Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
SOCIOLOGIA POLÍTICA
DANIEL LOPES PRETAS
Florianópolis
2017
DANIEL LOPES BRETAS
1
“Resumindo, podemos concluir que, nas condições do modelo de
substituição de importações, é praticamente impossível que o
processo de industrialização se dê da base para o vértice da
pirâmide produtiva, isto é, partindo dos bens de consumo menos
elaborados e progredindo lentamente até atingir os bens d e capital.
É necessário (para usar uma linguagem figurada) que o 'edifício'
seja construído em vários andares simultaneamente, mudando
apenas o grau de concentração em cada um deles de período para
período.” (TAVARES, 1974, p. 46).
visão esta que muitos pesquisadores acadêmicos acabaram
por incorporar ao referir-se a eles. Desconstruir a imagem
dos diplomatas não significa dizer que estes não tem direito a
construir uma definição própria de si mesmos, ou mesmo que
tal definição, por ser construída, não é vivenciada como real
em vários níveis; mas apenas, e principalmente, em nossa
opinião, que o acadêmico não deveria (eventualmente)
aceitá-la sem antes percebê-la, explicitá-la e refletir sobre
ela.
O presente trabalho não é e não se pretende uma obra
de antropologia, embora nos anos de sua elaboração e antes,
seu autor tenha estado várias vezes em contato com
diplomatas e seus familiares, em situações muito diversas
entre si. Obras antropológicas já foram produzidas sobre a
diplomacia brasileira, e o leitor será remetido a uma delas no
primeiro capítulo, caso tenha interesse em ler mais sobre o
assunto. Embora durante o período de formulação dessa tese
o autor tenha feito uma enorme quantidade de perguntas a
diplomatas, o autor gradualmente percebeu que muito mais
interessante que o conteúdo das respostas que eram
oferecidas, por refinadas e sofisticadas que estas as vezes
fossem, era a forma de tais respostas: eram invariavelmente
respostas produzidas para o conhecimento público, discursos
que, mesmo quando eram escandalosamente politizados,
mostravam concepções acerca de qual deveria ser o papel do
diplomata na sociedade. Longe de serem inúteis, tais
respostas ajudaram o autor a perceber que seu tema original,
sobre cultura humanista e a diplomacia brasileira, incorreria
nas mesmas armadilhas de tantos outros trabalhos anteriores
a ele.
No processo de tentar formular métodos mais
sistemáticos para compreender o mundo da diplomacia, o que
haveria de comum entre os diplomatas das diferentes
gerações, dos diferentes campos políticos dentro e fora da
burocracia ministerial, das diferentes formações anteriores,
dos diferentes níveis da carreira, surgiu a ideia de estudar a
diplomacia brasileira através de sua prova de ingresso, e dos
cadernos ou guias de estudo para o Concurso de Admissão à
Carreira Diplomática, documentos não apenas oficiais como
também públicos, embora alguns deles não estejam
facilmente disponíveis em quase nenhum lugar. O ensaísta (e
diplomata) mexicano Octavio Paz, em obra clássica sobre a
identidade de seu país, referiu-se a sua escolha em estudar o
que havia por trás da máscara que recobria a sociedade
mexicana e sua história 2; aqui, optamos por estudar a própria
máscara, ao nos debruçar sobre os documentos oficiais e
analisá-los, e a partir deles propôr reflexões acerca da
diplomacia brasileira enquanto burocracia.
Uma ponderação sobre a redação: elegemos escrever
com maiúscula os substantivos sempre que nos referimos às
provas do concurso: assim, escrevemos sobre “a lista (da
prova) de História do Brasil”, por exemplo, ou sobre “a
bibliografia (da prova) de Noções de Economia”. Quando nos
referimos “a interpretação de história do Brasil de Caio
Prado Jr” ou “a tradição de relações internacionais em
francês”, por exemplo, redigimos em minúsculas. Fazemos
tal esforço no sentido de especificar diante do leitor sempre
que nos referimos às provas, tentando evitar eventuais
confusões.
Tendo formulado estes esclarecimentos, gostaríamos
de agradecer, in memorian, ao professor doutor Héctor
Ricardo Leis, nosso primeiro orientador no doutorado, que
infelizmente afastou-se de forma precoce da experiência
acadêmica por motivos de saúde. Seu espírito
permanentemente generoso e provocador, dotado de grande
curiosidade intelectual acerca das questões que não dominava
mas pelas quais se interessava de forma contínua, pairou
sempre sobre nossa relação. Embora nossas opiniões políticas
fossem frequentemente contrastantes, as dele sempre me
soaram respeitáveis e estimulantes, e tal diversidade de
percepções jamais impediu que dialogássemos.
Tendo feito essa homenagem, gostaríamos de
agradecer também ao professor doutor Ricardo Silva, que
gentilmente concordou em nos orientar no doutorado,
seguindo inclusive a sugestão do professor Héctor.
Entre os outros professores doutores dentro e fora do
programa de pós-graduação em sociologia política mas todos
integrantes de minha nova alma mater que é a Universidade
Federal de Santa Catarina, gostaria de agradecer
especialmente a professora Ilse Scherer-Warren e sua
2
PAZ, 2006, A menção é da p. 195.
paciência com o “conservador” e suas intervenções
frequentes em sua disciplina; ao professor Yan Carreirão e
sua cordialidade não apenas quanto a sua própria erudição
sobre sistemas políticos de uma forma geral mas também a
biblioteca do núcleo de estudos; e aos professores Jacques
Mick, Ricardo Müller, Raul Burgos, Elizabeth Farias da
Silva, Lígia Lüchmann, Tiago Losso e Ary Minella, pela
abundante e notória paciência com um estudante que vinha
de outras alma mater e outra formação, assim como pelas
conversas que entretivemos. No programa de pós-graduação
em história, gostaria de agradecer aos professores Alexandre
Busko Valim, que pacientemente suportou todas as minhas
perguntas sobre cinema em suas representações e histórias;
Aline Dias da Silveira; e Silvio Marcus de Souza Correa,
cujos convites a professores de história da África em todo o
país viessem promover palestras permitiram-nos formar uma
imagem mais completa acerca da diplomacia brasileira
voltada a este continente. No programa de pós-graduação em
relações internacionais, gostaríamos de agradecer à
professora Mónica Solómon, com quem já tínhamos tido
oportunidade de ter contato ainda antes de ingressar na
UFSC, enquanto aluno da pós-graduação da Federal do Rio
Grande do Sul. Dos docentes exteriores a UFSC,
agradecemos a orientadora de graduação do autor, a
professora Kátia Gerab Baggio, do programa de história da
Federal de Minas, e a orientadora de mestrado, a professora
Maria Luiza Fillipozzi Martini, do programa de história da
UFRGS. A todos estendemos nossos agradecimentos pelas
contribuições em minha formação.
Agradecemos também aos servidores do programa de
pós-graduação em sociologia política da UFSC, e
especialmente à funcionária Albertina Buss Volkmann, que
realmente vestiu a camisa do programa, no sentido de com
ele se identificar e importar-se, cultivando-o de todas as
formas que estavam ao seu alcance.
Gostaria de agradecer a todos os integrantes da turma
de doutorado em sociologia política ingressante de 2010, da
qual tive o prazer de fazer parte: Domitila, Ana Maria,
Mariana, Zenalda, Denise, Ana Paula, Marcos, Maria de
Lourdes, Rosana, Mamadu e especialmente a meu grande
amigo Cleber. Possa ficar aqui, também, uma palavra in
memoriam acerca de Karla Terezinha Rosa, doutoranda
falecida durante o curso. Entre os muitos e muitos outros
pós-graduandos do programa que tivemos a honra e o prazer
de conhecer, registraremos apenas, por uma questão de
espaço, os então mestrandos e agora mestres Wesley Kuhn,
Fernanda Natasha e Thays de Souza, assim como o então
doutorando e agora docente da Universidade Estadual de
Ponta Grossa Felipe Pontes, e a então doutoranda e agora
doutora Adriane Nopes. Ainda dentro da UFSC, gostaríamos
de manifestar nossa gratidão para o doutorando em literatura
Pedro Nunes de Castro, e o mestrando em Geografia
Guilherme Peterson Bueno.
Fora da UFSC mas ainda dentro do meio acadêmico,
agradecemos a Karla Gobo (coordenadora do curso de
relações internacionais da Uninter/Curitiba e doutoranda da
Unicamp), Leandro Garcez Targa (doutorando pela UFSCar)
e ao professor doutor Dawisson Belém Lopes, do curso de
relações econômicas internacionais da UFMG, todos
pesquisadores do Itamaraty enquanto burocracia com os
quais tivemos a oportunidade de estabelecer contatos e trocar
questões.
Gostaríamos de lembrar os espaços de estudo e
bibliotecas e seus funcionários, em Belo Horizonte, Porto
Alegre, Brasília, Florianópolis e São Paulo capital,
verdadeiros oásis mesmo em momentos que pareciam áridos
para a pesquisa atual. Gostaríamos de agradecer também aos
diplomatas com os quais conversamos e interagimos por
diversas mídias ao longo da formulação desse trabalho.
Por fim, agradecemos a nossos amigos em Belo
Horizonte, que contribuíram de forma significativa para que
a pesquisa acadêmica não se transformasse de labirinto em
presídio e que ajudaram a ventilar nossa percepção do
mundo. Entre todos eles, doutorandas em física, geógrafos,
historiadores, artistas, músicos, tatuadores, RPGistas, aos
quais nomearemos apenas onze por questões de espaço:
Leandro Soares, Guilherme Mathias, Guilherme Fonseca,
Paulo Itabayana, Angélica Melo, Ruimar da Silva, Armando
Franz, Jéssica Marcelle, Camila Martins, Ana Oliveira,
Bruno Zaidan.
Essa apresentação não estaria completa sem menção
a família do autor. O autor desta tese explicita sua gratidão a
todos e especialmente com sua tia materna Nélia, que o
acolheu quando meu espírito estava em tumulto. Finalmente,
embora o autor desta tese se orgulhe dos esforços individuais
empreendidos para que a presente tese tenha a versão que
chega aos leitores, ele gostaria de agradecer a seus dois
padrinhos de batismo, seu avô materno Nilo Pacheco Lopes
(in memoriam) e sua avó paterna Therezinha Grillo Bretas;
por difícil que seja transformar tal em palavras, é a
consciência aguda de todas as transformações que seu país
atravessou durante as trajetórias de vida de seus avós uma
das que o conecta ao trabalho acadêmico; e é a eles, Nilo e
Therezinha, que esse trabalho é dedicado.
RESUMO
SUMARIO
1 INTRODUÇÃO 28
CAPÍTULO 2 TRABALHOS JÁ EXISTENTES SOBRE
O TEMA E REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 62
2.1 OBRAS ESTRANGEIRAS PRÉ-1980 SOBRE A
DIPLOMACIA BRASILEIRA ENQUANTO BUROCRACIA
63
2.1.1 “A critique of the Brazilian Foreign Service” (1968),
de H. Jon Rosenbaum 63
2.1.2 “The Foreign-policy making process in Brazil”, de
Roger Warren Fontaine 66
2.2 OBRAS ACADÊMICAS BRASILEIRAS PRODUZIDAS
SOBRE DIPLOMACIA BRASILEIRA ENQUANTO
BUROCACIA 71
2.2.1 “Diplomacia, diplomatas e política externa: aspectos
do processo de institucionalização do Itamaraty” (1984),
de Zairo Borges Cheibub 71
2.2.2 “A formação do diplomata e o processo de
institucionalização do Itamaraty: uma perspectiva
histórica e organizacional” (pp.5-30) de Zairo Borges
CHEIBUB 80
2.2.3 “A Experiência Institucional do Itamaraty de 84 a
96: Entre a tradição e a Mudança” (1998), de Joana
D’Arc Fernandes Ferraz 81
2.2.4 “O Instituto Rio Branco e a Diplomacia Brasileira –
um estudo de carreira e socialização”, de Cristina
Patriota de Moura 93
2.2.5 “O inglês, o parentesco e o elitismo na Casa de Rio
Branco”, de Cristina Patriota de Moura 99
2.2.6 “A inserção do negro na Carreira de Diplomata:
Ação Afirmativa para o Instituto Rio Branco”, de Vera
Lúcia Alves Rodrigues Lima 101
2.2.7 “O Itamaraty e a Cultura Brasileira: 1945-1964”, de
Flávia Ribeiro Crespo 106
2.2.8 “Alteridade e ideia de nação na passagem à
modernidade: O círculo Rio Branco no Brasil 'Ubique
Patriae Memor'” de Daniella Amaral Diniz da Silva 112
2.2.9 “O traço, a letra e a bossa: Arte e diplomacia em
Cabral, Rosa e Vinícius”, de Roniere Silva Menezes 115
2.2.10 Habitus Diplomático: Um estudo do Itamaraty em
tempos de regime militar (1964-1985), de David do
Nascimento BATISTA 122
2.2.11 “Diplomatas negros (as): Ação Afirmativa no
Instituto Rio Branco e Trajetórias de Diplomatas (ex)
Bolsistas”, de Ana Paula Conceição Oliveira 126
2.3 SOBRE AS DISSERTAÇÕES
PROFISSIONALIZANTES ACERCA DO INSTITUTO RIO
BRANCO 131
2.3.1 “O vestibular para embaixador e os Quarto
Secretários: estudo sobre o Concurso de Admissão à
Carreira Diplomática”, de Claudia Angélica Vasques
Silva 132
2.4 UM COMENTÁRIO ACERCA DE TRABALHOS
SOBRE A DIPLOMACIA SOBRE A DIPLOMACIA
ARGENTINA ENQUANTO BUROCRACIA 136
2.4.1 “Los Profesionales de Estado en Argentina: El Caso
del Instituto del Servicio Exterior de La Nación (ISEN)”,
de Natalia Rizzo 136
2.4.2 “Estado, cuadros profesionales y politica: El caso
de los diplomáticos argentinos”, de Facundo Solanas
141
CAPÍTULO 3 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
SOCIOLÓGICAS SOBRE O IRBr 145
3.1 A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO INSTITUTO 145
3.3 ALICERCES E ANTEPASSADOS: A
REPRESENTA-ÇÃO DA HERANÇA DO ITAMARATY
170
3.4 O ITAMARATY ENQUANTO VEÍCULO DE
REPRESENTAÇÃO DO BRASILO 173
3.5 DIPLOMATA E AS ARTES: UMA NOTA SOBRE
AS ARTES PRATICADAS NO FORO PRIVADO DA
DIPLOMACIA 176
CAPÍTULO 4 ACERCA DAS RELAÇÕES ENTRE A
LITERATURA BRASILEIRA E A DIPLOMACIA 179
4.1 ACERCA DAS FORMAS DE AVALIAÇÃO DOS
CANDIDATOS ACERCA DA LITERATURA BRASILEIRA
E DE CONHECIMENTOS RELACIONADOS 181
4.3 REPRESENTAÇÕES DA DIPLOMACIA NA
LITERATURA BRASILEIRA 191
4.3.1 O período imperial (1822-1889) 192
4.3.2 José de Alencar (1829-1877) 192
4.3.4 Júlio Ribeiro (1845-1890) 210
4.3.5 Raul Pompeia (1863-1895) 211
4.3.6 Adolfo Caminha (1867-1897) 213
4.3.7 A Primeira República (1889-1930) 214
4.3.8 João do Rio (1881-1921) 215
4.3.9 Graça Aranha (1868-1931) 217
4.3.11 Oswald de Andrade (1890-1954) 226
4.3.12 A Era Vargas (1930-1945) 227
4.3.13 Érico Veríssimo (1905-1975) 228
4.3.15 Jorge Amado (1912-2001) 242
4.3.16 Dias Gomes (1922-1999) 253
4.3.17 Lygia Fagundes Telles (nascida em 1923) 254
4.3.18 Rubem Fonseca (nascido em 1925) 259
4.3.19 Raduan Nassar (nascido em 1935) 262
4.3.20 Cristovão Tezza (nascido em 1952) 263
4.3.21 Milton Hatoum (nascido em 1952) 265
4.3.22 Rubens Figueiredo (nascido em 1956) 266
4.3.24 Miguel Sanchez Neto (nascido em 1965) 271
4.3.26 Daniel Galera (nascido em 1979) 274
CAPÍTULO 5 SOBRE AS PROVAS DO CACD (1995-
2010) 275
5.1 SOBRE AS GERSTÕES PARTIDÁRIAS NO
EXECUTIVO FEDERAL BRASILEIRO, OS MINISTROS
DAS RELAÇÕES EXTERIORES E OS DIRETORES DO
INTITUTO RIO BRANCO NO PERÍODO 275
5.2 SOBRE O TESTE DE PRÉ-SELEÇÃO (TPS),
POSTERIORMENTE DESIGNADO COMO PROVA
OBJETIVA 287
5.5 SOBRE AS PROVAS DE FRANCÊS 296
5.6 SOBRE A PROVA DE ESPANHOL 301
5.8 SOBRE A PROVA DE PORTUGUÊS 310
CAPÍTULO 6 SOBRE AS PROVAS DE HISTÓRIA DO
BRASIL, HISTÓRIA MUNDIAL E SEUS CONTEÚDOS
DO CACD (1995-2010) 313
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 356
28
1 INTRODUÇÃO
3
Note-se que tais trabalhos talvez não devessem ser lidos, ou
interpretados, como acadêmicos, mesmo que estejam
(relativamente) próximos destes em muitos aspectos. Discutiremos
esta questão no segundo capítulo
29
A bifurcação e as ramificações
produziram uma infinidade de campos
especializados, porém duas grandes
tendências se destacaram, cada qual de
um lado do divisor principal. A
primeira pode ser caracterizada como
'estudos de difusão'. Envolvia
basicamente o estudo dos livros e da
palavra impressa como força atuante na
história e tinha sua sede intelectual em
Paris, onde Henri-Jean Martin, Roger
Chartier, Daniel Roche, Frédéric
Barbier e outros transformaram a
histoire du livre numa disciplina
autônoma.
32
Texto I
Vasco Leitão da Cunha
Para Oliveira,
ou
Foi pelas dez horas e meia que a viúva ali apareceu. Estava
realmente bela, trajada a primor, tendo na cabeça a meia lua de
diamantes. (...) Certo secretário de legação não cessava de
recomendar aos diplomatas novos: “Causez avec Madame Tavares;
c' est adorable!”Assim era nas outras noites; assim foi nesta.
(conto “A senhora do Galvão”, p.438-9, segundo volume)
ou nesse:
ou ainda nessa:
23. QUIROMANCIA
O Bandeira barítono lia Belmiro
braga e baldava esperanças de entrar
para a diplomacia como diplomata.
227
Gonzaga ia transmitir a
informação apenas para varrer a
testada, a fim de que a embaixada não
fosse, no futuro, acusada de negligência
ou de cumplicidade. Mas não tinha
muita esperança de que aquelas
informações bancárias fossem levadas
na devida consideração. Começava a
farejar patifaria no negócio do feijão. às
vezes tinha a impressão de que, no
Brasil, quase todas as figuras
responsáveis pelo Governo haviam
perdido a dignidade. As chamadas
elites haviam falhado por comissão ou
omissão. Salvava-se pouquíssima gente.
Era um descalabro... (p.199-200)
O DIPLOMATA
Dois votos a favor, dois contra e
um sugerido mas não afirmado: o do
Embaixador Francelino Almeida, o
primeiro acadêmico a ser visitado, em
obediência a praxe.
O velho diplomata recebera o
coronel com extrema cortesia, biscoitos
e xerez. Agradecera a cesta de frutas
(ainda bem que Lisandro dera
conhecimento ao candidato da
iniciativa tomada quando os nervosos
agentes da sua guarda de segurança
atropelaram o frágil imortal), tecera-lhe
249
Descrição (sumária) do
Nº de vagas Valor da taxa R$ Isenção Cargo no Guia de
Estudos
SERGIO BATH
1995 35 20 * *
ANDRE AMADO
1996 30 30 * *
1997 30 40 * *
1998 36 45 * *
1999 20 50 * *
2000 24 60 * *
2001 30 65 * *
JOÃO ALMINO
2002 30 (3 def.) 70 * *
2003/1 31 (3 def.) 80 * *
2003/2 35 (ou mais) 100 * *
2004 36 (ou mais) 100 * *
FERNANDO REIS
2005 32 100 * *
2006 105 100 * *
2007 105 (6 def.) 100 * *
2008 106 (6 def.) 120 * *
2009 107 (6 def.) 110 Sim* Sim
2010 108 (6 def.) 120 Sim* Sim
Fonte: Autor
Acerca das vagas (que, como vimos no trabalho de
Francisco Solanas sobre a diplomacia argentina, variava
entre 20 a 30 por ano no país platino, com uma expansão
para 50), chama a atenção a expansão destas, de números ao
redor de trinta partindo para 100 no período 2006-2010
(então, no período Lula). Em oito edições do concurso, o
período de 1995 a 2002 abriu 225 vagas, enquanto que as
nove edições do concurso entre 2003 e 2010 geraram 565
vagas, pouco mais que duas vezes e meia do período anterior
– valor este considerado se não houve abertura de novas
286
Port.+Hist.do
Brasil+Hist.Mundial+Geografia+Política
2008 65 objetivas 3h (manhã)+3h (tarde)
Internacional+Inglês+Noções de Direito
e DIP+Noções de Economia
Fonte: Autor
289
Para estudo
Tendo presente a natureza da prova,
recomenda-se a leitura de jornais e
revistas em Francês, como por
exemplo: Le Monde (www.lemonde.fr),
Libération (www.liberation.fr),
L'Express (www.lexpress.fr), Le
Nouvel Observateur
(www.nouvelobs.com) e Le Monde
diplomatique (www.monde-
diplomatique.fr). (Guia de Estudos de
2005, p.74)
(Note-se o ressurgimento do Le Monde
Diplomatique, agora na lista da prova
de Francês e não mais na de Questões
Internacionais Contemporâneas.) Após
a indicação de dicionários e gramáticas,
sugere-se, “ainda, consulta às seguintes
páginas eletrônicas:
“Ministério dos Negócios Estrangeiros
da França (www.france.diplomatie.fr);
300
1. Definições e terminologia:
Política e ciência política. A análise
política. O indivíduo e a sociedade
organizada politicamente. Formas de
Estado e governo. A política e a ética.
2. História do Pensamento Político: a
evolução das idéias políticas, da
Antigüidade Clássica até o presente.
Platão. Aristóteles. Maquiavel. Hobbes.
Locke. Rousseau. Montesquieu. J. S.
Mill. Hegel. Marx. O pensamento
contemporâneo. (Guia de Estudos de
1995, p.95)
306
Questão 3
O ordenamento jurídico nacional
prescreve que compete ao presidente da
República a formulação e a condução
da política externa. Ao Poder
Legislativo, no entanto, são reservadas
atribuições no campo das relações
internacionais. Descreva como se dá a
atuação das casas congressionais, de
modo isolado e conjunto, nesse
domínio.
Leandro Vieira Silva (20/20)
Foi Charles-Louis de Secondat, Barão
de La Brède e de Montesquieu, quem
primeiro discorreu, com propriedade,
acerca do axioma que estabelece que
só o poder limita o poder. No âmbito
das relações internacionais do Estado
brasileiro, se ao Executivo cabe a
primazia na condução da política
externa, ao Poder Legislativo estão
reservadas importantes prerrogativas
constitucionais. (Guia de Estudos de
2008, p.74).
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
BIBLIOGRAFIA
Documentos oficiais
http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2005/02/16/
489870/globalizao-requer-novo-profissional.html , e datada
de 16/02/2005, cita como fonte a Gazeta Mercantil.
Filmes
A concepção (direção de José Eduardo Belmonte; Brasil,
2005, com Matheus Nachtergate).
As meninas (direção de Emiliano Ribeiro; Brasil, 2005).