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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS

CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO

LEON VITOR DE BRITO FRANCELINO

ÉTICA, MORAL E DIREITO

BOA VISTA, RR

2017
Na obra filosofando da professora Maria Lúcia de Arruda Aranha e e Maria
Helena Pires a ética, ou filosofia da moral, é definida como “uma reflexão sobre as noções
e os princípios que fundamentam a vida moral” sendo assim uma reflexão da moral de
uma sociedade. No mesmo contexto a moral é definida como “o conjunto de regras que
determina o comportamento de indivíduos em um grupo social”.

Deste modo, a ética, que tem como base a moral, que seriam as regras sociais, tem
como uma de suas interpretações o que pode ser entendido como conjunto de princípios
norteadores pelos quais os indivíduos utilizariam para decidir sobre as suas próprias ações
e também julga-las. Nas palavras do professor Mario Sérgio Cortella “é o conjunto de
valores e princípios pelos quais você eu e usamos para decidir as três grandes questões da
vida: Quero? Devo? e Posso?”.

Com esses conceitos em mente podemos então fazer uma análise sobre o fracasso
do direito positivista. Desde as primeiras organizações da sociedade o direito tem sido
uma ferramenta para imposição das normas sociais por parte do estado sob o pretexto de
facilitar e regular a vida em comunidade, e sendo assim, o direito no seu processo
histórico foi incorporando ao seu domínio várias outras áreas das ciências sociais para se
aproximar do conceito material de justiça. No entanto, surge a escola da exegese na França a
partir do advento do Código Napoleônico e é uma das primeiras correntes de pensamento do
positivismo jurídico, a visão pela qual não devem ser incorporadas ao direito os
conhecimentos de outras áreas como filosofia e o estudo da ética e da moral.

Desde modo chegando ao seu ápice na Alemanha nazista e liderada pelos estudos
positivistas de Hans Kelsen ficou comprovado que um direito que leva em consideração
apenas a letra da sua própria lei e esquece de princípios de, por exemplo, direito natural,
ética e moral resulta na catástrofe que é confundir a justiça formal com a justiça material.

Sendo assim com o pós-positivismo o direito volta a integrar às suas bases esses
conceitos para que assim possa exercer sua real finalidade, ao integrar o estudo da
sociologia, filosofia e outros ramos das ciências o direito tende a se tornar mais justo se
aproximando mais da moral tendo em vista que o direito não é necessariamente moral.

Dentre as diferenças entre o direito e a moral é a punibilidade, quando o primeiro


é desrespeitado cabe ao estado a punição de acordo com as normas pré-estabelecidas
enquanto o desrespeito a uma norma meramente moral acarreta em uma retaliação direta
da sociedade ou então punição nenhuma. Enquanto o direito pretende ser uma norma
universal que rege a todos a moral é variável e muda de acordo com o grupo social
estudado.

Ainda, sob a ótica de autores como Pachukanis, que realiza uma análise do direito
por um prisma marxista a forma do direito é a forma mercadoria, enraizado no conceito
de exploração dos homens pelos homens sendo uma das ferramentas do sistema
capitalista para sua perpetuação.

Deste modo sendo parte da estrutura de um sistema econômico que preza pela
desigualdade o direito não seria uma ferramenta de transformação pelas quais a justiça
material possa ser alcançada pela sociedade em geral, e sim uma ferramenta de controle
que pende ocasionalmente em virtude da luta de classes para o lado dos opressores ou dos
oprimidos, mas ainda dentro dos parâmetros previstos da sociedade capitalista
impossibilitando qualquer tipo de mudança permanente para a o melhor.

Sob esse prisma é possível ver um grande abismo entre o conceito de direito e os
conceitos de ética e moral.
Referências

O SIGNIFICADO DAS QUESTÕES ÉTICO-MORAIS PARA MARX Leonam Lucas


Nogueira Cunha Maria Cristina Longo Cardoso Dias, NN 1984–3879, SABERES, Natal–
RN, v.1, n.13, Mar. 2016, 35-48.

Vídeo-aula com a com a professora Maria Garcia:


https://www.youtube.com/watch?v=NVdgp7XZl2w

Entrevista com o professor Mario Sérgio Cortella:


https://www.youtube.com/watch?v=vjKaWlEvyvU

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo:


Moderna, 1993.

Kelsen, Hans, 1881-1973. Teoria pura do direito / Hans Kelsen ; [tradução João
Baptista Machado]. 6ª ed. - São Paulo : Martins Fontes, 1998. – (Ensino Superior)

Vídeo-aula com o Professor e filósofo do direito Alysson Leandro Mascaro:


https://www.youtube.com/watch?v=_d0CO0opyTE

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