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Ciência: Afinal o saco de plástico é o melhor para o

ambiente

Drew Angerer/Getty

Dois estudos, um canadiano e outro dinamarquês, concluem que os vulgares


sacos de plástico deixam uma pegada ecológica bastante menor que outros,
como os de algodão ou de plástico mais duro

O plástico é mau para o ambiente, não há dúvidas sobre isso. O seu fabrico
cresceu exponencialmente nas últimas décadas. Em 2016, a produção mundial
de plásticos totalizou cerca de 335 milhões de toneladas, 60 milhões só na
Europa, segundo os dados do Portal Statista. A China é o maior produtor, com
um quarto do total. Também sabemos que uma imensa quantidade de plásticos
acabam a flutuar nos oceanos, onde gigantes “ilhas” de lixo põem em causa o
ecossistema marinho.

No entanto, dois estudos recentes mostram resultados surpreendentes quando


se compara a pegada ecológica deixada por um vulgar saco de plástico
(daqueles dos supermercados) com as de outro tipo de sacos reutilizáveis, como
os de polipropileno (plástico mais duro) e mesmo os de algodão.

O estudo da Agência de Proteção Ambiental da Dinamarca (na dependência do


Ministério do Ambiente e Alimentação), conhecido em fevereiro, demonstra que
um saco de algodão orgânico tem de ser utilizado 149 vezes de forma a
compensar o seu impacto climático comparado com as 43 vezes de um saco de
papel. Além disso, o saco têxtil tem de ser usado 20 mil vezes (sim, 20 mil) se
tivermos em conta todos os parâmetros utilizados no estudo.
Esta investigação, que mediu o ciclo de vida orgânico de sete materiais comuns
usados para sacos de compras, identificou os materiais mais nocivos em 16
parâmetros ambientais diferentes, como o impacto climático, no ozono, a
toxicidade humana e ambiental e uso da água na sua produção.

Os resultados indicam que o vulgar saco de plástico tem, de longe, menor


impacto no ambiente. De referir que o estudo se focou na identificação do
número de vezes que outro tipos de saco têm de ser reutilizados com base no
desempenho ambiental do vulgar saco de plástico. Um saco de algodão tem de
ser utilizado pelo menos 52 vezes para compensar o seu impacto climático e 7
100 vezes se estivermos a falar nos parâmetros todos. Os chamados sacos PET
(aqueles mais grossos vendidos com as insígnias dos hipermercados) têm de
ser usados 8 vezes para “zerar” o impacto ecológico e 84 vezes tendo em conta
os 16 items do estudo.

O outro estudo, feito pelo Governo do Quebeque, no Canadá, foi apresentado


recentemente e chega mais ou menos às mesmas conclusões. Que o
convencional saco de plástico é melhor ambiental e economicamente
comparado com outros nove que existem no mercado.
Além de porem a tónica de que o saco convencional tem uma taxa de reutilização
de 77%, principalmente para depositar o lixo doméstico, os investigadores dizem
que não deixa de ser “irónico” que as opções mais propaladas para substituir os
sacos vulgares – seja o plástico duro, seja polyester ou algodão – tenham uma
pegada ecológica muito maior e sejam potencialmente piores para o
aquecimento global. Neste relatório, um saco de algodão tem de ser usado 71 a
88 vezes para igualar o impacto ambiental de um vulgar saco de plástico utilizado
apenas uma vez.

A conclusão, lê-se, é que “não é claro que acabar com os sacos de plástico traga
benefícios para a saúde humana ou para a qualidade do ecossistema".

Saliente-se que, em ambos os estudos, os investigadores apelam a que se


reutilizem os sacos o maior número de vezes antes de irem parar ao lixo.

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