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MAX WEBER
Carisma e desencantamento do mundo
Ao analisar uma breve linha histórica é possível elencar pontos cruciais para o
desenvolvimento cientifico no âmbito cultural da humanidade. Um dos primeiros marcos que
podemos abordar ligasse de forma direta ao conceito de desencantamento de mundo, criado
por Weber; o renascimento no século XIV, inicia o homem como peça central do universo e
não mais Deus. Coloca o ser humano e os conhecimentos emanados do mesmo em evidência,
trazendo a tona todo um pensamento sistematicista, galgado no humanismo e, principalmente,
no racionalismo. Ademais, a partir do século XVI e se estendendo até o XVIII, houve a
reafirmação desta vertente racional com a revolução cientifica e o iluminismo, lançando a
humanidade no frenesi inebriante para responder a pergunta: “Até onde podemos chegar?”.
Nunca antes se viu uma produção cientifica tão grande, o mercado de tecnologia
no Brasil movimenta quatrocentos e sessenta e sete bilhões de reais por ano e trás inovações
como um aparelho de celular que funciona com um simples deslizar de dedos, mas não de
forma tão simples leva a grande população o questionamento de como algo assim acontece
ou, mais difícil ainda, de que seu próprio corpo troca cargas elétricas com o material presente
na tela dos aparelhos ao simples toque de um dedo. Weber aborda que o avanço desenfreado
torna o homem mais limitado, principalmente no que diz respeito a amplitude de escolha e a
crença na fé, o que torna-o medíocre.
A menos que seja um físico, quem anda num bonde não tem ideia de como o carro
se movimenta. E não precisa saber. Basta-lhe poder contar com o comportamento do
bonde e orientar sua conduta de acordo com essa expectativa; mas nada sabe sobre o
que é necessário para produzir o bonde ou movimentá-lo. O selvagem tem um
conhecimento incomparavelmente maior sobre suas ferramentas. (WEBER, 1919, p.
165)
WEBER, Max. Ciência e política: duas vocações. (título original: Politik Als
Beruf, Wussenschaft Als Beruf) Tradução: Marco Antônio Casanova. São Paulo: Martin
Claret, 2015.