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Interações medicamentosas: analgésicos, antiinflamatórios e

antibióticos (Parte II)

Drug Interactions: Analgesics, Antimicrobial and


Anti-Inflammatory Agents
Cristiane de Cássia Bergamaschi 1
Michelle Franz Montan 1
Karina Cogo 1
Gilson César Nobre Franco 1
Francisco Carlos Groppo 2
Maria Cristina Volpato 2
Recebido em 13/09/2006 Eduardo Dias de Andrade 2
Aprovado em 14/10/2006 Pedro Luiz Rosalen 2

RESUMO
Esta revisão, a segunda da série, descreve as principais interações que podem ocorrer com os fármacos
antimicrobianos e analgésicos prescritos na clínica odontológica. É responsabilidade do cirurgião-dentista conhe-
cer as possíveis interações que podem ocorrer com os fármacos antimicrobianos e analgésicos e o potencial risco
dessas associações, a fim de que possa evitá-las durante o tratamento odontológico. Os autores discutem se
essas associações comprometem a eficácia dos medicamentos e em que situações essas interações devem ser
evitadas. Recomendações e precauções são também fornecidas com o objetivo de prevenir estas complicações.
Descritores: Odontologia; Interações de medicamentos; Fármacos/administração & dosagem; Farmacologia.

ABSTRACT
This review , the second of a series, describes the main interactions between analgesics and antimicrobial
agents in dental practice. The dentist must be well aware of the interactions that may occur when multiple
medications are administered in order to avoid complications during dental treatment. The authors discuss if
these associations interfere with drug efficacy and when such associations must be avoided. Caution and
recommendations to prevent complications due to drug association are also discussed.
Descriptors: Dentistry; Drug interactions; Pharmaceutical preparations; Pharmacology.

INTRODUÇÃO ras interações medicamentosas (MOORE et al., 1999).


O crescente consumo de medicamentos contribui Uma atenção especial deve ser dada aos ido-
para que o cirurgião-dentista (CD) tenha uma maior pro- sos, pois, além do considerável aumento deste grupo
babilidade de prescrever medicamentos, os quais podem de indivíduos, o tratamento odontológico neles geralmente
interagir negativamente com medicamentos rotineiramente é mais extenso, e a história médica pode limitar ou modi-
utilizados pela população, fato que pode ocasionar seve- ficar o tratamento odontológico (ETTINGER, 2006).

1. Doutorando (a) em Farmacologia, Anestesiologia e Terapêutica da FOP/UNICAMP*.


2. Professor (a) Titular em Farmacologia, Anestesiologia e Terapêutico da FOP/UNICAMP*.
* Departamento de Ciências Fisiológicas - Faculdade de Odontologia da UNICAMP – FOP/UNICAMP – Piracicaba – São Paulo - Brasil

ISSN 1679-5458 (versão impressa) Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-fac., Camaragibe


ISSN 1808-5210 (versão online) v.7, n.2, p. 9 - 18, abr./jun. 2007
BERGAMASCHI et al.
A compreensão das reações adversas causa- fármacos efetivos em qualquer nível de dor
das pela associação de fármacos é importante na edu- odontogênica, desde leve, moderada até severa, são
cação dos CDs. A maneira mais eficaz de preveni-las considerados entre os fármacos mais prescritos no
é garantir que o CD, durante sua graduação, tenha mundo (WYNN e COOK, 2006).
conhecimento das possíveis interações e suas compli- Recentemente, novos AINES que apresentam
cações e saiba propor estratégicas terapêuticas ade- maior seletividade pela enzima COX-2 foram desen-
quadas ao tratamento odontológico. Como profissional volvidos com o objetivo de provocar menos efeitos
da saúde, o CD é responsável por potenciais interações colaterais, tais como danos na mucosa gastrintestinal.
que podem ocorrer entre os medicamentos prescritos Apesar disso, estudos recentes demonstraram não
e os medicamentos já utilizados pelos pacientes existirem evidências que comprovem a segurança
(MOORE et al., 1999). gastrintestinal dos antiinflamatórios seletivos da COX-
Esta revisão afigura-se como segunda de uma 2 em relação aos não seletivos, sugerindo que esses
série que descreve as principais interações fármacos não são tão seguros como se imaginava
medicamentosas que podem ocorrer na rotina (HIPPISLEY-COX et al., 2005).
odontológica. A primeira revisão descreveu as Os AINES inibem a síntese de prostaglandinas
interações que podem ocorrer relacionadas a fatores e tromboxanos e, dessa forma, possíveis interações
individuais dos pacientes. Essa revisão descreve as podem ocorrer com medicamentos que dependem de
interações medicamentosas que podem ocorrer com níveis séricos desses mediadores químicos. Outro fa-
os analgésicos, os antiinflamatórios e antimicrobianos, tor relevante é o alto grau de ligação protéica deste
fármacos amplamente utilizados no controle da dor e grupo de fármacos, a qual pode predispô-los a
infecção no tratamento odontológico. O terceiro artigo interações com outras drogas que também apresen-
revisará as interações medicamentosas que podem tam essa mesma característica (HAAS, 1999).
ocorrer com outros fármacos utilizados durante o aten-
dimento odontológico, tais como ansiolíticos, sedativos • Fármacos anti-hipertensivos
e anestésicos locais. As classes mais comuns de anti-hipertensivos
são os iECA (inibidores da enzima conversora de
REVISÃO DA LITERATURA angiotensina), tais como captopril, enalapril, fosinopril
Interações medicamentosas com analgésicos/ e lisinopril; os diuréticos, tais como furosemida, ácido
antiinflamatórios etacrínico e hidroxiclortiazida; e os beta-bloqueadores,
A dor pós-operatória produzida por procedimen- tais como propranolol, nadolol, metoprolol e atenolol.
tos odontológicos é, geralmente, de natureza infla- Esses medicamentos necessitam das prostaglandinas
matória sendo mais comumente tratada com (PGs) renais para exercerem o seu mecanismo de ação
analgésicos ou antiinflamatórios, dependendo da in- (HOUSTON, 1991). As PGs renais modulam a
tensidade dolorosa. Esses fármacos são também muito vasodilatação, a filtração glomerular, a secreção tubular
utilizados como automedicação para o controle da dor de sódio/água e o sistema renina-angiotensina-
odontogênica (MEECHAN, 2002). Os fármacos mais aldosterona, os quais são fatores essenciais no con-
utilizados no Brasil para essas situações são: trole da pressão arterial. As PGs são ainda mais
antiinflamatórios não-esteroidais (AINES), paracetamol importantes em pacientes hipertensos, os quais pos-
(acetaminofeno) e dipirona. suem baixa produção de renina (DOWD et al., 2001).
1) Interações com AINES Os AINES podem diminuir a ação dos anti-
Estudos clínicos demonstraram que estes são hipertensivos, pois inibem a síntese de PGs renais.
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Outros tipos de anti-hipertensivos, tais como os WOLFF, 2002). Além disso, o ibuprofeno pode aumentar
inibidores de canal de cálcio (nifedipina, verapamil e o risco de hemorragia gastrointestinal em pacientes
diltiazem), não dependem das PGs renais e, portanto, que fazem terapia com fármacos antiagregantes
não sofrem esse tipo de interação. plaquetários, como o clopidogrel (MEECHAN, 2002). A
Os beta-bloquedores reduzem a pressão por associação de antiinflamatórios COX-2 seletivos, tais
diversos mecanismos, incluindo o aumento de como o celecoxibe, com a varfarina produz um au-
prostaglandinas circulantes. Seu efeito pode também mento leve, mas não significante do sangramento
ser inibido pelos AINES, devido à inibição da síntese gastrointestinal (CHUNG et al., 2005).
dessas prostaglandinas circulantes.
Os AINES podem também interferir com a ação • Antimetabólicos
dos diuréticos, pois reduzem a eficácia na secreção O metotrexato é um fármaco antimetabólico
de sódio, podendo provocar um aumento na pressão indicado em baixas doses, no tratamento de artrite
arterial e afetar a atividade da renina plasmática, a reumatóide e, em altas doses, na terapia
qual controla o sistema renina-angiotensina- anticancerígena. Interações entre os AINES e o
aldosterona (HAAS, 1999). metotrexato são mais comuns de ocorrer na terapia
anticancerígena. Os antiinflamatórios podem reduzir
• Lítio a excreção renal do metotrexato, predispondo este
A terapia com sais de lítio caracteriza-se como medicamento aos seus efeitos tóxicos, como por exem-
a primeira opção de escolha para tratamento e profilaxia plo, falência renal (HAAS, 1999; MEECHAN, 2002).
de desordens psiquiátricas, especialmente a depres-
são bipolar. Esse medicamento possui baixo índice • Aspirina
terapêutico e, por, isso um aumento na sua concentra- A aspirina é um medicamento rotineiramen-
ção plasmática pode acarretar efeitos adversos, tais te utilizado devido ao seu efeito cardioprotetor. Esse
como: poliúria, polidipsia, náusea, vômitos, diarréia, fármaco reduz a formação de trombos pela inibição
tremores e sedação (SIDHU et al., 2004). Doses maio- da agregação plaquetária, sendo utilizado na pre-
res de lítio podem também levar a convulsões, coma e venção de eventos tromboembolíticos em pacientes
morte. Foi sugerido que os AINES poderiam aumentar com história de enfarto do miocárdio, angina instá-
a concentração plasmática do lítio através da redução vel ou trombose coronária (WYNN e COOK, 2006).
da taxa de filtração glomerular, devido à inibição da A associação dos AINES à aspirina poderia
síntese de prostaglandinas (WILTING et al., 2005). Em potencializar os efeitos irritantes sobre a mucosa
indivíduos com a função renal comprometida e/ou vo- gástrica e, provavelmente, a inibição da agregação
lume intravascular diminuído, a administração plaquetária. É aconselhável que essa interação seja
concomitante de rofecoxibe e lítio poderia resultar numa evitada na clínica odontológica.
intoxicação grave (RATZ BRAVO et al., 2004). Ainda não
existem estudos relacionando outros AINES seletivos a • Outros Antiinflamatórios não-esteroidais
esta intoxicação, entretanto, na medida do possível, o Os AINES estão associados à nefrotoxicidade,
clínico deve evitar, também, outros AINES seletivos. particularmente quando o uso é crônico ou quando é
• Anticoagulantes utilizado em combinação com outro AINE. A prescri-
Os efeitos de fármacos anticoagulantes, como ção dos AINES em Odontologia deve ser por curta
a varfarina e a heparina são aumentados pelos AINES, duração (geralmente menos que 5 dias) e, neste caso,
podendo elevar o risco de hemorragias (SCULLY e mesmo quando associado a outro AINE, utilizado cro-
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nicamente pelo paciente, o risco de causar prejuízo sentando como principal efeito da interação a hipotermia,
renal ao paciente é baixo (HAAS, 1999). visão turva ou qualquer alteração na visão, movimentos
de torção do corpo por efeitos parkinsonianos
2) Interações com paracetamol extrapiramidais distônicos, hipotensão, constipação, en-
O paracetamol é comumente utilizado no con- jôos, sonolência, secura na boca e congestão nasal.
trole de dor odontológica leve a moderada, com a van-
tagem de não promover os efeitos adversos associados Interações medicamentosas com
aos AINES ou aos opióides. O paracetamol é seguro, antimicrobianos
quando utilizado nas dosagens recomendadas por Os agentes antimicrobianos utilizados no trata-
curto período de tempo, consistente com o uso em mento de infecções odontológicas são normalmente uti-
Odontologia (HAAS, 1999). lizados por período de tempo maior, quando comparados
Em doses elevadas (acima de 4g/dia), po- aos outros fármacos utilizados na clínica odontológica,
dem promover nefropatia e hepatotoxicidade fato esse que pode contribuir para o surgimento de
(GAZIANO e GIBSON, 2006). interações medicamentosas (HERSH, 1999).
Embora o paracetamol não apresente Os principais mecanismos de interação que
interações relevantes conhecidas em Odontologia, ocorrem com este grupo de fármacos estão relaci-
especial atenção deve ser dada, quando este medi- onados com a competitividade destes pela ligação
camento for prescrito para pacientes usuários crôni- às proteínas plasmáticas (sendo os fármacos que
cos de álcool. Neles, o uso de paracetamol pode apresentam alto grau de ligação os mais afetados)
resultar em aumento da conversão do paracetamol e a capacidade de alguns fármacos de inibir as
em um metabólito altamente tóxico, podendo provo- enzimas do citocromo P450. Ambos os mecanismos
car danos graves no fígado. Este tipo de associação apresentam como conseqüência o aumento dos ní-
deve ser evitado (FRIEDLANDER et al., 2003). veis plasmáticos destes fármacos. Para essas
interações, especial atenção deve ser dada aos
3) Interações com dipirona sódica fármacos que apresentam baixo índice terapêutico,
A dipirona sódica é um dos analgésicos mais pres- uma vez que pequenos aumentos na sua concen-
critos e eficazes para o controle de dor pós-operatória tração plasmática podem causar sérios prejuízos ao
em Odontologia, sendo utilizada em muitos países além indivíduo (MOORE et al., 1999).
do Brasil. No entanto, em outros países, tais como nos A maioria das infecções dentais é tratada com
Estados Unidos, a dipirona não é comercializada. Assim, antimicrobianos do grupo das penicilinas, a
são escassos na literatura relatos de interações eritromicina, o metronidazol e a tetraciclina. A seguir,
medicamentosas relacionadas com esse analgésico. Se- estão descritas as principais interações entre os
gundo o BPR Guia de Remédios (2005), a dipirona pode
®
fármacos utilizados rotineiramente pelos pacientes e
interagir com algumas drogas. Esse analgésico pode os agentes antimicrobianos.
potencializar a ação do álcool, não devendo, portanto, ser
administrado concomitantemente com bebidas alcoólicas; • Metronidazol com álcool
pode reduzir a ação da ciclosporina, um imunossupressor Em situações em que o CD prescreve o
utilizado em transplantes e indicado em doenças auto- metronidazol, especial atenção deve ser dada aos
imunes resistentes aos corticosteróides ou outra terapia pacientes usuários crônicos de álcool. O metronidazol
convencional e pode, ainda, provocar o aumento das rea- é responsável por inibir a atividade da acetaldeído
ções adversas da clorpromazina, um antipsicótico, apre- desidrogenase, enzima responsável pela metabolização
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do álcool. A administração concomitante de to dos níveis sangüíneos de digoxina, predispondo o
metronidazol com o álcool promove o acúmulo de paciente aos seus efeitos tóxicos, tais como distúrbios
acetaldeído no sangue do paciente, podendo produzir, da visão e arritmias cardíacas (RUBINSTEIN, 2001).
no organismo, uma reação conhecida como a reação Para a claritromicina, são conhecidos outros
tipo dissulfiram, que é caracterizada por sintomas, dois mecanismos prováveis. A digoxina é excretada
como: rubor, suor, palpitações, dispnéia, predominantemente, pela via renal, sendo este pro-
hiperventilação, aumento da freqüência cardíaca, fa- cesso mediado por um transportador chamado de
lha na pressão sangüínea, naúsea, vômito e sonolên- glicoproteína P. É provável que a claritromicina dimi-
cia (HEELON e WHITE., 1998). Existe apenas um relato nua a excreção renal de digoxina, por inibir a ativida-
na literatura em que a provável causa de morte foi de desse transportador. Além disso, a claritromicina é
relacionada a esta associação entre metronidazol e um inibidor enzimático do citocromo P450, podendo
álcool, sendo que ela provocou disritmia cardíaca em essa associação acarretar um aumento da concentra-
decorrência do acúmulo de acetaldeído no sangue ção plasmática de digoxina (PORRAS et al., 2005).
(CINA et al., 1993).
• Eritromicina ou claritromicina com cisaprida,
• Metronidazol com lítio midazolam ou triazolam
Nas situações em que o CD prescreve o O citocromo P450 é formado por um conjunto
metronidazol a um paciente que está sob tratamento de enzimas (isoenzimas), que são responsáveis pela
com sais de lítio, especial atenção deve ser dada em metabolização de um grande número de fármacos.
relação à concentração plasmática desse fármaco, de- A isoenzima CYP3A4 representa 60% das enzimas
vido ao seu baixo índice terapêutico. Os níveis do fígado, responsáveis pela metabolização dos
sangüíneos regulares de lítio devem estar entre 0,8 a fármacos. Eritromicina e claritromicina são potentes
1,5 mEq/L. Níveis sangüíneos de 1,5 a 2 mEq/L ou inibidores da CYP3A4, podendo ocasionar um aumen-
maiores são considerados tóxicos e podem causar le- to da concentração sangüínea e toxicidade de
targia, fraqueza muscular, tremores finos, disfunção fármacos que utilizam essa mesma via de
renal e colapso circulatório (STOCKLEY, 1996; POTTER metabolização (RUBINSTEIN, 2001).
e HOLLISTER, 1998). Existem relatos de arritmia ventricular severa
O provável mecanismo de interação para essa e, até fatais, provocadas pela administração da
associação é decorrente da redução na excreção cisaprida (utilizada para o tratamento de refluxo
renal do lítio. esofágico) com estes inibidores do citrocromo P450
(WYSOWSKI e BACSSANYI, 1996; MICHALETS et al.,
• Eritromicina, claritromicina ou tetraciclina com 1998; VIRAMONTES et al., 2002).
digoxina ou digitoxina O midazolam e o triazolam são fármacos utili-
Digoxina e digitoxina são fármacos utilizados zados como agentes sedativos e ansiolíticos orais em
para o tratamento de doença cardíaca congestiva e Odontologia. Em um estudo com 12 voluntários, foi
certos tipos de arritmias cardíacas. verificado que a administração de 500mg de eritromicina
A microbiota intestinal bacteriana (Eubacterium três vezes ao dia por 6 dias com 15 mg de midazolam
lentum) promove uma redução na biodisponibilidade via oral no sexto dia e 0,05 mg/kg por via intravenosa
oral dos digitálicos. Quando eritromicina, claritromicina no sétimo dia, quadruplicou a quantidade absorvida e
e tetraciclina são administrados, promovem uma dimi- reduziu o clearance renal do midazolam em 54%, o
nuição da microbiota intestinal, resultando em aumen- que contribui para um aumento significativo do efeito
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desses ansiolíticos. Em situações nas quais não é pos- do a essa interação é a inibição das enzimas do citocromo
sível evitar o uso concomitante desses fármacos, du- P450, responsáveis pela metabolização da varfarina
rante o tratamento odontológico, é necessário que a (JONES e FUGATE, 2002; GOODERHAM et al., 1999).
dose de midazolam seja reduzida de 50% a 75% • Antibióticos com contraceptivos orais
(OLKKOLA et al. , 1993). Felizmente, os A pílula anticoncepcional é formada de
benzodiazepínicos, quando administrados por via oral, estrógenos semi-sintéticos, como o etinilestradiol, e
possuem alto índice terapêutico quando comparados, progesterona semi-sintética, como o levonorgestrel. Da
às outras classes de fármacos sedativos e ansiolíticos. mesma forma que os outros fármacos, os contraceptivos
Assim, um aumento de até 70 vezes na dose usual não orais não são fármacos 100% efetivos, mas, se utiliza-
resulta em fatalidades (LOEFFLER, 1992). dos corretamente, diminuem o risco de gravidez para
menos de 1% (HELMS et al., 1997).
• Eritromicina ou tetraciclinas com teofilina Estudos clínicos demonstraram que a
Teofilina é um fármaco broncodilatador utiliza- rifampicina diminui os níveis sangüíneos do
do no tratamento da asma brônquica. O aumento da etinilestradiol e da progesterona. A rifampicina é um
concentração sérica de teofilina é observado quando potente indutor das enzimas do citocromo P450 pre-
esta é associada às tetraciclinas (MEECHAN, 2002). A sentes no fígado, o que ocasiona em aumento do
administração de eritromicina associada a uma dose metabolismo de alguns fármacos, como os anticon-
oral de teofilina promove aumento do tempo de meia- cepcionais (SHENFIELD, 1993).
vida de eliminação e redução do clearance renal da Dados da literatura demonstraram que os ní-
teofilina, elevando sua concentração plasmática veis plasmáticos de contraceptivos orais esteróides
(PRINCE et al., 1981). O ajuste de dose da teofilina é não são modificados com a administração
recomendado para pacientes que fazem uso concomitante dos antibióticos, como: ampicilina,
concomitante destes fármacos, visando evitar efeitos ciprofloxacina, claritromicina, doxiciclina,
tóxicos, uma vez que ele apresenta baixo índice metronidazol, ofloxacina, roxitromicina e tetraciclina
terapêutico (RENTON et al., 1981). (ARCHER e ARCHER, 2002). No entanto, alguns au-
tores alertam que tetraciclina, metronidazol,
• Tetraciclina, amoxicilina e ampicilina com ampicilina e eritromicina podem reduzir a eficácia
anticoagulantes orais do contraceptivo oral, aumentando o risco de gravi-
Varfarina e dicumarol são fármacos dez (MEECHAN, 2002; HERSH, 1999).
anticoagulantes orais, que apresentam baixo índice Alguns mecanismos têm sido propostos para
terapêutico. Seu efeito ocorre devido ao antagonismo explicar a possibilidade de diminuição da eficácia do
competitivo com a vitamina K, importante fator na anticoncepcional com o uso dos antibióticos. Essas hi-
coagulação sangüínea (STOCKLEY, 1996). póteses incluem diminuição da circulação entero-he-
Foi observado que a administração de tetraciclinas, pática devido a uma redução na microbiota intestinal
ampicilina ou amoxicilina à pacientes que faziam uso de bacteriana, responsável pela manutenção dos níveis
anticoagulantes orais promoveu aumento do tempo de plasmáticos constantes do contraceptivo oral e o au-
protrombina e de sangramento nestes pacientes mento da sua degradação enzimática no fígado
(STOCKLEY, 1996; DAVYDOV et al., 2003). (ARCHER e ARCHER, 2002).
Claritromicina e levofloxacina também interagem
com a varfarina promovendo aumento do efeito • Antibióticos com antiinflamatórios
anticoagulante. O provável mecanismo de ação atribuí- Em odontologia, a amoxicilina é considerada o
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antimicrobiano de primeira escolha para diversos ti- prometimento da função renal do paciente. No entan-
pos de infecções, sendo comum, em Odontologia, seu to, é pouco provável que esse efeito ocorra, quando a
uso associado aos AINES (PALMER et al., 2000). Um clindamicina é utilizada em dose única.
estudo realizado com voluntários sadios verificou que • Antibióticos bactericidas com antibióticos
a administração de 100mg de diclofenaco sódico por bacteriostáticos
via oral reduziu a biodisponibilidade oral de 2g de Na realidade, há poucos trabalhos que demons-
amoxicilina, devido à redução na absorção e aumen- tram que antibióticos bacteriostáticos antagonizam o
tou em 18% a excreção renal da amoxicilina efeito de antibióticos bactericidas (STOCKLEY, 1996).
(BERGAMASCHI et al., 2006). Em Odontologia, não há razão para essa associação
A azitromicina tem sido uma boa opção para no tratamento de infecções odontogênicas. Além dis-
uso odontológico, devido a características, como am- so, esse tipo de combinação poderá produzir uma res-
plo espectro de ação, baixa incidência de efeitos posta mais tóxica no organismo, quando comparada
colaterais e boa penetração tecidual. A administração à monoterapia antimicrobiana.
de piroxicam 20mg por dia, associada à azitromicina
500mg por dia, durante 7 dias, demonstrou redução DISCUSSÃO
na distribuição de piroxicam na gengiva e no osso A gravidade das interações relatadas nesta revi-
alveolar (MALIZIA et al., 2001). Embora em Odontolo- são de literatura pode ser considerada como clinicamente
gia seja relativamente comum a associação entre es- relevante ou não, dependendo de fatores, como: a dose
ses dois grupos de fármacos, há escassez de estudo do medicamento prescrito pelo CD, a dose do medica-
na literatura que avalie as interações medicamentosas mento utilizado rotineiramente pelo paciente, a duração
que possam ocorrer. do tratamento e o seu estado geral de saúde.
A maioria dos analgésicos mais comumente
• Penicilinas ou tetraciclinas com metotrexato empregados em Odontologia são considerados segu-
As penicilinas e as tetraciclinas são responsá- ros, quando utilizados em posologias apropriadas. No
veis pelo aumento da concentração plasmática do entanto, quando o indivíduo faz uso rotineiro de me-
metotrexato. Os prováveis mecanismos dessa dicamentos, interações entre os fármacos podem ocor-
interação são devidos ao deslocamento do metotrexato rer, podendo promover efeitos tóxicos. Além das
da ligação à proteína plasmática, da diminuição do associações entre fármacos, atenção especial deve
metabolismo hepático e da diminuição da excreção ser dada à associação do paracetamol com álcool
renal (TITIER et al., 2002). devido ao potencial hepatotóxico desta associação.
Essa interação é considerada prejudicial ao or- Algumas interações podem levar ao surgimento
ganismo e deve ser evitada, principalmente em paci- de eventos adversos sérios, como a associação de Aines
entes idosos ou naqueles que apresentam diminuição com sais de lítio, varfarina, heparina e metotrexato,
da função renal (MEECHAN, 2002). que acarretam um aumento da concentração plasmática
desses fármacos. Com a finalidade de evitar esses efei-
• Clindamicina com gentamicina tos, os Aines devem ser prescritos, por curta duração
A clindamicina possui uso odontológico, quan- de tempo, para os pacientes que fazem uso desses
do utilizada em dose oral única, na profilaxia da medicamentos, e, quando possível, essas associações
endocardite bacteriana para pacientes que são alér- devem ser evitadas (HAAS, 1999).
gicos às penicilinas (MEECHAN, 2002). A associação Em certas situações, as interações podem com-
de clindamicina com gentamicina pode promover com- prometer a eficácia clínica do medicamento, como,
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por exemplo, em pacientes que fazem terapia com CONSIDERAÇÕES FINAIS
fármacos anti-hipertensivos, o emprego de Aines pode Os fármacos analgésicos, antiinflamatórios e
levar à redução na eficácia do tratamento da hiper- antimicrobianos utilizados em odontologia são consi-
tensão. A utilização de Aines por um período acima derados seguros, quando utilizados em posologias e
de uma semana pode interferir com o efeito dos tempos adequados. Além disso, em algumas situa-
fármacos anti-hipertensivos (JOHNSON et al., 1994). ções, estes fármacos são utilizados em dose única,
Assim, em pacientes que fazem uso de iECA, â- e, dessa forma, espera-se menor possibilidade da ocor-
bloqueadores e/ou diuréticos e necessitam do trata- rência de interações medicamentosas.
mento com Aines, devem fazê-lo por, no máximo, 4 No entanto, é de responsabilidade do cirurgião-
dias (BECKER, 1994). Em idosos portadores de insufi- dentista conhecer as possíveis interações que podem
ciência cardíaca congestiva ou que possuam baixas ocorrer com esses fármacos e o potencial risco des-
concentrações de renina, o uso de paracetamol ou sas associações, a fim de que possa evitar sérias com-
dipirona é mais apropriado (HAAS, 1999). plicações durante o tratamento odontológico.
Os antimicrobianos também são fármacos re-
lativamente seguros na prática odontológica. Entre- REFERÊNCIAS
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nicos de álcool pode resultar em uma interação seve- Cina, S.J.; Russell, R.A.; Conradi, S.E. Sudden death
ra. O CD deve orientar o paciente a abster-se do uso due to metronidazole/ethanol interaction. Am J
de álcool durante o tratamento com este Forensic Med Pathol, v.17, n.4, p.343-6. 1996.
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