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Aluno (a): Luan Evangelista Neto R.

A: B98700-6
Matéria: Psicoterapia
Semestre: 9º
Campus: São José do Rio Pardo - SP
Supervisor: Silvia Antakly Adib

Psicopatologia, Fenomenologia e Existência – Marcus Túlio


Caldas

Segunda - feira, 11 de junho de 2018

A psicopatologia é o ramo da ciência que pretende estudar o ser humano em seu


adoecimento, gerando assim um conjunto de conhecimentos a esse respeito.
Buscando uma compreensão mais próxima da existência humana, em que o homem
não é visto primordialmente a partir de suas dimensões biológicas e psicológicas, e sim como
existência singular, lançado a um mundo fundamentalmente humano e histórico, se constroem
as contribuições fenomenológicas e existenciais ao pensamento psicopatológico.
Ellenberger (1967) propõe que, a partir das perspectivas assumidas pelos diversos
autores, podemos situar historicamente o movimento fenomenológico existencial em três
momentos principais:
• a fenomenologia descritiva: a descrição que o paciente faz de suas experiências
subjetivas ou vivências é o foco de atenção;
• o método genético-estrutural: a busca é de um “fator genético”, ou seja, de um
denominador comum que ajudaria a entender e reconstruir a unidade fundamental da
consciência;
• a análise categorial: a análise de certas coordenadas, a casualidade, a materialidade
e, mais importantes, o tempo definido como temporalidade e o espaço como espacialidade,
permitiriam ao pesquisador uma reconstrução perfeita e detalhada do mundo interior de seus
clientes. Em função da importância dos autores implicados em 1 cada uma dessas perspectivas,
detalharemos a seguir suas 1 mais relevantes contribuições.

FENOMENOLOGIA DESCRITIVA
Jaspers (1913) é o pioneiro na aplicação de conhecimentos fenomenológicos à
pesquisa em psiquiatria, e principal representante da perspectiva descritiva em psicopatologia
fenomenológica. O autor subverteu o modelo I de construção da psiquiatria clínica, que naquele
então e se apoiava quase exclusivamente no estudo empírico dos sintomas e em análises
discriminativas a partir de estudos de caso considerados exemplares. Seu método, ousado para
a época, propôs abordar o fenômeno psíquico mórbido a partir das experiências subjetivas dos
próprios pacientes, de suas vivências. Entretanto, para que o pesquisador possa penetrar nas
vivências de seus clientes é necessário que ele se coloque em ressonância empática com o que
é revelado. Daí a busca de descrições minuciosas, sistemáticas, intensivas, e a necessidade de
delimitar, distinguir, precisar e apresentar de forma clara, concreta e objetiva os fenômenos
vividos pelo paciente.
O objetivo seria estabelecer as variações de quantidade e qualidade, conexões de
parentesco, derivações, ou seja, apreender o compreensível dos fenômenos psíquicos mórbidos.
Esse caminho levou o autor a indagar sobre as relações entre o conteúdo e as funções, ou, dito
de outra maneira, entre o ato psíquico intencional e o ato em si, devolvendo à psicopatologia a
possibilidade de responder a uma série de questões clínicas que estavam pendentes.

FENOMENOLOGIA GENÉTICO-ESTRUTURAL
Trata-se da tentativa de estabelecer conexões e interrelações entre o arsenal de dados
que a observação fenomenológica permite, de maneira tal que certa estrutura ou molde geral
espontaneamente se destaque de modo a mostrar-se perceptível e acessível à observação do
pesquisador. Ao fazê-lo, a partir do conteúdo total dos dados da consciência, realizará o que
Minkowski chamou de “análise estrutural” e Von Gebsattel, “consideração ou abordagem
construtivo-genética”.
Entre os elementos que interessam no estudo do tempo está a velocidade com que cada
indivíduo o experimenta, e que ocupa por sua vez um papel importante em psicopatologia, como
comentaremos adiante.
Apesar de experimentar-se passado, presente e futuro isoladamente, todos constituem
uma unidade estruturada que Minkowski considerando-os fenômenos constitutivos do tempo,
entendeu da seguinte maneira:
• passado remoto: zona das antiguidades e das questões em declínio;
• passado mediato: zona da nostalgia (saudade);
• passado imediato: zona do arrependimento;
• presente: zona atual;
• futuro imediato: zona da expectativa e da atividade;
• futuro mediato: zona do desejo e da esperança;
• futuro remoto: zona da súplica e da ação ética.
A capacidade de experimentar cada um desses lugares em nossa experiência temporal
é provavelmente a responsável pelo sentimento de sentido da vida.

FENOMENOLOGIA CATEGORIAL
Straus (1967) se insere no mesmo movimento de Minkowski e Von Gebsattel ao
identificar as alterações da estrutura temporal na melancolia. Acrescentou que o transtorno
essencial nessa condição não é só a lentificação do devenir subjetivo, e sim autêntica
retroatividade de vivência do tempo, algo como um refluxo ou inversão da corrente temporal
da intencionalidade. Comentando sobre o fenômeno alucinatório, o autor reflete sobre a
experiência sensorial. Considera que esta não se afirma por um raciocínio posterior ou
valorização conceituai de certos dados, e sim pelo seu caráter de imediaticidade e em
conseqüência das relações com quem a recebe, sem atentar para as conexões que estabelece
com outros fenômenos.
Nosso mundo cotidiano se organiza a partir do que é gerado pela experiência sensorial
e de acordo com as características das modalidades (auditivas, visuais, etc.). A distorção das
modalidades se relaciona diretamente com o fenômeno alucinatório. Quando as relações entre
o eu e o mundo se alteram em profundidade, podem ocorrer as mais graves perturbações. Tais
perturbações podem ser muitas e diversas, ocorrem na periferia ou no centro.

Referência:
MORATO, Henriette T. Penha; BARRETO, Carmem Lúcia B. Tavares; NUNES, André
Prado. Fundamentos de Psicologia – Aconselhamento Psicológicos numa Perspectiva
Fenomenológica Existencial. – Junho, 2009.

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Luan Evangelista Neto Silvia Antakly Adib


RA: B98700-6 Orientadora/Supervisora

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