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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA

Instituto de Ciências Humanas

Campus São José do Rio Pardo

Curso de Graduação em Psicologia

RELATÓRIO PSICOLÓGICO

1. Identificação

1.1 Autores/relatores: Luan Evangelista Neto, Danilo Pedrilho Dalame


R.A.: B98700-6, C15946-3
Professora/Orientadora: Silvia Antakly Adib CRP: 06/18712

1.2 Interessados: C.D.C


Nº prontuário: 1069

1.3 Assunto/Finalidade: O presente relatório trata-se da devolutiva final da


Intervenção Clínica Breve, realizado no período de 12/05/2018 a
12/06/2018, referente a adulta C.D.C, com 33 anos de idade.

2. Descrição da demanda

A paciente foi contatada por nós alunos de psicologia, onde a interessada


na psicoterapia havia deixado número de telefone para contado, o motivo de tal
procura foi a recente separação que teve com seu marido, casamento este que
durou aproximadamente 10 anos, teve como fruto a uma menina de 9 anos de
idade. C.D.C relata estar sofrendo muito com o recente termino de
aproximadamente 4 meses, a mesma vem enfrentando dificuldades para lidar
com o ciúme e alguns abusos emocionais que seu ex-marido vem lhe
causando. Então deu-se segmento as sessões com horários e datas marcadas.
3. Procedimento

Foram realizados quatro encontros individualizados com a paciente, pelos


dois estagiários. O local marcado para o atendimento foi o Centro de Psicologia
Aplicada – CPA uma vez por semana, sendo este processo supervisionado
pela professora e orientadora. Os atendimentos tiveram duração de
aproximadamente 50 minutos. A abordagem usada no processo de
psicoterapia foi a fenomenológica-existencial.

4. Análise

C.D.C tem 33 anos, está sofrendo muito pela recente separação com seu
marido, com o qual ora casado por aproximadamente 10 anos, e após o
rompimento seu ex-marido tentou por diversas vezes passar ciúmes e até
mesmo chegou a fazer ameaças verbas, segundo o relado dado pela paciente.
Ela também relatou que seu ex-marido continuava flertando e fazendo
propostas para que ela tornasse sua atual amante. No decorrer dos
atendimentos quando Cintia foi se sentindo mais confortável, ela relatou que a
7 anos o casal haviam combinado de fazerem uma cirurgia para que ambos
não pudessem terem mais filhos (obs.: segundo C.D.C) a iniciativa de fazer a
cirurgia foi do marido), então após 2 anos ela fez a cirurgia, mas seu ex-marido
nunca veio a fazer. Este ocorrido parece ser algo que deixa Cintia
profundamente triste, pois ela relatou que diversas vezes ele usou o fato de
ainda poder ter mais filhos e ela não, para magoa-la.
No decorrer de cada atendimento fomos observando e tentando
compreender com as informações que tínhamos, como era sua dinâmica
familiar e social. Ela demonstrou ter consciência de seus atos e a
consequência dos eventos que tais atos poderiam implicar; pois problemas que
C.D.C não estava entendendo muito bem nos primeiros encontros aqui no
CPA, após uma semana, a mesma trouxe para clinica a mesma problemática
só que de uma forma mais elaborada e compreendida, muitas vezes ela
mesmo já apresentava algumas soluções.
Outro ponto importante foi quando C.D.C estava sofrendo muito pois não
entendia o porquê de seu marido tê-la traído, isto era algo que a fez chorar em
dois encontros conosco, mas conforme ia nos contando sua história e suas
dores, a mesma ia percebendo que haviam outras coisas importantes que
valiam de sua atenção, não só seu ex-marido, C.D.C disse também que a
muito tempo ele já dava sinais de que estava traindo, mas ela ignorava, pois no
fundo tinha mais medo de perde-lo do que da dor da traição, e que de certa
forma ela se culpa e tem um receio de parecer fraca perante os outros.
Ela parece entender o impacto que diversas ações de ambos os lados
refletiram em seu relacionamento até ao ponto em que chegou. Mas a
sociedade ocidental de certo modo privou o homem de demonstrar seu
sofrimento, o seu padecer pela perda do outro, do ser amado. O sofrimento é
contido, não demonstrado, as emoções são retidas e com isso a angústia
gerada pela perda de alguém passa a ser algo vivido somente pelo próprio ser.
Segundo Freire (2006), todo o trabalho de luto (no caso o luto da perda do
amor) é encoberto socialmente pela vergonha da exposição pública.
Tal sofrimento pode também surgir pelo não aceitamento do inevitável,
então o homem cria, transforma, cultiva, inventa e produz as mais variadas
formas e maneiras de fazer a manutenção da sua existência e do seu viver,
buscando o prazer de sentir a vida como fazemos ser para cada um de nós.
(Boss (1997)).
São em situações como essas que a angústia assume alguns desfechos
que podem ser identificados por diferentes formas de humor como o medo e
ansiedade. Tais estados de humor revelam exatamente a impossibilidade de
realizar nossas vontades, como o fim de um relacionamento amoroso, ou a
morte de alguém, como também pode revelar o temor em lidar com as
situações que devemos enfrentar, segundo Heidegger (1927/1995)

5. Conclusão

Foi realizado uma pausa na psicoterapia devido as férias, mas Cintia


demonstrou uma resposta muito positiva a psicoterapia. Comparando os
relatórios dos primeiros atendimentos ela teve uma melhora significativa na
autoestima e no entendimento de seus problemas. Claro que outros pontos que
foram trazidos até a clínica merecem sua devida atenção, e que apesar de toda
melhora o processo que Cintia está passando pode ser muito doloroso.

6. Bibliografia

Barreto, C.L.B.T.(2013). Reflexões para pensar a ação clínica a partir do


pensamento de Heidegger: da ontologia fundamental à questão da técnica. In:
Barreto, C.L.B.T; Morato H.T.P;Caldas,M.(orgs). Prática Psicológica na
Perspectiva Fenomenológica.

EVANGELISTA, P:E.R.A. Psicologia fenomenológica-existencial –


Possibilidade da atitude clinica fenomenológica. Ação e Compreenção na
clinica fenomenológica existencial. Via Verita.

São José do rio Pardo, Junho de 2018

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Luan Evangelista Neto Silvia Antakly Adib
R.A: B98700-6 Professora-Orientadora

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