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GEOGRAFIA

1. Formação territorial de Pernambuco.

1.1 Processos de formação.

1.2 Mesorregiões.

1.3 Microrregiões.

1.4 Regiões de Desenvolvimento – RD.

2. Aspectos físicos.

2.1 Clima.

2.2 Vegetação.

2.3 Relevo.

2.4 Hidrografia.

3. Aspectos Humanos e indicadores sociais.

3.1 População.

3.2 Economia.

3.3 O espaço rural de Pernambuco.

3.4 Urbanização em Pernambuco.

3.5 Movimentos culturais em Pernambuco.

4. A questão Ambiental em Pernambuco.


PERNAMBUCO geográfica. Criado pelo IBGE, esse sistema de divisão tem
aplicações importantes na elaboração de políticas públicas
Com 98.311 km², Pernambuco é um dos 27 estados bra- e no subsídio ao sistema de decisões quanto à localização de
sileiros. Localizado no centro leste da Região Nordeste, tem atividades socioeconômicas. Oficialmente, as cinco mesorre-
sua costa banhada pelo Oceano Atlântico. O estado faz limite giões do estado são: Agreste Pernambucano, Metropolitana
com a Paraíba, Ceará, Alagoas, Bahia e Piauí. Também faz par- do Recife, São Francisco Pernambucano, Sertão Pernambu-
te do território pernambucano, o arquipélago de Fernando cano e Zona da Mata Pernambucana. Essas mesorregiões
de Noronha, a 545 km da costa. São 185 municípios – com estão, por sua vez, subdivididas em microrregiões.
um total de 8.796.032 habitantes – e tem a cidade do Recife
como sua capital. Recife População em 2010 1.537.704 hab. Lista de mesorregiões do estado de Pernambuco
1. Mesorregião do São Francisco Pernambucano
2. Mesorregião do Sertão Pernambucano
População estimada 2015 9.345.173
3. Mesorregião do Agreste Pernambucano
População 2010 8.796.032 4. Mesorregião da Zona da Mata Pernambucana
Densidade demográfica (hab/km²) 89,62 5. Mesorregião Metropolitana do Recife
Rendimento nominal mensal domiciliar per
822
capita da população residente 2015 (Reais)(1)
Número de Municípios 185

Recife
População estimada 2015 1.617.183
População 2010 1.537.704
Área da unidade territorial (km²) 218,435
Densidade demográfica (hab/km²) 7.039,64

Jaboatão dos Guararapes Mapa de Pernambuco subdividido em mesorregiões.


População estimada 2015 686.122 Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_
mesorregi%C 3%B5es_de_Pernambuco
População 2010 644.620
Área da unidade territorial (km²) 258,694 Pernambuco possui dezenove microrregiões: Alto Capi-
Densidade demográfica (hab/km²) 2.491,82 baribe, Araripina, Brejo Pernambucano, Garanhuns, Fernan-
do de Noronha, Itamaracá, Itaparica, Mata Meridional, Mata
Olinda Setentrional, Médio Capibaribe, Petrolina, Recife, Salgueiro,
População estimada 2015 389.494 Sertão do Moxotó, Suape, Vale do Ipanema, Vale do Ipojuca,
Vale do Pajeú e Vitória de Santo Antão.
População 2010 377.779
Área da unidade territorial (km²) 41,681
Densidade demográfica (hab/km²) 9.063,58
Fonte: IBGE

Formação Territorial de Pernambuco


Pernambuco está separado em subdivisões geográficas
denominadas mesorregiões e microrregiões, e em subdivi-
sões administrativas denominadas municípios. Mapa com a divisão das Microrregiões do estado.
As mesorregiões compreendem as grandes regiões do Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_
estado, que congregam diversos municípios de uma área microrregi%C3%B5es_de_Pernambuco

Por último, existem os municípios, que são circunscri-


ções territoriais que possuem relativa autonomia e concen-
tram um poder político local, cujo sistema funciona com
dois poderes, sendo o executivo a Prefeitura, o legislativo
a Câmara de Vereadores. Ao total, Pernambuco é dividido
185 municípios, tornando a décima primeira unidade da fe-
deração com o maior número de municípios. Alguns destes
municípios formam uma conurbação. Oficialmente existem
em Pernambuco uma região metropolitana, a do Recife, e
uma região integrada de desenvolvimento econômico, o Polo
Petrolina e Juazeiro.
Região de Desenvolvimento: Agreste Central A Zona da Mata é marcada por formações onduladas,
Municípios: Agrestina, Alagoinha, Altinho, Barra de Gua- caracterizadas como “domínio dos mares-de-morro”. É lá,
biraba, Belo Jardim, Bezerros, Bonito, Brejo da Madre de inclusive, que na transição com o Agreste é localizada a Serra
Deus, Cachoeirinha, Camocim de São Felix, Caruaru, Cupira, das Russas que, na verdade, é a borda ocidental do Planalto
Gravatá, Ibirajuba, Jatáuba, Lagoa dos Gatos, Panelas, Pes- da Borborema, que corta alguns estados da Região Nordeste.
queira, Poção, Riacho das Almas, Sairé, Sanharó, São Bento O Agreste localiza-se sobre este planalto, sua altitude média
do Una, São Caitano, São Joaquim do Monte, Tacaimbó. é de 400m, podendo passar dos 1000m nos pontos mais
elevados. A estrutura geológica predominante é a cristalina,
Região de Desenvolvimento: Agreste Meridional sendo responsável, junto com o clima semiárido, por forma-
Municípios: Águas Belas, Angelim, Bom Conselho, Bre- ções abruptas (pedimentos e pediplanos).
jao, Buíque, Caetés, Calçado, Canhotinho, Capoeiras, Cor-
rentes, Garanhuns, Iati, Itaíba, Jucati, Jupi, Jurema, Lagoa Relevo
do Ouro, Lajedo, Palmeirina, Paranatama, Pedra, Saloá, São O relevo é moderado: 76% do território estão abaixo dos
João, Terezinha, Tupanatinga, Venturosa. 600m. É formado basicamente por três unidades geoambien-
tais: Baixada litorânea, Planalto da Borborema e Depressão
Região de Desenvolvimento: Agreste Setentrional
Sertaneja. O litoral é uma grande planície sedimentar, quase
Municípios: Bom Jardim, Casinhas, Cumaru, Feira Nova,
Frei Miguelinho, João Alfredo, Limoeiro, Machados, Orobo, que em sua totalidade ao nível do mar, tendo alguns pontos
Passira, Salgadinho, Santa Cruz do Capibaribe, Santa Maria abaixo do nível do mar. Nessas planícies estão as principais
do Cambuca, São Vicente Férrer, Surubim, Taquaritinga do cidades do estado, como Recife e Jaboatão dos Guararapes.
Norte, Toritama, Vertente do Lério, Vertentes. No Sertão as cotas altimétricas decrescem em direção ao
Rio São Francisco formando, em relação ao Planalto da Bor-
Região de Desenvolvimento: Mata Norte borema, uma área de depressão relativa. As formações ge-
Municípios: Aliança, Buenos Aires, Camutanga, Carpina, omorfológicas predominantes são os inselbergues, serras e
Chã de Alegria, Condado, Ferreiros, Glória do Goitá, Goiana, chapadas, estas últimas aparecendo em áreas sedimentares.
Itambé, Itaquitinga, Lagoa do Carro, Lagoa de Itaenga, Maca- Na Microrregião do Pajeú, próximo ao Município de Triunfo,
parana, Nazaré da Mata, Paudalho, Timbaúba, Tracunhaém, localiza-se o Pico do Papagaio com 1.260 metros, no limite
Vicência. com o sudoeste da Paraíba.

Região de Desenvolvimento: Mata Sul Clima


Municípios: Água Preta, Amaraji, Barreiros, Belém de No clima, Pernambuco está inserido na Zona Intertropi-
Maria, Catende, Chã Grande, Cortes, Escada, Gameleira, cal apresentando predominantemente temperaturas altas,
Jaqueira, Joaquim Nabuco, Maraial, Palmares, Pombos, Pri- podendo variar no quadro climático devido à interferência do
mavera, Quipapá, Ribeirão, Rio Formoso, São Benedito do relevo e das massas de ar. No Recife, por exemplo, a tempe-
Sul, Sirinhaém, São José da Coroa Grande, Tamandaré, Vitória ratura média é de 25ºc, com máximas de 32º. Já em cidades
de Santo Antão, Xexéu. do interior, nos meses de inverno – entre maio e julho – as
temperaturas podem baixar consideravelmente, podendo
Região de Desenvolvimento: Metropolitana
chegar, em alguns locais, até a 8ºC, a exemplo de Triunfo e
Municípios: Abreu e Lima, Aracoiaba, Cabo de Santo
Agostinho, Camaragibe, Fernando Noronha, Igarassu, Ipoju- Garanhuns, Sertão e Agreste respectivamente.
ca, Itamaracá, Itapissuma, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, O estado de Pernambuco é caracterizado por dois tipos
Olinda, Paulista, Recife, São Lourenço da Mata. de clima: o tropical úmido (predominante no litoral) e o se-
miárido (predominante no interior). Ressalte-se, porém, que
Região de Desenvolvimento: Sertão Central há variações destes dois tipos climáticos em algumas regiões:
Municípios: Cedro, Mirandiba, Parnamirim, Salgueiro, no centro-leste de Pernambuco é comum o clima tropical
São José do Belmonte, Serrita, Terra Nova, Verdejante. de altitude, especialmente no Planalto da Borborema e em
outras regiões serranas com ocorrência de microclimas, áreas
Região de Desenvolvimento: Sertão de Itaparica onde as temperaturas são mais amenas, podendo atingir
Municípios: Belém de São Francisco, Carnaubeira da mínimas de 10°C; e no centro-oeste do estado há regiões
Penha, Floresta, Itacuruba, Jatobá, Petrolândia, Tacaratu. que apresentam climas como o seco de estepe, áreas onde
as temperaturas são mais elevadas, com máximas que podem
Região de Desenvolvimento: Sertão do Araripe ultrapassar os 40°C.
Municípios: Araripina, Bodoco, Exu, Granito, Ipubi, Mo-
reilândia, Ouricuri, Santa Cruz, Santa Filomena, Trindade. Vegetação
O Estado também é dotado de uma vegetação muito
Região de Desenvolvimento: Sertão do Moxotó diversificada, com matas, manguezais e cerrados, além da
Municípios: Arcoverde, Betânia, Custódia, Ibimirim, Ina- grande presença da caatinga.
já, Manari, Sertânia. A floresta tropical, originalmente conhecida como Mata
Região de Desenvolvimento: Sertão do Pajeú Atlântica, é encontrada apenas na faixa leste do estado, cujas
Municípios: Afogados da Ingazeira, Brejinho, Calumbi, espécies se misturam com a caatinga nas denominadas áre-
Carnaíba, Flores, Iguaraci, Ingazeira, Itapetim, Quixaba, Santa as de tensão ecológica (contatos entre tipos de vegetação),
Cruz da Baixa Verde, Santa Terezinha, São José do Egito, Serra na faixa de transição entre a zona da mata e o agreste. Na
Talhada, Solidão, Tabira, Triunfo, Tuparetama. Floresta Atlântica, as matas registram a presença de árvores
altas, sempre verdes, como a peroba e a sucupira.
Região de Desenvolvimento: Sertão do São Francisco A caatinga, vegetação tipica do Sertão, o Agreste apre-
Municípios: Afrânio, Cabrobó, Dormentes, Lagoa Gran- senta uma vegetação de transição e suas características se
de, Orocó, Petrolina, Santa Maria da Boa Vista. misturam com a da Mata Atlântica, na parte mais oriental e
Fonte: Fundação de Desenvolvimento Municipal. com a da Caatinga, na parte mais ocidental. A caatinga pode
ser do tipo arbóreo, com espécies como a (baraúna), ou petroquímico, biotecnológico, farmacêutico, de informática,
arbustivo representado, entre outras espécies pelo (xique- naval e automotivo, que estão dando novo impulso à econo-
-xique) e o (mandacaru). mia do estado, que vem crescendo acima da média nacional.
O cerrado caracteriza-se por uma vegetação formada Além da importância crescente do setor de informática (o
por árvores tortuosas, esparsas, intercaladas por um manto Porto Digital é o maior parque tecnológico do Brasil), do setor
inferior de gramíneas. Em Pernambuco, os cerrados surgi- terciário – sobretudo das atividades turísticas –, e do setor
ram sobre as áreas arenosas dos Tabuleiros do Município de industrial em torno do Porto de Suape, merecem destaque
Goiana (hoje praticamente substituído pela cana-de-açúcar) a produção irrigada de frutas ao longo do Rio São Francisco,
e na Chapada do Araripe. quase que totalmente voltada para exportação, concentrada
no município de Petrolina, em parte devido ao aeroporto
Hidrografia internacional com grande capacidade para aviões cargueiros
Na hidrografia, existe a forte presença de rios, sobretudo do município; e a floricultura, que começa a ganhar espaço,
na Região Metropolitana do Recife (RMR) que conta com 14 com plantações de rosas, gladiolus, e crisântemos. Outros
municípios. Há, também, muitas barragens de contenção de polos dinâmicos de desenvolvimento são: o polo gesseiro no
enchentes e abastecimento populacional como Tapacurá, Araripe; o mármore, a pecuária leiteira e a indústria têxtil no
Carpina, Jucazinho, entre outras. Os principais rios do estado Agreste; e a cana-de-açúcar e a biomassa na Zona da Mata.
são o Capibaribe e Beberibe, Ipojuca, Uma, Pajeú, Jaboatão
e São Francisco, este último extremamente importante do Espaço Rural de Pernambuco
desenvolvimento do Sertão, uma vez que possibilita a dis- Entre os principais produtos agrícolas cultivados em
tribuição de águas nas regiões secas. Pernambuco encontram-se a cana-de-açúcar, o algodão, a
As grandes bacias hidrográficas de Pernambuco pos- banana, o feijão, a cebola, a mandioca, o milho, o tomate,
suem duas vertentes. Faz parte da bacia do Atlântico Nor- a graviola, o caju, a goiaba, o melão, a melancia, a acerola,
deste Oriental e da Bacia do rio São Francisco. Os rios que a manga e a uva. Na pecuária destacam-se as criações de
escoam para o rio São Francisco formam os chamados rios bovinos, suínos, caprinos e galináceos. Merece destaque
interiores, cujo todos os rios nascem em municípios limí- ainda a expansão que vem tendo a partir dos anos 1970 da
trofes na divisa de estados da Região nordeste, os rios que agricultura irrigada no Sertão do São Francisco, com proje-
escoam para o Oceano Atlântico, constituem os chamados tos de irrigação hortifruticolas implantados com o apoio da
rios litorâneos, fazem parte da bacia hidrográfica do Atlântico Codevasf. A produção é voltada para o mercado externo.
Nordeste Oriental, cujo quase todos nascem no planalto da
Borborema. Questão ambiental em Pernambuco
A Lei Estadual nº 13.787, de 8 de junho de 2009, instituiu
População o Sistema Estadual de Unidades de Conservação da Natureza
Pernambuco é o sétimo estado mais populoso do Brasil, (SEUC). Em 2015, Pernambuco possuía 80 Unidades de Con-
com 8.796.032 habitantes, o que corresponde a aproxima- servação Estaduais: 40 de Proteção Integral (31 Refúgios da
damente 4,6% da população brasileira, distribuídos em 185 Vida Silvestre – RVS; 5 Parques Estaduais – PE; 3 Estações
municípios. Cerca de 80,2% dos habitantes do estado moram Ecológicas – ESEC; e 1 Monumento Natural – MONA) e 40
em zonas urbanas. A densidade demográfica estadual é de de Uso Sustentável (18 Áreas de Proteção Ambiental – APA;
89,5 hab./km². Conforme dados do IBGE, a composição ét- 13 Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPN; 8
nica da população pernambucana é constituída por pardos Reservas de Floresta Urbana – FURB; e 1 Área de Relevante
(53,3%), brancos (40,4%), negros (4,9%) e índios (0,5%), de Interesse Ecológico – ARIE).
Fontes: sites do governo estadual de Pernambuco,
acordo com o Censo 2010 do IBGE. IBGE e Wikipédia.
Os povos e a diversidade caminham de mãos dadas
desde o início da formação do Estado de Pernambuco. He-
terogeneidade é a palavra que descreve o povo pernambu-
Zonas geográficas (sub‑regiões)
cano. Na sua formação, o Estado teve um elevado número
de imigrantes. São portugueses, italianos, espanhóis, árabes,
judeus, japoneses, alemães, holandeses e ingleses. Além das
fortes influências africana e, claro, indígenas.
Trata-se de um caldeirão cultural de riqueza ímpar, tra-
duzida no jeito de ser de uma gente que aprendeu, desde
sempre, a lutar por liberdade. O espírito guerreiro e o amor
pela terra vêm desde os primórdios. Foi esta garra que fez com
que os pernambucanos se unissem para derrubar o domínio
holandês no estado em 1645, quando teve início a Insurreição
Pernambucana. O movimento foi o responsável pelo começo
de um sentimento conhecido como pernambucanidade.
Povo festeiro, acolhedor e trabalhador, dedicado à arte de
receber bem e de cultivar as tradições. Este é o pernambucano.
Que tem orgulho de carregar a bandeira do Estado no peito,
símbolo maior dessa cultura. Mas esse estado não é apenas
a tradição: é também o espaço da modernidade e das expres-
sões contemporâneas no campo das artes, da tecnologia, da
arquitetura, da música, da dança, do teatro, da culinária.

Economia
O estado assiste a uma importante mudança em seu Sub-regiões do Nordeste: 1 – Meio norte, 2 – Sertão, 3
perfil econômico com os recentes investimentos nos setores – Agreste e 4 – Zona da Mata
Para que se pudesse analisar de forma mais fácil as lhões de habitantes, dos quais 60% vivem na linha de pobreza
características da região Nordeste, o IBGE dividiu a região (com renda de um salário-mínimo por mês). Os 20% mais
em quatro zonas: ricos dos seus habitantes têm renda 40 vezes maior que a
• Meio-norte: o meio-norte é uma faixa de transição dos mais pobres.
entre a Amazônia e o sertão, abrange os estados do A RMR é a região que apresenta a maior taxa de urbani-
Maranhão e Piauí. Também é chamada de Mata dos zação do Estado. Entre os seus indicadores negativos, o que
Cocais, devido às palmeiras de babaçu e carnaúba. mais incomoda é a violência, pois é considerada a segunda
No litoral chove cerca de 2000 mm anuais, indo mais região com maior índice de criminalidade do Brasil. Quanto
para o leste e/ou para o interior esse número cai para ao saneamento básico, tem apenas 35,2% dos seus municí-
1500 mm anuais, já no sul do Piauí, uma região mais pios com esgotos sanitários, quando a média nacional é de
parecida com o sertão só chove 700 mm por ano, em 52,5%, segundo dados do IBGE.
média. Entre os indicadores positivos, a RMR destaca-se por
• Sertão: o sertão fica localizado, geralmente, no inte- abrigar o terceiro maior polo médico do Brasil e o segundo
rior do Nordeste. Possui clima semiárido; em estados melhor polo de informática do País. Outro destaque nacional:
como Ceará e Rio Grande do Norte chega a alcançar o a RMR tem taxas de escolarização do ensino médio (entre
litoral, descendo mais ao sul, o sertão alcança o norte crianças de 15 a 17 anos) de 79,9%, superior à média brasi-
de Minas Gerais, no Sudeste. As chuvas são irregulares leira que é de 78,5%.
e escassas. Existem constantes períodos de estiagem
e a vegetação tipica é a caatinga. Litoral/Mata
• Agreste: o agreste é uma zona de transição entre a
Zona da Mata e o sertão. Localizado no alto do Pla- Uma das regiões mais férteis do Estado, onde predomina
nalto da Borborema, é um obstáculo natural para a o solo tipo massapê, é formada por 57 dos 184 municípios
chegada das chuvas ao sertão, se estendendo do sul da
pernambucanos. Sua economia está concentrada na agroin-
Bahia até o Rio Grande do Norte. O principal acidente
dústria canavieira que oferece cerca de 70 mil empregos
geográfico da região é o Planalto da Borborema. Do
permanentes e 90 empregos temporários (na época da safra
lado leste do planalto estão as terras mais úmidas
(Zona da Mata); do outro lado, para o interior, o clima da cana-de-açúcar). Ao contrário das demais regiões do Es-
vai ficando cada vez mais seco (Sertão). tado, não está sujeita a secas periódicas, tem rios perenes
• Zona da Mata: localizada ao leste, entre o Planalto e índices pluviométricos elevados, se comparados aos do
da Borborema e a costa, fica a Zona da Mata, que se Estado como um todo.
estende do Rio Grande do Norte ao sul da Bahia. As Tem densidade demográfica elevada, 212 habitantes por
chuvas são abundantes. A zona recebeu este nome quilômetro quadrado, bem superior à média estadual que é
por ter sido coberta pela Mata Atlântica. Os cultivos de 72 hab/km2. Também conhecida como zona canavieira,
de cana-de-açúcar e cacau substituíram as áreas de está dividida em seis microrregiões: Mata Setentrional,
florestas. O povoamento desta região é muito antigo. Vitória de Santo Antão, Mata Meridional, Itamaracá, Recife
e Suape.
As Regiões de Pernambuco – Sertão, Agreste e Mata
Agreste

É a região intermediária entre a Mata e o Sertão. Carac-


teriza-se por uma economia diversificada, com o cultivo de
lavouras como milho, feijão, mandioca, entre outras, e pe-
cuária leiteira e de corte. Principal bacia leiteira do Estado,
o Agreste tem índices pluviométricos maiores que os do
Sertão, com média anual entre 800 e 1000 milímetros, mas
também é uma região sujeita a secas periódicas.
Está dividida em seis microrregiões: Vale do Ipanema,
Vale do Ipojuca, Alto Capibaribe, Médio Capibaribe, Gara-
nhuns e Brejo Pernambucano. Tem, em geral, solos rasos,
já erodidos e depauperados e presta-se para o cultivo de
cereais.

sertão ou caatinga
Região Metropolitana do Recife
É a maior região natural do Estado, ocupando 70% do
Área administrativa criada em 1973, quando o governo território pernambucano. Está dividida em seis micror-
federal decidiu implantar uma política de desenvolvimento regiões: Araripina, Salgueiro, Pajeú, Moxotó, Petrolina e
no entorno das capitais brasileiras, a Região Metropolitana Itaparica. No geral, tem sua economia baseada na pecuária
do Recife (RMR) é formada por 14 municípios: Abreu e Lima, e plantio de culturas de subsistência.
Araçoiaba, Cabo, Camaragibe, Igarassu, Ipojuca, Itamaracá, É a região mais castigada pelas secas que atingem o
Itapissuma, Jaboatão, Moreno, Olinda, Paulista, Recife e São semiárido nordestino, com precipitação média anual entre
Lourenço da Mata. 500 e 700 milímetros. Em Itaparica está localizada uma hidre-
É a região de maior concentração de renda do Estado e létrica do sistema Chesf e em Petrolina fica o maior polo de
os seus municípios geram, juntos, metade de toda a riqueza produção de frutas do Estado, cultivadas com água irrigada
produzida em Pernambuco. Tem uma população de três mi- do Rio São Francisco e destinadas à exportação.
Mineração
A Economia e o Mercado Importador e Exportador de Os principais produtos extrativos minerais do Estado são
Pernambuco o calcário, o gesso e a fosforita.

Dados Gerais sobre Pernambuco


Localização geográfica: Centro-leste da região Nordeste
do Brasil
Área do estado: 98.311,616 km2
Relevo: Planície litorânea, Planalto Central, Depressões
à Oeste e à Leste
Principais bacias hidrográficas: São Francisco, Capibari-
be, Ipojuca, Una, Pajeú, Jaboatão
Vegetação característica: Mangue (litoral), Floresta tro-
pical (Zona da Mata), Caatinga (Agreste e Sertão)
Clima: Tropical atlântico (litoral), semiárido (agreste e
sertão)
Número de municípios: 185 e o território de Fernando
de Noronha
Capital: Recife
População total do estado: 8.810.256 Cidades mais
populosas: Economia pernambucana
Recife: 1.561.659
Jaboatão dos Guararapes: 687.688 Nos últimos 30 anos Pernambuco vem mudando seu
Olinda: 397.268 perfil econômico: deixa de ser um estado agrícola e se trans-
Paulista: 319.373 forma em grande centro de serviços, com destaque para o
Caruaru: 298.501 comércio e o turismo. O setor de serviços representa mais
Petrolina: 281.851 da metade do PIB Produto Interno Bruto estadual, enquanto
Fonte: IBGE estimativas das populações residentes,
em 1º de julho de 2009
a agricultura contribui com menos de 10% das riquezas do
estado.
Densidade demográfica: 80,65 hab./km² A economia de Pernambuco apresenta grande diversida-
Participação no PIB brasileiro: 2,71% de com a presença de cadeias produtivas bem estruturadas
Principais produtos agrícolas: Mandioca, feijão, ca- na- e investimento em infraestrutura que são fatores para que
o Estado apresente uma performance econômica acima dos
de-açúcar e milho
indicadores nacionais nos último anos.
Maiores rebanhos: Bovinos (1.348.969) e caprinos
Segunda economia do Nordeste, superada apenas pela
(1.165.629)
da Bahia, Pernambuco tem um PIB da ordem de R$ 17 bi-
Principais produtos minerais: Calcário e Gipsita
lhões, equivalente ao do Chile e superior ao de países como
Maiores indústrias: Transformação de minerais não
Paraguai e Uruguai, parceiros do Brasil no Mercosul. Estado
metálicos, confecções, mobiliário e curtume onde a economia açucareira foi a mais expressiva do Brasil,
Setores de ponta: Polo médico, polo gesseiro, polo de do período colonial ao início deste século, Pernambuco pas-
informática e polo turístico sa por aceleradas transformações. A cana-de-açúcar ainda
Participação no PIB nacional: 2,67% (2006). Composição representa 40% da economia estadual, mas vem perdendo
do PIB: agropec.: 5,2%; ind.: 21,6%; serv.: 73,2% (2006). PIB este peso para outras atividades agrícolas, industriais e de
per capita: R$ 6.528 (2006). serviços, que urbanizam rapidamente o setor econômico.
Export. US$ 870,6 milhões (2007) uvas e mangas frescas Segundo estimativas do Condepe, o Produto Interno
15%, plásticos e seus produtos 13%, açúcares, exceto de cana Bruto (PIB) do Estado ficou na casa dos R$ 40 bilhões em
13%, açúcar de cana 10%, materiais elétricos 7%, borrachas e 2004, o segundo maior do Nordeste, atrás apenas da Bahia,
seus produtos 6%, crustáceos 5%, fios, tecidos e confecções e vem crescendo num ritmo um pouco superior ao do País,
3%, outros 28% (2007) se consolidando como 8ª economia do país. Em 2003, o PIB
Import. US$ 1,7 bilhão (2007) produtos químicos 39%, local, que representa 20% do PIB do Nordeste e em torno de
combustiveis 15%, alimentos 10%, trigo e farinha de trigo 7%, 2,7% do nacional, registrou incremento de 1,22%, enquanto
máquinas e motores 4%, instrumentos médico-hospitalares o do País apresentou retração de 0,5%. Em 2004, o PIB es-
4%, outros 21% (2007) tadual acompanhou o nacional, crescendo 5%, entre 2000
e 2003, Pernambuco cresceu em média 0,68% acima do
Agricultura e pecuária crescimento nacional.
O setor terciário é o que tem envolvido maior número
O setor agrário caracteriza-se pela monocultura da de pessoas e gerado maior produção. Destacam-se aí as
cana-de-açúcar (principal produto agrícola do estado) cul- atividades comerciais e financeiras, correspondentes a 21%
tivada nos solos tipos massapê da Zona da Mata; o Agreste e 25%, respectivamente, do PIB estadual. A indústria de
caracteriza-se pela policultura de gêneros alimenticios, transformação também cresceu e responde por 25% da pro-
como feijão, mandioca, milho e banana; no Vale do São dução total do Estado. A diversificação foi a grande marca do
Francisco, atualmente a região mais promissora do Estado, setor, com gêneros tradicionais (têxtil e alimentar) perdendo
há o cultivo de cebola, uva para produção de vinho e outras importância no Valor da Transformação Industrial (VTI), pas-
frutas para exportação. Em nível regional, Pernambuco tem sando de quase 60% para 35%, entre 1960 e 1985, segundo
um dos mais importantes rebanhos do Brasil. A pecuária o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE). Essa
leiteira está concentrada no Agreste e os rebanhos caprino/
ovino no Sertão.
diversificação alavancou o desenvolvimento das indústrias Estado tem condições de apresentar crescimento vigoroso,
química, de material elétrico, comunicações, mecânica, principalmente em um cenário de médio prazo.
metalurgia, matéria plástica, bebidas, vestuário e calçados. O Produto Interno Bruto de Pernambuco foi de R$
Entre 1999 e 2004 foram aportados R$ 1,3 bilhão em in- 42.260.926 mil em 2000, correspondente a 2,7% do PIB
vestimentos em infra-estrutura pública, destinados sobretu- nacional. Participações internas do PIB:
do a rodovias, portos, aeroportos e malha de abastecimento
de gás natural em conjunto com os esforços do Estado em A Região Metropolitana de Recife
articular uma política de incentivos fiscais.
Nos anos 90, o trinômio constituído pela emergente ati- Em 1973 foi criada, pelo Governo Federal, a RMR (Re-
vidade do turismo, a agricultura irrigada e o Complexo Portu- gião Metropolitana do Recife) com o objetivo de facilitar a
ário de Suape, projeta ainda mais a economia pernambucana administração de desenvolvimento das cidades circunvizi-
no conjunto nacional. O turismo tem como principal ponta nhas do Recife. Medida que não se limitou apenas ao Recife
de lança o projeto Costa Dourada. O programa, parceria da e sim para todas as grandes capitais brasileiras. A Região
iniciativa privada com os governos federal e dos estados de Metropolitana do Recife é composta por 15 municípios.
Pernambuco e Alagoas, visa dotar de infraestrutura o litoral De acordo com o IBGE a RMR é formada por 15 mu-
no trecho entre Cabo de Santo Agostinho (sul de Pernambu- nicípios, são eles: Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Pau-
co) e Barra de Santo Antônio (norte de Alagoas), para explorar lista, Igarassu, Abreu e Lima, Camaragibe, Cabo de Santo
as potencialidades turísticas naturais da região. Agostinho, Goiana, São Lourenço da Mata, Araçoiaba, Ilha
Quanto ao mercado interno, segundo o IBGE, o Estado de Itamaracá, Ipojuca, Moreno, Itapissuma e Recife. Com
conta com uma população de 8 milhões de habitantes, 16% 3.787.667 habitantes (IBGE/2009).
da população do Nordeste. A população economicamente Em março de 2009, havia 3.213 mil pessoas em ida- de
ativa é de 1,444 milhão de pessoas, o PIB per capita é de R$ ativa na Região Metropolitana de Recife. Deste total, 42,9%
4.887. Em relação à posição geográfica no Nordeste, vale encontrava-se ocupada (nível de ocupação), 5,0%
frisar que Pernambuco faz divisa com 5 dos 9 estados da desocupada e 52,1% não economicamente ativa. A taxa de
região e conta com fácil acesso por rodovia, por via aérea desocupação (10,4%) apresentou-se crescente em relação
ou por modal marítimo.
a fevereiro de 2009 e em equilíbrio em relação ao mesmo
No vale do rio São Francisco – o rio de maior extensão
mês do ano anterior. Na comparação mensal, observou-se
dentro do território brasileiro – a agricultura irrigada está
estabilidade nos contingentes dos grupos de ocupação. Em
revolucionando a produção e a produtividade de frutas e
relação a março de 2008, houve crescimento dos empre-
legumes. Tomate, cebola, uva, manga, melão e melancia
produzidos nessas áreas representam metade da economia gados com carteira de trabalho no setor privado (5,8%). O
gerada pela tradicional indústria álcool-açucaceira, e as uvas rendimento médio real habitualmente recebido por mês
produzidas em Pernambuco já são exportadas para a Europa. pelas pessoas ocupadas (R$ 834,70), apresentou queda de
A área de agricultura irrigada se apoia na infraestrutura do 3,5% frente a fevereiro de 2009 e 2,1% na comparação com
porto fluvial de Petrolina, às margens do Rio São Francisco. março de 2008. Na comparação mensal, os empregados com
O Estado tem como uma de suas principais estrutu- carteira de trabalho assinada e os trabalhadores por conta
ras logísticas o Complexo Industrial e Portuário de Suape, própria tiveram seus rendimentos acrescidos de 1,7% e 5,1%.
localizado a 40 quilômetros do Recife e que conta com 40 Os empregados sem carteira de trabalho assinada no setor
escalas mensais de navios, sendo 25 de longo curso e 15 de privado e os militares ou funcionários públicos estatutários
cabotagem, além de concentrar os principais investimentos apresentaram queda de rendimento de 6,3% e 10,1% respec-
públicos privados do Estado. tivamente. Em relação a mesmo mês do ano anterior, houve
Uma nova fase do porto de Suape aponta para a conti- redução do rendimento para os empregados com carteira de
nuidade do desenvolvimento e crescimento da região, com trabalho assinada (1,2%), militares e funcionários públicos
destaque para: a consolidação do estaleiro que o consórcio estatutários (9,1%) e aumento para os trabalhadores por
Camargo Corrêa/Andrade Gutierrez/Mitsui vai construir, com conta própria (2,4%).
previsão para entrar em operação em 2008, o polo petroquí-
mico do grupo italiano M&G já em construção, a construção EXERCÍCIOS
do moinho pela Bunge Born e a refinaria a ser implantada
pela Petrobras em parceria com a venezuelana PDVSA, cujo (Conupe/PMPE/2004)
investimento ainda precisa ser consolidado.
Desta forma, para os próximos anos, a expectativa é de 1. Sobre o crescimento demográfico dos continentes, ana-
que a economia de Pernambuco deve manter o ritmo de lise a tabela abaixo e assinale a alternativa incorreta.
crescimento acima da média nacional, tal como nos últimos
anos, impulsionada pela inversão de orçamento para a região Crescimento Demográfico
a partir dos projetos sociais, com a consolidação dos inves-
nos Continentes em % ao ano
timentos em Suape e o bom desempenho das exportações
e da indústria de bens intermediários. Continente 1970 – 1975 1980 –1985 1990 – 1995 2000 – 2005
Cabe destacar que Pernambuco, apesar de ter uma África 2,56 2,86 2,81 2,56
economia em desenvolvimento tem como barreira o en- Ásia 2,27 1,89 1,64 1,38
gessamento da receita corrente líquida para pagamento da
Europa 0,80 0,38 0,15 0,00
dívida, falta de dinamismo no mercado imobiliário na região
metropolitana de Recife, o perfil pouco exportador, que não América 2,44 2,11 1,84 1,50
Latina
se beneficia da onda de bons resultados nacionais ainda pre-
judicado com o comprometimento do desempenho da região América 1,10 0,93 1,06 0,51
do Norte
do Vale do São Francisco, em função das chuvas. Contudo,
o Estado caminha para a solução desses problemas através da Oceania 2,09 1,50 1,54 1,31
efetivação dos investimentos em Suape, o que, indica que o Fonte: Almanaque abril, 1999.
b) o fechamento de diversas usinas e destilarias de
açúcar em Pernambuco que se encontram, sobre-
8 Nos continentes mais tudo, na Zona da Mata e do Agreste do Estado tem
pobres, a explosão demográfica alcançou índices mais contribuído para o agravamento das tensões sociais
altos entre 1970 e 1985, ficando a média do no campo.
crescimento acima de 2,0 % ao ano. c) a cana-de-açúcar continua a ser o principal produto
a) O continente africano é o único que mantém um rit- agrícola de Pernambuco em área cultivada e em vo-
mo acelerado de crescimento demográfico, embora lume de produção, dominando as regiões da Mata e
venha apresentando uma queda a partir de 1990. alguns municípios da região Metropolitana do Recife.
b) Nos países ricos do continente europeu, há uma ver-
d) as lavouras de milho e de algodão no Estado de Per-
dadeira estagnação demográfica, e a natalidade e a
nambuco vêm perdendo expressão econômica, face
fecundidade, em geral, estão bastante reduzidas.
ao avanço na região do Agreste da pecuária leiteira
c) A América Latina e a Ásia vêm apresentando taxas
reduzidas de crescimento da natalidade e da fecun- e pela praga do bicudo, que está dizimando essas
didade, sobretudo a partir de 1985, como resultado culturas.
do crescimento da economia, elevando as condições e) no Estado de Pernambuco, as grandes propriedades
de vida e diminuindo os desníveis na distribuição de rurais, ou seja, os latifúndios, se dedicam basicamen-
renda. te às atividades agrícolas, como a criação de animais
d) As taxas de natalidade na Ásia vêm sendo reduzidas e a produção da policultura para abastecimento dos
graças a um rigoroso programa de controle de nata- centros urbanos.
lidade.
5. Segundo Andrade (2003) “As condições naturais, a po-
2. Sobre o processo migratório no Brasil, é incorreto afirmar. sição geográfica e a formação econômica – social que
a) Os imigrantes alemães fundaram os núcleos urbanos modelaram o território pernambucano determinaram a
de São Leopoldo e de Novo Hamburgo no Rio Grande sua divisão em três grandes regiões geográficas, aceitas
do Sul e Joinville e Blumenau em Santa Catarina. pelo consenso: o Litoral – Mata, o Agreste e o Sertão”.
b) Os colonos italianos fundaram os núcleos de Bento Não são características destas regiões, exceto
Gonçalves e de Garibaldi em São Paulo, onde a maior a) o Agreste está situado num clima tropical úmido e
parte deles se dedicou à vinicultura. subúmido, onde domina atividades econômicas liga-
c) Um forte surto imigratório ocorreu no Brasil, incen- das à pecuária intensiva e à diversidade de produção
tivado pelo governo e pelos produtores de café, no de frutas e horticulturas.
século XIX, para substituir o escravo nas lavouras b) a região canavieira se desenvolveu no domínio do
cafeeiras. litoral, onde as condições de clima e solos arenosos
d) A imigração japonesa se estabeleceu, sobretudo, em foram favoráveis ao seu cultivo na forma de agricul-
São Paulo, onde se dedicou ao cultivo de hortaliças, tura irrigada, além de uma pecuária intensiva.
algodão, arroz e introduziu o cultivo do chá. c) o Agreste compreende a porção sobre o Planalto da
e) Nos últimos decênios, a imigração no Brasil diminuiu Borborema, onde há uma variação do clima quente e
significativamente, pois deixou de ser um mercado subúmido e dominam culturas diversificadas e uma
de trabalho atraente, sobretudo para os migrantes pecuária em moldes semi-intensivos.
europeus. d) o Sertão compreende uma área de clima quente e
árido e está delimitado pela área de monocultura
3. Sobre a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), canavieira e pelo sertão do São Francisco, onde se
podemos afirmar. situa Petrolina, a cidade mais promissora do Estado.
I – A implantação da Alca favorece, sobretudo, os Es-
e) a Zona da Mata está situada entre a Região Metro-
tados Unidos que exercerão hegemonia, face ao poder
politana do Recife e os limites do clima tropical de
de competição da sua economia.
semiaridez acentuada do Sertão Pernambucano,
II – O interesse da Alca para os Estados Unidos consiste
em ampliar as importações de bens de alta tecnologia uma área sob o domínio de monocultura canavieira.
e de serviços para as principais economias da América
do Sul. (Conupe/PMPE/2009)
III – A Alca tem por finalidade a formação de uma união
aduaneira, um mercado comum e a constituição de uma 6. Sobre a urbanização brasileira, analise as afirmativas.
zona de livre comércio. I – No Brasil, desenvolveu-se uma urbanização concen-
IV – No Brasil, há opiniões divergentes sobre a decisão tradora, isto é, com a formação de grandes cidades e
entre a adesão ou a recusa, em ingressar no bloco, pelo metrópoles. O censo de 2000 mostra grande concen-
receio de uma dependência ainda mais acentuada de tração da população nas grandes cidades e metrópoles.
capitais e tecnologias externas. No entanto, a população das capitais estaduais vem
crescendo mais lentamente do que a do país.
Os itens incorretos são: II – A industrialização, a oferta de empregos, o cresci-
a) apenas I, II e III. mento das cidades e as mudanças que repercutiram no
b) apenas II, III e IV. meio rural explicam o crescente esvaziamento popula-
c) apenas III e IV. cional do campo no Brasil.
d) apenas II e III. III – A atividade mineradora foi responsável pelo pri-
e) apenas I, III e IV. meiro surto de urbanização, o que contribuiu para a
transferência da capital da colônia, de Salvador para o
4. Sobre as atividades econômicas no Estado de Pernam- Rio de Janeiro assim como o deslocamento do eixo
buco, podemos afirmar corretamente que produtivo do Nordeste açucareiro para o Sudeste au-
a) os grandes projetos de irrigação no Sertão do São rífero, promovendo a interiorização do crescimento
Francisco foram implantados com o apoio da Comis- econômico do país.
são de Desenvolvimento do Vale do São Francisco
(Codevasf), com investimentos voltados ao mercado
interno regional.
IV – A área central do município de São Paulo urbanizou- d) II, III e IV.
-se, principalmente, graças às atividades ligadas ao ex- e) III e IV.
trativismo vegetal: agências bancárias, casas de vendas
e de importação. 9. Sobre os blocos econômicos, analise as afirmativas
V – A partir da segunda metade da década de 1990, a abaixo.
população rural se estabilizou ou sofreu um grande I – O objetivo da União Europeia é o de promover a
aumento em todas as regiões. Isso se deve, em parte, ao integração econômica; eliminação de barreiras alfande-
programa de reforma agrária, à diminuição da oferta de gárias; circulação da moeda comum e a livre circulação
empregos rurais não agrícola em hotéis-fazenda, spas, de pessoas; mercadorias; capitais e mão de obra e visa
pesqueiros, pousadas e reservas ecológicas. à união política dos países europeus.
II – Em 1994, foi proposta a área de Livre Comércio dos
Estão incorretas países americanos, exceto a Argentina, integrando os
a) I e II, apenas. mercados americanos e eliminando barreiras alfande-
b) III e IV, apenas. gárias.
c) IV e V, apenas. III – No Mercosul, a união aduaneira entre os países
d) II, III e IV, apenas. membros significou a padronização das tarifas externas
e) I e IV, apenas. para inúmeras mercadorias. Isso significa que todos os
integrantes importam produtos e serviços de terceiros,
7. Sobre as migrações, é incorreto afirmar que pagando tarifas iguais.
a) uma das formas mais comuns de migrações tempo- IV – O Nafta, Acordo do Livro Comércio, em 1988, unin-
rárias é a sazonal de caráter cíclico. Originalmente, do os Estados Unidos, Canadá e México, tem como prin-
essa migração estava ligada à economia agrícola. cípios eliminar tarifas alfandegárias e obstáculos para
b) a migração definitiva mais importante é a decorrente a circulação de bens de serviços e garantir condições
do êxodo rural. Os habitantes de área rural, atraídos de competição leal no interior do bloco, para mão de
pela esperança de melhoria da qualidade de vida, obra especializada.
deixam o campo e mudam-se para as áreas onde se
concentram atividades industriais e de serviços. Estão corretas
c) as migrações de natureza política são consequências a) I e III.
de guerras e conflitos étnicos ou religiosos e sempre b) II e IV.
acarretam migrações forçadas. Nesse tipo de deslo- c) I, II e IV.
camento, temos os que ocorrem por coerção e os d) II, III e IV.
que resultam de fugas, ambos apresentando conse- e) I, III e IV.
quências trágicas, com grande número de mortos.
d) as migrações de natureza econômica decorrem, prin- 10. Sobre as regiões de Pernambuco, analise as afirmações
cipalmente, das disparidades econômicas entre os a seguir.
países. Nas migrações forçadas, os trabalhadores I – Na Zona da Mata, o clima é quente e úmido; o re-
emigram à procura de um emprego, o de melhor levo se caracteriza por apresentar colinas convexas,
renda, e acabam tornando-se mão de obra espe- que surgem dominantemente em terrenos cristalinos
cializada, qualificada e valorizada nos países onde da porção oriental do estado, principalmente na Mata
chegam. Sul assim como apresenta médias anuais de chuvas
e) nos países ricos, as migrações definitivas ocorrem superiores a 1.800mm, com temperaturas anuais em
entre as diferentes zonas urbanas ou suburbanas, torno de 24ºC.
deslocando-se pelo território nacional, em busca de II – No Sertão, sobretudo a partir de Arcoverde, o relevo
emprego ou de melhores salários. se mostra com predominância de superfície aplainada,
denominado de pediplanos, com relevos residuais, tam-
8. Sobre a população, analise as proposições abaixo. bém conhecidos como inselbergues. Apresenta preci-
I – Atualmente, a distribuição desigual da população pitações anuais iguais ou inferiores a 800mm. Também
pela superfície do planeta depende mais de fatores são encontradas “ilhas de umidade”, ou brejos, onde se
naturais do que de fatores históricos, econômicos e observam índices de chuvas em torno de 900 a 1.000
sociais. mm.
II – Em alguns países desenvolvidos, as alterações com- III – O Agreste marca a transição entre a Zona da Mata
portamentais criadas pela urbanização e a melhoria do e o Sertão. A policultura e a pecuária de corte são as
padrão de vida causaram uma queda acentuada dos principais atividades econômicas. Os rios são predomi-
índices de natalidade que, em certos períodos, o cres- nantemente perenes, sendo constatados, apenas, pela
cimento vegetativo chega a ser negativo. forma do leito e pela existência de alguns poços.
III – Nos países desenvolvidos, o percentual da popula-
ção economicamente ativa no conjunto da população Somente está correto o que se afirma em
é em torno dos 50%. Já nos países subdesenvolvidos, a) I e II.
o número costuma ser maior que 50%, já que muitos b) II e III.
jovens e idosos são obrigados a trabalhar. c) I e III.
IV – Nos países desenvolvidos, o crescimento com índice d) II.
negativo gera problemas, porque, se a expectativa de e) III.
vida é baixa, e a taxa de mortalidade é alta, aumenta a
participação de idosos no conjunto total da população.
GABARITO
Somente está correto o que se afirma em
a) I e II. 1. d 4. c 7. d 10. a
b) II e III. 2. b 5. c 8. b
c) I, III e IV. 3. d 6. c 9. a

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