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QUEIROZ, F;
RUSSO, G;GURGEL, T. (Orgs.). Políticas sociais, serviço social e gênero: múltiplos
saberes. Mossoró: UERN, 2012. p. 147- 165.
1 INTRODUÇÃO
“Os primeiros estudos estavam, portanto, associados a uma analise dicotômica entre o sexo e
o gênero. É, contudo, somente nas décadas de 1970 e mais fortemente nas décadas de 1980 e
1990 que os estudos de gênero ganham corpo no feminismo, principalmente, sob influencia
de feministas acadêmicas” (p.149).
“Assim, sexo não se pode ser compreendido como apenas um dado corporal sobre o qual é
construto de gênero é artificialmente imposto, mas como uma norma cultural que governa a
materialização dos corpos”. (p.149).
“trata-se, portanto, de compreender as relações de gênero como construções sociais, ainda que
não dicotomizadas do sexo, mas que, em ultima instância, são determinadas pelas e nas
relações sociais”. (p.151).
“É importante entendermos que o contexto histórico dessas alterações é marcado pelo
neoliberalismo, articulado ao enfraquecimento e à desmobilização dos movimentos sociais
classistas”. ( p.152).
“O financiamento das ONGs conduziu parte do feminismo para um ativismo não apenas bem
comportado e dócil”. (p.154).
“Isso corre porque além do patriarcado se regido pelo medo, é também pela dominação
ideológica, o que faz com que muitas mulheres não apenas o naturalize, como também, o
reproduza.” (p.158).
“É, portanto, essa alienação que faz com que mulheres naturalizem e reproduzam as sua
condição de subalternidade e subserviência, assim como trabalhadores incorporem a ideologia
da classe que o explora”. (p.159)
“cabe, dessa forma, ás mulheres no sistema patriarcal que foi incorporado pelo capitalismo, a
responsabilidade com o trabalho domestico.” (p.160).
4 CONCLUSÕES
“uma vez que, negar a existência do patriarcado é negar a desigualdade entre homens e
mulheres em sua base material, atomizando-a na dimensão “cultural” da construção social dos
gêneros”. (p.162)
5 RESUMO
1 INTRODUÇÃO
“a resistência negra também se deu em termos de movimentos urbanos armados como aqueles
que, iniciando-se em 1807 na cidade de Salvador, culminaram com a famosa Revolução dos
Malês (mulçumanos) em 1835. Sua importância maior reside no fato de que diretamente dos
demais, seu objeto primordial era a efetiva tomada do poder.”(p.91).
“enquanto escrava do eito, ninguém melhor do que a mulher para estimular seus
companheiros para a fuga ou a revolta, uma vez que trabalhando de sol a sol, sub- alimentada
e, muitas vezes, cometendo o suicídio para que o filho que trazia no ventre não tivesse o
mesmo destino que ela.”. (p.92-93)
“Foi na função de sua atuação como mucama, que a mulher negra deu origem à figura da
“Mãe Preta”, ou seja, aquela que efetivamente, ao menos em termo de primeira infância.”
(p.93).
“Antes de mais nada, importa caracterizar o racismo como uma construção ideológica cujas
praticas se concretizam nos diferentes processo de discriminação racial.”(p.94).
“O censo de 1950 foi o ultimo a nos fornecer dados objetivos, indicadores básicos relativos à
educação e aos setores de atividade econômica da mulher negra. O que então se constava era
o seguinte: nível de educação muito baixo, sendo o analfabetismo o fator dominante.” (p.96).
“Com isso a mulher negra perdeu muito enquanto operaria, apesar de tentar penetrar em
outros setores como a indústria de alimentos ou roupas, onde viria a ser a grande minoria.”
(p.97).
“Quanto à mulher negra, que se pense em sua falta de perspectivas quanto à possibilidade de
novas alternativas. Ser negra e mulher no Brasil, repetimos, é ser objeto de tripla
discriminação uma vez que os estereótipos gerados pelo racismo e pelo sexismo a colocam no
mais baixo nível de opressão. Enquanto seu homem é objeto da perseguição, repressão e
violência policiais.” (p.97).
“De um modo geral, a mulher negra é vista pelo restante da sociedade a partir de dois tipos de
qualificação “profissional”: domestica e mulata. A profissão de “mulata” é uma das mais
recentes criações do sistema hegemônico no sentido de um tipo especial de “mercado de
trabalho”. Atualmente, o significante de mulata não nos remete apenas ao significado
tradicionalmente aceito (filha ou mestiça de preto/ a com branca/o), mas a um outro, mais
moderno: “produto de exportação”.(p.98)
“A exploração da mulher negra enquanto objeto sexual é algo que está muito além do que
pensam ou dizem os movimentos feministas brasileiros, geralmente liderados por mulheres da
classe media branca.” (p.99).
“Gostaríamos de chamar atenção para a maneira como a mulher negra é praticamente excluída
dos textos do discurso do movimento feminino em nosso país. A maioria dos textos, apesar de
tratarem das relações de dominação sexual, social e econômica a que a mulher está
submetida.” (p.100).
“Pelo exposto talvez se conclua que a mulher negra desempenha um papel altamente negativo
na sociedade brasileira dos dias de hoje, dado o tipo de imagem que lhe é atribuído ou dadas
as formas de superexploração e alienação a que está submetida.” (p.101).
“São mulheres negras e pobres que não desempenham um papel apenas religioso/ cultural.”
(p.102).
“Em termos de Movimento Negro Unificado, a presença da mulher negra tem sido de
fundamental importância uma vez que, compreendendo que o combate ao racismo é
prioritário, ela não se dispersa num tipo de feminismo que a afastaria de seus irmãos e
companheiros.” (p.103).
“A mulher negra anônima sustentáculo econômico, afetivo e moral de sua família é quem, a
nosso ver, desempenha o papel mais importante. Exatamente porque com sua força e corajosa
capacidade de luta pela sobrevivência, transmite-nos a nós suas irmãs mais afortunadas, o
ímpeto de não nos recursamos a luta pelo nosso povo.” (p.104).
4 RESUMO
No texto a mulher negra na sociedade brasileira, o autor nos traz o papel da mulher
Negra na historia do Brasil e em que lugares as mulheres negras ocupavam na sociedade e o
seu papel. Negra como mulata, mãe preta, como sempre foram resistentes na sua luta por
liberdade. E de como essa mulheres ajudam não somente elas assim como os homens na luta
pela liberdade e racismo.
ALMEIDA, M. S. Exercício do serviço social sem ser discriminado, nem discriminar, por
questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, opção sexual,
idade, condição física. Conselho Regional de Serviço Social (Org.) In Projeto ético político e
exercício profissional em serviço social: os princípios do código de ética articulados à
atuação crítica de assistentes sociais. Rio de Janeiro: CRESS, 2013. p. 136-148.
1 INTRODUÇÃO
“Chamo a atenção para a força viva das pratica discriminatória, pois estas atitudes são aliadas
do conservadorismo e também responsáveis por naturalizar e as diferenças e transforma-las
em desigualdades.” (p.138).
“Neste sentido, discriminar é violar direitos. Por isso, o principio da não descriminação
defendido no Código de Ética do Assistente Social, como os demais princípios.” (p.138).
“As expressões discriminatórias, como afirma Barroco (2012) resultam de uma cultura
conservadora decorrente da precarização da formação profissional, da falta de solidez teórico-
metodológica, da ausência da critica etc.” (p.141).
“As reflexões em torno da questão indígena e da diversidade sexual vão emergir nos CBAS de
1998 e 2001, respectivamente. Portanto, a importância destes temas no âmbito do exercício
profissional vem sendo referendada na permanência desses eixos temáticos nos CBAS.”
(p.143).
2 À Guisa de conclusão
“Precisamos, ainda, enfrentar como mais efetividade a discriminação religiosa, da qual têm
sido objeto de ataque as religiões de matriz africana – de forma incisiva- e a tradição indígena
de forma mais silenciosa” (p.146).
3 RESUMO
A reflexão que o texto nos traz é que a serviço social tem que lutar contra qualquer
tipo de discriminação, pois essa esse comportamentos estão ligados ao conservadorismo e a
burguesia. Porque discriminar é violar direitos e o principio da não discriminação defendido
no código de ética do assistente social. Foi apresentando iniciativas em que o CFESS/CRESS
em combate à discriminação.
DAVIS, A. Mulheres, raça e classe. Tradução Heci Regina Candiani. 1. ed. São Paulo:
Boitempo,2016. Capitulo 5.p. 97-108 e Capítulo 11 p. 172-196.
“De acordo com o censo de 1890, havia 2,7 milhões de meninas e mulheres negras com idade
acimados dez anos. Mais de 1 milhão delas eram trabalhadoras assalariadas: 38,7% na
agricultura, 30,8% nos serviços domésticos, 15,6% em lavanderias e ínfimos 2,8% em
manufaturas.” (p.97).
“Em 1890, para as mulheres negras, devia parecer que a liberdade estava em um futuro ainda
mais remoto do que no fim da Guerra Civil.” (p.97).
“Em geral, elas eram obrigadas a assinar “contratos” com proprietários de terras que
desejavam reproduzir as condições de trabalho do período anterior à Guerra Civil.” (p.97).
“Du Bois, revela que 60% da mão de obra negra no estado da Pensilvânia estava empregada
em algum tipo de função doméstica. A situação das mulheres era ainda pior, pois 91% das
trabalhadoras negras – 14.297 de um total de 15.704 – eram contratadas como
serviçais. Quando foram para o Norte, tentando fugir da antiga condição de
escravidão, descobriram que simplesmente não havia outras ocupações disponíveis para
elas.” (p.101)
“Todas as manhãs, sob sol ou chuva, mulheres com sacolas de papel pardo ou
maletas baratas se reuniam em grupos nas esquinas do Bronx e do Brooklyn, onde
esperavam pela oportunidade de conseguir algum trabalho. [...] Uma vez
contratadas no “mercado de escravas”, depois de um dia de trabalho extenuante, elas
não raro descobriam que haviam trabalhado por mais tempo do que o combinado,
recebido menos do que o prometido, sido obrigadas a aceitar o pagamento em
roupas em vez de dinheiro e exploradas além da resistência humana. Mas a
necessidade urgente de dinheiro faz com que elas se submetam a essa rotina diária.” (p.102-
103).
Resumo
O capitulo fala sobre a emancipação para as mulheres negras, que mesmo com o fim
da escravidão elas ainda eram escravizadas. Pois a formas de trabalho em que elas eram
colocadas era de serviços domésticos, o qual já ocorria na escravidão. O texto também fala de
que forma essas mulheres eram abusadas pelos seus patrões e as diversas humilhações que
passavam para conseguirem um meio para se sustentarem.
Capitulo 11 ESTUPRO, RACISMO E O MITO DO ESTUPRADOR NEGRO
“Alguns dos sintomas mais evidentes da desintegração social só são reconhecidos como
um problema sério após assumirem tamanha proporção epidêmica que parecem não ter
solução. O estupro é um dos casos em questão. Hoje, nos Estados Unidos, é um dos
crimes violentos que mais crescem.” (p.172)
“Como resultado, um fato assombroso veio à luz: terrivelmente, poucas mulheres podem
alegar não ter sido vítimas, pelo menos uma vez na vida, ou de uma tentativa de ataque
sexual, ou de uma agressão sexual consumada.” (p.172)
“O que acontece com as mulheres da classe trabalhadora, em geral, tem sido uma
preocupação menor por parte dos tribunais; como resultado, são consideravelmente poucos os
homens brancos processados pela violência sexual que cometeram contra essas mulheres.
Embora estupradores raramente sejam levados à justiça, a acusação de estupro tem sido
indiscriminadamente dirigida aos homens negros, tanto os culpados quanto os inocentes. Por
isso, dos 455 homens condenados por estupro que foram executados entre 1930 e 1967, 405
eram negros.” (p.172)
“O mito do estuprador negro tem sido invocado sistematicamente sempre que as recorrentes
ondas de violência e terror contra a comunidade negra exigem justificativas convincentes.”
(p.172).
“É uma dolorosa ironia que algumas teóricas antiestupro que ignoram o papel
instigador desempenhado pelo racismo não hesitem em argumentar que os homens de
minorias étnicas são especialmente propensos a cometer violência sexual contra mulheres.”
(p.176).
“Os estudos mais recentes sobre estupro nos Estados Unidos reconheceram a
disparidade entre a incidência real de ataques sexuais e as notificações que chegam à
polícia.” (p.177).
“A imagem fictícia do homem negro como estuprador sempre fortaleceu sua companheira
inseparável: a imagem da mulher negra como cronicamente promíscua. Uma vez aceita a
noção de que os homens negros trazem em si compulsões sexuais irresistíveis e animalescas,
toda a raça é investida de bestialidade. Se os homens negros voltam os olhos para as mulheres
brancas como objetos sexuais, então as mulheres negras devem por certo aceitar as atenções
sexuais dos homens brancos. Se elas são vistas como “mulheres fáceis” e prostitutas, suas
queixas de estupro necessariamente carecem de legitimidade.” (p.179).
“Com a emancipação dos escravos, a população negra não tinha mais valor de
mercado para os antigos proprietários, e “a indústria de linchamentos passou por uma
revolução”. (p.180).
“Por mais ilógico que seja o mito, não se trata de uma aberração espontânea. Ao contrário, o
mito do estuprador negro era uma invenção obviamente política.” (p.180).
“Dado o papel central do estuprador negro fictício na formação do racismo pós escravidão, é,
na melhor das hipóteses, uma teoria irresponsável a que representa os
homens negros como os autores mais frequentes de violência sexual. Na pior das
hipóteses, é uma agressão contra o povo negro como um todo, pois o estuprador mítico
implica a prostituta mítica.” (p.186).
“Homens da classe trabalhadora, seja qual for sua etnia, podem ser motivados a
estuprar pela crença de que sua masculinidade lhes concede o privilégio de dominar as
mulheres. Ainda assim, como eles não possuem a autoridade social ou econômica.” (p.192)
RESUMO
Nós explica como que ocorreu a construção do homem negro como um estuprador.
Mostrando diversos casos. Como ocorriam os linchamentos aos acusados desse crime e de
como muitas mulheres lutaram para que isso mais não acontecesse. Como foi inserido na
sociedade a partir do racismo esse mito do Negro estuprador.
EURICO, M. C. A percepção do assistente social acerca do racismo institucional. Serviço
social e sociedade. São Paulo, n. 114, abr./jun. 2013. p. 290-310. Disponível em
<http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n114/n114a05.pdf> Acessado em 11 de março de 2016.
“Na história contada sobre o país há uma lacuna importante quanto ao destino
da população negra após a abolição, fruto do silêncio que insiste em ratifcar que a
injustiça cometida contra essa parcela da população cessou com o fm da escrava-
tura. Por outro lado, a busca pela transformação da nação em um país desenvolvi-
do e industrializado logrou justifcar essa exclusão, e os estereótipos5 se dissemi-
naram pelo país, atribuindo ao negro a culpa por sua condição social.” (p.294).
“Do exposto, pode-se inferir que os conceitos raça e etnia não são sinônimos,
mas complementares, razão pela qual nas diversas produções é comum encontrar-
mos a associação raça/etnia.” (p.296).
“O termo negro, por sua vez, para além da cor da pele, remete a uma origem
racial, aos descendentes de negros africanos no Brasil, valorizando os atributos
físicos e culturais daqueles que representam quase metade da população brasileira.” (p.296).
“As pessoas não são discriminadas apenas pela sua descendência, mas pelo
fenótipo — cor da pele, traços faciais, tipo de cabelo —, pelo externo, no momen-
to em que acessam o mercado de trabalho, os serviços públicos, os espaços cole-
tivos etc.” (p.297).
3 Desdobramentos da pesquisa
“Os avanços obtidos com a Lei n. 7.437, conhecida como Lei Caó que inclui,
entre as contravenções penais, a prática de atos resultantes de preconceito de raça/
cor; com a Lei n. 10.639, que torna obrigatório, nas escolas de nível fundamental
e médio, o ensino de história da África e a contribuição dos povos africanos para a
formação do Brasil; e com o Estatuto da Igualdade Racial, não são sequer citados.” (p.306).
4 À guisa de conclusão
“A pesquisa revelou que o debate sobre a questão racial precisa ser ampliado
e sistematicamente discutido pelo conjunto da categoria profissional, mas revelou
também a dificuldade dos profissionais em dar concretude ao Código de Ética
profissional, pois os seus princípios são citados abstratamente, sem a necessária
conexão com a realidade vivenciada pela população negra.” (p.306).
5 RESUMO
No texto de Eurico ela aborda como a assistente social tem a percepção sobre o
racismo institucional. Ela debate sobre a questão social no serviço social, em como o racismo
institucional desencadeia relações sociais profundamente desumanas e continua a se
reproduzir cotidianamente e por fim os resultados da pesquisas feitas com as assistentes
sociais por meio de entrevistas. Revelando que o debate da questão social precisa ser
ampliado e discutido na categoria profissional.
CARNEIRO, S. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na américa latina a partir
de uma perspectiva de gênero. p.1-5; Disponível em
<https://edisciplinas.usp.be/plugnfile.php/375003/mod_resource/content/0/Carneiro_Feminis
mo%20negro.pdf> Acesso em 8 de mai. 2018
“Quando falamos em romper com o mito da rainha do lar, da musa idolatrada dos
poetas, de que mulheres estamos falando? As mulheres negras fazem parte de um
contingente de mulheres que não são rainhas de nada, que são retratadas como
antimusas da sociedade brasileira, porque o modelo estético de mulher é a mulher
branca.” (p.02).
Conclusões
“A utopia que hoje perseguimos consiste em buscar um atalho entre uma negritude
redutora da dimensão humana e a universalidade ocidental hegemônica que anula
a diversidade. Ser negro sem ser somente negro, ser mulher sem ser somente
mulher, ser mulher negra sem ser somente mulher negra. Alcançar a igualdade de
direitos é converter-se em um ser humano pleno e cheio de possibilidades e
oportunidades para além de sua condição de raça e de gênero.” (p.05).
RESUMO
o texto de Sueli aborda como o feminismo tem que enegrecer suas questões e de que
forma as mulheres negras levaram o tema para congressos para terem suas vozes ouvidas.