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PARLAMENTO

NACIONAL
Secretariado da Bancada Parlamentar de FRETILIN


MOÇÃO DE REJEIÇÃO


Após análise do Programa do VIII Governo, e de acompanhar a apresentação feita por Sua
Excelência Senhor Primeiro Ministro, Sr. José Maria de Vasconcelos, a Bancada da FRETILIN
no Parlamento Nacional é de opinião que:

1. O programa não reflete as necessidades e contexto atuais do nosso povo e do nosso
País, não refletindo também a capacidade do atual Governo para execução no tempo
de 5 anos de mandato.

a) A composição do Próprio Governo, ou máquina que deverá traduzir este programa
para responder as necessidades do povo, é fraco e não nos inspira confiança que
poderão executar o programa como está apresentado.

b) Dados apresentados no programa e pelo discurso de Sua Excia Senhor Primeiro
Ministro são falsos, em grande parte, e não atualizados noutros.

c) Educação e Língua de Ensino: Sua Excia Sr. Primeiro Ministro, como Presidente da
República defendeu várias vezes a Língua Portuguesa como Língua de Ensino. Hoje
o Governo que lidera apresenta no seu programa uma Política de Educação onde
reforça a utilização de Língua Materna ou Primeira Língua. Isto demonstra falta de
consistência entre a Política defendida pelo Chefe do Governo, e o que o Governo
planeia implementar, reforçando a nossa falta de confiança no sucesso da sua
implementação.

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d) Saúde: o programa apresenta dois planos (2.2.3 – 1 e 2) que deveriam ter sido
implementados em 2015, segundo o PEDN, mas até hoje ainda não foi
implementado. Não será possível dar continuidade a programas que ainda não
foram iniciados. Isto demonstra que o atual governo não desenvolveu este
programa com base em dados reais da situação atual do nosso País.

e) Pré-escolas: no PEDN, a meta era de ter 253 edifícios para pré-escolas e 758 salas
de aulas até 2015. Depois de 8 anos, até o ano corrente, apenas foram construídos
e reabilitados 31 edifícios para pré-escolas. No Programa apresentado
comprometem-se a construir e reabilitar 100 pré-escolas (2.1.1). Tendo em conta
que em 8 anos conseguiram apenas 31, não conseguimos ter confiança que
conseguirão 100 em 5 anos, incluindo recursos humanos, equipamentos e
materiais didáticos que são mencionados no programa. Devemos ser realísticos
sobre os recursos que temos atualmente e a capacidade (neste caso falta dela)
para atingir as metas.

f) Estes são apenas alguns exemplos das muitas inconsistências, especialmente nos
dados macroeconómicos e nas previsões de crescimento económico sustentável e
inclusivo, que este Programa de Governo apresenta, todas elas reforçando a nossa
convicção que o VIII Governo apresenta um Programa que não conhece e, por isso
mesmo, não está em condições de o executar.

g) Pela nossa análise, este programa necessitará de um grande investimento
orçamental e, com base na experiência, sabemos que a capacidade de absorção
da máquina do estado não é suficiente. Por exemplo, entre 2012 e 2016 a
execução orçamental foi de 78%, sem contar com esbanjamentos, desvios de
fundos, e projetos sem qualidade. Por essa razão, duvidamos da capacidade da
máquina de estado poder absorver o orçamento relacionado com um programa
desta envergadura.



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2. Lista de compras

a) O que se encontra apresentado no documento do Programa de Governo tem
estrutura de um Manifesto de Campanha, onde promessas são feitas sem um
“timeframe”;
b) O Programa não é realístico para o tempo de Governação que este Governo tem
(5 anos), visto que tudo não poderá ser implementado em tão curto espaço de
tempo, e parece estar a querer deitar areia aos olhos do povo;

3. Programa não é claro em relação a projeção do que o programa poderá atingir em
específico, em 5 anos. As metas apresentadas são gerais. O Programa apresentado
para apreciação não demonstra clara sobre ligação entre os objetivos, metas e ações.

4. Quando o VII Governo apresentou o seu programa de Governo para apreciação, os
deputados das bancadas que hoje lideram o governo comentaram que não havia
coerência e consistência. Este Governo por si já demonstra uma falta de coesão
interna, incluindo a falta de capacidade em completar a formação do governo, mas
hoje apresentam um programa apresentando reais incoerências e inconsistências

5. O Programa continua na mesma linha da propaganda eleitoral ao eleger
RAEOA/ZEESM, único caso de sucesso nos últimos três anos, como alvo a abater,
esquecendo-se dos fracassos da Governação de dez anos do CNRT/AMP/Bloco.

6. O Programa elege o Desenvolvimento Tasi Mane como fator determinante para incutir
um crescimento económico de Timor-Leste sem ser capaz de garantir uma certeza no
desenvolvimento do Campo Sunrise.

Concluímos então que

Esta moção de rejeição não significa que ignoramos as necessidades do Povo, que qualquer
governo tem o dever de o responder, mas através deste programa este governo não
demonstra que o poderá fazer.

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O programa é um Manifesto Eleitoral Antecipado, o que demonstra a consciência do Primeiro-
Ministro de que o seu Governo é um Governo contratado a termo certo pelo Líder do CNRT
Xanana Gusmão.

Por tudo isso, e para não ser cúmplice de mais uma manipulação política-governativa, a
Bancada da FRETILIN, ao abrigo do disposto pelo número 2 do artigo 109º da Constituição
da República Democrática de Timor-Leste, da alínea e) do artigo 13º e do nº 1 do artigo 136º
do Regimento do Parlamento Nacional, apresenta esta Moção de Rejeição ao Programa do
VIII Governo Constitucional liderado pelo Primeiro-Ministro José Maria de Vasconcelos,
vulgo, Taur Matan Ruak.


Díli, 25 de Julho de 2018

Pela Bancada Parlamentar da FRETILIN



Deputado Aniceto Longuinhos Guterres Lopes
Presidente da Bancada

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