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Conservatório Brasileiro de Música Centro Universitário

Prática de Ensino V – 7° Período

Professora: Jeanine Bogaerts

Aluno: Raphael Rodrigues Tavares Rodriguéz

Abordagem Orff

Carl Orff (1895 – 1982) foi um dos mais conhecidos compositores alemães do século
XX, mas também realizou um trabalho pedagógico muito bem sucedido e de grande aceitação na
Europa e América, no entanto, não é tão fácil delimitar o que é o método Orff pois não há
escritos acerca do método feitos pelo próprio, apenas o Orff-Schulwerk (1954) que se trata de
uma coleção de peças para o trabalho pedagógico.

Conectado com as recentes descobertas científicas de seu tempo e do século anterior, Orff
encontra na teoria evolutiva de Darwin um caminho para seu trabalho como professor, de modo
que para ele “a educação musical deveria assentar-se nos estágios evolutivos da humanidade.”
(Fonterrada, 2005). Um desenvolvimento musical significativo da criança seria baseado nesses
mesmos estágios, de modo que partia de simples melodias e ritmos, cantigas e rimas do universo
infantil para uma fácil assimilação. Contudo, o primeiro trabalho pedagógico de Orff foi
realizado com adultos professores de educação física onde integrava música e movimento. Aqui
se encontra um ponto onde fica evidente a convergência do trabalho de Orff com a proposta de
Dalcroze (1865 – 1950), que dava ênfase no desenvolvimento musical a partir do ritmo e do
movimento, num exercício de associação de linguagens artísticas diferentes, de modo que o
movimento regia a música e vice-versa, pois os elementos musicais podem ser gerados e
vivenciados a partir do movimento. Com a guerra esse trabalho chegou ou fim, retornando no
pós guerra com o trabalho com crianças, quando surge a “música elemental”. Música elemental é
a integração de fala, dança e movimento num fazer musical que partia do ritmo, servindo à
educação musical infantil.

É um princípio de Orff que o ritmo é a base para a melodia, e que a melodia nasceria dos
ritmos da fala, algo também presente em outros educadores musicais que é a estreira relação
entre a origem da fala e da música. Como vemos em Suzuki, o aprendizado musical é baseado no
aprendizado da língua materna.

Bem como os outros métodos ativos, o objetivo central é o mesmo, que se trata de uma
imersão na música pelo som e pela experiência, afim de fomentar a criativade no aluno, e não
através de regras, pois o foco está muito mais na expressão do que no conhecimento técnico e
teórico.

A improvisação tem um lugar especial no método, ondem os alunos são estimulados


desde o início de forma guiada até atingir níveis de amadurecimento. O Orff-Schulwerk conduz
o trabalho com crianças de forma gradativa, partido de composições pentatônicas até tonais, com
o instrumental Orff, que apesar de parecer arriscado distribuir instrumentos de uma pequena
orquestra para crianças, eles permitem que elas vivenciem uma grande gama de efeitos sonoros.
Como dito acima, a música não é apresentada como regras, antes, chega ao aluno através da
experiência, logo as músicas do Orff-Schulwerk ou qualquer outra composição que o professor
queira trabalhar, é aprendida na prática para depois ser apresentado o papel.

BIBLIOGRAFIA:
FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. De tramas e Fios: um ensaio sobre música e
educação. São Paulo: Editora UNESP, 2005.

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