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Belém - Pará
2017
LINO VERDIAL DO ROSÁRIO
Belém - Pará
2017
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) –
Biblioteca do IEMCI, UFPA
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Prof. Dr. Iran Abreu Mendes – Presidente/Orientador
Universidade Federal do Pará – UFPA/PA
_____________________________________________________________________
Prof. Dr. Carlos Aldemir Farias da Silva - Examinador Interno
Universidade Federal do Pará – UFPA/PA
_____________________________________________________________________
Prof. Dr. Tadeu Oliver Gonçalves - Examinador Interno
Universidade Federal do Pará – UFPA/PA
_____________________________________________________________________
Profa. Dra. Maria Auxiliadora Lisboa Moreno Pires - Examinadora Externa
Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS/BA
_____________________________________________________________________
Profa. Dra. Maria do Socorro de Sousa - Examinadora Externa
Universidade Federal do Ceará – UFC/CE
_____________________________________________________________________
Profa. Dra. Isabel Cristina Rodrigues de Lucena (Suplente Interna)
Universidade Federal do Pará – UFPA/PA
_____________________________________________________________________
Profa. Dra. Daniele Esteves Pereira (Suplente Externa)
Universidade Federal do Pará – UFPA/PA (Campus Cametá)
AGRADECIMENTOS
A Deus, por me confiar a grande responsabilidade em forma de conhecimento
científico, fazendo evoluir em função dos saberes; e deu-me força e coragem para
perseguir um ideal de mudança, que poucos têm a coragem de enfrentar.
Gostaria, também de expressar a minha profunda gratidão a todos (colegas
internacionais e locais) em particular aqueles que me deram apoio ao longo do curso e
também apoio durante a elaboração e pesquisa de investigação.
A Comissão do Coordenador da CAPES no Timor-Leste Dr. Alexandre Silveira,
Camila Tribess e outros que com plena simpatia receberam-me na seleção de bolsa de
estudo do Doutorado no Brasil.
Ao Coordenador do Doutorado do Programa de Pós-graduação em Educação em
Ciências e Matemáticas da UFPA em Belém, Professor Dr. Tadeu Oliver Gonçalves e
ao Professor Dr. Messildo Viana Nunes que tiveram a delicadeza de aceitar-me nesta
concorrência de vagas e cadastrar-me nesta instituição.
Ao meu orientador Professor Dr. Iran Abreu Mendes por ter gentilmente
aceitado orientar-me e por toda a preciosa colaboração, diretriz e solidariedade
prestadas.
Aos Reitores da UFPA, Prof. Dr. Emmanuel Zagury Tourinho, que me acolheu,
e da UNTL, Prof. Dr. Francisco Martins, que autorizou a minha liberação,
possibilitando a dedicação a esse estudo e pelo o esforço para o financiamento da
passagem.
À Diretora de Pós-Graduação da UFPA, Prof. Dra. Maria Iracilda da Cunha
Sampaio, que me deu apoio ao longo do curso, pelo atendimento de tratamento dos
documentos oficiais, orientações do tratamento de saúde e conselhos de informações
para o desenvolvimento do conhecimento cientifico.
Aos servidores da Pro-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFPA
(PROPESP), pelo acolhimento e atenção durante todo o período em que estive em
Belém do Pará.
Aos professores do Curso de Doutorado, Maria dos Remédios de Brito, Marisa
Rosâni Abreu da Silveira, Isabel Cristina Rodrigues de Lucena, José Ricardo Mafra,
Renato Borges Guerra, Silvia Nogueira Chaves, Carlos Aldemir Farias da Silva, Rosália
Maria Ribeiro de Aragão, Terezinha Valim Oliver Gonçalves, Tadeu Oliver Gonçalves,
pela cooperação nas orientações ao longo do curso.
Ao professor José Augusto Fernandes pela amizade, carinho e disponibilidade
pessoal a dar-me motivação e conselho durante as nossas conversas e discussões dos
trabalhos acadêmicos ao longo do curso.
A todos os colegas do Curso do Doutorado em Educação em Ciências e
Matemática do ano letivo de 2014, particularmente Gerson Ribeiro Bacury, Elisângela
Melo, Vladimir Raiva, José Carlos, Raimundo Otoni, Benedito Fialho Machado,
Glaucianny Amorim Noronha, Kaled Sulaiman pela cooperação, conselhos e motivação
durante as nossas conversas e nas discussões dos trabalhos acadêmicos ao longo do
curso.
A todos Muito Obrigado!
DEDICATÓRIA
FIGURAS
Figura 1 Mapa de Timor – Leste 36
Figura 2 Organização do Sistema da Educação, Formação Post-
Escolar &Labour Market Pathways 57
Figura 3 Montanha Tatamailau 163
Figura 4 Conhecimentos matemáticos: Curvas de nível e Mapa de contorno 163
Figura 5 Descritos do processo pedagógico estabelecido para o curso 166
GRÁFICOS
Gráfico 1 Processo de implementação da língua portuguesa nas escolas
publicas e particulares no Timor-Leste 55
MATRIZ
Matriz. 1 Matriz ou esquema paradigmático proposto por Gamboa 86
TABELAS
Tabela 1 Composição de Convergência dos Cursos Elencados 182
Tabela 2 Matriz curricular Atual da Licenciatura em Matemática da UNTL 192
Tabela 3 Organização curricular do Curso de Licenciatura do Campo
com Habilitação em Matemática UFPA Campus Abaetetuba 194
Tabela 4 Organização curricular do Curso de Licenciatura do Campo
com Habilitação em Matemática FUFMGS – Campo Grande. 202
Tabela 5 Organização curricular do Curso de Licenciatura do Campo
com Habilitação em Matemática UFTM - Uberaba/MG 211
QUADROS
Quadro 1 Matriz de verificação e análise dos PPC 88
Quadro 2 Protocolo de revisão e análise do PPC da Universidade Federal
do Pará 94
Quadro 3 Protocolo de revisão e análise do PPC da Fundação
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. 111
1 INTRODUÇÃO
O Timor-Leste é um país antigo, mas uma nova nação do terceiro milénio do
século XXI entre os países desenvolvidos em nivel mundial internacional e regional.
Nos anos remotos os colonizadores, portugueses e holandeses nos seus horizontes
visuais de descobrir as terras longinquas chegaram a ilha Timor-Leste que está situada
no continente Asiático entre Indonesia e Austrália. Ambos dividiram-na em duas partes,
a parte oriental dominada pelo português que o deu nome Timor-Português e ocidental
pelo holandês que deu o nome Timor-Holandês1que não comento nesta pesquisa da tese.
Se olharmos para o passado do Timor-Leste, desde 1512 contemporaneamente
até 1999, o país possui um sistema eduacacional muito frágil, seus colonizadores se
preocupavam muito com a exploraração dos recursos naturais existentes e deixavam de
lado o sistema educativo timorense, deixando claro seus interesses, ou seja, não tinham
nenhuma preocupação significativa voltada ao povo timorense.
Em 2002, uma nova perspectiva de nação começa a ser cosnstruída, tendo que
enfrentar diversos desafios, como politicos, económicos, socioculturais e educacionais.
Neste horizonte, considerando o aspecto da educação, no qual o professor se depara
com culturas diferenciadas e sistemas educacionais completamente distintos, e tem que
interagir com eles, indago-me constantemente sobre a formação de professores de
matemática, e os seus processos de ensino e aprendizagem, tendo como foco de direção
a realidade educacional em Timor-Leste.
Com base no percurso contemporâneo da historia da educação em geral e a
educação matemática em particular no Timor-Leste, pretendo mostrar como atualmente
está acontecendo o processo de formação de professores Matemática que tenha como
principal finalidade salvaguardar os conhecimentos científicos desenvolvidos nas
universidades.
Essas preocupações é que me moveram a tecer a história, e o interesse pelas
ideias e práticas dos professores de matemática de uma região tão distante da realidade
do sistema educacional exterior ao país. Sem o desejo de desvalorizar ou expor somente
as falhas existentes no sistema educacional timorense e sim contribuir na sua melhoria.
Busco nesta pesquisa explorar a relevância dos aspectos socioculturais da formação
inicial dos professores de matemática, sobretudo os princípios epistemológicos,
filosóficos e pedagógicos, a partir das contribuições norteadoras à formação de
1
Parte da Indonesia que foi colonizada pelos Holandeses desde 1511 até 1945.
13
professores de matemática de Paulo Freire e Ubiratan D`Ambrosio que vão dar suporte
na construção de um modelo de formação de professores de matemática no Timor-Leste
que contemple estas questões na perspectiva sociocultural.
Como educador minha intenção tem sido de possibilitar ao docente momento
que ele possa compartilhar suas experiências de sala de aula e exercer o processo de sua
constituição como professor, incentivando-o que revisite suas memórias por alguns
momentos para que desenvolva o exercício de contar história e reflita sobre sua
formação com o olhar do presente. “Falar do dito não apenas reduzir o dito, mas reviver
o vivido que gerou o dizer que agora, no momento do redizer, de novo se diz”
(FREIRE, 2001a, p.35) compreendo que os relatos registrados nos ajudarão a
compreender um pouco mais sobre a história e os caminhos de educação que o país vem
traçando.
São muitos os problemas da formação de professores da Educação Básica e
Ensino Médio evidenciadas no país, daí a importância de investirmos na formação de
professores e em políticas públicas. Os problemas da formação de professores, que o
Timor-Leste enfrenta, dificultam a compreensão sobre o árduo caminho que a nação
ainda tem pela frente até reconstruir-se plenamente, são razões que me estimulam a
escrever sobre este tema.
Meu interesse por este tema de pesquisa incentivou-me a buscar alguns
conhecimentos sobre outras realidades. Neste sentido, identificamos oito Projetos
Políticos Pedagógicos de Curso de Licenciatura em Educação do Campo de várias
regiões brasileiras para nortear a proposta de “formação inicial dos professores de
matemática” do Timor-Leste. Busco nessas leituras as contribuições para a
compreensão de características dos saberes dos professores que ensinam matemática e
refletir sobre esses saberes, como também sua influência sobre as crenças, as
concepções e atitudes dos professores. Além de aprender a respeito da trajetória
histórica de formação desses cursos e das ações de formação inicial e continuada de
professores polivalentes e especialistas para ensinar matemática a fim de basear minha
proposta de formação inicial de professores de matemática do Timor - Leste.
Meu interesse por este foco de investigação sobre a formação inicial de
professores de matemática no contexto sociocultural nesta pesquisa orientou a
delimitação de meu objeto de estudo, partindo das questões norteadoras apresentadas no
tópico seguinte.
14
relações acerca do que foi alcançado no estudo e assim apontar algumas contribuições
para a prática de formação docente e para a execução concreta da proposta junto aos
professores do Timor-Leste, bem como a respeito de outros estudos futuros que poderão
a advir deste trabalho e que possam oferecer possibilidades de sua implementação,
testagem e avaliação em diversos momentos e locais em suas reelaborações possíveis,
no país.
Neste momento destaco que o estudo contribui para o campo da Educação,
Educação Matemática, especificamente para a Formação Inicial dos Professores de
Matemática do Timor-Leste, nos aspectos teóricos e metodológicos, de forma a
representar uma continuação das discussões empreendidas no âmbito da formação do
professor de Matemática realizada no Brasil, e que vêm apontar para um ensino de
matemática mais humanizador, reflexivo, investigativo, transversalizante e
interdisciplinar.
18
ainda carolos2 na cabeça, ou seja, dar pancada na cabeça com os nós de dedos. Na hora
de explicar as lições, o professor tinha sempre consigo um chicote ou uma
régua/palmatória. O pior ocorria quando o professor tinha problemas em casa. Nesse
caso, ninguém escapava de apanhar chicotadas e reguadas e até agressões ainda mais
violentas.
Ressalto que a função desses tipos de instrumento eram criar situações de
opressão, isto é, “tratava-se de um mecanismo de opressores sobre oprimidos”
(FREIRE, 1983, p. 24). O professor não educava por amor, mas por atos de pressão. Por
ter medo desses atos do professor, alguns não resistiam, fingiam ir a escola, mas não
iam e esperavam a saída das escolas para voltarem às suas casas, e, até desistirem da
escola.
Essa realidade escolar por mim vivenciada, de modo tradicional voltava-se para
o condicionamento do aluno, com uma rigorosidade metódica para aproximar-se dos
objetos cognoscíveis (FREIRE, 1996, p.26), ou seja, tratava-se de um processo de
aprendizagem que desmotivava fortemente a curiosidade do aluno.
Em relação a este tipo de ensino, Freire (2005, p.91-92) acrescenta ainda,
[...] não há diálogo (...) se não há um profundo amor ao mundo e aos homens.
Não é possível a pronúncia do mundo, que é um ato de criação e recriação, se
há amor que a infunda. Sendo fundamento do diálogo, o amor é, também,
diálogo. Daí que seja essencialmente tarefa de sujeitos e que não possa
verificar-se na relação de dominação. Nesta, o que há é patologia de amor:
sadismo em quem domina; masoquismo nos dominados. Amor, não. Porque é
um ato de coragem, nunca de medo, amor é compromisso com os homens.
Onde quer que estejam estes, oprimidos, ato de amor está em comprometer-
se com sua causa. A causa de sua libertação. Mas, este compromisso, porque
é amoroso, é dialógico.
suas vidas, considerando-os sujeitos capazes para essa mudança. Eis o papel da escola, o
papel dos professores, ou seja, contribuir para a transformação da vida dos alunos,
possibilitando que os mesmos vivenciem a cidadania e sejam felizes.
Ainda neste contexto do ensino primário, não tive apoio financeiro, ou seja,
enfrentei uma situação econômica muito difícil. Os livros não eram vendidos em
qualquer lugar, pois na época não existiam livrarias que atendessem diretamente ao
público a qualquer momento. O governo só disponibilizava os livros aos professores e
alguns alunos, e nem todos encontravam livros no início do ano letivo.
Ao longo dos quatro anos do Ensino Primário fui estudante do turno matutino,
sem revelar brilhantismo ou aptidão específica para alguma área de conhecimento.
Nesse período estive muito mais dedicado a aprender a língua portuguesa. Apesar das
dificuldades que enfrentei durante o estudo finalmente concluí a 4ª série em 1974.
Tinha o sonho de continuar o Ensino Pré-secundário em Díli, mas infelizmente
foi interrompido com a revolução dos escravos3 em Portugal momento em que ocorreu
o início a descolonização do país pelos portugueses, no Timor-Leste. Este fato provocou
uma autêntica guerra civil pelo poder, entre os diferentes partidos: União Democrática
Timorense (UDT); Associação Popular Democrática Timorense (APODETI) e a Frente
Revolucionária do Timor-Leste Independente (FRETILIN). Aproveitando esta divisão
interna, a Indonésia invade o Timor- Leste complicando ainda mais a situação do povo.
Devido a estas lutas internas, as atividades escolares foram suspensas, ficando sem
perspectiva para continuar a minha escolarização.
A invasão pela Indonésia em 1975 se dá com extrema violência contra o povo
por parte do seu exército, ocorreu assim, a destruição física e perseguições humanas em
todas as aldeias. Assim, em Abril 1976, as forças armadas da indonésia invadiram a
capital do distrito de Ainaro, e a única forma de salvar nossas vidas, foi fugirmos para
as montanhas, onde permanecemos até 1977. Durante este longo tempo, vivenciamos
muitas cenas de violências por todos os lados da cidade no qual diariamente ouvíamos o
som de armas, morteiros, canhões e bombardeiros aéreos contra as forças armadas da
resistência do povo mau-bere4. Não resistimos a esta situação, em 1978 sem outra opção
de escolha, a não ser a rendição, fomos obrigados a retornar a cidade de Ainaro.
3
Desde o período da colonização dos portugueses na África, os escravos foram levados e protegidos
pelos militares portugueses para Portugal. Estes escravos se revoltaram contra os portugueses em 25 de
Abril de 1974, data em que inicia a autodeterminação da independência dos países colonizados.
4
Nome comum da resistência e revolucionário do povo timorense.
22
Díli no período de dois anos (1985-1988). Cheio de animo e motivação por aceitar esta
proposta do pároco para me iniciar na docência além da ingenuidade que não precisava
ter um curso do magistério. Considero que não sou o ensinante, mas um mediador que
orienta e conduz os conceitos matemáticos oriundos nos currículos nacionais publicados
pelo MEC para o ensino e aprendizagem em sala de aula.
Em cada encontro com os meus alunos, na minha concepção, os métodos por
mim utilizados, foram: a) Percepção - um breve resumo sobre o conteúdo executado
anteriormente; b) expositório - demonstrar os materiais didáticos que tragam a
compreensão e o saber objetos matemáticos, explicar as organizações de tarefas e
definições aos alunos relacionados ao conteúdo, c) Discussão – organizar em pequenos
grupos as tarefas dado pelo professor para os dialogarem e interagem entre eles e por
fim cada grupo apresenta os resultados da discussão, e d) Resolução de problemas – a
técnica de fazer perguntas e respostas aos alunos sobre os conteúdos previsto ao longo
do encontro na sala de aula ou podem ser algumas tarefas de resoluções de problemas a
serem trabalhados individualmente em casa. Nesse sentido estou fazendo o ensino
compartilhado na sala de aula. Uma vez que, penso que não estou sozinho no mundo
real, mas, sim que estou compartilhando com pessoas que estão a minha volta. Esta
tendência de pensamento se relaciona com D’Ambrosio (1996, p.84) afirma que:
das aulas. Nesse sentido, o professor deve mostrar a sua identidade do profissional
docente.
5
Tradução: a cultura não cria nada somente modifica as atitudes naturais em desenvolvimento com os
objetivos do homem.
28
(EP), “3º ano” do ensino pré-secundário (EPS) e “3º ano” do ensino secundário de
Ciências exatas e ciências sociais; iii) supervisionar os exames nacionais em todos os
distritos; iv) Realizar treinamento e formação de professores de matemática no Instituto
da Formação Contínua de professores sobre conteúdos matemáticos para o ensino
Primário, ensino Pré-Secundário e Ensino Secundário.
A elaboração de currículos do ensino primário ocorreu ao longo do ano 2003 até
2004 sob as orientações dos professores internacionais, e no ano 2005 foi implementada
a disseminação deste currículo em todas as escolas do território timorense junto aos
respectivos professores em exercícios. Neste mesmo ano se inicia também o esboço e
elaboração de currículos do Ensino Pré- Secundário.
Participei desde 2003 até 2013 na avaliação dos exames nacionais de
matemática, uma vez que, esta disciplina tem a nota mais baixa em relação as outras. Os
professores consideram a matemática uma disciplina muito difícil, chata e os alunos não
gostam de aprendê-la.
Há necessidade de formação continuada desses professores, porque precisam
capacitar e qualificar suas habilidades e competências no domínio de uma determinada
área especifica do conhecimento. O MEC tem a visão de melhorar a qualidade de ensino
por meio do Instituto de Formação Contínua (IFC), para isso criou um grupo de
trabalho para promover o desenvolvimento profissional desses professores que estão em
exercícios, sobretudo a matemática.
Desse modo assumi este cargo no intuito de melhor aproveitar, orientar e
compartilhar com eles sobre os conteúdos matemáticos alocados em cada nível de
ensino (Ensino Primário, Ensino Pré-Secundário e Ensino Médio) e também realizar
orientações pedagógicas sobre os saberes e as práticas docentes ocorridas nas salas de
aula.
Este encontro de formação continuada com os professores de Matemática
possibilitou-me encontrar o Prof. Dr. José Carlos Tiago de Oliveira, formado e atuante
como professor pesquisador na Universidade de Évora, em Portugal. Já em 2003, ele me
convidou para lecionar na Fundação das Universidades Portuguesas (FUP), em Timor-
Leste, as disciplinas de Cálculo Diferencial e Integral, e Álgebra Linear para os alunos
de Ciências Agrárias, do 1º e 2º ano. Esta mudança de atividades foi muito importante
para mim, pois operou uma transformação extremamente marcante em minha vida
pessoal e profissional.
32
6
A passagem da descoberta dos portugueses à Timor-Leste desde 1512-1975; Invasão Indonésia em 1975-
1999; intervenção e transição da ONU 1999-2001; e a construção da plena independência do país a partir
do ano 2002.
36
7
Timor vem da palavra melayu que significa oriente motivo pelo qual os portugueses deram o nome à ilha
descoberta de Timor Português.
8
Na ocupação Indonésia foi chamado de Timor-Timur, sendo Timor o nome dado pelos portugueses e
Timur a palavra melayu que significa Leste. Por isso, hoje é conhecido como Timor- Leste.
37
9
Seria a pessoa que lidera o bairro.
40
Para garantir a sua posição nas ilhas colonizadas o sistema educativo, existente
neste período, foi muito limitado e elitista. Limitado porque evidenciava a insuficiência
dos portugueses presentes neste país e aproveitavam a aproximar mais os elites como
liurais a trabalharem a seu favor para dominarem/escravizarem o povo, sobretudo na
exploração de recursos naturais.
Esta parece ser uma das estratégias dos colonizadores portugueses, que ao
contrário dos outros colonizadores, que em outros lugares do mundo como os
Holandeses na Indonésia, os Britânicos na América do Norte, os Espanhóis na América
Latina, apesar de também elitista, criaram um sistema educativo capaz de formar
pessoas mais intelectualizadas e de reduzir os níveis de analfabetismos.
Apesar de terem chegado ao Timor-Leste em torno de 1512, neste longo período
até final do século XIX, não tinham instituído nenhum tipo de educação voltada para os
nativos.
Naquela época, a vantagem foi a presença dos missionários, motivo pelo qual a
expansão da religião católica influencionou muito nesse país, além do ensino de
catecúmenos, que também servia como ensino e aprendizagem na sala de aula.
Segundo Belo (2008, p. 36), “foram os missionários dominicanos que, até finais
do século XVIII, tomaram a iniciativa e organizaram a educação dos indígenas, abrindo
escolas, embora rudimentares junto das igrejas e capelas”. O ensino e aprendizagem
nessa altura baseavam-se mais no ensino da língua e cultura portuguesa, e sendo
naturalmente importante, a evangelização, colocava-se como a primeira prioridade nos
programas escolares.
41
Outra opção para aqueles que concluíam a 4ª série, podia ser frequentar o
Seminário Menor de Dare ou o Colégio Liceal de Díli (onde eram ministrados os dois
primeiros anos do ensino secundário). Este último deu origem, em 1960, ao Liceu “Dr.
Francisco Machado”, no qual um ano depois se realizaram os primeiros exames do 7º
ano secundário (12º ano de escolaridade).
Portanto, esta fase da colonização pelos portugueses ocorreu em um processo
muito lento que, talvez tenha ocorrido por efeito da sua incapacidade e também por
vários fatores enfrentado por eles como revoltas etc. Causou-se a mínima atenção de
atender os jovens no ensino e aprendizagem na sala de aula pelo governo português.
cerca de um terço da sua população, da ordem de 200 mil pessoas tenham desaparecido
durante o período de dominação indonésio (1975-1999). Em 17 de Julho de 1976 o
antigo Timor-Português tornou-se a 27ª província indonésia, com o nome de "Timor-
Timur Termuda12”.
No inicio da invasão pela Indonésia, o governo de Jacarta, via na autoridade
nomeada no Timor-Leste, uma forma de tomar medidas para preencher o vazio político
e administrativo. A preocupação do governo indonésio nesse período de invasão foi de
reduzir o índice de analfabetismo entre os jovens e adultos permitindo-lhes o acesso à
educação, e evidentemente buscar apoios e adeptos a sua atuação.
Durante o período de invasão pela Indonésia, apesar da busca pela
descaracterização da cultura nativa do Timor-Leste, e a imposição de sua visão
sociocultural, o investimento destes na construção de escolas foi bem superior ao de
Portugal. Neste período iniciou-se a construção de escolas do ensino fundamental em
todo o território.
O ensino oferecido tinha nos professores de origem indonésios os grandes
propagadores do regime imposto por Suharto, buscando o apoio e à integração do
Timor-Leste à Indonésia. Inicialmente, a construção de salas de aula foi uma das
principais apostas, considerando-se que a maioria das crianças precisavam urgentemente
de freqüentar a escola para alcançar a sua escolaridade.
Entre 1976 e 1982, foram construídas 984 salas de aulas para escolas primárias e
reformadas outras 342 salas do Liceu (Ensino Médio). Em abril de 1986, no Timor-
Leste havia 498 escolas primárias, frequentadas por 109.884 crianças, com 2.978
professores (ROCHA, 1999, p.431). Dez anos depois, verificava-se uma mudança
significativa na taxa de analfabetismo da educação primária em Timor-Leste.
Nesta época, também de acordo com Carvalho (2007, p.15-17) 80% dos
professores que atuavam no sistema educativo, da educação primária e pré-secundária
do Timor- Leste eram de origem indonésia.
E também,
[...] Durante o período da invasão da Indonésia, alguns estudantes timorenses,
após o fim dos seus estudos secundários, tinham garantidas bolsas de estudos
para continuar a sua educação em províncias da Indonésia. No ano letivo de
1985/1986, 289 jovens timorenses foram registrados em instituto de educação
superior em Jakarta, Bandung, Sukabumi , Surabaya, Malang, Yogyakarta e
Surokarta (Java); Manado e Ujungpandang (Sulawesi ); Palangkarya,
Barjarmasin e Samarinda (Kalimantan); Denpasar (Bali); Kupang
(NusaTenggaraTimur ) e Mataran (NusaTenggaraBarat) e outras partes da
Indonésia. Os estudantes timorenses que estudaram fora de Timor-Leste
escolheram uma variedade de estudos em diferentes Universidades da
Indonésia: Universidade SetiaWacana em Salatiga; a Universidade Brawijaya
em Malang; a Universidade GajahMada em Yogyakarta; a Universidade
Padjaran em Bandung; a Universidade Indonésia em Jakarta e a Universidade
Udayana em Bali.
Tendo em vista a migração dos jovens para realizar estudos fora do Timor-
Leste, e em especial na Indonésia, cria-se no início da década de 1980, a Universidade
Aberta em Timor-Leste, como forma de facilitar aqueles estudantes que não tinham
oportunidade de estudar fora do país, e principalmente de qualificar os funcionários
públicos da administração Indonésia no Timor-Leste. No ano letivo de 1984/1985 esta
Instituição matriculou 659 alunos, advindos na sua maioria das escolas secundárias
existentes no Timor.
Em 1986, o governador local do Timor-Leste, Mário Viegas Carracalão, toma a
decisão de criar a Fundação Lorosa’e para administrar a nova Universidade Pública do
país, que passa a ser chamada Universidade Nacional Timor Lorosa’e (UNTL). Nos
seus primeiros cinco anos, a maioria dos estudantes e funcionários públicos eram de
origem indonésia, com intuito de crescer na carreira administrativa. Com a criação, pelo
governo local, de bolsas de estudo para os jovens timorenses permanecerem cursando a
UNTL, no ano letivo de 1991 aumenta o número de interessados em realizar estudos
universitários.
Preocupados com este crescimento do ensino superior do Timor-Leste, a partir
da iniciativa do governo local, alguns anos depois o governo de Jacarta abre o Instituto
Politécnico Hera, e a Academia de Saúde, e a Igreja Católica inaugura o Instituto
Superior de Religião. Ainda a UNTL cria o Instituto Superior de Economia (atual
Universidade de Dili). Todas estas Instituições de Ensino Superior possuem nos seus
quadros uma grande maioria de docentes procedentes da Indonésia.
Para ganhar sua fama no mundo internacional e a simpatia do povo, o governo
indonésio desenvolveu muito na educação, mas em um sistema educativo de quantidade
e de qualidade.
Ensino Superior (IES) sofreram uma debanda de seus quadros docentes, o que provoca
um “vazio” acadêmico com a queda na qualidade dos cursos oferecidos.
A angústia, o sofrimento e o ódio existente no povo frente ao seu invasor se
transformaram em esperança de que os dias vindouros seriam mais felizes, apesar de
que, na sua saída, este deixou um país em ruínas em todos os aspectos, e em particular
na infraestrutura escolar, espaço no qual havia realizado grandes investimentos
inicialmente. Deixam para trás um Timor-Leste em cinzas.
O relatório elaborado pelo Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais –
(IEEI), após o plebiscito que aprova a independência, diz: “É necessário um esforço
maciço e sustentado em todas as frentes, a nível nacional, regional e internacional, para
assegurar a segurança do recém-independente país” (IEEI: 2002 p.2).
É um momento de reflexão, no qual os intelectuais do país e os internacionais
pensam na segurança do Timor-Leste no contexto regional, como declara o IEEI
(2002,p.14)
13
Reportagem de Renata Hummel divulgada no site http: / /opatifundio.com/ site/?p=6 editado em 15 de
Agosto de 2008, e acessado no dia 21 de maio de 2009.
52
14
Acordo de Cooperação Educacional entre o governo da República Democrática do Timor-Leste e do
governo da República Federativa do Brasil, assinado em 20 de maio de 2002.
15
Entre 2002 e 2005, Ministério de Educação, Cultura, Juventude e Desporto –MECJD -. Entre 2005 e
2007, Ministério de Educação e Cultura -MEC- e a partir de 2008, Ministério da Educação - ME.
53
cooperação, nos últimos anos pelo menos trinta professores do Timor-Leste já vieram
realizar a pós-graduação no Brasil.
Atualmente, em 2009, sete pessoas do Timor-Leste se encontram realizando o
mestrado na UFG, e destes, quatro escolheram o programa de Mestrado em Educação
em Ciências e Matemática desta instituição para a realização do curso.
Este espírito de cooperação Timor-Leste/Brasil, assim como vários outros
convênios firmados com outros países buscam, na prática, viabilizar a Lei de Bases da
Educação (LBE), publicada no “Jornal da República” 16 do Timor-Leste, em 29 de
outubro de 2008, e que no seu preâmbulo diz:
16
Órgão de Publicação Oficial da Republica Democrática de Timor-Leste.
54
Gráfico 1- Processo de implementação da língua portuguesa nas escolas publicas e particulares no Timor-
Leste
10º ano
9º ano
Língua Indonésia 8º ano
7º ano
6º ano
5º ano
4º ano Língua Portuguesa
3º ano
2º ano
1º
ano
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
Fonte: Elaboração do próprio pesquisador
aprendizagem nas escolas. Também percebo que a maioria destes professores são jovens
que dominam mais a língua Indonésia e o tétum; e o português é falado apenas por 5%
dos professores. Por isso durante a realização da escolaridade os professores timorenses
ministram, na escola, o conteúdo das disciplinas escritas em língua Indonésia, e
somente, um ou dois professores do Brasil e Portugal ministram a língua portuguesa
dependendo do número de alunos matriculados na escola. Por outro lado os professores
internacionais, além de ministrar a língua portuguesa na sala de aula para os alunos,
também ministram cursos intensivos desta disciplina aos professores timorenses.
De fato a maioria dos professores são jovens que ainda não concluíram o curso
de licenciatura na UNTL, outros concluíram apenas o ensino médio. Portanto, possuem
um mínimo de conhecimento e/ou pouca habilidade de ensino, sobretudo no uso das
práticas metodológicas, também sentem dificuldades em explicar, resolver problemas
matemáticos, de português e domínio de conteúdos.
Em virtude disso, o professor apenas fornece o material para os alunos copiarem
nos cadernos, impondo a memorização como método, para que os alunos possam ser
aprovados no exame. Assim sendo, os professores em exercícios não têm como prática
relacionar o conhecimento científico com o do cotidiano na sua explicação, de modo
que, os alunos possam compreender melhor o conteúdo ensinado. Deste modo, para ser
um bom professor, no meu ponto de vista, é necessário ter conhecimento suficiente, ou
seja, mais elevado do que o dos alunos, tanto no senso comum quanto na ciência
inclusive domínio da língua, domínio de método de ensino, domínio do conteúdo e ética
profissional.
O Timor-Leste é um país novo, com problemas graves na área de educação,
principalmente em relação à pedagogia. Ainda mais, nesse período, a língua de ensino e
aprendizagem oficial era uma mescla entre tétum, português e malaio. Percebi que na
LBE, artigo 59 declara que, a educação seria pública e gratuita para todos. O próprio
Ministério da Educação timorense reconhece que, devido às sucessivas fases do sistema
educacional do país e às mudanças de línguas de ensino e aprendizagem, o povo
enfrenta um atraso significativo na aprendizagem de ciências.
Após a independência, “o estado reconhece ao cidadão o direito à educação e à
cultura, competindo-lhe criar um sistema público de ensino básico universal, obrigatório
e, na medida de suas possibilidades, gratuito nos termos da lei” (CONSTITUIÇÃO
RDTL, 2002, art. 59.1). A Constituição garante ainda o acesso à educação em todos os
58
Vários são os esforços realizados pela melhoria da formação dos professores que já
estão em exercício, foram estabelecidas parcerias internacionais em Educação (onde
ocorre a inserção da Cooperação Brasileira) com o Governo Timorense, houve o envio
de profissionais ao Timor-Leste e encaminhamento de professores timorenses aos países
cooperantes, com vistas aos estudos de pós-graduação.
A Pós-Graduação na Universidade Nacional Timor Lorosa’e, em 2007, teve dois
objetivos: i) planejar a implantação, na UNTL, de um curso de especialização em
Educação e de um mestrado, com duas áreas de concentração: Administração e Gestão
Educacional e Ensino-Aprendizagem em Ciências e Matemática. ii) implementar em
Timor-Leste uma política de formação de recursos humanos em nível de Pós-Graduação
lato e strictu sensu, ao lado da política de enviar professores para capacitar no exterior.
O primeiro objetivo almejava que o mestrado fosse precedido por um curso de
pós-graduação lato sensu, com duração de 400 horas, o qual funcionaria, em primeiro
lugar, como uma oportunidade de melhoria na formação do pessoal docente e
administrativo do setor educacional e, em segundo lugar, como curso propedêutico ao
mestrado e como meio de seleção dos futuros mestrandos.
Quanto ao segundo objetivo, nesta perspectiva, a CAPES selecionou três
professores brasileiros com titulação de doutor, que seriam responsáveis pelos processos
de planejamento e implantação da especialização e do mestrado. Esses professores, na
expectativa da UNTL, contariam com a ajuda de professores doutores da Fundação das
Universidades Portuguesas (FUP), o que acabou não acontecendo a pretensão de
diversificar a política de formação de recursos humanos de alto nível entre os dois
países Brasil e Timor-Leste, além de promover o fortalecimento da Língua Portuguesa
por meio de estudos de pós-graduação em Língua Portuguesa.
De fato, as instituições acadêmicas são importantes, razões pelo qual preparam
cidadãos e em particular, jovens para assegurar a soberania da nação. Portanto, hoje, o
Timor-Leste está necessitando que se proponha uma nova maneira de se praticar a
formação de futuros professores de Matemática nas universidades daquele país, tendo
em vista a melhoria da sua qualificação para o exercicio da docência em nossas escolas,
que possa contribuir para a elevação dos níveis pessoais, profissionais e cidadadão dos
nossos estudantes e, daí poder almejar uma sociedade que tenha possibilidades de
concretizar seus anseios sociais e humanos.
63
17
No Timor-Leste o Trabalho Acadêmico de Conclusão de Curso é denominado de Tese.
67
4.1Considerações Iniciais
seu ensino. Para o autor a etnomatemática e a história das ciências aparecem como áreas
muito próximas em sua proposta, uma vez que apresenta vantagens do ponto de vista
cultural, nos quais a análise histórica aparece como um instrumental importante, e
também do ponto de vista pedagógico, pois, segundo ele, lidamos diretamente com o
processo de aprendizagem. Desse modo ele defende a etnomatemática como um
programa que visa explicar os processos de geração, organização e transmissão de
conhecimento em diversos sistemas culturais e as forças interativas que agem nos e
entre os três processos. Desse processo, portanto, é possível estabelecer diretrizes para
um ensino em seus enfoques socioculturais.
Nas duas seções a seguir abordarei alguns princípios e fundamentos propostos e
defendidos por Paulo freire e Ubiratan D’Ambrosio (1998c, p 45), que se referem à
formação de professores e, especificamente de professores de matemática, tendo em
vista subsidiar minhas reflexões com relação aos documentos que compuseram os
projetos pedagógicos dos cursos pesquisados e assim poder propor inserções dessas
ideias na reformulação das abordagens didáticas nas componentes curriculares da
licenciatura em Matemática no Timor-Leste.
Santos (2007) reitera sua consideração acerca desses princípios apontando que
em suas argumentações Freire (2001) sustenta que interessou-se desde muito cedo pela
experiência democrática através da educação da criança e do adulto, na qual o trabalho
deveria ser tomado como uma atividade prática social congregadora e coletiva. No
entanto, Santos (2007), ressalta ainda que Freire (2001) coloca o tema da consciência
como sua preocupação central e busca construí-la através de uma análise
fenomenológica (TORRES 1981a, p.25), analisando as diversas fases ou – estágio – do
seu desenvolvimento. Identifica três estágios no processo de conscientização: a
consciência intransitiva; a consciência transitivo-ingênua; e a consciência crítica. Além
disso, acrescenta ainda um outro estágio: o da consciência ingênua fanatizada.
Portanto para ser um bom professor deveria ter uma identidade profissional da
consciência intransitiva, da consciência transitvo-ingênua; e da consciência crítica.
Assim, compreendo que essa é a consciência crítica que valoriza os fatores
sociais, culturais, políticos e históricos da autonomia, do debate, da troca de
experiências por meio do diálogo, reflexões críticas, compreensão contextualizada,
interpretação, entre outros, e surgem como aspectos importantes para o fortalecimento
da referida consciência. Esta conscientização das pessoas no mundo tem que ser
combinada com a mudança estrutural na sociedade e, é ela mesma transformadora da
consciência. Daí, a educação (libertadora) tem esse papel para a transformação da
sociedade.
Considero também que Paulo Freire (2007) compreende a educação como
processo de conscientização. Aprender tem sentido quando nos envolve no
compromisso de transformar a realidade. O educador e o educando aprendem e ensinam
ao mesmo tempo. A melhor maneira de refletir é pensar a prática e retornar a ela para
transformá-la. A formação autêntica promove a autonomia e dialogicidade.
A formação do educador do campo deve ser feita na perspectiva da educação
libertadora, amparada nos princípios defendidos por Freire, que entende ser papel do
educador contribuir para a inserção dos sujeitos oprimidos num contexto em que estes se
coloquem no mundo de maneira ativa, consciente e questionadora.
Nesse processo, o diálogo funciona como um instrumento através do qual
ocorrerão as mudanças ou promoção de um estágio de consciência para outro (FREIRE,
1981c, p. 31, apud SANTOS, 2007, p. 189). Na compreensão de Santos (2007, p. 190-
74
O autor reitera, ainda, afiançando que devido aos problemas pelos quais passa à
educação, em geral, a formação do professor apresenta uma deficiência acentuada, uma
vez que tal deficiência se instala, principalmente devido à “falta de capacitação para
conhecer o aluno e obsolescência dos conteúdos adquiridos nas licenciaturas
(D’AMBROSIO, 1996, p. 80).
Para D’Ambrosio (1998, 1999), a deficiência da formação do professor é
considerada como um dos problemas mais graves que a educação enfrenta,
principalmente no que se relaciona à “falta de capacitação para conhecer o aluno e
obsolescência de conteúdos adquiridos nas licenciaturas. A esse respeito, D’Ambrosio
(1999) destaca que:
77
[...] ao professor deve ser dado apoio para que ele adote uma nova atitude e
assuma sua responsabilidade perante o futuro. Isso depende essencialmente
de sua prática transformação, conhecendo-se como um individuo e como um
ser social inserido numa realidade planetária e cósmica.
O primeiro passo é que o professor conheça a si próprio. Ninguém pode
pretender influenciar outros sem domínio de si próprio. O professor deve
conhecer a sociedade em que atua e ter uma visão critica dos seus problemas
maiores bem como do seu ambiente natural e cultural, e da sua inserção numa
realidade cósmica. O professor deve estar livre de preconceitos e predileções.
Só sendo livre poderá permitir que outros sejam livres. Em vez de fazer com
que o aluno saiba o que ele sabe, deve criar situações para que aluno queira
saber a realidade que o cerca. E dar a ele liberdade de encontrar significação
no seu ambiente. Esse é um direito da criança. E cabe ao professor levar a
criança a usufruir esse direito. E assim abrir para a criança a possibilidade de
ser criativa (D’AMBROSIO, 1999, pp. 79-80).
É neste sentido que considero extremamente importante que seja instalada uma
abordagem sociocultural para os cursos de formação de professores de matemática no
Timor-Leste, por considerar que há necessidade de dar ao professor uma compreensão
das prioridades do que se deve ensinar conforme as necessidades e os contextos da
realidade em que vivem os alunos, uma vez que é nessa realidade que irão atuar quando
saírem formados da universidade. É claro que, nas condições atuais, não se deve
descartar a utilização das tecnologias de informação e comunicação, conforme nos
alerta D’Ambrosio quando apresenta outro dos seus mitos a respeito do ensino de
matemática para uma sociedade em transição:
4. Há tópicos dos programas que não podem ser entendidos pelo individuo
“comum”.
FALSO: Sobre qualquer assunto, todo individuo é capaz de ter ideia do que
se trata. O processo de mistificação do conhecimento tem sido o instrumento
mais eficaz para a iniquidade social, isto é, o conhecimento tem sido utilizado
pelo poder, através de mistificação que se amparam nos processos de
avaliação tradicionais. E se alguém efetivamente sabe algo, será capaz de
explicar o que sabe para qualquer indivíduo, usando linguagens e metáforas
adequadas (D’AMBROSIO, 1999, p. 100).
A respeito do mito número 5, D’Ambrosio faz sua crítica apontando que os tipos
de exames e testes avaliativos nos moldes e objetivos em que são apresentados aos
alunos tendem a artificializar a situação e mobilizar a motivação. Assim sendo, o autor
defende que não é viável que o professor transforme o processo de aprendizagem em
um meio para o qual o estudante deva ser avaliado somente por meio de uma prova do
modo como são proposta quase sempre em todas as turmas de matemática. Para o autor
os conhecimentos construídos pelos estudantes em suas relações pessoais e
interpessoais, dentro ou fora da escola, são fundamentais para que possam compreender
melhor as situações que aparecem cotidianamente em seu caminho e que tais
observações compreensivas não são problematizadas nas situações avaliativas na escola.
Assim, considero de extrema importância que essas situações sejam revertidas
nas abordagens formativas dos cursos de licenciatura em matemática, de modo a levar
em consideração os aspectos socioculturais que contribuem para o processo de
enculturação matemática dos estudantes a todo instante, conforme nos assevera Bishop
(1999) ao afirmar que uma abordagem sociocultural para o ensino de matemática deve
levar em consideração três componentes, que não podem ser tomadas de forma
excludente e sim continuamente integradas: componente simbólico, componente social
e componente cultural.
O professor do futuro será valorizado pela sua ação como animador cultural e
comentarista crítico. O professor que vê sua missão como ensinador de
conteúdo disciplinar tem seus dias contados e rapidamente será substituído
por um vídeo ou CD-ROM ou alguma peça nova de tecnologia ainda em
desenvolvimento (D`AMBROSIO, 2006, p, 10-11).
que responde o problema da educação surgida nas áreas rurais em que os povos e as
comunidades vivem.
Nesta pesquisa, fiz o levantamento de oito Projetos Pedagógicos do Curso
(PPCs) de universidades federais de diferentes regiões do Brasil, cujo curso de
licenciatura Plena centravam-se na educação do Campo. Desse total, cinco são as
seguintes: Universidade Federal do Pará (UFPA) - Campus de Universitário de
Abaetetuba/Baixo Tocantins; Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará
(UNIFESSPA); Instituto Federal do Pará (IFPA/Belém) e; Universidade Federal do
Recôncavo Bahia no (UFRB) - Feira de Santana; Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia Farroupilha/Jaguari, RS, Brasil); Faculdade de Educação–Belo Horizonte -
MG (UFMG); Centro de Ciências Humanas e Sociais – Campo Grande – UFMS e;
Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFTM/ Uberaba/MG). Entre estes
projetos selecionei apenas três projetos pedagógicos de curso para análise, de modo que
estes três projetos ofereciam as informações mais adequadas para a seleção de subsídios
teórico-metodológicos e princípios epistemológicos referentes às teorias de
conhecimento científico que pudessem subsidiar a elaboração da nossa proposta de
cursos de licenciatura adequada aos jovens e adultos do Timor-Leste.
E partir das informações obtidas, na próxima seção tratarei dos fundamentos
teórico-metodológicos utilizados para levantamento, organização e análise das
informações baseada na adaptação da Matriz paradigmático proposta por Gamboa
(2012) e a elaboração de uma matriz paradigmática do estudo por mim proposto, tendo
em vista a busca de respostas às questões consideradas necessárias para a reorientação
do projeto pedagógico da licenciatura em Matemática no Timor-Leste.
1. A Construção da Pergunta
Mundo da Necessidade Problema Indagações múltiplas Quadro de questões
Pergunta
2. A Construção da Resposta
Para tal análise apresento a seguir o primeiro quadro, que foi construído apartir
da matriz paradigmática de Gamboa com critérios extraídos dos PPC, que abrangem as
características de relevância; validade e repercussão; objetividade/subjetividade;
originalidade; rigor e precisão; prognóstico; reprodutibilidade; relacionamento e cada
uma destas características é orientada por perguntas como se mostra no quadro a seguir.
Para a sociedade?
A graduação de professores que irão atuar na Educação Básica do
Campo, ou seja, em escolas localizadas no meio rural ou em periferias
urbanas e distritos que têm características rurais, será de fundamental
importância social visando diminuir as desigualdades até então
existentes.
Quais as marcas de atualidade, contemporaneidade presentes nos
objetivos do PPC?
Identifico as seguintes marcas de atualidade nos objetivos do PPC que
proponho:
- a realidade e as experiências das comunidades do campo como objeto
de estudo e fonte de conhecimentos;
Objetividade/
- a pesquisa como princípio educativo;
Subjetividade
- a indissociabilidade teoria-prática;
- o planejamento e ação formativa integradas entre as áreas de
conhecimento [interdisciplinaridade];
- os alunos como sujeitos do conhecimento;
91
Este segundo quadro por mim elaborado também foi construído apartir da matriz
paradigmática de Gamboa (2012), com protocolo de revisão e análise dos projetos
94
Protocolo 01 / 03
Contextualização da Instituição
A Universidade Federal do Pará foi situada no Campus de Abaetetuba: Pólo de
Abaetetuba que compreende os municípios de Acará, Abaetetuba, Acará, Barcarena,
Igarapé-Miri, Moju. A região é considerada como importante das articulações com os
Movimentos Sociais, Fórum Estadual de Educação do Campo e Fórum Regional de
Educação do Campo do Baixo Tocantins, também manteve as suas atividades de ensino,
pesquisa e extensão, um diálogo com a Universidade Federal do Pará, e os Programas
do Projovem Campo – Saberes da Terra, PRONERA, Educamazônia, entre outros a fim
de fortalecer ações para a continuidade de programas da natureza com a participação
dos beneficiários.
formação do educador deve vincular-se entre teoria e prática, e não deve reduzida num
espaço isolado, que a restrinja ao estágio, desarticulado do cursoǁ (Art. 12 § 1º),
devendo ―estar presente desde o início do curso e permear toda a formação do
professorǁ (§ 2º - Art.12).
Concepção do Curso
A concepção do Curso de Licenciatura em Educação do Campo da UFPA se deu
a partir da emergência de novos paradigmas de construção do conhecimento, que
valorizam as experiências práticas como elementos fundamentais para o processo de
constituição dos saberes docentes, em que a formação do educador passa ter uma
dinâmica ação-reflexão-ação, como prática de partida e de chegada do processo
formativo dos educadores.
Princípios e Objetivos
O curso tem como objeto a formação de professores para as escolas do campo,
oferecendo o trabalho pedagógico para os anos finais do Ensino Fundamental e para o
Ensino Médio.
Contextualização do Curso
ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
a. Núcleo Formador = 884 h/a; b. Núcleo Específico = 1360 h/a; c. Núcleo Integrador
= 884 h/a, sendo 408 h/a de Práticas Pedagógicas, 408 h/a de Estágio Docente e 68 h/a
de TCC a ser desenvolvido de forma multidisciplinar; d. Atividades Complementar =
272 h/a de Atividades Acadêmico-Científico-Culturais
- a carga horária total que é compostos por Núcleos ( Núcleo formador; Núcleo
especifico; Núcleo integrador e Atividades complementares); - Trabalho
Acadêmico de Conclusão de Curso (TCC); - Prática Pedagógica; - Estágio
Docente; - Seminários Integradores; - Pesquisa; - Atividades Complementares e ; -
Articulação do ensino com a pesquisa e a extensão.
2. Quais as possibilidades das disciplinas no PPC dar conta de uma educação voltada
para a formação inicial dos professores, segundo as orientações das diretrizes
curriculares para os cursos de Educação do Campo, com uma visão de mundo?
As disciplinas no PPC estão organizadas, segundo as orientações das diretrizes
curriculares para os cursos de Educação do Campo deve: executar um ensino nas
escolas em regime de alternância; conhecer a realidade sociocultural baseado na
experiência, prática e vivência da sociedade para o desenvolvimento do saber fazer os
conteúdos matemáticos pesquisados; obter as competências dos formandos ao seu
profissionalismo no ensino fundamental e médio na área urbana em que vive; criar
relações mútuas de desenvolver os aspectos políticos, econômicas, educacionais e
respeito da crença humana.
99
Formar educadores do campo que saibam melhor a realidade rural em que vive
com a comunidade do campo.
4. Em relação à dimensão dos valores éticos, como a dignidade humana, a
democracia, a autonomia e a dimensão política – que explicite o lugar que o
egresso dos cursos pretende ocupar na sociedade?
Acho muito importante. Porque cria uma condição que prioriza os educandos a
articular o seu saberfazer no domínio dos conteúdos matemáticos através das
metodologias relacionadas; isto é a estratégia que o educando executa no ensino e
aprendizagem de conteúdos de disciplinas do formador e específica na sala de aula
amadurece o saber de disciplinas e estas se articulam na disciplina integradora dá mais
eficazes nas práticas e experiências desenvolvidas na pesquisa em que vai conhecer a
realidade da comunidade, no seminário, na oficina, eventos culturais e no estágio
supervisionado.
6. Em relação à aproximação da universidade com a comunidade, através de
programas desenvolvidos conjuntamente com outras instituições educativas, sob a
forma de extensão.
Sim. Poderia trabalhar ainda mais. Os programas que discutem nos grupos e fazer
um paralelo as outras instituições para garantir a qualidade de ensino-aprendizagem na
sala de aula, o sucesso de competência e da capacidade dos formandos. Também esta
relação como ponte para o diálogo e o contato com outras atividades e com seus
diferentes atores, entre eles, corpo discente, docentes e demais servidores.
É muito importante esta relação por que os formandos que vão fazer o seu estágio
supervisionado nas áreas rurais no ensino fundamental e médio. Eles estão ensinando e
praticando o seu profissionalismo de docência. Caberá que o educando conclua o curso
de licenciatura plena em área especifica e vai atuar à formação do profissionalismo na
Educação Básica.
Objetivos Específicos:
pedagógico;
Protocolo 02 /03
Contextualização da Instituição
do Sul.
Concepção do Curso
Princípios e Objetivos
- Trazer para o cotidiano do curso temas que precisam ser debatidos: luta pela
terra; violência em MS contra os povos indígenas e os povos do campo; agricultura
familiar; mídia e ideologia e tantos outros temas que precisam ser melhor
compreendidos.
- Formar professores para atuação nas escolas do campo, nos anos finais do
ensino fundamental e no ensino médio, por meio de organização curricular e
definição metodológica específicas.
solidários e agroecológicos.
Contextualização do Curso
Organização Didático-Pedagógica
Ela apresenta:
115
- A carga horária total do curso que é composta por núcleos (Núcleo de Estudos
Básicos, Núcleo de Formação Específico, Núcleo Integrador e Núcleo de Educação do
Campo). - Trabalho Acadêmico de Conclusão de Curso (TCC); - Prática Pedagógica; -
Estágio Docente; - Seminários Integradores; - Pesquisa; - Atividades Complementares
e; - Articulação do ensino com a pesquisa e a extensão.
mundo?
As disciplinas no PPC estão organizadas, segundo as orientações das diretrizes
curriculares para os cursos de Educação do Campo que deve: executar um ensino nas
escolas em regime de alternância; conhecer a realidade sociocultural baseado na
experiência, prática e vivencia da sociedade para o desenvolvimento do saberfazer os
conteúdos matemáticos pesquisados; obter as competências dos formandos ao seu
profissionalismo no ensino fundamental e médio na área urbana em que vive; criar
relações mútuas de desenvolver os aspectos políticos, econômicas, educacionais e
respeito da crença humana.
do curso;
- Trazer para o cotidiano do curso temas que precisam ser debatidos: luta pela terra;
violência em MS contra os povos indígenas e os povos do campo; agricultura familiar;
mídia e ideologia e tantos outros temas que precisam ser melhor compreendidos.
Formar educadores do campo que saibam melhor a realidade rural em que vive
com a comunidade do campo.
4. Em relação à dimensão dos valores éticos, como a dignidade humana, a
democracia, a autonomia e a dimensão política – que explicite o lugar que o
119
- atuar na formação que deve conviver com os/as alunos/as de maneira muito próxima e
em situações bastante diversificadas, que extrapolam a aparente segurança e as rotinas
das salas de aula.
Acho muito importante. Porque cria uma condição que prioriza os educandos a
articular o seu saber fazer no domínio dos conteúdos matemáticos através das
metodologias relacionadas; isto é a estratégia que o educando executa no ensino e
aprendizagem de conteúdos de disciplinas do formador e especifica na sala de aula
amadurece o saber de disciplinas e estas se articulam na disciplina integradora dá mais
eficazes nas práticas e experiências desenvolvidas na pesquisa em que vai conhecer a
realidade da comunidade, no seminário, na oficina, eventos culturais e no estágio
120
supervisionado.
6. Em relação à aproximação da universidade com a comunidade, através de
programas desenvolvidos conjuntamente com outras instituições educativas,
sob a forma de extensão.
Sim. Poderia trabalhar ainda mais. Os programas que discutem nos grupos e
fazer um paralelo as outras instituições para garantir a qualidade de ensino-
aprendizagem na sala de aula implica o sucesso de competência e da capacidade dos
formandos. Também esta relação como fonte para o diálogo e o contato com outras
atividades e com seus diferentes atores, entre eles, corpo discente, docentes e demais
servidores.
7. Com relação ao diálogo com as escolas do sistema de educação básica,
tomando-as como referência para estudo e observação.
A referência para o estudo e observação se contextualiza e problematiza a
educação escolar rural, concebida por política e historicamente pelos fazendeiros, como
processo educativo limitador. Em contraponto, a práxis da Educação do Campo é
evidenciada como potencialização de ações afirmativas e dialógicas e, nessa
concepção.
Objetivos Específicos:
- Formar professores para atuação nas escolas do campo, nos anos finais do
ensino fundamental e no ensino médio, por meio de organização curricular e
definição metodológica específicas.
- Credenciar professores para o exercício docente transdisciplinar em escolas
do campo, nas áreas de Ciências Humanas e Sociais ou Linguagens e Códigos
ou Matemática, superando a organização curricular por disciplinas estanques.
- Redescobrir a contemplação política e estética de amor a terra, como
caminho para a convivência harmoniosa e pacífica em defesa da vida.
- Ampliar e aprofundar os conhecimentos teórico-práticos sobre educação do
campo em diálogo com os princípios da vida no campo, da agricultura familiar
e da educação ambiental.
- Aproximar os alunos das ferramentas da comunicação midiática,
favorecendo o diálogo com os sujeitos do campo e as suas tecnologias
específicas.
- Identificar as possibilidades da educação pelo trabalho e da educação
técnica, tecnológica, científica e midiática, em diálogo com as tecnologias
específicas do campo.
- Exercitar o debate e o registro com vista à práxis que transforma.
- Constituir grupos solidários de estudo, de extensão, de pesquisa e de troca de
experiências.
- Propor e efetivar projetos de ação que possibilitem experiências vividas que
evidenciem que é possível produzir no campo com princípios humanistas,
solidários e agroecológicos.
- Desenvolver pesquisas e formar pesquisadores na área da educação do
campo e das múltiplas esferas sociais nas quais a educação se faz presente.
- Desenvolver e compartilhar metodologias educacionais específicas da
educação do campo e suas diversidades.
- Publicar materiais de apoio didático-pedagógico em produção compartilhada
com as comunidades escolares do campo sul-mato-grossense.
- Fortalecer e ampliar prática político-pedagógicas que dialogam com os
sujeitos do campo em seus contextos socioculturais e seus saberes.
- Estudar, discutir e propor formas de organização escolar e curricular com as
escolas do campo de MS.
- Ouvir o outro que tem uma concepção oposto à sua e ser capaz de apresentar
sua opinião com argumentos, mas sem impor.
- Desenvolver o prazer pelo estudo e pelo debate, entendendo que a vida pessoal
e profissional apresenta situações que exigem discernimento e tomada de
decisões que somente o conhecimento e a reflexão podem conduzir ao acerto.
Protocolo 03 /03
Contextualização da Instituição
A UFTM foi pensada a partir de 1948, quando um grupo de médicos, apoiados por
políticos da região planejaram a criação do curso de Medicina, que foi efetivado em 27 de
Abril de 1953, como uma instituição privada e sem fins lucrativos, denominada de
Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro (FMTM).
Até o ano de 2005 a UFTM funcionava apenas como uma faculdade isolada,
especializada na área de saúde, com os cursos de graduação em Medicina, Enfermagem e
Biomedicina. Em 2006, com o apoio do Programa de Expansão das Instituições Federais de
Ensino Superior (Reuni), mais três cursos na área de saúde foram criados (Fisioterapia,
Terapia Ocupacional e Nutrição), e um na área de ciências humanas (Licenciatura em
Letras com habilitações em: Português-Inglês e em Português-Espanhol). Em 2008 passou
a funcionar nessa universidade o Curso de Psicologia e 2009, os cursos de Educação Física,
Serviço Social e as licenciaturas em: Física, Ciências Biológicas, Matemática, Química,
128
História e Geografia. Em 2010 foram implantados mais sete cursos, todos de engenharia:
Ambiental, Alimentos, Civil, Elétrica, Mecânica, Química e Produção.
Concepção do Curso
Princípios e Objetivos
pretende se constituir em uma medida política inovadora, com significativo caráter social.
Inserindo-se no plano de expansão do ensino de graduação da UFTM, fundamentada nos
princípios da autonomia universitária, da flexibilização curricular, da qualidade acadêmica
de ensino e na inclusão social.
Para que isso seja atingido esse objetivo maior, em Brasil (2014, p. 85) encontramos
os seguintes objetivos específicos:
c) Estimular nas IES e nos demais parceiros (prefeituras, escolas estaduais e municipais e
movimentos de trabalhadores rurais sem-terra) da implementação desta Licenciatura ações
articuladas de ensino, pesquisa e extensão voltadas para demandas suscitadas pela
Educação do Campo
Contextualização do Curso
Tomando por base o Estatuto da UFTM que afirma visar proporcionar a todos as
mesmas oportunidades e condições de desenvolvimento intelectual e cultural; manter a
visão ampla e diversificada, visando à interação com as comunidades interna e externa,
além de contribuir para o desenvolvimento da educação básica, tecnológica e profissional,
a UFTM submeteu um Projeto ao Edital de seleção n.º 02/2012 -
SESU/SETEC/SECADI/MEC, 4 de 31 de agosto de 2012: chamada Pública para seleção de
Instituições Federais de Educação Superior e de Institutos Federais de Educação, Ciência e
130
Organização Didático-Pedagógica
- A carga horária de 3.360 h/a em cada uma das áreas de habilitações (Ciências da Natureza
ou Matemática), distribuídas em 08 (oito) semestres, integralizando 04 (quatro) anos de
curso. A carga horária total do curso em cada uma das áreas de habilitação será assim
composta:
2. Quais as possibilidades das disciplinas no PPC dar conta de uma educação voltada
132
Formar educadores do campo que saibam melhor a realidade rural em que vive com
a comunidade do campo.
4. Em relação à dimensão dos valores éticos, como a dignidade humana, a
democracia, a autonomia e a dimensão política – que explicite o lugar que o
egresso dos cursos pretende ocupar na sociedade?
Acho muito importante. Porque cria uma condição que prioriza os educandos a
articular o seu saber fazer no domínio dos conteúdos matemáticos através das
metodologias relacionadas; isto é a estratégia que o educando executa no ensino e
aprendizagem de conteúdos de disciplinas do formador e especifica na sala de aula
amadurece o saber de disciplinas e estas se articulam na disciplina integradora dá mais
eficazes nas práticas e experiências desenvolvidas na pesquisa em que vai conhecer a
realidade da comunidade, no seminário, na oficina, eventos culturais e no estágio
supervisionado.
6. Em relação à aproximação da universidade com a comunidade, através de
programas desenvolvidos conjuntamente com outras instituições educativas, sob a
forma de extensão.
Sim. Poderia trabalhar ainda mais. Os programas que discutem nos grupos e fazer
um paralelo as outras instituições para garantir a qualidade de ensino-aprendizagem na sala
de aula, o sucesso de competência e da capacidade dos formandos. Também esta relação
como ponte para o diálogo e o contato com outras atividades e com seus diferentes atores,
entre eles, corpo discente, docentes e demais servidores.
É muito importante esta relação por que os formandos que vão fazer o seu estágio
supervisionado nas áreas rurais no ensino fundamental e médio. Eles estão ensinando e
praticando o seu profissionalismo de docência. Caberá que conclua o curso de licenciatura
plena na área vai atuar à formação do professor da Educação Básica.
Objetivos Específicos:
- Compreender que tanto a educação em seu contexto mais amplo, como a educação
137
Contextualização da Instituição
Timor-Leste é uma nação antiga que foi consolidada como um país novo no
início do século XXI e tem uma característica geográfica cujo relevo é constituído,
quase na sua totalidade, de picos montanhosos e um planalto fixado no distrito de
Aileu. Possui um povo de caracteristicamente camponês que se dedica muito à
agricultura, à pastagem de seus rebanhos e às diversas atividades socioculturais
vivenciadas cotidianamente pela comunidade em geral. Desde 2002 está se
desenvolvendo e se construindo um novo olhar para a formação dos recursos
143
Nesta visão uma das opções foi inserir princípios e métodos que pudessem
configurar uma universidade renovada num aspecto de abordagem sociocultural, ou
seja, a partir da inserção de problematizações que envolva a realidade sociocultural.
Portanto, essa atitude pragmática significa pensar no futuro uma universidade com
rigor de obter um saber-fazer originado de experiência e reflexões de princípios e
métodos adotados nos/pelos PPCs do Brasil, em um regime de alternância, entre
tempo-escola e tempo-comunidade, que possa gerar um exercício teoria-prática-teoria
durante a formação dos professores de matemática em curso na UNTL, tal como
144
Assim, este curso deve ser apoiado pela autorização legal pelo ministério da
educação no 2º Art. da LBE no 14/2008, quando afirma que se deve viabilizar e
oportunizar a autonomia e a responsabilidade de todos os componentes–alunos,
professores, diretores e a comunidade – para ter consciência crítica na “escolha” de
suas metas, que implicará na liberdade na construção e elaboração dos currículos e do
projeto político pedagógico institucional, voltado ao contexto sociocultural e outros
pareceres que vão pensando e construindo da melhor qualidade para a educação.
Concepção do Curso
Contextualização do Curso
A contextualização do curso será melhor discutida com base no estatuto da
universidade, que orienta sobre a finalidade de proporcionar oportunidades e
condições de desenvolvimento intelectual e cultural à sociedade; manter a visão
ampla e diversificada, visando à interação entre as comunidades interna e externa,
além de contribuir para o desenvolvimento da educação básica, tecnológica e
profissional desta instituição, conforme enunciados nos documentos legais referentes
à implantação do curso de licenciatura.
Organização Didático-Pedagógica
Objetivo Geral:
Objetivos Específicos
grupo e outras atividades lúdicas para embasar o ensino nas disciplinas pelas quais é
responsável, de modo a maximizar as aprendizagens dos licenciandos e que estes
apliquem tais estratégias de modo crítico e reflexivo junto a suas turmas.
Com base nos referenciais teóricos que fundamentaram nossa pesquisa que
organizamos o quadro anterior e, a partir dele foi possível estabelecer que o curso de
Licenciatura em Matemática terá sua abordagem didática dos conteúdos de matemática
organizado por meio de uma matriz sistematizadora que consiste em viabilizar a
construção de um conhecimento mais relacionado à práticas socioculturais, para que os
estudantes sejam estimulados a problematizar para compreender sua realidade e assim
obter subsídios necessários a operar transformações sociais necessárias à vida da sua
comunidade. Para tanto, esse conhecimento da realidade deve possibilitar a
interpretação e o estabelecimento de significados para fenômenos naturais, sociais e/ou
culturais, de modo a relacionar a matemática à realidade, tanto nos contextos científico
e escolar quanto social. Com esse tipo de abordagem no ensino de Matemática,
pretendemos viabilizar ao estudante o entendimento do sistema matemático identificado
no seu contexto da realidade, de tal forma que consiga estabelecer uma conexão com os
sistemas mais gerais relacionados a sua vida.
Essa conexão indica também novas perspectivas para o ensino e para o
aprendizado desenvolvido nas escolas do ensino fundamental e médio. Dessa forma, a
partir do sistema matemático identificado no contexto da realidade local, os estudantes
poderão construir os conhecimentos necessários à sua vida social, aprendendo a fazer
cálculos, medições, a explorar o espaço geométrico e a resolver problemas de uma
forma geral.
Para Freire (1986), os professores devem criar experiências educativas que
considerem a realidade dos alunos e seus saberes construídos cotidianamente, tendo em
160
vista uma formação cidadã que possa transformar a sua realidade. No entanto, foi
verificado que neste sentido, existe a necessidade dos currículos tanto da escola quanto
dos cursos de licenciaturas em Matemática considerarem elementos didático-
metodológicos mais adequados para possibilitar a ação-reflexão e a conscientização
sobre o contexto sociocultural dos professores e dos estudantes.
Assim, neste trabalho, partiu-se do pressuposto de que o contexto da realidade
do aluno pode servir como base para o desenvolvimento de experiências educativas
inovadoras em sala de aula, centrado em procedimentos didático-metodológicos para a
produção coletiva, a cooperação, a discussão, o diálogo e a problematização na
construção dos conhecimentos matemáticos, sempre tendo como ponto de partida as
situações do contexto social ou cultural dos envolvidos no processo educativo.
Foi, portanto, a partir de reflexões teóricas fundamentadas em D’Ambrosio e
Freire, descritas e comentadas no decorrer deste trabalho, que se estabeleceu um corpo
de sugestões concernentes a uma nova sistematização, com vistas à Reorientação
didático-pedagógica do PPC do curso de Licenciatura em Matemática do Timor-Leste
baseando-se em uma abordagem sociocultural defendida nas teorias de D’Ambrosio e
Freire. Não se trata de uma mudança estrutural, mas de se tomar uma relação
pedagógica muito próxima das proposições estabelecidas nas conexões entre o Estudo
da Realidade, a Organização do Conhecimento e a Aplicação do Conhecimento,
conforme propõe Marta Pernambuco (1994), quando sugere o uso de uma pedagogia
freireana para o ensino de Ciências, a partir de temas geradores.
Nas concepções de Pernambuco (1994) esses três momentos pedagógicos são
distintos, mas não se distinguem necessariamente no tempo. O estudo da realidade na
proposta da autora envolve um processo de investigação com o objetivo de obter as
informações necessárias à organização de um perfil da escola e da comunidade. Todas
as informações são apresentadas na forma de um dossiê que descreva a situação, o mais
próximo possível do seu contexto real, ou seja, aquela em que a escola está inserida.
Tomando a proposta da autora e concentrando como o que propõem Delizoicov;
Angotti; Pernambuco (2002), inicialmente organizamos um quadro com nossa proposta
de “Estudo da Realidade” (ER), que subsidiará a organização dos conteúdos a serem
abordados em cada disciplina em conexão realidade-matemática, a ser tomada como
procedimentos metodológicos, inseridos em um primeiro quadro que compõe a Matriz
Sistematizadora, com a identificação do ER. Em seguida, inserimos um segundo
quadro, que apresentará as conexões realidade-matemática, que apontará os modos
161
Elementos da realidade
3. Volume da montanha
Propor uma investigação sobre diversos temas da realidade local com a construção de
uma rede temática para a escolha do eixo temático mais adequado aos conhecimentos
matemáticos da disciplina. Neste exemplo, foi escolhido como eixo temático a
montanha Tatamailau.
cálculo integral e relacionar com a sua utilização como meio de produção agrícola e de
sobrevivência.
Realizar uma análise crítica sobre todas as relações estabelecidas desde o levantamento
de dados até a sistematização dos conhecimentos. Todos os aspectos deverão ser
considerados, organizados e socializados por meio de fóruns, informativos ou
seminários temáticos.
CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
CONTEXTO SOCIOCULTURAL
e as questões de análise.
Etapa 2 Possíveis reorientações de Identificação do projeto político Pedagógico
que pode discutir em dois enfoques:
Enfoque 1. Apontar a reorganização da concepção na formação inicial
nos aspetos gerais que será dirigido por perguntas
disponíveis.
Enfoque 2. Trata-se das ferramentas que vão desenvolver/discutir
durante o curso, também serão guiadas por modos de
Integração entre Teoria e Prática
FREIRE, Paulo. 2000. Pedagogia do oprimido. 29a edição [1a ed. 1970]. Rio de
Janeiro, Ed. Paz e Terra.
FREIRE, Paulo. 2001a. Ação cultural para a liberdade. 9a edição [1aed. ?]. São Paulo.
Ed. Paz e Terra.
FREIRE, Paulo. 2001b. Extensão ou comunicação? 11a edição [1a ed. 1977]. São
Paulo, Ed. Ed. Paz e Terra.
FREIRE, Paulo. 2002. Educação como prática da liberdade. 26a edição [1a ed. ????].
São Paulo. Ed. Paz e Terra.
FREIRE, Paulo. 2005. Pedagogia do Oprimido, 47a edição, Rio de Janeiro: Paz e
Terra.
FREIRE, Paulo. 2005c. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
FREIRE, Paulo. 2007. Educação e Mudança. São Paulo: Paz e Terra.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa.
37ª ed. [1ªedição 1996]. São Paulo: Paz e Terra, 2008.
FREIRE, Paulo, SHOR, Ira. 2000. Medo e ousadia – O cotidiano do professor. 8a
edição [1a ed. 1986]. Tradução de Adriana Lopez. Rio de Janeiro, Ed. Paz e Terra.
GAMBOA, Silvio Sánchez. Pesquisa em educação: métodos e epistemologias. 2. ed.
Chapecó (SC): Argos, 2012.
GAMBOA, Silvio Sánchez. Pesquisa qualitativa: superando tecnicismos e falsos
dualismos. In: Contrapontos - volume 3 - n. 3 - p. 393-405 - Itajaí, set./dez. 2003.
GARCIA, C. M. 1999. Formação de professores principiantes. In: Formação de
professores para uma mudança educativa. Porto, Porto Editora, p. 110-130.
GÓMEZ, A. P. O. O Pensamento Prático do Professor – A formação do Professor
como profissional reflexivo. IN: NÓVOA. A. (Org.) Os Professores e a sua Formação.
Lisboa: Dom Quixote, 1992.
IEEI , 2002. Relatório, a segurança de Timor- leste no contexto regional, Coordenação:
Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais IEEI , 2002.
ISAIA, Silvia Maria de Aguiar. Professor universitário no contexto de suas trajetórias
como pessoa e profissional. In: MOROSINI, Marília Costa (Org.). Professor do ensino
superior: identidade, docência e formação. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais, 2000 (p. 21-33).
KRUG, Andréa; AZEVEDO, José Clóvis de. Século XXI: Qual conhecimento? Qual
currículo?. In: SILVA, Luiz Heron da. (Org.). Século XXI: Qual conhecimento? Qual
currículo? Petrópolis: Vozes, 1999, p. 7-17.
LBE. Lei de Bases da Educação do Timor-Leste. 2008.
LEAL. F.L dos Santos, e FONTINELS. I. C. da Silva. Formação de Professores:
Discutindo alguns paradigmas, prática pedagógia e saberes necessários a docência.,
Artigo. Educação UFPI
MARCELO, C. Formação de professores: para uma mudança educativa. Porto: Porto
Editora, 1999.
MAGALHÃES, A. B. Timor Leste na Encruzilhada da Transição Indonésia.Lisboa:
Gradiva/ Fundação Mário Soares.1999
180
APÊNDICES
períodos letivos
LEGISLAÇÂ Lei n 9.394/96 da LDB, •Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de Lei n° 9.394/96 LDB; Lei n°
O DAS CNE/CEB 36/2001; 1996, que estabelece as diretrizes e bases 10.172, de 9.01.2001, que institui
DIRETRIZES Resolução CNE/CEB 1/2002 da o Plano Nacional de Educação;
CURRICULA que institui as Diretrizes
educação nacional. - Parecer CNE/CEB N° 36/2001,
RES Operacionais para a Educação
sobre Diretrizes Operacionais
Básica nas Escolas do •Parecer CNE/CES n.º 067, de 11 de
para a Educação Básica nas
Campo, CEB/CNE no Parecer março de 2003, que aprova o Referencial
Escolas do Campo; Resolução
nº 1/2006, expõe motivos e para as
CNE/CEB N°1/2002, que institui
aprova os dias considerados
DCN dos Cursos de Graduação. Diretrizes Operacionais para a
letivos para a Pedagogia da
Educação Básica nas Escolas do
Alternância dos Centros •Parecer CES/CNE n.º 261/2006, de 9 de
Campo.
Familiares de Formação por novembro de 2006, que dispõe sobre os
Alternância (CEFFA).
procedimentos a serem adotados quanto
ao conceito de hora-aula, e dá outras
providências.
•Parecer CES/CNE n.º 8/2007, de 31 de
janeiro de 2007, que dispõe sobre a carga
horária mínima e os procedimentos
relativos à integralização e duração dos
cursos de
graduação, bacharelados, na modalidade
presencial.
•Resolução CNE/CES n.º 2, de 18 de
junho de 2007, que dispõe sobre a carga
horária
mínima e os procedimentos relativos à
integralização e duração dos cursos de
graduação, bacharelados, na modalidade
presencial.
•Resolução n.º 3, de 2 de julho de 2007,
que dispõe sobre procedimentos a serem
adotados quanto ao conceito de hora-aula,
e dá outras providências.
•Resolução nº 3, de 14 de outubro de
2010, que regulamenta o art. 52 da Lei nº
9.394, de 20 de dezembro de 1996, e
dispõe sobre normas e procedimentos
para
credenciamento e recredenciamento de
universidades do sistema federal de
ensino.
•Resolução CNE/CP n.º 1, de 17 de junho
de 2004, que institui Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação
das Relações Étnico-Raciais e para o
Ensino de História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana.
PRINCÍPIOS Em relação às estratégias pedagógicas, e - Provocar os alunos a
-Ação afirmativa para repensarem, filosoficamente, o ser
TEÓRICOS E detalhando-as, o docente da Licenciatura
correção da histórica humano e a vida no campo como
METODOLÓ em Educação do Campo utilizará,
desigualdade sofrida pelas espaços e tempos de ser, de estar,
GICOS sobretudo, estratégias cooperativas e
populações do campo em de conviver, de produzir bens
lúdicas de ensino, com uma forte
185
espaços;
d) ser capaz de considerar a diversidade
do campo do ponto de vista das relações
de gênero, sexualidade, geração, questões
étnico-raciais e pessoas com necessidades
educacionais especiais.
Igualmente, o licenciado em Educação do
Campo será capaz de considerar
adversidade das experiências
educacionais e de desenvolvimento
territorial agrário que vêm sendo
desenvolvidas de forma inovadora por
movimentos sociais, organizações não
governamentais, instituições públicas,
associação de agricultores familiares,
entre outros segmentos.
ORGANIZAÇ a) Núcleo Formador = 884 A carga horária será de 3.360 horas-aula Núcleo de estudos Básicos =
ÃO h/a. em cada uma das áreas de habilitações 1.734 h;
CURRICULA b) Núcleo Específico = 1360 Núcleo de Estudos Específicos =
h/a. (Ciências da Natureza ou Matemática), 1.496
R
c) Núcleo Integrador = 884 distribuídas em 08 (oito) semestres,
h/a, sendo: 408 h/a de Práticas
Integralizando 04 (quatro) anos de curso.
Pedagógicas, 408 h/a de
Estágio Docente e 68 h/a de A carga horária total do curso em cada
TCC a ser desenvolvido de uma das áreas de habilitação será assim
forma multidisciplinar. composta:
d) Atividades Complementar
= 272 h/a de Atividades Área de habilitação em Matemática:
Acadêmico-Científico-
Culturais. a) Núcleo de Estudos Formador = 1.020
horas-aula
b) Núcleo de Estudos Específico = 1.020
horas-aula
c) Núcleo de Estudos Integrador =
1.320 horas-aula
NÚCLEO História da Educação do O objetivo do núcleo de estudos formador Apresentar os diferentes
FORMADOR Campo, Filosofia da é proporcionar ao licenciando subsídios conhecimentos construídos e
Educação, Psicologia do para a construção da formação intelectual, utilizados historicamente pela
Desenvolvimento e da visando à reafirmação da identidade humanidade com foco nos
Aprendizagem, Sociologia do cultural da comunidade do campo, métodos e nas técnicas
necessários ao conhecimento
Desenvolvimento do Campo, articulando aspectos de docência,
científico.
Linguagem e Comunicação memória e práticas educativas na
do Campo, Língua Educação do Campo como principais
Estrangeira, Agricultura elementos da formação do
Familiar e Desenvolvimento educador/licenciado.
Sustentável, Didática,
LIBRAS, Introdução à
Informática, Política e
Legislação da Educação do
Campo Organização e Gestão
da Produção no Campo,
Metodologia do Trabalho
Científico.
NÚCLEO Tem como objetivo Tem como objetivo possibilitar uma Resolução de problemas I ,
ESPECÍFICO possibilitar uma sólida sólida formação teórico-prática do Investigações matemáticas
formação teórico-prática do licenciando, por meio da oferta de I,Resolução de problemas II,
graduando, oferecendo componentes curriculares que objetivam Investigações matemáticas II ,
conteúdos curriculares o desenvolvimento de competências e Ideias fundamentais do cálculo
190
visando o desenvolvimento de habilidades para sua atuação como diferencial e integral, Modelagem
habilidades e competência professor,conforme habilitação escolhida matemática I, Tecnologias em
para a atuação como professor (Ciências da Natureza ou Matemática). educação matemática,
de Matemática no Campo Modelagem matemática
II,Geometria: espaço, forma e
medida, Etnomatemática I, Ideias
fundamentais da geometria
Currículo, Linguagem,
comunicação e educação
matemática, Laboratório de
elaboração de projetos,
Etnomatemática I, Ideias
fundamentais da álgebra
NÚCLEO Atividades de Tempo- Composto pelas seguintes atividades que - Busca o encontro com as
INTEGRADO Universidade e Tempo- ocorrem em Tempo-Escola e Tempo- comunidades do campo, seus
R Comunidade. fazeres cotidianos, suas
Comunidade:
expressões culturais, suas escolas.
- Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
-- Busca o encontro e diálogo
- Atividades Práticas Curriculares (APC) com os/as educadoras/es que
atuam em realidades semelhantes
- Estágio Curricular Supervisionado (400
e dialeticamente distintas,com o
horas / 480 horas-aula)
objetivo de assegurar visibilidade
aos avanços que acontecem de
maneira quase imperceptível e,
dessa forma, possibilitar a partilha
de saberes.
PRÁTICA Será desenvolvida em todas No Curso de Licenciatura em Educação Será desenvolvida em todas em
PEDAGÓGIC em todos períodos letivos de em Campo, as APCs terão duração de todos períodos letivos de
A disciplinas curriculares em disciplinas curriculares em regime
480 horas-aula (400 horas). Essas
regime de Tempo- de Tempo-Universidade e
atividades podem envolver:
Universidade e Tempo- Tempo-Comunidade, é
Comunidade, é constituída da a) produção de recursos pedagógicos; constituída da construção da
construção da memória memória docente.
b) elaboração de projetos de ensino;
docente.
c) participação em movimentos de
cidadania;
d) vivências lúdicas e artísticas;
e) diálogos com outros campos de saber e
diferentes modos de conhecimento;
f) atividades de investigação.
ESTÁGIO Em todas em todos os Os momentos do estágio se organizam em - ESTÁGIO OBRIGATÓRIO I
DOCENTE períodos letivos de disciplinas atividades curriculares. Ao longo dos com carga horária de 204 horas
curriculares durante o Tempo- períodos em que o licenciando
Comunidade em instituições desenvolverá suas atividades no campo - ESTÁGIO OBRIGATÓRIO II
de ensino público: municipais de estágio, ele contará com uma carga com carga horária de 204 horas
e estaduais, escolas horária de 120 h/a semestrais, totalizando
comunitárias e em instituições 480 h/a. Pensando o estágio
não formais de ensino supervisionado como forma de troca de
localizadas no campo. experiências, de serviços, de
possibilidades entre os diferentes atores
que trabalham com a formação docente
na Universidade e também entre esta e as
demais instituições que se constituirão em
campo de estágio.
ATIVIDADE Serão constituídas de As Atividades Acadêmico Científico - Articulação entre história,
191
S atividades complementares Culturais (AACC) estão previstas nas conceitos, tendências, concepções
COMPLEME curriculares e e características do ensino em
Resoluções CNE/CP n.° 2/2002 e
NTARES extracurriculares que poderão diferentes contextos
CNE/CES n.° 2/2007 do Conselho
ser desenvolvidas na socioculturais. Estudo das
Nacional de Educação e, no âmbito da
dinâmica do Tempo- manifestações e das expressões
UFTM, na Resolução n.º 15/2014,
Universidade e Tempo- culturais por meio do diálogo da
constituindo uma oportunidade de
Comunidade pedagogia com as múltiplas
enriquecimento de currículo e uma
linguagens.
complementação na formação dos
acadêmicos do Curso de Licenciatura em
Educação do Campo. As AACC
constituem um espaço privilegiado de
exercício de autonomia para que o
licenciando componha seu currículo,
incentivando e valorizando sua
participação e integração na vida
acadêmica(representação estudantil,
pesquisa, extensão e ensino), científica e
cultural, de modo a possibilitar a
construção de conhecimento e o
desenvolvimento de atitudes necessárias à
formação do profissional crítico e
reflexivo.
O cumprimento da carga horária exigida
para as AACC será orientado pelos
docentes responsáveis pelas disciplinas
Seminários Integradores.
O elenco das AACC encontra-se divido
da seguinte maneira, conforme
Regulamento Interno de AACC:
a) Atividades de Ensino, Pesquisa,
Extensão e Representação Estudantil
b) Atividades de Caráter Científico e de
Divulgação-Científica
c) Atividades de Caráter Artístico e
Cultural
TEMPO Será constituído de 8 h/a No TE, os licenciandos permanecem em Realiza-se mensalmente nas
UNIVERSID diárias de trabalhos espaços diversos da Universidade dependências da
ADE acadêmicos privilegiando os Universitária/Campo Grande, será
Federal do Triângulo Mineiro ou de
componentes curriculares da priorizado o enfoque teórico na
parceiros (salas de aula, laboratórios,
Formação do educando busca da apreensão e na
anfiteatros,etc.) em regime integral, de
durante cada etapa. construção de conceitos que
segunda a sexta feira e, caso haja
possibilitem a compreensão da
necessidade, também aos sábados, para
formação da sociedade brasileira,
que sejam trabalhados os componentes
tendo como premissa as temáticas
curriculares específicos de cada disciplina
relacionadas ao campo e suas
prevista para as habilitações disponíveis
históricas lutas.
do curso.
TEMPO Será desenvolvido nas No TC os licenciandos retornam às suas Realiza em comunidades e em
COMUNIDA comunidades de origem dos comunidades de origem para que as escolas do campo, com orientação
DE alunos e nas escolas do discussões fomentadas no TE possam e acompanhamento permanente,
Campo. originar inquietações e fornecer subsídios mas com presença temporária dos
para ações, discussões e problematizações professores do curso, serão
que venham contribuir para um melhor utilizados os instrumentos
conhecimento da comunidade. Ademais, próprios da Pedagogia da
outras tarefas poderão ser desenvolvidas Alternância.
como complemento daquilo que foi
incialmente trabalhado no TE, ficando a
192
Anexos
Programa Linear 3
VI Teoria dos Números 3
Metodologia da Investigação da Educação Matemática 3
Análise Vetorial 3
Total 21
Estágio Pedagógico (EP) 2
Análise das Variáveis Reais 3
40 Análise Complexo 3
VII Introdução de Topologia 3
A Seminário de Matemática 2
N Programação de Computadores 3
O Total 16
VIII Estágio dos Serviços sociais (ESS) 3
Tese 6
Total 9
*Totais dos créditos ( 1º ano + 2º ano +3o ano +4º ano ) 156
Fonte: Universidade Nacional Timor Lorosa`e, 2008
*Cada crédito corresponde a 15 horas – aulas
195
Biodiversidade 68
Prática Pedagógica I 51
TOTAL 391
Introdução à Informática 68
Filosofia da Educação 68
Panorama da Lit. Ocidental 68
Matemática Básica II 68
2º SEMESTRE Ed. Em Ciên. E Tecnologia 68
Prática Pedagógica II 51
TOTAL 391
4º SEMESTRE Cálculo I 68
Construções Geométricas 68
Prática Pedagógica IV 51
Estágio Docente I 68
TOTAL 459
LIBRAS 68
Cálculo IV 68
Física Fundamental III 68
Evolução da Matemática 68
7º SEMESTRE Prática Pedagógica VII 51
Estágio Docente IV 85
TOTAL 408
3.332
Fonte: Projetos Pedagógico do Curso.
3. Fundamentos da Linguagem
Ementa: As teorias de matriz linguística e sua influência sobre os estudos de
comunicação. Problemas fundamentais da linguística de Saussure: a natureza social da
linguagem; linguagem e inconsciente; língua e fala. A influência da linguística
saussureana nas Ciências Sociais: o estruturalismo. Do estudo da linguagem ao estudo
dos signos: a semiologia.
4. Matemática Básica I
Ementa: Resolução de problemas elementares abordando os conteúdos do ensino
médio, com apresentações orais pelos alunos. Utilização dos recursos da biblioteca.
Utilização de aplicativos computacionais.
5. Biodiversidade
Ementa: Os grandes grupos de seres vivos. Vírus, reinos: monera, protista, fungi,
animalia e plantae. (Caracterização e importância econômica, médica e ecológica).
Classificação e nomenclatura biológica. Fisiologia animal e vegetal comparada.
6. Prática Pedagógica I
Ementa: Espaço interdisciplinar com vistas a articulação entre a realidade vivenciada
pelo aluno e a prática pedagógica das escolas. Análise global e crítica da realidade
educacional.
2º SEMESTRE
1.Introdução à Informática
Ementa: utilização do computador como ferramenta educativa. Estudo teórico-prático
dos recursos computacionais aplicados na educação (aplicativos, internet;.multimídia e
outros). Computador como recurso tecnológico no processo de ensino aprendizagem.
2.Filosofia da Educação
Ementa: O conhecimento: possibilidade, origem, essência e o critério de verdade.
Fundamentos Filosóficos da Educação: racionalismo, empirismo, idealismo,
fenomenologia, existencialismo, positivismo e marxismo. O campo como objeto
epistemológico e problematizador da realidade rural brasileira.
Análise de obra de autores representativos dos principais estilos de época das grandes
literaturas.
4. Matemática Básica II
Ementa: Resolução de problemas elementares em Geometria elementar abordando os
conteúdos do ensino médio, com apresentações orais pelos alunos. Utilização dos
recursos da biblioteca. Utilização de aplicativos computacionais.
6. Prática Pedagógica II
Ementa: Espaço interdisciplinar com vistas a articulação entre a realidade vivenciada
pelo aluno e a prática pedagógica das escolas. Análise global e crítica da realidade
educacional.
3º SEMESTRE
1.Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem.
Ementa: objeto e método de estudo da psicologia do desenvolvimento e da
aprendizagem. Características e determinantes do desenvolvimento durante a infância e
adolescência. Fenômenos básicos da aprendizagem simples e complexa. Aprendizagem
verbal e social. Relação ensino-aprendizagem
4º SEMESTRE
1.Ling. e Comunic. do Campo
Ementa: Comunicação e sociedade; Linguagem: pensamento, conhecimento e cultura
do homem do campo; Comunicação do campo, cultura popular e o imaginário
amazônico; Concepções, funções e as múltiplas dimensões da linguagem; O papel da
linguagem verbal na comunicação do campo: manifestações orais e escritas; As diversas
linguagens na produção de mensagens para o meio rural; A língua como mecanismo de
transmissão da cultura ancestral; O signo ideológico no discurso. Relação com Outras
Áreas. A disciplina considera a interdisciplinaridade principalmente com a Literatura e
as Estéticas da Arte, além da contribuição oriunda da Antropologia;
3.Geometria Analítica
Ementa: Sistemas lineares. Vetores, operações. Bases e sistemas de coordenadas.
Distância, norma e ângulo. Produtos escalar e vetorial. Retas no plano e no espaço.
Planos. Posições relativas, interseções, distâncias e ângulos. Círculo e esfera.
Coordenadas polares, cilíndricas e esféricas. Seções cônicas, classificação. Introdução
às quádricas
4. Cálculo I
Ementa: Limite e Continuidade. Derivada. Regras de Derivação. Derivada das funções
elementares. Primitivas. 1° Teorema fundamental do cálculo. Técnicas de Primitivação.
Aplicações da derivada.
5. Construções Geométricas
Ementa: Construções elementares. Expressões algébricas. Áreas. Construções
aproximadas. Transformações geométricas. Construções com régua e compasso.
6. Prática Pedagógica IV
Ementa: Espaço interdisciplinar com vistas a articulação entre a realidade vivenciada
pelo aluno e a prática pedagógica das escolas. Análise global e crítica da realidade
educacional.
7. Estágio Docente I
Ementa: Desenvolvimento de estágio junto as escolas de ensino fundamental (séries
finais) e ensino médio, direcionado a vivência docente e para a gestão e organização no
trabalho pedagógico.
200
5º SEMESTRE
1.Agricultura Familiar. e Desenvolvimento. Sustentável.
Ementa: Redes Sociais e Econômicas Locais. Conhecer conceitos acumulados pelas
Ciências Sociais sobre a problemática da Agricultura Familiar a fim de interpretar
processos socioculturais observados nas situações concretas. Integrar conteúdos de
várias áreas do conhecimento na perspectiva da pesquisa e desenvolvimento que
buscam compreender e intervir nos processos sociais com fundamentação técnico-
científica.
3.Cálculo II
Ementa: Cálculo de área e integral de Riemann. Técnicas de Integração. 2° Teorema
fundamental do Cálculo. Aplicações da Integral Definida. Integrais impróprias. Curvas
no 2 e no 3. . Representação paramétrica. Limite, derivada e integral de curvas.
Comprimento de curva.
6.Prática Pedagógica V
Ementa: Espaço interdisciplinar com vistas a articulação entre a realidade vivenciada
pelo aluno e a prática pedagógica das escolas. Análise global e crítica da realidade
educacional.
7.Estágio Docente II
Ementa: Desenvolvimento de estágio junto as escolas de ensino fundamental (séries
finais) e ensino médio, direcionado a vivência docente e para a gestão e organização no
trabalho pedagógico.
6º SEMESTRE
1. Didática e Formação Docente
Ementa: Conceituação e caracterização ao longo de seu desenvolvimento. O processo
de ensino e aprendizagem. O professor e as relações professor-aluno. A estruturação do
trabalho docente: planejamento e a relação teoria — prática na formação do professor,
201
2. Cálculo III
Ementa: Conjuntos abertos, fechados, conexos por poligonais em R2 e R3. Funções de
duas ou mais variáveis, limite e continuidade. Derivadas parciais. Funções
Diferenciáveis. Regra da Cadeia. Gradiente e Derivada Diferencial. Máximos e
Mínimos.
5. Prática Pedagógica VI
Ementa: Espaço interdisciplinar com vistas a articulação entre a realidade vivenciada
pelo aluno e a prática pedagógica das escolas. Análise global e crítica da realidade
educacional.
2. Cálculo IV
Ementa: Integrais Duplas. Mudança de Variáveis na Integral Dupla. Integrais Triplas.
Integrais de Linha. Integrais de Superfície. Aplicações.
4. Evolução da Matemática
Ementa: Os matemáticos da Babilônia. Os matemáticos gregos antes de Euclides. A
construção do pentágono regular. Arquimedes. O método de Ptolomeu. As tábuas
202
6. Estágio Docente IV
Ementa: Desenvolvimento de estágio junto as escolas de ensino fundamental (séries
finais) e ensino médio, direcionado a vivência docente e para a gestão e organização no
trabalho pedagógico.
8º SEMESTRE
1. Política e Legislação da Educação. do Campo
Ementa: Políticas públicas de educação do Campo. As políticas públicas para formação
de profissionais de educação do campo. Políticas públicas para a Educação Básica:
transporte, financiamento, livro didático, merenda, censo escolar. A Legislação e o
contexto do Ensino Fundamental e Médio no Brasil e no Estado do Pará.
2. Cálculo Numérico
Ementa: Cálculo aproximado de raízes de equações algébricas e equações
transcendentes. Resolução de sistemas lineares. Interpolação. Integração numérica.
4. Álgebra I
Ementa: Introdução à teoria de grupos, de anéis, de corpos. Tópicos da história da
álgebra
6. Estágio Docente V
Ementa: Desenvolvimento de estágio junto as escolas de ensino fundamental (séries
finais) e ensino médio, direcionado a vivência docente e para a gestão e organização no
trabalho pedagógico
203
Subtotal 595
Módulo 7:
Resolução de problemas I 102
Investigações matemáticas I 102
Resolução de problemas II 102
Formação
Investigações matemáticas II 102
Específico
Ideias fundamentais do cálculo diferencial e integral 102
Modelagem matemática I 102
Tecnologias em educação matemática 102
Modelagem matemática II 102
Geometria: espaço, forma e medida 102
Etnomatemática I 102
Idéias fundamentais da geometria 102
Currículo 68
Laboratório de elaboração de projetos 102
Etnomatemática II 102
Ideias fundamentais da álgebra 102
Subtotal 1.564
204
Semestre Disciplina CH
Subtotal 493
Subtotal 476
5º Etnomatemática I 102
Currículo 68
Subtotal 340
Etnomatemática II 102
Subtotal 374
Subtotal 340
Subtotal 238
Total 3230
3. Resolução de problemas I
Ementa:Estudo da metodologia da resolução de problemas. Aplicação da metodologia de resolução
de problemas nos eixos: números e operações, álgebra, espaço e forma e tratamento da informação.
4. Investigações matemáticas I
Ementa: Estudo da metodologia de investigações matemáticas. Aplicação da metodologia de
investigações matemáticas nos eixos: números e operações, álgebra, espaço e forma e tratamento da
informação
2º semestre
1. Educação do campo no Brasil e no Mato Grosso do Sul
Ementa: Educação do campo x educação rural. Contextos, avanços, retrocessos, exigências, limites,
possibilidades da educação do/no campo. Escolas do/no campo. Formação de professores/as.
Pronacampo. Contexto histórico e contexto atual do campo em Mato Grosso do Sul. Redes de ensino
(estaduais e municipais). Avanços e retrocessos. Experiências
2. Resolução de problemas II
Ementa: Estudo da metodologia da resolução de problemas. Aplicação da Metodologia de
Resolução de Problemas nos conteúdos e/ou temáticas: funções, progressões e matemática
financeira.
3. Investigações matemáticas II
Ementa: Estudo da metodologia da resolução de problemas. Aplicação da Metodologia de
Investigações Matemáticas nos conteúdos e/ou temáticas: funções, progressões e matemática
financeira.
3º semestre
1. Ideias fundamentais do cálculo diferencial e integral
Ementa: Limite, continuidade derivada e integral de funções de uma variável.
2.Modelagem matemática I
Ementa: Estudo da metodologia de modelagem matemática em sala de aula. Análise e elaboração
de modelos matemáticos envolvendo conteúdos da educação básica e suas relações com educação do
campo.
4º semestre
1.Tecnologias em educação matemática
Ementa: Estudo das potencialidades da utilização das tecnologias em educação matemática.
Recursos audiovisuais, Instrumentos de medida e agrimensura, calculadora e softwares.
2.Modelagem matemática II
Ementa: Utilização dos conteúdos e métodos do cálculo diferencial e integral na elaboração e
estudo de modelos matemáticos: otimização, área e volume.
3. Currículo
Ementa: Teorias curriculares. organização curricular. articulação e desenvolvimento dos conteúdos
na educação básica. Estudo de políticas públicas curriculares. Estudos Culturais.
6º semestre
1. Laboratório de elaboração de projetos
Ementa: Estudo e elaboração de projetos interdisciplinares voltados para as demandas do campo.
Construção de repertórios de casos voltados as demandas do campo. Estudo e elaboração de material
didático para sala de aula de matemática.
2. Etnomatemática II
Ementa: Investigação orientada e sistematização de práticas matemáticas de grupos culturais.
210
7º semestre
1.Estágio obrigatório I: anos finais do ensino fundamental
Ementa: anos finais do Ensino Fundamental (constituirá parte do sétimo período de formação, com
carga horária de 204 horas. Revisão e construção de conceitos e de concepções de docência no
contexto dos anos finais do Ensino Fundamental das escolas do campo, verificando os aspectos do
pensar, viver e refletir as ações realizadas em um processo ativo e participativo, buscando, não
apenas as constatações, mas os questionamentos que podem nos remeter à problematização e à
pesquisa. Possibilitar experiências vividas (W. Benjamin, 1980) como processo de reencontro com a
trajetória de estudos, na busca da compreensão de que nos constituímos adultos e profissionais, mas
não deixamos de ser alunos/as. Compreensão das culturas e dos saberes do campo em diálogo com
as culturas e os saberes escolares, na construção de processos pelos quais as pessoas se constituem
sujeitos de suas aprendizagens e protagonistas sociais. Expandir os conhecimentos sobre Educação
do Campo para compreender as instituições educativas em seus processos históricos, políticos,
sociais, culturais e pedagógicos. Oportunizar situações problemas para que o/a aluno/a possa analisar
a teoria e a prática, articuladas no contexto pedagógico com vista à construção da práxis que
transforma.
8º semestre
1.Estágio obrigatório II: ensino médio
Ementa: Ensino Médio (constituirá parte do último período de formação, com carga horária de 204
horas. Revisão e construção de conceitos e de concepções de docência no contexto das escolas do
campo, verificando os aspectos do pensar, viver e refletir as ações realizadas em um processo ativo e
participativo, buscando, não apenas as constatações, mas os questionamentos que podem nos remeter
à problematização e à pesquisa. Expandir os conhecimentos sobre Educação do Campo para
compreender as instituições educativas em seus processos históricos, políticos, sociais, culturais e
pedagógicos. Oportunizar situações problemas para que o/a aluno/a possa analisar a teoria e a
prática, articuladas no contexto pedagógico com vista à construção da práxis que transforma.
Articular os saberes científicos e os saberes da terra na perspectiva de consolidar conhecimentos
necessários para a construção de vida no campo.
211
1º SEMESTRE
Horas-aula Pré-requisito
Componente Curricular Teó Prátic AD AP To tal Cré TE TC
a C
rica
Arte, Cultura Popular e a 15 15 30 15 75 5 - 30 45
Educação das Relações
Étnico-raciais e Indígenas
Leitura e Escrita de Textos 15 15 30 - 60 4 30 30
Introdução às Tecnologias 15 15 - - 30 2 30 0
Digitais
Campos Numéricos 30 30 30 - 90 6 60 30
Educação de Jovens e 15 15 - 15 45 3 30 15
Adultos
Saúde, Sexo e Reprodução 15 15 - 15 45 3 30 15
Seminário Integrador I - 30 - - 30 2 30 0
Subtotal 105 135 90 45 375 25 240 135
2º SEMESTRE
Componente Curricular Horas-aula Pré-requisito
Teó Prátic AD AP To tal Cré TE TC
a C
rica
Metodologia da Pesquisa 15 - 15 - 30 2 15 15
Científica e Elaboração de
Projetos
Psicologia da Educação e 30 15 15 60 4 45 15
Desenvolvimento
Teorias da Educação 30 15 15 60 4 45 15
Tecnologias de Informação 15 15 - 30 3 30 15
e Comunicação Aplicadas à
Educação
Educação do Campo, 15 15 - 30 2 30 0
Diversidade Linguística e
Cultural
Funções e suas Aplicações 45 15 30 90 6 60 30
no Campo Agrário
213
Seminário Integrador II - 30 - 30 2 30 0
Subtotal 150 105 75 15 345 23 255 60
3º SEMESTRE
Componente Curricular Horas-aula Pré-requisito
Teó Prátic AD AP To tal Cré TE TC
a C
rica
Questão Social e Realidade 15 - 15 - 30 2
Local e Regional
Estratégias de Avaliação 15 15 - - 30 2 30 0
Sociologia da Educação 15 15 - - 30 2 30 0
Informática na Educação 30 15 15 15 75 5 45 30
Matemática
Sistemas Lineares 30 15 15 15 75 5 45 30
Introdução à Física 30 15 15 15 75 5 45 30
Seminário Integrador III - 30 - - 30 2 30 0
Subtotal 135 105 60 45 345 23 240 105
4º SEMESTRE
Componente Curricular Horas-aula Pré-requisito
Teó Prátic AD AP To tal Cré TE TC
a C
rica
Mídia e Educação 15 30 15 60 4 45 15
Espaços Educativos não 15 - 15 30 2 15 15
Formais e Movimento Rural
Geometria Analítica 45 30 15 15 105 7 75 30
Trigonometria e Números 30 15 15 15 75 5 45 30
Complexos
Pesquisa e Ensino- 30 15 - 60 105 7 45 60
Aprendizagem da
Matemática I
Seminário Integrador IV - 30 - 30 2 30 0
Subtotal 135 120 60 90 405 27 255 150
5º SEMESTRE
Componente Curricular Horas-aula Pré-requisito
Teó Prátic AD AP To tal Cré TE TC
a C
rica
214
Educação Ambiental 15 15 - - 30 2 30 0
Introdução à Teoria dos 30 15 15 15 75 5 45 30
Números
Geometria Plana 45 15 15 15 90 6 60 30
15 90 15 - 120 8 Máximo de 5 115
duas
disciplinas do
Estágio Curricular 1º, 2º, 3º e 4º
Supervisionado I semestres não
concluídas
Pesquisa e Ensino- 30 15 - 60 105 7 45 60
Aprendizagem da
Matemática II
Seminário Integrador V - 30 - - 30 2 30 0
Subtotal 135 180 45 90 450 30 215 235
6º SEMESTRE
Componente Curricular Horas-aula Pré-requisito
Teó Prátic AD AP To tal Cré TE TC
a C
rica
Agricultura Familiar e 15 15 - - 30 2 30 0
Sustentabilidade Ambiental
Geometria Espacial 45 15 15 15 90 6 60 30
Polinômios e Princípios de 45 15 - 15 75 5 60 15
Contagem
Estágio Curricular 15 90 15 - 120 8 Estágio 5 115
Curricular
Supervisionado II
Supervisionad
oI
Pesquisa e Ensino- 30 15 - 60 105 7 45 60
Aprendizagem da
Matemática III
Seminário Integrador VI - 30 - - 30 2 30 0
SubTotal 150 180 30 90 450 30 230 220
7º SEMESTRE
Componente Curricular Horas-aula Pré-requisito
Teó Prátic AD AP To tal Cré TE TC
a C
rica
215
História e Filosofia da 15 15 - - 30 2 30 0
Educação
Cálculo e Funções de uma 45 15 30 15 105 7 60 45
variável
Probabilidade e Estatística 45 15 15 15 90 6 60 30
Estágio Curricular 15 90 15 - 120 8 Estágio 5 115
Supervisionado III Curricular
Supervisionad
o II
Pesquisa e Ensino- 30 15 - 60 105 7 45 60
Aprendizagem da
Matemática IV
Trabalho de Conclusão de 15 45 - - 60 4 Máximo de 2 15 45
Curso I disciplinas do
1º ao 6º
semestre não
concluídas
Seminário Integrador VII - 30 - - 30 2 30 0
Subtotal 165 225 60 90 540 36 245 295
8º SEMESTRE
Componente Curricular Horas-aula Pré-requisito
Teó Prátic AD AP To tal Cré TE TC
a C
rica
Políticas e Legislação da 15 15 - - 30 2 30 0
Educação Brasileira
Educação Inclusiva e 30 30 - - 60 4 60 0
Língua Brasileira de Sinais
Matemática Financeira 30 30 15 15 90 6 60 30
Aplicada ao Contexto do
Campo
Trabalho de Conclusão de 15 105 - - 120 8 Trabalho de 15 105
Curso II Conclusão de
Curso I
Estágio Curricular 30 75 15 - 120 8 Estágio 20 100
Supervisionado IV Curricular
Supervisionado
III
Seminário Integrador VIII 30 - - 2 30 0
216
4. Campos Numéricos
Ementa: Introdução aos conjuntos numéricos. Expressões Algébricas. Relação entre
grandezas.
7.Seminário Integrador I
Ementa: As AACC serão desenvolvidas em Seminários Integradores, propostos em
todos os semestres, com o objetivo de apresentação de resultados e discussões sobre as
produções acadêmicas das disciplinas curriculares, assim como das pesquisas realizadas
no decorrer do curso, dentro de uma perspectiva colaborativa de problematização
reflexão e intervenção. Será incentivada a apresentação de seminários por pesquisadores
e/ou professores com atividades relevantes em Educação do Campo.
7. Seminário Integrador II
Ementa: As AACC serão desenvolvidas em Seminários Integradores, propostos em
todos os semestres, com o objetivo de apresentação de resultados e discussões sobre as
produções acadêmicas das disciplinas curriculares, assim como das pesquisas realizadas
no decorrer do curso, dentro de uma perspectiva colaborativa de problematização
reflexão e intervenção. Será incentivada a apresentação de seminários por pesquisadores
e/ou professores com atividades relevantes em Educação do Campo.
3º semestre
Disciplinas comuns às áreas de habilitação em Ciências da Natureza e Matemática
1.Sociologia da Educação
Ementa: Os fundamentos da Sociologia da Educação: conceitos e modelos. A educação
como fato social, processo social e reprodução de estruturas sociais. Análise macros
sociológica e processos micros sociais: para melhor compreender a educação do campo.
A escola como reprodutora das desigualdades sociais e a desigualdade de oportunidades
educacionais. Formas de seleção e organização dos conhecimentos escolares. Conexões
entre processos culturais e educação. Questões atuais que envolvem a relação educação
e sociedade. Os códigos linguísticos e o sucesso/fracasso escolar.
3. Estratégias de Avaliação
Ementa: Avaliação de aprendizagem (conceitos, princípios, tipos, funções e critérios).
Estratégias e processos de avaliação no ensino fundamental e médio. Teorias e práticas
avaliativas e mecanismos de exclusão: repetência, reprovação e evasão. Análise das
experiências vivenciadas na escola na área de avaliação do processo de ensino-
aprendizagem.
5. Introdução à Física
Ementa:Discutir assuntos sobre o que a Física estuda e sua epistemologia. Discutir a
Natureza da Ciência. Abordar princípios de medidas na Física e uso de equipamentos.
Introduzir conhecimentos básicos de Astronomia: translação e rotação da Terra,
estações do ano, fases da Lua e observação do Céu. Serão desenvolvidos trabalhos
laboratoriais e experimentais pelos estudantes de modo a usarem em termos práticos a
instrumentação em Física. Preparação, execução e avaliação de experiências de prática
de ensino nos conteúdos de Física do Ensino Básico. Utilização dos recursos da
biblioteca e de ferramentas e aplicativos computacionais do LabFis (Laboratório de
Ensino de Física da UFTM).
7. Sistemas Lineares
Ementa:Matrizes. Determinantes. Sistemas lineares. Aplicações.
4º semestre
Disciplinas comuns às áreas de habilitação em Ciências da Natureza e Matemática
1.Mídia e Educação
Ementa: Análise do contexto socioeducativo da televisão e do vídeo. Abordagem dos
conceitos básicos sobre a linguagem utilizada na televisão. Exploração e análise das
marcas patêmicas usadas em programas de ciências. Noções básicas sobre os aspectos
tecnológicos da produção de um vídeo educativo. A construção de cenários televisivos.
Produção e edição de vídeos.
3. Seminário Integrador IV
Ementa: As AACC serão desenvolvidas em Seminários Integradores, propostos em
todos os semestres, com o objetivo de apresentação de resultados e discussões sobre as
produções acadêmicas das disciplinas curriculares, assim como das pesquisas realizadas
no decorrer do curso, dentro de uma perspectiva colaborativa de problematização
reflexão e intervenção. Será incentivada a apresentação de seminários por pesquisadores
e/ou professores com atividades relevantes em Educação do Campo.
5. Geometria Analítica
220
5º semestre
Disciplinas comuns às áreas de habilitação em Ciências da Natureza e Matemática
1.Educação Ambiental
Ementa: Crise ambiental no início do século XXI. Propostas para superação da crise:
desenvolvimento sustentável e educação ambiental. A Legislação de educação
ambiental na política educacional. A educação ambiental na escola e na sociedade.
2. Seminário Integrador V
Ementa: As AACC serão desenvolvidas em Seminários Integradores, propostos em
todos os
semestres, com o objetivo de apresentação de resultados e discussões sobre as
produções acadêmicas das disciplinas curriculares, assim como das pesquisas realizadas
no decorrer do curso, dentro de uma perspectiva colaborativa de problematização
reflexão e intervenção. Será incentivada a apresentação de seminários por pesquisadores
e/ou professores com atividades relevantes em Educação do Campo.
6º semestre
Disciplinas comuns às áreas de habilitação em Ciências da Natureza e Matemática
1.Agricultura Familiar e Sustentabilidade Ambiental
Ementa: Redes sociais e econômicas locais. Estudo sistemático e crítico das
abordagens e construções teóricas a respeito da “Agricultura Familiar”, bem como suas
problematizações conceituais. A importância histórica e contemporânea da produção
familiar na agricultura. A emergência da noção de “sustentabilidade”, sua moldura
teórica e implicações empíricas. A relação entre sustentabilidade e sistemas de produção
agrícolas familiares, suas articulações, convergências, impasses e limites. Os elementos
e estratégias para uma agricultura familiar sustentável no mundo agrário
contemporâneo. O estudo da agricultura familiar no Cerrado. Integração de conteúdos
de várias áreas do conhecimento na perspectiva da pesquisa e do desenvolvimento que
busca compreender e intervir nos processos sociais com fundamentação técnico
científica.
2. Seminário Integrador VI
Ementa: As AACC serão desenvolvidas em Seminários Integradores, propostos em
todos os semestres, com o objetivo de apresentação de resultados e discussões sobre as
produções acadêmicas das disciplinas curriculares, assim como das pesquisas realizadas
no decorrer do curso, dentro de uma perspectiva colaborativa de problematização
reflexão e intervenção. Será incentivada a apresentação de seminários por pesquisadores
e/ou professores com atividades relevantes em Educação do Campo.
4. Geometria Espacial
Ementa: Conceitos primitivos e postulados. Paralelismo e perpendicularidade de retas e
planos no espaço. Poliedros convexos. Prisma. Cilindro. Pirâmide. Cone. Esfera.
7º semestre
Disciplinas comuns às áreas de habilitação em Ciências da Natureza e Matemática
1.Trabalho de Conclusão de Curso I
Ementa: O que é um TCC. Regras a seguir no desenvolvimento de pesquisa. Normas
ABNT. A escolha do tema de pesquisa: definição da pergunta de partida. Escolhas
metodológicas para o desenvolvimento de trabalhos de pesquisa.
8º semestre
Disciplinas comuns às áreas de habilitação em Ciências da Natureza e Matemática
1. Políticas e Legislação da Educação Brasileira
Ementa: A Educação na Constituição Federal e a Legislação de Educação no Brasil. A
Legislação Brasileira e a Educação do Campo. Políticas públicas de educação do
campo. As políticas públicas para formação de profissionais de educação do campo.
Políticas públicas para a Educação Básica: transporte, financiamento, livro didático,
merenda, censo escolar. A Legislação e o contexto do Ensino Fundamental e Médio no
Brasil e no estado de Minas Gerais.