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1. DEFINIÇÃO
Escatologia vem do grego escathos (“últimas coisas”) e logus (“tratado”, “estudo”) e quer
dizer “estudo dos últimos dias”. A escatologia é a doutrina que define os acontecimentos
finais da história da humanidade tais como se apresentam nos registros da profecia bíblica.
2. IMPORTÂNCIA
O estudo da Escatologia é de suma importância para aqueles que ensinam na igreja, pois
ela é o ponto fundamental da fé cristã e o ápice da teologia sistemática. O sentido do
estudo escatológico não é produzir medo; antes, é oferecer uma esperança segura para os
cristãos no tocante às verdades eternas.
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II – AS SETE DISPENSAÇÕES
O Pr. Severino Pedro da Silva define como dispensação, “um período de tempo em que o
homem é experimentado em relação à sua obediência a alguma revelação especial da
vontade tanto permissiva como diretiva de Deus”.
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1ª. Dispensação: INOCÊNCIA:
RESPONSABILIDADE: receber Cristo pela fé; andar no Espírito – Jo 1.12; 3.18; Ef 2.8,9;
Gl 5.16.
FRACASSO: rejeição de Cristo – Jo 5.40; Rm 1.18-27; 2 Tm 3.1-7.
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JUÍZO: a grande tribulação – Mt 24.21; At 6.17; 1 Ts 4.16,17.
DURAÇÃO: indefinida, do Calvário ao arrebatamento da Igreja – efeitos até Ap 8.4.
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III – AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL
A teologia explica que “semanas” em Daniel se refiram a “anos”. Essa profecia Daniel a
recebeu “durante o cativeiro”, na Babilônia, portanto é uma mensagem diferente do
cativeiro previsto por Jeremias 25.11-12, o qual se refere ao cativeiro babilônico infringido
a Israel como consequência da sua desobediência à Lei do Senhor.
1. IMPORTÂNCIA DA PROFECIA
O Senhor Jesus citou essa profecia: “Quando, pois, virdes que a abominação da desolação,
de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo” (Mt. 24.15).
a) Sete semanas – Dn 9.25 – um período de 49 anos – iniciou em 445 A.C., com a saída da
ordem para restaurar e edificar Jerusalém (Ne 2.4-9) e se estendeu até a inauguração da
edificação de Jerusalém em 396 A.C.
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b) Sessenta e duas semanas – Dn 9.25 – um período de aproximadamente 434 anos, que
iniciou com a inauguração de Jerusalém e se estendeu até por volta do ano 30-33 D.C., na
época do batismo do Senhor Jesus.
c) Sete semanas e sessenta e duas semanas (69 semanas) – Dn 9.25 - unindo os dois
períodos, temos 483 anos, época em que o Senhor foi rejeitado pelos judeus e condenado à
crucificação, v.26a. Com Sua morte e ressurreição, nasceu a igreja. Como os judeus
quebraram a Aliança com o Salvador, Ele fez uma Aliança com a Igreja. Embora os judeus
continuassem a sofrer por todo esse período, Deus parou de tratar com eles, razão pela qual
faltou a 70ª. semana.
d) Uma semana – Dn 9.27 – Após o arrebatamento da Igreja, Deus volta a tratar com os
judeus. Assim, a 70ª. semana de Daniel, segundo os teólogos, representa o período da
Grande Tribulação. Conforme o v. 27, essa semana é dividida em duas partes, ou dois
períodos, com um “tempo de falsa paz” por cerca de três anos e meio e o “tempo da
aflição” por mais três anos e meio.
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IV – A SEGUNDA VINDA DE CRISTO
Todas as profecias acerca da primeira vinda do Senhor Jesus (nascimento, vida, morte e
ressurreição) foram cumpridas literalmente no tempo determinado por Deus. O Novo
Testamento apresenta cerca de 300 referências com previsões da segunda vinda do Senhor.
As profecias trazem pormenores visando não só conferir informações, mas estimular o
povo a vigiar, se preparar e confirmar sua fé por ocasião do seu cumprimento.
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3. A NATUREZA DA SEGUNDA VINDA
a) É literal:
e) É bifásica:
- A primeira fase – o arrebatamento da Igreja, nos ares, para reunir consigo a igreja
(gr. parousia = “presença”) – 1 Ts 4.16,17; Jo 14.3;
f) Será gloriosa para os salvos - Mt 25.31; Ap 19.11-16; porém será terrível para os
perdidos – Jl 2.2,11; Mt 24.30; Hb 10.27; Ap 1.7; 20.15.
a) Para executar juízo: das nações (Mt 25.31,32); dos ímpios (2 Pe 2.9; Ap 20.11-15); dos
cristãos nominais (Mt 7.21-23; 22.11-13; 25.11,12), das forças espirituais do mal (Ap 18.2,20;
19.20; 20.10), da igreja, para distribuição dos galardões (2 Co 5.10; 1 Co 3.13; Ap 22.12).
b) Para ressurreição dos mortos: (Jo 5.28,29; 6.39,40,44; 1 Co 15; 1 Ts 4.13-17; Ap 20.13).
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V – O ARREBATAMENTO DA IGREJA E AS BODAS DO CORDEIRO
Primeira fase da segunda volta do Senhor Jesus, o arrebatamento da Igreja é a grande esperança
dos salvos e o desejo maior do cristão verdadeiro. Ele é a coroação de todos os esforços
empreendidos na luta para fazer prevalecer a vontade de Deus na vida de quem O serve.
1. DEFINIÇÃO
Derivado do latim “raptus”, arrebatamento quer dizer, literalmente, “tomar à força, tirar ou
raptar” (1 Co 15.52; Hb 11.5).
2. SUA OCORRÊNCIA
b) Ocorrerá nos ares entre as nuvens (1 Ts 4.17) e quando menos se espera, causando
surpresa em muitos (Mc 13.32-37).
3. PARTICIPANTES DO ARREBATAMENTO
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4. QUANDO OCORRERÁ O ARREBATAMENTO
a) Quando for meia-noite (Mt 25.6) - horário que tanto pode representar “o final do dia
da graça, que ocorrerá à meia-noite”, como também “a noite do materialismo, do
terrorismo, da apostasia e da era nuclear”.
Além dessas colocações, lembramos que o Senhor Jesus disse que daquele dia e hora
somente o Pai sabe (Mt 24.36; Mc 13.32).
5. AS BODAS DO CORDEIRO
5.2. DETALHES
A Noiva estará adornada (Ap 19.7), o que significa que terá todas as virtudes morais e
espirituais (Gl 5.22,23). Não se tratam de qualidades humanas naturais, mas de virtudes
espirituais, figuradas por Cristo na parábola das virgens prudentes (Mt 25.1-13).
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As bodas terão a duração de (7) sete anos, o mesmo período da Grande Tribulação na terra.
Efetuada a união de Cristo (o cabeça) com a Igreja (o corpo – Ef 5.23; Cl 1.18) e terminada
a festa, a esposa voltará com Cristo para reinar com Ele na terra por mil anos, período
chamado de Milênio.
Nas bodas do Cordeiro será estabelecido o Tribunal de Cristo (2 Co 5.10), onde Ele
distribuirá galardões (recompensas) aos salvos, de acordo com as obras que realizaram em
vida: “Eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a
sua obra”, Ap 22.12. Isto quer dizer que o galardão, embora dado por Jesus, é conquistado
pelo crente (Rm 4.4; Mt 5.46).
Esse não é um julgamento para condenação (Rm 8.1), mas para premiação pelo serviço
cristão feito com amor e dedicação. Também não é um julgamento para salvação, pois
somente os salvos participarão das bodas. Diferente da graça salvadora, que é imerecida, o
galardão é equivalente a uma diplomação por mérito. Paulo tinha certeza desse prêmio (2
Tm 4.7,8).
Paulo é claro em dizer que serão dignas de galardão as obras que sobreviveram ao fogo da
purificação de Deus, comparadas a “ouro, prata, pedras preciosas” (1 Co 3.12-14). Tais
obras foram construídas sobre o alicerce de fé em Cristo. As obras superficiais, sem valor
eterno, não são maldades cometidas, mas atos infrutíferos, comparados a “madeira, feno,
palha”.
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VI – A GRANDE TRIBULAÇÃO
É o tempo de manifestação da ira divina, entendido como a última semana de Daniel (Dn
9.27), chamado de “angústia de Jacó” (Jr 30.7) e “cólera de Deus” (Mt 24.21; Ap 6.17;
14.10; 19.15). Sua descrição abrange a maior parte do livro do Apocalipse (capítulos 6 ao
19). Nessa época Deus desencadeará juízos de julgamento sobre toda a terra, um tempo de
sofrimentos sem precedentes na história da humanidade.
A Igreja não passará pela grande tribulação, pois estará participando da ceia das bodas do
Cordeiro (Ap 3.10).
1. PROPÓSITOS
b) Salvar os crentes que não estavam preparados para o arrebatamento (Ap 7.9-15).
Serão mártires, pois recusarão adorar a besta e pagarão com suas vidas o amor que
confessarão a Cristo.
Como consequência de guerras (Ap 6.3,4), pestes (Ap 6.7,8), terremotos (Ap 6.12-17),
danos às ervas (Ap 8.12); males aos homens (Ap 9.1-12), a profecia leva a crer que dois
terços da terra perecerão (Zc 13.8,9).
2. A TRÍADE INFERNAL
O domínio terreno nessa época será da tríade infernal (Ap 13.1-18; 16.13). Nos primeiros
três anos e meio eles persuadirão as nações e, depois, mostrarão toda sua maldade, (2 Ts
2.3,4; Ap 13.1-8; 16.13).
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A tríade será composta por:
b) Anticristo (falso cristo ou primeira besta – Ap 13.1) – “emerge do mar”, ou seja, surge
das nações, com uma grande força política. Recebendo força e poder de Satanás e do Falso
Profeta, seduzirá as nações com sinais e prodígios (Ap 13.13). Na segunda metade do
período ele se assentará no trono do templo (reconstruído) e profanará o santo lugar (Dn
9.27 com Mt 24.15; Dn 11.20-32; 2 Ts 2.3,4).
Ele aplicará um sinal, o número 666 em cada indivíduo que adora a primeira besta (Ap
13.16-18). Os que recusarem a receber o sinal de identificação e adorar a besta, serão
impedidos de comprar e vender mercadorias.
3. A BATALHA DO ARMAGEDON
A Grande Tribulação terminará com o cenário de uma grande batalha, onde exércitos de
muitas nações se reunirão no maior confronto militar na Terra da Palestina. Ela encerra a
dispensação da graça e será provocada pela tríade satânica, que incitarão três espíritos
imundos a saírem ao encontro dos reis da terra e reuni-los no grande dia da ira do Deus
Todo-Poderoso (Ap 16.13,14).
A batalha será no vale do Armagedom, também conhecido como vale de Jeosafá e Vale da
Decisão, conforme profecia de Joel 3.2,14. Haverá um grande movimento militar,
enfrentando-se, de um lado os exércitos do Anticristo formados por uma confederação de
nações e, do outro, os exércitos orientais, com uma cavalaria de 200 milhões de
combatentes (Ap 9.16).
Esse confronto colocará em risco a destruição total de Israel que, no auge da angústia,
clamará a Deus e verá, com espanto, o céu se abrir e aparecer nas nuvens Jesus Cristo
montado num cavalo branco, seguido dos exércitos que há no céu (Ap 19.11-16; Mt
24.27-30). A intervenção divina sobre o monte das Oliveiras é profetizada (Zc 14.3,4).
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Na vinda do Senhor as nações serão surpreendidas e derrotadas, neutralizando o
extermínio do povo de Deus (Ap 19.19; 2 Ts 2.8).
Nessa batalha:
- Os poderes celestiais virão com toda força, provocando terríveis abalos na terra (Ap
6.14; Is 24.19). Será grande a mortandade.
- A besta e o falso profeta serão lançados no lago de fogo e enxofre (Ap 14.17-21;
19.21).
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VII – O MILÊNIO
1. PARTICIPARÃO DO MILÊNIO
2. RESTAURAÇÃO DE ISRAEL
Com a vitória do Senhor e Seus exércitos um espírito de súplica será derramado sobre
Israel e prantearão, arrependidos pelo que fizeram a Cristo na Sua primeira vinda (Zc
12.10). Haverá conversão e renovação do povo judeu a Cristo (Zc 13.9; Ez 36.24-31; Is
25.9; Rm 11.26).
3. CARACTERISTICAS DO REINO
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VIII – OS ACONTECIMENTOS FINAIS
a) Satanás será solto (Ap 20.7-10). Mediante a soltura de Satanás, as pessoas que
nasceram no milênio e não foram por ele tentadas, terão a oportunidade de fazer sua
escolha voluntária de servir a Cristo ou não. As que cederem à tentação se unirão a Satanás
para a derradeira batalha contra Cristo.
d) Ressurreição dos ímpios (Dn 12.2; Ap 20.12) – todos os ímpios que já morreram agora
irão ressuscitar para comparecerem diante de Deus e serem julgados pelos seus pecados.
e) O juízo final – o “Grande Trono Branco” (Ap 20.11-15) – ocasião em que os livros
onde estão registradas as obras dos ímpios serão confrontados com o Livro da Vida do
Cordeiro. Todos os que rejeitaram a salvação em Cristo e viveram dissolutamente em seus
pecados serão julgados e destinados à sua eterna morada: “E, se alguém não foi achado
inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo”, Ap 20.15.
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BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Abraão de. Manual da profecia bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
Bíblia Shedd
COHEN, Armando Chaves. Estudos sobre o Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.
NICODEMUS L., Augustus. Ainda não é o fim. São Paulo: Luz para o Camino, 2001.
SHEDD, Russell P. Escatologia do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2006.
SILVA, Severino Pedro da. Escatologia – Doutrina das últimas coisas. In: internet, pdf.
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www.assuntospolemicosdabiblia.com
www.cacp.com.br
www.chamada.com.br
www.gotquestions.org
www.monergismo.com.br
www.santovivo.net
www.solascriptura.com.br
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