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Território plural
A pesquisa em história da educação
ea
editora atica
o A^a Mana de OIrrara Calvin e Eüane Mar» Taxara Lopes
Aate
Editor Viniaus Rossignol Feíipe
Dugramadora Leslie Morxu
Capa Leslie Morais
Imagem da capa SjpersuxLc/Gerry Images
Pagínação Acqua Esnid.o (jsifi.co
L85I:
Lopes, FJnne V.aitj $01:01 T n im . IV46-
Jtrriofio plural a pe.qu.ia cm lu ó ra ca r.\ ua— cLu~^ '-tara Tarara Lopes. Ana Mjru
de Oliveira Galvio - * ed - São Paulo Ano 2010
I !2p (F-ducaçin)
Incij, jibliiRirlia
ISBN 978-B5-OB 15414-4
I Ld,.cação - Hjtoira. 2 educação - P cscca I Ga-ae. Asa Mana Oe Ol vr-.-a li TPulo
III Série
10-2324 C0 3 3' 5 01
CD».' 37 048 *•<*' <Vf)
2010
1* edição
1* impressão
Impressão e acabamento. Corprint Grífica e Editora Lrda.
Apresentação...................................................
Introdução........................................................
Uma pequena história da educação........................
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y> Introdução
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a geração. , f
De uma maneira ou de outra, esses (erm os lhe são ou ja lhe loram
familiares. Pelo menos para nós, leitores escolarizados, o universo da
educação e, particularm ente, o m u n d o escolar estão (ou esn v e ra m ;
bastante presentes no cotidiano. D e tão falada, vista, vivida, in corp o
rada, acostumamo-nos com essa realidade. C o m isso, correm os o ris
co dc naturalizá-la; torn am o-n os incapazes de esrran h a-la e d c nos
surpreendermos com ela. A primeira vez que tom os à escola, a estreia
como professores, as experiências co m o pais e m ães, filhos e filhas,
nossa formação com o leitores... Tudo que um dia foi o outro , c que
causava surpresa c encanto, hoje faz paitc dc nós.
Apesar dessa familiaridade, m uito do que o corre no universo da
educação ainda é pouco conhecido pelos pesquisadores — e m esm o
pelos professores. Imersos nesse m undo, nem sem pre eles conseguem
perceber o que os estudantes pensam, o que é ensinar e aprender,
qual é o sentido dc cada uma das cenas que co m p õem o dia a dia da
escola, que significados possuem a leitura e a escrita, o con h ecim en
to e o saber.
O estudo da história proporciona uma experiência sem elhante
àquela que obtemos quando viajamos para um lugar que ainda não
conhecemos. Nos dois casos, deparamos com o ''oucro”, algo distante
de nós no tempo e no espaço. Esse encontro nem sempre causa uma
mudança no olhar do estudioso da historia ou do viajante — tornan
do-o menos etnocêntrico, por exemplo. No entanto, o contato com
o que ê diferente pode possibilitar, por similitude c dilerença, uma
maior compreensão de si e da própria cultura. Ele nos mostra o quan
to somos universais e, ao mesmo tem po, particulares.
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A na M arta rie 0«veira Galvão e Eltane M arta Teixeira Lopes
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Temíóno plural
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Território plural
escolas.
Durante a longa Idade Média (séculos IV -X JV ), a Igreja ao mes
mo tempo negou c conservou as heranças grega c rom ana Suas « c o
las nasceram sob o abrigo de mosteiros, igrejas e abadias, m as foram
também impulsionadas pelas atividades com erciais e artesanais que
começaram a se desenvolver nos burgos (cidades) e nas corporações
de ofício. Isso deu origem a instituições im portantes, co m o a univer
sidade. Nas escolas medievais, estavam presentes tanto a form ação bí
blica cristã quanto a preparação para o trabalho. Essa dupla natureza
do ensino estabeleceu novas formas de relação, dc ética e de estética,
inclusive pedagógicas. A preocupação com a educação, nessa época,
pode scr percebida na fachada e no interior das catedrais. As escultu
ras, os vitrais e a organização do espaço religioso revelam o em penho
da Igre|a em ensinar aquilo que era im portante para ela c para as m o
narquias que a apoiavam: a vida dos santos, de homens e (poucas) m u
lheres sábios, e de Cristo - modelos de vida c de com portam ento.
Na Renascença (século X V ), a arte e a literatura antigas são resga
tadas, anunciando uma nova visão de m undo. Deus e a vida santa,
extraterrena, deixam de ser o foco principal dos ensinam entos; em
contrapartida, a vida das pessoas de carne e osso torna-se um aspecto
central da cultura. Ou seja, a visão teocêntrica do m undo ( theós =
deus) vai dando lugar a uma visão antropocêntrica (anthrópos = ho
mem). O movimento renascentista admite que a escola pode ser ale
gre e que os estudos literários, científicos e filosóficos são panes igual
mente importantes do currículo.
A conquista da A m érica pelos europeus anuncia um a nova era,
com novas raças e culturas, o que obriga a pensar um novo tipo de
educação e um novo tipo de escola. Os portugueses chegaram a uma
nova terra —depois cham ada Brasil —e dela se apossaram. D urante
mais de três séculos, apesar dos muitos movimentos de resistência e
rebeldia, a colônia serviu de base econômica da metrópole europcia,
que aos poucos entrava em decadência. A grande propriedade agr/co-
^ ch MeS” d de O iiviira Galvào e tlia n e i^a rla 'eixoira Lo.»es
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Território pluml
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m Tem lóno pluraJ
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outro lado do mundo. Mais do que nunca, saber é poder. A atençãC)
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de especialistas se volta agora para o papel do professor e para o risco
* ir?. do excesso, pois sabe-se que as doses excessivas de informação a que
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cada vez mais pessoas estão expostas, m uito ao contrário de aum en
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tar o sabei, provocam a ignorância. Por isso, mais do que nunca, co
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mo saber é poder.
I Mas a educação nunca se restringiu à escola. Práticas educativas
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' ij? ocorrem também fora dessa instituição, às vezes com m aior força do
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que se considera. A cidade, o trabalho, o lazer, os movim entos sociais,
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^',7 a família c as igrejas tinham —e continuam tendo — um enorm e poder
de inserir as pessoas em mundos culturais específicos.
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História da educação: uma
disciplina, um campo de pesquisas
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'Vna M ana de Oliveira G aivào e Eliane M aria Teixeira Lopes
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T crruon o plural
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Twrrlóoo pfur**
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Ana M aria de O liveira Galvão e Eliane M aria Teixeira Lopes
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ne idade na produção da área: há grande pluralidade ram o de aportes
teórico-m etodológicos quanto de temas.
Para que o pesquisador se torne um historiador da educação com
petente, precisa ter uma form ação rigorosa e específica, o que supóe
um mergulho no que é próprio ao cam po do outro. Q u em quer fazer
história da educação deve con h ecer bem as teorias e mecodologias da
história e a prática dos arquivos, de m odo que possa realizar a ope
ração historiográfica”, para usar a expressão de M ichel de C erteau
(1 9 8 2 )\ É preciso tam bém ter fam iliaridade com o ob jeto que será
investigado e com o cam po que configura esse objeto: a educação e
suas especialidades. Consideram os im portante insistir nesse aspecto
na medida em que a história da educação tem sido um cam p o fértil
para os amadores, pois parece ser um dom ínio de investigação bas
tante acessível. Pesquisas realizadas no Brasil têm m o strad o que a
maioria dos autores de livros didáticos de história da ed u cação não
são pesquisadores da área e produziram esses materiais num m om en
to específico da trajetória acadêmica. Muitas vezes, esses autores es
crevem sobre outras áreas da educação - c, com o se poderia prever,
sobre a filosofia.
Por muito tempo, nos cursos de formação de professores a disci
plina se restringiu à história geral da educação. A inclusão de uma
unidade sobre a história da educação no Brasil dependia do tem po
e da disposição do professor. Se já não era com um pesquisar a his
tória da educação, ainda mais raras eram as investigações sobre a histó
ria da educação brasileira. Som ente nos anos 7 0 é que os cursos de
pedagogia passam a contar com uma disciplina específica para tal.
Talvez por isso, muitos manuais sobre o tema se baseiem não no
trabalho historiográfico, mas em outros livros — principalm ente os
primeiros escritos no país —, tomando-os com o se fossem fontes pri- 4
4. Afirma esse autor “Encarar a história como uma operação será tentar, de maneira
necessariamente limitada, comprecndc-la como a relação entre um Lugar (um recru
tamento, um meio, uma profissão etc.), procedimentos de análise (uma disciplina) c a
construção de um texto(uma literatura)” (Ccrtcau, 1982, p. 66).
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Ana Mana de Oliveira Galvão e Eliane M arta Teixeira Lopes
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Território plural
5. Sabemos que esse não foi um procedimento usado por Marx cm seus textos histé
ricos. É o que atcscam a beleza e a profundidade dc suas reflexões cm O IS B rum ãrw
c G uerra C iv il em F ran ça, por exemplo.
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K
Ana Mana de Oliveira G alvào e Eliane M arta Teixeira Lopes
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Ana M ana de Oliveira Galvão e Eliane M arta Teixeira Lopes
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Ana Maria de Oliveira Galvão e Eliane Marta Teixeira Lopes
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Ana M aria ot» O liveira Gatvão e Ehane Mana Teixeira Lopes
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TorrUfim plural
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( Je
Ana Maria de Oliveira Galváo e Elmno Marta Teixeira Lopes
Quanto mais ele for capaz de associar essas informações com estudos
já realizados sobre o tema, as teorias estudadas e outros documentos
que não faziam parte do seu corpus original, mais condições ele tem
de legitimar, com rigor, o conhecimento que construiu c aproximar-sc
da verdade - sempre incompleta f ntão, para compreender n educa
ção, é possível - e, muitas vezes, imprescindível - lançar mão do que
já se sabe sobre fatos políticos e econômicos que marcaram uma épo
ca- No entanto, essas informações só ganham senrido se forem neces
sárias à compreensão do objeto em questão, e não apenas porque é
preciso contextualizar o fenômeno educativo. O próprio objeto estu
dado vai mostrar que só pode ser compreendido quando posto em
relação com outros objetos, aspectos c fenômenos da época.
Outro grande desafio para compreender a história da educação
brasileira diz respeito aos períodos investigados. Os primeiros traba
lhos abordavam panoramicamentc a educação em todos os momen
tos da históna brasiieira, realizando grandes sínteses. Já o período
republicano, nocadamence o Estído Novo, foi profícuo em estudos
ditos marxistas. Nos uiumo' anos, (em cre\cicio o interesse dos pes
quisadores pelas décadas iniciais do século XX. O século XIX tam
bém tem atraído um numero significativo de historiadores, que têm
se reunido em fóruns específicos de discussão e publicado coletâ
neas sobre o período. Esse interesse talvez se justifique pelo desafio de
mostrar que, muito mais do que um hiato, esse momento foi funda
mental para a institucionalização da escola brasileira.
O maior vácuo de pesquisa é o período colonial. Alguns faiores
talvez expliquem o pequeno número de estudos realizados hoje sobre
essa época. Em primeiro lugar, os documentos são mais raros, menos
conservados e menos inteligíveis para amadores e pesquisadores de
primeira viagem. Segundo, o próprio fenômeno educativo nesse pe
ríodo é mais fluido e menos visível, na medida em que o Brasil colo
nial se caracterizou pela quase ausência de iniciativas oficiais e for
mais em educação. Por fim, talvez por ser um período mais remoto,
ele afaste os historiadores da educação preocupados cm fornecer sub
sídios para compreender o presente. O fato é que ainda conhecemos
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Histórias da educaçao:
novos objetos
História do ensino
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Ana Maria de Oliveira Galvão e Eliane Marta Teixeira Lopes
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\ •
Território plural
gar os usos da leitura e da estrita que efetivamente são feitos por in
divíduos ou grupos. Interessa, nesses trabalhos, a compreensão his
tórica dos papéis sociais, dos usos e funções da escrita c das relações
desses elementos com variáveis com o classe social, ocupação, lugar de
habitação (urbano ou rural), gcncio c euua. lbw>es estudos têm >.oiiin-
buído para m ostrar com o são complexas as relações - nem sempre
diretas e mecânicas - entre os níveis de escularização c a capacidade
de ler c escrever .Assim, cabe perguntar qual é o papel da escola na
transmissão das competências de leitura e escrita? C om o essa trans
missão se deu ao iongo dos séculos? C om o as pessoas sem acesso â
escola ou com cscolanzação rcstnra participavam dc contextos cultu
rais ji marcados pela presença da escrita? Fontes variadas, com o in
ventários. correspondências e manuais escolares, podem ajudar a res
ponder a essas e a outras qucstócs.
Além das pesquisas sobre alfabetização e Ictramento, historia
dores da educação têm se ocupado do livro e da leitura. A história
do livro é, cronologicam ente anterior à história da leitura En
quanto a primeira descreve quanutuuvam cntc os objetos mais li
dos c os leitores dc uma determ inada época, a história da leitura
reconstitui, para utilizar a expressão dc Robert Darnion (1 9 9 0 ), os
“co m o " e os “porquês da leitura. Para isso, os estudos nessa linha
tem enfocado os três principais m om entos do circuito que torna
possível o ato de ler: a produção, a circulação e a apropriação dos
materiais de leitura.
A produção dos materiais c um dos domínios mais e s tu d a d o s . A
com preensão do lugar ocupado pelo escrito nas diferentes sociedades
tem se enriquecido com as pesquisas sobre o papel dos editores, revi
sores, impressores, tipógrafos, ilustradores e tradutores na preparação
do impresso. Discutem-se também as legislações de direito autoral, os
contratos de edição e o m ecenato Ao contrário dos estudos tradicio
nais, as pesquisas mais recentes investigam náo apenas objetos dc lei
tura consagrados pela tradição erudita, mas outros tipos dc escritos:
literatura popular (almanaques e folhetos dc cordel), histórias em qua
drinhos, romances policiais, folhetins, revistas, literatura pornográfi
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Terrrtório piorai
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A na Mana de O liveira G alvao e Ekane M arta Teixeira Lopea
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Tnrrdrtfio oHiral
sociedade. Por isso, não se pode falar numa hisrórta d.i juventude (no
singular), mas em história de juventudes, de jovrm Vale lcmbr.tr tam
bém que essa f,Lsc da vida, assim com o as outras, é uma condição
provisória: os sujeitos atravessam a juventude dc m aneira relativa-
ineme lugaz.
Para dar respostas às problemáticas citadas, ganham importância
nos estudos temas com o ritos de passagem, sacramentos e conver
sões, associações e movimentos de jovens, viagens de formação, tes
tas (de caráter religioso ou profano) c processos de educação c e s c o
lan/açáo. A delinquência, a violência, a revolta e as mudanças sociais
c políticas, cm geral associadas a essa fase da vida, também têm sido
pesquisadas.
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Ana Mana de Oliveira Galvão e Eliane Marta Teixeira Lopes
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«ora. Tal associação nos leva a csqucccr que essa foi uma conquista
- lenta c difícil - das mulheres no cam po profissional. Outra rcte-
rència para abordar historicamente as questões de gín ero no magts-
rírin: quando o professor é mulher, i professora. Assim encontram os
no dicionário:
2. \ra Grécia antiga, parte da residência que era reservada às mulheres. H oje, é o
nom e dado pelos biólogos ao órgão feminino das flores.
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b.
públicos, mas muitas tam bém entraram para a história por seus feitos S
c lutas de resistência. Podemos dizer, ainda hoje, >cm medo de errar,
que delas somos herdeiras. Se quase ninguém mais se espanta ao ver
uma mulher ocupar um cargo no m undo político, intelectual, social,
financeiro, nossa dívida é certam ente com aquelas que nos antecede
ram. Foram fazendeiras e gerentes de fortunas da família; enfermei
ras; companheiras corajosas do marido em guerras e revoluções, pro
fessando elas mesmas seus ideais; cientistas; professoras; militantes de
causas políticas; escritoras; esportistas. Essas mulheres nos mostraram
que poderia haver outro tipo de educação, outros modelos.
Hoje, muitas dessas histórias — coletivas e individuais — têm sido
objeto de pesquisa: a produção em história da educação incorpora,
pouco a pouco, a ideia de que a educação som ente pode ser com pre
endida em outros tempos e espaços quando pensada também com o
lugar de constituição de homens e inulheies
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Fontes para uma história
da educação
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Algumas fontes
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Ana M ana de O liveira Galvão e Eiiane M arta Teixeira Lopes
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Ana Mana de Oliveira Galvão e Eliane Marta Teixeira Lopes
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1. Essa “ida aos arquivos” tem sido facilitada, nos últimos anos, pela disponibilizaçáo
de documentos na internet. Vários arquivos públicos estaduais têm digitalizado par
te do seu acervo, assim como o Arquivo Nacional (wwvv.arquivonacional.gov br/) e a
Biblioteca Nacional (www.bn.br/) Há, ainda, unia grande quantidade de documen
tos oficiais (nacionais e provinciais) disponibilizada no suc da Universidade dc Chi
cago (www.crl.edu/brazil/).
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Território plural
\
\
dade dc pesquisadores. Embora esses trabalhos não abarquem o uni
verso das fontes passíveis de serem utilizadas (na medida em que mui
tas delas estão fora dos locais tradicionalmente criados para guardá-las,
como os arquivos públicos), são importantes porque chamam a aten
ção para a expressiva quantidade c potencialidade de documentos dis
poníveis, além dc facilitar o trabalho dos futuros pesquisadores.
Falemos, agora com mais detalhes, dc algumas das novas fontes
que vêm sendo utilizadas em trabalhos recentes de história da educa
ção. Por razões diversas, deixaremos muitas outras de fora. Não fala-
remos, por exemplo, da importância de usar arquivos de polícia (e
suas ações cíveis e criminais), inventários e testamentos, estatísticas,
fontes arqueológicas, letras de canções populares ou do repertório
erudito, ou mesmo discursos de pedagogos e de médicos sobre a edu-
cação. Alem do mais, a totalidade das fontes é inapreensívcl: o pesqui
sador nunca saberá se achou todas as fontes, ou se todas se perderam
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Ana Mana de Oliveira Galvão e Eliane Maria Teixeira Lopes
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Território oiural
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A história oral
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Ana Mana de Oliveira Galvão e Eliane Maria Teixeira Lopes
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Território plural
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Ana Mana de Oliveira Gatvào e EJiane Marta Teixeira Lopes
to, vale a pena insistir a história oral não deve ser considerada o
próprio produto da pesquisa histórica. Os depoimentos que o pes
quisador recolhe devem ser submetidos ao mesmo tratamento que
«e dá a ourias fontes documemais. E«>a exigência é inerente ao traba
lho histonograrico.
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Ana Maria de Oliveira Galvào e Elianc Marta Teixeira lupas
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TerrilArio plural
01
O projeto de pesquisa era
história da educação
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Ana M ana de O liveira Galvão e Ellane M aria Teixeira Lopes
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Território plural
A revisão de literatura
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i
Ana Mana de Oliveira Gaivâo e Eliane Marta Teixeira Lopes
A fundamentação teórica
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Território plural
Os objetivos
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■
Ana M aria de O liveira Gatvào e Eliane M arta Teixeira Lopes
A metodologia
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Território plural
Referências e bibliografia
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A n a M a ria de O live ira G alvõ o e E lia n e M a rta T eixeira Lo pe s
94
Um a palavra final
• ^' ^B^^ecem os a Maria Luiza Gonçalves Ferreira, filha do poeta, a gentil autoriza
ção para publicação do texto. (N . do e.)
95
Minha escola
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- Hem. amanha quero isso de cor.
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mrtcm à liberdade. à ausência dc controle. ao corpo cm movimcmo.
tssc cotidiano ccmmcntc contrastava com o da escola.
Do outro lado, aquda tortura:
“As armas e os barões assinalados.'"
100
•“Eu com eço, atenienses, invocando
a proteção dos deuses do Olim po
para os desrmos da Cirécia!
Muito bem! Isto é do grande Demóstenes!
Agora .1 dc francês:
“Quund le christianisme avait apparu sur a rerre .
Basta.
Hoje temos sabatina...
“Sabatina" vem de sabato (sábado) e era, na escola, uma r e p e u ^
aos sábados, das lições estudadas durante a do
utilizavam a sabatina cm suas práticas pe ag gi c hamada)
século XX, a sabanna (ou o argumento, como tam ^ scma_
não ocorria mais somente aos sábados, mas em outrOS ^ o
na. Era uma prática central na vida escolar: por me.o
professor “tomava a lição”. Mesmo no «ntcio do sécu o ^
individual prevalecia em muitas escolas: o professor nao
com o ocorre no m étodo simultâneo. Em vez disso, ele tom a
lições" dc cada aluno individualmente, mesmo que touov cs i
juntos, e avaliava a aprendizagem. ^
Mesmo quando a oralidade ia cedendo lugar às práticas e c<^ n
(que se tornaram, se não centrais, legítimas no espaço csco e pa
recia anacrônico realizar provas orais, a ideia da sabatina permaneceu
nos questionários que por tanto tempo caracterizaram o em .no de
algumas disciplinas, com o história e geografia. Sabatina acabou to
mando outro senudo: o de discussão, debate. Na década de 6 0 havia
um programa de T V que se chamava Sabatinas M auxna. Hoje cm
dia, esses programas são chamados quizz shows, sempre com o senti
do de competição para ver quem sabe mais.
O argumento é a bolo!
101
J
los nos alunos que não acertavam as questões. As vezes, delegava ao
estudante que se saía bem na atmdade a tarefa de dar bolos nos cole
gas Assim, quem acertasse as lições recebia o “prêmio de poder ba
ter no colega.
102
„ _ ,r r itnrc<: (com o M anuel Bandeira.
que..........
deseja a......" ' " Td .ZRosa
presença Z »cm J o p~ “ “ "dui
M 0 °|hcK
pt da
ma relerindo-sc a « » pcrsona6cns m a,o 4 P e
M " os contadoras da h i e n a s . * * ^ £ ^ Z » * °~ l
velhas, no Brasil anrm frequcn.amen.c associado
das tradições indígena, a afr,canas. b » homens '
vam. scdu/iam, lavavam para mundos desconhecidos m cnm o mc
ninas „ua. K da um lado v.vian. » rapar.çáo, o nM.o a a
do corpo, cnrcicrísircos da escola, da ourro pod.arn - à boca da
tc - experimentar a imaginação, a criatividade, a po
103
Bibliografia e sugestões de leitura
Paru elaborar csrc livro usamos textos r.scntos por ourros uutorcs c
por nós. Apresentamos aqui as informações sobre essas obras, que. ao
mesmo tempo, consideramos stigcsrõcs dc leitura para quem quiser
sc aprofundar nos assuntos abordados N ão tivemos a pretensão de
fazer uma compilação exaustiva dc textos sobre cada um dos temas.
Selecionamos apenas alguns títulos, priorizando os que se encon tram
%*• no Brasil - ainda que nem todos estejam disponíveis cm livrarias - e
sc mostram mais interessantes do nosso ponto de vista — por serem
i -
clássicos ou por trazerem abordagens inovadoras.
<•
; ,i Historiografia, história da educação
Sc e fontes
105
1
Ana Mario de Oliveira Galvão e Eliane Marta Teixeira Lopes
106
Território p'oral
História do ensino
107
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Projeto de pesquisa
Conclusão
CA M Õ ES, I uís de. Os lusíadas. Rio de Janeiro, hão i’aulo, Bcio 1 lorizonte:
Livraria Fiancisco Alves; Paulo Azevedo tsí Cia., s d.
(..URALINA, Cora. Poemas dos becos de G oiás e esuhias nuas. 6.' cd. São
Paulo: Global, 1984.
FERREIRA Asccnso. Poemas de Ascenso Peneira. Recife: Nordcstal, 1995.
Dicionários e enciclopédias
110
Território plural
Periódicos da área
111