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EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CÍVEL DA COMARCA DE


SÃO LEOPOLDO (RS).

Com Pedido de Assistência Judiciária Gratuita

....., vem à presença de Vossa Excelência, por seus procuradores firmatários, Dra.
Denise Ballardin, brasileira, advogada, inscrita na OAB/RS sob o n.º 47.784, e Dr.
João Darzone de Melo Rodrigues Junior, brasileiro, advogado, inscrito na OAB/RS
sob o n.º 51.036, ambos com endereço profissional à Rua Independência, n.º 181, sala
1502, Centro em São Leopoldo (RS), propor a presente:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE CANCELAMENTO DE REGISTRO


com pedido liminar ‘inaudita altera parts’

nos termos estabelecidos pelo CPC em seus artigos 273 e 282 e seguintes, devendo
serem citados para responder, CENTRALIZAÇÃO DE SERVIÇOS DOS BANCOS
S/A – (SERASA), com sede na Rua dos Andradas, n.º 1001, sala 1604/16º andar, Bairro
Centro, em Porto Alegre (RS), e SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO DE
PORTO ALEGRE - (SPC), com sede na Rua Senhor dos Passos, n.º 235/térreo, Bairro
Centro, em Porto Alegre (RS), pelas razões de fato e de direito que passa a aduzir.

I – DA EXPOSIÇÃO FÁTICA

O autor possui registros no SPC referentes a 6 (seis) cheques do Banco Itaú – agência
0604 conta corrente n. 0272260 - que foram devolvidos por falta de fundos, sendo que
os números dos referidos cheques são: 055862,055877, 055878, 055880, 867781,
8677182

Tais anotações foram efetuadas no ano de 2000, nas datas de 27.01.00, 13.03.00,
11.04.00, 14.03.00, 07.02.00, e 08.05.00, respectivamente. Ou seja, todos os cheques
foram apresentados há mais de dois anos.

O autor enfrentou uma série de dificuldades financeiras naquele ano, visto isto, não teve
condições de realizar o pagamento de todos os cheques. Porém, nenhum dos credores
procuraram-lhe afim de saldar a dívida, tampouco exerceram o seu direito de ação, ou
seja, de ajuizarem ações de execução (conforme pode-se verificar com os documentos
em anexo).

II – DO MÉRITO

A fundamentação jurídica que abaixo se explanará não deixará dúvidas de que a


manutenção do nome do requerente nos cadastros de inadimplentes por título executório
já prescrito ocasionará forte violação ao direito do mesmo.

A – DO CHEQUE – nulidade dos registros mantidos pela SERASA e pelo SPC

Nos termos do art. 59 da Lei 7.357/85 o lapso prescricional da execução do cheque


ocorre em seis meses, a partir do escoamento do prazo de apresentação:
"Art. 59. Prescrevem em 6 (seis) meses, contados da expiração do prazo
de apresentação, a ação que o artigo 47 desta Lei assegura ao
portador."

No que concerne a manutenção dos registros por cheques devolvidos, mesmo após
decorrido o prazo fixado no artigo acima transcrito, a jurisprudência já entende ser
indevida tal inscrição, in verbis:

"27133555 – SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – PEDIDO DE CANCELAMENTO DE


REGISTRO RELATIVO A CHEQUE SEM PROVISÃO DE FUNDOS – Em se tratando de
dívida representada por cheque, cuja ação executiva prescreve em seis
meses (artigo 59 da lei 7357 de 02/09/85), e de ser cancelada a
inscrição do nome da devedora junto ao SERASA, se já decorrido esse
prazo prescricional. Inteligência da Súmula 13 do TJ e do artigo 43,
parágrafo 1 e 5, do CDC. Apelação provida. (4 fls). (TJRS – APC
70001048602 – 11ª C.Cív. – Rel. Des. Voltaire de Lima Moraes – J.
06.09.2000)"

"27114222 – APELAÇÃO – AÇÃO ORDINÁRIA DE CANCELAMENTO DE REGISTROS EM


CADASTRO DE INADIMPLENTES – SPC – PRAZO PRESCRICIONAL – APLICAÇÃO DA
SÚMULA 13 DO TJ E DO ART. 43, PAR-1 E PAR-5, DO CDC – Quando não
demonstrada pelo órgão restritivo a natureza do documento que originou
o cadastramento, cuja prescrição e em prazo superior, prevalece o
prazo de 03 anos, por mais benéfico ao consumidor. Com relação aos
cheques, incide o prazo prescricional regulado pelo ART. 59 da Lei nº
7357, de 02/09/85. Apelo provido. (5 fls.) (TJRS – APC 70000361014 –
19ª C.Cív. – Relª Desª Juíza Elba Aparecida Nicolli Bastos – J.
04.04.2000)"

Veja-se que não há motivos para o autor permanecer inscrito nos cadastros restritivos de
crédito dos réus, visto que transcorreu o prazo para o portador exigir judicialmente o
pagamento do mesmo.

Em relação a tal assunto, a súmula n.º 13 do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul é
muito clara e justa em seu conteúdo:

"A inscrição do nome do devedor no Serviço de Proteção ao Crédito


(SPC) deve ser cancelada após o decurso do prazo de cinco (5) anos se,
antes disso, não ocorreu a prescrição da ação de cobrança (art. 43, §§
1º e 5º, da Lei nº 8.078/90), revisada a Súmula nº 11."

Vejamos o que diz o artigo 43, § 5º do Código de Defesa do Consumidor:

"CONSUMADA A PRESCRIÇÃO RELATIVA Á COBRANÇA DE DÉBITOS DO CONSUMIDOR,


NÃO SERÃO FORNECIDAS, PELOS RESPECTIVOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO AO
CRÉDITO, QUAISQUER INFORMAÇÕES QUE POSSAM IMPEDIR OU DIFICULTAR NOVO
ACESSO AO CRÉDITO JUNTO AOS FORNECEDORES".

Observa-se que o legislador, ao abordar tal matéria, estabeleceu critérios para não serem
violados os direitos do consumidor. Ou seja, não pode o autor permanecer com seu
nome incluído em cadastros restritivos de crédito por causa de cheques prescritos. Se
não foi reclamado judicialmente tal direito, e transcorreu o prazo, significa que o credor
não possui interesse em resolver tal conflito.
Cristalina também é a jurisprudência que decide de acordo com a Súmula n.º 13 do
Egrégio Tribunal de Justiça gaúcho:

"Súmula n.º 13 do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul.


Quando a Súmula refere-se à Ação de Cobrança, cuja prescrição pode
ocorrer antes dos cinco anos, está aludindo, também, às ações
cambiárias. Não promovida a execução do cheque, e nem exigido o
crédito em ação de locupletamento indevido (art. 61 de Lei 7.357/85),
deve o registro negativo ser cancelado antes do decurso de 5 anos.
Exegese do artigo 43, §§ 1º e 5º, da Lei n.º 8.078/90. Proveram o
Apelo. Unânime" (Apelação Cível n.º 595100280, 8º C. C. do TJRS,
julgada em 10/08/1995).

"APELAÇÃO CÍVEL. SERASA. REGISTRO NEGATIVO. CANCELAMENTO, FORTE NA LEI


N.º 8078 E, POR ANALOGIA, NA SÚMULA N.º 13 DESTE TRIBUNAL. PRESCRITA A
PRETENSÃO EXECUTIVA, CANCELA-SE REGISTRO NEGATIVO. APELO PROVIDO.
(4FLS.) (APC N.º 70000383034, SEXTA CÂMARA CÍVEL , TJRS, RELATOR: DES.
ANTONIO JANYR DALL’AGNOL JUNIOR, 22/12/1999)".

B - DO CÓDIGO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR

As normas do Código de Defesa do Consumidor emanadas de interesse público,


acoplam-se no contexto social como instrumentos efetivos de defesa e proteção do
consumidor, especialmente para assegurar a inviolabilidade dos direitos personalíssimos
e preservar os interesses econômicos envolvidos.

Os direitos dos consumidores serão amparados judicialmente, e conforme o artigo 6º,


VI, reconfirma-se a possibilidade de invocação do Poder Judiciário por parte do
consumidor, no que diz respeito a prevenção e reparação dos danos por eles sofridos,
quer eles sejam patrimoniais, morais, individuais, coletivos ou difusos.

O caput do artigo 42 do Código, afirma que:

"NA COBRANÇA DE DÉBITOS O CONSUMIDOR INADIMPLENTE NÃO SERÁ EXPOSTO AO


RIDÍCULO, NEM SERÁ SUBMETIDO A QUALQUER TIPO DE CONSTRANGIMENTO OU
AMEAÇA"

Trata-se de um dever negativo do fornecedor-credor de não expor o consumidor


inadimplente a ridículo, nem tampouco constrangê-lo ou ameaça-lo na cobrança de
débito. Poderá com isso, o fornecedor valer-se de todas as garantias proporcionadas
juridicamente, mas nunca intimidar ou ridicularizar o consumidor. Claramente observa-
se que o fornecedor não pode exercer abusivamente a sua posição de credor, devendo
observar com rigor o padrão legalmente previsto para o recebimento do seu crédito.

O fornecedor possuindo filiação ao réu, pode inscrever arbitrariamente o nome de seus


clientes devedores nos cadastros restritivos de crédito, não utilizando-se das medidas
judiciais cabíveis que o ordenamento jurídico oferece para determinado caso, onde o
CONSUMIDOR TERÁ O DEREITO DE EXPOR SUA DEFESA, sendo que se inscrito
arbitrariamente nos cadastros restritivos de crédito, já é condenado a "MAU
PAGADOR", tendo privado o seu direito de defesa, e conseqüentemente estando mau
visto perante a sociedade.
É através da jurisdição que se tem uma solução pacífica dos direitos violados, e por isso,
compete a todos invocar a sua atuação, sempre que houver lesão ou ameaça de direito.
Por isso mesmo, o inadimplemento de obrigação creditícia apenas torna o credor o
titular do direito de cobrar a dívida do devedor, e para isso, deverá valer-se dos meios
que a lei autoriza para realiza-lo. Isto é, deverá submeter a pretensão ao Poder
Judiciário, para realizar seu direito. Somente após a apreciação definitiva do Poder
Judiciário, com o reconhecimento desse direito é que o mesmo se torna exeqüível pelos
meios coercitivos estabelecidos pela lei. Antes disso, o credor tem apenas uma
expectativa desse direito.

No caso em tela, percebe-se que o réu procedeu a inscrição do autor no cadastro


restritivo de crédito e utiliza-se do artigo 43, § 1º que explicita que os cadastros e dados
dos consumidores não podem conter informações negativas referente ao período
superior a 5 (cinco) anos. Assim, conseguem atingir um número superior de filiados,
visto que estes sabem que o registro de mal pagador do consumidor ficará ativo por um
tempo de cinco anos, imaginando-se assim, que durante este longo período o
consumidor irá saldar a dívida.

Tal procedimento, na maioria das vezes, provoca inércia do comerciante perante o


Órgão Judiciário, já que consegue, junto ao réu, uma condenação de imediato contra o
consumidor, não proporcionando a ele medida, também administrativa, cabível para sua
defesa, podendo somente saldar a dívida para ter seu nome excluído do cadastro de
maus pagadores.

Ocorre que, se o credor não utilizou as medidas judiciais no tempo previsto pela
legislação, para a resolução de seu problema, não há motivos para o autor estar incluído
nos cadastros do réu, pois tal situação de inércia, atingindo o período de prescrição, é
vista como falta de interesse em resolver e saldar a dívida com o consumidor, e não
pode este estar condenado, por um meio administrativo a permanecer perante a
sociedade como "mau pagador" durante um período de 5 anos.

"A objetividade jurídica da norma visa tutelar a honra, a intimidade,


a privacidade, a liberdade pessoal e a paz do consumidor de produtos e
serviços, garantindo-lhe a tranqüilidade necessária para exercer os
seus direitos, sem que haja a opressão e outros mecanismos inibidores
exercidos pelos mais fortes, contrapondo-se a possibilidade de ser
submetido ao redículo, equivalente a faze-lo merecedor do escárneo, de
zombaria; a faze-lo alvo do riso e do cômico, com sérios danos da
ordem material e moral, e porque não dizer: da própria imagem"
(COELHO, Fábio Ulhoa, Comentários ao Código de Proteção ao Consumidor,
Saraiva, página 168.)

O Código de Defesa do Consumidor expressa em seu artigo 39, VII:

"Art. 39- É VEDADO AO FORNECEDOR DE PRODUTOS OU SEVIÇOS, DENTRE OUTRAS


PRÁTICAS ABUSIVAS:

VII-REPASSAR INFORMAÇÃO DEPRECIATIVA REFERENTE A ATO PRATICADO PELO


CONSUMIDOR NO EXERCÍCIO DE SEUS DIREITOS".

O cadastro restritivo de crédito dos réus acumula informações depreciativas dos


consumidores, e repassa-as a sociedade. Ou seja, o consumidor não possui ao menos
chance para apresentar defesa e de imediato já é visto como mal pagador, ficando
impedido assim de realizar compras e obter crédito. Agravando a situação, o próprio
consumidor deve interpor ação judicial para ver seu nome excluído de tais cadastros por
algo que já prescreveu, sem que tal direito fosse reclamado judicialmente.

O credor que inscreve o nome do devedor nos serviços restritivos de crédito, prática ato
ilegal, pois está agindo de forma contrária ao direito disponível, visto que ao invés de
exercer regularmente o seu direito de ação prescrito na lei para o recebimento de seu
crédito, está por meio inadequado tentando realiza-lo. O fato de serem passadas
informações negativas do consumidor é ato abusivo, pois tal ação é um desvio de
conduta, vereda que ofende os direitos subjetivos do devedor.

Os fundamentos jurídicos já expostos são reforçados com as decisões das Câmaras do


Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

"27128163 JCPC.26 – CANCELAMENTO DE REGISTRO JUNTO AO SERASA – A


prescrição da ação executiva, em se tratando de cheque, opera-se em 6
meses. Art. 59, caput, lei 7357/85. Não tendo o credor exercitado o
seu direito, a permanência do assento constitui-se em abuso, sendo
lícito ao devedor pleitear o seu cancelamento. Inteligência da regra
do art. 43, par. 1º e par. 5, do CDC. Súmula 13 do Tribunal de Justiça
do Estado. A exclusão dos registros negativos do autor, pela ré, após
o ajuizamento da ação, traduz autêntico reconhecimento jurídico do
pedido. Ônus da sucumbência que incumbe a apelada. Art. 26, caput, do
CPC. Apelo provido. (TJRS – APC 70001144070 – 20ª C.Cív. – Rel. Des.
José Aquino Flores de Camargo – J. 16.08.2000)".

"27133555 – SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – PEDIDO DE CANCELAMENTO DE


REGISTRO RELATIVO A CHEQUE SEM PROVISÃO DE FUNDOS – Em se tratando de
dívida representada por cheque, cuja ação executiva prescreve em seis
meses (artigo 59 da lei 7357 de 02/09/85), e de ser cancelada a
inscrição do nome da devedora junto ao SERASA, se já decorrido esse
prazo prescricional. Inteligência da Súmula 13 do TJ e do artigo 43,
parágrafo 1 e 5, do CDC. Apelação provida. (4 fls). (TJRS – APC
70001048602 – 11ª C.Cív. – Rel. Des. Voltaire de Lima Moraes – J.
06.09.2000)".

"27124331 – AÇÃO DE CANCELAMENTO DE REGISTRO – REGISTRO DO NOME DO


AUTOR NO CADASTRO DO SPC – PRAZO PARA O CANCELAMENTO – Prescrição
trienal das ações cambiárias (Exegese do art. 43, par. 5º, do CDC, e
da Súmula nº 13, deste Tribunal). Apelo improvido. (4 fls). (TJRS –
APC 70001372796 – 11ª C.Cív. – Rel. Des. Bayard Ney de Freitas
Barcellos – J. 27.09.2000)".

"27124697 – AÇÃO DECLARATÓRIA – CANCELAMENTO DE REGISTRO NO CADASTRO


NEGATIVO DE DEVEDORES – Considerando que o débito tem origem em
títulos cambiais, ultrapassado o decurso temporal de três anos – prazo
prescricional da ação executiva – impõe-se o cancelamento do registro
junto ao cadastro negativo de devedores. Apelação provida. (07 fls).
(TJRS – APC 70001258003 – 2ª C.Cív.Esp. – Rel. Des. Jorge Luis Dall
´agnol – J. 31.08.2000)".

"27124698 – AÇÃO DECLARATÓRIA – CANCELAMENTO DE REGISTRO NO CADASTRO


NEGATIVO DE DEVEDORES – Considerando que o débito tem origem em
títulos cambiais, ultrapassado o decurso temporal de três anos – prazo
prescricional da ação executiva – impõe-se o cancelamento do registro
junto ao cadastro negativo de devedores. Aplicação do artigo 43,
parágrafo 1º e 5º, CDC. Apelação desprovida. (6 fls). (TJRS – APC
70001238971 – 2ª C.Cív.Esp. – Rel. Des. Jorge Luis Dall´agnol – J.
31.08.2000)".

"27127259 – APELAÇÃO – AÇÃO ORDINÁRIA – ANOTAÇÃO EM CADASTRO NEGATIVO


DO SERASA – PRESCRIÇÃO – FATO SUPERVENIENTE – CANCELAMENTO – É
legítima a pretensão do consumidor em ver cancelado o registro
negativo quando escoado o prazo prescricional relativo a cobrança do
débito (Súmula 13 do TJRGS). A sentença deve refletir o estado de fato
da lide no momento da decisão. Apelos desprovidos. (5 fls.). (TJRS –
APC 599420155 – 1ª C.Cív.Esp. – Rel. Des. Genaro José Baroni Borges –
J. 17.08.2000)".

"27128155 – CANCELAMENTO DE CADASTRO NO SPC – OCORRÊNCIA DA PRESCRIÇÃO


DA PRETENSÃO EXECUTIVA – Apelo provido para julgar procedente a ação.
(3 fls). (TJRS – APC 70001412980 – 5ª C.Cív. – Rel. Des. Sérgio Pilla
de Silva – J. 14.09.2000)".

"27128156 – CANCELAMENTO DE CADASTRO NO SPC – Ocorrência da prescrição


da pretensão executiva. Apelo improvido. (03 fls). (TJRS – APC
70001662089 – 5ª C.Cív. – Rel. Des. Sérgio Pilla de Silva – J.
09.11.2000)".

"27128158 – CANCELAMENTO DE CADASTRO NO SPC – OCORRÊNCIA DA PRESCRIÇÃO


DA PRETENSÃO EXECUTIVA – Apelo improvido. (3 fls.). (TJRS – APC
70001549179 – 5ª C.Cív. – Rel. Des. Sérgio Pilla de Silva – J.
19.10.2000)".

"27133543 – SERASA – CANCELAMENTO DE REGISTRO NO CADASTRO NEGATIVO DE


DEVERES – Débito originado de títulos cambiais. Decurso de três anos –
prazo prescricional da ação executiva. Cancelamento do registro junto
ao cadastro negativo de credores. Apelação a que se da provimento. (7
fls.). (TJRS – APC 70000987743 – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Carlos Alberto
Álvaro de Oliveira – J. 16.08.2000)".

"27133545 – SERASA – SPC – CANCELAMENTO DE REGISTRO NO CADASTRO


NEGATIVO DE DEVEDORES – Débito originado de títulos cambiais. Decurso
de três anos – prazo prescricional da ação executiva. Cancelamento do
registro junto ao cadastro negativo de credores. ÔNUS DA PROVA –
NATUREZA DO TÍTULO INDICATIVO DO DÉBITO – O ônus da prova de
demonstrar a natureza do título representativo do débito e da
apelante. Inteligência do art. 6, VIII, do CDC. Apelações desprovidas.
(TJRS – APC 70001100254 – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Carlos Alberto Álvaro
de Oliveira – J. 16.08.2000)".

"27133634 – SPC – CANCELAMENTO DE REGISTRO NO CADASTRO NEGATIVO DE


DEVEDORES – Débito originado de títulos cambiais. Decurso de três anos
– prazo prescricional da ação executiva. Cancelamento do registro
junto ao cadastro negativo de credores. ÔNUS DA PROVA – NATUREZA DO
TÍTULO INDICATIVO DO DÉBITO – O ônus da prova de demonstrar a natureza
do título representativo do débito e da apelante. Inteligência do art.
6, VII, do CDC. APELAÇÃO DO RÉU – FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL –
Detectada a ausência de interesse recursal, que e condição de
admissibilidade do recurso, não se conhece da apelação. Provimento da
primeira apelação e não conhecimento da segunda. (8 fls). (TJRS – APC
70001043272 – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Carlos Alberto Álvaro de Oliveira
– J. 16.08.2000)".

"27133635 – SPC – CANCELAMENTO DE REGISTRO NO CADASTRO NEGATIVO DE


DEVEDORES – Débito originado de títulos cambiais. Decurso de três anos
– prazo prescricional da ação executiva. Cancelamento do registro
junto ao cadastro negativo de credores. ÔNUS DA PROVA – NATUREZA DO
TÍTULO INDICATIVO DO DÉBITO – O ônus da prova de demonstrar a natureza
do título representativo do débito e da apelante. Inteligência do art.
6, VIII, do CDC. Apelação a que se nega provimento. (6 FLS). (TJRS –
APC 70001168152 – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Carlos Alberto Álvaro de
Oliveira – J. 16.08.2000)".

"27133636 – SPC – CANCELAMENTO DE REGISTRO NO CADASTRO NEGATIVO DE


DEVEDORES – DÉBITO ORIGINADO DE TÍTULOS CAMBIAIS – DECURSO DE TRÊS
ANOS – PRAZO PRESCRICIONAL DA AÇÃO EXECUTIVA – CANCELAMENTO DO
REGISTRO JUNTO AO CADASTRO NEGATIVO DE CREDORES – ÔNUS DA PROVA DE
DEMONSTRAR A NATUREZA DO TÍTULO REPRESENTATIVO DO DÉBITO E DA APELADA
– INTELIGÊNCIA DO ART. 6, VIII, DO CDC – Apelação a que se da
provimento. (6FLS). (TJRS – APC 70001082742 – 6ª C.Cív. – Rel. Des.
Carlos Alberto Álvaro de Oliveira – J. 06.09.2000)".

"27133637 – SPC – CANCELAMENTO DE REGISTRO NO CADASTRO NEGATIVO DE


DEVEDORES – Débito originado de títulos cambiais. Decurso de três anos
– prazo prescricional da ação executiva. Cancelamento do registro
junto ao cadastro negativo de credores. ÔNUS DA PROVA – NATUREZA DO
TÍTULO INDICATIVO DO DÉBITO – O ônus da prova de demonstrar a natureza
do título representativo do débito e da apelada. Inteligência do art.
6 do CDC. Apelação a que se da provimento. (06 fls). (TJRS – APC
70001500958 – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Carlos Alberto Álvaro de Oliveira
– J. 18.10.2000)".

"27133638 – SPC – CANCELAMENTO DE REGISTRO NO CADASTRO NEGATIVO DE


DEVEDORES – Débito originado de títulos cambiais. Decurso de três anos
– prazo prescricional a ação executiva. Cancelamento do registro junto
ao cadastro negativo de credores. PRELIMINAR DE CARÊNCIA DE AÇÃO –
Afastada, porquanto o cheque obedece ao prazo prescricional de seis
meses, razão pela qual resta prescrito. ÔNUS DA PROVA – NATUREZA DO
TÍTULO INDICATIVO DO DÉBITO – O ônus da prova de demonstrar a natureza
do título representativo do débito e da apelada. Inteligência do art.
6 do CDC. Rejeitada a preliminar, apelação a que se da provimento. (07
fls). (TJRS – APC 70001601343 – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Carlos Alberto
Álvaro de Oliveira – J. 25.10.2000)".

"27133639 – SPC – CANCELAMENTO DE REGISTRO NO CADASTRO NEGATIVO DE


DEVEDORES – DÉBITO ORIGINADO DE TÍTULOS CAMBIAIS – DECURSO DE TRÊS
ANOS – PRAZO PRESCRICIONAL DA AÇÃO EXECUTIVA – CANCELAMENTO DO
REGISTRO JUNTO AO CADASTRO NEGATIVO DE CREDORES – ÔNUS DA PROVA –
NATUREZA DO TÍTULO INDICATIVO DO DÉBITO – O ônus da prova de
demonstrar a natureza do título representativo do débito e da apelada.
Inteligência do art. 6, VIII, do CDC. Apelação a que se da provimento.
(TJRS – APC 70001351279 – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Carlos Alberto Álvaro
de Oliveira – J. 13.09.2000)".

"27110393 – AÇÃO EM QUE SE PRETENDE CANCELAMENTO DE INSCRIÇÃO EM


CADASTRO DE INADIMPLENTES – ART. 43, PAR. 1 E 5, CDC – Inscrição que
se vincula a título executivo cambial submisso a prescrição trienal.
(6fls) (TJRS – APC 70001130434 – 20ª C.Cív. – Rel. Des. Armínio José
Abreu Lima de Rosa – J. 28.06.2000)".

"27114219 – APELAÇÃO – AÇÃO ORDINÁRIA – ANOTAÇÃO EM CADASTRO NEGATIVO


DO SERASA – PRESCRIÇÃO – CANCELAMENTO – É legítima a pretensão do
consumidor em ver cancelado o registro negativo quando escoado o prazo
prescricional relativo a cobrança do débito (Súmula 13 do TJRGS).
Apelo desprovido. (4 fls.) (TJRS – APC 599441078 – 1ª C.Cív.Esp. –
Rel. Des. Genaro José Baroni Borges – J. 20.06.2000)".

"27114222 – APELAÇÃO – AÇÃO ORDINÁRIA DE CANCELAMENTO DE REGISTROS EM


CADASTRO DE INADIMPLENTES – SPC – PRAZO PRESCRICIONAL – APLICAÇÃO DA
SÚMULA 13 DO TJ E DO ART. 43, PAR-1 E PAR-5, DO CDC – Quando não
demonstrada pelo órgão restritivo a natureza do documento que originou
o cadastramento, cuja prescrição e em prazo superior, prevalece o
prazo de 03 anos, por mais benéfico ao consumidor. Com relação aos
cheques, incide o prazo prescricional regulado pelo ART. 59 da Lei nº
7357, de 02/09/85. Apelo provido. (5 fls.) (TJRS – APC 70000361014 –
19ª C.Cív. – Relª Desª Juíza Elba Aparecida Nicolli Bastos – J.
04.04.2000)".

"27114224 – APELAÇÃO – AÇÃO ORDINÁRIA DE CANCELAMENTO DE REGISTROS EM


CADASTRO DE INADIMPLENTES – SPC – PRAZO PRESCRICIONAL - Aplicação da
Súmula 13 do TJ e do art. 43, pars. 1 e 5, do CDC. Quando não
demonstrada pelo órgão restritivo a natureza do documento que originou
o cadastramento, cuja prescrição e em prazo superior, prevalece o
prazo de 03 anos, por mais benéfico ao consumidor. APELO DO AUTOR
PROVIDO. IMPROVIDO DO SPC. (5FLS) (TJRS – APC 70000451138 – 19ª C.Cív.
– Relª Desª Juíza Elba Aparecida Nicolli Bastos – J. 23.05.2000)".

"27115842 – CAUTELAR INOMINADA – ANOTAÇÃO EM CADASTRO NEGATIVO DO SPC


– PRESCRIÇÃO – CANCELAMENTO – É legítima a pretensão do consumidor em
ver cancelado o registro negativo tanto quanto escoado o prazo
prescricional relativo a cobrança do débito (Súmula 13, TJRGS).
Tratando-se de cheque, o prazo prescricional e o previsto no ART. 59
da Lei 7357/85. Apelo Desprovido. (5 fls.) (TJRS – APC 599432325 – 1ª
C.Cív.Esp. – Rel. Des. Genaro José Baroni Borges – J. 20.06.2000)".

"27115960 – CANCELAMENTO DE CADASTRO NO SPC – Ocorrência de prescrição


da pretensão executiva. Apelo improvido. (3fls) (TJRS – APC
70001128685 – 5ª C.Cív. – Rel. Des. Sérgio Pilla de Silva – J.
21.06.2000)".

"27117209 – DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO – AÇÃO DECLARATÓRIA DE


CANCELAMENTO DE CADASTRO NEGATIVO DE REGISTRO – Determinado o
cancelamento do registro do nome da devedora junto aos cadastros do
demandado, forte nas disposições da Súmula 13 do TJRS e no artigo 43,
PAR. 3, da Lei 8078/90, uma vez que prescritos os títulos em epígrafe.
Sentença reformada. Apelação provida. (TJRS – APC 599442910 – 1ª
C.Cív.Esp. – Rel. Des. Luis Augusto Coelho Braga – J. 11.04.2000)".

"27071631 – AÇÃO DECLARATÓRIA – CANCELAMENTO DE REGISTRO NO CADASTRO


NEGATIVO DE DEVEDORES – SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – Considerando
que o débito tem origem em títulos cambiais, ultrapassando o decurso
temporal de três anos – prazo prescricional da ação executiva – impõe-
se o cancelamento do registro junto ao cadastro negativo de devedores.
Apelação desprovida. (TJRS – APC 70.000.620.385 – 2ª C.Cív.Fér. – Rel.
Des. Jorge Luis Dall’agnol – J. 23.03.2000)".

"27071781 – DECLARATÓRIA – CANCELAMENTO DE REGISTRO NO CADASTRO


NEGATIVO DE DEVEDORES – SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – Considerando
que o débito tem origem em títulos cambiais, ultrapassado o decurso
temporal de três anos – prazo prescricional da ação executiva – impõe-
se o cancelamento do registro junto ao cadastro negativo de devedores.
Apelação provida. (TJRS – APC 70.000.639.260 – 2ª C.Cív.Esp. – Rel.
Des. Jorge Luis Dall’agnol – J. 23.03.2000)".
"27072353 – AÇÃO DECLARATÓRIA – CANCELAMENTO DE REGISTRO NO CADASTRO
NEGATIVO DE DEVEDORES – SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – Considerando
que o débito tem origem em títulos cambiais, ultrapassado o decurso
temporal de três anos, prazo prescricional da ação executiva, impõe-se
o cancelamento do registro junto ao cadastro negativo de devedores.
Apelação desprovida. (TJRS – AC 70.000.702.167 – 2ª C.Cív.Esp. – Rel.
Des. Jorge Luis Dall´agnol – J. 23.03.2000)".

"27076312 – CANCELAMENTO DE CADASTRO NO SPC – OCORRÊNCIA DA PRESCRIÇÃO


DA PRETENSÃO EXECUTIVA – Apelo improvido. (TJRS – AC 70.000.822.072 –
5ª C.Cív. – Rel. Des. Sergio Pilla de Silva – J. 30.03.2000)".

C - DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA PARA EXCLUSÃO DOS REGISTROS


NOS BANCOS DE DADOS DE AMBAS AS RÉS

Conforme fica demonstrado o autor é pessoa carente de recursos, e que atualmente


encontra-se passando por grandes dificuldades financeiras, e qualquer vedação a seu
crédito se constitui em prejuízos irreparáveis a seu próprio sustento e de sua família.

A par dos fundamentos esposados anteriormente, a necessidade da antecipação de tutela


é o receio de lesão ao direito de crédito da autor, fato este que se concretiza desde que
expirado prazo prescricional dos registros dos títulos sendo imperativo sua imediata
exclusão, tendo em vista que até a presente data não tira cheques, não pode comprar,
não sequer agir de acordo com a normalidade, tendo em vista que em nossa sociedade
consumerista, registro positivo nos bancos de dados das rés, é mesmo que sentença
condenatória transitada em julgado, marcando de forma cruel e discriminatória o
indivíduo.

Também, milita em prol do autor o ‘periculum in mora’, consistente na difícil reparação


da lesão patrimonial resultante da permanência de tais restrições, sendo que não haverá
nenhum prejuízo as rés, eis, que não existe nenhuma obrigação entre as partes, apenas
que a situação surreal de condenação do autor imposta pelas rés, pelas restrições
constantes em seus bancos de dados.

Presentes no caso em tela as prerrogativas para antecipação de tutela, antes elencadas e


demonstradas, qual sejam o ‘receio de lesão’ e ‘periculum in mora’, demonstradas as
provas inequívocas, necessária se faz a aplicação do disposto 273, I do Código de
Processo Civil, que assim dispõe:

"Art. 273. O juiz poderá a requerimento da parte, antecipar total ou


parcialmente os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde
que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da
alegação e:

I – haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação;"

Ainda que colacionados precedentes jurisprudenciais do Colendo TJRS Corte, a


exemplo disto a Sexta Câmara Cível, afirmou em julgado recente que "Consumada a
prescrição relativa à cobrança de débitos do consumidor, não serão fornecidas, pelos
respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer informações que possam
impedir ou dificultar novo acesso ao crédito junto aos fornecedores", mas também em
face da correta exegese da Súmula referida, que delimitou a matéria prescrevendo que
"A inscrição do nome do devedor no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) deve ser
cancelada após o decurso do prazo de cinco (5) anos, se, antes disso, não ocorreu a
prescrição da ação de cobrança (art. 43, pars. 1º e 5º, da Lei 8078/90), revisada a
súmula 11".

Mostra-se clara a redação do enunciado que, após mencionar o prazo de cinco anos,
utiliza-se da expressão se antes disso não ocorreu a prescrição da ação de cobrança,
evidenciando tratar-se do prazo para o aforamento da ação executiva cambial, uma vez
que somente esta poderia ocorrer antes do prazo qüinqüenal.

Forçoso, pois, reconhecer a perfeita sintonia entre a a possibilidade de liminar para


exclusão dos registros apontados como ilegais, e o disposto no referido verbete, bem
como no Código de Defesa do Consumidor.

Não obstante, para a obtenção da tutela jurisdicional buscada pelo autor, estão presentes
os requisitos do artigo 273 do CPC. Ou seja, a plausabilidade do direito a que se embasa
a pretensão deduzida, ou seja, demonstração concreta de que a pretensão se encontra
revestida de razoabilidade jurídica, e o perigo de dano irreparável, ou de difícil
reparação ao invocado direito.

Requisitos que presentes se encontram no caso sob exame.

A respeito da matéria discutida, cito ementa proveniente do julgamento do Agravo de


Instrumento n.º 195199922, pela Quinta Câmara Cível, Relator o eminente
Desembargador João Carlos Branco Cardoso:

"ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. ART. 273 DO CPC. DISCUSSÃO DA DÍVIDA.


SUSPENSÃO DE INFORMAÇÕES NEGATIVAS. A provisoriedade é inerente a
tutela antecipada, que se funda em cognição sumária, que não
prevalecera ao reconhecimento de realidades antes não conhecidas com a
instrução. Com esta, poderá, em qualquer tempo, ser revogada ou
modificada a antecipação. As matérias propostas em juízo são
discutíveis, tendo decisões favoráveis nesta Corte à tese dos
devedores, o que já é motivo para antecipação parcial de tutela por
fundado receio ou dano irreparável. O débito está sendo discutido em
juízo. Conhecidos os efeitos da negativação do devedor em órgãos de
que se valem os comerciantes e instituições financeiras para buscar
informações sobre os pretendentes a um crédito, justifica-se a
concessão da liminar pleiteada. AGRAVO DESPROVIDO."

Ademais, a posição do Superior Tribunal de Justiça se mostra por demais elucidativa,


sendo o diferencial necessário para a manutenção da liminar concedida em primeiro
grau:

"BANCO DE DADOS – SERASA – SPC – ACIPREVE – Cabe o deferimento de


liminar para impedir a inscrição do nome do devedor em cadastros de
inadimplência enquanto tramita ação para definir a amplitude do
débito. Art. 461, § 3º, do CPC. Recurso conhecido, mas improvido. (STJ
– REsp 190.616 – SP – 4ª T. – Rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar – DJU
15.03.1999 – p. 252)."

Se o raciocínio vale para impedir a inscrição negativa, com mais razão para a abstenção
das informações no banco de dados já constantes.
Ainda, lição do eminente Des. Antonio Janyr Dall´Agnol Junior: "para o fim de
concessão de liminar, impeditiva de lançamento do nome de sedizente devedor em rol
de inadimplentes, há de o magistrado, presente a verossimilhança das alegações,
pesar os interesses em jogo, favorecendo aquele objetivamente mais valioso, ainda que
em cognição sumaria e superficial" (AGI n.º 597131309, j. 02/09/97, com grifos meus).

Mostra-se, portanto, evidente que a inscrição do nome de alguém em tal instituição


causa mais prejuízos ao cadastrado que a sua não inclusão às empresas de crédito,
motivo pelo qual urge o deferimento da liminar pleiteada.

III – DOS PEDIDOS

ANTE TODO O EXPOSTO, REQUER:

A. a concessão ao autor do BENEFÍCIO DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA


GRATUITA, nos termos da Lei n. 1060/50, tendo que vista que o mesmo não
possui recursos suficientes para arcar com custas e despesas processuais sem o
prejuízo de seu próprio sustento e de sua família, a teor do que se demonstra
com os documentos em anexo;
B. a concessão de MEDIDA LIMINAR, fulcro no art. 273 e/ou artigos 798 e 799
do CPC, bem como, pela posição jurisprudencial do Egrégio TJRS, para que os
réus excluam imediatamente o nome do autor dos cadastros restritivos referentes
a 6 (seis) cheques do Banco Itaú – agência 0604 conta corrente n. 0272260, visto
que não existem motivos para tal permanência, já que seu objeto está prescrito,
não podendo mais sofrer Ação de Execução.

REQUER, outrossim, por fim a TOTAL PROCEDÊNCIA da presente demanda nos


seguintes termos:

1 – seja determinada a citação dos requeridos por correio, em conformidade com o


artigo 221, I do CPC, nos endereços declinados no preâmbulo, onde possuem sede, para
que querendo, contestem a presente demanda, sob pena de revelia;

2 – seja RECONHECIDA a violação praticada pelos requeridos no que tange às regras


do Código de Defesa do Consumidor e legislação aplicável, em conformidade com as
razões supra expostas, bem como seja determinada por Vossa Excelência o DECLARE
O IMEDIATO CANCELAMENTO DOS REGISTROS referentes a 6 (seis)
cheques do Banco Itaú – agência 0604 conta corrente n. 0272260 - que foram
devolvidos por falta de fundos, sendo que os números dos referidos cheques são:
055862,055877, 055878, 055880, 867781, 8677182, em função de que as rés possuem o
dever de informação do consumidor, conforme artigo 43 caput do Código de Defesa do
Consumidor.

3– requer a produção de todos os meios de prova em direito admitidos;

4 – a condenação dos requeridos nos ônus decorrentes da sucumbência, tais como


honorários advocatícios, levando em conta para tanto o trabalho realizado pelos
procuradores do autor, mais custas processuais e outros.
Dá a causa para os efeitos fiscais o valor de Alçada.

Nestes Termos,
Pede e Espera Deferimento.

São Leopoldo (RS), 12 de setembro de 2002.

pp. DENISE BALLARDIN


OAB/RS 47.784

pp. JOÃO DARZONE M.R. JUNIOR


OAB/RS 51.036

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