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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS: SEUS PRÓS E CONTRAS

A administração de medicamentos deve ser realizada com eficiência,


segurança e responsabilidade, a fim de que sejam alcançados os objetivos da
terapêutica implementada e, dessa forma, uma melhora no quadro clínico do
paciente. Para tanto, deve-se ter conhecimento de alguns dados quanto ao
processo de administração: informações farmacológicas do medicamento
(farmacocinética, farmacodinâmica, dose máxima e efetiva, além do intervalo entre
as doses etc.), bem como métodos, vias e técnicas de administração.
O método de administração dos medicamentos depende da rapidez com
que se deseja a ação da droga, da natureza e quantidade da droga a ser
administrada e das condições do paciente. As condições do paciente determinam,
muitas vezes, a via de administração de certas drogas.
Todavia, inúmeros problemas limitam a administração de drogas, por isso
as vias utilizadas para administração de fármacos apresentam contra-indicações
em alguns casos específicos. A seguir, citarei algumas vias de administração com
seus prós e contras.

1- Administração Enteral (oral): a ingestão é o método mais comum de


prescrição de um fármaco. Além disso, é o mais seguro, mais conveniente e o
mais econômico. Muitas vezes, a via oral é contra-indicada por:
- o medicamento irritar a mucosa gástrica;
- o medicamento interferir na digestão;
- o paciente não poder deglutir.
Além disso, o paciente pode apresentar algum quadro cujas características
o impedem de ingerir drogas, como, por exemplo, patologias do sistema digestivo.
Algumas desvantagens da via oral incluem, portanto, a impossibilidade de
absorção de alguns agentes por causa de suas características físicas, os vômitos
em resposta à irritação da mucosa gastrintestinal, destruição de alguns agentes
farmacológicos por enzimas digestivas ou pelo pH gástrico básico, irregularidades
de absorção ou propulsão na presença de alimentos e outros fármacos e
necessidade de cooperação por parte do paciente.

2- Via Sublingual: alguns medicamentos são colocados debaixo da língua para


serem absorvidos diretamente pelos pequenos vasos sangüíneos ali situados. A
via sublingual é especialmente boa para a nitroglicerina, que é utilizada no alívio
da angina (dor no peito), porque a absorção é rápida e o medicamento ingressa
diretamente na circulação geral, sem passar através da parede intestinal e pelo
fígado. Mas a maioria dos medicamentos não pode ser administrada por essa via,
porque a absorção é, em geral, incompleta e errática.

3- Administração Retal - com freqüência, a via retal é utilizada quando a ingestão


não é possível por causa de vômitos ou porque o paciente se encontra
inconsciente.
A administração de drogas via retal, por supositórios, tem como objetivo
deixar o fármaco livre do metabolismo de primeira passagem, no fígado, pois a
droga entra em vasos que a levam direto à veia cava inferior. Entretanto, muitas
vezes, o supositório penetra um pouco mais, situando-se em uma região drenada
por veias que drenam ao fígado e, dessa forma, não evitam o efeito de primeira
passagem. Deve-se ressaltar o desconforto que a via retal pode proporcionar ao
paciente. Além disso, a absorção retal costuma ser irregular e incompleta e muitos
fármacos provocam irritação da mucosa retal.

4- Administração Parenteral: a administração parenteral de fármacos apresenta


algumas vantagens nítidas em relação à via oral. A disponibilidade é mais rápida e
mais previsível. Além disso, a dose eficaz pode ser escolhida de forma mais
precisa. No tratamento de emergências, esse tipo de administração é
extensamente valioso.
Todavia, a injeção do fármaco também tem suas desvantagens. Pode
ocorrer uma injeção intravascular acidental, a injeção pode vir acompanhada de
forte dor e, às vezes, é difícil para um paciente injetar o fármaco em si mesmo se
for necessária a automedicação. Os custos desse tipo de intervenção são outra
consideração importante.
Muitas vezes, a droga é impedida de ser administrada pela via parenteral,
por suas próprias características, ou pelas condições apresentadas pelo paciente.

5- Intravenosa: a concentração desejada de um fármaco no sangue é obtida com


uma precisão e rapidez que não são possíveis com outros procedimentos.
Algumas características são essenciais para que uma substância possa ser
injetada pela via intravenosa:
- não ser hemolítica;
- não ser cáustica;
- não coagular as albuminas;
- não produzir embolia ou trombose;
- não conter pirogênio;
Em relação às condições do paciente, podemos citar:
- a dificuldade de se encontrar veias adequadas à picada;
- a presença de tecidos com muitos hematomas ou mesmo feridos;
- a intensa dor sentida pelo paciente à aplicação, devida a sua doença ou outro
motivo.
Também é provável a ocorrência de reações desfavoráveis, na aplicação
via venosa. Uma vez injetado um fármaco, não há maneira de retirá-lo. Injeções
intravenosas repetidas dependem da capacidade em manter uma veia permeável.
Em geral, a injeção intravenosa deve ser administrada lentamente e com
monitorização constante das reações do paciente.
É importante ressaltar que a aplicação de drogas depende, além das
condições já propostas, do equipamento e do "aplicador", seja médico, enfermeiro
ou outro profissional da área de saúde. O equipamento deve ser adequado a
cada método, devendo ser, entre outras qualidades, descartável. O "aplicador" do
método deve ser capacitado de praticá-lo, já que tem em suas mãos uma grande
responsabilidade.

6- Subcutânea: só pode ser usada para administrar substâncias que não são
irritantes para os tecidos. A absorção costuma ser constante e suficientemente
lenta para produzir um efeito persistente. A absorção de substâncias implantadas
sob a pele (sob forma sólida de pellet) ocorre lentamente ao longo de semanas ou
meses. Alguns hormônios são administrados de forma eficaz dessa maneira;

7- Injeção Intramuscular: injeções intramusculares depositam a medicação


profundamente no tecido muscular, o qual por ser bastante vascularizado pode
absorvê-la rapidamente. Esta via de administração fornece uma ação sistêmica
rápida e absorção de doses relativamente grandes (até 5ml em locais adequados).
Pelo fato de possuir uma ação rápida, esta via é utilizada em quadros de
Reação Anafilática, através da administração intramuscular de Betametazona ou
Dexametasona, como conduta emergencial.
As injeções intramusculares são recomendadas para os pacientes não
cooperativos ou aqueles que não podem tomar a medicação via oral e para as
medicações que são alteradas pelo suco digestivo. Os tecidos musculares
possuem poucos nervos sensoriais, permitindo na injeção uma administração
menos dolorosa de medicações irritantes. O local de uma injeção intramuscular
deve ser escolhido cuidadosamente, levando em consideração o estado físico
geral do paciente e a proposta da injeção. As injeções intramusculares são contra-
indicadas em pacientes com mecanismo de coagulação prejudicados, em
pacientes com doença vascular periférica oclusiva, edema e choque, porque estas
moléstias prejudicam a absorção periférica. Além de não serem administrado em
locais inflamados, edemaciado ou irritado ou ainda em locais com manchas de
nascença, tecido cicatrizado ou outras lesões.

8- Via Intra-arterial: é raramente empregada, quer seja pelas dificuldades


técnicas em aplicá-la, quer seja pelos riscos que oferece. A justificativa de uso tem
sido obter altas concentrações locais de fármacos, antes de ocorrer sua diluição
por toda circulação. Uma variante dessa é a via intracardíaca, hoje em desuso,
desde que foi substituída pela punção de grandes vasos venosos para administrar
fármacos em reanimação cardio-respiratória.

9- Intratecal: empregada quando se deseja efeitos locais e rápidos nas meninges


ou no eixo cérebro-espinhal, como na anestesia espinhal ou nas infecções agudas
do SNC. Os fármacos algumas vezes são injetados diretamente no espaço
subaracnóideo espinhal.

10- Intraperitoneal: por essa via, os fármacos penetram rapidamente na


circulação através da veia porta. A injeção intraperitoneal é um procedimento
laboratorial comum, embora raramente seja empregado na prática clínica.

11- Absorção Pulmonar: os fármacos gasosos e voláteis podem ser inalados e


absorvidos através do epitélio pulmonar e das mucosas do trato respiratório. As
vantagens são a quase instantânea absorção para o sangue, ausência de perda
hepática de primeira passagem e, no caso das doenças pulmonares, a aplicação
local do fármaco no ponto de ação desejado.
Entretanto, a administração via pulmonar apresenta algumas desvantagens:
- controle insatisfatório da dose;
- método de administração pouco prático;
- muitos fármacos voláteis e gasosos provocam irritação do epitélio pulmonar.

12- Aplicação Tópica:


Nas Mucosas - a absorção através das mucosas ocorre rapidamente. Na
verdade, os anestésicos locais aplicados para efeito local algumas vezes são
absorvidos tão rapidamente que provocam efeitos tóxicos sistêmicos.
Na Pele - poucas substâncias penetram facilmente através da pele íntegra. A
absorção daquelas que o fazem é proporcional à superfície sobre a qual são
aplicadas e à sua lipossolubilidade. A absorção ocorre com maior facilidade
através de pele com abrasão, queimaduras ou soluções de continuidade. As
reações inflamatórias e outros tipos de problemas que aumentam o fluxo
sanguíneo cutâneo também aumentam a absorção. Para a administração por essa
via, não se deve receitar grandes quantidades de drogas. Essas devem ser de
fácil absorção e não irritantes do tecido.
No Olho - os fármacos oftálmicos de aplicação tópica são prescritos basicamente
por causa de seus efeitos locais. Em geral, não é desejável a absorção sistêmica
que resulta da drenagem através do canal nasolacrimal.

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