 4
da classe for guerreiro, ladrão, anão
ou halfling, utiliza-se a progressão de 6-7 5
jogadas de proteção da classe Ladrão 8-9 6
no Old Dragon. Já caso a indicação de 10-11 7
classe for elfo, clérigo ou mago, utiliza-
-se a progressão de jogadas de prote- 12-13 8
ção da classe Clérigo no Old Dragon. 14-15 9
16-17 10
As jogadas de proteção propriamente
ditas são divididas de forma diferente 18-19 11
no Old Dragon e no AD&D. Enquan- 20 12
to no AD&D temos 5 jogadas de pro-
teção, no Old Dragon temos apenas Premiações: a quantidade de XP con-
uma, que é subdividida em 3 (Destre- cedidos no AD&D pode ser utilizada
za, Constituição e Sabedoria), depen- tranquilamente no Old Dragon sem
dendo do caso. qualquer tipo de adaptação.

Tesouro: a forma como o tesouro é con-

AD&D Old Dragon cedido no AD&D é consideravelmente
Baforada de Destreza diferente da forma como é concedida
dragão no Old Dragon. Como regra geral,
uma criatura de até 1 D.V. concede
Paralisia, veneno Constituição
10% do XP em ouro. Uma criatura de
Encantamento, Sabedoria 2-5 D.V. concede 15% do XP em ouro.
ilusão Uma criatura de 6-10 D.V. concede
Morte Sem modificador 20% do XP em ouro. Uma criatura de
11-20 D.V. concede 25% do XP em
Varinhas, cetros, Depende do
ouro. Uma criatura acima de 20 D.V.
cajados, Magia objetivo do
concede 30% do XP em ouro. É claro
personagem*.
que essa conversão acarretará discre-
* Se ele pretende esquivar da magia lançada, pâncias comparando monstros no Old
o modificador é o da Destreza. Se pretende
resistir à magia lançada, o modificador é o da Dragon e no AD&D. Caso seja do inte-
Constituição. Se pretende desacreditar a ma- resse do mestre em reduzir essa discre-
gia lançada, o modificador é o da Sabedoria. pância, é possível alterar em 5% para
mais ou para menos a quantidade de
Moral: no AD&D, a moral do monstro ouro concedida por D.V. Para prêmios
é escalonada de 1-20, enquanto no em covil, considere sempre um acrésci-
Old Dragon a moral vai de 2-12. Para mo de 20% ao total concedido. Ainda,
conversão, siga a tabela a seguir. caso seja do interesse do mestre em,

7
 OLD DRAGON
além do ouro concedido, entregar itens
mágicos aos jogadores, existe 10% de
chance, por D.V. da criatura, de que
ela esteja de posse de um item mágico.
Movimentação e Tamanho: a movi-
mentação e o tamanho dos monstros
no AD&D podem ser utilizados no Old
Dragon sem adaptação, a não ser no
que diz respeito ao sistema métrico,
pois o AD&D utiliza a medição em pés,
enquanto o Old Dragon utiliza em me-
tros.
Resistência à magia e Redução de
dano: a resistência à magia e a redu-
ção de dano no AD&D podem ser uti-
lizadas tranquilamente no Old Dragon
sem qualquer tipo de adaptação.
APLICANDO AS REGRAS NA PRÁTICA
Para exemplificar a conversão de um
monstro do AD&D para o Old Dragon
escolhemos uma criatura reconhecível
daquele sistema - embora admitamos
que não seja a mais popular ou mes-
mo interessante - mas que também seja
do folclore popular, de modo que não
houvesse impedimento de propriedade
intelectual em seu uso.
E o escolhido foi o Catoblepas! Este
não-tão-simpático monstro figura em
relatos medievais, e acredita-se que
tenha sido criado após contatos com
gnus, originários do continente africa-
no.
Suas estatísticas de jogo foram con-
vertidas a partir das apresentadas no
AD&D 2e, que não serão reproduzidas
8
aqui. Quanto a seus atributos, inexis-
tentes originalmente, adotamos os mes-
mos apresentados por um búfalo ou
bisão no Bestiário do Old Dragon.
Iniciando com seu BA, verificamos que
o Catoblepas tem 6+2 DV, o que signi-
fica que nas regras do Old Dragon ele
terá um bônus de ataque de +5. Seu
ataque com a cauda que causa 1-6
pontos de dano é facilmente converti-
do para 1d6, adicionando também o
dano extra pela Força elevada que ele
agora apresenta.
Como sua JP não é referenciada nas
regras do AD&D, escolhemos o valor
médio de 15 usando a tabela TA1-1 do
Bestiário, que indica um valor entre 17
e 14. Sua moral varia originalmente
entre 11-12, portanto neste caso esco-
lhemos o melhor valor e a convertemos
com a tabela fornecida anteriormente,
chegando a um total de Moral 8.
O valor de XP fornecido pela criatura
foi mantido e sua quantidade de te-
souro calculada conforme as dicas de
conversão, pois embora trate-se de um
animal sua habilidade especial de ma-
tar com um olhar pode já ter levado a
vida de aventureiros que provavelmen-
te carregavam algo de valor consigo.
Sua movimentação é bem reduzida,
totalizando 6 pés. Convertendo para
o sistema métrico chegamos a um re-
sultado de 1,8288 que prontamente
arredondamos para 2 metros. As me-
cânicas de suas demais estatísticas de
jogo foram inalteradas, com a Jogada
de Proteção adequada sendo adotada
para o olhar mortal do Catoblepas.

CATOBLEPAS
Grande e Neutro - Pântanos
Encontros 1d2
Prêmios 20%, 60% de 1 IM
XP 975 XP
Movimento 2m
Moral 8
FOR21 CON12 SAB12
DES11 INT2 CAR5
CA 12
JP 15
DV 6+2 (38/56)
Ataques
1 ataque com cauda +10
(1d6+5, paralisia)
OLD DRAGON
HABILIDADES ESPECIAIS
PARALISIA: qualquer um que seja
atingido pela cauda do Catoblepas
tem uma chance de 75% de ser para-
lisado por 1d10 turnos. Esta chance
é reduzida em 5% para cada nível
acima do 1º ou para cada Dado de
Vida adicional no caso de monstros e
animais.
OLHAR MORTAL: uma criatura que
olhar nos olhos do Catoblepas a até
18 metros deve fazer uma JP modi-
ficada pela Constituição ou morrerá
automaticamente.
Esta jogada só é feita caso o alvo
esteja ativamente tentando evitar o
olhar da criatura, e caso o grupo seja
surpreendido há uma chance em 1d6
de que alguém tenha sido morto auto-
maticamente pelo monstro.
9
 SPACE DRAGON
RAJADAS DE TIROS EM SPACE DRAGON
Por Igor Moreno
No final do mês de Janeiro/2014 tive
a oportunidade de comparecer ao 7º
RPG Macaé, evento mensal realizado
na famosa capital brasileira do petró-
leo, que embora esteja a quase três
horas de viagem de Cabo Frio ainda
faz parte do coletivo de municípios e
distritos conhecidos como Região dos
Lagos. Conheci muita gente bacana
(um cidadão levou até uma fullplate!)
e narrei uma aventura de Space Dra-
gon com bastante dinossauros e outras
bizarrices.
A aventura estará disponível em algum
ponto deste ano para download no site
oficial do sistema. O que trago a vocês
neste artigo é uma regra que improvi-
sei na hora para um personagem que
quis usar seu rifle de plasma para fazer
uma rajada de tiros contra os robôs do
maligno Império Duragoniano que se
aproximavam perigosamente. De acor-
do com as regras um único alvo pode
ser acertado com um disparo, portanto
o que fazer?
Para começo de conversa era necessá-
rio determinar o CP que o jogador de-
veria acertar para atingir os alvos. O
modo fazer isso era tirando uma média
dos coeficientes de proteção dos alvos.
Todos os robôs estavam adjacentes e
tinham CP 13, portanto neste caso não
foi difícil determinar a média. Então o
jogador deveria conseguir um resulta-
do 13 para acertar a rajada de tiros
nos alvos. Mas e se o CP fosse diferen-
ciado? E se as distâncias entre os alvos
fossem maiores? Primeiro, não permite
10
realizar rajadas contra alvos que esti-
vessem separados por uma distância
maior que a metade do alcance mínimo
da arma. No caso do rifle de plasma,
os alvos podem estar no máximo a 7,5
metros de distância pois o alcance da
arma é 15. Quaisquer penalidades por
distância até os alvos são computadas
com relação ao alvo mais próximo do
atirador. Portanto se o robô mais pró-
ximo estivesse a 20 metros o jogador
teria penalidade de -2 na rolagem de
ataque, ignorando a distância maior
para os demais alvos.
Para calcular rapidamente a média do
CP basta subtrair o menor do maior
valor e adicionar 10. Desta forma três
alvos com CP 13, 13 e 17 seriam atin-
gidos por uma rajada com um resulta-
do 14 ou maior (17-13=4, 4+10=14).
Depois disso determinei que o dano
seria dividido entre todos os alvos. A
arma do jogador causava 1d10 de
dano, e no primeiro ataque ele conse-
guiu um 7. Eram três robôs, portanto
seria necessário fazer a divisão 7:3, o
que não dá um número exato. Desse
modo o que fiz foi arredondar para o
número divisível por 3 mais próximo
(para baixo), que era 6. Como a divi-
são de 6:3 é 2, esse foi o dano aplica-
do a todos os alvos, exceto o primeiro.
O ponto de dano restante foi aplicado
no alvo mais próximo, totalizando 3,
2 e 2 pontos de dano respectivamen-
te. Caso o restante fosse mais do que
1 ponto de dano bastaria aplicá-lo ao
alvo mais perto.

Exemplo: um homem espacial se en-
contra numa enrascada contra uma
lula da areia (CP 12), um lagarto do
deserto (CP 14) e dois homens lagarto
(CP 14). Ele tem um rifle laser (1d8) e
deseja fazer uma rajada de tiros para
tentar se safar.
O CP a ser atingido é 12 (14-12=2,
2+10=12), e o alvo mais próximo são
os dois homens lagarto que estão a 10
metros. Como isso não acarreta pena-
lidade para um rifle laser (distância
mínima 15 metros), não há penalidade
na rolagem.
SPACE DRAGON
Após o ataque ser bem-sucedido o per-
sonagem consegue 6 de dano. Como
não é divisível por quatro ele arredon-
da para o divisor mais próximo (4) e
causa portanto 1 de dano em cada
alvo (4:4=1). Sobrando 2 pontos, o ho-
mem lagarto mais próximo recebe esse
dano adicional. Desta forma um ho-
mem lagarto sofreu 3 pontos de dano
enquanto o outro recebeu 1, junto com
o lagarto do deserto e a lula da areia.
11
 NOVO MONSTRO

MONSTRO PARA OLD DRAGON:

DEMÔNIO DAS SOMBRAS
Médio e Caótico - Qualquer

Encontros 1 HABILIDADES ESPECIAIS

Prêmios Covil 300% e 1 IM
XP 61 XP NASCIDO DAS SOMBRAS: o demônio
Movimento 9m, voando 15m das sombras existe apenas na forma
Moral 7 de ausência de luz, não possuindo um
corpo material sólido. Isso faz com
FOR10 CON12 SAB12 que ataques tenham 50% de chance
DES18 INT16 CAR10 de falha contra ele. Qualquer rolagem
de ataque feita contra a criatura cujo
CA 14 resultado natural no dado seja um nú-
JP 16 mero ímpar é uma falha, independen-
DV 1 (6/9) temente de superar sua CA ou não.
RD 5/magia
TOQUE DAS SOMBRAS: ao desferir
Ataques um ataque, o Demônio das Sombras
1 toque das sombras +1 (ver texto) pode optar por imbuir a vítima com
suas sombras, tornando-a não mais
DESCRIÇÃO
que uma marionete, caso esta não
O Demônio das Sombras é uma
passe num teste de JP baseado em
criatura criada através de magia,
Sabedoria. Em caso de falha o alvo
geralmente por magos poderosos ou
fica catatônico e acata uma sugestão
liches, e, mais raramente, por dragões
simples do monstro (como a magia
caóticos (5% de chance do dragão
Sugestão) ou apenas é imobilizado.
ter um Demônio das Sombras como
lacaio, 30% se for um Dragão das
Sombras). Geralmente se parece com
uma sombra humanóide dotada de
asas, com tamanho variando entre
60cm até 2m de altura, podendo
expandir ou diminuir por
vontade própria dentro deste
limite.
O Demônio das Sombras
geralmente executa missõ-
es de espionagem, acom-
panhando os passos dos
inimigos de seu mestre,
além de ser resistente a
ataques físicos.

12
 ITEM MÁGICO

ADAGA DAS NOVAS OPORTUNIDADES

Por Thiago Righetti
- Se prepare goblin ardiloso, este meu
golpe vai acabar com sua vilania!
- Grahhhh... não... não...
KLANK!, uma espada bate na pedra e
fica presa.
- Droga! Saia daí de uma vez...
- Hahahaha... tome ishu humanu
malditooo!
-...
E assim tomba ao chão mais um aven-
tureiro azarado. Foi pensando nesse
tipo de situação que o mago Eronius
Ravasz decidiu criar uma arma que
fosse, até certo ponto, a prova de azar.
Após meses de estudo e coleta dos ma-
térias necessários, finalmente Eronius
foi capaz de encantar uma adaga com
um feitiço capaz de oferecer uma nova
oportunidade cada vez que ela fosse
brandida de maneira incorreta, erran-
do seu alvo. Nascia assim a Adaga
das Novas Oportunidades.
KIDS & DRAGONS
Adaga das Novas Oportunidades
Três vezes por combate permite rolar
novamente o ataque, caso o mesmo
não tenha sido bem sucedido. Confere
bônus de +1 ao dano, mas não ao
ataque. Pode ser usada por qualquer
classe, incluindo o Mago.
OLD DRAGON
Adaga das Novas Oportunidades
Tamanho P
Dano 1d4+1
Alcance 3/6/9
Iniciativa +10
Peso 0,2 Kg
Três vezes por combate permite rolar
novamente o ataque, caso o mesmo
não tenha sido bem sucedido.

Esse item é capaz de, magicamente,

oferecer uma nova oportunidade para
cada ataque errado por parte de seu
portador.

Porém, depois que a adaga foi rou-

bada de Eronius por um grupo de la-
dinos, a mesma perdeu seus poderes
plenos. Dizem que o mago busca até
hoje o grupo de ladinos, com sede de
vingança contra aqueles que tomaram
para si tão prezado item mágico.

13
 AVENTURA
O ANTIGO TEMPLO DOS ELEMENTAIS
PARA PERSONAGENS DE 1º E 2º NÍVEIS DE OLD DRAGON E KIDS & DRAGONS
Por Guilherme Nascimento
O clérigo do grupo recebe uma missão
do sumo-sacerdote Wilfred. Reencon-
trar uma relíquia do deus da coragem
Sael, um cálice dourado guardado a
centenas de anos no antigo Templo dos
Elementais. O templo se encontra nas
montanhas geladas, ao norte da Vila
Esmeralda. O clérigo deve reunir os
outros heróis e partir em busca da relí-
quia sagrada. Os heróis contarão com
o equipamento inicial, comida, capas
de inverno e uma poção de cura cada.
JOGANDO A AVENTURA EM OD
É possível narrar esta aventura com
as regras do OD. Para tanto utilize
as informações dadas ao longo
do texto, porém faça as alteraçõ-
es indicadas [entre colchetes]. As
estatísticas de jogo dos monstros são
fornecidas de maneira a referenciar
criaturas existentes no Manual Bá-
sico ou no Bestiário. Recomenda-se
que a aventura seja narrada para
um grupo misto com representantes
de todas as raças e classes.
1. Chegando no Templo
Os heróis devem atravessar uma velha
ponte de madeira entre as montanhas.
Abaixo há um abismo gelado e o
vento sopra furiosamente, fazendo
com que a travessia da ponte pareça
mais assustadora. Do outro lado está
a entrada do templo, cravada na
montanha. Quatro colunas cercam os
imensos portões de pedra, entalhados
em relevo.
14
O portão tem 5 metros de altura por 4
de largura e aparenta ser bem pesa-
do. Ele só será aberto se pelo menos
3 personagens o empurrarem [Força
combinada igual a 20].
2. O Templo dos Elementais
Ao abrir o portão os heróis avançam
num corredor de aproximadamente
20 metros. O local é escuro e o cheiro
aparenta ser uma mistura de mofo com
terra molhada. A medida que avan-
çam, os heróis percebem que seus pés
afundam no que parece ser lama (ex-
ceto o elfo). Ao chegarem em uma es-
pécie de antecâmara, eles estarão com
lama até os joelhos. Na parede oposta
há um portão e uma corrente pendura-
da ao lado deste. Nesta hora, surgirá
um ser humanoide feito de terra para
cada herói presente.
Elementais menores da Terra
[Mov 3 | Tesouro: Nenhum | XP: 50]
DV 1 [3pvs] CA 6 | Resistência 15
Ataque (d20+CA do oponente) 19
Habilidade Especial: o Elemental da
Terra pode envolver um herói em um
ataque bem-sucedido. Ele deve fazer
um Teste de Resistência [Teste resistido
de Força] para escapar, ou ficará preso
sofrendo 1 ponto de dano por rodada.
[Pode-se utilizar as estatísticas do go-
blin do Bestiário, junto com a Habili-
dade Especial indicada]
Após se livrarem das criaturas os heróis
podem acessar a câmara seguinte pu-
xando a corrente para abrir o portão.

3. Salão dos Quatro Elementos
Assim que os heróis entrarem nesta
câmara, a porta fechará atrás deles.
Este salão de 10x10 metros está vazio,
e possui apenas um pedestal com
uma alavanca. No pedestal há uma
inscrição e próximo a alavanca há
uma runa. No pedestal está a seguinte
inscrição em uma língua ancestral:
“O destruidor arde em sua alma
ó valente guerreiro
o calor dele te acalma
te aquece o inverno inteiro
O indomável se movimenta
se agita causando erosão
tenhas cuidado quando ele sopra
e se transforma em furacão
Enquanto a indispensável sussurra
e desce a corrente
ela refresca e sacia
mas te afoga na torrente
Da mais firme me fiz homem
A mãe de todos nós
ao final todos somem
Nem ossos ficam de vós”
O poema descreve a sequência correta
das alavancas que devem ser aciona-
das para que se abra a passagem para
o salão seguinte. Ao acionar a ala-
vanca do pedestal (que possui a runa
fogo), surge uma ampulheta no centro
do pedestal, marcando o tempo para
se acionar as alavancas que surgem
nas paredes oeste, leste e norte. As
alavancas são: parede oeste - ar, leste -
água, norte - terra. Caso o tempo aca-
be ou se acione a alavanca incorreta, o
teto começará a descer sobre os heróis.
AVENTURA
Acionando as alavancas corretas, o
pedestal descerá até pouco abaixo do
nível do piso e uma escadaria surgirá
adiante conforme os blocos vão se mo-
vendo.
4. Câmara do Fogo
A escada do salão anterior leva até a
câmara de fogo. Faz muito calor nesta
sala e há um cheiro forte de enxofre.
Os heróis devem passar num teste de
resistência [JP modificada pela Cons-
tituição] ou se sentirão compelidos a
voltar para o salão acima.
A câmara de fogo tem 15x15 metros,
uma ponte de 6 metros de largura leva
até uma grande porta de pedra na pa-
rede norte, e outras 4 pontes menores,
adjacentes à principal, levam à duas
portas à oeste e outras duas à leste.
Ao redor dessas pontes corre um rio de
lava fumegante.
4.1. Sala 1 - Parede Oeste
Esta sala de 2x3 metros está vazia,
exceto por uma velha cama em
trapos e no canto há um baú. Dentro
dele estão 15 peças de ouro, uma
espada com o punho em forma de
dragão (mágica) [Espada longa
ordeira +1] e um livro (dicionário
comum/élfico).
4.2. Sala 2 - Parede Leste
Esta sala de 2x3 metros está vazia,
exceto por alguns barris de cereais
e alguns pães embolorados em
uma estante. O herói que tentar
comer qualquer um destes alimentos
deve passar num teste de TDR [JP
modificada pela Constituição] ou
irá passar mal durante duas horas.
15
 AVENTURA

4.3. Sala 3 - Parede Oeste
Sala de 2x3 metros. 3 poções (duas
de cura e uma de “respirar embaixo
d’água” - duração: 30 minutos)
[duas de Curar ferimentos leves,
sem modificação na segunda], um
pergaminho de magia [2º círculo
arcano, rolar aleatoriamente] e
uma garrafa com runas formando
uma espiral (“takaisin pulloon
paha olento”, se traduzida com
o dicionário da sala 4.1 significa
“criatura do mal de volta na
garrafa”).
4.4. Sala 4 - Parede Leste
Dentro desta sala há dois seres
reptilianos vermelhos e parecendo
pegar fogo que saltam em direção
aos heróis assim que a porta é
aberta.
Salamandras de Fogo
[Mov 6 | Tesouro: Nenhum | XP: 200]
DV 2 [12pvs] CA 5 | Resistência 13
Ataque (d20+CA do oponente) 17
Habilidade Especial: A salamandra
pode executar 2 ataques por rodada.
Armas: mordida 1d4, garras 1d3
[Tratar como carcajus com CA 15 e JP
13]
O herói que procurar por uma passa-
gem secreta encontrará um alçapão no
teto, se subir no bloco de pedra. Esta
passagem leva até o Salão das Águas.
5. Salão das Águas
Os heróis surgem no centro de um sa-
lão circular de 18 metros de diâmetro
e com teto em forma de abóbada. No
chão, ao redor das paredes há um fos-
so com água, exceto em um trecho ao
norte onde há uma porta. Logo que os
heróis entrarem no salão, uma enorme
criatura, parecida com um peixe, po-
rém com patas, emergirá do fosso ata-
cando os heróis.
Ictiostega
[Mov 6 | Tesouro: Nenhum | XP: 200]
DV 2 [16pvs] CA 5 | Resistência 13
Ataque (d20+CA do oponente) 17
Habilidade Especial: O ictiostega pode
realizar um ataque com cada uma de
suas armas por rodada.
Ictio
steg
a

4.5. Sala 5 - Parede Norte

A porta de pedra da parede norte é
pesada e é necessário duas pessoas
para abri-la. ela leva para um corredor
de 6x10 metros e há um bloco de pe-
dra no centro de 80cm e uma alavanca
ao fundo, na parede norte.

Se alguém acionar a alavanca, ela fe-

cha a parede de pedra novamente e o
corredor começa a se encher de água.

16

Armas: mordida 1d6, garras 1d4,
cauda 1d6
[Tratar como um filhote de Dragão
Branco com um ataque de cauda +4
(1d4+4)]
Após derrotarem (ou fugirem) a (da)
criatura pela porta ao norte, os heróis
se encontrarão num corredor com to-
chas nas paredes. As tochas exibem
uma chama verde mágica e caso sejam
tiradas dos suportes, elas se apagam.
No final do corredor há uma escada
em espiral que leva até a catedral.
6. Catedral
Os heróis entram numa sala de 12x24
metros semelhante a uma catedral. No
centro há um corredor cercado por oito
colunas (quatro de cada lado). Nas la-
terais há bancos onde estão sentados
os cadáveres dos antigos monges em
posição de oração e com as vestes em
trapos. Ao fundo da catedral, está o
altar, com castiçais no lado esquerdo
e direito da mesa, e atrás dessa o ca-
dáver do monge que presidia o culto
em pé segurando um cálice dourado
com pedras preciosas. Atrás do monge
há uma tapeçaria presa à parede nor-
te e ao fundo da parede leste há uma
porta. Caso os heróis toquem no cálice
(a relíquia solicitada por Wilfred), um
redemoinho surgirá no centro da cate-
dral e atacará os heróis.
Redemoinho
[Mov 9 | Tesouro: Nenhum | XP: 200]
DV 2 [16pvs] CA 5 | Resistência 13
Ataque (d20+CA do oponente) 17
Habilidade Especial: Só é afetado por
AVENTURA
magias ou armas mágicas*.
Armas: lufada de vento 1d4
[Tratar como um Cubo Gelatinoso,
porém com movimento 18, e dano da
pancada por corte, sem ácido. Per-
manece com a habilidade Fagocitar,
igualmente sem o efeito do ácido]
*Se os heróis tiverem pego a garrafa com
runas na Câmara do Fogo aquele que abrí-
la e proferir o encantamento irá aprisionar
novamente o Redemoinho.
Caso os heróis procurem algo na
tapeçaria eles encontrarão uma porta
trancada. Eles podem tentar arrombá-
la, ou procurar a chave que está
pendurada no pescoço de um dos
monges que está no banco. A sala é
pequena e há um baú trancado no
centro com cerca de 50 peças de ouro.
A porta na parede leste da catedral leva
a outra saída do Templo, onde há uma
escadaria na encosta da montanha até
o vale.
Ao regressar até Wilfred com o cálice os
heróis serão recebidos com muita festa
durante um dia inteiro. A comemoração
será interrompida quando um falcão
chegar com um pedido de ajuda
enviado por Arandur, rei dos elfos da
Floresta Encantada. Sua filha Lariel foi
raptada pelo maligno vampiro Conde
Neffasto, que pretende casar-se com
ela. Caberá aos heróis resgatá-la das
garras de seu pretendente indesejado!
17
 NPC

NEROLD, O ELFO ALGOZ

DE MORTOS-VIVOS
Elfo-de-armas/mago 7 ordeiro

FOR16 CON11 SAB9

DES17 INT14 CAR11
CA 13 JP 12 PV 41
Ataques
1 espada curta +13/+10 (1d6+6)
1 cajado +10/+4 (1d4+3)

Equipamento
Pyörä - Espada Curta Ordeira +3
Uma vez por dia esta esta espada pode
ser comandada a lutar sozinha por até
3 turnos, com o mesmo bônus de ata-
que de seu portador. Caso seja arre-
messada ela voltará automaticamente
para a mão de seu portador no início
de seu próximo turno.

Ohjaus - Anel Ordeiro de Controlar

Criatura (grifo)
O portador deste anel acredita que o
caos deve ser erradicado a todo custo.
Ele pode dominar grifos como se esti-
vessem sob a magia Enfeitiçar mons-
tros. O alvo tem o direito a uma JP mo-
dificada pela Sabedoria.
Grimório de Magias (preparadas*)
1º círculo (3/dia): Detectar magia*,
Mãos flamejantes*, Salto*, Mensagem.
2º círculo (2/dia): Esfera flamejante,
Força Arcana*, Invisibilidade*.
3º círculo (2/dia): Forma espectral*,
Invocar criaturas I, Relâmpago*.
4º círculo (1/dia): Metamorfose*, Porta
dimensional.
Nerold é o único elfo que sobreviveu
ao massacre de sua vila, que foi com-
pletamente arrasada por uma horda
de mortos-vivos há centenas de anos.
Em suas andanças, aprendeu
magias poderosas com magos elfos
e humanos, além de encontrar uma
espada mágica ancestral no tesouro
de uma cripta infestada de zumbis, e
a chamou Pyörä. Mais tarde, veio a
receber Ohjaus, o anel do grifo, como
recompensa por ter liderado o exército
de uma cidade contra a ameaça de
um cavaleiro da morte e seu séquito
de mortos-vivos. Atualmente seu
paradeiro é desconhecido, alguns
dizem que ele se aposentou, mas vez
ou outra algum bardo toca uma nova
balada sobre a saga de Nerold, o elfo
algoz de mortos-vivos.

18
 TABELAS ALEATÓRIAS

TABELAS ALEATÓRIAS Janeiro Um cavaleiro...

As tabelas a seguir compõem uma fra- Fevereiro O rei...
se simples que resume a trama central Março Um anão...
de uma aventura utilizando o dia e mês
Abril Uma sacerdotisa…
do aniversário de uma pessoa. Desta
forma o mestre nunca ficará sem recur- Maio Um dragão...
sos quando tiver que inventar a próxi- Junho Um demônio...
ma missão dos aventureiros, ou mesmo Julho Uma ladra...
quando for mestrar de improviso ou
Agosto Um camponês...
em eventos. Para determinar o nível da
aventura basta somar os algarismos da Setembro Um bando goblin...
idade da pessoa. Assim alguém com Outubro Um mago...
30 anos geraria uma aventura de nível
Novembro Um elfo...
3, enquanto alguém de 17 anos resul-
taria em uma aventura de 8º nível! Dezembro Um centauro...

“UM DRAGÃO FOI INJUSTIÇADO”, uma aventura de 3º nível: O grande dragão

Vorax foi aprisionado nas masmorras do castelo do Rei por ter sido acusado de
destruir fazendas ao longo da costa leste. Tudo é na verdade um plano do Vice-
-rei para se livrar da criatura e assumir o trono sem perigos, mas o conselheiro
real descobriu a trama e contratou aventureiros para impedir tais planos nefastos!

1 roubou uma jóia. 17 ridicularizou o barão.

2 raptou um nobre. 18 foi assassinado(a).
3 caiu em uma armadilha. 19 afanou um ídolo.
4 espancou um mendigo. 20 viajou para o deserto.
5 virou um fantasma. 21 retornou da morte.
6 usurpou a coroa do rei. 22 profanou o templo.
7 se apossou da fortaleza. 23 fugiu com o circo.
8 suicidou-se. 24 desafiou o capitão.
9 embarcou em um navio. 25 brigou na taverna.
10 sequestrou um cachorro. 26 foi acusado/a de heresia.
11 incendiou uma vila. 27 desonrou sua família.
12 não fez nada. 28 matou um sacerdote.
13 foi injustiçado/a. 29 assassinou um inimigo.
14 invadiu uma cripta. 30 assaltou a taverna.
15 teve uma premonição. 31 proclamou-se regente.
16 provocou um motim.

19
 ESPECIAL
TORNANDO FLECHAS MAIS PERIGOSAS
Por Igor Moreno
Todos nós já nos pegamos narrando
como as flechas inimigas cravam
no escudos dos personagens, como
resvalam em suas armaduras ou
mesmo acertam alguma área não
necessariamente vital como um ombro
ou braço. Mas quantas vezes vimos
um arqueiro realmente errando um tiro
fatal na ficção? E se uma flecha causa
de 1 a 8 pontos de dano em média, por
que raios Boromir aguentou “apenas”
três delas n’A Sociedade do Anel?
É relativamente simples interpretar
que os golpes de espadas e machados
contra os jogadores não penetraram
suas armaduras, ou mesmo que foram
superficiais o suficiente para que
continuem lutando sem que
os ferimentos
sejam um
problema.
Mas inter-
pretar uma
flecha é ou-
20
tra coisa. Elas são o equivalente me-
dieval
de uma bala, feitas para matar com o
mínimo de disparos possível enquanto
uma distância relativamente segura
do alvo é mantida. Proponho a seguir
uma regra simples para Old Dragon
- embora facilmente adaptada para
outros sistemas - que busca retratar
essa periculosidade das flechas.
FLECHAS MAIS PERIGOSAS
Sempre que um disparo de besta ou
arco for um sucesso, rola-se o dano e
subtrai-se o resultado do total de
PV do alvo normalmente. Con-
tudo alguns passos extras são
aplicados.
Primeiramente o alvo de-
verá fazer uma JP sem
modificador. Trata-se de
uma jogada para deter-
minar se a flecha de fato
penetrou a armadura do
alvo a ponto de causar um
ferimento debilitante. Um su-
cesso indica que isto não ocorreu,
mas uma falha acarreta em penali-
dades para o personagem.
Utiliza-se o mesmo resultado no dado
da JP anterior para uma nova JP mo-
dificada pela Constituição, sendo des-
necessário fazer uma nova rolagem.
Isto representa o fato de que apenas o
próprio vigor do personagem pode mi-
nimizar o efeito da flecha. O resultado

desta jogada determina os seguintes
efeitos de acordo com seu sucesso ou
falha:
Sucesso: o alvo sofre uma penalidade
geral igual à metade do valor de dano
sofrido na flechada, arredondado para
baixo.
Falha: o alvo sofre uma penalidade
geral igual a todo o dano sofrido na
flechada.
Ex.: Ao ser acertado por uma flecha e
falhar na JP 15 (resultado 13 no dado),
um HdA só tem sua Constituição para
ajudá-lo contra a flecha. Por sorte seu
modificador de +2 o garante um su-
cesso na segunda JP, e sua penalidade
geral é igual a 2, visto que sofreu 4 de
dano com a flechada.
Uma penalidade geral indica um mo-
dificador negativo em quaisquer rola-
gens que exijam 1d20, como ataques,
Jogadas de Proteção e testes de atri-
buto. Mesmo os atributos não direta-
mente ligados ao físico do personagem
(Inteligência, Sabedoria e Carisma)
sofrem penalidades pela incapacidade
de concentrar-se adequadamente com
o ferimento sofrido. O movimento do
personagem também é afetado, porém
com metade da penalidade determina-
da após a JP (efetivamente ½ ou ¼ do
dano sofrido originalmente).
Um personagem pode acumular
uma penalidade total igual ao seu
valor de Constituição. Ultrapassar
este valor significa que ele estará à
caminho da morte com PV negativos
igual à penalidade extra sofrida na
última flechada (se houver) e -2 PV
adicionais para cada outra flechada
ESPECIAL
que ele já tenha levado nesse combate.
Remover uma flecha exige cuidados
apropriados a critério do mestre, e
podem causar enfermidades para o
alvo caso infeccionem ou acarretem
sangramentos (num acerto crítico ou
falha crítica na JP, por exemplo).
Estas regras são facilmente utilizáveis
no caso de lanças arremessadas,
armas de fogo contra armaduras ou
mesmo em disparos com armas de
energia se aplicada no Space Dragon
caso a intenção seja tornar tais armas
igualmente perigosas.
Caso criaturas de tamanho grande
sejam alvo de flechadas, a penalidade
é metade do dano se não passar na
JP e ¼ da penalidade se passar. Se
uma criatura enorme for o alvo sofrerá
penalidades apenas caso falhe na JP,
e mesmo assim recebendo apenas ¼
do normal. Criaturas maiores não são
afetadas.
RESUMO DE REGRAS
Flecha acertou » JP sem mod.
Sucesso » flecha não cravou
Falha » flecha cravou, seguir
JP (Con) com mesma rolagem
Sucesso » ½ dano de penalidade
Falha » dano total de penalidade
Criaturas grandes
Sucesso » ¼ dano de penalidade
Falha » ½ dano de penalidade
Criaturas enormes
Sucesso » nenhuma penalidade
Falha » ¼ dano de penalidade
Mov. é reduzido em ½ ou ¼
21
 EDIÇÃO ZERO

CRÉDITOS
CRIAÇÃO
Igor Moreno

PROJETO GRÁFICO
& DIAGRAMAÇÃO
Guilherme Nascimento

COLABORADORES
David Lucena
Fabiano Neme
Thiago Righetti

ILUSTRAÇÕES
ATRIBUTOS NO KIDS & DRAGONS
por Diego Madia
DEMÔNIO DAS SOMBRAS
por Octavirate Games
ADAGA DAS NOVAS OPORTUNIDADES
por Tamas Baranya
O ANTIGO TEMPLO DOS ELEMENTAIS
por Octavirate Games e Luigi Castellani
NEROLD, O ELFO ALGOZ DE MORTOS-VIVOS
por autor desconhecido (stock art)
Demais ilustrações em domínio público

ErgastulumFA é uma publicação periódica do estúdio

Flying Ape. Todas as partes deste material podem
ser reproduzidas livremente, desde que seus auto-
res e ilustradores sejam citados. Agosto/2014.