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Para os filósofos da época o jus gentium era um complexo de normas jurídicas que tinha vigência, não somente
junto aos romanos, como junto a todos os povos que tivessem alcançado certo grau de civilização. Ele se
reportava a uma razão natural (naturalis ratio), que encontra acolhida junto a todos os homens.
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Eu me lembro em uma aula do Hélcio que a relação dos romanos com os estrangeiros era pacífica porque os
próprios romanos não tinham uma identidade de povo muito bem formada, porque eles eram a junção de
Etruscos, Sabinos, Latinos, gregos.... Os patrícios, segundo ele, tinham uma posição mais “elevada” na
sociedade porque eles tinham chegado primeiro no Lácio. Os plebeus são os romanos que chegaram depois e
por isso não tinham terras, uma vez que elas já tinham sido ocupadas por todos os patrícios.
Aparentemente a diferença em “classes” não era algo transcendental, mas uma situação de fato.
Os romanos, como descendentes dos gregos, herdariam sua língua e cultura, seus
parâmetros culturais e civilizacionais. Teriam também um passado glorioso, que se
projetaria até seus feitos contemporâneos (e, de certa forma, até os dias de hoje, com a
sucessão da cultura greco-romana nas bases da sociedade ocidental).
Após as guerras púnicas, estabeleceu-se um período no Mediterrâneo conhecido
como Pax romana, uma situação de paz efetiva e de funcionamento das instituições e dos
procedimentos romanos. Há, também, uma busca pela compreensão, pelo entendimento
dos motivos do outro, pela compreensão do outro. A paz poderia ser conquistada, segundo
Cícero, por dois métodos distintos: por meio da compreensão, do debate; por meio do uso
da força física, da violência, somente quando o debate não se mostrasse eficiente.