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O PROCESSO INDUSTRIAL NA FABRICAÇÃO DO CLORO E SODA CÁUSTICA E

A OBTENÇÃO DO HIPOCLORITO DE SÓDIO COMO PRODUTO DESSE


PROCESSO PARA O USO EM OUTROS SEGUIMENTOS E DA
POPULAÇÃO EM GERAL

SAINT-CLAIR ROMUALDO L. RODRIGUES

SANDRO VITERBO PEREIRA

Docente:
Prof. Laercio Caetano

PEREIRA BARRETO – SP
2018
SUMÁRIO

Introdução ............................................................................................. 02
01.0 - A História do Cloro ................................................................................. 03
01.1 - Processo Solvay ................................................................................... 03
01.2 - Solvay – Fluxograma de Fabricação ..................................................... 04
01.3 - Processo Solvay – Calcinação do Calcário com coque para
a produção de CO2 E CaO ..................................................................... 04
01.4 - Processo Solvay – Amoniação da Salmora, carbonatação da
salmora, calcinação do Bicarbonato de sódio e recuperação
da amônia ............................................................................................. 05
01.5 - Reação Eletrólise .................................................................................. 05
02.0 - Cloro ..................................................................................................... 06
02.1 - Principais Aplicações ............................................................................ 07
03.0 - Soda Cáustica ....................................................................................... 08
03.1 - Principais Aplicações ............................................................................ 09
04.0 - Fluxograma de Produção – Cloro e Soda Cáustica ............................... 10
05.0 - Tecnologias de Produção ...................................................................... 10
05.1 - Diafragma ............................................................................................. 11
05.2 - Membrana ............................................................................................. 12
05.3 - Mercúrio ................................................................................................ 13
05.4 - Tabela de comparação entre os diferentes tipos de células ...................16
06.0 - Os principais produtores de Cloro e Soda no Brasil .............................. 17
07.0 - UCS – Visão Geral do Processo ............................................................ 17
08.0 - Hidrogênio ............................................................................................. 18
09.0 - Máquinas e Equipamentos .................................................................... 19
10.0 - Relatório estatístico referênte ao período de Janeiro de 2016/2017 ..... 20
11.0 - Informações de Mercado – A Produção de Cloro-soda recua
2,2% em 2017 ....................................................................................... 20
12.0 - Programas de Sustentabilidade ............................................................ 21
13.0 - Programas das Empresas ..................................................................... 22
14.0 - Produto proveniente do Processo Cloro-soda mais usado em
nosso cotidiano ..................................................................................... 26
14.1 - Hipoclorito de sódio ............................................................................... 26
14.2 - Fluxograma – Processo de Produção da Água Sanitária ...................... 27
15.0 - O uso do Hipoclorito de sódio e Água Sanitária no combate
de doenças ............................................................................................ 28
Referências ........................................................................................... 30
INTRODUÇÃO

A Indústria do Cloro-soda é uma das mais importantes atividades econômicas


do mundo. Têm como principais consumidores os seguintes setores da economia: Papel
e Celulose, Química e Petroquímica, Alumínio, Construção Civil, Sabões e Detergentes,
Têxtil, Metalúrgica, Tratamento de Água, etc. As aplicações do cloro são muito variadas,
o que lhe dá o título de reagente mais empregado na indústria química, participando
direta ou indiretamente em mais de 50% da produção química mundial. Tão antigo como
a humanidade, o sal já foi objeto de culto e até mesmo troca (dinheiro), sua distribuição
foi até mesmo utilizada como armas políticas pelos antigos governantes e nos países
do oriente eram grandes os impostos sobre o sal.
O sal é hoje uma mercadoria básica para a vida cotidiana e também matéria-
prima básica para muitos compostos químicos como o hidróxido de sódio, o carbonato
de sódio, o sulfato de sódio, o ácido clorídrico, os fosfatos de sódio, o clorato e o clorito
de sódio. Praticamente a totalidade do cloro produzido na indústria atual é produzido a
partir do cloreto de sódio, essa indústria é responsável pelo consumo de 45% do sal nos
Estados Unidos, sendo apenas 1% utilizado na indústria alimentícia. Nos principais
países produtores as reservas de sal são enormes, porém não se conhece o respectivo
grau de pureza desse sal. O sal pode ser obtido de três maneiras diferentes:

 Pela evaporação solar da água do mar na costa do pacífico, ou nas salmouras


dos lagos ocidentais, tendo uma pureza entre 98 e 9%;

 Pela mineração do sal gema, que tem composição amplamente variável


dependendo assim do seu local de origem, certos tipos podem chegar a uma
pureza de 9,5%. Essa mineração utiliza métodos análogos à mineração do
carvão;

 A partir das salmouras dos poços, se obtém essa salmoura com a injeção de
água em depósitos de sal, possui cerca de 98% de pureza. Essa pureza vai
depender em grande parte da pureza da água utilizada para dissolver o leito do
sal gema. O método mais utilizado para a extração do sal dessa salmoura é a
evaporação a vácuo de múltiplo efeito. A pureza vai depender em grande parte
da pureza da água utilizada para dissolver o leito do sal gema.

Os processos de evaporação solar e das minas muitas vezes fornecem um sal


com pureza suficiente para o emprego direto, entretanto uma grande parte deve ser
purificada para remover matérias como cloreto. No Brasil apenas as plantas da TRIKEM
em Maceió(AL) e da Dowem Aratu(BA) são abastecidas por minas de sal gema.

Contudo, através de todos esses processos, pode-se obter o produto que a população
necessita em vários segmentos: o Hipoclorito de sódio. Um produto obtido da reação do
cloro com uma solução diluída de soda cáustica, aquosa e alcalina, que contém entre
10% a 13% de cloro ativo. Sua coloração é amarelada e seu odor é característico. No
comércio, o hipoclorito de sódio é encontrado tradicionalmente em bombonas de 20 a
50 litros. Também é conhecido pelas denominações “hipo”, “cloro líquido” ou
simplesmente “cloro”. As duas últimas são impróprias, pois “cloro” é, de fato, a
denominação de outro produto. O hipoclorito de sódio tem sido utilizado para
desinfecção de águas destinadas ao consumo humano, de piscinas e em processos de
limpezas domésticas e hospitalares. É usado, ainda, como matéria-prima para
fabricação de águas sanitárias.
1.0 - A HISTÓRIA DO CLORO

Na antiguidade, as lixívias cáusticas já eram conhecidas e foram utilizadas pelos


egípcios na fabricação de sabões grosseiros. As lixívias cáusticas para as indústrias
domésticas da antiguidade eram obtidas das “Tronas” do Egito (sais sódicos naturais
contendo carbonato de sódio) ou das “Barrilhas” (Na2CO3) da Espanha, provenientes de
cinzas de certas algas marinhas.

Em 1750, o químico escocês Black descobriu o processo de produção da lixívia


de soda cáustica, pela adição de cal a solução de carbonato de sódio. Em 1791, surgiu
o método patenteado do médico francês Nicolás Leblanc, para produção de carbonato
de sódio artificial a partir do sal comum, que impulsionou o processo de obtenção
industrial da soda cáustica. Sua ideia baseou-se na transformação de cloreto de sódio
em sulfato de sódio, pela ação do ácido sulfúrico. O sulfato de sódio formado era
decomposto com calcário dando origem ao carbonato de sódio, matéria prima para a
soda cáustica do processo citado.

A primeira fábrica de soda cáustica, propriamente dita, foi construída somente


em 1844, em Glasgow, Escócia.
Em 1861, Ernest Solvay patenteou um novo processo: consistia na obtenção do
bicarbonato de sódio pela passagem de amônia e gás carbônico através de uma solução
de cloreto de sódio seguida da produção do carbonato de sódio, pelo aquecimento do
bicarbonato de sódio. Pela adição da cal ao carbonato de sódio obteve, então, a soda
cáustica. Em 1865 a Societé Solvay iniciou sua produção em escala industrial.

1.1 - Processo Solvay

REAÇÕES:

CaCO3 → CaO + CO2 (1)

C(amorfo) → CO2 (2)

CaO + H2O → Ca(OH)2 (3)

NH3 + H2O → NH4OH (4)

2NH4OH + CO2 → (NH4)2CO3 + H2O (5)

(NH4)2CO3 + CO2 + H2O → 2NH4HCO3 (6)

NH4HCO3 + NaCl → NH4Cl + NaHCO3 (7)

2NaHCO3 →calc. Na2CO3 + CO2 + H2O (8)

2NH4Cl + Ca(OH)2 → 2NH3 + CaCl2 + 2H2O (9)


REAÇÃO GLOBAL:

CaCO3 + 2NaCl → Na2CO3 + CaCl2

1.2 - Solvay – Fluxograma de fabricação

Fonte da imagem: SHREVE, R.N; BRINK JR., J. Indústria de processos químicos. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2008.

1.3 - Processo Solvay: Calcinação do calcário com coque para produção CO2 e
CaO.

Fonte da imagem: SHREVE, R.N; BRINK JR., J. Indústria de processos químicos. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2008.
1.4

Fonte da imagem: SHREVE, R.N; BRINK JR., J. Indústria de processos químicos. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2008.

O processo Leblanc foi abandonado, depois de ter alcançado seu apogeu em


1883 e o processo Solvay foi, gradativamente, substituído pelo processo eletrolítico,
hoje largamente utilizado em todo o mundo.

O processo eletrolítico começou a ser desenvolvido depois de conhecidas às leis


da eletrólise e do advento do dínamo como fornecedor de corrente contínua
(Siemens/1865). Na ocasião, o problema maior era manter separados o cloro e o
hidróxido de sódio ao serem dissociados pela eletrólise.

A primeira produção de soda cáustica em escala industrial pelo processo


eletrolítico, com célula de diafragma, foi realizada em 1890 por Stroof, Parnicke e os
irmãos Lang na Griesheim Elektron AG, Alemanha. Outros processos foram estudados
até se chegar, nos Estados Unidos, ao desenvolvimento da célula Hooker.

1.5 – Reação Eletrólise

Sob efeito de uma corrente elétrica entre o anodo e o catodo

 Reação anodo:

2NaCl (aq)  2Na (aq) + Cl2 (g)


 Reação catodo:

2Na (aq) + 2H2O (l)  2NaOH (aq) + H2 (g)

 Reação química geral:

2NaCl (aq) + 2H2O (l)  2NaOH (aq) + H2 (g) + Cl2 (g)

Já a célula com catodo de mercúrio, foi inventada independentemente, em 1892


por Castner nos Estados Unidos e Kellner na Áustria, mas não se expandiu, na ocasião,
por problemas técnicos. Somente a partir de 1935, durante a última guerra mundial, é
que esta tecnologia foi aperfeiçoada por I.G. Farben na Alemanha, que desenvolveu a
célula com reciclo de mercúrio.

No Brasil, a primeira fábrica com células de diafragma surgiu em 1934, na


empresa Eletroquímica Fluminense, enquanto que com células a mercúrio a primeira foi
à empresa Eletrocloro (atual Solvay Indupa do Brasil) em 1948.
Na década de 70, empresas que buscavam novas alternativas para fabricação de soda
cáustica com baixo teor de cloretos e sem utilização de mercúrio, desenvolveram a
tecnologia de célula de membrana. O processo foi iniciado pela Du Pont com o
desenvolvimento de membranas perfluorsulfônicas (Nafion 324), através das quais já
no início, era possível produzir comercialmente lixívia de soda cáustica com teor de 10%
a 20% de NaOH em peso.
No Japão este tipo de célula também teve rápido desenvolvimento. Em 1975, a
Asahi Glass desenvolveu uma membrana perfluorcarboxílica capaz de produzir solução
de soda cáustica a 35% em peso.

A primeira fábrica no Brasil a utilizar esta tecnologia foi uma unidade da Aracruz
Celulose, em 1981.
___________________________________
Fontes:
 http://www.clorosur.org/a-historia-do-cloro/
 Processo de Produção Cloro-soda - Tecnologia Inorgânica Curso Química Industrial do IFG – Prof.ª Drª
Warde Antonieta da Fonseca-Zang, ano 2010
 SHREVE, R.N; BRINK JR., J. Indústria de processos químicos. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2008.

2.0 - CLORO
Fundamental para o desenvolvimento humano, o cloro está muito presente no
nosso dia a dia. O mais comum é associá-lo à água. Devido ao seu poder bactericida,
é usado no tratamento de água e no saneamento básico desde 1908, assegurando
saúde e qualidade de vida. Pela sua propriedade desinfetante, também é utilizado em
limpeza de piscinas. Os seus usos, porém, vão muito além disso. O cloro é usado na
fabricação de milhares de produtos imprescindíveis às necessidades da sociedade
contemporânea, ajudando a humanidade a se desenvolver de forma sustentável.

O cloro é produzido pela passagem de uma corrente elétrica através de uma


solução de salmoura (sal comum dissolvido em água). Este processo é chamado de
eletrólise. Os subprodutos gerados são a soda cáustica (hidróxido de sódio ou NaOH)
e o hidrogênio (H2). Para cada tonelada de cloro, são produzidas 1,1 toneladas de soda
cáustica e 0,03% toneladas de hidrogênio. São três as tecnologias de produção de cloro:
células de diafragma, células de membrana e células de mercúrio.
Na América Latina, a tecnologia mais utilizada pelo setor de cloro e soda é a de
diafragma, que corresponde a 43,7% da capacidade instalada. Em seguida vem a
tecnologia de membrana (34,2%) e a de mercúrio (22,1%).

O processo de diafragma, é o mais utilizado no mundo 46%, seguido pelo


processo de membrana 32% e de mercúrio 22%.

No Brasil a tecnologia mais utilizada é o diafragma 71%, mercúrio com 25% e


membrana com apenas 4%.
____________________________________
Fonte: https://www.passeidireto.com/arquivo/24793497/processo-cloro-e-soda - acessado com login e senha pelo
usuário – 17/03/2018

2.1 - Principais Aplicações

PVC

A principal aplicação industrial do cloro é na fabricação de PVC (cloreto de


polivinila), um plástico muito importante, que é utilizado em escala industrial desde 1930.
Feito a partir de sal (57%) e óleo (43%), o PVC é um material sustentável, menos
dependente do petróleo do que qualquer outro termoplástico. Devido à sua natureza
versátil, tem aplicações industriais e comerciais nas áreas de construção civil, medicina,
alimentos (insumo para a produção de embalagens), calçados, brinquedos, fios e cabos,
revestimentos e outros. Como isolante térmico é muito utilizado em janelas, portas e
forros.
Também é relevante para a indústria de Tecnologia da Informação, embalagem,
moda, design, materiais de revestimento, dispositivos médicos e uma infinidade de
outros usos.

Medicina

O cloro está presente em 85% dos medicamentos, seja em sua formulação final
ou como parte do processo de produção, incluindo os remédios para tratamento de Aids,
alergias, artrite, câncer, depressão, diabetes, doenças cardíacas, infecções,
pneumonia, hipertensão. Além disso, o cloro ajuda a proteger os pacientes de infecções
hospitalares (limpar e desinfetar áreas de trabalho e matar bactérias que podem viver
em sistemas de ar condicionado do hospital).
Também é essencial na fabricação de produtos médicos, como bolsas de sangue,
equipamentos de diálise e transfusão, cateteres, luvas cirúrgicas, embalagens para
preservar e proteger medicamentos, próteses, marca-passos entre outros.
Produção de alimentos

O cloro está presente na composição de 96% dos produtos químicos


empregados para proteger as plantações agrícolas. No preparo dos alimentos
comerciais, produtos à base de cloro são usados para eliminar bactérias de origem
alimentar, tais como Salmonella, Escherichia coli e Campylobacter, na higienização das
embalagens para manter os alimentos seguros e frescos, na preparação de molhos e
geleias e para realçar o sabor dos alimentos.

Meios de Transporte

Componentes do carro como estofados de vinil, para-choques e tapetes,


almofadas de assento de poliuretano, painéis, correias do ventilador e alternador,
mangueiras, juntas e vedações, aditivos de combustível e de freio e transmissão de
fluidos levam cloro.
Nas aeronaves, o cloro é utilizado na fabricação de titânio nos motores a jato e
de alumínio na fuselagem.

Lazer

Muitas atividades de lazer contam com equipamentos feitos com cloro, tais como
piscinas de vinil, bolas de futebol, sacos de golfe, barracas de nylon e jaquetas à prova
de água, roupas molhadas e balsas infláveis, pranchas de surf, raquetes de tênis e
brinquedos infantis.
___________________________________
Fonte:

 http://www.clorosur.org/a-industria-na-america-latina/cloro-no-cotidiano/
 Processo de Produção Cloro-soda - Tecnologia Inorgânica Curso Química Industrial do IFG – Prof.ª Drª
Warde Antonieta da Fonseca-Zang, ano 2010
 SHREVE, R.N; BRINK JR., J. Indústria de processos químicos. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2008.

3.0 - SODA CÁUSTICA

A soda cáustica é obtida por eletrólise da salmoura (solução concentrada de


cloreto de sódio em água) livre de impurezas que prejudicam sensivelmente a eficiência
e o rendimento do processo produtivo. Independentemente do processo, a soda
cáustica apresenta-se sob a forma de solução aquosa, límpida, contendo cerca de 50%
de hidróxido de sódio (NaOH) em peso, comercializada na forma a granel e transportada
em carros-tanque e vagões ferroviários.
É um reagente essencial para a produção de diversos produtos químicos
orgânicos.

Entre as principais aplicações está o branqueamento de papel e celulose, além


de ser amplamente utilizada na indústria química e petroquímica, metalurgia (produção
de alumina para a indústria do alumínio), sabão e detergentes, indústria têxtil e de
alimentos. De origem natural, tem relevante papel na prevenção à poluição e no
tratamento de efluentes, viabilizando diversos processos industriais.
No processo da eletrólise, a soda cáustica é coproduzida numa proporção fixa
de 1 tonelada de cloro e 1,13 toneladas de soda cáustica. Utilizada numa grande
variedade de aplicações industriais, a soda cáustica é muito valorizada pelo seu poder
neutralizador e também porque ajuda a controlar e remediar a poluição ácida do meio
ambiente. Por isso é usada em vários processos para controlar a acidez, neutralizar os
rejeitos ácidos e para a lavagem de gases.

3.1 - Principais Aplicações

Controle da poluição

Por sua propriedade alcalina, a soda cáustica é o oposto químico dos ácidos e
por isso, consegue neutralizá-los. A reação de neutralização produz a água e o sal.
Lavadores de gases são dispositivos para o controle da poluição do ar, projetados para
utilizar as propriedades alcalinas da soda cáustica. Tais sistemas neutralizam as
emissões de gases ácidos de chaminés, contribuindo assim para tornar o meio ambiente
mais limpo e livre de poluição.

Além disso, as instalações de galvanização de metal geram efluentes contendo


concentrações de metais pesados dissolvidos que terão que ser removidos antes dos
efluentes serem descarregados nos esgotos municipais ou nos corpos d’água
receptores. Normalmente, pode-se obter isso adicionando um produto químico alcalino
do tipo soda cáustica aos efluentes. Os hidróxidos de metais insolúveis formados pela
reação da soda cáustica com os metais dos efluentes são fisicamente removidos, como
parte do processo de pré-tratamento dos efluentes.

A soda cáustica também pode ser usada para neutralizar a drenagem ácida das
minas, um dos principais perigos ambientais. Durante o trabalho de mineração, se o ar
e a água entram em contato com minerais recentemente extraídos que contém enxofre,
estes se oxidam rapidamente e liberam uma determinada quantidade de acidez, metais
e outros componentes químicos prejudiciais ao meio ambiente. A soda cáustica é
especialmente eficiente em neutralizar fluxos baixos de drenagem ácida das minas
localizadas em locais remotos, e também tratar os fluxos que apresentam um alto teor
em manganês.

Limpeza

A soda cáustica desempenha um papel importante na fabricação de sabão em


pó, sabão em barra e detergentes, sendo que uma quantidade significativa vem sendo
usada na produção de sabões industriais e sabões especiais. Os países em
desenvolvimento apresentam demanda significativa de soda cáustica, pois o sabão em
barra costuma ser usados exclusivamente para a lavagem de roupas e para a higiene
pessoal. Os sabões especiais incluem os sabões para limpeza de fornos e de
equipamentos para a preparação de alimentos, detergentes mais potentes para
lavadoras de pratos, limpeza de pisos, limpeza de metais, removedores de tinta e muitos
outros usos.
Outros usos

A soda cáustica é usada na produção de tecidos de algodão para fortalecer as


fibras e absorver melhor o tingimento. Estima-se que cerca de 90% do algodão é tratado
com soda cáustica. A soda cáustica também apresenta uma série de outras aplicações
na indústria de alimentos, como por exemplo, no refino do óleo animal e vegetal, na
remoção de ácidos graxos e para descascar batatas, frutas e vegetais. Além disso, é
usada na produção de celulose, papel e alumínio. Também, quantidades significativas
de soda cáustica são usadas no tratamento de águas residuais municipais e industriais.
___________________________________
Fonte:
 http://www.clorosur.org/a-industria-na-america-latina/soda-caustica/
 Processo de Produção Cloro-soda - Tecnologia Inorgânica Curso Química Industrial do IFG – Prof.ª Drª
Warde Antonieta da Fonseca-Zang, ano 2010
 SHREVE, R.N; BRINK JR., J. Indústria de processos químicos. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2008.

4.0 - FLUXOGRAMA DE PRODUÇÃO – CLORO E SODA CÁUSTICA

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Fonte da imagem: http://slideplayer.com.br/slide/2957779/
SHREVE, R.N; BRINK JR., J. Indústria de processos químicos. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

5.0 - TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO

O processo industrial de produção de cloro e álcalis por eletrolise pode ocorrer com o
uso de três tecnologias: célula de diafragma, célula de mercúrio e célula de membrana.
Os produtos obtidos são o cloro (Cl2), a soda cáustica (NaOH) ou a potassa cáustica
(KOH) e o hidrogênio (H2).
A obtenção dos produtos ocorre nos eletrodos (anodo e catodo) pela passagem de uma
corrente elétrica de alta intensidade através de salmoura tratada (solução de sal –
cloreto de sódio – NaCl) que circula em uma cuba chamada célula eletrolítica.

Quando a matéria prima utilizada é o cloreto de potássio (KCl) se obtém a potassa


cáustica ao invés da soda cáustica.

A seguir uma breve descrição das tecnologias:


5.1 - DIAFRAGMA

Reação:

2Cl-(aq)  Cl2 (g) + 2e- (anodo)


2H2O + 2e-  H2 + 2OH- (aq) (catodo)
Na+ (aq) + OH- (aq)  NaOH (aq)

O fluxo de íons ocorre através do Diafragma.

Tecnologia de diafragma ocupa a segunda posição em antiguidade, eficiência


energética, restrição ambiental e é a mais utilizada no momento atual. Emprega
diafragma poroso à base de amianto. As matérias-primas precisam ser de alta pureza.
Os produtos da célula são impuros. O amianto é um material agressivo a saúde e deve
ser corretamente manipulado. No sistema de eletrólise de uma solução de cloreto de
sódio por células de diafragma, há formação de cloro no anodo e de soda cáustica e
hidrogênio no catodo.

A tecnologia de diafragma foi se desenvolvendo ao longo do tempo,


principalmente quanto ao material de construção, que inicialmente era feito de madeira,
depois passou para concreto, aço, polímeros e finalmente titânio.

Neste processo, a célula é dividida em dois compartimentos: o anódico e o


catódico. Eles são separados por uma tela metálica perfurada, impregnada a vácuo,
com amianto crisotila. Esse diafragma em instalações mais recentes pode ser de resina
polimérica em substituição ao amianto crisotila.

A salmoura entra no compartimento anódico e flui através do diafragma para o


compartimento catódico. O cloro é produzido no compartimento anódico. Os íons de
sódio passam para o compartimento catódico. A soda cáustica e o hidrogênio são
produzidos neste compartimento. A soda cáustica produzida sai da célula com alta
concentração de sal que é posteriormente removido por filtragem.

Segue imagens:
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Fonte:
 Imagens - http://www.clorosur.org/diafragma/
 Processo de Produção Cloro-soda - Tecnologia Inorgânica Curso Química Industrial do IFG – Prof.ª Drª
Warde Antonieta da Fonseca-Zang, ano 2010
 SHREVE, R.N; BRINK JR., J. Indústria de processos químicos. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2008.

5.2 - MEMBRANA

Neste processo, os compartimentos anódico e catódico são separados por


membrana (perfluorsulfônica ou perfluorcaboxílica), que permite a passagem de cátions
pelo qual somente passam íons de sódio e água. O cloro é produzido no compartimento
do anodo, a soda cáustica e o hidrogênio são produzidos no compartimento do catodo.

Tecnologia de membrana têm alta eficiência energética e não sofre qualquer


restrição de ordem ambiental. Processo moderno, de tecnologia recente e com poucas
unidades instaladas no mundo. Qualidade dos produtos similar aos obtidos pela célula
de mercúrio. Elevada pureza da salmoura. Custo de reposição de membranas é alto.

Produz soda cáustica de alta pureza. No sistema de eletrólise com células de


membrana, ocorre produção de: cloro no ânodo, soda cáustica (32-35%) e hidrogênio
no cátodo. É a tecnologia que deve prevalecer no futuro e já vem sendo a preferida para
uso em plantas novas; é a única empregada no Japão. Necessidade de remover o
hidrogênio e dióxido de carbono do cloro produzido, em algumas situações.

Necessidade de concentrar a solução de soda cáustica até 50%. Emissões para


atmosfera: Cl2 CO2 CCl4.
Emissões para água: Sulfatos, Oxidantes livres, Cloretos, Cloratos, Bromatos, Metais,
e CCl4.
Estas emissões são geradas nos seguintes processos: Evaporação da solução
de soda cáustica (concentração final).

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Fonte:
 Imagens - http://www.clorosur.org/membrana/
 Processo de Produção Cloro-soda - Tecnologia Inorgânica Curso Química Industrial do IFG – Prof.ª Drª
Warde Antonieta da Fonseca-Zang, ano 2010
 SHREVE, R.N; BRINK JR., J. Indústria de processos químicos. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2008.

5.3 - MERCÚRIO

Reação:
*Obs.: É a mais pura e mais concentrada na produção de soda cáustica.

NaCl (g)  Na+(aq) + Cl-


2Cl- (aq)  Cl2 + 2e-
2Na+ (aq) + 2e- + 2Hg  2NaHg e0= -1,8V

Reação de redução da água:

2NaHg + 2H2O  H2 (g) + 2OH- (aq) + 2Na+ (aq) + 2Hg


Tecnologia de mercúrio: processo mais antigo e ainda em utilização no mundo,
é a tecnologia mais sujeita a restrições ambientais. Foi eliminada no Japão, mas ainda
prevalece na Europa, com 65% da capacidade, isso se explica pelo fato de ser uma das
áreas produtoras mais antigas, pelo elevado custo de substituição, os controles
ambientais já foram realizados e reduziram as emissões de poluentes nas plantas de
mercúrio em mais de 90% nos últimos 15 anos. Produtos de excelente qualidade. As
matérias-primas não precisam ser de alta pureza. O mercúrio é poluente, mas pode ser
eficientemente controlado. A contaminação por mercúrio no Brasil, primeiramente era
originada na indústria de cloro soda, responsável pela principal importação de mercúrio
para o país e pelas principais emissões para o meio ambiente até a década de 80.

Quantidade exata de mercúrio metálico emitido e/ou despejada no solo, no rio


ou no ar? Essas emissões se localizavam particularmente na região sul-sudeste.
Inicialmente até 1980 praticamente, a principal fonte de mercúrio para o país, era a
produção de cloro soda. A partir de 1980 o consumo industrial de mercúrio caiu
substancialmente. Até os anos 80 os resíduos da área de tratamento da salmoura e das
células d mercúrio eram despejadas diretamente no meio ambiente; Somente em 1975,
a Carbocloro chegou a consumir 440 gramas de mercúrio por tonelada de cloro
produzido.

Estima-se que somente nesse ano foram perdidos cerca de 40 toneladas do


metal. Boldrini & Pereira (1987) - Em estudo no estuário da Baixada Santista, concluíram
que o mercúrio apresentou concentrações comprometedoras na musculatura dos peixes
estudados, evidenciando-se uma contaminação da região por este metal. A cabeceira
de Santos foi o local mais atingido. O mercúrio é o único metal que se mantém liquido e
é volátil à temperatura ambiente. Causa diversas doenças crônicas, tais como: lesões
celulares, que ataca principalmente o tubo digestivo, os rins e o sistema central, até
atingir níveis de concentração letais.

Livre no ambiente uma grande parte do mercúrio é absorvida direta ou


indiretamente por plantas e animais aquáticos, iniciando o processo de
"bioacumulação". Assim, os seres humanos acabam recebendo a maior carga química
tóxica no final desse processo acumulativo denominado "bio-magnificação". Neste
processo, o mercúrio flui no fundo da célula, que atua como um catodo, que torna
possível a obtenção dos produtos. A produção ocorre em dois compartimentos distintos:
a célula eletrolítica e o decompositor.

Na célula eletrolítica ocorre a eletrólise do sal (NaCl ou KCl), obtendo-se o cloro


no anodo e amálgama de mercúrio e sódio ou potássio no catodo. Esta amálgama flui
para o decompositor. No decompositor, que é um vaso hermético e parte integrante do
sistema eletrolítico, ocorre a reação do amalgama com a água, obtendo-se a soda
cáustica ou a potassa cáustica e o hidrogênio. O mercúrio volta ao primeiro
compartimento, em circuito fechado.

Segue imagens:
___________________________________
Fonte:
 Imagens - http://www.clorosur.org/mercurio/
 Processo de Produção Cloro-soda - Tecnologia Inorgânica Curso Química Industrial do IFG – Prof.ª Drª
Warde Antonieta da Fonseca-Zang, ano 2010
 SHREVE, R.N; BRINK JR., J. Indústria de processos químicos. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2008.
5.4 - Tabela de comparação entre os diferentes tipos de células

Diafragma Membrana Mercúrio/Amálgama


*Atualmente é o processo *Processo mais recente e *Processo mais antigo
mais utilizado no Mundo. ainda pouco utilizado no mas atualmente é o
mundo. segundo mais utilizado no
mundo.
Implica diafragma poroso Implica uma membrana Implica na utilização do
à base de amianto, mas com seletividade elevada. mercúrio.
está sendo substituído por
outro tipos de polímeros.
Menor consumo de Consumo de energia Maior consumo de energia
energia elétrica que nas elétrica comparável aos elétrica.
células de mercúrio. das células de diafragma.
Produtos obtidos impuros Qualidade dos produtos Produtos obtidos de
obtidos comparável à dos excelente qualidade.
das células de mercúrio.
É necessário uma A concentração de soda A soda cáustica não
concentração de soda cáustica é inferior que no necessita de operação de
cáustica superior àquela processo de mercúrio. concentração
que foi realmente obtida, suplementar.
pelo que o consumo total
de energia deste processo
é superior.
O amianto é agressivo à Este produto não é Apesar de ser poluente, o
saúde, pelo que deve ser poluente. mercúrio pode ser
corretamente manipulado. eficientemente controlado.
Custo de manutenção do Custo de reposição de Menor custo.
diafragma é expressivo. membranas elevado.

(*)OBS.: Os processos acimas assinalados, atualmente trocaram suas posições em relação ao de


mais utilizados. O processo de diafragma, é o mais utilizado no mundo 46%, seguido pelo processo de
membrana 32% e de mercúrio 22%.

__________________________________
Fonte: Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto - Projeto FEUP 2014/2015 Engenharia Química: Armando
Silva, Manuel Firmino João Bastos - Palavras-Chave: Cloro-álcali, Eletrólise, Membrana, Diafragma,
Amálgama/Mercúrio – Pesquisa e download – nome do arquivo: relat_Q1FQI01_1 – formato PDF.
6.0 – OS PRINCIPAIS PRODUTORES DE CLORO E SODA NO BRASIL

Carbocloro (São Paulo)

Braskem (Alagoas)

Bayer (Rio de Janeiro)

DuPont (São Paulo)

De Nora (São Paulo)

SASIL–Distrib. de Produtos Químicos (Bahia)

Solvay (São Paulo) - Eltech (São Paulo)

Dow (São Paulo)

Complexo Industrial de Aratú (Bahia)

Abiclor

7.0 - UCS – Visão geral do Processo

___________________________________________

Fonte: http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAABfMQAL-8.jpg
___________________________________
Fonte da imagem: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas – IFAL Curso Técnico em Química
- integrado Disciplina: Tecnologia Química - Aula 42: TECNOLOGIA CLORO-SODA - Prof.ª. Dra. Iara Barros
Valentim - Maceió, 2015 – Pesquisado no site http://www.ebah.com.br/ - 05/03/2018.

8.0 - HIDROGÊNIO

O gás hidrogênio gerado durante o processo de eletrólise como coproduto de


cloro e soda é de alta qualidade e pode ser usado, tanto como matéria-prima ou como
combustível, na geração de vapor de processo. A indústria tem utilizado este gás com
aproveitamento superior a 80%, o que é considerado um bom indicador.
____________________________________
Fontes:
Indicadores de setor - http://www.abiclor.com.br/wp-content/uploads/2013/07/Relato%CC%81rio-anual-2015.pdf
- acesso ao site em 10/03/2018.

9.0 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

A maior parte das máquinas e equipamentos utilizados na indústria de soda-cloro


são produzidos no país, à exceção das cubas ou células de mercúrio, de diafragma e
de membrana, utilizadas na eletrólise da salmoura.

Os principais equipamentos e materiais utilizados em uma planta de soda-cloro são


os seguintes:

 células (mercúrio, diafragma ou membrana) utilizadas no processo de eletrólise;


 tanques;
 reatores;
 filtros;
 evaporadores;
 lavadores de gás;
 torres de secagem;
 eliminadores de névoas;
 tubulações; e
 válvulas.
_______________________________________________

Fonte: BNDES Biblioteca digital - O setor de soda-cloro no Brasil e no mundo - Eduardo Fernandes, Ana Maria da
Silva Glória e Bruna de Almeida Guimarães - http://www.bndes.gov.br/bibliotecadigital
10.0 – Relatório estatístico referênte ao período de Janeiro de 2016/2017

________________________________________________

Fonte: http://www.abiclor.com.br/estatisticas/

11.0 - INFORMAÇÕES DE MERCADO - A PRODUÇÃO DE CLORO-SODA RECUA


2,2% EM 2017

A produção brasileira de cloro e soda encerrou 2017 em queda pelo terceiro ano
consecutivo. De janeiro a dezembro do ano passado, a produção de cloro foi de 1.174,9
mil toneladas, retração de 2,2% em relação ao volume registrado em 2016. No caso da
soda cáustica, o volume produzido atingiu 1.290,4 mil toneladas, baixa de 2,2% ante o
ano anterior, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e
Derivados (Abiclor). A taxa média de utilização da capacidade instalada no ano foi de
76,8%, 2,2% menor do que a registrada em 2016. A indústria foi impactada
negativamente por paradas de produção nas plantas, o que prejudicou o nível de
utilização.
No mercado interno, as vendas de soda cáustica registraram variação negativa
de 3,3% comparado a 2016. Em relação ao cloro, as vendas totais diminuíram 4,9% em
relação ao ano anterior.
Para 2018, a expectativa é de que o setor mostre reação, seguindo a melhora
observada em outros segmentos da atividade econômica. O desempenho da indústria
tem uma forte correlação com outras cadeias produtivas que consomem cloro, soda
cáustica em seus processos produtivos. “Se não houver nenhuma surpresa negativa
do lado macroeconômico e problemas técnicos de produção, deveremos ter um
resultado positivo”, prevê o presidente do Conselho Diretor da Abiclor, Alexandre de
Castro. Mas a taxa de utilização da capacidade instalada deve demorar para voltar à
média histórica do setor, que é de 87%.
Cloro, soda cáustica e seus derivados são utilizados em larga escala para a
produção de diversos produtos de uso industrial, sendo matéria prima fundamental para
a produção de papel e celulose, alumínio, produtos químicos de uso industrial, indústria
siderúrgica, produtos de higiene e limpeza, indústria farmacêutica, indústria
automobilística, indústria têxtil, construção civil, alimentos e bebidas, tratamento de
água e saneamento, entre outros.

___________________________________
Fonte:
http://www.abiclor.com.br/2018/02/21/producao-de-cloro-soda-recua-22-em-2017/ - consulta feita em 05/03/2018.

12.0 - PROGRAMAS DE SUSTENTABILIDADE

Energia

A indústria de soda-cloro é fortemente intensiva em eletricidade, que representa


quase 50% do custo total de produção. O processo eletrolítico de obtenção do cloro e
do seu subproduto, a soda cáustica, tem a energia elétrica como insumo essencial para
a reação de eletrólise da salmoura. Com base em seus programas de sustentabilidade,
um número crescente de empresas vem utilizando o excesso de hidrogênio em células
a combustível para gerar energia elétrica.

Água de reuso

O aproveitamento de águas pluviais e o reuso reduzem a demanda exercida


sobre os mananciais devido à substituição da água potável fornecida por
concessionárias por água coletada nas próprias empresas e pelo tratamento e reuso de
seus próprios efluentes. Muitas vezes, a qualidade das águas do sistema público é
superior à qualidade necessária, com possibilidade de ser substituída por uma de
qualidade inferior a um custo menor. A água poluída pode ser recuperada e reusada
para diversos fins desde que tratada. O tipo de tratamento recomendado está
diretamente vinculado ao uso e aos critérios de segurança adotados. Geralmente, a
água de reuso passa por um tratamento biológico, físico-químico e desinfecção com
cloro ou outro desinfetante tais como dióxido de cloro, ozona ou radiação ultravioleta.
Nos reservatórios, é conveniente manter a presença de cloro residual na água.
Além disso, em se tratando de água de chuva, é necessário fazer a filtração e
desinfecção com cloro ou outro desinfetante tais como dióxido de cloro, ozona ou
radiação ultravioleta. Usos que demandam água com qualidade elevada exigem
sistemas de tratamento e de controle avançados. Entretanto, mesmo que sejam
efetuados grandes investimentos em sistemas de tratamento e reuso, os períodos de
retorno do capital são geralmente reduzidos, mantendo-se, normalmente, em menos de
três anos.

A vida útil do PVC

As características sustentáveis do PVC (poli cloreto de vinila) auxiliam sua


utilização em prédios e residências por manter o equilíbrio com o meio ambiente. Por
ser um material durável, o PVC é utilizado em tubos e conexões, fios e cabos para a
construção civil, principalmente nas obras de saneamento básico. Este plástico tem
como característica longo ciclo de vida útil, sendo um produto que demora a ser
descartado na natureza. Segundo o Instituto do PVC, 64% dos produtos de PVC têm
vida útil entre 15 e 100 anos. Outros 24% de 2 a 15 anos e 12% são considerados
descartáveis com durabilidade até 2 anos. Além da longevidade, o PVC é um produto
100% reciclável, que não perde as propriedades originais após passar pelo processo de
reciclagem. Outro fator que contribui para o desenvolvimento sustentável é a atuação
do PVC como isolante térmico. Sua utilização em janelas, portas, forros de PVC
contribui para a economia de energia, devido ao menor consumo dos equipamentos
elétricos para aquecer ou resfriar os ambientes. O uso do produto também se faz
presente no tratamento de resíduos sólidos. As mantas de PVC utilizadas para
impermeabilização de aterros sanitários impedem que o chorume (líquido poluente que
resulta da decomposição do lixo) contamine os lençóis freáticos. Empresas que seguem
os conceitos de construções verdes tendem a utilizar o PVC. O Comitê Consultivo
Técnico Científico (TSAC) do USGBC (United States Green Building Council) concluiu
que o PVC é um produto que atende o LEED (Leadership in Energy and Environmental
Design) – sistema de classificação sustentável que mede critérios adotados para
determinar se um produto atende aos requisitos da construção sustentável.
___________________________________

Fonte: http://www.abiclor.com.br/sustentabilidade/

13.0 - PROGRAMAS DAS EMPRESAS

Braskem
Programa de Educação Ambiental Lagoa Viva - Iniciado em 2001, no bairro do
Pontal da Barra, comunidade vizinha à unidade industrial de Cloro/Soda, em Alagoas, o
programa promove oficinas voltadas à educação ambiental e à capacitação para apoiar
a geração de renda da população local. Tem contribuindo de forma relevante para a
melhoria da qualidade de vida dos moradores da comunidade do entorno, configurando-
se como uma ação de grande importância para a região. Cursos de música, inglês,
hidroponia, apicultura e pós-graduação, entre outros, são algumas das atividades
realizadas.
Cinturão Verde – Área de Preservação Ambiental (APP), criada em 1987,
constitui uma reserva ecológica de 50 hectares, localizada em Alagoas, no bairro do
Pontal da Barra, entre o Oceano Atlântico e a Lagoa Mundaú. O objetivo é o pleno
desenvolvimento e a reprodução natural da flora e fauna locais. A reserva possui um
total de 280 mil mudas plantadas, 200 espécies vegetais conservadas, 400 animais da
fauna silvestre brasileira, além da descoberta da “Própolis Vermelha de Alagoas”, com
potencial de selo de identificação geográfica (denominação de origem). É reconhecido
pela Unesco e pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis).

Canexus
Projeto Anzol – Criado em 2003, na comunidade de Barra do Riacho, em Aracruz
(ES), o objetivo do projeto é proporcionar aos moradores qualificação, oportunidade de
renda, educação, formação cultural e protagonismo comunitário. Para isso, a empresa
fez uma parceria com a Ação Comunitária do Espírito Santo (Aces), especializada no
terceiro setor, para conduzir ações baseadas na premissa de ensinar a pescar ao invés
de dar o peixe, oferecendo assim condições necessárias para que a comunidade
assuma a prática do autodesenvolvimento. Ao longo de sua presença na região, o
Projeto Anzol te m investido no potencial dos moradores, desenvolvendo, com diversas
ações, o aprendizado que eleva o rendimento escolar e a autoestima, gera renda,
promove a qualificação profissional, estimula a saúde e a qualidade de vida e viabiliza
o sonho de cada participante em ser o responsável pela própria autonomia.

Carbocloro
Programa Fábrica Aberta – Um sucesso desde a sua criação, o programa de
visitas tem o objetivo de ser um canal de comunicação entre a fábrica e a comunidade.
Milhares de pessoas já viram o que a Carbocloro faz e como faz. Além de conhecerem
o processo de fabricação dos produtos e o uso deles no seu dia a dia, os visitantes têm
a oportunidade de ver a preocupação da Carbocloro em preservar o meio ambiente e
manter a segurança constante dos colaboradores e da população do entorno da fábrica.
A fábrica já foi visitada por mais 92 .000 pessoas (checar número) e o projeto foi incluído
no roteiro Científico Ambiental do Sebrae, que visa desenvolver pontos turísticos nas
cidades da Baixada Santista. Além do Fábrica Aberta, a empresa realiza anualmente a
Gincana Ecológica com escolas municipais – realizada durante a semana de Meio
Ambiente – e mantém desde 2004 o Conselho Comunitário Consultivo, um grupo
formado por líderes da comunidade com o objetivo de desenvolver projetos voltados a
saúde, segurança e meio ambiente da sociedade, como Treinamento Simulado de
Emergência e Programas de Educação Ambiental, como por exemplo, o voluntários do
rio. A empresa doa hipoclorito de sódio para entidades assistenciais de Santos e
Cubatão, com o objetivo de contribuir na melhoria da saúde da população, e destina seu
Imposto de Renda para o Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de Cubatão,
entre outras ações.

Dow Brasil
O estreito relacionamento da Dow com as suas comunidades ofereceu à
empresa a base para definir os três pilares de atuação em responsabilidade social
corporativa para a América Latina: Educação, Meio Ambiente e Empreendedorismo são
os temas principais dos programas mantidos pela Dow em todo o continente. Por meio
de parcerias estratégicas com organizações não governamentais, órgãos públicos,
comunidades científicas e instituições educacionais, a Dow apoia diversos projetos
sociais no Brasil e na América Latina. Dentre os mais de 20 programas de
responsabilidade social corporativa mantidos pela empresa no Brasil, destaques para
Ecosmar (Economia Solidária de Matarandiba – Vera Cruz, Bahia), Ecopolis (Guarujá,
SP), Jovens Embaixadores (São Paulo) e Força Jovem (Candeias – Bahia). A Dow
também enten de que uma das principais formas de contribuir para o sucesso da
comunidade é por meio do trabalho voluntário. Esta visão possibilitou a criação do
SolidariDow, um programa que reúne todas as atividades de voluntariado e doações
para que os funcionários possam participar mais ativamente nas nossas comunidades.

Pan-Americana
A Pan-Americana, localizada no Rio de Janeiro, desenvolve inúmeros programas
assistenciais para ajudar 26 associações de moradores situadas em torno de suas
unidades industriais. As comunidades locais participam ativamente das decisões
relativas às ações sociais da empresa. As prioridades em relação aos projetos e obras
sociais são definidas em reuniões mensais entre a diretoria da empresa e os líderes
comunitários, evidenciando uma bem-sucedida política de “portas abertas”. A agenda
inclui a participação em projetos sociais, culturais e esportivos das associações de
moradores, além de ajuda permanente a instituições públicas, como escolas municipais,
creches e centros comunitários, através da distribuição de alimentos, medicamentos,
produtos sanitários, obras de reparos, obras de urbanização o e outras atividades.

Produquímica – Unidade Igarassu


A Produquímica, situada na cidade de Igarassu, em Pernambuco, desde a sua
fundação, em 1958, sempre interagiu de forma positiva com a sua comunidade. Entre
as atividades desenvolvidas estão palestras educativas sobre a importância da higiene
sanitária em escolas, comunidades, prefeituras e auxilia no combate à cólera através da
doação de hipoclorito de sódio para prefeituras, clubes, escolas, hospitais, asilos e
orfanatos. Além disso, mantém o programa Fábrica Aberta para toda a comunidade.

Solvay Indupa
A Solvay Indupa desenvolve com a comunidade que fica em torno da fábrica vários
projetos de educação socioambiental:

 Programa Química e Natureza – apresenta ações nas áreas de educação ambiental,


esporte, cultura e geração de trabalho e renda que englobam os seguintes projetos:
 Curta Química e Natureza – programa de educação sócio ambiental criado nas
escolas no qual o cinema é utilizado como principal ferramenta para provocar reflexão
dos alunos sobre as questões locais.
 Fibras da Serra – criado com foco na geração de trabalho e renda a partir da produção
de objetos artesanais feitos com palha e fibra de bananeira pela comunidade em torno
da fábrica.
 Shatescola – tem o objetivo de fomentar a prática de esporte para o exercício da
cidadania e desenvolvimento humano.
 Água e cidadania – visa à melhoria da qualidade de vida das populações afetadas
pela seca nas zonas rurais do semiárido brasileiro.
 Portas Abertas – programa de visitas às instalações da fábrica
 Reciclagem Solidária – criado no Dia do Meio Ambiente em 2003, o projeto incentiva
os funcionários da Solvay a fazerem coleta seletiva do lixo doméstico e usar o valor
arrecadado com a venda para a comunidade.
 Doação de Hipoclorito de Sódio – usado na higienização de hospitais, escolas e
controle de epidemias como a dengue, o produto é doado pela Solvay há mais de 15
anos.
 Jovem Cidadão – projeto em parceria com o Governo Federal para incentivar a
inclusão dos jovens no mercado de trabalho.
 Mãos à obra – programa de qualificação profissional em parceria com o Senai.
 Melhor Idade e Meio Ambiente – projeto de educação ambiental criado para a 3ª idade
com o objetivo de formar agentes ambientais da melhor idade.
Abiclor
Piscina Limpa - As piscinas são umas das principais fontes de lazer especialmente no
verão. A natação é considerada um dos esportes mais completos para pessoas de todas
as idades. Além disso, a natação é recomendada pelos médicos como cura ou alívio de
alguns problemas do aparelho respiratório. A hidroginástica tem inegáveis benefícios
para o condicionamento físico, saúde e qualidade de vida principalmente das pessoas da
terceira idade. Além de ser uma fonte de lazer, as piscinas também enriquecem
esteticamente os imóveis, valorizando-os. Mas para que esses benefícios se tornem
reais, é necessário tomar certos cuidados para que as piscinas se conservem em
perfeitas condições de higiene e limpeza. A natureza leva sujidades na forma de poeiras,
folhas, insetos e dejetos de pássaros, enquanto que as pessoas levam suor, protetores
solares, urina, fezes e bactérias. Essas substâncias podem fazer com que a piscina se
torne um verdadeiro caldo de cultura de micro-organismos prejudiciais, se não for dada
atenção à sua manutenção. A campanha “Piscina Limpa – mergulhe nessa ideia” tem
como objetivo educar os frequentadores de piscinas, principalmente pais e mães, em
relação ao seu uso correto para evitar doenças, tais como micoses, otites, conjuntivites e
infecções intestinais. Desenvolvida com base em trabalho de conscientização realizado
pelo U.S. Center for Disease Control and Prevention, o Piscina Limpa está
no Facebook no Twitter e no blog www.piscinalimpa.net
O blog www.piscinalimpa.net reúne todas as informações sobre os cuidados com
a higiene que devem ser tomados no uso das piscinas. Também tem espaço reservado
para envio de dúvidas sobre o assunto. Os cartazes ficam disponíveis para download. O
perfil no Twiter (@piscinalimpa) também é um espaço para tirar dúvidas e para a troca
de experiências sobre o tema.
Há ainda cartazes (inserir o link para baixar os cartazes que estão dentro do blog
trazem informações sobre quais cuidados devem ser tomados para manter piscinas
limpas. As dicas vão desde “Xixi é no banheiro!” até “Tome uma ducha antes de entrar
na piscina”. Mantenedores de piscinas de clubes, academias, hotéis e condomínios pode
fazer o download dos materiais para afixá-los em quadros de avisos o u outros espaços.

Olimpíadas de Química - Estudantes do ensino médio de cerca de 70 países


participam anualmente da Olimpíada Internacional de Química (IChO), inclusive o Brasil,
que seleciona seus representantes entre os premiados da Olimpíada Brasileira de
Química (OBQ), da qual participam, por sua vez, os vencedores no âmbito estadual.
Idêntico processo se aplica às Olimpíadas Ibero-americana de Química, onde
estudantes de 16 países (quatro por país), participam anualmente. A Olimpíada Brasileira
de Química começou em 1986, por iniciativa do Instituto de Química da USP, com o apoio
da FAPESP, da Secretaria da Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo e do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. O torneio tem apoio do
CNPq, da Abiclor e da Abiquim.

Saúde Começa em Casa - O programa “Saúde Começa em Casa” é uma


parceria entre Abiclor, Sindicato da Indústria de Produtos Químico (Sinproquim) e Santa
Casa de São Paulo (Ala Pediátrica). Criado em 2007, o objetivo do programa é reduzir as
reinternações de crianças com doenças crônicas orientando os pais por meio de
palestras.
Ministradas por profissionais da área de saúde da Santa Casa, as palestras
ensinam noções básicas de saneamento e educação sanitária às famílias das crianças
internadas na ala da pediatria da instituição. Os pais que participam das palestras e
educativas recebem água sanitária para complementar a higienização de suas casas e
dos alimentos. Assistentes sociais e técnicos designados pela Abiclor analisam
eventualmente as condições sanitárias das casas das famílias beneficiadas pelo
programa.

Todo fim de ano, a Abiclor organiza uma festa de confraternização destinada aos
pais das crianças internadas na Santa Casa. A participação das crianças nessas festas
dá um sabor especial ao evento.

____________________________________
Fonte: http://www.abiclor.com.br/programas-das-empresas/ - acesso ao site em 07/03/2018.

14.0 - PRODUTO PROVENIENTE DO PROCESSO CLORO-SODA MAIS USADO EM


NOSSO COTIDIANO

Nas indústrias que temos em nosso país e no restante do mundo, o processo de


fabricação Cloro-soda tem muitos segmentos de produtos, mas, dentre vários que são
provenientes desse processo, existe alguns que se destacam no mercado, tanto industrial
quanto aqueles acessíveis à população em geral.

14.1 - Hipoclorito de sódio – NaOCl

O alvejante que usamos em casa é, na verdade, uma mistura de substâncias


químicas, onde seu componente principal é uma solução aquosa de hipoclorito de sódio
(NaOCl). Seu uso principal é no branqueamento ou desinfecção de roupas ou superfícies,
e na remoção de manchas. É encontrado na maioria das cozinhas e banheiros modernos.

O hipoclorito de sódio é usado em larga escala na agricultura, e nas indústrias


químicas, de pintura, comida, vidro, papel, cal e farmacêutica. É geralmente adicionado
na água residual das indústrias para reduzir o odor, já que o NaOCl neutraliza o H 2S e a
amônia. Também é utilizado para desinfetar os banhos de cianeto utilizados nos
processos de revestimento de metais, e para impedir o crescimento de alga e mariscos
em torres de resfriamento. Outro uso é para purificar abastecedores de água e piscinas.

Os agentes alvejantes líquidos baseados no


hipoclorito de sódio foram desenvolvidos em 1785 pelo francês
Claude Louis Berthollet. Foi introduzido à população pela
companhia Javel com o nome de 'liqueur de Javel'.
Inicialmente, era utilizado para alvejar algodão, mas logo se
tornou um componente popular para alvejar outros tipos de
tecido, já que foi rapidamente descoberto que o hipoclorito de
sódio podia remover manchas de tecidos na temperatura
ambiente. Na França, o hipoclorito de sódio ainda é conhecido como "eau de Javel" (água
de Javel).
14.2 - Fluxograma – Processo da Produção de Água Sanitária

O hipoclorito de sódio é um pó branco que dissolve na água gerando uma


solução amarelada com um odor característico. Diferentes concentrações de hipoclorito
de sódio possuem efeitos alvejantes diferentes. Para uso doméstico, o alvejante
geralmente contém 2,0-2,5% (p/p) de hipoclorito de sódio, garantindo um pH ~11-12,
tornando-o irritante para a pele. O alvejante concentrado (10-15% de hipoclorito de sódio)
é altamente alcalino (pH ~13) e torna-se corrosivo, podendo queimar a pele no contato.
O método de produção original de Berthollet envolvia passar Cl2 por uma solução de
carbonato de sódio, mas a solução de hipoclorito de sódio que resultava era muito fraca.

Um método de produção mais eficaz foi criado nos anos de 1990 por E.S. Smith,
envolvendo a eletrólise de solução de sal para produzir NaOH e gás Cl2, que depois eram
misturados para formar o NaOCl. Hoje em dia, o método industrial de larga escala para a
produção de NaOCl é chamado de processo Hooker, e é apenas uma versão melhorada
do processo de eletrólise de Smith. Neste, o gás Cl2 passa por uma solução fria de NaOH
diluído, formando o NaOCl, com NaCl como subproduto principal. A reação de auto-
oxirredução (o Cl2 é simultaneamente oxidado e reduzido) é finalizada com eletrólise, e a
mistura precisa ser mantida abaixo de 40°C para prevenir a formação indesejada de
clorato de sódio.

O hipoclorito de sódio é muito reativo e instável. Se deixado exposto, o gás


cloreto evapora da solução de forma considerável, e se for aquecido, o hipoclorito de
sódio se degrada em sal e oxigênio. Isso também acontece quando ele entra em contato
com ácidos, luz do sol, certos metais, e diversos gases.
Essa é uma das razões de poder utilizar o alvejante em larga escala. Depois do
uso, ele se decompõe em produtos não tóxicos que podem ser lançados no sistema de
drenagem sem causar danos. O alvejante funciona de diversas formas.
Na solução aquosa de hipoclorito de sódio, é formado o ácido hipocloroso
(HOCl), que é um agente oxidante muito forte (até mais forte que o gás Cl2), e pode reagir
destruir muitos tipos de moléculas, como os corantes. O HOCl (e extensões menores do
Cl2 e oxigênio ativo) pode atacar as ligações químicas em um componente tingido,
podendo destruir completamente o cromóforo (a parte da molécula que garante a cor), ou
convertendo as ligações duplas do cromóforo em ligações simples, impedindo que a
molécula absorva luz visível. Quando reage com micro-organismos, o hipoclorito de sódio
ataca as proteínas nas células causando sua agregação, levando a sua morte. Também
pode fazer com que as membranas da célula sofram rupturas. Este ataque amplo faz com
que o alvejante seja efetivo contra diversos tipos de bactérias. O alvejante é um produto
seguro se utilizado e armazenado com cuidado. Existem muitos casos de acidentes
causados pela ingestão da solução por engano (geralmente crianças que podem beber a
solução de garrafas sem rótulo!) e devido ao manuseio incorreto. O hipoclorito de sódio
reage com muitos reagentes, até a luz do sol, produzindo gás cloreto, que em ambientes
fechados pode ser fortemente irritante para o pulmão. Pelo fato de o alvejante doméstico
conter NaOH (soda cáustica), o contato com a pele pode causar queimaduras, já que o
NaOH pode destruir o tecido adiposo e os óleos. Esse processo é conhecido como
saponificação, é o método de produção dos sabões. A sensação escorregadia do
alvejante na pele ocorre devido à saponificação de seus óleos e a destruição dos tecidos.

15.0 - O USO DO HIOPLORITO DE SÓDIO E ÁGUA SANITÁRIA NO COMBATE DE


DOENÇAS

Tanto o hipoclorito de sódio como a água sanitária são muito eficientes no


combate a doenças transmissíveis pela água, dentre elas as febres tifoides e
paratifoides, a hepatite infecciosa e a cólera, porque agem na eliminação de
microrganismos patogênicos. São utilizados por companhias de saneamento e órgãos
responsáveis pela saúde pública.

Em lugares não abastecidos pelos sistemas de saneamento, existem técnicas


que podem ser empregadas para tornar a água potável. Confira abaixo:
 Águas de fontes (água límpida) – Quem usa caixa d’água deve enchê-la e
adicionar 5 colheres (sopa) de água sanitária para cada 1000 litros de água, e
aguarda r 30 minutos para que ocorra a descontaminação.

Para quantidades menores: 1 colher (chá) de água sanitária para cada 20 litros
de água; 2 gotas de água sanitária para 1 litro d´água. Sempre deve-se esperar 30
minutos antes de beber.

Atenção: faça a limpeza e desinfecção frequente de seu filtro, a cada 15 dias,


utilizando água e água sanitária.

 Águas correntes (turvas) – Em caso de consumo de água diretamente de


nascentes, poços ou rios que não sejam límpidos, sugere-se primeiramente filtrá-
la. Em seguida, coloque 1 colher (chá) de água sanitária para cada 20 litros de
água. Misture bem e aguarde 30 minutos.

Na impossibilidade do uso do hipoclorito de sódio ou água sanitária na


desinfecção de águas não tratadas, recomenda-se, como alternativa. que essa água
seja previamente fervida durante 5 minutos.

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Fontes: Baseado no texto de Paul May, University of Bristol. Originalmente publicado em:
http://www.chm.bris.ac.uk/motm/bleach/bleachh.htm - Autor: Rafael Garrett, doutorando em química do IQ-UFRJ
Acesso e pesquisa no site: http://qnint.sbq.org.br/qni/popup_visualizarMolecula.php?id=HHXV5yHw-
Z4TbcGqmDXDdsXj9-4XHa6PeWp2a5WQxt9Aa1rkIiTbnl2JgDoXfq9o6PR7KYl5Nka1ZJhBZyL0QA

http://www.abiclor.com.br/posicionamentos/aplicacoes/ - acesso ao site em 16/03/2018.


REFERÊNCIAS

Ebah - A rede social para o compartilhamento acadêmico


www.ebah.com.br

Passei Direto: A maior plataforma de estudos do Brasil


https://www.passeidireto.com/

Mundo Educação – Educação, Vestibular, ENEM, Trabalhos Escolares.


mundoeducacao.bol.uol.com.br/

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https://pt.slideshare.net/

Abiclor | Clorosur
www.clorosur.org/tag/abiclor/

Unipar Carbocloro
www.uniparcarbocloro.com.br/

Baseado no texto de Paul May, University of Bristol. Originalmente publicado em:


http://www.chm.bris.ac.uk/motm/bleach/bleachh.htm - Autor: Rafael Garrett, doutorando
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4XHa6PeWp2a5WQxt9Aa1rkIiTbnl2JgDoXfq9o6PR7KYl5Nka1ZJhBZyL0QA

BNDES Biblioteca digital - O setor de soda-cloro no Brasil e no mundo - Eduardo


Fernandes, Ana Maria da Silva Glória e Bruna de Almeida Guimarães -
http://www.bndes.gov.br/bibliotecadigital

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto - Projeto FEUP 2014/2015


Engenharia Química: Armando Silva, Manuel Firmino João Bastos - Palavras-Chave:
Cloro-álcali, Eletrólise, Membrana, Diafragma, Amálgama/Mercúrio – Pesquisa e
download – nome do arquivo: relat_Q1FQI01_1 – Artigo Acadêmico formato PDF

SHREVE, R.N; BRINK JR., J. Indústria de processos químicos. 4.ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2008.

Processo de Produção Cloro-soda - Tecnologia Inorgânica Curso Química Industrial do


IFG – Prof.ª Drª Warde Antonieta da Fonseca-Zang, ano 2010

Universidade Estadual de Campinas – Faculdade de Engenharia Mecânica – Comissão


de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica – Juliana Pires de Moraes – Eletrólise da
Salmora para a Geração de Cloro Empregando Catodos de Difusão de Oxigênio
Modificados com Ferro – Artigo Acadêmico formato PDF – nome do arquivo:
Moraes_JulianaPiresde_M (download efetuado em 21/03/2018).

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