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ALUNA: Pâmela Primo Moreno

FICHAMENTO: Weber, Max, Economia e Sociedade

Capítulo 1 – “Conceitos sociológicos fundamentais”

O autor dá início ao capítulo atentando à definição de Sociologia como “uma


ciência que pretende compreender interpretativamente a ação social e
assim explica-la causalmente em seu curso e em seus efeitos.” (pág. 3 par.
3.), ação é entendida como um comportamento humano ao qual os agentes
atribuem um sentido subjetivo, já a ação “social” é uma ação realizada pelo
sujeito baseado no comportamento do outro.
O conceito de compreensão está diretamente ligado ao objetivo da
Sociologia, segundo Weber a compreensão pode ocorrer de formas
diferentes:

Compreensão Atual é aquela que assim que vemos a ação


“compreendemos” imediatamente. Weber diz:
É neste sentido que "compreendemos" (isto é, diretamente) o
significado da proposição de que 2x2=4, quando o ouvimos ou
lemos. Experimentamos aqui a compreensão direta, racional de uma
idéia. Da mesma maneira, compreendemos um acesso de raiva
expressada por reclamações, expressão facial ou movimentos
irracionais. Trata-se de compreensão direta empírica de reações
emocionais irracionais e pertence à mesma categoria que a
observação da ação de um cortador de madeira, ou alguém que
estende a mão para fechar a porta, ou que aponta uma arma a um
animal. Trata-se de observação empírica racional do comportamento.
(WEBER, 2008a, p. 17).

Compreensão Explicativa
Somos capazes de entender os motivos de qualquer um que afirma que
2x2=4 (oralmente ou por escrito) precisamente num momento particular e
sob uma série determinada de circunstâncias. Tal compreensão pode ser
obtida se a pessoa sob observação está empenhada em alguma tarefa de
contabilidade ou alguma demonstração científica ou algum outro projeto do
qual esta tarefa é uma parte essencial. Trata-se da compreensão
racionalmente baseada da motivação, isto é, o ato visto como parte de uma
situação inteligível. (WEBER, 2008a, p. 17).

“Compreensão” significa em todos esses casos apreensão interpretativa do


sentido ou da conexão do sentido: a) efetivamente visado no caso individual
(na consideração histórica), ou b) visado em média e aproximadamente (na
consideração sociológica em massa), ou c) o sentido ou conexão de sentido
a ser construído cientificamente (como ideal-típico) para o tipo puro (tipo
ideal) de um fenômeno frequente.

“Sentido” é o sentido subjetivo visado: a) na realidade a, num caso


historicamente dado, por um agente, ou b, em média e aproximadamente,
numa quantidade dada de casos, pelos agentes, ou b) num tipo puro
conceitualmente, construído pelo agente ou pelos agentes concebidos
como típicos. Não se trata, de modo algum, de um sentido objetivamente
“correto” ou de um sentido “verdadeiro” obtido por indagação metafísica.”

“Motivo” quer dizer uma conexão de sentido que surge ao próprio agente ou
ao observador como “fundamento” significativo de um comportamento.

O tipo ideal é uma espécie de metodologia de pesquisa que visa facilitar o


estudo, apontando um caminho a ser seguido pelo pesquisador, porém é
incapaz de abranger a complexidade do mundo. Para Weber é importante para
consideração científica se determinar um método de análise da ação social e
de suas causas e efeitos, como por exemplo em uma ação política seria
importante verificar como se teria desenrolado a ação caso se tivesse
conhecimento prévio de todas as circunstâncias e de todas as intenções dos
protagonistas e a escolha dos meios ocorresse de maneira estritamente
racional orientada pelo fim, conforme a experiência que consideramos
válida(p.5).
Esse procedimento permite à sociologia compreender a ação real, influenciada
por irracionalidades de todas as espécies como desvio do desenrolar esperado
no caso de um comportamento puramente racional. Por motivo de metodologia,
a Sociologia Compreensiva é racionalista e o tipo ideal para guiar um
pesquisador.
A Sociologia compreensiva é, nesse sentido, a ciência que busca compreender
e interpretar a ação social levando em consideração ações históricas de causa
e efeito, tendo por base fatos individuais que ocorrem na realidade social.
Observar as ações e compreender o seu sentido.

1.A ação social (incluindo omissão ou tolerância) orienta-se pelo


comportamento de outros, seja este passado, presente ou esperado como
futuro (vingança por ataques anteriores, defesa contra ataques presentes
ou medidas de defesa para enfrentar ataques futuros). Os “outros” podem
ser indivíduos e conhecidos ou uma multiplicidade indeterminada de
pessoas completamente desconhecidas (“dinheiro”, por exemplo, significa
um bem destinado à troca, que o agente aceita no ato de troca, porque sua
ação está orientada pela expectativa de que muitos outros, porém
desconhecidos e em número indeterminado, estarão dispostos a aceita-lo
também, por sua parte, num ato de troca futuro).(p.14)

2.Nem todo tipo de ação – também de ação externa – é “ação social” no


sentido aqui adotado. A ação externa, por exemplo, não o é, quando se
orienta exclusivamente pela expectativa de determinado comportamento de
objetos materiais. O comportamento interno só é ação social quando se
orienta pelas ações de outros. Não o é, por exemplo, o comportamento
religioso, quando nada mais é do que contemplação, oração solitária
etc.(p.14)

4.A ação social não é idêntica a) nem a uma ação homogênea de várias
pessoas, b) nem a qualquer ação influenciada pelo comportamento de
outras. a) Quando na rua, ao começar uma chuva, muitas pessoas abrem
ao mesmo tempo os guarda-chuvas, a ação de cada um (normalmente) não
está orientada pela ação dos outros, mas a ação de todos orienta-se, de
maneira homogênea, pela necessidade de proteção contra a água. (p.14)

2.A ação social, como toda ação, pode ser determinada: 1) de modo
racional referente a fins: por expectativas quanto ao comportamento de
objetos do mundo exterior e de outras pessoas, utilizando essas
expectativas como “condições” ou “meios” para alcançar fins próprios,
ponderados e perseguidos racionalmente, como sucesso; 2) de modo
racional referente a valores: pela crença consciente no valor – ético,
estético, religioso ou qualquer que seja sua interpretação – absoluto e
inerente a determinado comportamento como tal, independentemente do
resultado; 3) de modo afetivo, especialmente emocional: por afetos ou
estados emocionais atuais; 4) de modo tradicional: por costume arraigado.

Relação social: comportamento "reciprocamente referido quanto a seu


conteúdo de sentido por uma pluralidade de agentes e que se orienta por
essa referência (...) completa e exclusivamente na probabilidade de que se
aja socialmente numa forma indicável (pelo sentido)" (p.16).

Tem como uma de suas características conceituais a necessidade de um


mínimo relacionamento recíproco entre ambas as partes, mas não se trata
de uma solidariedade.

Weber fala aqui no sentido empírico visado pelos participantes no caso


concreto, no tipo puro (jamais tipo certo, correto etc.)

Uma relação social pode ter um caráter inteiramente transitório, bem como
implicar permanência, isto é, que exista a probabilidade da repetição
contínua de um comportamento correspondente ao sentido (considerado
como tal e, por isso, esperado. A existência de uma relação social nada
mais significa do que a presença dessa probabilidade, maior ou menor, de
que ocorra uma ação correspondente ao sentido, o que sempre se deve ter
em conta para evitar ideias falsas. (p.17)

O conteúdo de uma relação social pode ser combinado reciprocamente, e


cada um orienta sua ação a promessa feita ao outro.
Podemos observar regularidades na ação social, com estes tipos de
recursos, repetição em um agente ou entre muitos agentes. Costume:
exercício baseado em habito inveterado; diferente da regularidade
condicionada pela "situação de interesses" dependente da probabilidade de
que os indivíduos orientem por expectativas suas ações puramente
racionais referentes a fins.

Relação social chama-se "relação comunitária" "quando e na medida em


que a atitude na ação social – no caso particular ou em media ou no tipo
puro – repousa no sentimento subjetivo dos participantes de pertencer
(afetiva ou tradicionalmente) ao mesmo grupo" (WEBER, 2009, p. 25).

Trata-se de "relação associativa" (societária) "atitude na ação social


repousa num ajuste ou numa união de interesses racionalmente motivados
(com referência a valores ou fins) (...) pode repousar (...) num acordo
racional por declaração reciproca" (WEBER, 2009, p. 25). Ação
correspondente está racionalmente orientada: a) de maneira racional com
relação a valores, crença no compromisso próprio; b) de maneira racional
referente a fins pela expectativa de lealdade da outra parte.

5 Toda ação, em especial a social, e particularmente a relação social,


podem ser orientadas pelos participantes pela representação de uma ordem
legitima. Probabilidade desta ocorrência chamamos de "vigência"(p.19)

6 A legitimidade de uma ordem pode estar garantida em uma atitude interna


(modo afetivo: por entrega emocional, modo racional referente a valores
morais, estéticos etc.), e/ou pelas expectativas de determinadas atitudes
externas (pelas situações de interesse). Uma ordem pode ser uma
convenção (probabilidade de um discordante ser visto com reprovação) e
direito (garantia externa pela probabilidade de coação exercido por um
quadro de pessoas com função especifica para castigar a violação da
ordem e forçar sua observação).

Na associação encontra-se um caráter ordenado que serve de referência


para os agentes individuais dela participantes. Semelhante à ação social, as
associações executam atividades sociais orientadas no sentido dos fins
determinados pela ordem em que têm existência.

Chamamos de “associação” uma relação social fechada para fora ou cujo


regulamento limita a participação quando a observação de sua ordem está
garantida pelo comportamento de determinadas pessoas, destinado
particularmente a esse propósito: de um dirigente e, eventualmente, um
quadro administrativo que, dado o caso, têm também condições normais, o
poder de representação. (p.30)

A existência de uma associação é completamente dependente da presença


de um dirigente e, eventualmente, de um quadro administrativo, ou seja, de
existir a probabilidade de haver uma ação de pessoas indicáveis para pôr
em prática a ordem da associação (de sua existência).
Uma associação pode ser:
- Autônoma ou heterônoma: autonomia significa que a ordem da associação
é estatuída pelos seus próprios membros, e a heterônoma é exatamente o
oposto desta.
-Autocéfala ou heterocéfala: autocefalia significa que o dirigente e o quadro
administrativo da associação são nomeados segundo ordem da associação
e não por estranhos, como no caso da heterocefalia.

Poder significa toda probabilidade de impor a própria vontade numa relação


social, mesmo contra resistências, seja qual for o fundamento dessa
probabilidade.
Dominação é a probabilidade de encontrar obediência a uma ordem de
determinado conteúdo, entre determinadas pessoas indicáveis; disciplina é
a probabilidade de encontrar obediência pronta, automática e esquemática
a uma ordem, entre uma pluralidade indicável de pessoas, em virtude de
atividades treinadas.

O conceito de poder é sociologicamente impreciso, todas as qualidades


podem levar alguém a impor sua vontade numa dada situação. Por isso o
conceito sociológico de dominação é mais preciso e só pode significar a
probabilidade de encontrar obediência a uma ordem. O conceito de
disciplina está relacionado a um treino na obediência, sem crítica nem
resistência.

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