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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ATUARIAIS

MARIA CLARA SILVA DE SOUZA

O PODER DE AFERIÇÃO REPRESENTADO PELA DEMONSTRAÇÃO


DO VALOR ADICIONADO

RECIFE

2017
1. INTRODUÇÃO
O mundo vem passando por transformações tanto políticas, econômicas quanto
sociais, e as empresas são afetadas diretamente com isso, pois a competitividade está
acirrando-se cada vez mais e é preciso acompanhar essa evolução mudando antigos
padrões, formando um novo ambiente empresarial onde não prevaleçam apenas os
interesses dos acionistas, mas de todos os seus colaboradores, funcionários,
fornecedores, clientes e toda a sociedade.
Com o crescente dinamismo existente no mercado, aonde transformações
sociais, econômicas e políticas com reflexos no ambiente empresarial ocorrem
constantemente, as empresas necessitam buscar continuamente novas estratégias, no
intuito de desenvolver suas atividades com êxito em um ambiente complexo e altamente
competitivo (COSENZA, 2003).
A Contabilidade baseia-se na realidade social e histórica até os tempos atuais
para a elaboração de suas informações. Com o advento da globalização econômica, as
companhias passaram a realizar suas atividades em um ambiente altamente competitivo
e complexo, o que faz da informação uma das variáveis mais importantes para o
processo decisório, tanto dos usuários internos como externos. Conforme Torres (2002,
p. 1), desde o início do século XX registram-se preocupações com responsabilidade
social por parte das empresas; contudo, isso se torna mais evidente somente a partir dos
anos 60, nos Estados Unidos da América, e no início da década de 70, na Europa,
particularmente na França, com a divulgação dos chamados balanços ou relatórios
sociais.
Sendo assim, as demonstrações contábeis passaram a ampliar as suas
informações para que possam atender aos diversos usuários da Contabilidade, sendo
sócios ou acionistas, fornecedores e financiadores, governo, administradores e
empregados. Uma dessas demonstrações foi a DVA (Demonstração do valor
adicionado).
A Demonstração do valor adicionado produz informações referentes à riqueza
gerada pela empresa e a forma como foi feita a sua distribuição aos agentes econômicos
que ajudaram a produzi-la: os empregados, o governo, o proprietário, sócios e acionistas
e a própria entidade, que retém os lucros.
Segundo Cosenza (2003), a Demonstração do Valor Adicionado, doravante
denominada DVA, assume o papel de demonstração contábil complementar, visando
informar sobre a participação de todos os fatores econômicos que intervieram na criação

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de valor para a entidade e o consequente rateio desse valor entre esses mesmos agentes
econômicos.
Conforme Braga (2008), a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é uma
resposta às novas necessidades dos usuários da informação contábil, uma vez que
reforça o processo de evidenciação cujo objetivo é demonstrar a forma como se deu a
geração de riqueza e sua distribuição entre os diversos agentes econômicos da
sociedade. Logo, evidencia quanto de valor a empresa agrega durante seu processo
produtivo e distribui aos agentes econômicos.

2. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA DA PESQUISA


A contabilidade, dentre todas as suas premissas, tem como a mais importante a
demonstração e aproximação das relações entre indivíduos da sociedade quando
consideramos a Ciência Contábil como uma ciência Social (IUDÍCIBUS, 2009, p. 15).
O Balanço Social é um instrumento que apresenta informações sociais,
ambientais e econômicas a respeito da empresa.
Tinoco define:
O Balanço Social tem por objetivo ser eqüitativo e comunicar informação
que satisfaça à necessidade de quem dela precisa. Essa é a missão da
contabilidade, como ciência de reportar informação contábil, financeira,
econômica, social, física, de produtividade e de qualidade. (TINOCO, 2001,
p.34)
Camargo (2010) define também, como principal objetivo da Demonstração do
Valor Adicionado demonstrar o grau de envolvimento da entidade em relação à
sociedade que a acolhe, devendo ser entendido como um instrumento no processo de
reflexão sobre as atividades das entidades e dos indivíduos no contexto social.
Dessa forma, a contabilidade passa a contribuir para que também, a comunidade,
em que a entidade está inserida, e a sociedade de uma forma geral, possam contar com
informações que as ajudassem a avaliar as vantagens e desvantagens em acolher essas
entidades.
Na década de 60, com o surgimento de movimentos sociais na Europa, surgiram
as primeiras exigências da sociedade em relação à cobrança de responsabilidade social
por parte das empresas.
Na era da globalização e da chamada sociedade da informação, a conduta das
empresas pode ser facilmente monitorada por indivíduos localizados em qualquer parte

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do mundo (YOUNG, 2004). Esta mudança no ambiente de negócio reflete-se na forma
de risco sob a ótica das companhias.
No Brasil, a Lei nº. 11.638/2007 torna obrigatória a publicação da Demonstração
do Valor Adicionado, que consequentemente obriga a divulgação do Balanço Social,
pois neste encontra-se, por meio de um apêndice a Demonstração do Valor Adicionado.
Cita Azevedo (2008), o artigo 1º da Lei nº 11.638 de 28.12.2007, em vigor desde
01.01.2008, introduziu o inciso V do artigo 176 da Lei nº 6.404/1976, criando a
obrigatoriedade da elaboração da Demonstração do Valor Adicionado – DVA para as
Companhias Abertas, que deverão elaborar a Demonstração do Valor Adicionado,
contemplando as seguintes informações: “o valor da riqueza gerada pela companhia, a
sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais
como empregados, fornecedores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da
riqueza não distribuída”.
Baseado no contexto exposto anteriormente, o problema de pesquisa deste
trabalho foi formulado pela seguinte questão: qual o poder de aferição representado
pela DVA das sociedades de capital aberto brasileiras, no que concerne a
informações sobre a formação de riqueza pelas empresas e sua distribuição aos
agentes econômicos que ajudaram a criá-la, como proprietários, sócios e acionistas,
governo, financiadores externos e empregados?
A resposta a essa questão pode contribuir para um melhor entendimento da
distribuição de riqueza pelas empresas de capital aberto brasileiras entre os diversos
setores da sociedade, mostrando de que forma as informações apresentadas nessa
demonstração contribui para um maior entendimento da distribuição de riqueza na país.

3. JUSTIFICATIVA
O presente trabalho justifica-se pelas exigências da legislação brasileira para a
elaboração e divulgação das demonstrações financeiras, que está convergindo às normas
internacionais de contabilidade, com auxílio da lei nº. 11.638/07, além da necessidade
de maiores informações sobre as práticas socioeconômicas de cada entidade,
principalmente das entidades de capital aberto.

Conforme Silva e Freire (2001), atualmente, as empresas têm assumido


responsabilidades que vão além do seu objetivo principal, o lucro, o que tempos atrás. a

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lógica dominante das empresas era o da produtividade em função da lucro e o “Social”s
seria a remuneração repassada aos trabalhadores pela sua força de trabalho.

Percebe-se ainda uma constante interação das empresas com a sociedade e o


ambiente na qual estão inseridas.

Diante desse cenário, o trabalho se justifica dado à importância da DVA em


evidenciar a contribuição que a empresa traz para a sociedade onde está inserida; por
proporcionar informações que podem ser utilizadas na gestão das empresas; dentre
outras.

4. OBJETIVOS
Os objetivos serão definidos em objetivo geral e objetivos específicos.

4.1. Objetivo geral

O objetivo geral desta pesquisa é verificar se existe diferença significante entre o


perfil da distribuição de riqueza das empresas privadas listadas na BM&FBOVESPA,
pelos setores de atuação.

4.2. Objetivos específicos

 Evidenciar a utilização da DVA para os agentes econômicos da


sociedade;
 Avaliar a participação dos agentes de distribuição de riqueza pelas
empresas privadas de capital aberto;
 Comparar os perfis de distribuição de riqueza utilizados pelas empresas
privadas de capital aberto.

5. METODOLOGIA
Neste trabalho, será utilizada uma abordagem Empírico-Analítica que, segundo
Martins (2000, p. 26):
[...] são abordagens que apresentam em comum a utilização de técnicas de
coleta, tratamento e análise de dados marcadamente quantitativos.
Privilegiam estudos práticos. Suas propostas têm caráter técnico, restaurador
e incrementalista. Têm forte preocupação causal entre variáveis. A validação

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da prova científica é buscada através de testes dos instrumentos, graus de
significância e sistematização das definições operacionais.
Constitui-se de uma primeira parte em que será feita a fundamentação teórica
com a utilização da técnica de pesquisa bibliográfica. Num segundo momento, serão
utilizados dados secundários, obtidos juntos ao site BM&FBOVESPA, para a realização
da pesquisa empírica.

5
REFERÊNCIAS

AZEVEDO, O. R. DFC e DVA: demonstração dos fluxos de caixas e demonstração do


valor adicionado. São Paulo: IOB, 2008.

BRAGA, PAULO DE TARSO SILVA. Demonstração do Valor Adicionado (DVA):


um estudo comparativo de perfil de distribuição de riqueza pelas empresas estatais e
privadas do Brasil. Natal, 2008.

CAMARGO, Suse Reis. Demonstração do Valor Adicionado. Artigo para


Especialização em Auditoria e Gestão de Tributos. Universidade Católica de Goiás,
Goiânia, 2010.

COSENZA, José Paulo. A eficácia informativa da Demonstração do Valor Adicionado.


Revista Contabilidade e Finanças USP. São Paulo: ano XIV, edição especial, p.7-29,
out.2003.

IUDÍCIBUS, Sérgio de, MARTINS, Eliseu, GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de


contabilidade das sociedades por ações. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2009

MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de monografias e


dissertações. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2000.

SILVA, César Augusto Tibúrcio; FREIRE, Fátima de Souza. Balanço social: teoria e
prática. São Paulo: Atlas, 2001

YOUNG C. E. F., MAY P. H., da VINHA V. & ALMEIDA F. Tendências,


macroeconômicas e a geopolítica da competitividade global da sustentabilidade. AFM-
CEBDS-UFRJ, Dezembro de 2004

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