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ENGENHARIA DE
Juazeiro/Ba, 2016
CAPÍTULO I
1.1. HISTÓRICO
Apesar de o trabalho ter surgido juntamente com o primeiro homem, as relações entre as
atividades laborativas e a doença permaneceram praticamente ignoradas até há cerca de 250 anos
atrás.
Os primeiros relatos de estudo das relações entre trabalho e saúde surgiu na Grécia Antiga,
quando Hipócrates, considerado o “pai da medicina” que viveu entre 460 a 370 antes de Cristo, fez
algumas referências aos efeitos do chumbo na saúde humana.
Em 1700, foi publicado, na Itália, um livro, cujo autor era um médico chamado Bernardino
Ramazzini, que teve repercussão em todo o mundo, devido à sua importância. Hoje, poderíamos
interpretar esta pergunta da seguinte forma: “Digas qual o seu trabalho, que direi os riscos que estás
sujeito”. Por essa importante obra, Bernardino Ramazzini ficou conhecido como o “Pai da medicina do
Trabalho”.
Na época da publicação deste livro, as atividades profissionais ainda eram artesanais, sendo
realizadas por pequenos números de trabalhadores e, consequentemente, os casos de doenças
profissionais eram poucos, ou seja, pouco interesse surgiu com relação aos problemas citados na obra
de Ramazzini.
No ano de 1700, o médico italiano Bernardino Ramazzini publica seu livro “De Morbis
Artificum Diatriba” (As Doenças dos Artesãos) Nesta obra, Ramazzini descreve cinquenta profissões
distintas e as 53 tipos de enfermidades a elas relacionadas. Por esta obra, Ramazzini passou a ser
considerado o “Pai da Medicina do Trabalho”.
O mundo de hoje, encontra-se num processo de plena busca pela produção máxima a custo
mínimo. Para alcançar tais objetivos, os países terão que dispor de um fator imprescindível, a
tecnologia. O desenvolvimento tecnológico requer investimentos no binômio Homem – Máquina, pois
nessa interação será preciso preservar a integridade física e promover a saúde do trabalhador.
Pelo Trabalhador: preservação da sua saúde, boas condições de trabalho, incremento na sua
produtividade e o conseqüente ganho financeiro;
Pela Sociedade e pelo Estado: preservação da saúde dos trabalhadores, e da natureza, bem como
a redução dos custos sociais e financeiros decorrentes dos infortúnios laborais.
Como visto acima, o campo da Engenharia de Segurança do Trabalho abriga uma série de
conflitos de interesses de diferentes grupos sociais. Se esses conflitos de interesses já são uma fonte
razoável de dificuldades para a EST, a nossa legislação contribui com essas dificuldades quando prevê
que as empresas devam pagar adicionais (de insalubridade ou periculosidade) aos seus empregados,
se os ambientes por elas oferecidos contiverem agentes patogênicos em concentração superior à
permitida. O resultado dessa adição remuneratória, é que, não raro, os trabalhadores têm uma clara
opção pela venda de sua saúde, preferindo receber os adicionais, mesmo que para isso eleve a
probabilidade de se acidentarem ou de adoecerem.
Outra dificuldade decorre da forma de inserção do engenheiro no problema. Segundo a
Portaria 3.214/78, em sua Norma Regulamentadora 4, o engenheiro irá atuar, principalmente, nos
SESMT’s, na qualidade de um empregado alocado à cúpula administrativa, que no geral, representa os
interesses do empregador.
No esquema brasileiro de prevenção de acidentes, ou seja, a forma pela qual a sociedade brasileira se
organiza e distribui encargos e responsabilidades, a responsabilidade pelo combate aos acidentes de
trabalho, está distribuída entre três grupos sociais: os empregadores, os trabalhadores e o governo,
embora se procurem mobilizar a coletividade em torno deste problema. Em outras palavras, o combate
fica a cargo, de organismos internos, tais como, os SESMT’s e as CIPA’s. Estes combatentes são
municiados por organismos externos que podem ou não ser representativos de classes, como os
sindicatos (patronais ou trabalhistas). Além destas, existem outros organismos, não formalmente
ligados a trabalhadores ou empregadores que auxiliam no combate aos acidentes, através do exercício
de diferentes funções, a saber:
Normativa: o Congresso Nacional, a Presidência da República e os Ministérios Públicos;
Fiscalizadora: as Delegacias Regionais do Trabalho, como representação do Ministério do
Trabalho nos Estados, encarregada de verificar o cumprimento das normas estabelecidas pelos
órgãos acima citados;
Judicial: função monopolizada pelo Estado, através da Justiça do Trabalho, encarregada de dirimir
as dúvidas em torno do assunto;
Assistencial: através do SINPAS – Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social – dando
apoio médico ou pecuniário àqueles que se vejam impossibilitados de continuar trabalhando em
decorrência de acidente de trabalho;
Educativa: entidades como a Fundacentro, as Universidades, os centros de treinamento de mão-
de-obra (Senai/Senac), etc. com a função de pesquisa e disseminação dos conhecimentos
prevencionistas.
AGENTES MEDIADORES
EMPRESAS
Empresários e Trabalhadores
CIPA SESMT
Aprovada pelo Decreto-lei 5.452 de 01/05/1943, a CLT afirma no seu art. 1º que a
consolidação estatui as normas que regulam as relações individuais e coletivas de trabalho, nela
previstas.
As relações de trabalho reguladas pela CLT são as relações de trabalho subordinado ou por
conta alheia, portanto relações de emprego, que entrelaça um empregado e seu empregador através
de direitos e obrigações recíprocas.
a. Empregador
O art. 2º da CLT define empregador como sendo a pessoa individual ou coletiva, que,
assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de
serviços. O § 1º do mesmo artigo diz que equiparam-se ao empregador, para efeitos de relação de
emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficiários, as associações recreativas ou
outras instituições sem fins lucrativos, que admitem trabalhadores como empregados.
b. Empregado
O art. 3º da CLT define empregado como sendo toda pessoa física que presta serviço de
natureza não eventual a empregador sob dependência deste e mediante salário.
1.4.3. Responsabilidade Civil, Penal, Acidentária, Trabalhista e Profissional
A CF-1988 afirma como direito dos trabalhadores o seguro contra acidentes do trabalho, a
cargo do empregador, sem excluir a indenização a que está obrigado, quando incorrer em dolo ou
culpa. Já o art. 121 da Lei 8.213/91 diz que o pagamento, pela previdência social, das prestações por
acidente do trabalho, não exclui a responsabilidade civil da empresa ou outrem.
Antes da atual constituição, exigia-se que o empregador agisse de forma dolosa ou com
culpa grave. Com a CF-1988 não há a necessidade de culpa grave. A responsabilidade do empregador
e prepostos é subjetiva, e basta a culpa simples para que os mesmos tenham que arcar com o
ressarcimento dos danos provocados ao seu empregado. A responsabilidade civil tem natureza
indenizatória (visa reparar o dano provocado).
A responsabilidade penal se fundamenta no art. 132 do código penal que afirma “Expor a vida
ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente” – pena – detenção de três meses a um ano, se o fato
não constitui crime mais grave.
REFERÊNCIAS
ACIDENTES DE TRABALHO
2.1. DEFINIÇÕES
Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, com o
segurado empregado, trabalhador avulso, médico residente, doméstico, bem como com o segurado
especial, no exercício de suas atividades, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que
cause a morte, a perda ou redução, temporária ou permanente, da capacidade para o trabalho.
Reconhecidos pela perícia médica do INSS a incapacidade para o trabalho e o nexo entre o
trabalho e o agravo, serão devidas as prestações acidentárias a que o beneficiário tenha direito, caso
contrário, não serão devidas as prestações.
b. Definição Prevencionista
Acidente de trabalho é todo evento inesperado e indesejável que interrompe a rotina normal
de trabalho, podendo gerar perdas pessoais, de materiais, ou pelo menos de tempo.
a) Teoria da Culpa – entende o acidente do trabalho como um crime qualquer, assim, ela preconiza
a existência de dois grupos de causas de acidentes:
(i) os atos culposos cometidos pelo próprio empregado acidentado ou algum de seus colegas (atos
inseguros);
(ii) os atos culposos cometidos pelo empregador, sejam por ação ou omissão (condições inseguras).
b) Teoria do Risco Profissional – Esta teoria encara o acidente de trabalho não como um crime,
mas como fruto do exercício de uma determinada atividade produtiva. Como esta atividade é explorada
por um empresário, este deve arcar com os possíveis AT que venham a ocorrer. Nesta concepção,
todos os AT passaram a ser indenizáveis, independente de ações jurídicas e/ou da identificação de
culpados.
c) Teoria do Risco Social – introduz uma mudança sutil, na qual os AT passaram a ser encarados
como decorrências de processos produtivos necessários à reprodução/bem estar de toda a
coletividade, e não apenas de interesse para algum grupo empresarial. Assim sendo, as indenizações
continuaram a ser independentes de ações judiciais, mas o pagamento destas indenizações passou a
ser encargo de um sistema previdenciário que reúne três grupos contribuintes compulsórios: os
empregadores, os empregados e o Estado. Esta teoria é a base da atual legislação brasileira sobre
acidentes do trabalho.
d) Acidentes típicos – São os que provocam lesões imediatas, tais como, cortes, fraturas,
queimaduras, etc., reduzindo a capacidade para o trabalho logo após o acidente.
f) Acidente de trajeto – São os acidentes sofridos pelo empregado ainda que fora do local e horário
de trabalho, como os ocorridos no percurso da residência para o trabalho ou deste para aquele.
Tal classificação é questionável por exigir que haja uma lesão para que se caracterize a AT,
quando se sabe, através de vários estudos, que existe um número muito maior de acidentes que
ocorrem gerando apenas perda de tempo e de materiais.
(ii) a condição ambiental de insegurança, devido aos materiais, equipamentos, instalações, edificações,
métodos e organização do trabalho, tecnologia e macroclima.
No Brasil, só em 1919 surge a primeira lei que tratava dos acidentes de trabalho. Em 1923 é
sancionada a Lei Eloy Chaves, criando as Caixas de Aposentadorias e Pensões nas ferrovias, e
implantando o Sistema de Previdência Social.
A Seguridade Social está regida pela Lei 8.212/99 (a organização da seguridade e o plano
custeio) e 8.213/99 (plano de benefícios). A elaboração destas Leis tomou por base os objetivos da
Seguridade Social. Os benefícios são atribuídos àqueles que contribuem e aos seus dependentes.
2.6.1. Beneficiários
2. Os Pais;
Os servidores civis e militares estão excluídos do regime geral da previdência social, desde
que estejam submetidos a regime próprio de previdência social. É regime próprio aquele que assegura
pelo menos as aposentadorias e pensão por morte.
2.6.2. Custeio
O Art. 195 da CF estabelece que: a seguridade social será financiada por toda a sociedade,
de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos, provenientes dos orçamentos da União
e dos Estados, do Distrito Federal, e dos Municípios e das seguintes contribuições sociais:
I. Do empregador, da empresa e da entidade e ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a. A folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, á
pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b. A receita ou o faturamento;
c. O lucro;
II. do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidos pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;
III. sobre a receita do concurso de prognósticos;
A Lei 8.212/91 relaciona outras fontes de receita da seguridade social (Ex. multas e doações)
2.6.3. Prestações Previdenciárias e Acidentárias
a) Auxílio-Doença: o auxilio doença acidentário será devido ao acidentado que ficar incapacitado para
seu trabalho por período superior a 15 dias consecutivos. O auxilio-doença será devido a partir do 16º
dia seguinte ao afastamento, sendo os primeiros 15 dias pagos pela empresa.
c) Aposentadoria por invalidez: a aposentadoria por invalidez decorrente de acidente de trabalho será
devida ao acidentado que for considerado incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação
profissional para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência.
O benefício consiste numa renda mensal correspondente a cem por cento do salário-de-benefício.
d) Pensão: devida aos dependentes por morte do segurado, no valor de cem por cento do salário-de-
benefício.
Todo acidente deve ser comunicado pela empresa à previdência social até o primeiro dia útil
seguinte ao da ocorrência e, havendo morte, de imediato, à autoridade, sob pena de multa.
O acidentado e seus dependentes receberão cópia da CAT, bem como o sindicato da
categoria profissional. Não ocorrendo comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la, o
próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical, o médico que o atendeu ou qualquer
autoridade pública, não prevalecendo, neste caso, o prazo mencionado acima.
O custo total de um acidente é dado pela soma de duas parcelas, quais sejam:
A Lei n.º 6.367 de outubro de 1976, regulamentada pelo n.º 79.037/76, dispõe sobre o Seguro
de Acidentes do Trabalho, a cargo do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). O SAT é uma
garantia ao empregado, um seguro contra o acidente do trabalho. Seus custos ficam a cargo do
empregador, mediante pagamento de um adicional sobre folha de salários de seus empregados, nas
seguintes alíquotas de contribuição:
1,0 % - para a empresa em cuja atividade o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve;
2,0 % - para a empresa em cuja atividade o risco de acidentes do trabalho seja considerado médio;
3,0 % - para a empresa em cuja atividade o risco de acidentes do trabalho seja considerado grave.
A principal característica do SAT é a sua função de seguridade, pois tal seguro é destinado a
beneficiários atingidos por doença ou acidente, que estejam associados ao sistema previdenciário. Tal
contribuição é composta pelo percentual do Risco de Acidente de Trabalho (RAT), determinado a partir
da definição da atividade desenvolvida pela empresa, com base na Classificação Nacional de
Atividades Econômicas (CNAE), e divulgado por meio de Decreto do Poder Executivo. Tal valor é
multiplicado pelo Fator Acidentário de Prevenção (FAP), divulgado para cada empresa pelo órgão
previdenciário, sendo que o resultado (RAT X FAP) é aplicado sobre toda a folha de pagamento da
empresa.
A definição do que seria risco leve, médio ou grave estão no Decreto 612/92.
Outros seguros que são considerados como custos diretos referem-se, genericamente, a:
seguro incêndio, seguro transporte, seguro de responsabilidade civil, seguros de riscos de engenharia,
etc.
2.8.2. Custo indireto ou não segurado
Engloba todas as despesas, geralmente não atribuíveis aos acidentes, mas que se
manifestam como conseqüência indireta dos mesmos.
Para a Fundacentro (1980), os principais itens dos custos indiretos são:
Salário pago ao trabalhador acidentado, não coberto pelo INSS, o salário correspondente ao dia do
acidente e aos 15 dias seguintes é pago, por imposição legal, integralmente pelo empregador;
Salários pagos durante o tempo perdido por outros trabalhadores que não o acidentado (em geral,
após o acidente, por menor que seja, os companheiros do acidentado deixam de produzir durante
certo tempo, seja para socorrê-lo, seja para comentar o ocorrido, seja por curiosidade, ou porque
necessitam da ajuda do acidentado para a execução de sua tarefa, ou a máquina em que
operavam ficou danificada no acidente);
Salários adicionais pagos aos trabalhadores em horas extras (em virtude do acidente, atrasos na
execução dos serviços podem exigir trabalhos em horas extraordinárias), representando um
adicional sobre o salário correspondente ao horário normal de trabalho;
Salários pagos a funcionários durante o tempo gasto na investigação do acidente;
Diminuição da eficiência do acidentado ao retornar ao trabalho (geralmente o acidentado de volta
ao trabalho produz menos por receio de sofrer novo acidente, ou por desambientação, por falta de
treinamento muscular, etc.);
Custo de material ou equipamento danificado no acidente;
Perda de material por parte de novos empregados, etc.
12 INFORMANTES
NOME MATRÍCULA FUNÇÃO
___________________________ _________________________ __________________________
13 data do envio da ficha para o Setor de Segurança do Trabalho 14 Responsável pelo preenchimento
_________/ ____________/ ___________ Nome: _______________________
Função: ______________________
Assinatura: ____________________
Fonte: Tavares (1995).
Figura 2. Ficha de cálculo do custo efetivo de acidentes.
FICHA PARA O CÁLCULO DO CUSTO EFETIVO DE ACIDENTE
1 FICHA Nº ______/______ 2 FICHA DE COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE
ACIDENTE COM LESÃO a) Recebida em: ______/ _______/ _________
ACIDENTE COM DANO À PROPRIEDADE b) Unidade: ____________________________
c) Setor: _______________________________
3 LOCAL DO ACIDENTE 4 HORA DO ACIDENTE 5 DATA DO ACIDENTE
______________________ _______ H ______ MIN ________/ ________/ ________
6 ACIDENTE COM LESÃO
a) Nome do acidentado: __________________________________________________________
b) Matrícula: ___________ c) Função: ______________________________________________
d) Principais causas do acidente: ___________________________________________________
e) Conseqüências do acidente: _____________________________________________________
f) Tempo de afastamento: __________ g) Salário por Hora (R$): __________________________
h) Custo relativo ao tempo de afastamento (15 primeiros dias): Salário (R$): ________________
Encargos sociais (R$): _________
Outros (R$): _________________
i) Observações: ___________________________________ Total 1 (R$): ________________
7 ACIDENTE COM DANO À PROPRIEDADE
a) Máquina(s)/equipamento(s) danificados: ___________________________________________
b) Material(s) danificado(s): _______________________________________________________
c) Principais causas do acidente: ___________________________________________________
d) Custo dos reparos ou reposições: Máquina(s) e equipamento(s) (R$): ____________________
Material(s) (R$): ___________________________________
e) Observações: ________________ Total 2 (R$): ___________________________________
8 CUSTOS COMPLEMENTARES
a) Acidentes com lesão: Assistência médica (r$): ______________________________________
Primeiros socorros (R$): ______________________________________
Outros (R$): ________________________________________________
b) Acidentes com danos à propriedade: Outros custos operacionais (R$): ___________________
c) Observações: _________________ Total 3 (R$): ___________________________________
9 CUSTO DO ACIDENTE R$ ____________________ c = c1 + c2 + c3
10 INFORMANTES 11 RESPONSÁVEIS PELO PREENCHIMENTO
NOME FUNÇÃO DATA ASSINAT. NOME FUNÇÃO DATA ASSINAT.
_________ ________ ______ __________ __________ ________ ________ _________
REFERÊNCIAS
CAMPOS, M. F. Legislação e Normas Técnicas. In: Apostila da disciplina Gerência de Riscos do X
Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho. João Pessoa: DEP/UFPB, 2003.
RODRIGUES, Celso Luiz Pereira. Um estudo do esquema brasileiro de atuação em Segurança
Industrial. (Dissertação de mestrado, Engenharia de Produção). Rio de Janeiro: COPPE/UFRJ, 1982.
CAPÍTULO 3
Nas últimas décadas, o desenvolvimento industrial vem experimentando ritmos cada vez mais
elevados, no que se referem às inovações tecnológicas, novos materiais, novos processos e novas
formas de organização do trabalho. Estes avanços são guiados, de um lado pelos interesses das
empresas e, do outro, pela aceitação da sociedade que, na maioria das situações são movidas por
visões de curto prazo: lucro e desfrute da vida.
Nesse casamento desigual entre empresas e sociedade, a ciência nem sempre é chamada a
opinar sob o princípio da precaução, onde tudo que é disponibilizado à sociedade teria seus impactos
previamente analisados: impactos sobre a saúde das pessoas, sobre a sociedade como um todo e
sobre o ambiente. Os estudos dos impactos de um determinado produto, quase sempre são apontados
após a aceitação do mercado, após serem introduzidos no ambiente global, na vida das pessoas e por
vezes, em seus próprios corpos.
A. Risco químico
Risco foi definido pela Comisión Preparatória de la Conferencia de Las Naciones Unidas
sobre medio humano, como uma freqüência esperada de efeitos indesejáveis derivados da exposição a
um contaminante.
O risco que uma substância possa oferecer está diretamente relacionado com a toxicidade
da referida substância e com a taxa de exposição à mesma.
B. Agente químico
Segundo a NR-9 (PPRA), agentes químicos são as substâncias, compostos ou produtos que
possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas,
gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser
absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.
C. Toxicidade
É a capacidade de um agente químico causar uma lesão num organismo vivo, representa a
medida de incompatibilidade entre uma dada substância com o organismo vivo.
D. Agente tóxico
Agentes tóxicos são substâncias quimicamente definidas que ao entrar em contato com o
sistema biológico acarretam desde distúrbios leves, moderados, lesões graves ou a morte. Ex: a
estricnina, o ácido cianídrico e o cloreto de sódio, enquanto se encontram em seus recipientes,
armazenados, nada mais são do que porções dessas substâncias. Para que se caracterize o agente
tóxico se faz necessário a interação agente-organismo, dando como resultado uma intoxicação (DIAS,
2003).
E. Bioacumulação
F. Meia vida
A. Invisibilidade
A presença dos agentes químicos nos ambientes nem sempre é, imediatamente percebida
pelas pessoas. Os sinais percebidos são os visuais e olfativos que criam padrões próprios e pessoais
sobre o que pode ser danoso à saúde, nem sempre condizente com a realidade toxicológica.
B. Transportabilidade
As ações dos agentes químicos não se limitam aos espaços imediatos de sua utilização.
Seus efeitos podem ocorrer em ambientes distantes de sua primeira utilização. Ex: agrotóxicos
C. Instabilidade
Não só os agentes químicos reagem com o meio, mas o meio também reage aos agentes
químicos e se alteram. Como o meio possui elementos minerais e vivos, as alterações são de natureza
química, biológica e física.
E. Acumulatividade
Ocorrem casos, como dos metais pesados e dos agrotóxicos organoclorados, dos
organismos vivos acumularem as moléculas dos agentes tóxicos. Porém, ocorrem casos de
acumulação dos efeitos das sucessivas exposições a agentes tóxicos sobre os organismos, mesmo
sem haver constatação da acumulação molecular.
Sólidos Poeiras e
Fumos
Particulados
Agentes
Névoas e
Químicos Líquidos Neblinas
Gases e
Vapores
Os gases são substâncias que, em condições normais de temperatura e pressão (25ºC e 760
mmHg), estão no estado gasoso. Ex: monóxido de carbono, eteno, etc.
Os vapores constituem o estado aeriforme de certas substâncias que nas condições normais
de temperatura e pressão se encontram no estado líquido. Ex: gasolina, cânfora, naftalina, etc.
Os gases e vapores podem ser classificados segundo sua ação sobre o organismo humano
em irritantes, anestésicos e asfixiantes.
a) Gases e vapores irritantes: são substâncias em estado gasoso que produzem irritação nos tecidos
em que entram em contato, como a pele, a conjuntiva ocular e as vias respiratórias. Ex: ac. Clorídrico,
sulfúrico e muriático, anidrido sulfuroso, cloro, e os gases lacrimogênios.
b) Gases e vapores anestésicos: causam efeito narcótico ou depressivo sobre o SNC. Podem ser
divididos em:
anestésicos primários – hidrocarbonetos alifáticos (butano, propano, etano, etc.), ésteres, aldeídos
e cetonas;
anestésicos de efeito sobre as vísceras (fígado e rins) – hidrocarbonetos clorados, como o
tretacloreto de carbono, tetracloroetano, tricloroetileno e o percloroetileno;
anestésicos de ação sobre o SNC – neste grupo se encontram os álcoois metílico e etílico, ésteres
de ácidos orgânicos e dissulfeto de carbono;
anestésicos de ação sobre o sistema formador do sangue – modificam a hemoglobina em
metahemoglobina, como a anilina, nitrito e toluidina, além do benzeno.
Os asfixiantes simples têm sua atuação externamente ao organismo, isto é, sua presença na
atmosfera provoca o deslocamento do oxigênio, reduzindo sua concentração no ambiente. Isso ocorre
com o gás carbônico, o metano, o propano, o nitrogênio e o butano.
a) poeiras – são partículas sólidas produzidas por ruptura mecânica de um sólido, em conseqüência de
uma operação mecânica (moagem, trituração, polimento, etc.) ou de limpeza. As poeiras podem ser de
origem mineral e orgânica. Exemplos:
Poeiras minerais:
Sílica: as formas cristalinas, por serem mais compactas (0,05 a 5µm), são as mais nocivas ao
homem. A silicose é uma doença causada pela poeira da sílica, podendo se desenvolver de forma
rápida ou lenta. Na forma aguda, o surgimento de sintomas pode se dar de 8 a 18 meses após a
primeira exposição. Ocorre principalmente em trabalhadores de indústrias de sabão em pó, os
expostos a processo de jateamento de areia, e os que trabalham escavando túneis que utilizam
furadeiras de rocha de alta potência. Outros minerais utilizados em processos industriais também
possuem sílica e podem afetar a saúde dos trabalhadores. É o caso do carvão mineral e da grafita;
Asbesto (amianto): é um mineral muito utilizado industrialmente, devido as suas ricas propriedades:
alta resistência ao calor, ao fogo e à maioria das substâncias químicas. A asbestose, doença
causada pela exposição a poeiras de amianto, leva, em geral, de 15 a 25 anos para se manifestar,
causando o endurecimento lento do pulmão. Essa doença, apesar de grave e de não ter cura, não
é a doença de maior gravidade, e nem a mais comum, na exposição ocupacional ao amianto, já
que este causa também, mesotelioma, câncer de pulmão, doenças pleurais e câncer de faringe e
do aparelho digestivo;
Outras poeiras minerais: berilo – berilose; ferro – siderose; bário – baritose; estanho – estaniose.
Poeiras orgânicas:
Bagaço de cana: produz uma enfermidade denominada bagaçose. Esta doença inicia-se
subitamente, poucas horas após a exposição, provocando falta de ar, tosse e febre. A repetição
das afecções pode levar à fibrose pulmonar;
Outras poeiras orgânicas: poeiras de feno, esporos de cogumelos, enzimas de detergente e fungos
que contaminam ar condicionado de prédios e escritórios, podem causar enfermidades
semelhantes á bagaçose.
Cádmio: a intoxicação industrial pode ocorrer quando metais revestidos por cádmio são queimados
ou soldados, desprendendo-o em forma de fumos, ou quando está presente como uma impureza
em outros metais. Devido a sua elevada toxicidade, os metais que contém cádmio são obrigados a
serem rotulados;
Cromo: as lesões provocadas pelo cromo atingem a pele, as membranas nasais e, em menor
freqüência, a laringe e os pulmões. As fossas nasais são extremamente sensíveis ao ácido
crômico e ás nevoas de cromato, podendo ocorrer hemorragias, ulcerações e até perfuração do
septo nasal;
Mercúrio: o percurso do mercúrio no organismo, que tem poucas condições de eliminá-lo, são os
rins, fígado e cérebro. Neste último estágio produz efeitos de alta gravidade. No Brasil, é
preocupante a persistente utilização do mercúrio nos garimpos junto aos rios ricos em ouro;
Borracha: a fabricação da borracha produz o negro de fumo, que causa efeitos nocivos ao pulmão.
b) Neblinas: são formadas pela condensação de vapores de substâncias líquidas que volatilizam.
Outra classificação bastante utilizada é dada pela DL50, que é a dose letal do agente tóxico
(em mg do agente/kg de peso do organismo teste) que causa efeito tóxico a 50% dos organismos em
teste, apresentada a seguir:
Extremamente tóxico DL50 ≤ 1 mg/kg
Altamente tóxicos 1 mg/kg < DL50 ≤50 mg/kg
Moderadamente tóxico 50 mg/kg < DL50 ≤500 mg/kg
Levemente tóxico 0,5 g/kg < DL50 ≤ 5 g/kg
Praticamente não tóxico 5 g/kg < DL50 ≤ 15 g/kg
Relativamente inócuos DL50 > 15 g/kg
3.1.4. Tipos de interações entre agentes químicos
As interações geralmente ocorrem quando o homem está exposto a dois ou mais agentes
químicos, resultando em alterações da toxicocinética e da toxicodinâmica que lhes são características.
A. Ação independente: quando os agentes tóxicos têm distintas ações e produzem diferentes efeitos;
B. Efeito aditivo: ocorre quando a magnitude do efeito produzido por dois ou mais agentes tóxicos são
quantitativamente igual à soma dos efeitos produzidos individualmente.
C. Sinergismo: ocorre quando o efeito a dois ou mais agentes tóxicos se produz de forma combinada
e é maior que o efeito aditivo.
D. potenciação: ocorre quando um agente tóxico tem seu efeito aumentado por agir simultaneamente
com um agente não tóxico.
E. Antagonismo: ocorre quando o efeito produzido por dois agentes tóxicos é menor que o efeito
aditivo, um reduzindo o efeito do outro.
As substâncias químicas podem ser absorvidas pelo organismo humano pela pele, pelo nariz
e pela boca.
A. Via dérmica: a via dérmica (pele) é a mais importante para as exposições a agrotóxicos,
representando cerca de 99% do total absorvido. Tem-se que ressaltar que no corpo humano o tecido
dermal não é homogêneo, as mucosas (olhos, boca, narinas, ânus e genitálias), por exemplo, são bem
mais absorventes que as demais áreas.
B. Via respiratória: a via respiratória (nariz) é a principal preocupação da grande maioria dos casos de
exposição química industrial.
C. Via oral: a via oral (boca) é decorrente de ingestões acidentais ou suicidas e, principalmente, de
atos não recomendáveis, como fumar ou se alimentar durante o trabalho sem uma higienização de
segurança.
O efeito tóxico de uma substância pode afetar diversos órgãos internos do ser humano,
agindo nas formas descritas abaixo:
Toxicidade hepática – o fígado é sensível ao agente tóxico por dois motivos fundamentais. Em
primeiro lugar, os agentes tóxicos quando absorvidos por via oral passam obrigatoriamente pelo
fígado antes de chegar à circulação geral. Por outro lado por ser o lugar principal do metabolismo,
pode originar produtos intermediários mais reativos e capazes de lesioná-lo;
Toxicidade renal – o rim é menos afetado pelos efeitos tóxicos dessas substâncias, já que estes
são excretados normalmente na forma de metabólicos inativos. Contanto, existem substâncias
químicas nefrotóxicas;
Toxicidade neurológica: muitas substâncias que são tóxicas em outras partes do organismo
também podem afetar o SNC.
Segundo Lauwerys os agentes químicos atuam no organismo através de quatro fases, que
ocorrem até o aparecimento de um caso de intoxicação, as quais são:
Fase de exposição: é representada pelo período em que o indivíduo fica exposto aos diversos
componentes ambientais (ar, solo, água e alimentos), pelas diversas vias possíveis de
absorção;
Fase toxicocinética: compreende a absorção da substância química através das diversas vias,
sua distribuição, transformação, acumulação e eliminação pelo organismo;
Fase toxicodinâmica: é a fase correspondente à interação da substância química com
moléculas específicas, podendo causar desde leves desequilíbrios até a morte. Esta fase é
essencial ao processo de intoxicação, onde ocorre o aparecimento do efeito no organismo;
Fase clínica: sendo caracterizada pela exteriorização dos efeitos do agente tóxico, ou seja, o
aparecimento de sinais e sintomas da intoxicação.
Os efeitos sobre a saúde humana dos principais agentes químicos estão relacionadas no
quadro a seguir:
AGENTE QUÍMICO EFEITOS SOBRE A SAÚDE
A intoxicação aguda compromete o SNC, podendo levar ao coma e
Arsênio à morte. O envenenamento crônico caracteriza-se por fraqueza
muscular, perda do apetite e náuseas.
Cádmio Provoca desordens gastrintestinais graves, bronquite, enfisema,
anemia e cálculo renal.
Chumbo Provoca cansaço, ligeiros transtornos abdominais, irritabilidade e
anemia.
Cianetos Pode ser fatal em altas doses.
Baixas doses causam irritação nas mucosas gastrintestinais, úlcera
INORGÃNICOS Cromo e inflamação da pele. Altas doses provocam doenças no fígado e
nos rins, podendo ser fatal.
Fluoretos Altas doses provocam doenças como a fluorose dental, alterações
ósseas, inflamação no estômago e intestinos.
Os principais efeitos da intoxicação por mercúrio são transtornos
Mercúrio neurológicos e renais. Também causa efeitos tóxicos nas glândulas
sexuais e possui efeitos mutagênicos.
Nitratos Em crianças, provocam deficiência de hemoglobina no sangue,
podendo ser fatal.
Prata Provoca descoloração da pele, dos cabelos e das unhas.
A exposição aguda provoca depressão do SNC. Existem
Benzeno evidências de anemia e leucopenia por exposição crônica ao
ORGÃNICOS benzeno.
Provoca vômitos e convulsões. Foram reportados efeitos
Clordano teratogênicos, carcinogênicos e mutagênicos em ratos de
laboratório.
Fonte: FONSECA, J. A. C. da (2003).
3.2. AGENTES FÍSICOS DE RISCO
São os riscos gerados pelos agentes que têm capacidade de modificar as características físicas do
meio ambiente. Por exemplo, a existência de um tear numa tecelagem introduz no ambiente um risco
físico, já que tal máquina gera ruídos, isto é, ondas sonoras que irão alterar a pressão acústica que
incide sobre os ouvidos dos operários.
Alguns exemplos de agentes físicos: ruído, iluminação, vibrações, calor, radiações ionizantes (raios-X)
ou não ionizantes (radiação ultravioleta), pressões anormais, etc.
A. Frio
Um ambiente é considerado frio quando as temperaturas são inferiores àquelas que o corpo
humano está acostumado a sentir quando em condições de conforto em seu ambiente de trabalho, ou
seja, a sensação de frio varia de organismo para organismo.
Cabe salientar que a falta de limites de tolerância não significa que qualquer exposição seja insalubre.
A intensidade do agente e o tempo de exposição devem ser levados em conta no momento da
avaliação.
O agente físico frio (NR-15, anexo 9), é avaliado por critério qualitativo e envolve as
atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas ou em locais que apresentem
condições similares, que exponham o trabalhador ao frio, em temperaturas que chegam a 25 graus
negativos.
O frio pode causar danos locais nos tecidos bem como inúmeras doenças, como:
congelamento, hipotermia, urticária, irritação cutânea, entre outras.
B. Calor
Para que se efetue a transferência total do calor do corpo, o calor metabólico deverá se
encontrar balanceado com o ambiente, por meio dos processos de convecção, radiação e evaporação.
Na evaporação o ser humano tem a capacidade de transpirar como meio de resfriar o seu corpo. A
transpiração aumenta à medida que o corpo necessita aumentar o resfriamento para remover o calor.
Para a avaliação da exposição ao calor existem vários índices, sendo que o índice adotado
deve levar em conta os fatores ambientais, o metabolismo e o tempo de exposição.
A NR-15, anexo 3, diz que a exposição ao calor deve ser avaliada através do Índice de Bulbo
Úmido-Termômetro de Globo – IBUTG. Ela também prevê limites de tolerância para exposição ao calor
em regime de trabalho intermitente com período de descanso no próprio local de trabalho ou fora dele.
Cabe ressaltar que esses períodos de descanso são considerados tempo de serviço para todos os
efeitos legais. Outro aspecto a ser considerado é que as medições devem ser realizadas no período
mais desfavorável do ciclo de trabalho e no período de 60 minutos (alternância trabalho/descanso).
C. Ruído
É denominado ruído todo tipo de som desagradável para as pessoas que a ele são expostos.
Constituem-se numa mistura de sons cujas freqüências não seguem nenhuma lei definida.
Existem duas análises para se classificar o tipo de ruído a que um trabalhador está exposto:
ruído contínuo ou intermitente e ruído de impacto. A NR-15 define como ruído de impacto aquele que
apresenta picos de energia acústica de duração inferior a um segundo, a intervalos superiores a um
segundo. Já ruído contínuo ou intermitente é o contrário, ou seja, quando ocorrem impactos
simultâneos em número superior a sessenta por minuto esse ruído é contínuo. É o caso de várias
prensas funcionando simultaneamente.
Analisando o quadro dos limites de tolerância da NR-15, observa-se que para cada nível de
ruído há um tempo máximo de exposição diária permitida sem o uso de Equipamento de proteção
Individual (EPI), protetor auricular. Segundo esse quadro, a exposição máxima diária permissível para 8
horas de trabalho é de 85 dB (A), e não é permitida uma exposição a níveis de ruído acima de 115 dB
(A), fato que ofereceria risco grave e iminente. Como um protetor auricular atenua, em média, 20 dB
(A), uma exposição de 8 horas acima de 115 dB (A), mesmo com protetor auricular não protege
adequadamente o trabalhador, cabendo à DRT o embargo ou interdição do estabelecimento até
regularização desta situação.
Os níveis de ruído de impacto devem ser medidos em decibéis (dB), com medidor de nível de
pressão sonora operando no circuito linear com circuito de resposta para impacto. O limite de tolerância
para ruído de impacto é de 130 dB (LINEAR). Em caso de não se dispor de medidor com resposta para
impacto, será válida a leitura feita no circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de compensação “C”.
Neste caso, o limite de tolerância será de 120 dB (C).
D. Pressões anormais
Pressões anormais são aquelas diferentes das existentes ao nível do mar. A pressão abaixo
do nível do mar, dependendo da densidade da água, aumenta aproximadamente 1 atm. a cada 32 a 33
pés, respectivamente 9,60 a 9,90 m.
O corpo humano pode tolerar mudanças de pressão dentro de uma faixa limitada. A lei de
Dalton, ou das pressões parciais, estabelece que a pressão parcial de qualquer gás em uma mistura é
igual ao produto da pressão total multiplicado pela percentagem do gás na mistura, ou seja:
P = Ptotal x % gás
Onde:
P = pressão parcial
As baixas pressões são encontradas em ambientes que possuem pressão menor que a
existente ao nível do mar. A pressão parcial do oxigênio afeta a capacidade do sangue de transportá-lo
através do corpo. Essa diminuição do transporte de oxigênio afeta o metabolismo das células, levando
à hipoxia. Um dos primeiros efeitos a serem percebidos é a perda da visão noturna, começando sua
manifestação a partir de 1800 m de altitude. Acima desta começa a perda parcial de memória,
julgamento e coordenação, euforia, síncope e morte.
E. Radiações Ionizantes
Radiações não ionizantes artificiais, encontradas nos aparelhos de microondas, de raios laser, etc.
G. Vibrações
Vibração transmitida simultaneamente para todo o corpo, vindo da superfície. Ex: alta intensidade
sonora no ar ou água excita vibrações do corpo;
Vibrações transmitidas para o corpo como um todo, através da superfície dos pés, na vertical ou
pela bacia (sentado). Ex: vibrações causadas por veículos, construções e nas proximidades de
máquinas de trabalho;
O agente físico iluminação foi incluído nas atividades e operações insalubres pela portaria
3.214/78 do MTE como anexo 4, da NR-15, fixando níveis mínimos de iluminamento por tipo de
atividade. Embora a deficiência de iluminação possa provocar fadiga visual, redução na velocidade de
percepção de detalhes, riscos de acidentes e até a doença conhecida como Nistagmo dos mineiros,
em nenhum país ela é incluída como agente de higiene do trabalho, sendo tratada como agente
ergonômico. Assim sendo, o MTE revogou esse anexo, descaracterizando a insalubridade por
iluminação.
Para que possamos controlar esses agentes biológicos, precisamos conhecer um pouco
sobre o comportamento dos microorganismos.
A. Vírus
São os seres "vivos" mais rudimentares. Não são constituídos por células com atividade
biológica própria, mas por uma espécie de capa protéica que encerra um fragmento de material
genético (DNA). No material genético encontram-se instruções para a replicação do vírus que, no
entanto, não possui as estruturas necessárias para se reproduzir.
Para tal, utiliza as nossas células, invadindo-as e destruindo-as; daí resulta a doença. Os
vírus podem provocar doenças ligeiras (gripe) ou muito graves (SIDA).
Fora da célula hospedeira, os vírus não manifestam nenhuma atividade vital e se houver
alguma célula compatível à sua disposição, um único vírus é capaz de originar, em cerca de 20
minutos, centenas de novos vírus.
Até o momento, poucas drogas se mostraram eficazes em destruir os vírus sem causar sérios
efeitos colaterais. A melhor maneira de combater as doenças virais é através de vacinas.
B. Bactérias
Pelo contrário, em especial as bactérias do intestino, são úteis, na medida em que produzem
algumas vitaminas e, com a sua presença, protegem o organismo da invasão de bactérias nocivas ou
patogênicas. As bactérias patogênicas são responsáveis pela maior parte das doenças infecciosas que
nos afetam.
O que ainda não se conseguiu estabelecer com segurança é a razão pela qual certos
indivíduos adoecem, enquanto que outros permanecem saudáveis, tendo estado expostos às mesmas
fontes de infecção. As bactérias produzem toxinas prejudiciais às células humanas.
A doença surge quando estas toxinas estão presentes em quantidade suficiente e o indivíduo
afetado não está imunizado. Entre as muitas doenças provocadas por bactérias incluem-se a
pneumonia, a amidalite, a meningite, a tuberculose, o tétano e a disenteria.
As bactérias podem:
Fixar o nitrogênio atmosférico no solo (pseudomonas solanacearum);
Causar deterioração dos alimentos, como as salmonelas;
Causar a morte, como os pneumococos que causam a pneumonia e são uma das principais
causas de mortalidade infantil.
C. Bacilo
D. Fungos
Os fungos podem infectar o organismo de diversas formas. As infecções podem ser ligeiras e
passarem despercebidas, ou graves e por vezes mortais. Alguns fungos estão constantemente
presentes, sem gerarem doença, em zonas do organismo como a boca, a pele, o intestino e a vagina.
As micoses mais comuns são as superficiais, que afetam a pele, os pêlos, o cabelo, as
unhas, os órgãos genitais e a mucosa oral. A Candidíase é provocada pela Candida albicans e afeta
principalmente os órgãos genitais e a boca.
E. Parasitas
Parasitas são organismos que vivem em associação com outros aos quais retiram os meios
para a sua sobrevivência, normalmente prejudicando o organismo hospedeiro, um processo conhecido
por parasitismo.
Todas as doenças infecciosas e as infestações dos animais e das plantas são causadas por
seres considerados, em última análise, parasitas.
O efeito de um parasita no hospedeiro pode ser mínimo, sem lhe afetar as funções vitais,
como é o caso dos piolhos, até poder causar a sua morte, como é o caso de muitos vírus e bactérias
patogênicas.
Os parasitas podem classificar-se segundo a parte do corpo do hospedeiro que atacam:
Ectoparasitas atacam a parte exterior do corpo do hospedeiro; e
Endoparasitas vivem no interior do corpo do hospedeiro.
São os riscos introduzidos no processo de trabalho por agentes (máquinas, métodos, etc)
inadequados às limitações dos seus usuários. Por exemplo, a realização da atividade de levantamento
manual de cargas com as costas curvadas pode vir a provocar problemas lombares.
São os riscos gerados pelos agentes que demandam o contato físico direto com a vítima para
manifestar a sua nocividade. Por exemplo, a existência de uma lâmina de barbear sobre a mesa de
escritório (para ser usada para apontar lápis ou cortar papéis), introduz no ambiente de trabalho um
risco do tipo mecânico. Afinal, ao se utilizar tal instrumento há o risco de que o fio da lâmina entre em
contato com alguma parte do corpo (dedo, por exemplo), podendo provocar cortes.
São também considerados como riscos mecânicos os provocados, por exemplo, por buracos
no piso. A rigor, o contato com este agente não provoca nenhuma lesão. Como, no entanto, ele pode
provocar uma queda (esta sim geradora de lesão), as irregularidades no piso e os obstáculos nas vias
de circulação são considerados como geradores de riscos mecânicos.
ADISSI, P. J. Riscos Químicos. In: Apostila da disciplina riscos químicos do Curso de Especialização em
Engenharia de Segurança do Trabalho. FUNATEC - RO. Porto Velho, 2001.
DIAS, E. P. F. Toxicologia. In: Apostila da disciplina riscos químicos do Curso de Especialização em Engenharia
de Segurança do Trabalho. DEP/PPGEP/UFPB. João Pessoa, 2003.
FONSECA, J. A. C. da. Riscos Químicos. In: Apostila da disciplina riscos químicos do Curso de Especialização
em Engenharia de Segurança do Trabalho. DEP/PPGEP/UFPB. João Pessoa, 2003.
MANUAIS DE LEGISLAÇÃO ATLAS. Segurança e Medicina do trabalho. 56 ed. São Paulo, 2005.
CAPÍTULO 4
4. Introdução
Várias são as formas de se fazer o levantamento de informações, mas elas podem ser
agrupadas em dois grandes grupos: os métodos retrospectivos e os métodos prospectivos.
O primeiro grupo é composto pelos métodos em que o ponto de partida são os fatos já ocorridos,
os quais têm os seus processos analisados, de forma a identificar as causas. A ferramenta básica,
aqui, é a análise de acidentes, feita em coerência com a concepção de acidente adotado:
b) do uso de novas tecnologias na empresa: afinal, como existem riscos que demandam tempo para
se manifestarem, o fato da empresa usar métodos/técnicas/equipamentos novos deve apontar no
sentido de usar prospectivos;
c) da gravidade da situação: se na empresa existem riscos sérios e evidentes, o principal é dar logo
início à intervenção concreta, e os métodos retrospectivos são os mais indicados.
De uma forma geral, recomenda-se que seja feita uma combinação de métodos, incorporando
no planejamento não só a realização de inspeções periódicas como a análise, sistemática e
documentada, de todos os acidentes.
Nesta fase do estudo, faz-se necessário ter alguns elementos que permitam a comparação
entre os fatos díspares, ocorridos em diferentes locais. Os quatro itens mais freqüentemente utilizados
são: freqüência, gravidade, custo e extensão do acidente.
No primeiro caso, a idéia é priorizar os locais onde os acidentes ocorrem com maior freqüência,
a qual pode ser medida em termos absolutos (ou seja, em termos do número de casos registrados) ou
em termos relativos (ponderando a freqüência pelo tempo de exposição ao risco).
Um índice bastante utilizado é a “taxa de freqüência de acidentes” (FA), definida como sendo:
FA= (N * 1.000.000)/ HH
Onde:
N= número de acidentes ocorridos no período analisado;
HH= número de homens-hora de exposição ao risco.
A idéia de se fazer a comparação através da gravidade, decorre do fato de que nem todos os
casos são igualmente danosos. Existem, por exemplo, acidentes que são fatais, ao lado de outros que
geram apenas lesões superficiais, rapidamente superáveis: segundo a ótica da freqüência pura e
simples, ambos os casos seriam idênticos, o que é uma simplificação exagerada.
Uma alternativa são os índices de morbi-mortalidade, sendo os usuais a “taxa de gravidade”
(G) e “índice de avaliação de gravidade”.
G= (DP * 1.000.000)/ HH
IAG= DP/N
Onde DP significa o número de dias perdidos em função dos acidentes registrados, que é igual a soma
dos dias de afastamento dos acidentados temporariamente incapacitados com os dias debitados em
função de incapacidades permanentes. A tabela dos dias debitados consta em anexo da NR-5, portaria
3.214/78 do MTE.
Outra forma de encarar a gravidade é sob o prisma do impacto para a empresa, medido
através do custo dos acidentes.
Nesta perspectiva, as seções mais capital-intensivas, por terem maiores parcelas de capital
nas mãos de poucas pessoas, tendem a apresentarem maiores custos de acidentes. Provavelmente,
aqui reside a explicação para se verificar menores taxas de acidentes nestes setores do que nos
artesanais, mão-de-obra intensivas, tais como a construção civil e/ou a extração de madeira, p.ex.
Uma outra opção de análise é a de se medir a extensão, ou seja, o alcance de cada risco,
verificando a população a ele exposta, o que seria utilizado como um padrão rudimentar de
comparação.
Adicionalmente, cabe registrar que há a possibilidade de se adotar mais um tipo de critério, o
da competência técnica. Afinal, todos os profissionais têm uma limitação de arsenal técnico que os
torna mais aptos a enfrentarem alguns problemas do que outros, para os quais seria necessária a
colaboração de algum especialista externo.
A determinação exata de qual foi o risco diretamente responsável por um acidente não é
matéria tão simples quanto parece. Portanto, esse assunto será introduzido através de um exemplo
prático.
Exemplo: Consideremos um tanque pneumático de alta pressão, feito de aço carbono desprotegido. A
umidade pode causar corrosão, reduzindo a resistência do metal, que debilitado irá romper-se e
fragmentar-se. Os fragmentos irão atingir e lesionar o pessoal e danificar equipamentos vizinhos. Qual
dos riscos – a umidade, a corrosão, a debilitação do material, ou a pressão – causou a falha? Nesta
série de riscos, a umidade desencadeou o processo de degradação que resultou na ruptura do tanque.
Se o tanque fosse de aço inoxidável, não teria havido corrosão.
A ruptura do tanque, causadora de lesões e outros danos, pode ser considerada como o risco
principal. A umidade iniciou a série de riscos e pode ser chamada de risco inicial; a corrosão, a perda
de resistência e a pressão interna são chamados de riscos contribuintes. O risco principal é muitas
vezes denominado catástrofe, evento catastrófico, evento crítico, risco crítico ou falha singular.
Riscos Contribuintes
Pressão de Operação
Equipamento OR
Uso de secantes Danificado
Superdimensionar
espessura
Pessoal
Uso aço inox ou Lesado
carbono revestido
Eventos catastróficos
Localizar tanque
afastado equip.
Manter pessoal
afastado tanque
Análise Preliminar de Riscos (APR): A APR consiste no estudo, durante a fase de concepção ou
desenvolvimento inicial de um novo sistema, com o fim de se determinar os riscos que poderão
estar presentes na fase operacional do mesmo. Ex: Conta a mitologia grega que o Rei Minos, de
Creta, mandou aprisionar Dédalos e seu filho, Ícaro. Com o objetivo de escapar, Dédalo idealizou
fabricar asas com penas, linho e cera de abelhas. Antes de voar, Dédalos advertiu seu filho: se
voasse muito baixo, as ondas molhariam suas penas, se muito alto, o sol derreteria a cera. Essa
advertência, uma das primeiras análises de risco que poderíamos citar, define o que hoje
chamaríamos APR.
Medidas Preventivas ou
Risco Causa Efeito Cat. Risco
Corretivas
Radiação Voar muito alto Calor pode derreter Prover advertência contra
Térmica cera de abelhas vôo muito alto
do sol IV
Umidade Voar muito perto Absorver umidade; aumento Advertir aeronauta para
da água peso e queda voar a meia altura
IV
Exercícios propostos:
1. Construa um fluxograma que represente uma Série de Riscos para as seguintes situações:
a) um trabalhador desloca-se sobre uma plataforma de um edifício em construção, executando a
fachada, escorrega e cai no vazio. O trabalhador sofre fraturas múltiplas;
b) os vasos cerâmicos destinados à queima são carregados em vagonetes que atravessam um túnel
aquecido. As vagonetes são transportadas ao local de descarga por um dispositivo de tracionamento
inteiramente automático. À saída do túnel, uma das vagonetes, deslizando com dificuldade, começou a
descarrilar. O supervisor da operação tentou recolocá-la nos trilhos com o auxílio de uma barra de
metal. Seu pé escorregou ao apoiar-se e, como usava sapatos leves, teve a unha do grande artelho
arrancada.
2. Efetue a APR dos casos colocados anteriormente através do preenchimento do quadro seguinte:
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS
RISCO CAUSA EFEITO CAT. RISCO MEDIDAS
PREV/CORRET
a)
b)
Análise de árvore de falhas (AAF): consiste num modelo gráfico que representa as várias
combinações de falhas de equipamentos e erros humanos que podem resultar em um acidente. A
construção da árvore parte do evento topo (acidente) e, através de ramificações ligadas por chaves
lógicas booleanas “e/ou”, chega-se às suas raízes (SOUZA, 2000).
Comportas Lógicas:
A
Módulo ou comporta OR (OU).
A
Módulo ou comporta AND (E). output ou saída A existe se
output ou saída A só existe se todas qualquer combinação de
as entradas B1,...Bn existirem B1, ...,Bn existir.
simultaneamente.
B1 B2 Bn
B1 B2 Bn
Alarme
inoperante Alarme
T Sensor do Sensor do
inoperante
1º piso 2º piso
falhou falhou
Não há T
potencia no
Alarme sistema Linha
falhou sensor
falhou
Falha *
linha
potência
Capítulo 5
INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
5.1. INTRODUÇÃO
O ser humano, em seu ambiente de trabalho, está constantemente submetido a vários tipos de
agentes de riscos de acidentes e/ou doenças. Estes riscos são classificados, segundo a legislação
trabalhista brasileira em: mecânicos ou de acidentes, físicos, químicos, biológicos e ergonômicos.
Os critérios de avaliação dos agentes físicos, segundo a Norma Regulamentadora nº 15 do Ministério
do Trabalho e Emprego (MTE), que trata de atividades e operações insalubres, podem ser qualitativos,
com caracterização de insalubridade decorrente de inspeção realizada no local de trabalho, ou
quantitativos pela determinação da exposição e comparação com limites de tolerância estabelecidos
pela referida norma, e na ausência desses índices pela NR-15, pelos limites recomendados pela
American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH).
Quanto aos Equipamentos de Proteção Individuais (EPI’s), a NR-06 do MTE estabelece para o
empregador a obrigatoriedade de adquirir o EPI adequado à atividade e aprovado pelo MTE, bem
como treinar o empregado sobre o uso do equipamento. Cabe salientar que EPI não elimina risco do
ambiente de trabalho, mas apenas protege o indivíduo de lesão.
Os agentes físicos são: temperaturas extremas (frio e calor), pressões anormais, radiações ionizantes e
não ionizantes, vibrações e umidade.
É denominado ruído todo tipo de som desagradável para as pessoas que a ele são expostos.
Constituem-se numa mistura de sons cujas freqüências não seguem nenhuma lei definida.
Existem duas análises para se classificarem os tipos de ruídos a que um trabalhador está
exposto: ruído contínuo ou intermitente e ruído de impacto. A NR-15, anexo 2, define como ruído de
impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a um segundo, a intervalos
superiores a um segundo. Já ruído contínuo ou intermitente é o contrário, ou seja, quando ocorrem
impactos simultâneos em número superior a 60 por minuto esse ruído é contínuo. É o caso de várias
prensas funcionando simultaneamente.
Os níveis de ruído contínuo ou intermitente, segundo a NR-15, anexo 1, devem ser medidos
em decibéis (dB), por medidor de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação “A” e
circuito de resposta lenta (SLOW). As medidas devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador.
Analisando o quadro dos limites de tolerância da NR-15, observa-se que para cada nível de
ruído há um tempo máximo de exposição diária permitida sem o uso de EPI, protetor auricular.
Segundo esse quadro, a exposição máxima diária permissível para 8 horas de trabalho é de 85 dB (A),
e não é permitida uma exposição a níveis de ruído acima de 115 dB (A), fato que ofereceria risco grave
e iminente. Como um protetor auricular atenua, em média, 20 dB (A), uma exposição de 8 horas acima
de 115 dB (A), mesmo com protetor auricular não protege adequadamente o trabalhador, cabendo à
DRT o embargo ou interdição do estabelecimento até regularização desta situação.
Os níveis de ruído de impacto devem ser medidos em decibéis (dB), com medidor de nível de
pressão sonora operando no circuito linear com circuito de resposta para impacto. O limite de tolerância
para ruído de impacto é de 130 dB (LINEAR). Em caso de não se dispor de medidor com resposta para
impacto, será válida a leitura feita no circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de compensação “C”.
Neste caso, o limite de tolerância será de 120 dB (C).
O ruído pode ser controlado de três formas: Na fonte, na trajetória (medidas no ambiente) e no
indivíduo. Deste modo, quando adotamos medidas de redução na fonte ou na trajetória, como, por
exemplo, isolando a máquina que está provocando o ruído, e os níveis desse ruído ficam abaixo de 85
dB (A), diz-se que o risco foi controlado e a insalubridade eliminada.
Não sendo possível a adoção de medidas de controle no ambiente, uma das alternativas é o uso
de EPI que seja capaz de diminuir a intensidade do ruído a níveis abaixo do limite de tolerância. Os
EPI’s indicados são os protetores auriculares, encontrados de dois tipos:
Protetores de inserção. Ex: de espuma, de silicone, moldáveis, etc;
Protetores circum-auriculares. Ex: concha.
Para que se efetue a transferência total do calor do corpo, o calor metabólico deverá se
encontrar balanceado com o ambiente, por meio dos processos de convecção, radiação e evaporação.
Na convecção a transferência de calor é devida a movimentos do ar sobre a superfície do corpo, com
isso podendo suprir ou retirar calor deste. Na radiação o processo de transmissão de calor se dá
através de ondas eletromagnéticas, ondas de calor, podendo acrescentar ou retirar calor do corpo. Na
evaporação o ser humano tem a capacidade de transpirar como meio de resfriar o seu corpo. A
transpiração aumenta à medida que o corpo necessita aumentar o resfriamento para remover o calor.
Para a avaliação da exposição ao calor existem vários índices, como a Temperatura Efetiva,
Temperatura Efetiva Corrigida, TGU e IBUTG, sendo que o índice adotado deve levar em conta os
fatores ambientais, o metabolismo e o tempo de exposição.
A NR-15, anexo 3, diz que a exposição ao calor deve ser avaliada através do Índice de Bulbo
Úmido-Termômetro de Globo – IBUTG. Ela também prevê limites de tolerância para exposição ao calor
em regime de trabalho intermitente com período de descanso no próprio local de trabalho ou fora dele.
Cabe ressaltar que esses períodos de descanso são considerados tempo de serviço para todos os
efeitos legais. O anexo 3 da NR-15 estabelece dois quadros de limites de tolerância (quadros 1 e 2). O
quadro 1 fixa o limite para descanso no próprio local de trabalho. Neste caso, deve-se medir o IBUTG,
situar a atividade (leve, moderada ou pesada) no quadro 3 e, em seguida, verificar se as condições
térmicas são compatíveis com a atividade desenvolvida.
No quadro 2, são fixados limites de tolerância para descanso num local termicamente mais
ameno onde o trabalhador deverá permanecer em repouso ou exercendo atividades leves. Neste caso,
deve-se determinar para o local de trabalho e de descanso os seguintes parâmetros: IBUTG, tempos
de exposição e estimativa de metabolismo, conforme o quadro 3 e as médias ponderadas
determinadas pelo anexo 3. Em seguida, deve-se comparar o metabolismo média ponderada com o
máximo IBUTG (média ponderada).
Outro aspecto a ser considerado é que as medições devem ser realizadas no período mais
desfavorável do ciclo de trabalho e no período de 60 minutos (alternância trabalho/descanso).
As medidas de controle desse agente devem ser aplicadas no ambiente, como a utilização de
chuveiros no teto das instalações, ou reduzindo-se o tempo de permanência do trabalhador próximo às
fontes de calor. A neutralização através de EPI’s não é possível, podendo em alguns casos até
prejudicar as trocas térmicas entre o organismo e o ambiente.
A neutralização das radiações pelo uso de EPI é muito difícil. No caso de um trabalhador receber dose
de radiação acima do limite tolerado, ele deve ser afastado daquela atividade, conforme as normas do
CNEN.
5.2.4. CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS (Anexo 6)
A caracterização da insalubridade será por inspeção realizada no local de trabalho, por critérios
qualitativos, levando-se em conta o tempo de exposição, a distância do trabalhador à fonte e o tipo de
proteção usada.
Quanto aos EPI’s, são recomendados para proteção contra a radiação não ionizante: Luvas,
aventais, protetores faciais com lentes filtrantes, entre outros, com certificado de aprovação emitido
pelo MTE.
A perícia deve tomar por base os LT definidos na ISO 2631 e ISO/DIS 5349. A insalubridade,
quando constatada, será de grau médio.
O agente físico frio (NR-15, anexo 9), é avaliado por critério qualitativo e envolve as atividades
ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas ou em locais que apresentem condições
similares, que exponham o trabalhador ao frio, em temperaturas que chegam a 25 graus negativos.
Cabe salientar que a falta de limites de tolerância não significa que qualquer exposição seja
insalubre. A intensidade do agente e o tempo de exposição devem ser levados em conta no momento
da avaliação. Se necessário para a boa fundamentação da caracterização da insalubridade, o avaliador
poderá recorrer aos critérios recomendados pela ACGIH.
A principal medida de controle desse agente é a redução do tempo de exposição ao frio, com
períodos de repouso adequados. O EPI recomendado como medida de proteção complementar é o uso
de vestimenta com isolamento térmico. Em muitos casos essas vestimentas prejudicam a
movimentação do trabalhador, devendo o seu uso ser analisado caso a caso.
A ACGIH e a NR-15 não estabelecem limites de tolerância para esse agente, porém a norma
brasileira inclui a umidade como insalubre no anexo 10, NR-15, estabelecendo como parâmetros para a
caracterização que o local seja encharcado ou alagado e capaz de produzir danos à saúde do
trabalhador. O referido anexo não fornece elementos técnicos para uma caracterização científica deste
dispositivo legal.
Os EPI’s usados devem ser: botas de borracha, roupas impermeáveis, luvas cano logo, entre
outros.
5.2.9. AGENTES QUÍMICOS CUJA INSALUBRIDADE É CARACTERIZADA POR LIMITE DE
TOLERÂNCIA E INPEÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO (Anexo 11)
Para que um agente químico venha a oferecer dano à saúde do trabalhador, é necessário que
a sua concentração ou intensidade no local de trabalho esteja acima do limite de tolerância e que o
tempo de exposição a esta concentração ou intensidade seja suficiente para uma atuação nociva deste
agente sobre o organismo.
Algumas substâncias químicas, altamente tóxicas, possuem valores máximos de tolerância que
não podem ser ultrapassados em momento algum durante a jornada de trabalho, em função de
acarretar lesões seríssimas no organismo do trabalhador. Essas substâncias estão relacionadas na
NR-15, anexo 11, com um valor máximo de tolerância, ou valor teto.
Os limites de tolerância (LT) para poeiras minerais estão fixados no anexo 12 da NR-15,
fixando para o asbesto (amianto), o LT para fibras respiráveis de asbesto crisólita de 2,0 f/cm³, sendo
consideradas fibras respiráveis de asbesto aquelas de diâmetro inferior a 3 micrômetros, comprimento
superior a 5 micrômetros e relação entre comprimento e diâmetro igual ou superior a 3,1. Para os
asbestos do grupo anfibólio, ficou proibido qualquer forma de utilização.
Para as operações com poeiras de manganês e seus compostos, o LT é de até 5 mg/m³ no ar,
para jornada de até 8 horas por dia. Para os casos de exposição a fumos de manganês e seus
compostos o LT é de 1 mg/m³ no ar, para jornada de até 8 horas por dia.
Para Sílica Livre Cristalizada (quartzo), o anexo 12 da NR-15 traz várias fórmulas de cálculo,
de acordo com a metodologia de amostragem e pelo diâmetro das partículas de poeira de quartzo, e os
valores obtidos por estas fórmulas são válidos apenas para jornadas de trabalho de 48 horas
semanais.
Outros agentes químicos como o arsênico, o chumbo, o carvão, o cromo, o fósforo, o mercúrio,
os silicatos, têm a caracterização de sua insalubridade decorrente de inspeção realizada no local de
trabalho. E para algumas substâncias cancerígenas não se permitiu qualquer forma de exposição.
SUBSTÂNCIAS CANCERÍGENAS – não são permitidas nenhuma exposição ou contato, por qualquer
via. São elas: 4-amino difenil (p-xenilamina); Produção de benzidina, Beta-naftilamina, 4-nitrodifenil e
Benzeno.
5.2.12. AGENTES BIOLÓGICOS (Anexo 14)
GRAUS DE INSALUBRIDADE
6. Introdução
7.1. Introdução
A Norma Regulamentadora de número 5 (NR-5) do Ministério do trabalho e Emprego
estabelece a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA em todas as empresas que
admitem trabalhadores como empregados, e é a regulamentação dos artigos 163 a 165 da
Consolidação das Leis do trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 5.452, de 1º de maio de 1943.
7.2. Objetivo
A CIPA tem como objetivo principal, segundo a NR-5, “a prevenção de acidentes e doenças
decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação
da vida e a promoção da saúde do trabalhador”.
7.3. Constituição
Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento as
empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta,
instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que
admitam trabalhadores como empregados.
7.4. Organização
A CIPA deve ser composta por representantes do empregador e dos empregados de forma
paritária, segundo o quadro 1 da NR-5.
Quando o estabelecimento não se enquadrar no quadro 1 da NR-5 (até 19 empregados), a
empresa designará um responsável pelo cumprimento dos objetivos da CIPA.
Os representantes do empregador, titulares e suplentes, serão por ele designados, e os
representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão por eles eleitos, em votação secreta, da
qual participarão independente de filiação sindical, todos os empregados interessados.
EXEMPLO:
Suponha que um empresário possua um curtume e uma fábrica de artefatos de couro, cada uma com
260 funcionários. Qual o dimensionamento da CIPA das duas empresas?
SOLUÇÃO:
Para o curtume:
*Entra-se no quadro III da NR-5 (CIPA) com a atividade, no caso curtimento de couro, e encontra-se o
grupo (C-5);
*Em seguida, entra-se com o grupo no quadro I da NR-5 e encontra-se o seguinte dimensionamento:
Efetivos – 4
Suplentes – 4
*Com o mesmo procedimento, chega-se ao seguinte dimensionamento para a fábrica de artefatos:
Grupo C-5a e dimensionamento: efetivos – 2 e suplentes – 2.
______________________________________________________________________
O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma
reeleição, sendo vedada a demissão arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de
direção de CIPA desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.
O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação necessária para
a discussão e encaminhamento das soluções de questões de segurança e saúde no trabalho
analisadas na CIPA.
O secretário da CIPA e seu substituto poderão ser indicados entre os seus membros ou não,
sendo neste caso, necessária a concordância do empregador.
Empossados os membros da CIPA, a empresa deverá protocolizar, em até 10 dias, na
unidade descentralizada do MTE, cópias das atas de eleição e posse e o calendário de reuniões
ordinárias.
7.5. Atribuições
A CIPA terá por atribuições, entre outras:
a) Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do
maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver;
b) Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de SST;
c) Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas necessárias, bem como das
prioridades de ação nos locais de trabalho;
d) Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a
identificação de situações que venham a trazer riscos para a SST;
...
f) Divulgar aos trabalhadores informações relativas à SST;
...
h) Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde
considere haver risco grave e iminente à SST;
i) Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas
relacionados à SST;
...
o) Promover anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prevenção
de Acidentes do Trabalho – SIPAT.
...
7.6. Funcionamento
A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário preestabelecido,
realizadas em horário normal de trabalho da empresa e em local adequado.
As reuniões terão atas assinadas pelos presentes, e ficarão no estabelecimento à disposição
dos Agentes de Inspeção do Trabalho – AIT.
Reuniões extraordinárias serão realizadas quando:
Houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação de medidas
corretivas de emergência;
Ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;
Houver solicitação expressa de uma das representações.
As decisões da CIPA serão por consenso, porem, não havendo consenso e frustradas as
tentativas de negociação direta ou com mediação, será instalado processo de votação, registrando-se
a ocorrência na ata da reunião.
Das decisões da CIPA cabe pedido de reconsideração, mediante requerimento
fundamentado, e deve ser apresentado á comissão até a próxima reunião ordinária, quando deverá ser
analisado.
O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando faltar a mais de
quatro reuniões ordinárias sem justificativa.
7.7. Treinamento
A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes,
antes da posse. Se CIPA em primeiro mandato, esse treinamento poderá ser ministrado em até 30 dias
após a posse. Se a empresa não é obrigada a constituir CIPA, deverá, mesmo assim, promover o
treinamento anual do designado responsável pelo cumprimento dos objetivos da CIPA.
O treinamento da CIPA deve contemplar, no mínimo: estudo do ambiente, das condições de
trabalho, bem como dos riscos originados; noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes
da exposição aos riscos existentes na empresa, bem como sua metodologia de investigação e análise;
noções sobre AIDS, legislações trabalhista e previdenciária relativas à SST; princípios gerais de
higiene do trabalho e de medidas de controle de riscos, e organização da CIPA e outros assuntos
necessários as exercício das atribuições da comissão.
8.1. Introdução
A maioria das empresas no Brasil não é obrigada, por lei, a constituir um Serviço
Especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT, conforme a Norma
regulamentadora N-4. Portanto, não possuem sequer um técnico de segurança do trabalho em seus
quadros. Isso motivou a proposta de alteração dessa norma, que se encontra em discussão na
Comissão Tripartite Paritária Permanente – CTPP criada pelo Ministério do Trabalho e Emprego,
visando criar serviços especializados coletivos, abrangendo grupos de pequenas e médias empresas
(Costa, 2004). Essas mudanças já foram introduzidas na NR-31, sobre Segurança e saúde no trabalho
na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração florestal e Aqüicultura, quando esta permite a
formação de serviços especializados próprios, coletivos e externos.
8.3. Dimensionamento
O dimensionamento dos serviços especializados em engenharia de segurança e em medicina
do trabalho vincula-se à gradação do risco da atividade principal e ao número total de empregados do
estabelecimento constantes dos quadros I e II da NR-4.
As empresas que possuam mais de 50% (cinqüenta por cento) de seus empregados em
estabelecimento ou setor com atividade cuja gradação de risco seja de grau superior ao da atividade
principal deverão dimensionar os SESMT em função do maior grau de risco.
A empresa poderá constituir SESMT centralizado para atender a um conjunto de
estabelecimentos pertences a ela, desde que a distância a ser percorrida entre aquele em que se situa
o serviço e cada um dos demais não ultrapasse 5.000 m (cinco mil metros), dimensionando-o em
função do total de empregados e do risco, de acordo com o quadro II da NR-4.
Havendo na mesma empresa apenas estabelecimentos que, isoladamente, não se
enquadrem no quadro II, o cumprimento da NR-4 será feito através de SESMT centralizado em cada
Estado ou no Distrito Federal, desde que o total de empregados dos estabelecimentos no Estado ou no
Distrito federal alcance os limites previstos no quadro II da NR-4.
Para as empresa de grau de risco 1 o dimensionamento do SESMT considerará como
número de empregados o somatório dos empregados existentes no estabelecimento que possua o
maior número e a média aritmética do número de empregados dos demais estabelecimentos, devendo
os profissionais integrantes do SESMT cumprirem tempo de trabalho integral.
Para as empresas enquadradas nos graus de risco 2, 3 e 4 o dimensionamento do SESMT
considerará como número de empregados o somatório dos empregados de todos os estabelecimentos.
______________________________________________________________________
EXEMPLO:
Suponha que um empresário possua um curtume e uma fábrica de artefatos de couro, cada uma com
260 funcionários. Qual o dimensionamento da CIPA das duas empresas?
SOLUÇÃO:
Para o curtume:
*Entra-se no quadro I da NR-4 (SESMT) com a atividade econômica e encontra-se o grau de risco (4);
*Em seguida, entra-se com o grau de risco (4) e número de empregados (260) no quadro II da NR-4.
Tem-se, então, o seguinte dimensionamento:
Téc. de segurança – 3;
Eng. de segurança – 1 em tempo parcial (mínimo de 3 horas);
Médico do trabalho – 1 em tempo parcial (mínimo de 3 horas).
PPRA E PCMSO
7.2.1. O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da
saúde dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR.
7.2.4. O PCMSO deverá ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos trabalhadores,
especialmente os identificados nas avaliações previstas nas demais NR.
a) garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar pela sua eficácia;
a) realizar os exames médicos previstos no item 7.4.1 ou encarregar os mesmos a profissional médico
familiarizado com os princípios da patologia ocupacional e suas causas, bem como com o ambiente,
as condições de trabalho e os riscos a que está ou será exposto cada trabalhador da empresa a ser
examinado;
b) encarregar dos exames complementares previstos nos itens, quadros e anexos desta NR
profissionais e/ou entidades devidamente capacitados, equipados e qualificados.
7.4.1. O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos:
a) admissional;
b) periódico;
c) de retorno ao trabalho;
d) de mudança de função;
e) demissional.
7.4.2.1. Para os trabalhadores cujas atividades envolvem os riscos discriminados nos Quadros I e II
desta NR, os exames médicos complementares deverão ser executados e interpretados com base
nos critérios constantes dos referidos quadros e seus anexos. A periodicidade de avaliação dos
indicadores biológicos do Quadro I deverá ser, no mínimo, semestral, podendo ser reduzida a critério
do médico coordenador, ou por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou mediante
negociação coletiva de trabalho.
7.4.2.2. Para os trabalhadores expostos a agentes químicos não-constantes dos Quadros I e II, outros
indicadores biológicos poderão ser monitorizados, dependendo de estudo prévio dos aspectos de
validade toxicológica, analítica e de interpretação desses indicadores.
7.4.2.3. Outros exames complementares usados normalmente em patologia clínica para avaliar o
funcionamento de órgãos e sistemas orgânicos podem ser realizados, a critério do médico
coordenador ou encarregado, ou por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou ainda
decorrente de negociação coletiva de trabalho.
7.4.3. A avaliação clínica referida no item 7.4.2, alínea "a", com parte integrante dos exames médicos
constantes no item 7.4.1, deverá obedecer aos prazos e à periodicidade conforme previstos nos
subitens abaixo relacionados:
7.4.3.1. no exame médico admissional, deverá ser realizada antes que o trabalhador assuma suas
atividades;
7.4.3.2. no exame médico periódico, de acordo com os intervalos mínimos de tempo abaixo
discriminados:
a.1) a cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou se notificado pelo
médico agente da inspeção do trabalho, ou, ainda, como resultado de negociação coletiva de
trabalho;
b.1) anual, quando menores de 18 (dezoito) anos e maiores de 45 (quarenta e cinco) anos de idade;
b.2) a cada dois anos, para os trabalhadores entre 18 (dezoito) anos e 45 (quarenta e cinco) anos de
idade.
7.4.3.3. No exame médico de retorno ao trabalho, deverá ser realizada obrigatoriamente no primeiro
dia da volta ao trabalho de trabalhador ausente por período igual ou superior a 30 (trinta) dias por
motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto.
7.4.3.4. No exame médico de mudança de função, será obrigatoriamente realizada antes da data da
mudança.
7.4.3.4.1. Para fins desta NR, entende-se por mudança de função toda e qualquer alteração de
atividade, posto de trabalho ou de setor que implique a exposição do trabalhador à risco diferente
daquele a que estava exposto antes da mudança.
7.4.3.5. No exame médico demissional, será obrigatoriamente realizada até a data da homologação,
desde que o último exame médico ocupacional tenha sido realizado há mais de:
135 (centro e trinta e cinco) dias para as empresas de grau de risco 1 e 2, segundo o Quadro I
da NR 4;
7.4.3.5.3. Por determinação do Delegado Regional do Trabalho, com base em parecer técnico
conclusivo da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador, ou
em decorrência de negociação coletiva, as empresas poderão ser obrigadas a realizar o exame
médico demissional independentemente da época de realização de qualquer outro exame, quando
suas condições representarem potencial de risco grave aos trabalhadores.
7.4.4. Para cada exame médico realizado, previsto no item 7.4.1, o médico emitirá o Atestado de
Saúde Ocupacional - ASO, em 2 (duas) vias.
7.4.4.1. A primeira via do ASO ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, inclusive frente de
trabalho ou canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho.
7.4.4.2. A segunda via do ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante recibo na
primeira via.
c) indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador, incluindo os exames
complementares e a data em que foram realizados;
e) definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador vai exercer, exerce ou
exerceu;
f) nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato;
g) data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo contendo seu número de inscrição
no Conselho Regional de Medicina.
7.4.5. Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames complementares,
as conclusões e as medidas aplicadas deverão ser registrados em prontuário clínico individual, que
ficará sob a responsabilidade do médico-coordenador do PCMSO.
7.4.5.1. Os registros a que se refere o item 7.4.5 deverão ser mantidos por período mínimo de 20
(vinte) anos após o desligamento do trabalhador.
7.4.5.2. Havendo substituição do médico a que se refere o item 7.4.5, os arquivos deverão ser
transferidos para seu sucessor.
7.4.6. O PCMSO deverá obedecer a um planejamento em que estejam previstas as ações de saúde a
serem executadas durante o ano, devendo estas ser objeto de relatório anual.
7.4.6.2. O relatório anual deverá ser apresentado e discutido na CIPA, quando existente na empresa,
de acordo com a NR 5, sendo sua cópia anexada ao livro de atas daquela comissão.
7.5.1. Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação dos
primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida; manter esse
material guardado em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim.
Capítulo 10
9.1.2. As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa,
sob a responsabilidade do empregador, com a participação dos trabalhadores, sendo sua abrangência
e profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle.
9.1.2.1. Quando não forem identificados riscos ambientais nas fases de antecipação ou
reconhecimento, descritas nos itens 9.3.2 e 9.3.3, o PPRA poderá resumir-se às etapas previstas nas
alíneas "a" e "f" do subitem 9.3.1.
9.1.3. O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da
preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas
demais NR, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO
previsto na NR 7.
9.1.4. Esta NR estabelece os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observados na execução
do PPRA, podendo os mesmos ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho.
9.1.5. Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos
existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e
tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
9.1.5.1. Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os
trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações
ionizantes, radiações ionizantes, bem como o infra -som e o ultra-som.
9.1.5.2. Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam
penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou
vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo
organismo através da pele ou por ingestão.
9.1.5.3. Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus,
entre outros.
9.2.1. O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo, a seguinte estrutura:
a) 9.2.1.1. Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análise
global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e
estabelecimento de novas metas e prioridades.
9.2.2. O PPRA deverá estar descrito num documento-base contendo todos os aspectos estruturais
constantes do item 9.2.1.
9.2.3. O cronograma previsto no item 9.2.1 deverá indicar claramente os prazos para o
desenvolvimento das etapas e cumprimento das metas do PPRA.
9.3.1.1. A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão ser feitas pelo
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT ou por
pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto
nesta NR.
9.3.3. O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens, quando aplicáveis:
a) a sua identificação;
c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de
trabalho;
g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica;
9.3.4. A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para:
d) quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal entre danos
observados na saúde os trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam expostos.
9.3.5.3. A implantação de medidas de caráter coletivo deverá ser acompanhada de treinamento dos
trabalhadores quanto os procedimentos que assegurem a sua eficiência e de informação sobre as
eventuais limitações de proteção que ofereçam;
a) seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está exposto e à atividade
exercida, considerando-se a eficiência necessária para o controle da exposição ao risco e o conforto
oferecido segundo avaliação do trabalhador usuário;
b) programa de treinamento dos trabalhadores quanto à sua correta utilização e orientação sobre as
limitações de proteção que o EPI oferece;
d) caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores, com a respectiva identificação dos EPI
utilizado para os riscos ambientais.
9.3.5.6. O PPRA deve estabelecer critérios e mecanismos de avaliação da eficácia das medidas de
proteção implantadas considerando os dados obtidos nas avaliações realizadas e no controle médico
da saúde previsto na NR 7.
9.3.6.1. Para os fins desta NR, considera-se nível de ação o valor acima do qual devem ser iniciadas
ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais
ultrapassem os limites de exposição.
9.3.6.2. Deverão ser objeto de controle sistemático as situações que apresentem exposição
ocupacional acima dos níveis de ação, conforme indicado nas alíneas que seguem:
a) para agentes químicos, a metade dos limites de exposição ocupacional considerados de acordo com
a alínea "c" do subitem 9.3.5.1;
b) para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme critério estabelecido na NR 15, Anexo I,
item 6.
9.3.7. Do monitoramento.
9.3.7.1. Para o monitoramento da exposição dos trabalhadores e das medidas de controle deve ser
realizada uma avaliação sistemática e repetitiva da exposição a um dado risco, visando à introdução ou
modificação das medidas de controle, sempre que necessário.
9.3.8.1. Deverá ser mantido pelo empregador ou instituição um registro de dados, estruturado de forma
a constituir um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA.
9.3.8.2. Os dados deverão ser mantidos por um período mínimo de 20 (vinte) anos.
9.3.8.3. O registro de dados deverá estar sempre disponível aos trabalhadores interessados ou seus
representantes e para as autoridades competentes.
9.4.1. Do empregador:
III. informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar risco
à saúde dos trabalhadores.
9.5. Da informação.
9.6.1. Sempre que vários empregadores realizem, simultaneamente, atividades no mesmo local de
trabalho terão o dever de executar ações integradas para aplicar as medidas previstas no PPRA
visando à proteção de todos os trabalhadores expostos aos riscos ambientais gerados.
9.6.2. O conhecimento e a percepção que os trabalhadores têm do processo de trabalho e dos riscos
ambientais presentes, incluindo os dados consignados no Mapa de Riscos, previsto na NR 5, deverão
ser considerados para fins de planejamento e execução do PPRA em todas as suas fases.
9.6.3. O empregador deverá garantir que, na ocorrência de riscos ambientais nos locais de trabalho
que coloquem em situação de grave e iminente risco um ou mais trabalhadores, os mesmos possam
interromper de imediato as suas atividades, comunicando o fato ao superior hierárquico direto para as
devidas providências.
CAPÍTULO 11
Por coincidência, nessa mesma época, um grupo de Organismos Certificadores (BSI, BVQI,
DNV, Lloyds Register, SGS entre outros) e de entidades nacionais de normalização da Irlanda,
Austrália, África do Sul, Espanha e Malásia, reuniu-se na Inglaterra para criar a primeira "norma" para
certificação de Sistemas de Gestão da SST de alcance global: a OHSAS 18001
Além da norma BS 8800 (que não é uma especificação, mas sim um guia de diretrizes),
começaram a proliferar nos últimos 2 anos várias "normas" certificáveis, desenvolvidas tanto por
organismos oficiais como por grupos independentes, para a área de Segurança e Saúde no Trabalho,
principalmente em função da crescente - e urgente - demanda por certificação por parte das empresas
em todo o mundo. A "norma" OHSAS 18001, cuja sigla significa Occupational Health and Safety
Assessment Series, foi oficialmente publicada pela BSI – British Standards Institution – e entrou em
vigor no dia 15/4/99.
É importante frisar que esse novo documento não é uma norma nacional nem uma norma
internacional, visto que não seguiu a "liturgia" de normalização vigente. Por isso, a certificação em
conformidade com a OHSAS 18001 somente poderá ser concedida pelos Organismos Certificadores
(OCs) de forma "não-acreditada" (sem credenciamento do OC para esse tema por entidade oficial). E é
por isso também que estamos neste texto utilizando o termo "norma" entre aspas, quando nos
referimos à OHSAS 18001.
Muitas delas têm efetuado "análises" ou "auditorias" de SST, a fim de avaliar seu desempenho
nessa área. No entanto, por si sós, tais "análises" e "auditorias" podem não ser suficientes para
proporcionar a uma organização a garantia de que seu desempenho não apenas atende, mas
continuará a atender, aos requisitos legais e aos de sua própria política. Para que sejam eficazes, é
necessário que esses procedimentos sejam conduzidos dentro de um Sistema de Gestão estruturado e
integrado ao conjunto das atividades de gerenciamento.
A nova OHSAS 18001 é uma especificação que tem por objetivo prover às organizações os
elementos de um Sistema de Gestão da SST eficaz, passível de integração com outros requisitos de
gestão, de forma a auxiliá-las a alcançar seus objetivos de segurança e saúde ocupacional. Ela define
os requisitos de um Sistema de Gestão da SST, tendo sido redigida de forma a aplicar-se a todos os
tipos e portes de empresas, e para adequar-se a diferentes condições geográficas, culturais e sociais.
O sucesso do sistema depende do comprometimento de todos os níveis e funções, especialmente da
alta administração. Um sistema desse tipo permite a uma organização estabelecer e avaliar a eficácia
dos procedimentos destinados a definir uma política e objetivos de SST, atingir a conformidade com
eles e demonstrá-la a terceiros.
A OHSAS 18001 contém apenas os requisitos que podem ser objetivamente auditados para
fins de certificação e/ou autodeclaração. Recomenda-se àquelas organizações que necessitem de
orientação adicional sobre outras questões relacionadas a Sistemas de Gestão da SST consultar os
Manuais sobre Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho comercializados pelo QSP.
Convém observar que a OHSAS 18001 não estabelece requisitos absolutos para o
desempenho da Segurança e Saúde no Trabalho, além do comprometimento, expresso na política, de
atender à legislação e regulamentos aplicáveis, e o comprometimento com a melhoria contínua. Assim,
duas organizações que desenvolvam atividades similares, mas que apresentem níveis diferentes de
desempenho da SST, podem, ambas, atender aos seus requisitos.
A OHSAS 18001 baseia-se na premissa de que a organização irá, periodicamente, analisar
criticamente e avaliar o seu Sistema de Gestão da SST, de forma a identificar oportunidades de
melhoria e a implementação das ações necessárias.
Entretanto, possuir tal sistema irá auxiliar uma organização a dar confiança às várias partes
interessadas de que:
existe um compromisso da alta administração para atender às disposições de sua política e
objetivos;
é dada maior ênfase à prevenção do que às ações corretivas;
podem ser dadas evidências de atuação cuidadosa e de atendimento aos requsitos legais; e
a concepção de sistemas incorpora o processo de melhoria contínua.
A criação da OHSAS 18001 atendeu a um grande clamor internacional. Sua importância pode ser
aquilatada pela representatividade dos Organismos Certificadores que participaram de sua elaboração,
os quais respondem por cerca de 80% do mercado mundial de certificação de Sistemas de Gestão.
A nova "norma" foi desenvolvida para ser compatível com a ISO 9001:1994 (para Sistemas de Gestão
da Qualidade) e com a ISO 14001:1996 (para Sistemas de Gestão Ambiental), com o objetivo de
facilitar às empresas a implementação de Sistemas Integrados de Gestão (SIGs como nós os
denominamos), totais ou parciais.
Em síntese, podemos dizer que a especificação OHSAS 18001 estabelece os requisitos de um Sistema
de Gestão da SST que permite a uma organização controlar seus riscos ocupacionais e melhorar seu
desempenho nessa área. Ela não define critérios específicos de performance em SST, nem fornece
requisitos detalhados para o projeto de um Sistema de Gestão nessa área.
Espera-se que a aplicação da especificação OHSAS 18001 pelas empresas ao redor do mundo possa
fornecer dados importantes para o futuro desenvolvimento tanto de normas internacionais, como de
normas nacionais certificáveis para Sistemas de Gestão da SST.