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TURMA DO
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA ... REGIÃO
TÍCIO e MÉVIO, já qualificados nos autos do “Habeas Corpus” nº..., por deu advogado
que esta subscreve, inconformados com a decisão que denegou seu pedido de “Habeas
Corpus”, vêm, perante Vossa Excelência, respeitosamente, interpor RECURSO ORDINÁRIO
CONSTITUCIONAL, com fundamento no artigo 105, inciso II, alínea a, da Constituição Federal e
no artigo 30 e seguintes da Lei nº 8.038/1990.
Termos em que,
Pede deferimento.
Advogado,
OAB...
Colenda Turma
Em que pese o notório saber jurídico do Egrégio Tribunal Regional Federal da ...
Região, sua decisão merece ser reformada, pelas razões de fato e direito a seguir expostas.
I – DOS FATOS
No curso do inquérito policial, Tício foi interrogado, tendo informado que era o
responsável pela folha de pagamento e descontava as contribuições, contudo, devido à crise
financeira pela qual passava a empresa, deixou de repassá-las à Previdência Social, utilizando o
dinheiro para pagar seus fornecedores. Ademais, Tício informou que, em junho de 2012, antes
do oferecimento da denúncia, havia providenciado a declaração do débito e o pedido de
parcelamento junto ao órgão autárquico, tendo comprovado o adimplemento de todas as
parcelas.
II – DO DIREITO
Mévio é parte ilegítima para figurar no polo passivo da ação, restando configurada a
nulidade do processo, conforme se demonstrará a seguir.
O artigo 564, inciso II, do Código de Processo Penal, prevê que é nulo o processo nos
casos de ilegitimidade de parte. Já o artigo 647 do mesmo diploma legal, determina a
concessão de “Habeas Corpus” quando alguém se encontre na iminência de sofrer coação
ilegal em sua liberdade de ir e vir, sendo uma das hipóteses a manifesta nulidade do processo
(artigo 648, inciso VI, do CPP).
Em face de tal cenário, é necessário reconhecer-se que Mévio não concorreu para a
prática do crime, sendo, portanto, parte ilegítima para figurar no polo passivo da ação,
devendo ser reconhecida a nulidade do processo ab initio, com fundamento no artigo 564,
inciso II, do CPP, e concedida a ordem de “Habeas Corpus”, conforme artigo 647 c/c artigo 648,
VI, ambos do CPP.
III – PEDIDOS
Ante o exposto, requer seja o presente recurso recebido e provido para o fim de
a) Conceder “Habeas Corpus” para o recorrente Mévio, conforme artigo 647 c/c
artigo 648, VI, ambos do CPP, reconhendo-se a nulidade do processo ab initio,
com fundamento no artigo 564, inciso II, do CPP;
b) Conceder “Habeas Corpus” para o recorrente Tício, conforme artigo 647 c/c
artigo 648, VII, ambos do CPP, para o fim de reconhecer-se a extinção da
punibilidade, conforme artigo 168-A, §2º do Código Penal c/c art. 83, §4º da Lei
9.430/1996, absolvendo-o sumariamente, com forte no artigo 397, IV, do CPP;
c) Expedir salvo-conduto em prol dos recorrentes, conforme artigo 660, §4º do CPP.
Termos em que,
Pede deferimento.
Advogado,
OAB...