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Cláudio Manuel da Costa desenvolveu inúmeras produções textuais como os seus

sonetos com traços tão marcantes e definidos do amor cortês, as éclogas, os epicédios, as
cantatas entre outras modalidades. É por meio dele que temos o ínicio ao Arcadismo Brasileiro.

O poeta desenvolve sua identidade por meio de uma antítese, entre o ideal poético e a
veracidade das suas obras. De fato, os seus poemas estão nutridos de pastores, comprovando o
projeto de literatura árcade, e a sua prefêrencia pela contradição e as suas escolhas pelos
sonetos, remente manifesta uma ancestralidade as heranças deixadas por Luís de Camões e as
poesias portuguesas datadas do século XVII.

Em todos os momento, Cláudio Manuel da Costa, autor de Obras Poéticas, utiliza-se da


contradição - mecanismo utilizado no barroco - para refletir os seus conflitos internos. No
soneto LXXXIV, observamos de forma clara essa antítese entre a ternura e a solidez.

Destes penhascos fez a natureza

O berço em que nasci! Oh, quem cuidara

Que entre penhas tão duras se criara

Uma alma terna, um peito sem dureza!

Um dos traços mais marcantes de Cláudio Manuel da Costa presente no amor cortês é a
intensa devoção pela sua amada. Podemos destacar alguns pontos principais que definem suas
características: O amante vive apenas para a mulher que a ama, seu amor é secreto, o amor não
poderia existir por meio do casamento. O poeta deve estar a serviço da mulher, que se
apresenta como inacessível. A exaltação da mulher como uma divindade, a amada é sempre
perfeita, física e moralmente, além disso, ocupa um pedestal que está distante demais da
realidade do homem que a corteja.

SONETOS: XIII

Nise? Nise? onde estás? Aonde espera

Achar te uma alma, que por ti suspira,

Se quanto a vista se dilata, e gira,

Tanto mais de encontrar te desespera!

Ah se ao menos teu nome ouvir pudera

Entre esta aura suave, que respira!

Nise, cuido, que diz; mas é mentira.


Nise, cuidei que ouvia; e tal não era.

Grutas, troncos, penhascos da espessura,

Se o meu bem, se a minha alma em vós se esconde,

Mostrai, mostrai me a sua formosura.

Nem ao menos o eco me responde!

Ah como é certa a minha desventura!

Nise? Nise? onde estás? aonde? aonde?

Um das suas principais caractéristicas presente nesse texto arcádico, é a idealização da


mulher amada, traço fundamental no amor cortês. Esse movimento literário reverencia a vida
camponesa, a simplicidade do campo. Valorização do cotidiano e da vida simples, pastoril e no
campo, o bucolismo, vivendo em um ambiente distante da vida caotica urbana. No soneto XIII o
Cláudio Manoel não faz menções direta ao campo, mas a idealização da mulher profana,
característica consistents com as da literatura arcadista. Um exemplo que evidencia a
representação do amor cortês na obra é que o nome de Nise é de origem latina, significando
"pura".

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