Вы находитесь на странице: 1из 69

BIOQUÍMICA DO

SANGUE
SUBSTÂNCIAS NÃO
ELETROLÍTICAS

Maria Lurdemiler Sabóia Mota


Doutora em Farmacologia – FAMED/UFC
Docente UNIFOR
INTERPRETAÇÃO DA GLICEMIA E
CURVAS GLICÊMICAS
PRINCIPAIS CRITÉRIOS VIGENTES PARA O
DIAGNÓSTICO DE DIABETES MELLITUS

•Critérios da American Diabetes Association (ADA):


– Diabetes Care 30, suppl 1, january 2007

• Critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS)


e da Federação Internacional de Diabetes (IDF):
– www.who.int/diabetes

• Sociedade Brasileira de Diabetes:


– www.diabetes.org.br/educação/docs/diretrizes
POR QUE A PREOCUPAÇÃO COM NOVOS CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS

•Acumulo de evidências mostrando a


correlação entre níveis de glicemia e
complicações micro e
macrovasculares;
• Simplificação e universalização do
diagnóstico de DM;
• Possibilidade de intervenção
precoce com potencial reversão do
quadro ou retardo de evolução
(primariamente em DM2);
• Importância do DM: 171 milhões de
pacientes em 2000, projetados 366
milhões em 2030
CRITÉRIOS DEFINIDOS PELA AMERICAN DIABETES
ASSOCIATION (ADA) 2007

Sintomas de diabetes e glicemia plasmática


colhida ao acaso >200 mg/dL (11,1 mmol/L)

OU

Glicemia plasmática de jejum ≥126 mg/dL

OU

Glicemia plasmática colhida 2h após sobrecarga


de glicose (75g) ≥200 mg/dL

• Na ausência de hiperglicemia inequívoca, estes


critérios devem ser confirmados por repetição do
teste em outro dia.
• Ênfase na glicemia de jejum
CONCEITOS ADICIONAIS (ADA)

• Glicemia de jejum alterada (GJA):


– >100 mg/dL e inferior a 126 mg/Dl

• Tolerância à glicose diminuída (TGD):


– Glicemia 2h após sobrecarga entre 140 e 199mg/dL

• Conceito de pré-diabetes
CRITÉRIOS DEFINIDOS PELA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL
DA SAÚDE (OMS 2006)

• Sintomas de diabetes e glicemia plasmática


colhida ao acaso >200 mg/dL ou
• Glicemia plasmática de jejum ≥126 mg/dL ou
• Glicemia plasmática colhida 2h após sobrecarga
de glicose (75g) ≥200 mg/dL;
• Na ausência de hiperglicemia inequívoca, estes
critérios devem ser confirmados por repetição do
teste em outro dia.

Diferença em relação aos critérios da ADA:


– Ênfase na glicemia 2h após sobrecarga
CONCEITOS ADICIONAIS (OMS)

• Glicemia de jejum alterada (GJA):


– >110 mg/dL e inferior a 126 mg/dL;

• Tolerância à glicose diminuída (TGD):


– Glicemia 2h após sobrecarga entre 140 e 199 mg/dL;

• Diagnóstico de Diabetes Gestacional sem


definição específica;

• Criação do termos “Hiperglicemia Intermediária”


para incluir GJA e TGD ao invés de Pré-diabetes
POR QUE LIMITES DIFERENTES PARA A
DEFINIÇÃO DE NORMALIDADE DA GLICEMIA
DE JEJUM?

• Argumentos da ADA:
– Evitar a discrepância entre os valores críticos de
jejum e após sobrecarga;
– Encorajar o uso de um método mais barato e mais
simples de pesquisa: a glicemia de jejum.

• Argumentos da OMS:
– Aumento significativo do número de pessoas com
diagnóstico de glicemia de jejum alterada e
conseqüente necessidade de algum tipo de tratamento
NÃO TEM PAPEL NO DIAGNÓSTICO INICIAL
DE DIABETES MELLITUS

• Glicemia pós-prandial
• Hemoglobina Glicada
• Glicosúria e cetonúria
• Monitoração contínua de glicemia
• Anticorpos contra antígenos da célula beta
• Dosagem de insulina e peptídeo C
CRITÉRIOS PARA TESTAR INDIVÍDUOS
ASSINTOMÁTICOS

• Glicemia de Jejum deve ser


realizada em indivíduos
assintomáticos que apresentem
índice de massa corporal (IMC)
maior que 25, a partir dos 45
anos de idade, sendo repetida a
cada 3 anos;
• Indivíduos com riscos adicionais
devem ser testados mais
precocemente e com maior
freqüência, entendendo-se como
risco adicional:
• Possuem Parentes de Primeiro Grau
com DM;
• Deu a luz a recém-nascido de alto
peso (mais de 4,2 kg) ou teve
diagnóstico de Diabetes Gestacional;
• Em testes anteriores GJA ou TGD;
• Hipertensão, dislipidemia
AS IMPLICAÇÕES DOS NOVOS CONHECIMENTOS SOBRE
OS PROCESSOS DIAGNÓSTICOS

• Maior número de indicações para a dosagem da


glicemia de jejum e pós-sobrecarga oral de glicose;
• Maior número de pacientes classificados como
Diabéticos;
• Introdução do conceito de “pré-diabetes” ou
“hiperglicemia
intermediária” como uma condição de maior risco para
o desenvolvimento da doença;
• Maior número de pacientes em tratamento dietético
e/ou medicamentoso;
• Prevenção de complicações de longo prazo e
conseqüente maior sobrevida.
HOMEOSTASE
GLICEMIA

70-100mg/dl
Agente hipoglicemiante

Agentes hiperglicemiantes
Antes de ter diabetes...
O açúcar do sangue está no valor normal
Controlado pela insulina e glucagon
O açúcar do sangue aumenta depois das
refeições
A insulina é libertada- atua como uma chave
O açúcar entra dentro das células
Baixa o açúcar no sangue para valor normal
Quando tem diabetes...
Não consegue produzir as chaves de insulina
O açúcar não consegue entrar nas células
O açúcar aumenta no sangue - Hiperglicemia
Presença de açúcar na urina
A urina forma-se nos rins
Sem insulina, o açúcar do sangue aumenta
O açúcar extravasa para a urina
O açúcar leva consigo uma grande quantidade de água
Vai sentir sede e vontade de urinar frequentemente
Presença de corpos cetônicos na urina
O corpo queima gorduras para obter energia
O fígado produz corpos cetônicos
Os corpos cetônicos acidificam o sangue
Presença de corpos cetônicos e açúcar na urina
O TIPO DE AMOSTRA PARA
DETERMINAÇÃO DA GLICEMIA

• Jejum de no mínimo 8 e no máximo 14


horas;
• Plasma fluoretado é o material de escolha e
deve ser separado das células em menos de
60 minutos;
• Interferentes: temperatura, leucocitose;
• Na primeira hora queda de 5 a 7%, mesmo
com fluoreto;
• Glicemia Capilar: calibração cuidadosa dos
aparelhos com base em valores de glicose
plasmática
O TIPO DE AMOSTRA PARA
DETERMINAÇÃO DA GLICEMIA
Preparo Especial para o Exame de Glicemia de Jejum

Manter uma dieta habitual sem restrição de carboidratos


(massas, açúcar, doces), nos três dias antecedentes ao exame

Interromper qualquer medicação que possa interferir no


metabolismo de carboidratos

Manter repouso e jamais fumar durante o teste

Realizar o exame em período matutino, em estado de


jejum entre 06 e 8h
CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO

Normal:
JEJUM - 70 mg/dl e 99mg/dl
SOBRECARGA DE GLICOSE -inferior a 140mg/dl 2 horas após.

DIABETES

2 amostras colhidas em dias diferentes com resultado


igual ou acima de 126mg/dl. ou quando a glicemia
aleatória (feita a qualquer hora) estiver igual ou
acima de 200mg/dl na presença de sintomas.

(American Diabetes Association. Standards of Medical Care in Diabetes.


Diabetes Care 28:suplemento 1, janeiro,2005 )
TESTE DE TOLERÂNCIA
ORAL A GLICOSE
Interpretação do Teste de Tolerância
oral a Glicose
Material Biológico: Plasma fluoretado.
Coleta: 1,0 ml de plasma para cada tempo da curva.

TÉCNICA DE REALIZAÇÃO DO EXAME

Se a glicemia for
igual ou inferior a
140 mg/dl

75 g de glicose
coleta basal Glicemia superior a 140 dissolvidos em
dosa-se a glicose mg/dl - teste após 200 ml de água
autorização expressa do
médico assistente

Coletas e dosagens a cada 30min – 3horas


Interpretação do Teste de Tolerância
oral a Glicose
Armazenamento: Se o exame não for realizado imediatamente,
manter as amostras refrigeradas

CURVA CLÁSSICA (jejum, 30, 60, 90, 120 e 180 min)

CURVA SIMPLIFICADA (jejum, 30, 60, 90 e 120 min)

CURVA PROLONGADA (jejum, 30, 60, 90, 120, 180 e 240 min)

Valor Normal:
Jejum : 70 a 110 mg/dl
30 min : 90 a 160 mg/dl
60 min : 90 a 160 mg/dl
120 min : 75 a 120 mg/dl
180 min : 70 a 110 mg/dl
240 min : 70 a 110 mg/dl
* Para obter valores em mmol/l multiplicar os mg/dl por 0,05551.
Interpretação do Teste de Tolerância
oral a Glicose

INTERPRETAÇÃO

TOLERÂNCIA DIMINUÍDA

Tempo 120 min entre 140 e 200 mg/dl

Diabetes
hipercorticoadrenalismo
choque
fadiga
gestação
furunculose
hipertensão intracraniana
hiperpituitarismo
jejum prolongado
hipertireoidismo
Interpretação do Teste de Tolerância
oral a Glicose
INTERPRETAÇÃO

DIABETES MELLITUS

Tempos até 120 min


com glicemia superior
a 200 mg/dl

TOLERÂNCIA AUMENTADA

Tempo 60 e/ou 90 min com


glicemia inferior a 70 mg/dl
Hiperinsulinismo
hipopituitarismo
hipotireoidismo
anorexia nervosa
Exames de Rotina para Diagnosticar o Diabetes

Glicemia de Jejum

Teste Oral de Tolerância à Glicose

Teste Oral para Gestantes


Todas as mulheres grávidas acima de 25 anos,
não obesas e sem histórico de diabetes na família

24ª e a 28ª semanas de gestação

Ingestão oral de uma dose de 50g de glicose

Considera-se com Diabetes, as mulheres que


apresentem glicemia maior que 126mg/dl, no
tempo basal, ou igual ou maior que 200mg/dl
TESTE DE TOLERÂNCIA ORAL A GLICOSE (TTOG)

Intolerância à glicose: glicemia de jejum entre 100 a 125mg/dl.

Teste de tolerância à glicose aos 120 minutos igual ou


acima de 200mg/dl.

(American Diabetes Association. Standards of Medical Care in Diabetes.


Diabetes Care 28:suplemento 1, janeiro,2005 )
Hemoglobina Glicada (HbA1c)

Possui enorme importância na avaliação do controle do diabetes

capaz de resumir

controle glicêmico
período anterior de 60 a 90 dias

Taxas de glicose apresentem níveis elevados no período

Haverá um aumento da hemoglobina glicada


AVALIAÇÃO LABORATORIAL
DA URINA
CONSIDERAÇÕES PRÁTICAS

Tipos de amostra - depende da análise a ser realizada.

Amostra isolada aleatória - Ideal para exame de rotina

COLETA

2 a 4 horas de estase vesical

Amostra de urina minutada -A mais habitual é a Urina de 24 Horas

COLETA

Recolhidas em frascos apropriados e identificadas por


um período de 24 horas. As amostras também devem ser
conservadas em geladeira até que sejam levadas ao
laboratório.
CONSIDERAÇÕES PRÁTICAS

TÉCNICA PARA COLETA DE AMOSTRAS

recipiente limpo, seco, descartável


jato urinário médio
estase vesical de 2 a 4 horas
assepsia dos órgãos genitais externos
Evitar coleta de urina no período menstrual ("hematúria falsa")

TEMPO MÁXIMO PARA ENCAMINHAMENTO PARA ANÁLISE

Até duas horas para análises simples


15 minutos para semeaduras
EXAME DE URINA - Correlação Clínico Laboratorial

compreende as análises física,


Urinálise/Urina tipo I/Sumário de urina química e microscópica da urina

OBJETIVO

Detectar doença renal, do trato urinário ou sistêmica, que


se manifesta através do sistema urinário

COMPONENTES DO EXAME
Características macroscópicas - cor e aspecto

COR – Varia de amarelo citrino a amarelo avermelhado

urocromo
VARIAÇÕES DE COLORAÇÃO NAS AMOSTRAS DE URINA ANORMAIS

Amarelo Palha ou incolor- Recente ingestão de líquidos ou no caso de


diabetes (tanto insípidus quanto mellitus), insuficiência renal.

Âmbar - Presença de bilirrubina na amostra. Estados oligúricos,


estados febris.

Alaranjada - Interferência de medicamentos, como Piridium ou mesmo


vitamina A.

Vermelha - Presença de hemácias, hemoglobina, mioglobina, ingestão de


beterraba.

Castanha / Preta - Alcaptonúria (presença de ácido homogentísico),


presença de melanina.

Verde - Interferência de medicamentos (Amitriptilina)


Características macroscópicas - ASPECTO

URINA NORMAL - ASPECTO LÍMPIDO

presença de numerosas células epiteliais


leucócitos
hemácias
ALTERAÇÕES
bactérias e leveduras
filamentos de muco e de cristais.

EXAME FÍSICO QUÍMICO


Ph
Proteínas
Glicose
Cetona
Realizado através de tiras reativas (reagentes) Sangue
Bilirrubina
Urobilinogênio
Nitrito
Leucócitos
densidade.
EXAME FÍSICO QUÍMICO

pH - Os rins são os grande responsáveis pela manutenção do


equilíbrio ácido-base do organismo

Valor normal: 5,5 a 6,5.

Significado Clínico: Tipo de alimentação, acidose ou alcalose


respiratória / metabólica, anormalidades na secreção e reabsorção
de ácidos e bases pelos túbulos renais, precipitação e formação de
cálculos e tratamento das infecções do trato urinário.

Interferências: Nas amostras de urina envelhecidas, o pH


se mostra elevado, devido a um desdobramento de uréia
em CO2 e amônia, sendo que a amônia tem poder
alcalinizante.
EXAME FÍSICO QUÍMICO

Densidade - Ajuda a avaliar a função de filtração e


concentração renais e o estado de hidratação do corpo.

Valores normais: 1,010 a 1,025.

Significado Clínico: Estado de hidratação do paciente,


incapacidade de concentração pelos túbulos renais,
diabetes insípido e determinação da inadequação da
amostra por baixa concentração.

Glicose – em situações normais quase toda a glicose filtrada pelos


glomérulos é reabsorvida pelos túbulos proximais.

Valores normais: negativo.

Significado Clínico: Diabetes mellitus (glicemia superior a 180


mg/dl), alterações na reabsorção tubular e lesão do sistema nervoso
central e alterações tireoideanas.
EXAME FÍSICO QUÍMICO

Sangue (hemácias / hemoglobina) - Pode estar presente na urina


na forma de hemácias íntegras ou na forma de hemoglobina (produto
da destruição de hemácias in vivo ou in vitro)

Valores normais: Negativo

Hematúria - Cálculos renais,


glomerulonefrite, pielonefrite, tumores,
trauma, exposição a produtos ou drogas
tóxicas e exercício físico intenso.

Significado Clínico: Hemoglobinúria - Reações transfusionais,


anemia hemolítica, queimaduras graves,
infecções e exercício físico intenso

Mioglobinúria - Traumatismo muscular e


coma prolongado
EXAME FÍSICO QUÍMICO

Leucócitos – detecta esterases presentes nos granulócitos

Valores normais: Negativo.

Significado Clínico: Infecção do trato urinário e seleção de amostras


para cultura.

Proteínas - Normalmente, as proteínas urinárias são constituídas


pela albumina e por globulinas secretadas pelas células tubulares.

Valores normais: 150 mg/24 horas

Significado Clínico: Lesão da membrana glomerular, mieloma múltiplo,


nefropatia diabética
ANÁLISE DO SEDIMENTO

Tem a finalidade de detectar e identificar todos os elementos insolúveis,


como hemácias, leucócitos, cilindros, cristais, células epiteliais,
bactérias, leveduras, parasitas e possíveis artefatos.

Identificados e Relatados

Leucócitos – aparecem em infecções do trato


urinário e em processos inflamatórios

Hemácias –lesões no parênquima renal,


lesões de trato urinário, alterações hematológicas

Cilindros – Comprometimento tubular - túbulo


contorcido distal e ducto coletor

•Cilindros Celulares - hemáticos, leucocitários, epiteliais


. Cilindros Acelulares - hialinos, granulosos, céreos, lipoídico
. Cilindros pigmentares - hemoglobínicos e bilirrubínicos
ANÁLISE DO SEDIMENTO

Cristais - São freqüentemente achados na


análise do sedimento urinário, têm ligação
direta com tipo de dieta e raramente possuem
significado clínico.

Células Epiteliais -revestimento do sistema urogenital.

Outros elementos - Muco existe em condições normais


Urocultura
• São solicitadas para diagnosticar
ITUs;

• Normalmente (+ de 90%) estão


associadas a bactérias da microbiota
fecal;

• Também podem estar associadas a


Catéteres ou outros tipos de
instrumentação;
Coleta e Transporte
• Higiene;

• Jato intermediário;

• 1ª da manhã;

• Transporte (1 hora/refrigeração)
Infecção Urinária
• Quando isolados microorganismos
patogênicos da urina, uretra ou rins;

• Contagem > 100.000 UFC/mL;

• Considerar fatores pré-analíticos;


Semeadura
Cultura de urina

Valores de referência e achados normais / anormais

Cultura de urina estéril - normalmente são relatados como "sem


crescimento"

Contagens bacterianas iguais ou maiores de 100.000 UFC/ml -provável ITU

Contagens abaixo de 10.000/ml - Sugerem que os organismos são


contaminantes

–Mais de duas espécies - Nova amostra;


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NGUYEN, GK Urine cytology in renal glomerular disease and value of G1 cell in the
diagnosis of glomerular bleeding . Diagn Cytopathol,29(2):67-73, 2003

RINGSRUD, K.M., LINNÉ, J.J. Urinalysis and body fluids. Mosby-Year Book, Inc. St.
Louis, MO, 1995

STRASINGER, S.K. Urinálises e Fluidos Biológicos. 3a edição, Editorial Premier Ltda,


1998.
AVALIAÇÃO LABORATORIAL
DA FUNÇÃO RENAL
FUNÇÃO
GLOMERULAR
(Filtração Glomerular)

• Uréia Sérica
• Creatinina Sérica
• Clearance de Creatinina
URÉIA SÉRICA
URÉIA SÉRICA

Usado para medir a fração de nitrogênio da uréia,


produto final principal do metabolismo de proteína

Formada no fígado, a partir de amônia e excretada pelos rins,


a uréia constitui 40 a 50% do nitrogênio não-protéico do sangue

REFLETE
Ingestão de proteína

Capacidade excretora renal

Indicador menos confiável de uremia


do que o nível de creatinina sérica
URÉIA SÉRICA

Objetivos

•Avaliar a função renal e auxiliar no diagnóstico de doença renal.


•Auxiliar na avaliação de hidratação

Preparação do paciente

Jejum de pelo menos 4 horas

Valores de referência
Valores normais: normalmente variam de 10 a 45 mg/dl

ligeiramente mais altos em pacientes mais idosos


URÉIA SÉRICA

Achados anormais

Níveis de uréia elevados


Doença renal
Fluxo sangüíneo renal reduzido(desidratação, por exemplo)
Obstrução do trato urinário
Catabolismo de proteína aumentado (queimaduras).

Níveis deprimidos de uréia


Comprometimento hepático grave

Desnutrição

Super-hidratação
CREATININA SÉRICA
CLEARANCE DE CREATININA
URÉIA X CREATININA
Creatinina é eliminada por
filtração Glomerular sem
reabsorção tubular
significativa

Velocidade de depuração
Maior que a uréia

URÉIA – reabsorção tubular – 40% do que é filtrado nos


glomérulos

Taxas de creatinina no sangue – Excreção tubular ativa


CREATININA SÉRICA
É um produto final não-proteína do metabolismo da creatina
que aparece no soro em quantidades proporcionais à massa muscular
corpórea.

Junto com os níveis de uréia, a análise dos níveis séricos


de creatinina fornece indicação de lesão renal

Objetivos

•Avaliar a filtração glomerular renal.


•Rastrear lesão renal.

Preparo do paciente
Jejum de 4 horas.
CREATININA SÉRICA
Valores de referência
HOMENS - 0,8 a 1,2 mg/dl
MULHERES - 0,6 a 1,0 mg/dl
Crianças até 12 anos - 0,3 a 0,8 mg/dl

Achados anormais

Níveis elevados
Doença renal que tenha prejudicado seriamente 50% ou mais dos néfrons

Hipertireoidismo
CLEARANCE DE CREATININA

Volume virtual de plasma "que se vê livre" dessa


substância, a cada minuto, através dos rins.
CLEARANCE DE CREATININA

CONDIÇÕES
0,8 mL de soro OU plasma (EDTA / fluoreto) +
5,0 mL de urina de 12 ou 24h.

CONSERVAÇÃO

Refrigerar desde o inicio da coleta

INSTRUÇÕES
Informar volume, peso, altura e tempo de coleta (em horas).
Coletar a amostra de Sangue no mesmo dia de entrega da urina.
 A urina tem que ser entregue no laboratório no dia em que terminar
a coleta.

Urina: verificar o volume colhido.


Urina 24 horas: Adultos entre 1000 e 1500 mL.
Urina 12 horas: Adultos entre 800 e 1500 mL.
Em caso de volumes abaixo de 1000 mL e acima de 3000 mL,
insistir com o cliente sobre a forma de coleta.
Considerações sobre a Creatinina sérica como estimador
da função renal

-Fatores que influenciam a produção de creatinina:


-Aumentam: trauma, febre, imobilização.
-Diminuem: doença hepática, idade
-Reabsorção tubular (backleak): pode ocorrer em condições de
baixo débito urinário.
-Hipervolemia altera a dosagem de cr sérica (<)
-Não há informação da depuração extra-renal na IRA
-Frequentemente não há estado de equilíbrio
AGORA!!!!
EXERCÍCIO
1- Hemácias – 3,62 1- Hemácias – 4.5 a 5.5 milhões
Hb – 10,3 Hb –13.5 a 17.5
Ht – 31,4% Ht – 41 a 53%

Uréia – 58mg/dl
Uréia – 10 - 50mg/dl
Creatinina – 2mg/dl
Creatinina – 0.8 – 1.4mg/dl
Na – 126mEg/l
Na – 135 – 147mEg/l
K – 7,5mEg/l
K – 3,5 – 5,5mEg/l

2- Hemácias – 2,73 1- Hemácias – 4.5 a 5.5 milhões


Hb – 7,26 Hb –13.5 a 17.5
Ht – 22,3% Ht – 41 a 53%

Uréia – 414mg/dl
Creatinina – 9.3mg/dl Uréia – 10 - 50mg/dl
Na – 130mEg/l Creatinina – 0.8 – 1.4mg/dl
K – 9,7mEg/l Na – 135 – 147mEg/l
K – 3,5 – 5,5mEg/l
ÁCIDO ÚRICO
ÁCIDO ÚRICO
Ácido úrico

Principal metabólito final da purina


Desordem no metabolismo
das purinas
Destruição rápida de ácidos nucléicos
Excreção
Renal
Condições marcadas por excreção renal
prejudicada

Elevam os níveis de ácido úrico sérico.


ÁCIDO ÚRICO
Objetivo
Confirmar o diagnóstico de gota.

Auxiliar na detecção de disfunção renal

Preparo do paciente
Jejum de 8 horas

Valores de referência

Sexo masculino: 3,4 a 7,0 mg/dl (202 a 416 nmol/l).


Sexo feminino: 2,4 a 6,0 mg/dl (143 a 357 nmol/l).
ÁCIDO ÚRICO
Achados anormais

Níveis aumentados
Gota
Função renal prejudicada

Pode também indicar

ICC
Infecções
Anemia hemolítica ou falciforme
Neoplasias
Psoríase
ÁCIDO ÚRICO
Níveis diminuídos
Absorção tubular defeituosa
Atrofia hepática aguda
Dieta com baixo teor de purina
SABEDORIA E HUMILDADE.

mila269@terra.com.br

Вам также может понравиться