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Que o imóvel objeto da presente ação é bem de família, e que não pode ser penhorado;
E finalmente pede a procedência dos embargos, protesta pela produção de provas, finalmente requer
a condenação do Condomínio - autor nas verbas de sucumbência.
Em que pese os esforços do ilustre procurador dos embargantes, nenhum de seus argumentos de
defesa pode prosperar, conforme será amplamente demonstrado nas razões a seguir.
Quanto a alegação do imóvel objeto da presente ação ser o único bem dos embargantes, não retira a
responsabilidade dos proprietários em pagar as taxas de condomínio em atraso, pois sempre será do
proprietário a responsabilidade pelo pagamento de débitos relativos ao imóvel de sua propriedade.
O bem penhorado para garantir débito originado pelo não pagamento de taxas condominiais não
estão entre aqueles protegidos pela Lei 8009 de 29 de março de 1990, tendo em vista que o Artigo
3º, inciso IV, dispõe:
Assim sendo a penhora realizada é legitima e deve prevalecer em razão de ser uma das exceções
previstas na Lei 8.009/90.
Os valores cobrados pelo condomínio - autor são devidos, certos e líquidos, e não há excesso na
execução.
Os valores pleiteados na presente execução, é o valor das parcelas impagas pelos embargantes na
ação de cobrança, devidamente atualizada até a data da execução.
Os valores pleiteados na presente ação são calculados rigorosamente de acordo com o estipulado na
Lei 4.591/64 (Lei de Condomínio e Incorporações).
POSTO ISTO, requer, a V. Exa. que se digne negar provimento aos Embargos à Execução e no
final JULGAR IMPROCEDENTE a presente ação, condenando os Embargantes ao pagamento
das parcelas em atraso do acordo celebrado (autos 149/98, em apenso fls. 33), devidamente
corrigidas monetariamente desde o vencimento, juros de mora de 1% ao mês, custas processuais, e
honorários advocatícios, estes calculados em 20% sobre o valor do débito.
N. Termos,
P. Deferimento.
Curitiba 23 de setembro de 1999.