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O retorno a democracia após o estado novo

O caminho do Brasil rumo à democracia, após quinze anos de Getúlio Vargas, não foi
uma dádiva do Estado Novo, mas uma conquista da sociedade. Não se fez por decreto, m
as pela atuação das elites, dentro e fora do governo, as quais, a duras penas, foram
cortando o cipoal de regras e proibições criado pela ditadura, e construíram uma tril
ha que permitiu chegar, com segurança, às eleições gerais.
Fatores externos contribuíram para a formação de um consenso entre civis e milita
res sobre a necessidade da abertura política. O Brasil estivera em guerra contra o
fascismo e o nazismo desde 1942 e, em 1944, a Força Expedicionária Brasileira parti
u para a Itália, a fim de defender as democracias confiscadas pelas ditaduras nazi
-fascistas aos países do velho mundo.
Lutando pela democracia, centenas de pracinhas morreram longe de sua pátria e
, os que voltaram, trouxeram dos campos de batalha seqüelas que os acompanhariam p
elo resto de suas vidas. Tudo para, de volta ao Brasil, encontrar aqui, ainda em
pleno funcionamento, uma ditadura igual às que foram combater lá fora.
O impacto provocado por essa disparidade, se foi grande entre os pracinhas
que, terminada a missão, tiraram a farda e voltaram à atividade civil, maior ainda s
e tornou no espírito dos oficiais, que permaneciam nas atividades de caserna, dand
o retaguarda ao Estado Novo.
Assim, era natural que os militares, tal como os civis, se engajassem na lu
ta pela restauração das liberdades no país, dando ao Brasil condições de participar da Con
ferência de Paz, de cabeça erguida, par a par com as demais democracias ocidentais.
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A constituição de 1946
Após a deposição de Getúlio Vargas do cargo de presidente, o cenário político nacional se r
articulou com a consolidação de uma nova constituição. Em 1945, após as eleições presidenci
que elegeram Eurico Gaspar Dutra, uma nova constituinte foi organizada com a el
eição de deputados e senadores. No ano seguinte, diversas figuras políticas foram esco
lhidas para criar uma nova carta que indicava os novos rumos a serem tomados pel
o país.
Tendo como pano de fundo a decadência dos regimes totalitaristas europeus, essa no
va constituinte visava dar fim aos instrumentos repressivos criados durante o Es
tado Novo. Para comprovar sua natureza democrática, podemos ainda assinalar a plur
alidade de partidos e correntes ideológicas representadas nesta nova assembléia. Con
tabilizando ao todo, nove legendas partidárias integraram o espaço de discussão dedica
do à produção da nova Carta.
Visando instituir ações de caráter liberal e democrático, os políticos que integraram a co
nstituinte tiveram grande preocupação em delimitar o raio de ação de cada um dos poderes
. Na verdade, tal prioridade refletia os vários anos em que Vargas ampliou as atri
buições do Poder Executivo para controlar diversas ações do Estado. Além disso, o mandato
presidencial foi estabelecido em cinco anos e foi mantida a proibição da reeleição para
cargos do Executivo.
Na esfera municipal e estadual, o princípio federalista foi prestigiado com a devo
lução da autonomia política anteriormente concedida. No campo administrativo e econômico
, o governo deveria pedir a consulta do Congresso Nacional para que qualquer tip
o de medida fosse aprovado. No tocante às questões trabalhistas, a nova constituição pre
servou o princípio cooperativista dos órgãos sindicais ao resguardar alguns mecanismos
de controle do Estado sobre esse tipo de organização.
Com relação à organização do processo eleitoral, a Constituição de 1946 aboliu as bancadas
fissionais criadas por Getúlio Vargas e ampliou a participação do voto feminino, antes
restrito às mulheres com cargo público remunerado. A distribuição das cadeiras na Câmara
dos Deputados também foi modificada com o aumento de vagas para os Estados conside
rados de menor expressão. Apesar de manter o pluripartidarismo, o Governo Dutra fe
riu a carta com a cassação do PCB.
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O governo do marechal gaspor dutra
Conta-se que, tal qual o gênio da lâmpada, Eurico Gaspar Dutra concede à sua esposa, C
armela Leite Dutra (Dona Santinha) o direito a três desejos, que lhe serão atendidos
. Católica, devota, ligada à ala mais conservadora da Igreja, Dona Santinha pede: pr
imeiro, o fechamento de todos os cassinos e a proibição dos jogos de azar; segundo,
a extinção do Partido Comunista Brasileiro; terceiro, a construção de uma capela no Paláci
o Guanabara, residência oficial do Presidente e sua família.
O primeiro desejo é o mais fácil de se realizar. A 30 de abril de 1946, três mese
s após a posse, um decreto proibe os jogos de azar em todo o território nacional. O
segundo demora um pouco mais, mas, em 7 de maio de 1947, por decisão do Supremo Tr
ibunal Federal, o PCB é posto fora da lei e, em 7 de janeiro de 1948, são cassados o
s mandatos de todos os seus representantes. Por último, a capela, o terceiro voto
de Dona Santinha, lá se encontra, até hoje, nos jardins do Palácio Guanabara.
Se nem tudo foi obra pessoal e exclusiva do Presidente, o episódio ilustra be
m o dilema do general. Disposto a governar democraticamente, com respeito severo
à Constituição, sua formação militar, entretanto, o prevenia de que nem todos os problema
s devem ser resolvidos politicamente, havendo que preservar a autoridade, se pre
ciso, com o exercício eventual do autoritarismo.
A construção da capela contrariava o princípio da separação entre a Igreja e o Estado
, uma das pedras basilares da República, mas este, todavia, foi o mal menor. Servi
u para estabelecer um elo entre duas instituições caras à vida brasileira, as quais, e
mbora não devam se misturar, cabem em um mesmo vasilhame.
Já o fechamento do PCB trouxe malefícios ao país, na medida em que formou um cald
o de cultura próprio para o desenvolvimento do comunismo, que se sente melhor na c
landestinidade, onde encontra motivação para desenvolver sua retórica em favor das lib
erdades democráticas, quando, na prática, seu objetivo maior é acabar com elas. Encobe
rto pelas nuvens da clandestinidade, nos anos que se seguiram, o PCB sempre apre
sentou candidatos próprios, infiltrados em outros partidos, e, se os resultados ef
etivos foram desprezíveis, valeram como fonte propaganda anti-capitalista. Além do m
ais, como seus jornais não foram banidos, sempre havia um público certo para assimil
ar a doutrina da pseudo-democracia vermelha.
Por último, a proibição dos jogos de azar, fez originar uma rede clandestina, cor
rupta e corruptora, sobretudo no "jogo do bicho", que, quase sempre, transitou l
ivremente à margem da lei, dominando políticos e/ou governantes, com seu poder de al
iciamento, à custa de um dinheiro que entrava sem controle e saía segundo a conveniênc
ia dos banqueiros dessa atividade, ilegal, mas visível por toda parte.
Após cinco anos de governo (nenhum dia a mais, nenhum dia a menos), Dutra afa
stou-se da política, mas não dos quartéis, permanecendo teimoso embora incorruptível, um
dogmático disposto a quebrar lanças na defesa de suas convicções. Era um raro espécime de
governante que jamais se deixou seduzir pelo poder e pelas facilidades que este
oferece, preferindo a simplicidade rude da caserna ao conforto ilusório dos palácio
s.
Início de governo
Em 31 de janeiro de 1946, o general Eurico Gaspar Dutra tomava posse no gov
erno e, dias após, no Palácio Tiradentes, era instalada a Assembléia Nacional Constitu
inte, sob a direção do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Valdemar Fal
cão.
Efetivada a posse dos constituintes, passou-se à indicação do Presidente da Assem
bléia, recaindo a escolha sobre o senador mineiro Fernando de Melo Viana.
O próximo passo é a escolha de uma comissão, composta de três membros para organiza
r um regimento interno, com base no qual se desenvolveriam os trabalhos posterio
res. Assim, enquanto a comissão desenvolvia seus trabalhos em outra sala, o plenário
fica livre para discursos e debates em torno de assuntos diversos, não necessaria
mente ligados ao trabalho constituinte.
De sua parte, até que a nova Constituição fosse elaborada e promulgada (e isso le
vou vários meses), o presidente da República guiava-se pela Constituição do Estado Novo,
alterada pela emenda nº9. Com ela dispunha ainda dos poderes de exceção, inclusive o
de governar por decretos, que tinham força de lei, ad-referendum do Congresso.
Embora os poderes fossem enormes, permitindo até a decretação da pena de morte pa
ra crimes políticos, o uso da lei foi limitado ao necessário para garantir a governa
bilidade. Com relação à pena de morte, diga-se de passagem, nem o ditador Getúlio Vargas
fez uso dessa prerrogativa, que tinha mais um efeito intimidação para conter movime
ntos políticos armados.
A composição da Assembléia
A Assembléia Nacional Constituinte era composta de 320 parlamentares, entre s
enadores e deputados, cuja representação, por partidos, estava assim distribuída:
PSD Partido Social Democrático (governo) .................... 173
UDN União Democrática Nacional (oposição) ................ 85
PTB Partido Trabalhista Brasileiro (governo) .................. 23
PCB Partido Comunista Brasileiro ................................. 15
PR Partido Republicano ................................................ 12
PSP Partido Social Progressista (facção de integralistas). 7
Outros ....................................................................
......... 5
O Partido Social Democrático e o Partido Trabalhista Brasileiro elegeram Dutr
a e eram, pois, bancada governista. Na oposição feroz se achava a União Democrática Naci
onal, disposta a varrer da nova Constituição qualquer resíduo do Estado Novo.
O Partido Social Progressista, fundado por Ademar Pereira de Barros, nasceu
em São Paulo e arregimentou uma boa parte dos integralistas moderados, dissidente
s. Plínio Salgado, o "chefe" do integralismo mais radical, tinha sua própria legenda
, o PRP-Partido de Representação Popular, mas não conseguiu eleger nenhum constituinte
. O eleitorado ainda se lembrava bem do ataque ao Palácio Guanabara, em 1938, feit
o pela ala radical da Ação Integralista Brasileira, causando uma cisão no próprio integr
alismo.
Quem era Dutra
Eurico Gaspar Dutra, ora empossado na presidência da República, nasceu em Cuiabá,
Estado do Mato Grosso, em 18 de maio de 1883, tendo iniciado seu preparo milita
r em 1902, na Escola Militar de Porto Alegre, de onde foi expulso em 1908, junta
mente com outros companheiros, por ter-se manifestado contra a vacinação obrigatória i
mposta pelo presidente Rodrigues Alves. Anistiado, mais tarde, foi para o Rio de
Janeiro, onde matriculou-se na Escola Militar do Realengo.
Dutra não tem um passado revolucionário, dado que, em toda sua vida, se manifes
tou contrário a qualquer movimento de contestação ao poder. Não participou, pois, dos mo
vimentos tenentistas de 1922 e 1924, nem da Coluna Prestes (1924-1927).
Permaneceu legalista durante a revolução de 1930 e combateu a Revolução Constitucio
nalista em 1932, o que lhe valeu a promoção a general de Brigada. Mais tarde, já gener
al de Divisão e comandante da 1ª Região Militar, sufocou a Intentona Comunista. Da mes
ma maneira, já ministro da Guerra, combateu o "putsch" integralista de 1938, arris
cando a própria vida para defender o Palácio Guanabara, onde se achavam o presidente
Vargas e sua família.
Em 1944, como ministro da Guerra, teve a incumbência de organizar a Força Expedi
cionária Brasileira (FEB), cujo comando foi entregue ao general Mascarenhas de Mor
ais.
Destoando em sua biografia, foi um dos participantes do golpe de 1937, que
implantou o Estado Novo e, em 1945, participou também da derrubada do ditador Getúli
o Vargas.
Como presidente da República, defendeu ardorosamente a Constituição, o "livrinho ve
rmelho" do qual nunca se separava. Na vida particular, era uma pessoa dócil, gosta
ndo de caminhar pela zona Sul do Rio de Janeiro, afagando crianças e nunca recusan
do uma conversa com quem dele se aproximasse.
Assim o descreve o historiador José Maria Belo: "Simples, despretensioso, cal
ado, polido, bravo sem alarde, de hábitos modestos, um fundo de timidez que dá por v
ezes a impressão de hesitação, tenaz todavia em certos objetivos, como no de colocar o
Partido Comunista fora da legalidade, sem irradiação pessoal, de imperturbável sangue
frio, mais sagaz no trato dos homens do que aparenta, sem treino político e admin
istrativo, salvo nos negócios da sua antiga pasta." Assim era Dutra.
O Ministério
No início de seu governo, Dutra formou o Ministério só com nomes de correligionário
s seus. Tempos depois, pretendendo um governo de coalizão, acabou por fazer uma re
forma ministerial, atraindo para o Gabinete alguns nomes da oposição, sobretudo da U
DN.
Seu primeiro Ministério estava assim formado: Relações Exteriores, João Neves da Fo
ntoura, que se achava chefiando a delegação brasileira na Conferência de Paz de Versal
hes; Justiça, Carlos Coimbra da Luz; Fazenda, Gastão Vidigal; Agricultura, Manuel Ne
to Campelo Junior; Viação e Obras Públicas, Edmundo de Macedo Soares e Silva; Trabalho
, Indústria e Comércio, Otacílio Negrão de Lima; Educação e Saúde, Ernesto de Sousa Campos;
erra, general Pedro Aurélio de Góis Monteiro; Marinha, almirante Jorge Dosdwort Mart
ins; Aeronáutica, Armando Figueiredo Trompowsky de Almeida. Este último viera do Gab
inete de José Linhares e permanecerá no cargo até o final do governo.
O jogo na ilegalidade
Foi a 30 de abril de 1946 que o presidente da República assinou o decreto-lei
nº9.215, colocando na ilegalidade os jogos de azar, representados principalmente
pelos cassinos, freqüentados pela alta roda, e pelos chalés onde eram apontados os v
olantes do "jogo do bicho".
Este último, logo se recompôs na clandestinidade, voltando a funcionar, senão com
força total, pelo menos com desembaraço e com uma suspeita tolerância das autoridades
estaduais, às quais cabia cuidar da execução da lei. Já a "alta jogatina" jamais se rec
uperou, pois os freqüentadores dos cassinos encontraram um caminho paralelo, em ex
cursões que os levavam aos paraísos da jogatina do exterior, numa rota que ia, desde
Buenos Aires até Las Vegas.
Sobre os cassinos, escreve o jornalista Sérgio Augusto, na "Folha de São Paulo"
de 8 de maio de 1991:
"Pressionado pela carolice de sua mulher, dona Santinha, e pela matreirice
de seu ministro da Justiça, Carlos Luz de olho no eleitorado conservador de Minas
Gerais , o marechal Dutra pôs a jogatina na ilegalidade, a 30 de abril de 1946. No
dia seguinte, havia pelo menos 40 mil novos desempregados na praça.
"Também aqui, o jogo era um negócio fabuloso. Havia cassinos por toda a parte.
Nas principais capitais (o Pampulha, em Belo Horizonte; o Central, em Salvador;
o Grande Hotel, em Recife), nas estâncias hidrominerais, na costa paulistana (Guar
ujá, São Vicente, Santos), mas só os que ficavam no Rio e seus arredores alcançaram, por
motivos óbvios, status internacional.
"(...) Quando da abertura do Quitandinha, havia mais astros de Hollywood no
eixo Rio-Petrópolis que estrelas no céu carioca. Inaugurado em 1944, o Quitandinha
só teve dois anos de glória. Depois, resignou-se a ser, como o Copacabana-Palace, um
simples hotel de luxo."
A partir dos anos sessenta, a cultura popular voltada para o jogo foi aprov
eitada pelo governo federal para a arrecadação de impostos, primeiro, muito timidame
nte, com a loteria esportiva, depois com uma infinidade de jogos, os mais variad
os, que transformaram o Brasil de hoje num grande cassino oficial, patrocinado p
elo poder público. Tudo isso ao lado do jogo clandestino, que teima em subsistir,
juntamente com outras atividades legais como o bingo e, até recentemente, o telejo
go, feito pelos telefones "0900", envolvendo quase todas as redes de TV e movime
ntando altas quantias, sugadas da economia popular.
O jogo é proibido no Brasil desde 1946. Você acredita ?
Constituição Promulgada
Eleita em 2 de dezembro de 1945, a Assembléia Nacional Constituinte foi insta
lada em princípios de fevereiro, nomeando de imediato uma comissão para redigir o re
gimento interno. Em 14 de março, já aprovado esse Regimento, nomeou-se outra comissão
para elaborar um anteprojeto da Carta. Em 3 de junho iniciou-se a fase de análise
e votação das emendas ao anteprojeto e, em 13 de agosto, passou-se à votação dos artigos,
com as emendas que foram aprovadas.
Finalmente, em 18 de setembro de 1946, quase oito meses depois de instalada
a Assembléia, foi promulgada e posta em vigor a nova Constituição dos "Estados Unidos
do Brasil".
Em seu texto, a nova Carta mantinha o princípio federativo (20 Estados e um D
istrito Federal), com regime presidencialista, adotado desde a Proclamação da Repúblic
a. Garantia, também, a ampla autonomia política e administrativa, não só dos Estados, co
mo dos municípios. Estes, a menos que fossem considerados de segurança nacional, tin
ham a prerrogativa de eleger seu prefeito.
Conservava, igualmente a independência e harmonia entre os três poderes da Repúbl
ica: Executivo, Legislativo e Judiciário.
O voto era secreto e universal (um eleitor é igual a um voto, independente de
sua importância econômica, política ou cultural). Podiam votar e ser votados os maior
es de 18 anos, no gozo de seus direitos políticos, exceto os analfabetos, os solda
dos e cabos.
A nova Constituição assegurava a plena liberdade de opinião e pensamento que, sal
vo raras exceções, sempre foi garantida. Não se livrou, porém, de alguns vícios do Estado
Novo, pois a "plena liberdade" encontrava em seu caminho a censura obrigatória a e
spetáculos públicos e teatrais, estendida mais tarde às radionovelas, que nessa época fo
ram introduzidas no Brasil pelo dramaturgo Oduvaldo Viana (pai).
Havia alguns dispositivos maliciosos. Ao defender o sagrado direito da prop
riedade, conservava a estrutura da propriedade da terra, ou seja, ficava descart
ado qualquer programa de reforma agrária para resgatar o homem do campo, prevalece
ndo o princípio de suserania e vassalagem vigente nas fazendas, o que permitia a e
xploração de mão-de-obra barata, para não dizer escrava.
Por outro lado, assegurava o direito de greve e da livre associação sindical, m
as mantinha os sindicatos como órgãos de colaboração do Estado, podendo este intervir na
s entidades sindicais.
Outro dispositivo remanescente do período autoritário que, com pequenas modific
ações, se mantêm até os dias de hoje, é o direito de o presidente da República nomear os me
bros do Supremo Tribunal Federal (Pela atual Constituição, o Presidente indica o nom
e, que é aprovado pelo Senado, o que, no fim, vem a ser a mesma coisa. Não se conhec
e um caso em que o Senado tenha negado essa aprovação).
Mas o dispositivo mais polêmico é o que reduz o mandato do presidente da Repúblic
a de seis para cinco anos, com efeito retroativo, ou seja, valendo também para o a
tual presidente, cuja duração de governo foi reduzida em um ano. Embora Dutra não obje
tasse quanto à redução de seu mandato, isto veio trazer problemas de ordem legal que,
suscitados após a eleição de 1950, poderiam ter originado um impasse constitucional.
Por fim, criado o cargo de Vice-Presidente da República, a própria Assembléia ele
geu, por via indireta, o senador catarinense Nereu Ramos, da UDN, que concorreu
com Pedro Américo, do PSD. Foi, como se vê, uma política de boa vizinhança, procurando a
trair as simpatias da UDN para o governo federal.
Encerrados os trabalhos constituintes, os parlamentos se desdobraram natura
lmente em suas funções naturais: a Câmara Federal, com 278 membros, permaneceu no Paláci
o Tiradentes, e Senado, com 42 membros, se deslocou para o Palácio Monroe.
O Presidente e o trabalhador
Apesar de eleito com a participação do Partido Trabalhista Brasileiro, o relaci
onamento entre o presidente Dutra e os trabalhadores sempre foi tumultuado. Logo
após sua posse, o presidente foi surpreendido com uma onda de greves, que procuro
u reprimir com o uso legal, mas discutível, do decreto-lei. Não conseguindo conter o
s movimentos reivindicatórios, passou a reprimir com violência as manifestações operárias.
A nova Constituição, longe de inovar, manteve a atividade sindical atrelada ao
Estado, permitindo aos trabalhadores eleger seus líderes, mas garantindo o direito
de intervenção estatal nos sindicatos; permitia a livre negociação sindical mas o gover
no contava com instrumentos para conter as reivindicações salariais; era assegurado
o direito de greve, que só poderia ser deflagrada após parecer (leia-se "autorização") d
a Justiça do Trabalho.
Persistindo no sofisma de que o salário é o responsável pela inflação, o governo proc
urou conter o surto inflacionário que vinha desde o Estado Novo, congelando os salár
ios dos trabalhadores. E ante as manifestações de protesto, agora organizadas em tor
no dos sindicatos, o governo respondeu com autoritarismo e repressão.
Isso permitiu que, nas eleições de 1947, a que iremos nos referir mais adiante,
o Partido Comunista Brasileiro, ainda na legalidade, conseguisse fazer a maior
bancada nas Câmaras Municipais de São Paulo, Santos e Rio de Janeiro, os três maiores
redutos de trabalhadores na época. Embora esses resultados fossem desprezíveis no co
njunto da votação daquela legenda, foi um dos pretextos utilizados para, mais tarde,
colocar o PCB na ilegalidade, cassando o mandato de todos os seus representante
s.
Trazendo o inimigo para casa
Ao final de julho de 1946, antes mesmo de a nova Carta ter sido promulgada,
mas sentindo-se já firme no governo, Dutra iniciou a reforma ministerial, trazend
o nomes de sua arqui-inimiga, União Democrática Nacional, para compor seu ministério.
Não lhe saiu de graça. A principal exigência da UDN era que os elementos mais che
gados ao Estado Novo fossem afastados do Governo. A primeira vítima foi seu minist
ro da Guerra, general Pedro Aurélio de Góis Monteiro, que teve de renunciar, sendo s
ubstituído pelo general Canrobert Pereira da Costa. Sua volta à vida política ocorreri
a nas eleições do ano seguinte.
Todavia, a principal alteração se deu no Ministério de Relações Exteriores, que foi e
ntregue ao udenista Raul Soares, substituindo João Neves da Fontoura, que se achav
a chefiando a delegação brasileira na Conferência de Paz de Versalhes. Ato contínuo, em
24 de julho, o novo ministro afastou João Neves da delegação, assumindo ele mesmo a ch
efia.
Não tardou que outros personagens ligados a Getúlio Vargas fossem removidos de
seus lugares. O embaixador brasileiro na Argentina, João Batista Luzardo, tinha vári
os "crimes" em suas costas: o de ter sido amigo de Getúlio, o de ter atacado com t
enacidade a candidatura do brigadeiro Eduardo Gomes e, de quebra, o de ter um bo
m relacionamento com o ditador argentino Juan Domingo Perón, de resto compreensível
pois ele cuidava da diplomacia brasileira na Argentina. Em 6 de fevereiro de 194
7 foi afastado do cargo, voltando ao Brasil, onde assumiu sua vaga de deputado f
ederal pelo PSD. É ele mesmo quem conta:
"Eu ainda não sabia de nada, quando recebi uma ordem: teria de ir ao Rio para
uma conversa com o presidente da República. Ele queria me ver. Recebeu-me no Cate
te com uma expressão... Pedia que eu o compreendesse: havia feito um acordo vital
para o governo e a UDN exigia... O Brigadeiro... Os ataques que eu fizera a ele.
.. Minhas ligações com Perón... Minha saída era uma das poucas exigências que eles faziam.
Que eu o perdoasse: não poderia continuar..."
A presença do novo ministro nas Relações Exteriores esfriou o relacionamento entr
e Brasil e Argentina. Os dois presidentes (Dutra e Perón) se encontraram oficialme
nte na inauguração da Ponte Internacional Uruguaiana-Paso de los Libres e o contato
foi meramente protocolar. Terminada a cerimônia, cada um voltou à sua origem, sem tr
ocar uma palavra sobre assuntos de interesse dos dois países.
As eleições de 1947
Como se recorda, em 1946, as eleições ficaram restritas ao presidente da Repúblic
a e à Assembléia Nacional Constituinte, aguardando-se o novo texto constitucional pa
ra proceder o preenchimento dos demais cargos. Agora, são marcadas novas eleições para
10 de janeiro de 1947, envolvendo governos estaduais, assembléias legislativas, p
refeituras (menos nas cidades consideradas de segurança nacional) e câmaras municipa
is.
Por outro lado, como a nova Constituição aumentou o a representação estadual no Sen
ado Federal, de dois para três senadores, foi incluída também a eleição de mais um senador
por Estado, para completar o número exigido.
Tal como no pleito anterior, as eleições de janeiro também ocorreram em ambiente
festivo, tendo como característica as coligações mais disparatadas possíveis, onde parti
dos de ideologias conflitantes se juntavam para garantir resultados em seus muni
cípios ou em seus Estados. No Amazonas, a UDN antigetulista conseguiu a vitória unin
do-se ao PTB de Getúlio Vargas; no Espírito Santo, a mesma UDN juntou-se ao PSD, tam
bém fundado pelo antigo ditador; e assim por diante.
Todavia, nenhuma coligação se mostra tão absurda como a que elege Ademar Pereira
de Barros governador do Estado de São Paulo: A composição reune o Partido Social Progr
essista, com os remanescentes do integralismo, e o Partido Comunista Brasileiro.
É a ultra direita que se junta à extrema esquerda, para defender um mesmo propósito.
Pior para o PCB que, meses depois, teve a polícia de Ademar em seu encalço para pren
der os ativistas comunistas, assim que o partido teve sua existência cassada.
No frigir dos ovos, o PSD fez seis governadores, a UDN cinco e o PTB apenas
um, o do Estado do Maranhão. Os restantes governadores resultaram de coligações não per
mitindo determinar a influência de cada partido no conjunto dos votos.
O general Góis Monteiro volta ao senado pelo PSD de seu Estado natal, Alagoas
. O Partido Comunista, como dissemos, conseguiu representação majoritária nas câmaras mu
nicipais de São Paulo, Santos e Rio de Janeiro, assinando com isso sua pena de mor
te.
O PCB na ilegalidade
Em realidade, a rapidez com que ocorreu o golpe pondo fim ao Estado Novo pe
gou de surpresa os inimigos de Getúlio, que não tiveram tempo de criar uma democraci
a pré-condicionada a uma série de salvaguardas, entre elas o banimento de Getúlio e se
us auxiliares mais próximos, bem como a proibição de partidos radicais, como era exemp
lo o Partido Comunista Brasileiro.
Sem essas restrições, deu no que deu. Vargas e seus amigos continuaram no cume
do poder e, de quebra o PCB participou até da elaboração da Carta Magna, com 14 deputa
dos e um senador (Luís Carlos Prestes). E entre os deputados havia nomes de peso,
como Carlos Mariguela e Gregório Bezerra. Embora este contingente representasse me
nos de cinco por cento da Assembléia Nacional Constituinte, era uma bancada barulh
enta, que deu muito trabalho, tentando impugnar emendas como a que punha fora da
lei partidos que atentassem contra as liberdades democráticas.
O início da guerra fria entre Estados Unidos e União Soviética levou o Brasil a s
e posicionar ao lado dos americanos, rompendo relações com os soviéticos, o que coloco
u os comunistas brasileiros em situação bastante delicada. O PCB teve ainda a seu de
sfavor a descoberta da existência de dois Estatutos paralelos, um usado para efeit
o de registro, e outro que, supostamente, regia as atividades do partido. E entr
e as normas de conduta, proibia seus afiliados de manterem relações de amizade com i
nimigos da causa comunista. Tudo isso foi brandido nos processos que correram pe
lo Tribunal Superior Eleitoral pedindo a extinção da legenda.
A 7 de maio de 1947, o TSE decide pela extinção do partido, sem entrar em consi
derações quanto a seus representantes na Câmara Federal, Senado, Assembléia Legislativa
e Câmaras Municipais que, pela legislação vigente, poderiam filiar-se a outras legenda
s e completar seus mandatos.
O Congresso Nacional reage e, a 7 de janeiro, aprova um projeto de lei cass
ando todos os mandatos políticos dos eleitos pelo PCB. Sancionado, em seguida, pel
o presidente Eurico Gaspar Dutra, este ordena aos governos estaduais que cuidem
de executar a lei em seus Estados, enquanto o governo federal toma idênticas provi
dências no Distrito Federal.
Inicia-se um novo período, em que o PCB continua agindo infiltrado em partido
s de esquerda, como o PSB - Partido Socialista Brasileiro, sempre apoiando nomes
sem envolvimento anterior com o comunismo. Os períódicos continuam com sua circulação l
iberada e usam de maior ou menor agressividade, dependendo da situação política em cad
a momento. Em São Paulo, por exemplo, o jornal "Notícias de Hoje" tinha circulação diária,
com uma linguagem desabrida, sendo vendido livremente nas bancas.
Essa situação dúbia perdurou até os anos oitenta, quando o partido voltou à legalidad
e, sem que nenhuma liberdade fosse ameaçada, e sem causar os problemas que foram u
ma constante durante o período em que esteve à margem da lei.
O alinhamento aos Estados Unidos
Uma das marcas que distinguiram o governo do general Eurico Gaspar Dutra fo
i o alinhamento do Brasil aos Estados Unidos em todos os setores da vida naciona
l. Politicamente, essa posição resultou no rompimento das relações diplomáticas com a União
Soviética, representando uma decisão natural dentro do contexto, já que o Brasil é um país
americano e vinha dando seus primeiros passos na redemocratização, tendo os Estados
Unidos como parceiros.
Economicamente, o Brasil sofreu pressões dos Estados Unidos para utilizar os
créditos acumulados com exportações feitas durante a Segunda Guerra, o que mantinha no
ssa balança comercial com um saldo altamente favorável. Liberado o câmbio, o país passou
a importar tudo, principalmente aquilo que não precisava, prejudicando a economia
interna. Era possível comprar caixinhas de uva-passa americana em qualquer vended
or ambulante. E entravam no país, sem dificuldade carros, barcos, motocicletas, bi
cicletas, peças talhadas em marfim e até palha para enrolar cigarros, coisa que o ca
boclo sempre soube fazer muito bem sem ajuda externa.
A maior invasão foi a de "matéria plástica" a novidade de após guerra, que o brasil
eiro nunca tinha visto antes, e que parecia substituir todo tipo de material. Rígi
da, substituía a baquelita; flexível imitava o celulóide; em filmes, encapava livros e
cadernos com a mesma eficiência do celofane. E venha plástico! Brinquedos, pratos,
xícaras, material de péssima qualidade, que se encardia rapidamente, mas que, nas lo
jas, aparecia colorido e lustroso.
Esses desvios trouxeram uma perda irrecuperável de divisas em prejuízo à indústria
nacional, incapaz de concorrer com importados que chegavam como novidades, com p
reços aviltados, tal como acontece hoje com os produtos vindos dos "tigres asiáticos
".
Quando o governo, finalmente despertou e reassumiu o controle do câmbio, a gr
ande parte de nossas divisas, acumuladas durante anos, já tinha virado pó.
Outra conseqüência do alinhamento foi a criação de uma Comissão Mista Brasil-Estados
Unidos (Missão Abbink), que planejou a adaptação da economia brasileira às necessidades
dos Estados Unidos, sob supervisão de instituições internacionais, como o Eximbank e o
Banco Mundial.
Foi um filão para as esquerdas brasileiras, que denunciavam o "entreguismo" d
o governo Dutra, gerando nas massas um clima de anti-americanismo. A expressão: "c
alma, que o Brasil é nosso..." recebeu uma réplica: "calma, que o Brasil é dos america
nos..."
Desenvolvimento interno
No mais, o governo Dutra foi marcado por uma série de realizações, que representa
ram uma plataforma importante para o desenvolvimento ocorrido na década seguinte.
Com a criação Plano Salte (Saúde, Alimentação, Transporte e Energia), desenvolveu-se grand
e trabalho pelo desenvolvimento do país.
Com efeito, foi neste governo que se completou a construção da Companhia Siderúrg
ica Nacional; A rede rodoviária foi ampliada, destacando-se a inauguração da Rodovia R
io-São Paulo (Via Dutra). Outros Estados fizeram sua parte, construindo vias estad
uais, como a Anhanguera e a Anchieta em São Paulo; a Rodovia Rio-Bahia, iniciada n
o governo anterior, foi concluída.
Lembrando os tempos de Rodrigues Alves, as obras públicas se espalharam por t
odo o país: a criação da CHESF (Centrais Hidroelétricas do São Francisco), com a subseqüent
inauguração da Usina de Paulo Afonso; a eletrificação da Estrada de Ferro Central do Br
asil; ampliação do porto do Rio de Janeiro; construção de 50 mil casas populares; constr
ução do oleoduto Santos-São Paulo; construção de duas refinarias, na Bahia e em São Paulo.
Criou-se uma bem sucedida campanha de alfabetização de adultos, campanhas pela e
rradicação da malária e da tuberculose, reformulação do ensino primário, etc.
Renovou-se as Forças Armadas, com a reformulação de seu Estado Maior e a criação do C
onselho de Segurança Nacional e da Escola Superior de Guerra. Nossas fronteiras fo
ram reforçadas com aumento de efetivos e compra de novos equipamentos. A Aeronáutica
recebeu 300 novas aeronaves e ganhou a Escola de formação de cadetes de Barbacena.
A Marinha foi reestruturada, com a ampliação de sua frota. E, dentro da política de re
alinhamento, militares das três armas fizeram estágios nos Estados Unidos.
O desenvolvimento integrado do país afastou os ressentimentos mesmo dos adver
sários mais ortodoxos. Otávio Mangabeira, por exemplo, foi perseguido nos 15 anos da
ditadura Vargas. Esteve exilado duas vezes nesse período, a última das quais, em fu
nção do golpe do Estado Novo, perpetrado por Eurico Dutra e Góis Monteiro. Vale à pena r
egistrar, pois, um trecho do discurso de despedida feito pelo governador Otávio Ma
ngabeira, na Assembléia Legislativa da Bahia, em 27 de janeiro de 1951, fazendo re
ferência a Dutra:
"Governador do Estado quero dizer aqui mais uma vez nunca lhe pedi qualquer
favor de ordem pessoal ou partidária. Nunca, entretanto, lhe bati à porta, em nome
dos interesses da Bahia, que não a encontrasse aberta, e ele infatigável em servir-n
os.
"A Refinaria de Mataripe; a conclusão, custasse o que custasse, das obras fer
roviárias e rodoviárias, para a ligação entre a Bahia e o Rio de Janeiro; a usina termo-
elétrica de 20 mil kilowatts; as obras de Paulo Afonso e do vale do São Francisco; a
s da Universidade da Bahia; o início da construção da Base Naval de Aratu; o combate à m
alária e os diferentes convênios entre a União e o Estado, graças aos quais tanto se exe
cutou em Educação e Saúde e, se bem que em menor escala, na agricultura; as variadas r
ealizações dos diversos Institutos de Previdência; a estação de passageiros do Aeroporto d
e Ipitanga: a ajuda, direta ou indireta, de caráter financeiro mais não fora preciso
indicar para que, ao apagar das luzes, ponhamos bem ao vivo e bem ao claro o qu
e lhe devemos, e ao governo da República, e nunca deveremos esquecer."
Conclusão
Presidente da República, com o "livrinho vermelho" às mãos, Dutra não participou do
processo sucessório. Não escolheu nem apoiou oficialmente qualquer um dos candidato
s e, abertas as urnas, garantiu até o último momento a posse do presidente eleito, a
fastando com decisão os golpistas que procuravam formulas jurídicas miraculosas para
mantê-lo no poder por mais um ano.
"Nem um minuto mais, nem um minuto menos", foi a resposta do general que, e
m 31 de janeiro de 1951, passou a faixa presidencial a Getúlio Dorneles Vargas, de
volta ao poder.
Dutra afastou-se definitivamente da vida política, mas não da atividade das case
rnas. Em 1964 participou do golpe que derrubou o presidente João Goulart e, desde
então até sua morte, em 1974, permaneceu alinhado sistema que dominou o poder.
Era firme em suas convicções e, se não pôde ser coerente em todos os momentos e de
resto ninguém o é foi porque sua vida teve sempre que dividir-se em dois campos extr
emos, representados um pela rigidez da vida militar e outro pela tolerância exigid
a na vida política, especialmente em um regime de amplas liberdades democráticas
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A volta de vargas
A reeleição de Getúlio Vargas em 1950 foi chamada de A Volta do Pai dos Pobres
Onde o véio era Getúlio, que ex-ditador, coverteu-se a democracia e foi democraticam
ente eleito. Getúlio voltou com muitas ideias mirabolantes, como a fundação da Petross
auro e a Carteira de Trabalho. O povão adorou mais uma vez.
Getúlio, como FHC, pediu que esquecessem tudo aquilo que ele havia feito no Estado
Novo. Porém Getúlio havia feito alguns inimigos. O mais mortal foi Carlos Lacerda q
ue não deixava de um dia sequer em seu jornal o chamar de escroque para baixo.
Denúncias de corrupção atingiram duramente o governo. Finalmente, depois do Crime da R
ua Toneleros a situação política ficou insustentável. Getúlio, não aguentando a pressão, su
dou-se

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