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I – ESCATOLOGIA - GENERALIDADES

1. DEFINIÇÃO

Escatologia vem do grego escathos (“últimas coisas”) e logus (“tratado”, “estudo”) e quer
dizer “estudo dos últimos dias”. A escatologia é a doutrina que define os acontecimentos
finais da história da humanidade tais como se apresentam nos registros da profecia bíblica.

2. IMPORTÂNCIA

O estudo da Escatologia é de suma importância para aqueles que ensinam na igreja, pois
ela é o ponto fundamental da fé cristã e o ápice da teologia sistemática. O sentido do
estudo escatológico não é produzir medo; antes, é oferecer uma esperança segura para os
cristãos no tocante às verdades eternas.

A escatologia resume-se na ressurreição de Jesus, na derrota de Satanás, no julgamento


final e perfeito, no novo céu e nova terra e na união eterna entre Cristo e Sua igreja. Tal
constatação deve despertar o povo de Deus a atitudes de:

a) Adoração contínua a Deus;


b) Serviço cristão com zelo e amor;
c) Manter a alegria em meio à aflição;
d) Conservar a vida em santidade e temor;
e) Certeza de vida após a morte;
f) Conhecimento sobre o fim da história e de como Deus tem o controle total, onde
cumprirá com poder toda a Sua vontade.

A escatologia, segundo o Ev. Edson Teixeira, “dá provas da confiabilidade de todas as


Escrituras - pois o número de profecias que veio a cumprir-se precisamente como foi
profetizado não pode ser considerada obra do acaso, mas obra de Deus”. O autor refere-se
às profecias cumpridas acerca da primeira vinda de Jesus, dos acontecimentos relativos a
Israel e aos acontecimentos do mundo, demonstrando ser Deus o condutor da história.

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II – AS SETE DISPENSAÇÕES

A maioria dos teólogos apresenta o estudo escatológico num esquema dispensacionalista,


ou seja, que se baseia em sete dispensações. A palavra dispensação deriva do grego
“oikonimia” (“economia”), que é a “boa ordem na administração na despesa de uma casa”.

O Pr. Severino Pedro da Silva define como dispensação, “um período de tempo em que o
homem é experimentado em relação à sua obediência a alguma revelação especial da
vontade tanto permissiva como diretiva de Deus”.

Segundo estudiosos, vivemos a Dispensação da Graça, que começou com a morte e


ressurreição do Senhor Jesus e terminará em plenitude com o arrebatamento da Igreja. Esta
precede a Dispensação do Reino ou do Governo Divino, o Milênio, quando ocorrerão os
últimos acontecimentos preditos pelos profetas.

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1ª. Dispensação: INOCÊNCIA:

RESPONSABILIDADE: não comer do fruto proibido – Gn 1.27-28; 2.17.


FRACASSO: comeram – Gn 3.6.
JUÍZO: maldição e mortes – Gn 3.16-18.
DURAÇÃO: Jardim do Éden - da criação de Adão à sua expulsão – Gn 1-3.

2ª. Dispensação: CONSCIÊNCIA

RESPONSABILIDADE: obedecer a Deus; oferecer sacrifícios com derramamento de


sangue – Gn 3.21,22; 4.4.
FRACASSO: corrupção generalizada – Gn 6.12.
JUÍZO: dilúvio universal – Gn 6.7,13.
DURAÇÃO: cerca de 1.656 anos, da queda até o dilúvio – Gn 3.8-8.22.

3ª. Dispensação: GOVERNO HUMANO

RESPONSABILIDADE: povoar e espalhar-se por toda a terra - Gn 9.6,7.


FRACASSO: desobedeceram – Gn 11.4.
JUÍZO: confusão de línguas – Gn 11.9.
DURAÇÃO: cerca de 427 anos, do dilúvio até a dispersão dos homens – Gn 8.22-11.9.

4ª. Dispensação: PROMESSA OU PATRIARCAL

RESPONSABILIDADE: permanecer em Canaã – Gn 12.1-3,7.


FRACASSO: moraram no Egito – Gn 12.10; 46.6.
JUÍZO: escravidão – Ex 1.8-14.
DURAÇÃO: 430 anos, iniciando 427 anos após o dilúvio até o cativeiro - Gn 12-Ex 19.8.

5ª. Dispensação: MOSAICA OU DA LEI

RESPONSABILIDADE: guardar a Lei – Ex 19.5-8; Dt 6.24.


FRACASSO: violaram a Lei, rejeitaram a Cristo – Jr 11.3-8; Mt 27.23.
JUÍZO: dispersão mundial – Dt 28.63-66; Lc 21.24.
DURAÇÃO: 1430 anos, do Sinai ao Calvário – Ex 19.8-Mt 27.23 e ref.

6ª. Dispensação: ECLESIÁSTICA OU DA GRAÇA

RESPONSABILIDADE: receber Cristo pela fé; andar no Espírito – Jo 1.12; 3.18; Ef 2.8,9;
Gl 5.16.
FRACASSO: rejeição de Cristo – Jo 5.40; Rm 1.18-27; 2 Tm 3.1-7.

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JUÍZO: a grande tribulação – Mt 24.21; At 6.17; 1 Ts 4.16,17.
DURAÇÃO: indefinida, do Calvário ao arrebatamento da Igreja – efeitos até Ap 8.4.

7ª. Dispensação: GOVERNO DIVINO OU DO REINO

RESPONSABILIDADE: obedecer e adorar a Cristo – Is 11.3-5; Zc 14.16,17.


FRACASSO: rebelião final – Ap 20.7-9.
JUÍZO: o grande trono branco, inferno – Ap 20.11-15.
DURAÇÃO: mil anos, da vinda de Cristo ao julgamento final – Ap 20.1-6.

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III – AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL

A teologia explica que “semanas” em Daniel se refiram a “anos”. Essa profecia Daniel a
recebeu “durante o cativeiro”, na Babilônia, portanto é uma mensagem diferente do
cativeiro previsto por Jeremias 25.11-12, o qual se refere ao cativeiro babilônico infringido
a Israel como consequência da sua desobediência à Lei do Senhor.

1. IMPORTÂNCIA DA PROFECIA

a) É testemunha da história e da verdade das Escrituras;


b) É a chave para o entendimento e a compreensão sobre o passado, o presente e o futuro
de Israel, bem como a ligação cronológica entre o Velho e o Novo Testamento;
c) É a base para estudar o futuro e o fim dos tempos, portanto fundamental para o estudo
da Escatologia Bíblica.
2. MOTIVO
Deus esclarece a razão da profecia: “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo,
e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para
expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o
Santíssimo”, Dn 9.24.

3. FASES DE REALIZAÇÃO DA PROFECIA

a) A primeira fase, o passado (Dn 9.25) - os fatos já aconteceram e foram literalmente


registrados nas Escrituras para a posteridade conhecer a obra de Deus. Cumprimento:
Neemias 2.1.
b) A segunda fase, o presente (Dn. 9.26b) - os fatos estão acontecendo, a guerra e as
assolações.
c) A terceira fase, o futuro - os fatos que ainda irão acontecer (Dn. 9. 27).

O Senhor Jesus citou essa profecia: “Quando, pois, virdes que a abominação da desolação,
de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo” (Mt. 24.15).

4. DIVISÕES DAS SETENTA SEMANAS

a) Sete semanas – Dn 9.25 – um período de 49 anos – iniciou em 445 A.C., com a saída da
ordem para restaurar e edificar Jerusalém (Ne 2.4-9) e se estendeu até a inauguração da
edificação de Jerusalém em 396 A.C.

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b) Sessenta e duas semanas – Dn 9.25 – um período de aproximadamente 434 anos, que
iniciou com a inauguração de Jerusalém e se estendeu até por volta do ano 30-33 D.C., na
época do batismo do Senhor Jesus.

c) Sete semanas e sessenta e duas semanas (69 semanas) – Dn 9.25 - unindo os dois
períodos, temos 483 anos, época em que o Senhor foi rejeitado pelos judeus e condenado à
crucificação, v.26a. Com Sua morte e ressurreição, nasceu a igreja. Como os judeus
quebraram a Aliança com o Salvador, Ele fez uma Aliança com a Igreja. Embora os judeus
continuassem a sofrer por todo esse período, Deus parou de tratar com eles, razão pela qual
faltou a 70ª. semana.

d) Uma semana – Dn 9.27 – Após o arrebatamento da Igreja, Deus volta a tratar com os
judeus. Assim, a 70ª. semana de Daniel, segundo os teólogos, representa o período da
Grande Tribulação. Conforme o v. 27, essa semana é dividida em duas partes, ou dois
períodos, com um “tempo de falsa paz” por cerca de três anos e meio e o “tempo da
aflição” por mais três anos e meio.

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IV – A SEGUNDA VINDA DE CRISTO

Todas as profecias acerca da primeira vinda do Senhor Jesus (nascimento, vida, morte e
ressurreição) foram cumpridas literalmente no tempo determinado por Deus. O Novo
Testamento apresenta cerca de 300 referências com previsões da segunda vinda do Senhor.
As profecias trazem pormenores visando não só conferir informações, mas estimular o
povo a vigiar, se preparar e confirmar sua fé por ocasião do seu cumprimento.

Na primeira vinda Cristo veio como o servo humilhado e esvaziado de Si mesmo; na


segunda vinda Ele virá como Rei exaltado e Senhor dos senhores. Na primeira vinda Ele
foi julgado e condenado; na segunda vinda Ele virá como Juiz. Na primeira vinda Ele
pendeu sob o peso da cruz; na segunda vinda “todo joelho se dobrará diante Dele e toda
língua confessará que Ele é o Senhor”, (Fp 2.6-11).

1. TESTEMUNHOS DA SEGUNDA VINDA

a) Enoque, o sétimo depois de Adão - Jd 14,15;


b) Profetas – Isaías 11.1-11; Daniel 7.13; Zacarias 14.3-5; Malaquias 3.1; Ezequiel
21.26,27;
c) João Batista – Lc 3.3-6;
d) Cristo – Jo 14.2,3;
e) Anjos – At 1.11;
f) Apóstolos – Mateus 24; Marcos 13.26; Lucas 21.27; Paulo 1 Ts 4.13-18; Tiago 5.7;
1 Pedro 1.7,13; 1 João 3.2-3. Escritor de Hebreus 9.28.

2. SINAIS DA SEGUNDA VINDA PROFETIZADOS

a) O florescer da figueira – Mt 24.32; Lc 21.27-30 - (1948 – restauração de Israel);


b) Progresso científico – Dn 12.4b (séculos das grandes invenções);
c) Engano religioso – Mt 24.4,5;
d) Convulsões naturais, sociais e políticas – Mt 24.6,7;
e) Multiplicação da iniquidade – Mt 24.12;
f) Apostasia espiritual – 2 Ts 2.3; 1 Tm 4.1; 2 Tm 4.1-4; 2 Pe 2.1,2;
g) Tempos difíceis – 2 Tm 3.1-5; Tg 5.1-8;
h) Surgimento do Anticristo – 2 Ts 2.3;
i) Pregação do evangelho por todo o mundo – Mc 13.10.

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3. A NATUREZA DA SEGUNDA VINDA

a) É literal:

- Pessoal e presencial – At 1.11; 1 Ts 4.14-17;


- Percebida pelos crentes preparados na primeira fase – Mt 25.10; Jo 5.28;
- Sentida pelo mundo na primeira fase – Lc 17.34-36;
- Visível na segunda fase – Mt 24.27; Ap 1.7,9-11; Mt 24.26,27,30; Lc 21.27; Tt 2.13;
1 Jo 3.2,3; Is 52.8; Os 5.15.

b) É súbita (repentina e inesperada): Mt 24.27; Lc 21.34; 1 Co 15.52; 1 Ts 5.2; 2 Pe 3.10;


Ap 22.7,12,20.

c) É iminente, do ponto de vista profético – Tt 2.13; Hb 9.28; 1 Ts 1.9,10; Rm 13.11.

d) É próxima, do ponto de vista histórico – Mt 16.3; 24.33,42,44; 25.13; Ap 22.20.

e) É bifásica:

- A primeira fase – o arrebatamento da Igreja, nos ares, para reunir consigo a igreja
(gr. parousia = “presença”) – 1 Ts 4.16,17; Jo 14.3;

- A segunda fase – A revelação ao mundo, na terra, para julgamento e implantação


do milênio (gr. epifanéia = manifestação, revelação) – Jl 3.11; Zc 14.4,5; Cl 3.4; 1
Ts 3.11; 2 Ts 1.7-9; 2.7,8; Jd 14; Ap 1.7.

f) Será gloriosa para os salvos - Mt 25.31; Ap 19.11-16; porém será terrível para os
perdidos – Jl 2.2,11; Mt 24.30; Hb 10.27; Ap 1.7; 20.15.

4. MOTIVOS DA VOLTA DO SENHOR

a) Para executar juízo: das nações (Mt 25.31,32); dos ímpios (2 Pe 2.9; Ap 20.11-15); dos
cristãos nominais (Mt 7.21-23; 22.11-13; 25.11,12), das forças espirituais do mal (Ap 18.2,20;
19.20; 20.10), da igreja, para distribuição dos galardões (2 Co 5.10; 1 Co 3.13; Ap 22.12).

b) Para ressurreição dos mortos: (Jo 5.28,29; 6.39,40,44; 1 Co 15; 1 Ts 4.13-17; Ap 20.13).

c) Para arrebatar os seus (1 Ts 4.17; 2 Ts 2.1) e transformá-los à Sua própria


semelhança (1 Co 15.50-54; Fp 3.20,21; 1 Jo 3.2).

d) Para estabelecer o Seu Reino (Is 11; Ap 20.1-7).

e) Para estabelecer novos céus e nova terra (2 Pe 3.1-13; Ap 21.22).

f) Para que “Deus seja tudo em todos” (1 Co 15.28).

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V – O ARREBATAMENTO DA IGREJA E AS BODAS DO CORDEIRO

Primeira fase da segunda volta do Senhor Jesus, o arrebatamento da Igreja é a grande esperança
dos salvos e o desejo maior do cristão verdadeiro. Ele é a coroação de todos os esforços
empreendidos na luta para fazer prevalecer a vontade de Deus na vida de quem O serve.

O estudo e meditação sobre o arrebatamento devem promover a fé e a esperança,


independente das teorias de interpretação acerca de quando ou como ele ocorrerá. A ênfase
deve estar na realidade de que ele ocorrerá e no preparo para o encontro com o Senhor
nos ares.

1. DEFINIÇÃO

Derivado do latim “raptus”, arrebatamento quer dizer, literalmente, “tomar à força, tirar ou
raptar” (1 Co 15.52; Hb 11.5).

2. SUA OCORRÊNCIA

a) Antes da Grande Tribulação – Existem três escolas distintas de interpretação acerca do


arrebatamento da igreja: tribulacionismo (a Igreja passará pela Grande Tribulação); mídi-
tribulacionismo (baseando numa interpretação isolada de Dn 9.27, entendem que a igreja
entrará no período da Grande Tribulação até a sua metade) e pré-tribulacionismo (o
arrebatamento ocorrerá antes da Grande Tribulação, baseados em 1 Ts 5.9).

A maioria dos teólogos ensina o pré-tribulacionismo, baseados em Is 57.1: “O justo é


levado antes do mal”. Justifica este posicionamento o fato de que Noé foi salvo com sua
família antes do dilúvio e Ló antes da destruição de Sodoma e Gomorra, 2 Pe 2.5-9a. Jesus
disse que seria “como nos dias de Noé” (Lc 17.26-27) e “como nos dias de Ló” (Lc 17.28-
30). Em 2 Ts 2.1ss, Paulo escreve que a manifestação do Anticristo está impedida por “um
que o detém”, referindo-se ao Espírito Santo. A Igreja de Filadélfia simboliza o
arrebatamento (Ap 3.10-11).

b) Ocorrerá nos ares entre as nuvens (1 Ts 4.17) e quando menos se espera, causando
surpresa em muitos (Mc 13.32-37).

3. PARTICIPANTES DO ARREBATAMENTO

a) O Senhor Jesus – At 1.11; 1 Ts 4.16;


b) O arcanjo – 1 Co 15.52; 1 Ts 4.16;
c) Os mortos em Cristo (que serão ressuscitados) – 1 Ts 4.16;
d) Os salvos vivos e preparados (que serão transformados) – 1 Co 15.50-52; 1 Ts 4.17.

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4. QUANDO OCORRERÁ O ARREBATAMENTO

Embora muitos, inadvertidamente, já se aventuraram em prever uma data para o


arrebatamento da igreja, as Escrituras não nos autorizam a isso. Elas apenas nos conduzem
a analisar as diretrizes acerca da época em que o fato ocorrerá. O Pr. Abraão de Almeida
assim define o tempo, no Manual da Profecia Bíblica (pág. 118-120):

a) Quando for meia-noite (Mt 25.6) - horário que tanto pode representar “o final do dia
da graça, que ocorrerá à meia-noite”, como também “a noite do materialismo, do
terrorismo, da apostasia e da era nuclear”.

b) Quando chegar a plenitude dos gentios (Rm 11.25).

c) Quando findar o dia da graça (Sl 118.22-24-NVI) – a rejeição de Israel ao Messias


trouxe a oportunidade da graça aos gentios, que formam, em sua maioria, a Igreja.

d) No começo dos sinais (Lc 21.11,18).

e) Quando a figueira frutificar (Ct 2.13; Lc 21.29,30);

f) A qualquer momento (Mc 13.35-37; Ap 3.11; 22.12).

Além dessas colocações, lembramos que o Senhor Jesus disse que daquele dia e hora
somente o Pai sabe (Mt 24.36; Mc 13.32).

5. AS BODAS DO CORDEIRO

Preditas em Apocalipse 19.6-10, as bodas representam a união alegre e triunfal da Igreja (a


noiva) com Cristo (o noivo), em uma grande celebração nos céus (1 Ts 4.17).

5.1. PARTICIPANTES DESSA FESTA FENOMENAL

a) O Noivo, Cristo (Mc 2.19,20);


b) A Noiva, a Igreja (2 Co 11.2). Ou seja, todos os salvos, que entregaram suas vidas a
Jesus (At 16.31), perseveraram até o fim (Mc 13.3), mantendo-se em santificação
(Hb 12.14).

5.2. DETALHES

A Noiva estará adornada (Ap 19.7), o que significa que terá todas as virtudes morais e
espirituais (Gl 5.22,23). Não se tratam de qualidades humanas naturais, mas de virtudes
espirituais, figuradas por Cristo na parábola das virgens prudentes (Mt 25.1-13).

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As bodas terão a duração de (7) sete anos, o mesmo período da Grande Tribulação na terra.
Efetuada a união de Cristo (o cabeça) com a Igreja (o corpo – Ef 5.23; Cl 1.18) e terminada
a festa, a esposa voltará com Cristo para reinar com Ele na terra por mil anos, período
chamado de Milênio.

5.3. OS GALARDÕES DOS SALVOS (TRIBUNAL DE CRISTO)

Nas bodas do Cordeiro será estabelecido o Tribunal de Cristo (2 Co 5.10), onde Ele
distribuirá galardões (recompensas) aos salvos, de acordo com as obras que realizaram em
vida: “Eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a
sua obra”, Ap 22.12. Isto quer dizer que o galardão, embora dado por Jesus, é conquistado
pelo crente (Rm 4.4; Mt 5.46).

Esse não é um julgamento para condenação (Rm 8.1), mas para premiação pelo serviço
cristão feito com amor e dedicação. Também não é um julgamento para salvação, pois
somente os salvos participarão das bodas. Diferente da graça salvadora, que é imerecida, o
galardão é equivalente a uma diplomação por mérito. Paulo tinha certeza desse prêmio (2
Tm 4.7,8).

Paulo é claro em dizer que serão dignas de galardão as obras que sobreviveram ao fogo da
purificação de Deus, comparadas a “ouro, prata, pedras preciosas” (1 Co 3.12-14). Tais
obras foram construídas sobre o alicerce de fé em Cristo. As obras superficiais, sem valor
eterno, não são maldades cometidas, mas atos infrutíferos, comparados a “madeira, feno,
palha”.

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VI – A GRANDE TRIBULAÇÃO

É o tempo de manifestação da ira divina, entendido como a última semana de Daniel (Dn
9.27), chamado de “angústia de Jacó” (Jr 30.7) e “cólera de Deus” (Mt 24.21; Ap 6.17;
14.10; 19.15). Sua descrição abrange a maior parte do livro do Apocalipse (capítulos 6 ao
19). Nessa época Deus desencadeará juízos de julgamento sobre toda a terra, um tempo de
sofrimentos sem precedentes na história da humanidade.

A Igreja não passará pela grande tribulação, pois estará participando da ceia das bodas do
Cordeiro (Ap 3.10).

1. PROPÓSITOS

a) Levar Israel a receber o seu Messias.

- Os 144.000 - Na primeira metade da Grande Tribulação judeus de todas as tribos


se converterão (Ap 7.1-17).

- Duas testemunhas surgirão, da parte de Deus, demonstrando poderes


sobrenaturais e gozando da proteção divina (Ap 11.3-14). Serão vencidas pelo
Anticristo, mortas e expostas em praça pública, porém após três dias e meio Deus
as ressuscitará e tomará para Si (Rm 11.26,27; Is 59.20,21; Mt 23.37-39).

b) Salvar os crentes que não estavam preparados para o arrebatamento (Ap 7.9-15).
Serão mártires, pois recusarão adorar a besta e pagarão com suas vidas o amor que
confessarão a Cristo.

c) Trazer juízo sobre todo o mundo - especialmente às nações incrédulas. Terminados os


primeiros três anos e meio, diferentes pragas serão derramadas, simbolizadas pelos sete selos
(Ap 6.1-17), as sete trombetas (Ap 8.1-13) e as sete taças (Ap 16.1-16,21). Serão as
manifestações da ira de Deus sobre os “filhos da desobediência” (Rm 1.18; Ef 5.6; Cl 3.6).

Como consequência de guerras (Ap 6.3,4), pestes (Ap 6.7,8), terremotos (Ap 6.12-17),
danos às ervas (Ap 8.12); males aos homens (Ap 9.1-12), a profecia leva a crer que dois
terços da terra perecerão (Zc 13.8,9).

2. A TRÍADE INFERNAL

O domínio terreno nessa época será da tríade infernal (Ap 13.1-18; 16.13). Nos primeiros
três anos e meio eles persuadirão as nações e, depois, mostrarão toda sua maldade, (2 Ts
2.3,4; Ap 13.1-8; 16.13).

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A tríade será composta por:

a) Satanás (o grande dragão vermelho - Ap 12.3,4) – conhecido também como “antiga


serpente”, “diabo”, “sedutor dos homens”, dará poder às duas bestas para agirem com toda
maldade e sutileza na Grande Tribulação.

b) Anticristo (falso cristo ou primeira besta – Ap 13.1) – “emerge do mar”, ou seja, surge
das nações, com uma grande força política. Recebendo força e poder de Satanás e do Falso
Profeta, seduzirá as nações com sinais e prodígios (Ap 13.13). Na segunda metade do
período ele se assentará no trono do templo (reconstruído) e profanará o santo lugar (Dn
9.27 com Mt 24.15; Dn 11.20-32; 2 Ts 2.3,4).

c) Falso profeta (a segunda besta – Ap 13.11-18) – “emerge da terra”, possivelmente um


judeu (terra pode significar a terra santa de Israel). Homem de relações públicas, com
oratória invejável e persuasiva. Sua tarefa principal é induzir todos os que ficaram para a
grande tribulação a cultuarem o anticristo.

Ele aplicará um sinal, o número 666 em cada indivíduo que adora a primeira besta (Ap
13.16-18). Os que recusarem a receber o sinal de identificação e adorar a besta, serão
impedidos de comprar e vender mercadorias.

3. A BATALHA DO ARMAGEDON

A Grande Tribulação terminará com o cenário de uma grande batalha, onde exércitos de
muitas nações se reunirão no maior confronto militar na Terra da Palestina. Ela encerra a
dispensação da graça e será provocada pela tríade satânica, que incitarão três espíritos
imundos a saírem ao encontro dos reis da terra e reuni-los no grande dia da ira do Deus
Todo-Poderoso (Ap 16.13,14).

A batalha será no vale do Armagedom, também conhecido como vale de Jeosafá e Vale da
Decisão, conforme profecia de Joel 3.2,14. Haverá um grande movimento militar,
enfrentando-se, de um lado os exércitos do Anticristo formados por uma confederação de
nações e, do outro, os exércitos orientais, com uma cavalaria de 200 milhões de
combatentes (Ap 9.16).

Esse confronto colocará em risco a destruição total de Israel que, no auge da angústia,
clamará a Deus e verá, com espanto, o céu se abrir e aparecer nas nuvens Jesus Cristo
montado num cavalo branco, seguido dos exércitos que há no céu (Ap 19.11-16; Mt
24.27-30). A intervenção divina sobre o monte das Oliveiras é profetizada (Zc 14.3,4).

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Na vinda do Senhor as nações serão surpreendidas e derrotadas, neutralizando o
extermínio do povo de Deus (Ap 19.19; 2 Ts 2.8).

Nessa batalha:

- Os poderes celestiais virão com toda força, provocando terríveis abalos na terra (Ap
6.14; Is 24.19). Será grande a mortandade.

- A besta e o falso profeta serão lançados no lago de fogo e enxofre (Ap 14.17-21;
19.21).

- Satanás será aprisionado por mil anos (Ap 20.1-3).

- O Senhor Jesus realizará o Juízo das Nações (Mt 25.31-46).

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VII – O MILÊNIO

Será um período de completa manifestação da glória de Cristo no Seu domínio e governo.


Jesus é identificado como: o Renovo (Is 4.2; Jr 23.5; 33.15; Zc 3.8,9; 6.12,13); o Rei (Is
33.17,22; 44.6); o Altíssimo (Dn 7.22-24); o Filho de Deus (Is 9.6; Dn 3.25); o Rei (Is
33.17,22; 44.6; dn 2.44); o Juiz (Is 11.3,4; 16.5; 33.22; 51.4,5); o Messias Príncipe (Dn
9.25,26) e muitos outros títulos que destacam a Sua atividade nesse período.

1. PARTICIPARÃO DO MILÊNIO

a) Os salvos de todas as épocas, compreendendo os fiéis do Antigo Testamento; a Igreja


(Novo Testamento), e os salvos vindos da Grande Tribulação. Todos em corpos celestiais,
espirituais, glorificados (1 Ts 4.16-17; Ap 19.14; 20.4).

b. Os judeus salvos da Grande Tribulação; os gentios poupados no julgamento das nações;


os nascidos durante o Milênio. Estes, em seus corpos naturais, é claro. Somente os justos
serão admitidos no reino de Cristo (Mt 25.37; Is 26.2; 60.21).

2. RESTAURAÇÃO DE ISRAEL

Com a vitória do Senhor e Seus exércitos um espírito de súplica será derramado sobre
Israel e prantearão, arrependidos pelo que fizeram a Cristo na Sua primeira vinda (Zc
12.10). Haverá conversão e renovação do povo judeu a Cristo (Zc 13.9; Ez 36.24-31; Is
25.9; Rm 11.26).

Jerusalém será o centro do governo do Reino Milenar ( Jr 3.17; 30.16,17; 31.6,23; Ez


43.5,6; Mq 4.7; Zc 8.2,3) e o centro do mundo (Is 2.2-4; Jr 31.6; Mq 4.1; Zc 2.10-11). A
cidade será gloriosa (Is 52.1-12; 60.14-21), protegida pelo poder do Rei (Is 14.32; 25.4;
26.1-4; 33.20-24), o centro da adoração mundial (Jr 30.16-21; 31.6,23; Zc 8.8; 20-23), bem
como acessível a todos os povos da terra (Id 35.8,9).

3. CARACTERISTICAS DO REINO

- As nações andarão na luz do Senhor – Ap 21.24-26;


- Conhecimento universal de Deus – Is 11.9; Jr 31.3;
- Justiça - Is 9.6; 11.4; 33.21,33; Sl 45.4; 72.4; Dt 18.18,19; At 3.22;
- Paz e prosperidade – Is 2.4; 35.1,2;
- Longevidade (poucas doenças e muitas curas) – Is 33.24; 35.5,6; Ez 47.12; – Is 65.20-22;
- Equilíbrio ecológico – Is 11.6-8, 15; 32.2; 25.4; 41.18; Ez 47.1-12;
- O gênero humano se multiplicará – Ez 36.37-38; Zc 8.4,5.

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VIII – OS ACONTECIMENTOS FINAIS

Terminado o Milênio, virá o desfecho da história segundo Deus a projetou:

a) Satanás será solto (Ap 20.7-10). Mediante a soltura de Satanás, as pessoas que
nasceram no milênio e não foram por ele tentadas, terão a oportunidade de fazer sua
escolha voluntária de servir a Cristo ou não. As que cederem à tentação se unirão a Satanás
para a derradeira batalha contra Cristo.

b) Batalha de Gogue e Magogue (Ap 20.8,9) – seduzidos e dirigidos por Satanás,


marcharão contra os santos e Jerusalém, mas serão consumidos por fogo que descerá do céu.

c) Satanás é derrotado e lançado definitivamente para o lago de fogo (Ap 20.10).

d) Ressurreição dos ímpios (Dn 12.2; Ap 20.12) – todos os ímpios que já morreram agora
irão ressuscitar para comparecerem diante de Deus e serem julgados pelos seus pecados.

e) O juízo final – o “Grande Trono Branco” (Ap 20.11-15) – ocasião em que os livros
onde estão registradas as obras dos ímpios serão confrontados com o Livro da Vida do
Cordeiro. Todos os que rejeitaram a salvação em Cristo e viveram dissolutamente em seus
pecados serão julgados e destinados à sua eterna morada: “E, se alguém não foi achado
inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo”, Ap 20.15.

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BIBLIOGRAFIA

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Bíblia Vida Nova

Bíblia Shedd

COHEN, Armando Chaves. Estudos sobre o Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.

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FERNANDES, Nelquiades. As sete dispensações. In: www.catedralad.com.br.

LOPES, Hernandes Dias. A segunda vinda de Cristo. Internet, pdf.

NICODEMUS L., Augustus. Ainda não é o fim. São Paulo: Luz para o Camino, 2001.

RYRIE, Charles C. – Teologia Básica. Ebook.

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SHEDD, Russell P. Escatologia do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2006.

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