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JAMES N. GREEN
“Ele foi uma pessoa que vivia em certo sentido antes do seu tempo, pois a sociedade
brasileira não estava preparada para receber as novidades que ele apresentava, por exemplo,
na sua campanha eleitoral de 1986 ou inclusive nas campanhas sobre HIV/Aids. O país também
passou por muitas crises econômicas, políticas e sociais desde 1992, quando ele faleceu. Não
sei se é verdade que os brasileiros não têm memória, mas às vezes é essencial oferecer um
livro, um documentário, ou um filme sobre uma pessoa extremamente importante numa
determinada sociedade justamente para relembrar as pessoas sobre estas figuras
extraordinárias, que viveram em outros momentos”, diz Green em entrevista para o blog da
Record.
O livro, que tem orelha de Dilma Rousseff e um encarte de fotos, chega às livrarias pela
Civilização Brasileira em agosto.
TRECHO
“É fácil presumir que a dedicação de Herbert à sua nova vida como revolucionário era
puramente política. Seu comprometimento durante os sete anos seguintes foi tão absoluto
que pode parecer injusto atribuir qualquer outro motivo ao seu profundo envolvimento. No
entanto, parece que as intensas amizades que construiu na faculdade e, mais tarde, em
condições adversas na clandestinidade, tornaram-se tão importantes quanto sua devoção
ideológica à mudança radical. Ele compartilhava de uma causa comum com pessoas que não
pareciam notar que ele era homossexual – nem se importar a respeito disso. Os laços
poderosos entre camaradas, forjados no projeto conjunto contra o inimigo comum, criaram
um sentimento de pertencimento que superava o isolamento que sentira devido aos seus
desejos sexuais não normativos. Ali estava uma chance de distanciar-se o sentimento de exílio
das atividades de seus contemporâneos.”
ORELHA
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