Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
2008
Downloaded from: Biblioteca Digital da Produção Intelectual - BDPI, Universidade de São Paulo
Pró-Fono Revista de Atualização Científica. 2008 abr-jun;20(2).
94 Befi-Lopes et al.
Pró-Fono Revista de Atualização Científica. 2008 abr-jun;20(2).
Já o GC produziu 14,4% de narrativas TABELA 1. Distribuição do tipo de narrativa por grupo - Seqüências Mecânicas.
descritivas com conectivo, 48,9% de narrativas
causais implícitas, 5% de narrativas causais
Descritivo Descritivo
explícitas, 7,8% de narrativas intencionais Tipo de
Sem Com
Causal Causal Intencional Intencional
implícitas, 23,9% de narrativas intencionais Narrativa Implícito Explícito Implícito Explícito
Conectivo Conectivo
explícitas e não apresentou nenhuma narrativa 88
descritiva sem conectivo. GC 0 23 (16%) 4 (2,8%) 5 (3,5%) 24 (16,7%)
(61%)
Portanto, para o GP há um predomínio das 14 19 15
narrativas descritivas com conectivos, seguidas das GP 0 0 0
(29,2%) (39,6%) (31,3%)
causais implícitas. Para o GC o tipo de narrativa de X2 = 68,158; g.l. = 5; p < 0,001*
maior ocorrência foi a causal implícita seguida da
intencional explícita.
Considerando apenas as narrativas produzidas
a partir das histórias mecânicas (Tabela 1), os
TABELA 2. Distribuição do tipo de narrativa por grupo - Seqüências
grupos também se diferenciaram quanto ao tipo de
Comportamentais
narrativa (X2 = 68,16; g.l. = 5; p < 0,001*). Para o GP
houve um predomínio das descritivas com
conectivos, seguido das causais implícitas. Já para Tipo de
Descritivo Descritivo
Causal Causal Intencional Intencional
o GC o tipo de narrativa de maior ocorrência foi a sem com
Narrativa Implícito Explícito Implícito Explícito
Conectivo Conectivo
causal implícita seguida da intencional explícita.
Analisando as histórias comportamentais 29 60
GC 0 6 (4,2%) 14 (9,7%) 35 (24,3%)
(20,1%) (41,7%)
(Tabela 2), os grupos também se diferenciaram
20
quanto ao tipo de narrativa (X2 = 39,994; g.l. = 5; p GP 7 (15,2%)
(13,9%)
13 (9%) 0 4 (2,8%) 2 (1,4%)
< 0,001*). Houve um predomínio das descritivas
X2 = 39,994; g.l. = 5; p < 0,001*
com conectivos, seguido das descritivas sem
conectivos no GP. No GC, predominaram as causais
implícitas seguidas das intencionais explícitas.
Nas histórias intencionais (Tabela 3) os grupos
também se diferenciam (X2 = 31,886; g.l. = 4; p < TABELA 3. Distribuição do tipo de narrativa por grupo - Seqüências
0,001*). As descritivas sem conectivo foram Intencionais.
excluídas da comparação devido à baixa freqüência.
Para o GP houve predomínio das descritivas com
Descritivo Descritivo
conectivos, seguido das causais implícitas. Já para Tipo de
Sem Com
Causal Causal Intencional Intencional
o GC o tipo de narrativa de maior ocorrência foi a Narrativa Implícito Explícito Implícito Explícito
Conectivo Conectivo
causal implícita seguida da intencional explícita. 28 8
GC 0 0 9 (12,5%) 27 (37,5%)
Os grupos também se diferenciam quanto ao (38,9%) (11,1%)
conteúdo das narrativas. Para o GC, 100% delas 7
GP 1 8 (38,1%) 2 (9,5%) 0 4 (19%)
apresentaram conteúdo pertinente, enquanto para (33,3%)
o GP, 90% foram pertinentes (X2 = 36,92; g.l.=1; p < 2
X = 31,886; g.l. = 4; p<0,001*
0,001*). Os conteúdos foram coerentes em 93,6%
das narrativas do GC e em 51,7% das do GP (X2 =
112,88; g.l.=1; p < 0,001*). Em relação à completude,
90,3% do GC e 47,5% do GP completaram as
narrativas (X2 = 101,36; g.l.=1; p < 0,001*).
96 Befi-Lopes et al.
Pró-Fono Revista de Atualização Científica. 2008 abr-jun;20(2).
Referências Bibliográficas
1. Stark RE, Tallal P. Selection of children with specific 14. Perissinoto J. Avaliação Fonoaudiológica da criança
language deficits. Journal of Speech and Hearing Disorders. com Autismo, IN Perissinoto, J. (Org) Conhecimentos
1981;46:114-22. Essenciais para atender bem a criança com Autismo. Ed
Pulso; 2003. cap. 5. p. 45-55.
2. Bishop DV, Adams C. Comprehension problems in
children with specific language impairment: literal and 16. Perroni MC. O Desenvolvimento do Discurso
inferential meaning. Journal of Speech and Hearing Narrativo. Ed. Martins Fontes, São Paulo; 1992.
Disorders. 1992;35:119-29.
17. Merrit DD, Lilies BZ. Story grammar ability in children
3. Crespo-Eguílaz N, Narbona J. Perfiles clínicos evolutivos with and without language disorder: Story generation, story
y transiciones em el espectro del transtorno específico del retelling, and story comprehension. Journal of Speech,
desarrollo del lenguaje. Rev. Neurol. 2003;36(1):29-35. Language, and Hearing Research. 1987;30:539-52.
4. Rocha LC, Befi-Lopes DM. Análise pragmática das 18. Liles BZ, Duffy RJ, Merritt DD, Purcell SL.
respostas de crianças com e sem distúrbio específico de Measurement of narrative discourse ability in children with
linguagem. Pró-Fono Rev. Atual. Cient. 2006;18:229-39. language disorders. Journal of Speech and Hearing Research.
1995;38:415-25.
5. Hage SRV, Joaquim RSS, Carvalho KG, Padovani CR,
Guereiro MM . Diagnóstico de crianças com alterações 19. Newman RM, Mcgregor KK. Teachers and Laypersons
específicas de linguagem por meio de escala de discern quality differences between narratives produced by
desenvolvimento. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, São Paulo. children with or without SLI. Journal of Speech, Language,
2004;62(3A):649-53. and Hearing Research. 2006;49:1002-36.
6. Reilly J, Losh M, Bellugi U, Beverly W. "Frog, Where 20. Roth FP, Spekman NJ. Narrative discourse:
Are You?" Narratives in Children with Specific Language Spontaneously generated stores of learning-disabled and
Impairment, Early Focal Brain Injury, and Williams normally achieving students. Journal of Speech, Language,
Syndrome. Brain and Language. 2004;88:229-47. and Hearing Research. 1986;51:8-23.
7. Botting N. Narrative as a clinical tool for the assessment 21. Gillam R, Mcfadden TU, Van Kleeck A. Improving
of linguistic and pragmatic impairments. Child Language narrative abilities: Whole language and language skills
Teaching and Therapy. 2002;43:917-31. approaches. In Fey M, Windsor J, Warren SF. (Eds),
Language intervention: Preschool through the elementary
8. Bishop DVM, Norbury CF. Narrative skills of children year, Baltimore: Brookes; 1995. p. 145-82.
with communication impairments. Int. J. Lang. Comm.
Dis. 2003;38:287-313. 22. Liles BZ. Cohesion in the narratives of normal and
language-disordered children. Journal of Speech, Language,
9. Craig HK, Evans JL. Turn exchange characteristics of and Hearing Research. 1985a;28:123-33.
SLI children's simultaneous and nonsimultaneous speech.
Journal of Speech and Hearing Disorders. 1989;54:334-47. 23. Liles BZ. Production and comprehension of narrative
discourse in normal and language disordered children Journal
10. Befi-Lopes DM, Rodrigues A, Rocha LC. Habilidades of Communication Disorders. 1985b;18:409-27.
lingüístico-pragmáticas em crianças normais e com
alteração no desenvolvimento da linguagem. Pró-Fono Rev. 24. Maclachlan BG, Chapman RS. Communication
Atual. Cient. 2004;16(1):57-66. breakdowns in normal and language learning disabled
children´s conversation and narration. Journal of Speech,
11. Westby C, Van Dongen R, & Maggart Z. Assessing Language, and Hearing Research. 1988;53:2-7.
narrative competence. Seminars in Speech and Language.
1989;10:63-75. 25. Gillan R, Johnston JR. Spoken and written language
relationship in language/learning-impaired and normally
12. Andrade CRF, Befi-Lopes DM, Fernandes FDM, achieving school-age children. Journal of Speech, Language,
Wertzner HF. Manual de avaliação de linguagem do serviço and Hearing Research. 1992;35:1303-15.
de Fonoaudiologia do centro de saúde escola Samuel B.
Pessoa. Publicação Interna, 127 f. São Paulo, 1997. 26. Scott CM, Windsor J. General language performance
measures in spoken and written narrative and expository
13. Wertzner HF. Fonologia. In: Andrade CRF de, Befi- discourse of school-age children with language learning
Lopes DM, Fernandes FDM, Wertzner HF. ABFW - Teste disabilities. Journal of Speech, Language, and Hearing
de linguagem infantil: nas áreas de fonologia, vocabulário, Research. 2000;43:324-39.
fluência e pragmática. Barueri: Pró-Fono; 2004. cap. 1.
27. Greenhalgh, K.S.; Strong, C.J. Literate language features
14. Baron-Cohen S, Leslie AM, Frith U. Mechanical, in spoken narratives of children with typical language and
Behavioural and Intencional understanding of stories in children with language impairments. Language, Speech, and
autistic children. British Journal of Developmental Hearing Services in Schools, v.32, p.114-125, 2001.
Psychology. 1986;4:113-25.
98 Befi-Lopes et al.