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SEMINÁRIO DIOCESANO NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO

CURSO SUPERIOR DE FILOSOFIA

JOSÉ ARISTIDES DA SILVA GAMITO

LÓGICA SIMBÓLICA

CARATINGA – MG

2018
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LÓGICA SIMBÓLICA

Introdução1

Para ter uma compreensão completa do raciocínio dedutivo, precisamos de uma


teoria geral de dedução. Uma teoria geral da dedução terá dois objetivos: (1) explicar as
relações entre premissas e conclusões em argumentos dedutivos, e (2) fornecer técnicas
para fazer distinções entre deduções válidas e inválidas.
Dois grandes conjuntos de teoria lógica buscaram alcançar esses fins. O primeiro
é chamado de lógica clássica (ou aristotélica). O segundo, chamado moderno,
simbólico, ou lógica matemática, [...].
Embora estes dois grandes conjuntos de teoria tenham objetivos semelhantes,
eles procedem de maneiras muito diferentes. A lógica moderna não se baseia no sistema
de silogismos. Ela não começa com a análise de proposições categóricas. Procura
separar argumentos válidos de argumentos inválidos, mas o faz usando conceitos e
técnicas muito diferentes. Portanto, devemos começar de novo, desenvolvendo um
sistema lógico moderno que trata de alguns dos mesmos problemas tratados pela lógica
tradicional - e o faz de forma ainda mais eficaz.
A lógica moderna começa primeiramente pela identificação dos conectivos
lógicos fundamentais dos quais os argumentos dedutivos dependem. Usando estes
conectivos, uma representação geral de tais argumentos é dada, e métodos para testar a
validade dos argumentos são desenvolvidos.
Esta análise da dedução requer uma linguagem artificial simbólica. Numa
linguagem natural - inglês ou qualquer outro - existem peculiaridades que fazem com
que a análise lógica exata seja difícil: as palavras podem ser vagas ou equívocas, a
construção de argumentos pode ser ambígua, as metáforas e os idiomas podem
confundir ou enganar, os apelos emocionais podem distrair. Essas dificuldades podem

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Tradução do texto das páginas 304 a 305 de: COPI, Irving. Modern Logic and Symbolic Language. In:
COPI, Irving; COHEN, Carl; MCMAHON, Kenneth. Introduction to the Logic. Essex: Pearson, 2014.
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ser superadas em grande parte com uma linguagem artificial em que as relações lógicas
podem ser formuladas com precisão [...].
Os símbolos facilitam muito nosso pensamento sobre os argumentos. Eles nos
permitem chegar ao coração de um argumento, exibindo sua natureza essencial e
colocando de lado o que não é essencial. Além disso, com símbolos podemos realizar,
quase mecanicamente, com o olho, algumas operações lógicas que de outra forma
exigiriam um grande esforço. Pode parecer paradoxal, mas uma linguagem simbólica,
portanto, nos ajuda a realizar algumas tarefas intelectuais sem ter que pensar muito. Os
números indo-arábicos que usamos hoje (1, 2, 3...) ilustram as vantagens de uma
linguagem simbólica melhorada. Eles substituíram o incômodo dos números romanos
(I, II, III...), que são muito difíceis de manipular. Multiplicar 113 por 9 é fácil;
multiplicar CXIII por IX não é tão fácil. Mesmo os romanos, alguns estudiosos
afirmam, foram obrigados a encontrar formas de simbolizar números de modo mais
eficiente.
Os lógicos clássicos entenderam o enorme valor dos símbolos na análise.
Aristóteles usou símbolos como variáveis em suas próprias análises e o sistema
refinado, a silogística aristotélica usa símbolos de maneiras muito sofisticadas.
No entanto, muitos progressos reais foram feitos, principalmente durante o
século XX, na elaboração e utilização de símbolos lógicos de forma mais eficaz.
O simbolismo moderno com que a dedução é analisada difere muito do clássico.
As relações das classes de coisas não são fundamentais para os lógicos modernos como
eram para Aristóteles e seus seguidores. Em vez disso, os lógicos parecem se voltar
agora para a estrutura interna das proposições e argumentos, e para as conexões lógicas
- muito pouco em número - que são críticos em todos os argumentos dedutivos. A
lógica simbólica moderna não é, portanto, anotada, como a lógica aristotélica, pela
necessidade de transformar argumentos dedutivos em forma silogística.
O sistema de lógica moderna que agora começamos a explorar é de certa forma
menos elegante do que a silogística analítica, mas é mais poderosa. Existem formas de
dedução argumento que as silogísticas não podem abordar adequadamente. Usando a
abordagem tomada pela lógica moderna, com sua linguagem simbólica mais versátil,
nós podemos perseguir diretamente os objetivos da análise dedutiva e podemos ir mais
profundamente. Os símbolos lógicos que vamos explorar permitem obter uma
realização mais eficiente do objetivo central da lógica dedutiva: discriminação entre
argumentos válidos e inválidos.
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1. Enunciados simples e enunciados complexos

Todos os enunciados podem ser divididos em dois tipos: simples ou compostos.


Os enunciados compostos compreendem mais de um enunciado. Irving Copi dá o
seguinte exemplo: “Os testes de armas nucleares na atmosfera serão interrompidos ou
este planeta se tornará inabitável”. Este enunciado composto é formado por dois
enunciados simples “Os testes de armas nucleares na atmosfera serão interrompidos” e
“este planeta se tornará inabitável”.2
Há alguns modos de combinar estes enunciados. O enunciado “Os homens são
de Marte e as mulheres são de Vênus” é uma conjunção. Nos conjuntos os enunciados
são unidos pela conjunção “e”. A conjunção é representada por ·. Exemplo: p·p.
Os enunciados têm valor de verdade, eles podem ser verdadeiros ou falsos.
Assim há que se considerarem as proposições isoladas e as proposições como
enunciação de um indivíduo. Vejamos os dois enunciados. O primeiro: “Antônio crê
que a lua é menor do que o sol”. É um valor de verdade. Porém, dizer que “a lua é
menor do que o sol” é complemente diferente do valor de verdade do enunciado
anterior. As pessoas crêem de modo diferente, com valores de verdade diferentes.
Uma conjunção é verdadeira se seus enunciados são igualmente verdadeiros.
Porém, considerados em determina circunstância, tais valores mudarão. Os enunciados
compostos função de verdade são aqueles considerados a partir da coerência interna dos
enunciados. No caso da conjunção, podemos estabelecer os seguintes valores de
verdade:

Possibilidades Enunciado Representação


simbólica / função
1ª Se caso p é verdadeiro e q é verdadeiro p·q é verdadeiro
2ª Se caso p é verdadeiro e q é falso p·q é falso
3ª Se caso p é falso e q é verdadeiro p·q é falso
4ª Se caso p é falso e q é falso p·q é falso

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COPI, Irving. Lógica Simbólica.
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A negação do conjunto “Não é o caso que a lua é menor do que o sol”. É um


conjunto contraditório dos enunciados acima. O símbolo é o ~. O enunciado é
representado por ~p. Assim se formos estabelecer uma tabela das possibilidades de
verdade, temos de levar em conta que a negação de um enunciado verdadeiro é um
enunciado falso e a negação de um enunciado falso é verdadeiro.

p ~p
V F
F V

Quando um enunciado composto tem seus componentes conectados por “ou”


temos uma disjunção. Esses são chamados de enunciados disjuntos. A conjunção “ou”
tem um sentido inclusivo, quando as duas opções são passíveis de acontecer; e um
sentido exclusivo, apenas uma opção pode ocorrer. Exemplos: a) sentido inclusivo:
“Perder-se-á o direito de recompensas em caso de enfermidade ou desemprego”; b)
sentido exclusivo: “Café ou leite” (dizeres de um menu). No exemplo a, quaisquer das
duas situações que ocorrerem o interessado não receberá a recompensa. Aqui pelo
menos um disjunto é verdadeiro. No exemplo b, o menu prevê apenas uma opção para o
cliente, se tomar café não terá leite e vice-versa. Neste pelos menos um disjunto é
verdadeiro, não ambos. O símbolo que representa a disjunção é o v (do latim vel “ou”).3
A negação de uma disjunção se expressa com frases do tipo “nem...nem”. Por
exemplo: “Alice e Beatriz serão eleitas”. A sua negação equivale a “Nem Alice nem
Beatriz serão eleitas”. A representação simbólica deste enunciado é ~(A v B). Pode ser
representada também por (~A)·(~B). A expressão “a menos que” é representada
disjuntivamente (M v P). Uma disjunção exclusiva pode se representada por (p v q) ·
~(p·q).

2. Enunciados condicionais

Os enunciados condicionais são aqueles que são conectados por “se” e “então”.
Exemplo: “Se o ônibus atrasa perdemos nossa reunião”. O enunciado que fica entre o

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Para evitar essas ambigüidades da língua, a lógica simbólica utiliza parênteses, colchetes e chaves para a
notação dos enunciados.
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“se” e o “então” é chamado de antecedente (prótase). Aquele que segue o “então” é o


consequente (apódose). A verdade do antecedente implica a verdade do consequente.
Qualquer condicional de antecedente verdadeiro e consequente falso é falso. Para
que qualquer condicional seja se p então q seja verdadeiro, a negação da conjunção de
seu antecedente com a negação de seu consequente, também deve ser verdadeira.
Utiliza-se o símbolo ⊃para representar tipos enunciados semelhantes a estes. p⊃q
pode ser lido como “se p então q”, “p implica q”, “p só se q”.

Exercícios I

1) Treinar a notação lógica com os símbolos para conjunção, disjunção, negação e


condição:

a) Clemente é bispo e Estêvão é diácono.


b) Se tirar nota dez então estará aprovado.
c) Clemente é bispo ou Estêvão é diácono.
d) Ou te darei um carro ou te darei uma moto.
e) Marcos não é filósofo.
f) Se nasceu em Minas, então é mineiro.
g) Marcos é cruzeirense e João é atleticano.
h) Ou sejas cruzeirense ou sejas atleticano.
i) Lógica não é fácil.
j) O Rio de Janeiro é quente e Porto Alegre é frio.
k) Se chove então o sertanejo fica contente.

2) Identificar os símbolos:

a) Conjunção:
b) Disjunção:
c) Disjunção exclusiva:
d) Negação:
e) Condicional:

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