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Dr. A. S. L. F. A. – OAB/xx
Dr. J. J. R. – oab/xx
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XXX, nesta cidade e Comarca de XXXX – PR, na pessoa do seu representante legal, o Prefeito
o Senhor XXXXXXXXXX, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:
DA COMPETÊNCIA
A presente demanda possui os requisitos essenciais para tramitar
perante a Justiça Comum Estadual, já que este é o entendimento da Súmula do Superior
Tribunal de Justiça, n.º 137, estabelece:
"Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar ação de
servidor público municipal, pleiteando direitos relativos ao
vínculo estatutário."
Já entendimento do STF, “é a natureza jurídica do vínculo
existente entre o trabalhador e o Poder Público, vigente ao tempo da propositura da ação, que
define a competência jurisdicional para a solução da controvérsia, independentemente de o
direito pleiteado ter se originado no período celetista .” (Rcl 8909 AgR/MG, rel. orig. min.
Marco Aurélio, red. p/ o ac. min. Cármen Lúcia, julgamento em 22-9-2016).
Dessa forma, claramente se observa que a relação contratual
presente nesta demanda é estatutária, pois o contrato existente entre as partes é regido pelo
Estatuto do Servidor Público Municipal de Mangueirinha n.º 1.905/2015.
Ainda, quanto ao critério do juízo de pequenas causas, nos termos
do art. 2º, §1º da Lei 12.153/ 09 dispõe que “É de competência dos Juizados Especiais da
Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito
Federal, dos Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos.”
Assim, o Juizado da Fazenda se faz competente para julgar a
presente demanda.
DOS FATOS
O Autor é funcionário público efetivo do Município de XXXX,
desde 8/08/1900, registrado sob a matrícula número XXX, tendo sido admitido por intermédio
de concurso público para exercer o cargo de motorista, regime estatutário, recebendo como
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salário base a importância de R$ 3.250,14 (Três mil, duzentos e cinqüenta reais e quatorze
centavos), conforme comprova o demonstrativo de pagamento correspondente ao mês de abril
de 2018, documentos juntados com esta petição.
Portanto, a presente ação se destina a proteção dos direitos
laborais do servidor público efetivo do Município de XXXXX.
Lamentavelmente, em nosso país, existem gestores que agem com
total desprezo as Leis, inclusive apropria Constituição da República Federativa do Brasil.
No entanto, sabemos que gestores não são “donos” da coisa
pública, mas apenas servidores públicos temporários e como tal, se sujeitam, como todos os
demais cidadãos ao ordenamento jurídico pátrio. Frisa-se que o município aqui demandado
vem recebendo normalmente as quotas do FPM, FUNDEF E ICMS, bem como as demais
receitas tributárias a que faz jus, tanto é que sua receita de 200000 de acordo com a AMSOP é
de quase R$ 26 milhões.
Doutor Julgador, não se trata de caridade ou esmola, mas sim, do
direito à percepção de verba de natureza alimentar, decorrente de compensação pelo trabalho
prestado.
Dessa forma a presente ação busca o recebimento das
diferenças salariais no período de XXX/XXX até XXX/XXXXX.
Tal diferença conforme já debatido se faz em virtude da desídia
do Poder Executivo Municipal em cumprir com a obrigação legal e constitucional de conceder
a Revisão Geral Anual da remuneração dos servidores do Executivo Municipal, sendo que o
aumento somente ocorreu após a recomendação do Ministério Público, em anexo, no dia
22//22/2222, quando o correto deveria ter sido em 30 de janeiro de XXXX, conforme preceitos
legais.
A resenha, é fática e objetiva, já que busca o pagamento dos
valores que não se realizaram, em virtude da negligência normativa municipal.
Contudo, em virtude da Lei Municipal n.º XXX/DDDD, a qual
veio estabelecer o reajuste anual no percentual de DDDD% (XXXXXXXX centésimos por
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cento), é que nasceu aos servidores municipais o direito de receber a diferença salarial referente
aos meses que se deixaram de adimplir.
Portanto, busca o Requerentesocorro ao judiciário para ver seus
direitos resguardados.
DO DIREITO
Inicialmente cumpre estabelecer, o descumprimento
constitucional, que ocorreu durante 18 meses, pois este foi o período em que não houve o
pagamento referente ao reajuste anual, sendo que tal reajuste vem devidamente normatizado no
artigo 37, inciso X da Constituição Federal, senão vejamos:
"Os servidores passam a fazer jus à revisão geral anual, para todos na
mesma data e sem distinção de índices (estas últimas exigências a
serem observadas em cada esfera de governo). A revisão anual,
presume-se que tenha por objetivo atualizar as remunerações de
modo a acompanhar a evolução do poder aquisitivo da moeda; se
assim não fosse, não haveria razão para tornar obrigatória a sua
concessão anual, no mesmo índice e na mesma data para todos. Essa
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Essa revisão não pode ser impedida pelo fato de estar o ente político no
limite de despesa de pessoal previsto no artigo 169 da Constituição
Federal. Em primeiro lugar, porque seria inaceitável que a aplicação
de uma norma constitucional tivesse o condão de transformar outra, de
igual nível, em letra morta. Em segundo lugar, porque a própria Lei
de Responsabilidade Fiscal, em pelo menos duas normas, prevê a
revisão anual como exceção ao cumprimento do limite de despesa:
artigo 22, parágrafo único I, e artigo 71". (g.n.)Di Pietro, Maria
Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 17ª edição. São Paulo: Editora
Atlas. P. 456.
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XXX/XXX até XXXX/XXXX, dessa forma a Requerida está inadimplente quanto ao presente
período para com seus funcionários, os quais fazem jus ao recebimento do reajuste anual, bem
como já devidamente previsto, na Lei Municipal n.º 1.XXX/XX e 1.XXXX, já devidamente
debatida, sendo assim, o montante devido no presente período de é de R$ 8.252,20 (Oito
mil, duzentos e cinqüenta e dois reais e vinte centavos), conforme planilha de cálculos em
anexo, frisa-se que o referido valor já consta as devidas atualizações.
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DOS PEDIDOS
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Pede deferimento.