Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Introdução
4) Deus pode levar alguém até uma posição de governante? Sim, pode. Mas
isso não é regra e acho pouco provável que Deus queira fazer isso
dependendo exclusivamente do voto da igreja. Deus não criou a igreja para
votar, montar partidos ou eleger governantes.
5) Para alguém ser eleito, pela vontade de Deus ou não, deve conquistar
apoio em amplos setores da sociedade, da qual a igreja apenas seria mais
um. Ou seja: a eleição de alguém é uma escolha humana, onde a igreja,
composta de humanos, apenas participa.
8) O ponto que quero enfatizar é que eleições são atividades tão seculares
como ir comprar pão. As conseqüências são maiores mas mesmo assim não
dá para espiritualizar o que Deus entregou para a nossa exclusiva
competência. Repito: Deus nos deu a terra para nós governarmos e não Ele.
Deus, a princípio, não tem candidatos.
9) Mas, então, o que Deus requer de nós em uma eleição? O mesmo que
espera de todo ser humano, independente de ser crente ou não: Escolher
um governo que cumpra adequadamente suas funções, ou seja: que
procure fazer um país o mais justo, igual e próspero possível.
10) A condição pecaminosa humana impede que qualquer governante,
sistema de governo ou partido consiga estabelecer um país justo, igual e
próspero. Essa utopia só se realizará no governo de Cristo. Mas isso não
quer dizer que devamos cruzar os braços e deixar o barco afundar. É uma
escolha do menos pior. Ou do mal menor.
12) Desde que o mundo foi contaminado pelo pecado existem dominadores
e dominados. Senhores e escravos. Patrões e empregados. Conquistadores
e conquistados. A desigualdade é uma marca do gênero humano e isso
sempre gerou conflitos.
13) O grupo que está ‘por cima’ sempre quer manter seu status e abafar o
grupo que está ‘por baixo’. Independente de quem está com a razão (na
maioria dos casos ninguém está!). Os egípcios oprimiam os hebreus, os
babilônios oprimiram os judeus, os romanos oprimiram os cristãos, a igreja
católica oprimiu os protestantes, os burgueses oprimiram os operários, a
igreja anglicana oprimiu os metodistas e por aí vai.
18) Não mais usamos armas mas o voto. Os vencedores não podem fazer
tudo. As atribuições de um governo são divididas: Uma parte cuida da
aplicação da justiça, outra da execução das responsabilidade do estado
(exército, escolas, saúde, dinheiro, etc.) e outra da feitura das leis e da
fiscalização.
20) Fica fácil entender esse conceito quando pensamos em minorias étnicas
como em países da África, ou mesmo no atual estado de Israel, onde a os
árabes elegem seus deputados, apesar do país ser judaico.
23) Esses interesses divergentes são incontáveis. E cada grupo faz pressão,
banca campanhas, procura votos para seus candidatos entre outros
expedientes. É uma luta que nem sempre aparece. Ninguém quer perder o
seu negócio.
24) Apenas para citar um fato, nas eleições de 2002, uma associação que
representa um desses grupos econômicos anunciou que se tal candidato
vencesse, os 800 maiores empresários do país fechariam suas fábricas e
sairiam do país. Era uma chantagem, que acabou não acontecendo.
25) Para citar alguns temas econômicos: valor do salário mínimo, programas
sociais, impostos, pedágios nas estradas, fiscalização de leis trabalhistas,
regulação do mercado de capitais e dos bancos, taxa de juros, subsídio para
construção de casas, ajuda do BNDES para empreendimentos, licenças
ambientais mais rígidas para obras, etc.
28) Se você depende de um benefício dado pelo governo (pode ser tanto o
bolsa família quanto o financiamento do BNDES), e quer que ele seja
mantido, considere votar no candidato do governo.
31) Por outro lado, o cristão que é servidor público, e que trabalha
corretamente, pode considerar votar no candidato que, segundo seu
entendimento, vai valorizar seu trabalho. Não está sendo hipócrita.
32) Não quer dizer que devemos votar apenas pelos nossos interesses. Mas
não quer dizer também que somos obrigados a desprezá-los. Não devemos
ser ingênuos: Democracia não é um sistema para escolher o melhor para o
país. É um sistema de defesa de interesses no qual as partes conflitantes
perdem o mínimo possível.
Ideologias em conflito
38) No outro extremo desse eixo econômico, há a visão que o Estado não
deve se intrometer em nada na economia. O próprio mercado se ajustará
sozinho às demandas e necessidades da população, sempre de maneira
mais eficiente possível. Quem for competente se estabelecerá. Quem não
conseguir, ficará na miséria, pois não merece estar no mercado. A palavra
chave aqui é meritocracia. É o que chamam de capitalismo ou direita.
45) Do outro lado do eixo, estão as pessoas que acham que o Estado não
deve se meter em praticamente nada na vida de ninguém, pois cada um
deve dar conta de si mesmo. As pessoas são livres e responsáveis por seus
atos e tirando as garantias mínimas de respeito a vida e a propriedade,
ninguém tem nada a ver com a vida do outro. Querem um estado garantidor
das suas liberdades.
48) O que não quer dizer que devamos apoiar ditaduras. A bíblia também é
contra a opressão. Há algum espaço para divergência nesse eixo entre os
cristãos mas temos certeza que Deus condena a libertinagem. Deus é um
Deus moral. Não dá para ir alem disso.
49) Não existe grande correlação entre opções dos eixos econômico e de
liberdade. Existem estados interventores de direita e de esquerda. Existem
estados garantidores de direita e de esquerda.
Esquer Direit
da a
É um pouco contra a
intervenção do estado e é
bastante de ‘direita’
Estado
Garantidor
51) Voltando as eleições, devemos considerar votar nos candidatos que
defendem o mais próximo possível da nossa própria ideologia. Como é
pouco provável que todos pensem da mesma forma, nos agrupamos em
torno das idéias comuns.
56) Haverá uma ideologia dominante? Sim. Mas ela é o resultado das
pressões das inúmeras pressões que as demais ideologias fazem na luta
democrática por mais e mais espaço. E o que não era aceito ontem, hoje já
pode passar a ser. E o contrário também.
59) A mídia, que deveria ser fonte confiável de informações, no Brasil tem
se mostrado parcial e em alguns casos desinforma seus
leitores/expectadores. Não baseie seus julgamentos somente no que dizem
os jornais e na televisão.
Recomendação final
63) Não precisava nem lembrar, mas é obvio que não devemos votar em
pessoas com péssima reputação moral. Tendo o devido cuidado com
acusações sem provas, não vote em corruptos e bandidos, só por
defenderem seus interesses ou ideologia. É melhor votar em branco.
64) Peça a Deus calma e discernimento. Ele certamente te ouvirá. Que Deus
nos abençoe. Amem.