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PREFEITURAS 2016

100 Questões comentadas


sarahmesqnezes@gmail.com
Grupo: https://www.facebook.com/groups/334422370254260/
Coleção Provas Comentadas – Prefeituras

Vamos corrigir!

Serviço Social Comentado em Questões

Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Teresina – PI Prova: Técnico de Nível
Superior - Assistente Social

01 - O surgimento e insttucionalização do Serviço Social no Brasil,


enquanto profissão, deu-se nas primeiras décadas do século XX.
Considere:

I. Os ideais de um Estado autoritário e paternalista ficam claros não apenas


nas políticas claramente direcionadas à repressão ou supressão de
movimentos de classe a partir de práticas populistas, mas também no modo
como surgem as primeiras escolas de Serviço Social no país.
II. As Escolas de Serviço Social no Brasil eram compostas sobretudo por
mulheres que representavam interesses da elite vinculadas ao pensamento da
doutrina católica.
III. O Serviço Social no Brasil, desde sua gênese, guarda estreita relação com
o modo como se estrutura a sociedade capitalista no país e define estratégias
para o enfrentamento da questão social.
Está correto o que consta em:

a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, apenas.

Gabarito: A

Justificativa:
O surgimento das primeiras escolas de serviço social não demarcou nem abarcou
a teoria crítica de início, pois elas partiam de uma mobilização de grupos
específicos, tais como a Igreja, a qual imprimia na formação do assistente social
uma marca peculiar, permeada de características advindas de questões morais e
a críticas, de sacerdócio. Apenas a partir de sua inserção no âmbito da
universidade, da pesquisa e da interlocução com as ciências sociais, elas
reafirmaram o processo de renovação crítica e sua tradição teórica.

Fonte: Serviço Social: Surgimento e Institucionalização no Brasil – UNIP. Unidade I.

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Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

02– Uma das correntes teóricas de maior influência sobre a teoria social
e sobre o Serviço Social afirma que os fatos sociais obedecem as leis
invariáveis, de forma objetiva e neutra. Portanto, o método científico
aplicado aos fenômenos sociais deve descrevê-los e classificá-los com
precisão, independentemente de ideias pré-concebidas. Esse modelo
teórico corresponde à (ao):

a) Marxismo
b) Construtivismo
c) Funcionalismo
d) Etnometodologia

Gabarito: C

Justificativa:

O positivismo, no Serviço social, vem acompanhado do funcionalismo e adentra


esta profissão através da influência do Serviço Social norte-americano, trazida, na
década de 1940, pelos assistentes sociais brasileiros que foram estudar nos
Estados Unidos. Esta influência vai marcar sobremaneira o Serviço Social
brasileiro. Inicialmente temos a importação das técnicas norte-americanas para
aplicação na realidade brasileira.
Não é preciso dizer que isto causou alguns problemas, pois, segundo Aguiar
(1984), a fundamentação do método e das técnicas não era analisada e traduzida
para a nossa realidade, era tão somente transplantada. Nesta fase, o Serviço
Social brasileiro ainda estava marcado pelo neotomismo e pela doutrina social
da Igreja, havendo, portanto, uma junção dos pressupostos neotomistas e das
técnicas vindas do Serviço Social norte-americano.

Fonte: Fundamentos filosóficos para o Serviço Social – http://docplayer.com.br/731485


Fundamentos-filosoficos-para-o-servico-social.html

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Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

03 – Como prática institucionalizada, o Serviço Social se caracteriza


pela ação junto a indivíduos com desajustamentos familiares e sociais.
Tais desajustamentos muitas vezes decorrem de estruturas sociais
inadequadas (documento de Araxá). De acordo com José Paulo Netto,
esta formulação é típica da corrente de renovação de Serviço Social
denominada:

a) Intenção de ruptura
b) Perspectiva modernizadora;
c) Reconceitualização;
d) Fenomenologia social.

Gabarito: B

Justificativa:

A perspectiva Modernizadora foi:


 A primeira expressão do processo de renovação do Serviço Social. Foi uma
tendência que expressou a tentativa de consolidar o Serviço Social às
tendências sócio-políticas que a ditadura tornou dominante;
 Representante desta tendência : Lucena Dantas
 Serviço Social: um instrumento profissional de suporte a políticas de
desenvolvimento; “Desenvolvimento: processo induzido de mudanças para
erradicar, mediante um gradativo aumento dos níveis de bem-estar social, o
quadro de causalidades potencialmente conversíveis em vetores de
alimentação de um caudal revolucionário.” (NETTO: 2009:166)
 A modernização faria parte desse processo evolutivo que o Brasil teria que
passar - de subdesenvolvido para desenvolvido. Serviço Social aparece colado
a essa teoria devido as influências teórico-metodológicas do cenário
internacional, as influências do período anterior, as influências do governo
ditatorial que tinham o desenvolvimento como “deus ex-machina” Essa
tendência será conferida no Encontro de Araxá e Encontro de Teresópolis.

Fonte: Movimento de Reconceituação “Perspectiva Modernizadora” -


https://estudantesdeservicosocial.files.wordpress.com/2013/03/araxa-e-teresopolis.pdf

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Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

04 – O Serviço Social brasileiro, nos anos 70 e 80, permitiu a


explicitação de distintas vertentes da profissão. Em relação a essas
vertentes, podemos afirmar que:

a) A vertente modernizadora caracteriza-se pela apropriação de abordagens


funcionalistas, estruturalistas e sistêmicas, que inspiram um Serviço Social
orientado para o equilíbrio Social.
b) A reatualização do conservadorismo apropria-se da Doutrina Social da
Igreja, que é renovada com a Teologia da Libertação, gerando um Serviço
Social preocupado com a emancipação humana.
c) A vertente inspirada no marxismo questiona as desigualdades sociais,
construindo uma proposta de ação voltada ao fortalecimento dos sujeitos
sociais, em sua busca por uma sociedade harmônica.
d) A perspectiva calcada na fenomenologia de matriz positivista privilegia os
sujeitos em suas vivências, cabendo ao Serviço Social apoiá-los em suas
relações com os outros.

Gabarito: B

Justificativa:
Netto (2005) menciona que o processo de Renovação da profissão aponta três
perspectivas existentes no bojo da profissão, são elas: A Perspectiva
Modernizadora, a Reatualização do Conservadorismo e a Intenção de
Ruptura.
A perspectiva modernizadora, expressa uma tentativa de consolidar o
Serviço Social em conformidade aos rumos sócio-políticos oriundos do
período ditatorial. Esse momento é marcado por encontros organizados pelo
CBCISS (Centro Brasileiro de Cooperação Técnica), na segunda metade da década
de 1960, onde deu-se início seminários de teorização, dentre os principais: os
encontros de Araxá (1967) e Teresópolis (1970). Vale ressaltar que as ideias da
perspectiva modernizadora, começaram a aparecer desde o I Seminário Regional
Latino-Americano de Serviço Social, realizado em Porto Alegre no ano de 1965.
Os textos finais desses dois encontros – o Documento de Araxá e o Documento
de Teresópolis - possuem, (...), características e ênfase diferenciadas, mas podem
perfeitamente ser tomados como a consolidação modelar da tentativa de
adequar as (auto) representações profissionais do Serviço Social às tendências
sociopolíticas que a ditadura tornou dominante e que não se punham como
objeto de questionamento substantivo pelos protagonistas que concorreram na
sua elaboração. (NETTO, 2005, pg.165).

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Segundo Netto (2005), o documento de Teresópolis retrata o assistente social


como um “funcionário do desenvolvimento”. Observa-se que ambos
documentos Araxá e Teresópolis, estavam fortemente ligados aos ditames
do regime instaurado, no intuito de responder as suas demandas no campo
sócio-político. Não houve uma busca pela construção de uma nova organização
societária. Para Netto (2005), o documento de Teresópolis equivale à plena
adequação do Serviço Social à ambiência própria da “modernização
conservadora”conduzida pelo Estado ditatorial em benefício do grande capital
(...). Nota-se a partir daí, o quanto o Serviço Social foi utilizado como um suporte
às políticas desenvolvimentistas.
A perspectiva modernizadora possuía em seu bojo, abordagens de cunho
funcionalistas, estruturalistas e sistêmicas, objetivando a integração do
homem à sociedade pretendendo “tratar” a pobreza e da marginalidade. De
acordo com Netto (2005) foi durante os seminários de Sumaré e do Alto da Boa
Vista realizado em 1984, que a perspectiva de Reatualização do Conservadorismo
foi apontada como uma tendência teórico-metodológica no campo da profissão.
A perspectiva de Reatualização do Conservadorismo – considerada por Netto
(2005): “(...) como uma vertente que recupera os componentes mais estratificados
da herança histórica e conservadora da profissão, nos domínios da
(auto)representação e da prática, e os repõe sobre uma base teórico-
metodológica que se reclama nova, repudiando, simultaneamente, os padrões
mais nitidamente vinculados à tradição positivista e às referencias conectadas ao
pensamento crítico-dialético, de raiz marxiana” (p.157).
A Reatualização do Conservadorismo caracteriza-se por uma aproximação
com a fenomenologia, que para Netto (2005) “(...) faz-se legatária das
características que conferiram à profissão um traço microscópico da sua
intervenção e a subordinaram a uma visão de mundo derivada do
pensamento católico tradicional; mas o faz com um verniz de modernidade
(...)”. (p. 157). A fenomenologia de acordo com Barroco (2003) se apresenta
como método de ajuda psicossocial fundado na valorização do diálogo e do
relacionamento [...] e o marco referencial teórico dessa metodologia é
constituída por três grandes conceitos: diálogo, pessoa e transformação
social.
A terceira perspectiva do processo de Renovação do Serviço Social no Brasil
é a Intenção de Ruptura, que diferentemente das anteriores, apresenta uma
crítica profunda ao tradicionalismo da profissão, aos suportes teóricos
metodológicos e ideológicos que serviram de parâmetros para a atuação
profissional tradicional. Tal perspectiva apontava a necessidade de
superação do positivismo e do conservadorismo vinculados à profissão. Vale
lembrar que a perspectiva de Intenção de Ruptura no Brasil sofreu fortes
influências do pensamento latino-americano já reconceitualizado no final da
década.

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O Movimento de Reconceituação foi caracterizado como um processo de


questionamento sobre o papel social da profissão em face às expressões da
questão social, produzindo uma adequação do aparato teórico e procedimentos
metodológicos tradicionais frente à realidade social latino-americana
fortalecendo o vínculo da profissão com a classe trabalhadora – considerada
como nova protagonista na cena político-social. Segundo Reis (2002): A chegada
entre nós dos princípios e idéias do Movimento de Reconceituação deflagrado
nos diversos países latino-americanos somada à voga do processo de
redemocratização da sociedade brasileira formaram o chão histórico para a
transição para um Serviço Social renovado, através de um processo de ruptura
teórica, política (inicialmente mais político-ideológica do que teóricofilosófica)
com os quadrantes do tradicionalismo que imperavam entre nós. É sabido que,
politicamente, este processo teve seu marco no III CBAS, em 1979, na cidade de
São Paulo, quando, então, de forma organizada, uma vanguarda profissional
virou uma página na história do Serviço Social brasileiro ao destituir a mesa de
abertura composta por nomes oficiais da ditadura, trocando-a por nomes
advindos do movimento dos trabalhadores. Este congresso ficou conhecido
como o “Congresso da Virada”. (p. 409).
Não devemos deixar de atribuir a relevância do Método de B. H (Belo Horizonte)
no interior da perspectiva da Intenção de Ruptura. Mesmo diante de um cenário
de ditadura, nos anos de 1972 a 1975, o método foi elaborado na Escola de
Serviço Social da Universidade Católica de Minas Gerais procurando criticar tanto
no campo teórico quanto na prática o Serviço Social tradicional. [...]eles
elaboraram um crítica teórico-prática ao tradicionalismo profissional e propõem
[...] em seu lugar uma alternativa global: uma alternativa que procura romper com
o tradicionalismo no plano teórico-metodológico, no plano da concepção e da
intervenção profissionais e no plano da formação. (NETTO, 2005, pg. 263)
Por muito tempo se utilizou o arcabouço teórico-metodológico da
Sociologia Norte Americana de cunho empirista/psicologista/interacionista
e pragmático no sentido de fazer reformas a manter a ordem da sociedade
burguesa onde se utilizavam de procedimentos técnicos de Caso, Grupo e
Comunidade a fim de adequar o indivíduo ao sistema, não possuindo assim
uma atitude autocrítica com relação à base estrutural do problema que é o
modo de produção. Todavia foi essa concepção metodológica que laicizou
o Serviço Social da Doutrina Social da Igreja Católica.

Fonte: Limites e Possibilidades do serviço Social: Um olhar crítico acerca da


instrumentalidade. www1.ufrb.edu.br/servicosocial/tccs/category/7-tcc20141?download
=124...dos

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Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

05 – A aproximação à fenomenologia no Serviço Social brasileiro teve


como implicações teórico-metodológicas:

a) Interdição do empirismo, ressaltando como primordial o investimento


na cognição e adesão aos padrões positivistas.
b) Afirmação dos valores cristãos e dos objetivos profissionais voltados à
transformação social.
c) Recuperação dos valores básicos do Serviço Social, como a
autodeterminação e centralização nas dinâmicas individuais.
d) Uso do diálogo, da compreensão e da intuição, tendo como elementos
centrais do interesse profissional cada sujeito e sua coletividade.

Gabarito: C

Justificativa:

Segundo Netto (2009), embora por caminhos diferenciados, os autores


de inspiração fenomenológica operam um regresso ao tradicional, à
herança conservadora da profissão pela recuperação de seus valores
universais e a centralização nas dinâmicas individuais, incluindo o
princípio da autodeterminação que se vincula a uma perspectiva de
conscientização. Neste sentido, vale recordar do método da Ação Católica,
ou seja, o ver, o julgar e o agir e, do neotomismo com o respeito à dignidade
humana, o valor absoluto da pessoa, sua liberdade, a promoção ativa do
beneficiário e a autodeterminação. Netto (2009, p. 219) traz, que se perde
com este proceder “[...] exatamente o conjunto de determinações que
possibilita um desvendamento histórico-concreto da significação do
“princípio” nas representações e práticas profissionais [...]”.

Fonte: NETTO, José Paulo. Capitalismo Monopolista e Serviço Social. 7. ed. São Paulo:
Cortez, 2009.

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Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

06 – As reflexões de Marilda Iamamoto e José Lucena Dantas


representam, respectivamente, as perspectivas teóricas que informaram
as seguintes perspectivas do processo de Renovação do Serviço Social
brasileiro:

a) Modernização e reatualização do conservadorismo.


b) Reatualização do conservadorismo e modernização.
c) Intenção de ruptura e modernização.
d) Intenção de ruptura e reatualização do conservadorismo .

Gabarito: C

Justificativa:

No serviço social esta disjuntiva político-social se refratou no corpo


profissional na forma de um movimento de renovação ou reconceituação
profissional que apresentou duas faces: modernização e ruptura. O
movimento de reconceituação começou no Cone Sul da América latina (no ano
de 1965 se realizou o Seminário Regional latino americano de Serviço Social em
Porto alegre) e se espalhou pelo resto do continente ao longo de
aproximadamente uma década.
*Esse parágrafo caiu no INSS 2016 – Assistente Social.
José Paulo Netto se refere à perspectiva modernizadora que constitui a
primeira expressão do processo de renovação do Serviço Social no Brasil que
encontra sua formulação no primeiro Seminário de Teorização do Serviço
Social que foi promovido pela CBCISS em Araxá e que teve como
desdobramento um segundo Seminário realizado em Teresópolis.
Dantas Lucena ofereceu com o trabalho “A teoria metodológica do Serviço Social
- Uma abordagem sistemática”, uma concepção extremamente articulada da
metodologia modernizadora, que era o objetivo do seminário. José Lucena
Dantas foi o único que ateu-se ao tema central que era o objetivo do
seminário, que apresentou ao debate uma concepção extremamente
articulada da metodologia do Serviço Social, a mais compatibilizado com a
perspectiva modernizadora.

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Na modernização temos a vontade de transformação do Serviço Social de


tecnologia em ciência, adotando para isto o método cientifico. Na ruptura, temos
a descoberta da ideologia como uma região, ou esfera da sociedade. Poder-se
dizer que aqui também existia a vontade de fazer do Serviço Social uma ciência,
sendo para isto necessário que o Serviço Social rompa com as ideologias ou
que se defina a favor de uma das ideologias. Através da ideologia era possível
pensar a relação entre o conhecimento e os interesses sociais quebrando assim
a circularidade e autossuficiência do processo de conhecimento do positivismo.
Com esta formulação o Serviço Social abandonava o lugar de neutralidade que
tradicionalmente ocupava, se afastando também da proposta modernizadora
e positivista já que esta era considerada como uma proposta ideológica
que visava a mascarar as relações sociais entre as classes.
O Documento de Teresópolis possui características diversas e que se compõe dos
relatórios dos dois grupos de profissionais, divididos em grupo A e grupo B, que
tem como temática a “Concepção cientifica da prática do Serviço Social” e
“Aplicação da metodologia do Serviço Social”, além de discutir o Documento
de Araxá. Busca a utilização do método cientifico e método profissional e a
conexão com as ciências sociais. Os relatórios se caracterizaram por expor a
concepção cientifica da prática do Serviço Social que é assumida como uma
intervenção.
Netto aborda ainda que o Documento de Teresópolis possui características
diversas e que compõe-se dos relato de profissionais, divididos em grupo A e
grupo B, que tem como temática a “necessidade de um estudo sobre a
Metodologia do Serviço Social face à realidade brasileira” (CBCISS, 1986: 53), além
de discutir o Documento de Araxá.
Já a intenção de ruptura que por sua vez critica o tradicionalismo e seus
suportes ideológicos e metodológicos visa romper com tradicionalismo para
que possa estar dando respostas adequadas às demandas do desenvolvimento
brasileiro, surgindo assim também documentos que colocaram em pauta a
necessidade de romper com o tradicionalismo, com a forma empírica de
envolvimento dos profissionais do serviço social. Neste sentido na medida em
que a sociedade se desenvolve, surgem vários métodos para acompanhar a
revolução social e assim amenizarem a questão social.

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Dentro da perspectiva renovadora a que mais se ligou a universidade foi à


intenção de ruptura que pretendia romper substancialmente com o
tradicionalismo e suas implicações teórico-metodológicas e prático-profissionais.
É apontada como produto de professores.
A perspectiva da intenção de ruptura deveria construir-se sobre bases quase
que inteiramente novas; esta era uma decorrência do seu projeto de romper
substantivamente com o tradicionalismo e suas implicações teórico-
metodológicas e prático-profissionais. (Netto, 2011:250). Em seu livro,
enfocou duas das contribuições que se salientam naquele acervo: Método
Belo Horizonte e a reflexão produzida por Marilda Villela Iamamoto.
O Método BH tem como objetivo meta transformação da sociedade e do homem.
Projeto megalômano: atribuir à profissão transformar a sociedade e o homem.
Como meta meio: conscientização, capacitação e organização. E faz crítica ao
“Serviço Social Tradicional”:
a) ideopolíticas: critica-se a sua aparente neutralidade que de fato se traduz no
desempenho de funções voltadas para determinados interesses;
b) teórico-metodológicas: o Serviço Social Tradicional oferece uma visão
dicotômica entre a realidade social e os grupos sociais, entre a sociedade e os
homens, entre o sujeito e o objeto;
c) Operativo-funcionais: no Serviço Social Tradicional, os elementos constitutivos
da ação metódica não são explicados claramente. Competem apenas eliminar
as disfunções, problemas de adaptação, condutas desviadas. Não delimita
área de atuação, o critério é a localização dos indivíduos.
A principal crítica ao Método BH é que a inspiração marxista não vai a fontes
originais, tem contaminação positivista. Combina formalismo e empirismo,
deforma as efetivas relações entre teoria, método e pratica profissional, simplifica
as mediações entre sociedade e profissão.

Fonte: Resumo – Ditadura e Serviço Social - José Paulo Netto. https://www.academia.edu


/8658959/NETTO_resumo_ditadura?auto=download

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Ano: 2016 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: IJF 2016

07. Quanto à importância da tradição marxista no Serviço Social é


correto afirmar:

a) A recorrência do Serviço Social aos aportes de Marx surge nos anos de


1960. Tributo ao Movimento de Reconceituação, o primeiro momento de
uma apropriação que, de certo modo, se colocava em nível de princípios
e de valores, incorporando os elementos ideopolíticos desta tradição
derivada de Marx, porém, sem que estes fossem necessariamente
reconhecidos, incorrendo no que alguns autores denominam de um
“marxismo sem Marx”.
b) A primeira aproximação se realizou nos anos de 1980, pela militância
político-partidária, realizada no momento da abertura política e do
processo de democratização do país e de grande expressão dos
movimentos sociais que denunciavam todo tipo de repressão, de
perseguição e de tortura imposta.
c) O referencial marxiano vem permitindo uma apreensão da crise planetária,
global e sem precedentes na história, sua contribuição no serviço social
centra se exclusivamente nas dimensões macroeconômicas.
d) Com base nos aportes do referencial marxiano pode-se captar as novas e
as antigas expressões da chamada “questão social”, as alterações nas
demandas profissionais, nos espaços de intervenção, porém esse
referencial não tem conseguido na contemporaneidade nortear e redefinir
as intervenções da profissão.

Gabarito: A

Justificativa:
Então, a discussão dos fundamentos tem no referencial desta ontologia seu
substrato filosófico e teórico-metodológico. É este referencial que nos
permite constatar que seus fundamentos encontram-se no processo de
produção e reprodução material e espiritual realizado pelos próprios homens
no seu processo de trabalho. Mas a recorrência do Serviço Social aos aportes
de Marx vem de antes: surge nos anos de 1960. Tributo ao movimento de
reconceituação o primeiro momento de uma apropriação que, de certo modo,
se colocava em nível de princípios e valores, incorporando os elementos
ídeopolíticos desta tradição derivada de Marx, porém, sem que estes fossem
necessariamente reconhecidos, incorrendo no que alguns autores
denominam de um “marxismo sem Marx” (QUIROGA, 1991). Tal aproximação
se realiza, em geral, pela militância político-partidária, realizada sob ditaduras
e contou com todo tipo de repressão, perseguição, tortura, que impôs a
interrupção deste pensamento pelo exílio ou autoexílio daqueles que a

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assumiam. É importante destacar que no Brasil o Serviço Social se aproxima


do marxismo por via acadêmica, durante a ditadura militar de 1964.
A primeira aproximação do marxismo pelo Serviço Social – A partir da leitura
marxiana, percebe-se que o Serviço Social, em sua primeira aproximação com
a perspectiva marxista, tende a incorporar a categoria liberdade despida do
seu conteúdo ontológico, o que possibilita compreendê-la como sinônimo de
participação social, cidadania e exercício da democracia.
Reivindica-se, portanto, uma leitura crítica dos anos de 1960 a 1980, que no
Serviço Social tem como marco o ano de 1979, no qual aconteceu o
“congresso da virada” e o início da construção de novas formas de
intervenção política profissional, sindicatos, movimentos sociais, bem como a
interlocução com a classe trabalhadora. Tal fato, em particular, ajudou a
delimitar o período que estaria em foco neste trabalho, pois uma leitura
atenta desse momento histórico para a profissão evidencia que, após o
“congresso da virada”, em 1979, processa-se um amplo debate de revisão da
formação profissional e da intervenção institucional. Cabe aqui um pequeno
parêntese no sentido de abordar minimamente essa referência e alguns de
seus desdobramentos. Em 1979 ocorre a primeira publicação do periódico de
maior circulação no meio da categoria profissional – a Revista Serviço Social
e Sociedade. Nesse mesmo período, têm início os encontros e fóruns de
formação profissional promovidos pela Associação Brasileira do Serviço Social
(ABESS), hoje Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa do Serviço Social
(ABEPSS), o que torna evidente que essas publicações e encontros, além da
divulgação de trabalhos acadêmicos, evidenciavam as inquietações que a
categoria estava então a viver. Dessa forma, a produção acadêmica divulgou
nos meios profissionais os debates realizados pela vanguarda crítica. A
pesquisa delimita sua investigação teórica nas publicações de periódicos
datados até 1985. Após essa data iniciam-se novas reflexões teóricas,
decorrentes do primeiro momento de ruptura com o tradicionalismo
profissional.
Com o desenvolvimento das forças produtivas do trabalho sob a égide do
capital, o processo de trabalho passa a ser realizado sob a forma de
cooperação de muitos trabalhadores e meios de trabalho, verificando-se, ao
mesmo tempo, um parcelamento das atividades necessárias à realização de
um produto, sem precedentes em épocas anteriores.
O grau de desenvolvimento da divisão do trabalho expressa o grau de
desenvolvimento das forças produtivas sociais do trabalho. Com a divisão dá-
se, ao mesmo tempo, a distribuição quantitativa e qualitativa do trabalho e
dos produtos, isto é, da propriedade – do poder de dispor do trabalho de
outro. A divisão do trabalho e a propriedade são expressões idênticas: o que
a primeira enuncia em relação à atividade do homem, a segunda enuncia em
relação ao produto dessa atividade. Assim, a cada fase da divisão do trabalho
corresponde uma forma de propriedade, ou a cada estágio do
desenvolvimento das forças produtivas corresponde uma forma de
apropriação do trabalho (MARX e ENGELS, 1977). Na sociedade capitalista e
na forma de propriedade privada que lhe corresponde, o trabalho humano é
expressão da atividade humana num contexto de alienação e a divisão do

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trabalho é a expressão econômica do caráter social do trabalho dentro da


alienação. Portanto, centrando-se numa visão macroeconômica e também na
microeconômica (grifos nossos).
d) Na contemporaneidade da profissão, ao fomentar produções
bibliográficas, o referencial marxiano vem permitindo uma apreensão da crise
planetária, global e sem precedentes na história, para além de suas dimensões
socioeconômicas. Faz-nos perceber que esta crise tem se configurado como
uma crise do processo civilizatório, daqueles projetos societários pelos quais
este último século se consolidou, das sociedades organizadas por iniciativas
de economias planejadas, dos Estados intervencionistas, enfim, das
alternativas à barbárie social (HOBSBAWM, 1992; NETTO, 1993; FREDERICO,
1994) , e, ainda: que o fim do socialismo real não significa o fim do projeto
socialista. A clara interpretação da crise nos permite captar as transformações
macrossocietárias que se operam nos últimos 40 anos e incidem na
configuração do mundo do trabalho, alterando a funcionalidade do Estado
diante da nova dinâmica das relações capital-trabalho, incidindo sobre as
decisões acerca das estratégias de enfrentamento da chamada “questão
social”. Frente a estas transformações, a busca dos fundamentos constitutivos
e constituintes dos processos sociais e praticas profissionais, da base material
e real e da sua lógica constitutiva, fica cada vez mais premente. Como diz
Netto, A superioridade teóricometodológica de Marx e seus continuadores é
incontestável no trato de questões fulcrais da ordem burguesa – por exemplo,
as crises, o subdesenvolvimento, o capitalismo monopolista. Mas ela não me
parece menos pronunciada no enfoque de fundamentais problemas
contemporâneos, tais como os novos papéis socioeconômicos do Estado, as
conexões entre o Estado e as grandes corporações, a revolução científica e
técnica e suas implicações na organização do trabalho, o „fenômeno urbano,
as relações da economia mundial no estágio da plena transnacionalização d
capital, as novas formas de dependência (tecnológica, financeira, etc.)
(NETTO, 1993, p. 38). Assim, com a permanência dos fundamentos e
determinações da sociedade burguesa o referencial de Marx mantém a sua
atualidade, mas também a sua vitalidade.

Fonte: O Serviço Social e a análise crítica de seus fundamentos - Yolanda Guerra -


http://periodicos.ufes.br/EINPS/article/download/9934/6950
Fonte: Marxismo e Serviço Social: Um estudo sobre a incorporação da categoria “liberdade”
pela tendência de ruptura com o tradicionalismo.
Fonte: O Serviço Social e a análise crítica de seus fundamentos - Yolanda Guerra 2015.
https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&cad=rja&u
act=8&ved=0ahUKEwjt9PGIg9DPAhUFfZAKHcWsC_UQFggjMAE&url=http%3A%2F%2Fpe
riodicos.ufes.br%2FEINPS%2Farticle%2Fdownload%2F9934%2F6950&usg=AFQjCNE3NU5
22A9hWEIzqZ8_upqDmJ1BA&sig2=_L9Rf_Gf8iUOsRok90XzMw

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Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Teresina – PI Prova: Técnico de Nível
Superior - Assistente Social

08 - A abordagem histórica sobre o processo de produção e reprodução


das relações sociais com fundamento em referencial da teoria marxiana
ofereceu o percurso metodológico e o arsenal de categorias teóricas na
análise do significado social da profissão. Frente a essa análise:

a) Reafirma-se o caráter endógeno predominante nas interpretações da


profissão.
b) Constata-se que a mesma é elaborada como parte do acúmulo crítico
construído a partir do Serviço Social norteamericano.
c) Explica-se a ênfase na harmonia social e na perpetuação da ideologia
dominante.
d) Incorporam-se habilidades e competências que permitem o
desenvolvimento de uma prática humanista e libertária.
e) Afirma-se e fundamenta-se o caráter contraditório do exercício
profissional, indissociável das relações e interesses de classes e de suas
relações com o Estado.

Gabarito: E

Justificativa:

Cabe assinalar que estes dois ângulos constituem uma unidade contraditória,
podendo ocorrer um desencontro entre as intenções do profissional, o trabalho
que realiza e os resultados que produz. É importante também ter presente que o
“Serviço Social, como instituição componente da organização da sociedade, não
pode fugir a essa realidade” (IAMAMOTO; CARVALHO, 1995, p. 75).
Assim, podemos afirmar que o Serviço Social participa tanto do processo de
reprodução dos interesses de preservação do capital, quanto das respostas às
necessidades de sobrevivência dos que vivem do trabalho. Não se trata de uma
dicotomia, mas do fato de que ele não pode eliminar essa polarização de seu
trabalho, uma vez que as classes sociais e seus interesses só existem em relação.
Relação que, como já afirmamos, é essencialmente contraditória e na qual o
mesmo movimento que permite a reprodução e a continuidade da sociedade de
classes cria as possibilidades de sua transformação.

Fonte: O significado sócio-histórico da profissão - Maria Carmelita Yazbek

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Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

09. Quanto aos fundamentos que atravessam a trajetória do Serviço


Social, é correto afirmar:

a) Os assistentes sociais especializam-se em responder demandas que


exigem soluções imediatas de problemas que tencionam e ameaçam o
ordenamento social; decorre daí a importância da adoção do pragmatismo
como modo de pensar o real na sua imediaticidade, como forma de conceber
a relação entre a teoria e a prática.
b) A atuação do assistente social se dá na sociedade capitalista, cujas
contradições convertem-se em conflitos individuais; diante disso, tornaram-
se hegemônicas, no cenário neoliberal, as teorias positivistas e suas
derivações que explicam as situações-limites que ameaçam a reprodução
social.
c) Os assistentes sociais, no processo de institucionalização da profissão
no Brasil, incorporaram inicialmente as principais matrizes teórico-
metodológicas acerca do conhecimento social na sociedade burguesa, a
teoria inspirada em Marx e o Positivismo.
d) É na relação com a Igreja Católica que o serviço social brasileiro vai
fundamentar a formulação de seus primeiros objetivos políticos e sociais,
orientando-se por um posicionamento de cunho humanista e conservador,
contrário aos ideários liberal e marxista na busca de recuperação da
hegemonia do pensamento social da Igreja em face da questão social.

Gabarito: D

Justificativa:

Para a lógica capitalista, a busca por uma prática desatrelada da análise crítica e
da apropriação de uma teoria rica de possibilidades de apreensão do movimento
real e dialético é totalmente relegada e descartada. A intenção é manter uma
prática funcional aos interesses da classe dominante, reforçando o discurso
de fragmentação entre teoria e prática. O conservadorismo se expressa de
forma a sustentar essa lógica, de manter instituições e formas de pensar presas
ao passado e refuncionalizadas no presente. As desigualdades sociais e as
latentes contradições do capitalismo possuem em sua aparência formas
naturalizadas e impossíveis de serem modificadas. A práxis é desconsiderada e
aos que estão inseridos na lógica formal do trabalho cabe serem colaboradores
dos interesses capitalistas conforme a lógica da reestruturação produtiva que

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objetiva manter os interesses que se manifestem como úteis ao capitalismo. Toda


essa lógica é difícil de ser apreendida sem um aporte que subsidie uma análise
crítica. Ele apresenta uma falsa aparência de estar “enraizada” na vida do homem.
Assim acontece com o pragmatismo. Tratamos pouco sobre seus elementos, mas
em muito os reproduzimos. Por não o conhecermos em sua densidade e em suas
propostas não conseguimos captar todos os elementos que estão presentes
nessa ideologia. Dessa forma, a exposição do pensamento de Lukács permitiu
apresentar as mediações necessárias para realizarmos o debate sobre a relação
do Serviço Social como pragmatismo frente a lógica capitalista. Dessa forma, o
conservadorismo torna-se expressão de uma necessidade do sistema capitalista
para manter a reprodução de sua lógica e de seus valores. A contraditoriedade
da profissão expressa em tais interesses é reflexo das contradições da própria
sociedade capitalista.
A relação entre pragmatismo, positivismo, sociologia e conservadorismo
fica clara quando constata-se que a sociologia surge a partir do positivismo
no século XIX e passou a reger o conjunto da perspectiva sociológica,
exigindo do sociólogo uma postura objetiva.
A experiência, a necessidade de por à prova todas as proposições, a importância
de verificar a validade das teorias, são todos pressupostos que se apresentam
como características comuns tanto da sociologia como do pragmatismoA análise
mais a fundo da realidade pode ser feita e apreendida pelos profissionais quando
há uma reatualização profissional capaz de permitir uma leitura crítica.
Entretanto, na intervenção profissional, quando os assistentes sociais não
conseguem romper com a fenomenalidade, eles não alcançam a perspectiva de
totalidade, exatamente por trabalharem diretamente com o cotidiano que é um
espaço propício à reprodução do pragmatismo.

Netto (2001, p. 98) demonstra que a influência do pragmatismo e do empiricismo


no Serviço Social nos conferiu marcas na configuração da profissão que, de certa
forma, ainda se fazem presentes, pois: Com frequência, a crítica ao empiricismo
e ao pragmatismo do Serviço Social perdeu de vista que suas fontes não se
esgotam nas influências teóricas exercidas sobre a profissão, mas, com evidente
profundidade, mergulham raízes neste componente de sua prática
[pragmatismo], determinado socialmente.

A ciência pode servir como propagadora e defensora dos interesses da classe


dominante. Podemos incluir o pragmatismo como expressão de uma forma
de propagar, uma forma de ser, de pensar e de se expressar da sociedade
capitalista. Mas, a classe operária através de sua organização e luta vai
adquirindo consciência de classe para si. É quando a experiência adquire um
papel central, entendendo experiência, nesse caso, decorrente do processo de
reflexão. “À medida que socializam as suas experiências comuns, no contexto das

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suas relações de trabalho e de suas experiências da vida cotidiana, os operários


compreendem, de modo cada vez mais claro, o caráter alienado e antagônico da
sua condição” (Vázquez, 2007, p. 45).

A verdade no pragmatismo é uma busca por resultados vantajosos para os


interesses imediatos. A crítica não está no fato de se propor uma verdade e sim
na perspectiva desta verdade, ou seja, no resultado final. O marxismo também
defende a existência de uma verdade, porém propõe a existência de um
conhecimento verdadeiro quando é possível, através dele, transformar a
realidade e quando a teoria representa, de maneira mais próxima possível,
o movimento da realidade. A verdade é uma reprodução da realidade através
de um processo reflexivo no qual o homem pensa e reflete sobre a realidade, a
traduz pelo pensamento de forma a articulá-la com a prática social. “O
conhecimento é útil na medida em que é verdadeiro, e não é verdadeiro porque
é útil, como sustenta o pragmatismo” (Vázquez, 2007, p. 242). A diferença do
conhecimento verdadeiro para o pragmatismo e para o marxismo reside no
fato de que para o primeiro, o verdadeiro depende da perspectiva individual
e da subjetividade particular de cada homem, a verdade depende da
utilidade que ela possui para determinado contexto ou situação, a verdade
só é válida se ela for útil e aplicada. Para o marxismo o conhecimento
verdadeiro depende de uma apropriação coletiva, está relacionado à
possibilidade de transformações da realidade e possui articulação com o
movimento da totalidade, expressando a realidade pela via do pensamento.

Para Vázquez (2007) há uma interpretação equivocada da unidade entre teoria e


prática quando se desconsidera que a teoria possui uma relativa autonomia ou
quando se pensa que a prática pode se transformar em teoria ou que basta o fato
de se acumular experiências práticas para se desenvolver uma teoria. É como se
afirmássemos que a partir da prática podemos desvendar sua essência, sua
verdade; como se a prática se mostrasse por si só. Para o autor, o problema da
relação entre teoria e prática só pode ser interpretado corretamente quando
consideramos que a prática se constitui como uma atividade objetiva e
transformadora da realidade e não como uma atividade subjetiva e
individual como faz o pragmatismo. A prática por si só não consegue mudar a
consciência do homem, não consegue transformar a realidade. Para que isso
ocorra é necessária uma prática consciente, pensada.

Fonte: Expressões do pragmatismo no Serviço Social: reflexões preliminares.Yolanda


Aparecida Demetrio Guerra - http://www.scielo.br/pdf/rk/v16nspe/04.pdf

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Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

10. O Movimento de Reconceituação que ocorreu no âmbito do Serviço


Social latino-americano, a partir da década de 1970, mudou decisivamente
o rumo da profissão no continente. Nesse sentido, assinale a alternativa
correta.

a) Expressou o questionamento do referencial funcionalista, contudo sem


relacionar ao contexto de mudanças econômicas, políticas e culturais
que denunciavam as novas configurações que caracterizam o
capitalismo mundial e, particularmente, o estilo excludente e
subordinado imposto à América latina.
b) Deslocou o debate da profissão do “metodologismo”, até então
predominante, para o debate das relações sociais nos marcos do
capitalismo e com ele passa a dar ampla visibilidade à politica social
como espaço de luta para a garantia dos direitos sociais.
c) Amplo movimento de revisão em diferentes níveis: teórico,
metodológico, operativo e politico; dado o caráter homogêneo, impõe
aos assistentes sociais a necessidade de um novo projeto societário
comprometido com a classe trabalhadora.
d) Tem como preocupação a fundamentação do exercício e dos
posicionamentos teóricos do Serviço Social; assume claramente uma
perspectiva de contestação política e de transformação social, fato que
fez efetivar avanços e uma prática diferente durante os governos
militares ditatoriais.

Gabarito: B

Justificativa:

O movimento de reconceituação do serviço social, ocorrido entre os anos de 1965


– 1975, expressa uma nova corrente para a profissão, com caráter mais
heterogêneo – várias vertentes, linhas políticas, teóricas e profissionais. Ele é
fruto de condicionantes históricas, com aprovação de setores jovens e
profissionais de vanguarda do serviço social.
Esse movimento fez a denúncia e crítica ao serviço social tradicional e seu vínculo
com o conservadorismo, uma autocrítica à profissão – revisão global;
questionamento da sociedade e seu nível societário, da direção social da prática
profissional, de suas raízes sociopolíticas, de seus fundamentos ideológicos e
teóricos, sintonizando o serviço social com a realidade a fim de atender às

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demandas – crítica o tradicionalismo. É um movimento teórico, metodológico e


operacional.
Não foi um movimento homogêneo de ideias e posições, mas incorporou várias
correntes e tendências. Até mesmo sua aceitação no meio profissional não foi
homogênea.
Ele foi mais intenso na América Latina no Brasil, país com um nível mais
avançado de industrialização e um sistema de governo populista, lutas de classes
e organizações mais conscientes das mesmas, com ocorrência de participação
política, onde ele assumiu uma perspectiva crítica de contestação política e
de proposta de transformação social. Essa posição dificilmente poderia ser
levada à prática frente à explosão de governos militares ditatoriais e pela ausência
de suportes teóricos claros.
No âmbito do movimento, definiram-se e confrontaram-se diversas tendências
voltadas à fundamentação do exercício e dos posicionamentos teóricos do
serviço social. Essas tendências resultaram em conjunturas sociais particulares
nos países do continente e levaram, por exemplo, no Brasil, o movimento, em
seus primeiros momentos (tempos de ditadura militar e de impossibilidade
de contestação política), a priorizar um projeto tecnocrático/modernizador, do
qual os documentos Araxá e Teresópolis são as melhores expressões.
No Brasil, as influências desse movimento só irão repercutir a partir do fim
da Ditadura Militar, que minou as bases que proporcionariam a crítica
progressista no serviço social. O pós 1964 serviu para repensar, rearranjando
o que era tradicional já que mudanças efetivas não poderiam ser instauradas. Esse
processo também poderia ser denominado como modernização conservadora.
Dentro dessa perspectiva, o serviço social apenas revisou seus conceitos e
conteúdo, resgatando e mantendo seus núcleos teóricos, revestindo-os de uma
nova roupagem apenas. Algumas vertentes de análise que emergiram no bojo do
Movimento de Reconceituação:
• Vertente modernizadora caracterizada pelas abordagens funcionalistas,
estruturalistas e positivistas.
• Vertente inspirada na fenomenologia, que priorizava como metodologia a
metodologia dialógica, abarcando nessa as concepções de pessoa, o diálogo e a
transformação social como uma forma de reatualização do conservadorismo
presente no pensamento inicial da profissão.
• Vertente marxista que se apropriou do conceito de sociedade e de classes no
Brasil, aproximação do marxismo.

Fonte: http://unipvirtual.com.br/material/2011/bacharelado/fund_hist_teo
_met_servsoc/unid_4.pdf

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Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

11– Para o Serviço Social, apesar da tentativa de romper com o


conservadorismo da profissão durante o movimento de Reconceituação,
essa ruptura só se efetivou nos anos 80. Assinale a alternativa correta quanto
aos fatores determinantes para tal ruptura.

a) Amadurecimento profissional através do reconhecimento da profissão


como área de produção de conhecimento, embora, na sua totalidade,
não tenha abandonado as interpretações e o engajamento com os
movimentos sociais.
b) Incorporação de teorias e metodologias compatíveis com a ruptura do
conservadorismo, a partir da utilização de vertentes críticas
estruturalistas, com destaque para a produção marxista de Louis
Althusser.
c) A maioridade intelectual e profissional dos assistentes sociais, para a
sua cidadania acadêmica e política, a inserção da categoria profissional
nas lutas mais amplas pela conquista e aprofundamento da
democratização e da vida social: do Estado e da sociedade no país, no
horizonte da política e da economia.
d) A gênese e a consolidação do projeto ético–político do Serviço Social,
amarrando seus compromissos aos das classes trabalhadoras, como
uma carta de princípios e de compromissos ideopolíticos, para além de
sua dimensão prática normativa.

Gabarito: C

Justificativa:

Sob a influência das críticas operadas no bojo do Movimento de Reconceituação


Latino Americano e da aproximação com o marxismo, origina-se uma nova ética
profissional com novos rumos e direcionamentos, construindo assim uma nova
moralidade pautada na participação política e no trabalho com movimentos
populares.
Além do engajamento político junto aos movimentos sociais democráticos,
o Serviço Social começa a estudar e produzir uma literatura crítica, voltada
à busca de compreensão do significado da profissão, participa do debate e
das entidades latino-americanas, busca elementos para a superação crítica
dos equívocos, questiona as teorias tradicionais, denuncia a neutralidade
profissional e anuncia seu compromisso com as classes trabalhadoras.

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Movendo-se pela intenção de ruptura e acreditando na liberdade, uma parcela


de profissionais que optou por encontrar novas bases de legitimação para o
Serviço Social, resiste à ditadura fazendo escolhas pautadas em valores
emancipatórios num momento de repressão e hegemonia conservadora na
profissão. (BARROCO, 2008).
Far-se-á necessidade de ressaltar que segundo Barroco, as circunstâncias nas
quais ocorreram as primeiras aproximações com o marxismo fragilizam a
possibilidade de uma aproximação ontológica do pensamento de Marx. Para isso,
contribui a forte influência de Althusser nos meios acadêmicos, o que se explica
no contexto da ditadura, em que ocorre uma adequação entre o discurso
científico-neopositivista e os limites dados pela censura e pelo esvaziamento
político da universidade. (NETTO, 1991 apud BARROCO, 2008, p.152-153).
Para BARROCO (2007) o ideário oriundo de Althusser apresenta perspectiva
estruturalista e tendência positivista, despojada do humanismo e da
ideologia, que poderia mais ser qualificado como um anti-humanismo
marxista. Foi uma contribuição permeada pelo ecletismo teórico, uma
Ideologização em detrimento teórico-metodológico e tomada simplificada
do referencial marxista.
Não há dúvidas de que o projeto ético-político do Serviço Social brasileiro
está vinculado a um projeto de transformação da sociedade.
Esta vinculação se dá pela própria exigência que a dimensão política da
intervenção profissional8 impõe. Ao atuarmos no movimento contraditório das
classes, acabamos por imprimir uma direção social às nossas ações profissionais
que favorecem a um ou a outro projeto societário.
Nas diversas e variadas ações que efetuamos como plantões de atendimento,
salas de espera, processos de supervisão e/ou planejamento de serviços sociais,
das ações mais simples às intervenções mais complexas do cotidiano profissional,
nelas mesmas, embutimos determinada direção social entrelaçada por uma
valoração ética específica.
As demandas (de classes, mescladas por várias outras mediações presentes nas
relações sociais) que se apresentam a nós, encobrem seus reais determinantes e
as necessidades sociais que portam. Tendo consciência ou não, interpretando ou
não as demandas de classes e suas necessidades sociais que chegam até nós em
nosso cotidiano profissional, dirigimos nossas ações favorecendo interesses
sociais distintos e contraditórios.
Nosso projeto ético-político é bem claro e explícito quanto aos seus
compromissos. Ele “tem em seu núcleo o reconhecimento da liberdade como
valor ético central – a liberdade concebida historicamente, como possibilidade de
escolher entre alternativas concretas; daí um compromisso com a autonomia, a
emancipação e a plena expansão dos indivíduos sociais. Consequentemente, o
projeto profissional vincula-se a um projeto societário que propõe a construção

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de uma nova ordem social, sem dominação e/ou exploração de classe, etnia e
gênero”. (Netto, 1999: 104-5; grifos originais).
Já a gênese do Serviço Social , segundo Netto, está vinculada à emergência da
“questão social”, esta conceituada como o conjunto de problemas políticos,
sociais e econômicos que reclamados pela classe operária no curso da
consolidação do capitalismo; portanto a “questão social” está atrelada aos
conflitos da relação capital/trabalho (Netto, 1992, p.13). Segundo o autor, sem
esse entendimento histórico-social contextualizado, a gênese do Serviço Social,
enquanto profissão pode ser falsamente identificada como resultado do status
“sócio-ocupacional das condutas filantrópicas e assistencialistas que
convencionalmente se consideram as suas protoformas” (Netto, 1992, p.14)
Entretanto Netto ressalta que a gênese do Serviço Social não se esgota apenas
com a emergência da “questão social” se tomada abstratamente, mas
especificamente ao momento histórico do capitalismo: a idade do monopólio, “as
conexões genéticas do Serviço Social profissional não se entretecem com a
‘questão social’, mas com suas peculiaridades no âmbito da sociedade burguesa
fundada na organização monopólica” (Netto, 1992, p.14).

Fonte: Teoria Social e o projetoético-político do Serviço Social.


http://www.uff.br/iacr/ArtigosPDF/14T.pdf. Notas sobre o Projeto ético-político do
Serviço Social- Marcelo Braz Moraes dos Reis - http://www.funorte.com.br/files/servico-
social/29.pdf. O Serviço Social na sociedade capitalista. http://www.ebah.com.br/content
/ABAAAAoUwAG/servico-social-na-sociedade-capitalista.

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12 - No atual contexto, as profissões, como o conjunto da sociabilidade


capitalista, foram invadidas pelos avanços do ideário conservador e de
sua atualização no neoconservadorismo. Não é diferente com o Serviço
Social, pois a profissão reflete as contradições sociais, suas tendências e
a luta pela hegemonia entre ideias e projetos profissionais e societários.
Nesse sentido, considere:

I. O conservadorismo, em sua função ideológica, reproduz um modo de ser


fundado em valores historicamente preservados pela tradição e pelos
costumes, vinculados à classe trabalhadora.
II. A moral, no ideário conservador, desempenha uma função de destaque,
sendo concebida como base fundante da sociabilidade e da política.
III. O neoconservadorismo apresenta-se como forma dominante de apologia
conservadora da ordem capitalista, combatendo o Estado social e os direitos
sociais.
IV. As críticas neoconservadoristas têm sua força de razão, pois remetem a
violência urbana, a segregação, a desestabilização da ordem social, em termos
morais.
Está correto o que consta APENAS em

a) I, II e IV.
b) I, III e IV.
c) II, III e IV.
d) II e III.
e) I e II.

Gabarito: D

Justificativa:
Para enfrentar ideologicamente as tensões sociais decorrentes da ofensiva
neoliberal, no contexto da crise mundial do capitalismo dos anos 1970, o
conservadorismo se reatualizou, incorporando princípios econômicos do
neoliberalismo, sem abrir mão do seu ideário e do seu modo específico de
compreender a realidade. O neoconservadorismo apresenta-se, então, como
forma dominante de apologia conservadora da ordem capitalista, combatendo o
Estado social e os direitos sociais, almejando uma sociedade sem restrições ao
mercado, reservando ao Estado a função coercitiva de reprimir violentamente
todas as formas de contestação à ordem social e aos costumes tradicionais.
Fonte: Não passarão! Ofensiva neoconservadora e Serviço Social - Maria Lúcia S. Barroco

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13 – O contexto mundial está fortemente assentado no modelo poítico-


econômico liberal. O neoliberalismo tem como uma de suas premissas
básicas:

a) A valorização do trabalho como instância de troca


b) O Estado como alavanca do desenvolvimento socioeconômico
c) A construção e grandes fundos públicos sociais
d) A centralidade do mercado para o avanço econômico

Gabarito: D

Justificativa:

No balanço que realizou sobre a evolução do neoliberalismo, Anderson (1996,


p.9) indica que este ideário nasceu logo depois da II Guerra Mundial, na região
da Europa e da América do Norte onde imperava o capitalismo, “[...] como uma
reação teórica e política veemente contra o Estado intervencionista e de bem-
estar”.
Considerando essa intervenção como a principal crise do sistema capitalista de
produção, os neoliberais passaram a atacar qualquer limitação dos mecanismos
de mercado por parte do Estado, denunciando tal limitação como uma ameaça
letal à liberdade econômica e política. É nesse sentido que os neoliberais vão
retomar a tese clássica de que o mercado é a única instituição capaz de
coordenar racionalmente quaisquer problemas sociais, sejam eles de
natureza puramente econômica ou política.
Daí a preocupação básica da teoria neoliberal em mostrar o mercado como
um mecanismo insuperável para estruturar e coordenar as decisões de
produção e investimentos sociais (TEIXEIRA, 1996, p. 42). Entretanto, como
nesse período o capitalismo avançado estava entrando numa longa fase de auge
sem precedentes, apresentando o crescimento mais rápido da história durante as
décadas de 1950 e 1960 (sua idade de ouro), as ideias neoliberais não
encontraram contexto favorável para serem colocadas em prática e
permaneceram em teoria por praticamente duas décadas. Já o Estado de Bem-
Estar Social, contando com as condições econômicas e políticas propícias, pôde
se desenvolver em alguns países da Europa e nos Estados Unidos.

Fonte: Ideário neoliberal e reformas educativas na América Latina: A centralidade da


avaliação educacional –Somente a 1ª parte sobre o Neoliberalismo. http://faef.revista
.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/AR0W0RgmeTtOL8y_2013-6-28-12-4-23.pdf

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14 – No plano internacional, a emergência de novas modalidades de


articulação entre o estatal e o privado tem como pano de fundo a crise
do Estado contemporâneo, que faz ressurgir o ideário liberal e a
restauração do mercado como instância de mediação societária. Nessas
circunstancias, que modelo de Estado foi colocado em xeque?

a) Neoliberal.
b) Democrata.
c) Social-Democrata.
d) Socialista.

Gabarito: C

Justificativa:

No plano internacional, o neoliberalismo, o desmonte do Estado social e a crise


iniciada em 2008 tem acarretado a ascensão da extrema direita nos países mais
fortemente afetados pela crise. Esse panorama corrobora a análise de Octavio
Ianni em Capitalismo, Violência e Terrorismo de que o neoliberalismo recria as
condições e os ingredientes do nazi-fascismo. Para ele, o predomínio exacerbado
da lógica do capital conduz, sob vários aspectos, a uma crescente administração
das atividades e ideias de indivíduos e coletividades. Malgrado os discursos sobre
democracia, o crescente predomínio das corporações transnacionais, a
desmobilização da força de trabalho e a racionalidade instrumental se impõem
como organizadoras das regras do jogo, restando ao conjunto da sociedade a
integração ou marginalização compulsórias ao modelo econômico que se impõe
como fim da história. Ianni observa que a luta desbragada do neoliberalismo
contra a social-democracia favorece a fabricação e a generalização de ideologias,
organizações e práticas nazi-fascistas.

Fonte: Da social-democracia ao neoliberalismo - Bertone Sousa https://bertonesousa.


wordpress.com/2013/01/26/da-social-democracia-ao-neoliberalismo/

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15 – O Estado sobre o neoliberalismo, diferencia- se e contrapõe-se ao


Estado sob o keynesianismo. Este último se caracteriza por:

a) Ênfase na distribuição equânime de programas e serviços sociais, orientado


pela emancipação humana e social.
b) Políticas públicas orientadas pelo mercado e acesso aos bens e serviços sociais
com garantia de mínimos de sobrevivência.
c) Desenvolvimento econômico e social regulado pelo Estado com limites
impostos ao mercado e politicas voltadas ao pleno emprego e expansão dos
direitos sociais.
d) Liberdade para o mercado atuar na oferta de bens e serviços sociais, com
vistas à construção do bem comum.

Gabarito: C

Justificativa:

Para Keynes, diante do animal spirit dos empresários, com sua visão de curtíssimo
prazo, o Estado tem legitimidade para intervir por meio de um conjunto de
medidas econômicas e sociais, tendo em vista gerar demanda efetiva, ou seja,
disponibilizar meios de pagamento e dar garantias ao investimento, inclusive
contraindo déficit público, tendo em vista controlar as flutuações da economia.
Segundo Keynes, cabe ao Estado o papel de restabelecer o equilíbrio econômico,
por meio de uma política fiscal, creditícia e de gastos, realizando investimentos
ou inversões reais que atuem, nos períodos de depressão como estímulo à
economia.
Dessa política resultaria um déficit sistemático no orçamento. Nas fases de
prosperidade, ao contrário, o Estado deve manter uma política tributária alta,
formando um superávit, que deve ser utilizado para o pagamento das dívidas
públicas e para a formação de um fundo de reserva a ser investido nos períodos
de depressão (Sandroni, 1992: 85). Nessa intervenção global, cabe também o
incremento das políticas sociais. Aí estão os pilares teóricos do desenvolvimento
do capitalismo pós-segunda guerra mundial. Ao Keynesianismo agregou-se o
pacto fordista – da produção em massa para o consumo de massa e dos acordos
coletivos com os trabalhadores do setro monopolista em torno dos ganhos de
produtividade do trabalho.
Contudo, os “Anos de Ouro” do capitalismo “regulado” começam a se exaurir no
final dos 60 (Hobsbawm, 1995). As taxas de crescimento, a capacidade do Estado

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de exercer suas funções mediadoras civilizadoras cada vez mais amplas, a


absorção das novas gerações no mercado de trabalho, restrito já naquele
momento pelas tecnologias poupadoras de mão de obra, não são as mesmas,
contrariando expectativas de pleno emprego, base fundamental daquela
experiência. As dívidas públicas e privadas crescem perigosamente... A explosão
da juventude em 1968, em todo o mundo, e a primeira grande recessão -
catalisada pela alta dos preços do petróleo em 1973/74 - foram os sinais
contundentes de que o sonho do pleno emprego e da cidadania relacionada à
proteção social havia terminado no capitalismo central e estava comprometido
na periferia do capital onde não se realizou efetivamente. As elites político-
econômicas, então, começaram a questionar e responsabilizar pela crise a
atuação agigantada do Estado mediador civilizador, especialmente naqueles
setores que não revertiam diretamente em favor de seus interesses. E aí se
incluíam as políticas sociais.

Fonte: Fundamentos de Política Social - Elaine Rossetti Behring http://www.sbfa.org.br/


fnepas/pdf/servico_social_saude/texto1-1.pdf

Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

16 – Quanto à crise no capitalismo, é correto afirmar:


a) São fenômenos eventuais, processos imanentes que se manifestam
ciclicamente em função da tendência de queda da taxa de lucros, provocada pela
concorrência intercapitalista, aumento da produtividade do trabalho e de capital,
em contextos de baixos salários e desemprego crescente.
b) A crise que se inicia nos anos de 1970, indicando os primeiros sinais de

esgotamento da fase expansiva do desenvolvimento capitalista no pós-Segunda


Guerra Mundial, é responsável direta pelas transformações do Estado e
reconfiguração das políticas sociais nas décadas seguintes.
c) Trata-se de uma crise estrutural, expansionista, destrutiva, porém fica

isento de consequências sérias a força de trabalho e o meio ambiente.


d) São sempre crises conjunturais, só resolvidas pela intervenção ativa dos

estados nacionais e o papel do fundo público como financiador da acumulação.

Gabarito: B

Justificativa:
A crise que se inicia nos anos de 1970 indicando os primeiros sinais de
esgotamento da fase expansiva do desenvolvimento capitalista no pós-Segunda

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Guerra Mundial, é responsável direta pelas transformações do Estado e


reconfiguração das políticas sociais nas décadas seguintes. São dinâmicas que
envolvem a questão social e, portanto, remetem às contradições geradas pelas
relações entre as classes sociais, em um complexo de novas determinações que
vão ensejar repostas do Estado e do capital à crise de acumulação.
Este movimento evidencia que as crises no capitalismo não são fenômenos
eventuais, mas processos imanentes que se manifestam ciclicamente em
função da tendência de queda da taxa de lucros provocada pela
concorrência intercapitalista, aumento da produtividade do trabalho e sobre
acumulação de capital, em contextos de baixos salários e desemprego
crescente.
Para Mészáros (2009) e outros analistas, esta é uma crise estrutural,
expansionista, destrutiva e, no limite, incontrolável. E quanto mais
aumentam a competitividade e concorrência intercapitais, mais nefastas são
suas consequências, das quais se destacam: a destruição e/ou precarização
da força humana que trabalha e a degradação crescente do meio ambiente,
na relação metabólica entre homem, tecnologia e natureza, subordinadas aos
parâmetros do capital e do sistema produtor de mercadorias.
Cabe salientar que esse processo de reorganização do capitalismo, para fazer
frente a mais uma de suas crises estruturais, só se viabiliza pela intervenção
ativa dos Estados nacionais e o papel do fundo público como financiador da
acumulação. Simultânea e dialeticamente, as políticas sociais representam a face
de luta dos movimentos sociais e a dimensão de conquista da classe trabalhadora
decorrente das pressões e mobilizações em busca de respostas a necessidades
sociais de reprodução social, ainda que invariavelmente de modo insuficiente e
limitado.
Nesses termos, é preciso romper com qualquer linearidade na análise das
políticas sociais e dos espaços ocupacionais nos quais se inserem os assistentes
sociais e demais trabalhadores sociais, considerando as formas de enfrentamento
do capital às suas crises de acumulação, que aprofundam e agravam as
expressões da questão social, mas também desencadeiam respostas da
sociedade e da classe trabalhadora em seu movimento de resistência e defesa de
direitos conquistados historicamente.
Nesse cenário, o trabalho do assistente social sofre profundas inflexões
de- correntes das novas configurações do mercado de trabalho que incidem
também nos espaços em que os assistentes sociais se inserem como
trabalhadores assalaria- dos, que não escapam das determinações estruturais que
movem os processos de intensificação e precarização do trabalho, no contexto
da crise mundial.

Fonte: Proteção social e trabalho do assistente social: tendências e disputas na conjuntura


de crise mundial - Raquel Raichelis http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n116/03.pdf

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Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

17 – Segundo Raichelis (2013), na contemporaneidade estruturou-se um


novo modelo de regulação estatal, que busca consolidar uma nova
racionalidade redistributiva, fundada no compromisso dos cidadãos de se
subordinarem a medidas de “ativação” para a inserção e integração no
mercado de trabalho, como contrapartida à proteção social. Assinale a
alternativa correta quanto a esse novo sistema de proteção social.

a) Welfare state periférico.


b) Workfare.
c) Estado moralizador.
d) Estado civilizador ativo.

Gabarito: B

Justificativa:

Reconhecendo, portanto, as multidimensionalidades da crise atual, as reformas


neoliberais em curso e a disputa de projetos entre as diferentes coalizões de
atores e organizações, o que se observa é que a maioria dos países está se
movendo na direção da social liberalização do sistema de proteção social:
workfare na França, modelo anglo-saxão na Alemanha, dualização do bem-estar
e da proteção social nos países mediterrâneos, aumento da desigualdade de
renda nos países nórdicos, reformas liberais em curso na Grã-Bretanha etc.
Essa nova geração de políticas sociais expressa as transformações do -
Welfare no contexto de crise e reconfiguração deste modo de regulação
social-democrata que sustentou os Estados de Bem-estar Social nos "trinta
anos de ouro" do capitalismo; e, ao mesmo tempo, indica a transição para
um novo modelo de regulação estatal - o workfare - núcleo estruturante do
novo padrão de políticas sociais, que busca consolidar nova racionalidade
redistributiva, fundada no compromisso obrigatório dos cidadãos de se
subordinarem a medidas de "ativação" (políticas ativas de emprego) para a
inserção e a integração no mercado de trabalho, como contrapartida do
acesso à "proteção social".

Fonte: Proteção social e trabalho do assistente social: tendências e disputas na conjuntura


de crise mundial - Raquel Raichelis – http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid

=S0101-66282013000400003

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Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

18 – Assinale a alternativa correta sobre o que corresponde ao


chamamento para um novo tipo de Estado de Bem-Estar nos anos 80, que
buscava trafegar entre a austeridade dos grandes governos, grandes
negócios, grandes labores. Como cura para todos os males econômicos e
sociais, propuseram arranjos econômicos e políticos mais descentralizados,
flexíveis e resilientes, baseados na governança, em rede, políticas ativas de
mercado de trabalho e investimento social estatal.

a) Welfare state nacional.


b) Terceira Via.
c) Bem-Estar keynesiano.
d) Corporatismo tripartite.

Gabarito: B

Justificativa:

Um novo tipo de Estado de Bem-Estar articulou-se de forma coesa aos


argumentos em prol de uma “Terceira Via”. Esta buscava trafegar entre a
austeridade dos grandes governos, grandes negócios, grandes labores - e
seus impactos alegadamente adversos ao desempenho econômico e ao
bem-estar social - e um compromisso neoliberal dogmático, com o livre
mercado, como a cura para todos os males econômicos e sociais. Os
estrategistas da Terceira Via propuseram arranjos econômicos e políticos
mais descentralizados, flexíveis e resilientes, baseados na governança em
rede, políticas ativas de mercado de trabalho e investimento social estatal
(classicamente, Giddens, 1998).
Isso foi mais significativo durante as crises nos regimes social democráticos e
constituiu uma busca por uma via média entre as primeiras formas de democracia
social (planos nacionais, corporatismo tripartite, Bem-Estar keynesiano), que,
segundo seus estrategistas, não possuía possibilidade de retorno; e (2) a
emergente estratégia econômica, política e social de uma nova classe capitalista
ressurgente, especialmente na sua atual forma hegemônica neoliberal. A busca
por essa “Terceira Via” foi contestada e experimental; ela ocorreu em contextos
nacionais específicos, em políticas transnacionais amplas e no campo intelectual.
Em linhas gerais, ela pode ser vista (especialmente no momento de sua
decolagem política) como forma de apoio a medidas compensatórias às
crescentes limitações causadas pelo desmantelamento do Estado Nacional de

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Bem-Estar Keynesiano e pelo retorno do laissez-faire e do livre mercado –


principalmente nos Estados Unidos (no governo do Presidente Bill Clinton) e no
Reino Unido (no governo do Primeiro Ministro Tony Blair) –; e, como tal, serviu
de impulso à reestruturação neoliberal.
Mais recentemente, em 2011, logo após a instituição da Terceira Via como apoio
aos mecanismos neoliberais, Ángel Gurría, Secretário Geral da OCDE
(Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico), elaborou um
documento-base intitulado Economic Crisisand Beyond: Social Policies for the
Recovery (Crise Econômica e Futuro: Políticas
Sociais para Recuperação, em tradução livre), no qual declara que “será
necessário um processo fiscal profundo e prolongado para estabilizar e
posteriormente reduzir os níveis de déficit para o nível de pré-crise. Em muitos
países, os sistemas de pensão estavam insustentáveis e tinham que ser revistos.
Em algumas economias europeias a questão da dívida soberana também
precisava ser abordada”. E o documento continuava, afirmando que “precisamos
combater o alto nível de desemprego. Medidas mais afetivas de ativação podem
ajudar em muitos países; os sistemas de bem-estar social redefinidos precisam se
tornar mais próximos dos empregos; e deve existir mais oferta de treinamento
para aumentar as habilidades para o mercado de trabalho. Esses investimentos
também são fundamentais para espelhar as preocupações com a
competitividade” (Gurría, 2011)

Fonte: Política Social, Estado e “Sociedade -BobJessop –http://periodicos.unb.br/index.


php/SER_Social/article/viewFile/9515/7592

Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Teresina – PI Prova: Técnico de


Nível Superior - Assistente Social

19 - Considerando o ideário neoliberal e sua relação com as políticas


sociais públicas, e consequentemente, para o trabalho do assistente,
considere:

I. O pensamento neoliberal pressupõe desconsiderar as potencialidades dos


indivíduos e famílias, e portanto, a autossatisfazerem suas necessidades
sociais.
II. A ética da autoproteção social exprime a recusa neoliberal de assistir aos
pobres, pressupondo ortodoxias ideológicas e moralistas, em torno de uma
ética de auto-responsabilização.
III. A focalização da política social na pobreza extrema, transforma essa
política, para os neoliberais, em instrumento de ativação para o trabalho,
impondo condicionalidades ou contrapartidas que, na maioria das vezes,
revelam-se autoritárias e punitivas.

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Está correto o que consta em

a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III, apenas.
e) I, II e III.

Gabarito: C

Justificativa:

O pensamento neoliberal pressupõe desconsiderar as potencialidades dos


indivíduos e famílias, e portanto, NÃO autossatisfazerem suas necessidades
sociais e SIM as PARTICULARES.
Essa livre negociação só é possível no mercado, pois, este é o único lugar onde
os homens se encontram pra satisfazerem suas necessidades particulares e se
desenvolverem enquanto indivíduos sociais. O mercado é, portanto a zona de
efetivação dos ideais proclamados pelo capitalismo. Desta forma, o capitalismo é
a sociedade dos produtores de mercadorias, única maneira de, no capitalismo, as
necessidades humanas serem supridas

Fonte: NEOLIBERALISMO: política econômica como saída à crise - Elaine Cristina dos Santos
Lima.http://www.joinp.ufma.br/jornadas/joinppIV/eixos/1_Mundializacao/neoliberalismo
-politica-economica-como-saida-a-crise.pdf

Ano: 2015 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de Carnaubal– CE Prova: Técnico


de Nível Superior - Assistente Social

20 - No que compete à Lei Orgânica da Assistência Social em seu Art.4º, à


assistência social rege-se pelos seguintes princípios, EXCETO:

a) Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de


qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e
rurais.
b) Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito aos
benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e
comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade.
c) Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos
assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos
critérios para sua concessão.

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d) Primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de


assistência social em cada esfera de governo.
e) Supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de
rentabilidade econômica.

Gabarito: D

Justificativa:

Para responder essa questão, o aluno deveria saber decorado os princípios e


diretrizes da LOAS. Então, é IMPRESCINDÍVEL a leitura dela com muita atenção
para diferenciar os princípios e diretrizes. Vejamos:

CAPÍTULO II
Dos Princípios e das Diretrizes
SEÇÃO I
Dos Princípios
Art. 4º A assistência social rege-se pelos seguintes princípios:
I - supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências
de rentabilidade econômica;
II - universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação
assistencial alcançável pelas demais políticas públicas;
III - respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a
benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e
comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade;
IV - igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de
qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e
rurais;
V - divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos
assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos
critérios para sua concessão.

SEÇÃO II
Das Diretrizes
Art. 5º A organização da assistência social tem como base as seguintes diretrizes:

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I - descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e


os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo;
II - participação da população, por meio de organizações representativas, na
formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis;
III - primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de
assistência social em cada esfera de governo.

Fonte: LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8742compilado.htm

Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

21 - Com a a Constituição de 1988 e com a Lei Orgânica da Assitência


Social (LOAS), pela primeira vez, a Assistência Social, em nível dos textos
legais, foi alçada ao status de política pública. Nesse sentido, Potuara
Pereira entende política Sendo:

a) Alocação autoritária de decisões do governo


b) Ação coletiva que concretiza direitos sociais declarados e garantidos em lei
c) Distribuição de bens e serviços aos mais necessitados
d) Provisão de mínimos de subsistência às classes subalternas

Gabarito: B

Justificativa:

Nunca, no Brasil, a Assistência Social tinha sido concebida como política pública
concretizadora de direitos sociais, declarados legalmente; e nunca o
atendimento, por governos locais, de necessidades contingenciais das camadas
mais pobres da população tinha se transformado em ação de caráter cívico.

Adotamos a concepção de política pública tal como Pereira (1996, p.30) a define,
ou seja, como "linha de ação coletiva que concretiza direitos sociais declarados e
garantidos em lei". As políticas públicas, embora sejam de competência do
Estado, não representam decisões autoritárias do governo para a sociedade, mas
envolvem relações de reciprocidade e antagonismo entre essas duas esferas. São
mediante as políticas públicas que são distribuídas ou redistribuídas bens e
serviços sociais em resposta às demandas da sociedade e, por isso, o direito que
as fundamenta é um direito coletivo e não individual.

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Fonte: As Politicas Públicas como mecanismo de conquista efetiva da cidadania – Magda


Luciana Bertuci Alves; Lidiane Antonia Ferreira http://www.aems.edu.br/conexao/edicao
anterior/Sumario/2013/downloads/2013/3/38.pdf

Ano: 2015 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de São Benedito – CE


Prova: Técnico de Nível Superior - Assistente Social

22 - Baseado na Lei Orgânica da Assistência Social em seu Art. 2º, marque


opção INCORRETA em relação aos objetivos da assistência social.

a) Garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com


deficiência e ao idoso que comprovem não possuirem meios de prover
a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.
b) Proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice.
c) Primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de
assistência social em cada esfera de governo.
d) Amparo às crianças e aos adolescentes carentes.
e) Habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua
integração à vida comunitária

Gabarito: C

Justificativa:

Essa questão requer SOMENTE do candidato saber de cor QUAIS OS OBJETIVOS


DA ASSISTENCIA SOCIAL. Então, decore os objetivos porque eles já foram
cobrados antes pelo CETREDE. E vejamos que o item c) não pertence ao Art. 2º e
sim ao 5º - das diretrizes:

Art. 2o A assistência social tem por objetivos: (Redação dada pela Lei nº 12.435,
de 2011)
I - a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção
da incidência de riscos, especialmente: (Redação dada pela Lei nº 12.435, de
2011)
a) a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à
velhice; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011)

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b) o amparo às crianças e aos adolescentes carentes; (Incluído pela Lei nº


12.435, de 2011)
c) a promoção da integração ao mercado de trabalho; (Incluído pela Lei nº 12.435,
de 2011)
d) a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de
sua integração à vida comunitária; e (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011)
e) a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com
deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria
manutenção ou de tê-la provida por sua família; (Incluído pela Lei nº 12.435,
de 2011)
II - a vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade
protetiva das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de
vitimizações e danos; (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011)
III - a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no
conjunto das provisões socioassistenciais. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de
2011)
Parágrafo único. Para o enfrentamento da pobreza, a assistência social realiza-se
de forma integrada às políticas setoriais, garantindo mínimos sociais e
provimento de condições para atender contingências sociais e promovendo a
universalização dos direitos sociais. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011)

O item errado é uma diretriz da Lei Orgânica da Assistência Social. Vejamos:

SEÇÃO II
Das Diretrizes

Art. 5º A organização da assistência social tem como base as seguintes diretrizes:


I - descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo;
II - participação da população, por meio de organizações representativas, na
formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis;
III - primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de
assistência social em cada esfera de governo.

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Fonte: LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8742compilado.htm

Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

23 – A proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à


velhice está inserida no capítulo da Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS
(Lei Federal 8.742/93) que trata:

a) Das definições e dos objetivos.


b) Da organização e da gestão.
c) Dos benefícios e dos serviços.
d) Dos programas e dos projetos.

Gabarito: A

Justificativa:

LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

CAPÍTULO I

Das Definições e dos Objetivos

Art. 1º A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de


Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada
através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade,
para garantir o atendimento às necessidades básicas.

Art. 2o A assistência social tem por objetivos: (Redação dada pela Lei nº 12.435,
de 2011)

I - a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à


prevenção da incidência de riscos, especialmente: (Redação dada pela Lei nº
12.435, de 2011)

a) A proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à


velhice; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011)

Fonte: LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993. - http://www.planalto


.gov.br/ccivil_03/leis/L8742compilado.htm

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24 – O Secretário Municipal de Assistência Social, ao divulgar por meio de


rádio e imprensa local, todos os benefícios, serviços, programas, e projetos
assistenciais em execução, bem como os recursos públicos oferecidos pelo
Poder Público e os critérios para a sua concessão, está observando o que
rege um(a) do(as) ______________________da LOAS.

Assinale a alternativa que completa corretamente a frase.

a) Disposições.
b) Propostas.
c) Diretrizes.
d) Princípios.

Gabarito: D

Justificativa:

LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL


CAPÍTULO II
Dos Princípios e das Diretrizes
SEÇÃO I
Dos Princípios
Art. 4º A assistência social rege-se pelos seguintes princípios:
I - supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de
rentabilidade econômica;
II - universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação
assistencial alcançável pelas demais políticas públicas;
III - respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a
benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e
comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade;
IV - igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de
qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais;
V - divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos
assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos
critérios para sua concessão.

Fonte: LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993. -


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8742compilado.htm

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25-Quanto ao Benefício de Prestação Continuada é correto afirmar:


a) É a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso
com 70 (setenta) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover
a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família.
b) O benefício pode ser acumulado, pelo beneficiário, com qualquer outro no
âmbito da seguridade social ou de outro regime.
c) A condição de acolhimento em instituições de longa permanência não
prejudica o direito do idoso ou da pessoa com deficiência ao beneficio de
Prestação Continuada.
d) Deve ser revisto a cada 3 (três) anos para avaliação da continuidade das
condições que lhe deram origem.

Gabarito: C

Justificativa:

O aperfeiçoamento da Política Nacional de Assistência Social compreenderá


alterações já iniciadas no BPC que objetivam aprimorar as questões de acesso à
concessão, visando uma melhor e mais adequada regulação que reduza ou
elimine o grau de arbitrariedade hoje existente e que garanta a sua
universalização. Tais alterações passam a assumir o real comando de sua gestão
pela assistência social.
Outro desafio é pautar a questão da autonomia do usuário no usufruto do
benefício, visando enfrentar problemas como a questão de sua apropriação pelas
entidades privadas de abrigo, em se tratando de uma política não contributiva.
Tais problemas somente serão enfrentados com um sistema de controle e
avaliação que inclua necessariamente Estados, Distrito Federal, Municípios,
conselhos de assistência social e o Ministério Público. Nestes termos, o BPC não
deve ser tratado como o responsável pelo grande volume de gasto ou como o
dificultador da ampliação do financiamento da assistência social. Deve ser
assumido de fato pela assistência social, sendo conhecido e tratado pela sua
significativa cobertura, 2,5 milhões de pessoas, pela magnitude do investimento
social, cerca de R$8 bilhões, pelo seu impacto econômico e social e por retirar as
pessoas do patamar da indigência.
O BPC é processador de inclusão dentro de um patamar civilizatório que dá ao
Brasil um lugar significativo em relação aos demais países que possuem
programas de renda básica, principalmente na América Latina. Trata-se de uma

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garantia de renda que dá materialidade ao princípio da certeza e do direito à


assistência social.
De acordo com o artigo 20 da LOAS o benefício de prestação continuada é a
garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com
65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover
a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família.
O benefício de que trata este artigo não pode ser acumulado pelo beneficiário
com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de outro regime,
salvo os da assistência médica e da pensão especial de natureza
indenizatória.
A condição de acolhimento em instituições de longa permanência não
prejudica o direito do idoso ou da pessoa com deficiência ao benefício de
prestação continuada.
O benefício de prestação continuada deve ser revisto a cada 2 (dois) anos
para avaliação da continuidade das condições que lhe deram origem.

Fonte: LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993; Política Nacional de Assistência Social


2004 - http://www.planalto.gov.br /ccivil_03/leis/L87

Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


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26- No Governo Federal, atualmente, os programas de transferência de


renda, que consistem em transferência monetária independente de prévia
contribuição, sofreram mudanças assim caracterizadas:

a) Unificação dos programas sociais, que atendem um público com renda per
capita de até meio salário mínimo e ampliação do quantitativo de
beneficiários.
b) Limitação do Benefício de Prestação Continuada para idosos e portadores de
deficiência, igualando-o o valor do Bolsa-Família, e ampliando sua cobertura.
c) Participação do terceiro setor na implementação de benefícios para crianças
e adolescentes e sua responsabilização exclusiva pelos custos financeiros
dessa forma de assistência forma de assistência social.
d) Redução dos beneficiários, seguindo orientação de corte de gastos públicos,
de forma a garantir superávit primário.

Gabarito: A

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Justificativa:

O Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal, criado em 2001,


também conhecido como CadÚnico, é a base de dados utilizada para o registro
de informações sócioeconômicas das famílias com renda mensal de até meio
salário mínimo por pessoa. Por meio dele é realizada a seleção dos beneficiários
do Bolsa Família, dentre outros programas do Governo Federal voltados para
famílias pobres. O CadÚnico é composto por três núcleos básicos de informação:
(a) Identificação da pessoa (que gera o Número de Identificação Social – NIS, de
cada pessoa cadastrada), é composto por: nome completo do cidadão, nome da
mãe, data de nascimento, município de nascimento e algum documento de
identificação com controle nacional de emissão; (b) Identificação do endereço e;
(c) Caracterização sócio-econômica, composta por: composição familiar (n°de
pessoas, existência de gestantes, idosos, portadores de deficiência),
características do domicílio (número de cômodos, tipo de construção, água,
esgoto e lixo), qualificação escolar dos membros da família, qualificação
profissional e situação no mercado de trabalho e rendimentos e despesas
familiares (aluguel, transporte, alimentação e outros.

No que diz respeito à ampliação do Programa, a identificação, cadastramento e


concessão de benefícios para as famílias mais pobres é uma preocupação
constante. Hoje, apesar de trabalhar com uma estimativa oficial de 11,1 milhões
de famílias pobres, o Cadastro Único mostra 13 milhões de famílias com o perfil
do Bolsa Família. Isto significa que cerca de 2 milhões de famílias atendem ao
perfil do PBF e ainda não recebem benefícios do Programa. Para garantir que
todas as famílias que atendem aos critérios de elegibilidade do Programa sejam
atendidas, é preciso revisar a estimativa de famílias pobres e ampliar a cobertura
do Bolsa Família. Outro tema em discussão é a recomposição do valor de
benefício, como forma de fazer frente à inflação de alimentos e garantir a
manutenção dos resultados obtidos pelo Programa até o momento.

Fonte: A garantia do direito à renda no Brasil: a experiência do Programa Bolsa Família -


http://www.ipcundp.org/doc_africa_brazil/Webpage/missao/Artigos/ARTIGO_ROSANICU
NHA.pdf

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Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Teresina – PI Prova: Técnico de


Nível Superior - Assistente Social

27 - O Sistema Único de Assistência Social − SUAS é composto pelos entes


federados e seus respectivos Conselhos de Assistência Social, conforme
preconiza a Lei Orgânica de Assistência Social − LOAS. De acordo com Norma
Operacional Básica de 2012 é objetivo do SUAS, entre outros:

a) Assegurar a oferta dos serviços, programas, projetos e benefícios


conveniados a política de assistência social.
b) Integrar a rede privada de serviços, programas, projetos e benefícios da
política de assistência social.
c) Implementar a gestão do trabalho em toda a rede pública e privada ligadas
a política de assistência social.
d) Estabelecer diretrizes a gestão de serviços privados e benefícios ofertados a
política de assistência social.
e) Reconhecer as especificidades, iniquidades e desigualdades regionais e
municipais no planejamento e execução das ações.

Gabarito: E

Justificativa:
A política de assistência social, que tem por funções a proteção social, a vigilância
socioassistencial e a defesa de direitos, organiza-se sob a forma de sistema
público não contributivo, descentralizado e participativo, denominado Sistema
Único de Assistência Social – SUAS, cujos objetivos são:
I - consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a cooperação técnica
entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que, de modo
articulado, operam a proteção social não contributiva e garantem os direitos dos
usuários;
II - estabelecer as responsabilidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios na organização, regulação, manutenção e expansão das ações de
assistência social; III - definir os níveis de gestão, de acordo com estágios de
organização da gestão e ofertas de serviços pactuados nacionalmente;
IV - orientar-se pelo princípio da unidade e regular, em todo o território nacional,
a hierarquia, os vínculos e as responsabilidades quanto à oferta dos serviços,
benefícios, programas e projetos de assistência social;
V - respeitar as diversidades culturais, étnicas, religiosas, socioeconômicas,
políticas e territoriais;
VI - reconhecer as especificidades, iniquidades e desigualdades regionais e
municipais no planejamento e execução das ações;
VII - assegurar a oferta dos serviços, programas, projetos e benefícios da
assistência social;

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VIII - integrar a rede pública e privada, com vínculo ao SUAS, de serviços,


programas, projetos e benefícios de assistência social;
IX - implementar a gestão do trabalho e a educação permanente na assistência
social;
X - estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios;
XI - afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de direitos como funções
da política de assistência social.
Fonte: O Sistema Único de Assistência Social - O SUAS NO SEU MUNICÍPIO - Município:
VINHEDO

Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área

28- Com a aprovação da Política Nacional de Assistência Social no final de


2004 foi criado o SUAS – Sistema Único de Assistência Social, que:

a) É um modelo de gestão descentralizado e participativo que regula e


organiza as ações sócio assistenciais em todo território nacional.
b) É um órgão implementador dos benefícios assistenciais, entre os quais o
BPC - Benefício de Prestação Continuada.
c) Sistematizada o conteúdo da Lei Orgânica da Assistência Social, definindo
as competências de cada instancia de governo.
d) Organiza os serviços sócio assistenciais obedecendo as seguintes
referências: vigilância sócio educacional; proteção social e garantia de
direitos.
Gabarito: A
Justificativa:

O Sistema Único estabelece que, na organização e hierarquização dos serviços há


que se considerar três referências: a vigilância social, a proteção social e a defesa
social e institucional.
O Sistema de Vigilância Social como afirma Sposati (2004) se pauta na assistência
social como política social responsável que deve detectar as situações de
vulnerabilidade e de risco dos cidadãos e suas famílias, bem como informar as
dimensões e característica dessas situações.
A vigilância socioassistencial consiste no desenvolvimento da capacidade e de
meios de gestão assumidos pelo órgão público gestor da Assistência Social para
conhecer a presença das formas de vulnerabilidade social da população e do
território pelo qual é responsável. (NOB-SUAS 2005, pg. 21)
A vigilância social implica em constantes estudos territorializados e ainda na
manutenção de sistema informatizado de monitoramento detectando as
demandas de proteção social básica e especial da assistência social e

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monitorando o funcionamento, as instalações, a qualidade dos serviços


oferecidos e a distribuição territorial.
Assim, o sistema de vigilância social busca a garantia quanto à efetivação da
política de assistência social, já que conhece o cotidiano de vida das famílias, o
lugar onde vivem, sendo responsável pela identificação e informação dos
territórios de vulnerabilidade e risco dentro do Município. A vigilância social
favorece o desenvolvimento de ações de prevenção e monitoramento das
situações de riscos e vulnerabilidade dos cidadãos.
Como coloca a NOB-SUAS 2005, a vigilância social tem por funções produzir,
sistematizar informações, construir indicadores territorializados das diversas
situações de vulnerabilidade e risco que vivem as famílias e indivíduos; identificar
índices de violência e exploração, apartação social; identifica pessoas com
deficiência, abandono, com redução da capacidade pessoal e exerce especial
vigilância sobre os serviços de proteção social especial (abrigos, moradias
provisórias, albergues, etc.).
Vigilância socioassistencial é assumida como função preventiva e antecipadora
da ocorrência de riscos e vulnerabilidades sociais, pela produção de estudos,
pesquisas, diagnósticos sociais, indicadores e índices para identificar situações de
exclusão social e, como decorrência, produzir sistemas de informações,
mapeados e subsídios para orientar o planejamento da ação. Ela é considerada
ainda, como garantia do alcance de padrões de cobertura e de qualidade dos
serviços. (V Conferência Nacional de Assistência Social, 2005).
Quanto a Proteção Social operada através do SUAS, deve regular a proteção
social básica e a proteção social especial para determinadas situações de
vulnerabilidade e risco social.
A proteção social básica é destinada á população que vive em situação de
vulnerabilidade social em virtude da pobreza, ausência de renda, precário ou nulo
acesso aos serviços públicos, e/ou fragilização de vínculos afetivos relacionais e
de pertencimento social. Tem por objetivos prevenir situações de risco por meio
de desenvolvimento de ações e o fortalecimento de vínculos familiares e/ou
comunitários. Tais ações e serviços de proteção social básica devem ser
organizados, coordenados e executados através do CRAS – Centro de Referencia
da Assistência Social, localizados em áreas de vulnerabilidade social.
A proteção social especial pode ser de média complexidade ou alta
complexidade, é destinada as famílias e indivíduos que encontram-se em situação
de risco pessoal e social, por ocorrência de abandono, maus tratos físicos e/ou
psíquicos, abuso e exploração sexual, situação de rua, trabalho infantil, uso de
substancias psicoativas, cumprimento de medidas socioeducativas, enfim
indivíduos e famílias com direitos violados, e tem por objetivo prover serviços de
atenção a esses indivíduos.
A proteção social de Assistência Social consiste no conjunto de ações, cuidados,
atenções, benefícios e auxílios ofertados pelo SUAS para redução e prevenção do

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impacto das vicissitudes sociais e naturais ao ciclo de vida, à dignidade humana


e à família como núcleo básico de sustentação afetiva, biológica e relacional.
(NOB-SUAS 2005, pg. 19).
A proteção social no âmbito do SUAS rege-se pelos princípios da matricialidade
sociofamiliar, territorialização, a proteção pró-ativa (prevenção de situações de
risco social), integração à seguridade social, integração ás políticas sociais e
econômicas. E tem por garantias a segurança da acolhida; segurança social de
renda; segurança do convívio ou vivência familiar, comunitária e social; a
segurança do desenvolvimento da autonomia individual, familiar e social e a
segurança de sobrevivência a riscos circunstanciais.
A proteção social de assistência social conforme coloca que a PNAS (2004) deve
garantir segurança de sobrevivência á idosos, pessoas portadoras de deficiência,
á indivíduos e famílias vítimas de calamidades, e de forte fragilidade pessoal e
familiar em especial ás mulheres chefes de família, através de benefícios
continuados e eventuais. (se for transcrição da PNAS deve obedecer as normas
de citação). A PNAS/2004 coloca ainda que as ações os serviços socioassistenciais
ofertados no âmbito do SUAS devem garantir o restabelecimento de vínculos
pessoais, familiares, comunitários e de segmento social, mediante ofertas de
serviços desenvolvidos em rede para os diversos ciclos de vida, considerando
suas características e necessidades. A proteção social através de serviços e ações
socioassistenciais operados em rede devem proteger e recuperar as situações de
abandono e isolamentos de idosos, jovens, adultos, crianças e adolescentes
resgatando a capacidade de convívio, construindo autonomia. Desse modo à
assistência social legitima as demandas de seus usuários e configura-se como
espaço de ampliação de protagonismo.
A Defesa Social e Institucional prevê que a proteção social básica e especial
devem ser organizadas pelos vários órgãos que prestam serviços na área de
assistência social de forma que garanta a seus usuários o acesso ao conhecimento
dos direitos socioassistenciais assegurados no SUAS, assegura também o direito
a um atendimento digno sem procedimentos vexatórios e coercitivos; direito a
acessar a rede de serviço sem longa espera e de acordo com sua necessidade;
direito a informação; direito do usuário a manifestação de seus interesses; direitos
do usuário a oferta qualificada de serviço, o direito a convivência familiar e
comunitária, entre outros.
No âmbito do SUAS a rede de serviços socioassistenciais defende os direitos de
cidadania, já que considera o cidadão, a família como sujeito protagonista da
rede de serviços, e ainda abre espaços e oportunidades no campo social para o
exercício de cidadania ativa.
Nessa perspectiva os serviços de proteção social básica e especial devem ser
organizados de forma que garanta aos seus usuários o pleno acesso ao
conhecimento dos direitos socioassistenciais e da sua defesa. Para tanto, os

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usuários devem contar com locais como, por exemplo, Ouvidorias Públicas onde
possam se manifestar quanto à violação dos seus direitos.
Isso implica na ruptura com o paradigma conservador que identifica os usuários
da política de assistência social como necessitados, mendigos, pobres, etc. idéias
tutelares e subalternizadas que discrimina e aparta os usuários do
reconhecimento como sujeitos de direitos. O SUAS realiza a garantia de proteção
social ativa, isto é, não submete o usuário ao principio da tutela, mas a conquista
de condições de autonomia, resiliência e sustentabilidade, protagonismo, acesso
a oportunidades, capacitações, serviços, condições de convívio e socialização, de
acordo com sua capacidade, dignidade e projeto pessoal e social. (NOB-SUAS
2005, pg. 21)

Fonte: SUAS: Desafios para a sua efetivação -http://intertemas.unitoledo.br/revista


/index.php/ETIC/article/viewFile/1358/1297

Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

29- Em uma proposta de gerenciamento. O Sistema Único de Assistência


Social (SUAS) inclui alguns eixos que contribuem para a realização da
Política Nacional de Assistência Social, como:

1 – Matricialidade sociofamiliar.
2 – Descentralização Político-administrativa.
3 – Novas bases para a relação Estado e Sociedade Civil.
4 – Funcionamento.
5 – Controle Social.

Estão corretas:

a) 1,2, e 3 apenas
b) 2,3 e 4 apenas
c) 1,2, 4 e 5 apenas
d) 1,2,3,4, e 5

Gabarito: D

Justificativa:

O SUAS define e organiza os elementos essenciais e imprescindíveis à


execução da política de assistência social possibilitando a normatização dos
padrões nos serviços, qualidade no atendimento, indicadores de avaliação e

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resultado, nomenclatura dos serviços e da rede socio-assistencial e, ainda, os


eixos estruturantes e de subsistemas conforme aqui descritos:
• Matricialidade Sociofamiliar.
•Descentralização político-administrativa e Territorialização.
• Novas bases para a relação entre Estado e Sociedade Civil.
• Financiamento.
• Controle Social.
•O desafio da participação popular/cidadão usuário.
• A Política de Recursos Humanos.
• A Informação, o Monitoramento e a Avaliação.

Fonte: Politica Nacional de Assitência Social – PNAS 2004-Norma Operacional Básica –


NOB/SUAS -http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativ
as/PNAS2004.p

Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

30- O enfrentamento ao trabalho infantil ocupa lugar de destaque para a


sociedade e para o governo. Neste sentido, assinale a alternativa correta
quanto ao PETI- Programa de Erradicação do Trabalho Infantil:

a) A partir de 2011 este programa passou a compor os serviços


Socioassistenciais, sendo o mesmo substituído pelo Serviço de Convivência e
fortalecimento de vínculos.
b) Contempla a transferência de renda, o trabalho sociofamiliar e a oferta de
atividades socioeducativas para crianças e adolescentes retirados do trabalho,
não se fazendo necessário, portanto, o cumprimento de condicionalidades.
c) A Proteção Social Especial, responsável pela coordenação do PETI, dispõe de
recursos que viabilizam, por meio de transferência regular e automática, a
inserção de todas as crianças e adolescentes retirados do trabalho infantil em
Serviço de Proteção Social Básica.
d) Promove a criação de espaços participativos, com a função primordial o
reforço escolar e a realização de atividades esportivas.

Gabarito: C

Justificativa:

Vale destacar que, nos novos contornos do PETI, integrado necessariamente ao


SUAS, a participação de crianças e adolescentes nos serviços de convivência
passou a constituir-se condicionalidade e, ainda, o acompanhamento das
famílias, aspecto central para a segurança de proteção. A participação de crianças

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e adolescentes retirados do trabalho precoce e inseridos nos Serviços de


Convivência ou em outras atividades socioeducativas da rede de proteção dos
direitos desse público é considerada uma estratégia fundamental para a
prevenção e o enfrentamento ao trabalho infantil. A Proteção Social Básica tem
um papel essencial na prevenção do risco e da reincidência da prática do trabalho
infantil. O Serviço de Convivência e de Fortalecimento de Vínculos representa,
assim, o compromisso do Governo Federal em garantir as seguranças sociais de
acolhida, de desenvolvimento e de convívio familiar e comunitário às crianças e
adolescentes retirados do trabalho precoce.

Fonte: Orientações Técnicas Gestão do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil no


SUAS – http://www.promenino.org.br/portals/0/download1.pdf

Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

31-. De acordo com a Norma Operacional Básica de Recursos Humanos


dos SUAS: Anotada e Comentada, assinale a alternativa correta no que diz
respeito aos objetivos da gestão do Sistema Único da Assistência Social
(SUAS).

a) A gestão do trabalho no SUAS deve ocorrer com a preocupação de


estabelecer uma Política Nacional de Capacitação, fundada nos princípios da
educação permanente, que promova a qualificação de trabalhadores,
gestores e conselheiros da área de forma sistemática, continuada, sustentável,
participativa, nacionalizada e descentralizada, com a possibilidade de
supervisão integrada, visando ao aperfeiçoamento da prestação dos serviços
Socioassistenciais..
b) A gestão do trabalho no âmbito do SUAS deve considerar a impossibilidade,
no cenário atual, de evitar a precarização dos vínculos dos trabalhadores do
SUAS , tendo presente a terceirização; no entanto, deve garantir a educação
permanente dos trabalhadores e realizar planejamento estratégico.
c) A composição das equipes de referência compreende categorias profissionais
de nível superior e médio orientadas por códigos de ética e, portanto,
agregam essa dimensão aos serviços e benefícios do SUAS.
d) O PAIF é o serviço que deve ser prestado exclusivamente pela equipe de
referência do CRAS. Nos municípios de médio porte de até 3.500 famílias
referenciadas, deve contar com 4 técnicos de nível superior, sendo dois
profissionais assistentes sociais, um psicólogo e um profissional que compõe
o SUAS, além de 4 técnicos de nível médio.

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Gabarito: A

Justificativa:

A Assistência Social deve ofertar seus serviços com o conhecimento e


compromisso ético e político de profissionais que operam técnicas e
procedimentos impulsionadores das potencialidades e da emancipação de seus
usuários; 2. Os princípios éticos das respectivas profissões deverão ser
considerados ao se elaborar, implantar e implementar padrões, rotinas e
protocolos específicos, para normatizar e regulamentar a atuação profissional por
tipo de serviço socioassistencial. 3. São princípios éticos que orientam a
intervenção dos profissionais da área de assistência social: a) Defesa intransigente
dos direitos socioassistenciais; A composição das equipes de referência é
composta por categorias profissionais de nível superior orientadas por códigos
de ética e, portanto, agregam essa dimensão aos serviços e benefícios, à gestão
do SUAS.
De acordo com a Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS –
NOB-RH/SUAS, a composição da equipe mínima de referência que trabalha no
CRAS para a prestação de serviços e execução das ações no âmbito da Proteção
Social Básica é a seguinte:
1) Municípios de Pequeno Porte I – Até 2.500 famílias referenciadas; 2
técnicos de nível superior sendo 1 assistente social e outro, preferencialmente; 2
técnicos de nível médio.
2) Municípios de Pequeno Porte II – Até 3.500 famílias referenciadas: 3
técnicos de nível superior, sendo 2 assistentes sociais e, preferencialmente, 1
psicólogo; 3 técnicos de nível médio.
3) Municípios de Médio, Grande, Metrópole e Distrito federal - a cada 5.000
famílias referenciadas: 4 técnicos de nível superior, sendo 2 assistentes sociais, 1
psicólogo e 1 profissional que compõe o SUAS; 4 técnicos de nível médio.
IMPORTANTE: Além desses profissionais, as equipes de referência para os CRAS
devem contar sempre com um coordenador, cujo perfil é: técnico de nível
superior, concursado, com experiência em trabalhos comunitários e gestão de
programas, projetos, serviços e benefícios socioassistenciais.
Fonte: Aqui você obtém todas as informações sobre os serviços executados dentro do
Centro de Referência de Assistência Social – CRAS - http://www.datacras.com/sobre-nos2/

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Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Teresina – PI Prova: Técnico de


Nível Superior - Assistente Social

32- Historicamente a assistência social está ligada às praticas religiosas, à


solidariedade e à ajuda entre outras ações de atenção ao próximo. A partir
da Política Nacional de Assistência Social de 2004, a assistência social torna-
se dever do Estado e direito do cidadão. No âmbito dessa Política, o
reordenamento dos serviços socioassistenciais tem entre seus objetivos:

a. Unificação dos critérios para o cofinanciamento.


b. Concessão de benefícios socioassistenciais.
c. Padronização dos serviços socioassistenciais.
d. Capacitação dos trabalhadores do SUAS.
e. Definição de critérios para gestão do trabalho no SUAS.

Gabarito: A

Justificativa:

Justificativa da Norma A IV Conferência Nacional de Assistência Social, realizada


em dezembro de 2003, aprovou uma nova agenda política para o reordenamento
da gestão das ações descentralizadas e participativas de Assistência Social no
Brasil. Deliberou pela implantação do SUAS, modelo de gestão para todo
território nacional, que integra os três entes federativos e objetiva consolidar um
sistema descentralizado e participativo, instituído pela Lei Orgânica da Assistência
Social – LOAS, Lei nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993.

Fonte: Política Nacional de Assistência Social PNAS/ 2004; Norma Operacional Básica
NOB/SUAS

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33 – A formulação da atual Política Nacional de Assistência Social (PNAS)


tem centralidade na ampliação da proteção social, sob a égide do Sistema
Único que organiza e padroniza as ações de transferência de renda, ações
socioeducativas, inclusão produtiva, dentre outras referentes às dificuldades
de acesso às políticas públicas, fragilização de vínculos relacionais,
familiares e comunitários. De acordo com o PNAS, o conjunto de ações
relacionado acima está voltado para a realização da proteção social

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a. Básica
b. Especial
c. Inclusiva
d. Integrativa

Gabarito: A

Justificativa:

A proteção social básica tem como objetivos prevenir situações de risco por meio
do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de
vínculos familiares e comunitários.
Destina-se à população que vive em situação de vulnerabilidade social
decorrente da pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos
serviços públicos, dentre outros) e, ou, fragilização de vínculos afetivos –
relacionais e de pertencimento social (discriminações etárias, étnicas, de gênero
ou por deficiências, dentre outras).
Prevê o desenvolvimento de serviços, programas e projetos locais de
acolhimento, convivência e socialização de famílias e de indivíduos, conforme
identificação da situação de vulnerabilidade apresentada. Deverão incluir as
pessoas com deficiência e ser organizados em rede, de modo a inseri-las nas
diversas ações ofertadas. Os benefícios, tanto de prestação continuada como os
eventuais, compõem a proteção social básica, dada a natureza de sua realização.
Os programas e projetos são executados pelas três instâncias de governo e
devem ser articulados dentro do SUAS. Vale destacar o Programa de Atenção
Integral à Família – PAIF que, pactuado e assumido pelas diferentes esferas de
governo, surtiu efeitos concretos na sociedade brasileira. O BPC constitui uma
garantia de renda básica, no valor de um salário mínimo, tendo sido um direito
estabelecido diretamente na Constituição Federal e posteriormente
regulamentado a partir da LOAS, dirigido às pessoas com deficiência e aos idosos
a partir de 65 anos de idade, observado, para acesso, o critério de renda previsto
na Lei.

Fonte: Fonte: Política Nacional de Assistência Social – PNAS 2004 Norma Operacional Básica
NOB/SUAS http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/ PN
AS2004.pdf

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Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

34 – O sistema de proteção social não contributiva de


ve estender a seguridade social a todos os cidadãos sem qualquer restrição,
provisionando proteção social básica e especial de média e alta
complexidade. Esta concepção está contida no(a)

a. Politica Nacional de Assistência Social


b. Plano Nacional de Seguridade Social
c. Plano Diretor do Município de Fortaleza
d. Planejamento Plurianual da União

Gabarito: A

Justificativa:

A gestão proposta por esta Política pauta-se no pacto federativo, no qual devem
ser detalhadas as atribuições e competências dos três níveis de governo na
provisão das ações socioassistenciais, em conformidade com o preconizado na
LOAS e NOB1, a partir das indicações e deliberações das Conferências, dos
Conselhos e das Comissões de Gestão Compartilhada (Comissões Intergestoras
Tripartite e Bipartites – CIT e CIBs), as quais se constituem em espaços de
discussão, negociação e pactuação dos instrumentos de gestão e formas de
operacionalização da Política de Assistência Social.

Fonte: Fonte: Política Nacional de Assistência Social – PNAS 2004 Norma Operacional Básica
NOB/SUAS http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/ PN
AS2004.pdf

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Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

35 – Garantir a segurança por meio dos serviços e projetos operados em


rede, com unidade de porta de entrada destinada a proteger e recuperar
situações de abandono, de isolamento dos segmentos nas diversas faixas
etárias, restauração de autonomia, da capacidade de convívio e de
protagonismo. Esta proposta da Politica Nacional de Assistência Social
refere-se, especificamente, à Proteção

a. Social Integrada
b. Social Plena
c. Social Básica
d. Social Especial

Gabarito: D

Justificativa:

As situações de risco demandarão intervenções em problemas específicos e, ou,


abrangentes. Nesse sentido, é preciso desencadear estratégias de atenção
sociofamiliar que visem a reestruturação do grupo familiar e a elaboração de
novas referências morais e afetivas, no sentido de fortalecê-lo para o exercício de
suas funções de proteção básica ao lado de sua auto-organização e conquista de
autonomia. Longe de significar um retorno à visão tradicional, e considerando a
família como uma instituição em transformação, a ética da atenção da proteção
especial pressupõe o respeito à cidadania, o reconhecimento do grupo familiar
como referência afetiva e moral e a reestruturação das redes de reciprocidade
social.
A ênfase da proteção social especial deve priorizar a reestruturação dos serviços
de abrigamento dos indivíduos que, por uma série de fatores, não contam mais
com a proteção e o cuidado de suas famílias, para as novas modalidades de
atendimento. A história dos abrigos e asilos é antiga no Brasil. A colocação de
crianças, adolescentes, pessoas com deficiência e idosos em instituições para
protegê-los ou afastá-los do convívio social e familiar foi, durante muito tempo,
materializada em grandes instituições de longa permanência, ou seja, espaços
que atendiam a um grande número de pessoas, que lá permaneciam por longo
período – às vezes a vida toda. São os chamados, popularmente, como orfanatos,
internatos, educandários, asilos, entre outros.
São destinados, por exemplo, às crianças, aos adolescentes, aos jovens, aos
idosos, às pessoas com deficiência e às pessoas em situação de rua que tiverem

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seus direitos violados e, ou, ameaçados e cuja convivência com a família de


origem seja considerada prejudicial a sua proteção e ao seu desenvolvimento. No
caso da proteção social especial, à população em situação de rua serão
priorizados os serviços que possibilitem a organização de um novo projeto de
vida, visando criar condições para adquirirem referências na sociedade brasileira,
enquanto sujeitos de direito.
A proteção social especial é a modalidade de atendimento assistencial destinada
a famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social,
por ocorrência de abandono, maus tratos físicos e, ou, psíquicos, abuso sexual,
uso de substâncias psicoativas, cumprimento de medidas sócio-educativas,
situação de rua, situação de trabalho infantil, entre outras. São serviços que
requerem acompanhamento individual e maior flexibilidade nas soluções
protetivas. Da mesma forma, comportam encaminhamentos monitorados, apoios
e processos que assegurem qualidade na atenção protetiva e efetividade na
reinserção almejada. Os serviços de proteção especial têm estreita interface com
o sistema de garantia de direito exigindo, muitas vezes, uma gestão mais
complexa e compartilhada com o Poder Judiciário, Ministério Público e outros
órgãos e ações do Executivo.

Fonte: Fonte: Política Nacional de Assitência Social – PNAS 2004 Norma Operacional Básica
NOB/SUAS http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/ PN
AS2004.pdf

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Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

36 – Com base nas reinvindicações, por ocasião do debate da construção


do SUAS, respeitando as deliberações da IV Conferência Nacional de
Assistência Social, nova sistemática de financiamento deve ser instituída, a
qual deverá constar na Norma Operacional Básica (NOB), para estabelecer o
repasse no caso do financiamento dos serviços, programas e projetos de
Assistência Social. Trata-se de

a. Repasse de formatos paralelos


b. Fixação de valores per capita
c. Via de emendas parlamentares
d. Repasse automático fundo a fundo

Gabarito: D

Justificativa:

No Sistema Descentralizado e Participativo da Assistência Social, que toma corpo


através da proposta de um Sistema Único, a instância de financiamento é
representada 49 pelos Fundos de Assistência Social nas três esferas de governo.
No âmbito federal, o Fundo Nacional, criado pela LOAS e regulamentado pelo
Decreto nº 1605/95, tem o seguinte objetivo: ―proporcionar recursos e meios
para financiar o benefício de prestação continuada e apoiar serviços, programas
e projetos de assistência social‖ (art. 1º, do Decreto nº 1605/95).
Com base nessa definição, o financiamento dos benefícios se dá de forma direta
aos seus destinatários, e o financiamento da rede socioassistencial se dá
mediante aporte próprio e repasse de recursos fundo a fundo, bem como de
repasses de recursos para projetos e programas que venham a ser considerados
relevantes para o desenvolvimento da política de assistência social em cada
esfera de governo, de acordo com os critérios de partilha e elegibilidade de
municípios, regiões e, ou, estados e o Distrito Federal, pactuados nas comissões
intergestoras e deliberados nos conselhos de assistência social.
Assim, o propósito é o de respeitar as instâncias de gestão compartilhada e de
deliberação da política nas definições afetas ao financiamento dos serviços,
programas, projetos e benefícios componentes do Sistema Único de Assistência
Social.

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Fonte: Fonte: Política Nacional de Assitência Social – PNAS 2004 Norma Operacional Básica
NOB/SUAS http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/ PN
AS2004.pdf

Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

37 –Assinale a alternativa correta quanto à concepção de família presente


na Política Nacional de Assistência Nacional (PNAS/2004).

a) Núcleo protetivo intergeracional, presente no cotidiano e que opera tanto o


circuito de relações afetivas como de acessos materiais e sociais, tendo o
Estado de apoiar as famílias, no seu papel de proteger os seus membros e
indivíduos.
b) Núcleo protetivo que, como instituição natural, desempenha a função da
socialização primária dos seus membros para o convívio comunitário.
c) Unidade econômica, referência de cálculo de rendimento per capita.
d) Unidade residencial que funciona como núcleo afetivo, vinculado por laços
consanguíneos, que circunscrevem obrigações recíprocas e mútuas,
organizadas em torno de relações de geração e de gênero.

Gabarito: A

Justificativa:

A Constituição Federal de 1988 consagrou a família como a base da sociedade


requerendo do Estado o papel de eixo fortalecedor dessa instituição social, se
dispondo a proporcionar apoio desempenho de suas responsabilidades. Esse
pressuposto é reafirmado também em outras legislações como na Lei Orgânica
de Assistência Social, no Estatuto da Criança e do Adolescente e no Estatuto do
Idoso. Reconhecimento da importância da família a coloca como instituição
central na Política de Assistência Social (PNAS).
Matricialidade socio familiar - parte da concepção de que a família é o núcleo
protetivo intergeracional, presente no cotidiano e que opera tanto o circuito de
relações afetivas como de acessos materiais e sociais. Fundamenta-se no direito
a proteção social das famílias, mas, respeitando seu direito a vida privada. A
centralidade recoloca a responsabilidade do Estado de apoiar as famílias, no seu
papel de proteger os seus membros e indivíduos. É um eixo estruturante da
política de Assistência Social, importante para a concepção e a implementação
dos serviços, programas, projetos, benefícios e trasnferências de renda. Nessa
perspectiva, a Assistência Social supera o conceito de família como unidade

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econômica, mera referência de cálculo de rendimento per capita e a entende


como núcleo afetivo vinculado por laços consanguíneos, de aliança ou afinidade,
que circunscrevem obrigações reciprocas.
A família não é uma instituição natural, mas social, heterogênea e histórica.
Podendo assumir configurações diversificadas no interior da mesma sociedade.

Fonte: Política Nacional de Assistência Social - PNAS/ 2004


http://www.mds.gov.br/cnas/politica-e-nobs/pnas-2004-e-nobsuas_08-08-
2011.pdf/download

Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

38 –. Segundo o manual de orientações técnicas sobre o Serviço de


Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), é correto afirmar sobre
o conceito de vulnerabilidade social que subsidia a PNAS/2004:

a) As vulnerabilidades resultam da relação entre duas variáveis: estrutura de


oportunidades e capacidades dos lugares, sendo sinônimo de pobreza.
b) O termo vulnerabilidade vincula-se ao trabalho, significa, aumento do
desemprego e generalização do subemprego.
c) A condição de vulnerabilidade deve considerar a situação das pessoas no seu
nível individual de vinculação ao mercado de trabalho e aos agrupamentos
sociais.
d) A vulnerabilidade é um fenômeno complexo e multifacetado, não se
manifestando da mesma forma; não é um estado, uma condição dada, mas
uma zona instável que as famílias podem atravessar, nela recair ou nela
permanecer ao longo de sua história.

Gabarito: D

Justificativa:

Com intuito de subsidiar a reflexão sobre o conceito de vulnerabilidade adotado


pela PNAS/2004, seguem algumas considerações de diferentes autorias:
KAZTMAN - O autor elabora a concepção ―ativos-vulnerabilidades‖ – a qual é
utilizada pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe - CEPAL.
Segundo essa compreensão, as vulnerabilidades resultam da relação entre duas
variáveis: estrutura de oportunidades e capacidades dos lugares (territórios).
Compreende-se por estrutura de oportunidades a composição entre: a) mercado
(empregos, estrutura ocupacional); b) sociedade (em especial, capital social –
relações interpessoais de apoio mútuo, geradas com base em princípios de
reciprocidade como ocorre, por exemplo, na organização familiar, na

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comunidade, nos grupos étnicos ou na religião); e c) Estado (políticas de bem-


estar e estruturas de representação de demandas e interesses, por exemplo:
conselhos de direitos). Já o conceito de capacidades dos lugares (territórios) diz
respeito às possibilidades de acesso a condições habitacionais, sanitárias, de
transporte, serviços públicos, entre outros - fatores que incidem diretamente no
acesso diferencial à informação e às oportunidades e, consequentemente, no
acesso a direitos. Nessa perspectiva, são as diferentes combinações entre ambas
variáveis que originam tipos e graus de vulnerabilidade diferenciados. Os atores
sociais, portanto, não dependem somente de sua capacidade de gerenciamento
de ativos, mas de um contexto histórico, econômico e social formado de
oportunidades e precariedades, bem como da intermediação/proteção da
estrutura estatal para que consigam usufruir dos diferentes tipos de ativo
necessários para responder às situações de vulnerabilidade.
DIEESE – Unicamp - Segundo o DIEESE, o termo vulnerabilidade define a zona
intermediária instável que conjuga a precariedade do trabalho, a fragilidade dos
suportes de proximidade e a falta de proteção social. Assim, se ocorrer algo como
uma crise econômica, o aumento do desemprego e a generalização do
subemprego, a zona de vulnerabilidade dilata-se, avança sobre a zona de
integração e gera a desfiliação. As situações de vulnerabilidade social devem ser
analisadas a partir da existência ou não, por parte dos indivíduos ou das famílias,
de ativos disponíveis e capazes de enfrentar determinadas situações de risco.
Logo, a vulnerabilidade de um indivíduo, família ou grupos sociais refere-se à
maior ou menor capacidade de controlar as forças que afetam seu bem-estar, ou
seja, a posse ou controle de ativos que constituem os recursos requeridos para o
aproveitamento das oportunidades propiciadas pelo Estado, mercado ou
sociedade: a) físicos – meios para o bem-estar – moradia, bens duráveis,
poupança, crédito; b) humanos: trabalho, saúde, educação (capacidade física e
qualificação para o trabalho); e c) sociais – redes de reciprocidade, confiança,
contatos e acessos à informação. Assim, a condição de vulnerabilidade deve
considerar a situação das pessoas e famílias a partir dos seguintes elementos: a
inserção e estabilidade no mercado de trabalho, a debilidade de suas relações
sociais e, por fim, o grau de regularidade e de qualidade de acesso aos serviços
públicos ou outras formas de proteção social.
MARANDOLA JR; HOGAN9 Para MARANDOLA JR. e HOGAN, o termo
vulnerabilidade é chamado para compor estudos sobre a pobreza enquanto um
novo conceito forte, na esteira dos utilizados no passado, tais como:
exclusão/inclusão, marginalidade, apartheid, periferização, segregação,
dependência, entre outros.
Pode-se concluir a partir desse breve percurso sobre a concepção de
vulnerabilidade, pode-se afirmar que a abordagem adotada pela PNAS, ao
dialogar com as análises mencionadas, possibilita à assistência social uma visão
menos determinista e mais complexa das situações de pobreza, pois dá um

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sentido dinâmico para o estudo das desigualdades, a partir da identificação de


zonas de vulnerabilidades, possibilitando um maior poder explicativo de uma
realidade social, composta por uma heterogeneidade de situações de
desproteção social.

Fonte: Orientações técnicas sobre o PAIF – https://craspsicologia.files.wordpress.com/201


2/03/caderno-paif-tipificacao.pdf

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Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

39 – Assinale a alternativa correta quanto a um tipo de benefício da


política de assistência social.

a) Benefício facultativo de baixa renda.


b) Auxílio-doença.
c) Benefícios eventuais.
d) Auxílio-reclusão.

Gabarito: C

Justificativa:

Os benefícios eventuais constituem um direito social legalmente assegurado aos


cidadãos brasileiros no âmbito da proteção social básica, conforme preconiza o
Sistema Único de Assistência Social (Suas). Previstos desde 1993 pela Lei Orgânica
de Assistência Social (Loas), se inscrevem no rol de provisão procedente da
gestão municipal e estadual da política de assistência social, cuja
responsabilidade de sua regulação ficaram a cargo dos respectivos conselhos. Foi
destacado como objeto de regulamentação e provisão o auxílio-natalidade e o
auxílio-funeral, instituídos desde 1954 pela política previdenciária e ampliados a
partir da Loas às demais atenções oriundas das situações de vulnerabilidade
social e calamidade pública.

Fonte: Os benefícios eventuais previstos na LOAS: o que são e como são


http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n106/n106a09.pdf

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40 – O Decreto nº 7.053/2009 instituiu no Brasil a Política Nacional para a


População em Situação de Rua. Há um serviço que envolveas ações
integradas às demais ações da política de assistência social, dos órgãos
de defesa de direitos e das políticas públicas - saúde, educação, previdência
social, trabalho e renda, moradia, cultura, esporte, lazer e segurança
alimentar e nutricional de modo que possam conduzir a impactos mais
efetivos no fortalecimento da autonomia e potencialidades dessa
população, visando à construção de novas trajetórias de vida. Assinale a
alternativa correta quanto à unidade em que funciona tal serviço.

a) CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social)


b) CIAMP Rua (Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da
Política Nacional para População em Situação de Rua)
c) CENTRO POP (Centro de Referência Especializado para População em
Situação de Rua)
d) Casa de Passagem

Gabarito: C

Justificativa:

O Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua


constitui-se em uma unidade de referência da Proteção Social Especial de Média
Complexidade, de caráter público estatal, com papel importante no alcance dos
objetivos da Política Nacional para a População em Situação de Rua. As ações
desenvolvidas pelo Centro POP e pelo Serviço Especializado para Pessoas em
Situação de Rua devem integrar-se às demais ações da política de assistência
social, dos órgãos de defesa de direitos e das demais políticas públicas - saúde,
educação, previdência social, trabalho e renda, moradia, cultura, esporte, lazer e
segurança alimentar e nutricional - de modo a compor um conjunto de ações
públicas de promoção de direitos, que possam conduzir a impactos mais efetivos
no fortalecimento da autonomia e potencialidades dessa população, visando à
construção de novas trajetórias de vida.

Fonte: Orientações Técnicas: Centro de Referência Especializado para População em


Situação de Rua – Centro Pop – http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao
/assistenciasócial/Cadernos/orientacoes_centro_pop.pdf
http://www.desenvolvimentosocial.pr.gov.br/arquivos/File/Capacitacao/material_apoio/j
ulianafErnandes.pdf

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41 –. Assinale a alternativa correta ao que se refere às modalidades


dos serviços de proteção social especial ofertados pela Política Pública
de Assistência Social para pessoas com deficiência em situação de
dependência.

a) CentroPop (Centro de Referência Especializado para População em


Situação de Rua)e CRAS (Centro de Referência de Assistência Social)
b) Albergue Viver melhor e Centro de convivência
c) Centros-Dia de Referência e em Residências Inclusivas
d) Residências Acolhedoras e CREAS (Centro de Referência Especializado de
Assistência Social)

Gabarito: C

Justificativa:

A Residência Inclusiva é uma unidade que oferta Serviço de Acolhimento


Institucional, compondo a Proteção Social Especial de Alta Complexidade do
SUAS. A importância da implementação do Serviço de Acolhimento Institucional
para Jovens e Adultos com Deficiência ofertado em Residências Inclusivas
expressa-se na existência de mais de 45 milhões de pessoas com deficiência no
Brasil sendo que deste total pelo menos 6,7% apresentam algum tipo de
dependência (IBGE - Censo 2010). São residências adaptadas, com estrutura física
adequada, localizadas em áreas residenciais na comunidade. O nome Residência
Inclusiva indica essa diretriz, de romper com a prática do isolamento, de mudança
do paradigma de estruturação de serviços de acolhimento para pessoas com
deficiência em áreas afastadas ou que não favoreçam o convívio comunitário.
A Residência Inclusiva deve dispor de equipe especializada e metodologia
adequada para prestar atendimento personalizado e qualificado, proporcionando
cuidado e atenção às necessidades individuais e coletivas. Têm como finalidade
propiciar a construção progressiva da autonomia e do protagonismo no
desenvolvimento das atividades da vida diária, a participação social e comunitária
e o fortalecimento dos vínculos familiares com vistas à reintegração e/ou
convivência.

Fonte: SERVIÇO DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL PARA JOVENS E ADULTOS COM


DEFICIÊNCIA EM RESIDÊNCIAS INCLUSIVAS. http://www.ocuidador.com.br
/imgs/utilidades/cartilha01-50fd29d85bec3.pdf

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Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da
SETRA.

42–. Quanto à Política Nacional de Assistência Social – PNAS/2004, é


correto afirmar:

a) A política pública, dever do Estado e direito de cidadania que, além de


enfrentar riscos sociais, atua na sua prevenção e inova ao materializar a
centralidade e responsabilidade do Estado no atendimento e
acompanhamento das famílias, de modo proativo, protetivo, preventivo e
territorializado, assegurando o acesso a direitos e a melhoria da qualidade de
vida.
b) Incorporou definições abertas e abrangentes de família, afirmando a
variabilidade histórica, social e cultural de configurações familiares. Esse novo
desenho da Assistência Social não rompeu com a tradição de atendimentos
pontuais, dispersos, descontínuos e fragmentados, voltados exclusivamente
para situações limites extremas de pobreza e de violência contra a mulher.
c) Afirmou a centralidade da família e da comunidade no atendimento e
acompanhamento das famílias em situação de vulnerabilidade social, de
modo proativo e territorializado, assegurando o acesso universal aos direitos
sociais, econômicos e culturais.
d) A Política de Assistência social se estruturou a partir das proteções sociais,
dividindo-a em básica e especial, sendo fundamental o nível de vinculação
que os membros tem com a família, mas não considerou a pluralidade de
modelos das famílias, a heterogeneidade dos arranjos familiares, os valores,
as crenças e as identidades das famílias

Gabarito: A

Dessa forma, sendo a família o eixo central de intervenção da PNAS, faz-se


necessário compreender o que significa família nesta Política. Portanto, na PNAS,
[...] podemos dizer que estamos diante de uma família quando encontramos um
conjunto de pessoas que se acham unidas por laços consanguíneos, afetivos e,
ou, de solidariedade. Como resultado das modificações acima mencionadas,
superou-se a referência de tempo e de lugar para a compreensão do conceito de
família. (BRASIL, 2004, p. 41).
Logo, percebe-se que há uma modificação do conceito de família de tempos
atrás, justificada ainda pela passagem da PNAS que diz, [...] trabalho com famílias
deve considerar novas referências para a compreensão dos diferentes arranjos
familiares, superando o reconhecimento de um modelo único baseado na família
nuclear, e partindo do suposto de que são funções básicas das famílias: prover a

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proteção e a socialização dos seus membros; constituir-se como referências


morais, de vínculos afetivos e sociais; de identidade grupal, além de ser
mediadora das relações dos seus membros com outras instituições sociais e com
o Estado. (BRASIL, 2004, p. 19-20).
Diante do exposto, as funções básicas elencadas pela política tem semelhança
com as funções apontadas por Bruschini (2000), como próprias do grupo familiar,
que são as funções econômica, socializadora e de reprodução ideológica. A
primeira refere-se ao dever que a família tem de prover as condições de
sobrevivência dos seus membros, estando esses membros inseridos no processo
de produção desses proventos, seja dentro ou fora da unidade familiar e cada um
possui uma função determinada na família.
A segunda função refere-se ao fato de a família ser responsável pela socialização
e formação da personalidade dos indivíduos membros do grupo familiar,
especialmente das crianças, atuando como "agência de transmissão ideológica,
o que nos leva a terceira função da família; a de reprodução ideológica, pois é a
família responsável pela transmissão dos hábitos, costumes, ideias, valores e
padrões de comportamento", sendo essa transmissão ideológica necessária ao
processo de "amadurecimento" dos membros do grupo familiar. Além de
identificar as funções da família, na atualidade, a PNAS traz a tona os novos
arranjos familiares, ao dizer que o conceito tradicional de família nuclear foi
modificado em conjunto com as transformações da sociedade, que essa relação
―está intrínseca e dialeticamente condicionada às transformações societárias
contemporâneas‖ (BRASIL, 2004. p. 41).
A superação do conceito tradicional de família significa o acompanhamento da
política, como um todo, às transformações da sociedade. Este fato se deve a
necessidade de se contemplar à variedade de arranjos familiares que continuam
em constante composição, uma vez que a família é um grupo histórico e
socialmente construído. Há um avanço em se pensar a família em diferentes
arranjos, pois como nos traz Bruschini (Op. cit), [...] o primeiro passo para estudar
a família deveria ser o de "dissolver sua aparência de naturalidade, percebendo-
a como criação humana mutável" e observando que as relações muitas vezes
coincidentes que conhecemos atualmente entre grupo conjugal, rede de
parentesco, unidade doméstica/residencial podem se apresentar como
instituições bastante diferenciadas em outras sociedades ou em diferentes
momentos históricos (BRUSCHINI, 2000, p. 50).
Logo, a desconstrução do modelo de família nuclear - formada pelo pai, mãe e
filhos - permite a abrangência da PNAS aos grupos familiares que por muito
tempo foram rechaçados na sociedade por não pertencerem ao ―modelo ideal
de família‖ como exposto por Canevacci (1984) ao citar Lévi-Strauss, que descreve
família como um grupo social constituído, prioritariamente, tendo: [...] 1) [...] sua
origem no casamento; 2) consiste no marido, na mulher e nos filhos nascidos de
sua união, mesmo se podemos admitir que outros parentes se integrem a esse

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grupo essencial; 3) os membros da família são ligados entre si por: a) vínculos


legais, b) vínculos econômicos, religiosos e outros tipos de deveres e direitos, c)
uma precisa rede de direitos e proibições sexuais, e um conjunto variado e
diferenciado de sentimentos psicológicos, como o amor, o afeto, o temor, etc
(CANEVACCI apud LÉVI-STRAUSS, 1984, p. 27).

Fonte: Reflexões sobre a família na Politica Nacional de Assistência Social:a proteção social
e suas nuances - Suzane Ribeiro da Silva - http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/
joinpp2015/pdfs/eixo14/reflexoes-sobre-familia-napolitica-nacional-de-assistencia-
social-a-protecao-social-e-suas-nuances.pdf

Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Setra.

43 –. Assinale a alternativa correta quanto à Politica Nacional de


Assistência Social de 2004.

a) Tem como público usuário grupos que se encontram em situações de


vulnerabilidade e riscos, tais como famílias e comunidades tradicionais.
b) Organiza-se em proteção social básica e especial, sendo que a segunda
objetiva a prevenir situações de risco por meio do desenvolvimento de
potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos familiares e
comunitários, destinando-se à população que vive em situação de
vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação (ausência de renda,
precário ou nulo acesso aos serviços públicos, dentre outros) e/ou, fragilização
de vínculos afetivos – relacionais e de pertencimento social.
c) Tem como um dos seus princípios a descentralização político-
administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a
coordenação e execução dos respectivos programas às esferas estadual e
municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social, garantindo
o comando único das ações em cada esfera de governo, respeitando-se as
diferenças e as características socioterritoriais locais.
d) Tem como um dos seus objetivos contribuir com a inclusão e a equidade
dos usuários e grupos específicos, ampliando o acesso aos bens e serviços
Socioassistenciais básicos e especiais, em áreas urbana e rural.

Gabarito: D

Justificativa:

A Política Pública de Assistência Social realiza-se de forma integrada às políticas


setoriais, considerando as desigualdades socioterritoriais, visando seu
enfrentamento, à garantia dos mínimos sociais, ao provimento de condições para

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atender contingências sociais e à universalização dos direitos sociais. Sob essa


perspectiva, objetiva: Prover serviços, programas, projetos e benefícios de
proteção social básica e, ou, especial para famílias, indivíduos e grupos que deles
necessitarem; Contribuir com a inclusão e a eqüidade dos usuários e grupos
específicos, ampliando o acesso aos bens e serviços socioassistenciais básicos e
especiais, em áreas urbana e rural; Assegurar que as ações no âmbito da
assistência social tenham centralidade na família, e que garantam a convivência
familiar e comunitária;
Constitui o público usuário da política de Assistência Social, cidadãos e grupos
que se encontram em situações de vulnerabilidade e riscos, tais como: famílias e
indivíduos com perda ou fragilidade de vínculos de afetividade, pertencimento e
sociabilidade; ciclos de vida; identidades estigmatizadas em termos étnico,
cultural e sexual; desvantagem pessoal resultante de deficiências; exclusão pela
pobreza e, ou, no acesso às demais políticas públicas; uso de substâncias
psicoativas; diferentes formas de violência advinda do núcleo familiar, grupos e
indivíduos; inserção precária ou não inserção no mercado de trabalho formal e
informal; estratégias e alternativas diferenciadas de sobrevivência que podem
representar risco pessoal e social.
Proteção Social Básica:
A proteção social básica tem como objetivos prevenir situações de risco por meio
do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de
vínculos familiares e comunitários. Destina-se à população que vive em situação
de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação (ausência de renda,
precário ou nulo acesso aos serviços públicos, dentre outros) e, ou, fragilização
de vínculos afetivos - relacionais e de pertencimento social (discriminações
etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, dentre outras). Prevê o
desenvolvimento de serviços, programas e projetos locais de acolhimento,
convivência e socialização de famílias e de indivíduos, conforme identificação da
situação de vulnerabilidade apresentada. Deverão incluir as pessoas com
deficiência e ser organizados em rede, de modo a inseri-las nas diversas ações
ofertadas.
Os benefícios, tanto de prestação continuada como os eventuais, compõem a
proteção social básica, dada a natureza de sua realização. Os programas e
projetos são executados pelas três instâncias de governo e devem ser articulados
dentro do SUAS. Vale destacar o Programa de Atenção Integral à Família – PAIF
– que, pactuado e assumido pelas diferentes esferas de governo, surtiu efeitos
concretos na sociedade brasileira. O BPC constitui uma garantia de renda básica,
no valor de um salário mínimo, tendo sido um direito estabelecido diretamente
na Constituição Federal e posteriormente regulamentado a partir da LOAS,
dirigido às pessoas com deficiência e aos idosos a partir de 65 anos de idade,
observado, para acesso, o critério de renda previsto na Lei. Tal direito à renda se
constituiu como efetiva provisão que traduziu o princípio da certeza na

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assistência social, como política não contributiva de responsabilidade do Estado.


Trata-se de prestação direta de competência do governo federal, presente em
todos os municípios.
Proteção Social Especial:
Além de privações e diferenciais de acesso a bens e serviços, a pobreza associada
à desigualdade social e a perversa concentração de renda, revela-se numa
dimensão mais complexa: a exclusão social. O termo exclusão social confunde-
se, comumente, com desigualdade, miséria, indigência, pobreza (relativa ou
absoluta), apartação social, dentre outras. Naturalmente existem diferenças e
semelhanças entre alguns desses conceitos, embora não exista consenso entre
os diversos autores que se dedicam ao tema. Entretanto, diferentemente de
pobreza, miséria, desigualdade e indigência que são situações, a exclusão social
é um processo que pode levar ao acirramento da desigualdade e da pobreza e,
enquanto tal, apresenta-se heterogênea no tempo e no espaço.
A realidade brasileira nos mostra que existem famílias com as mais diversas
situações sócio-econômicas que induzem à violação dos direitos de seus
membros, em especial, de suas crianças, adolescentes, jovens, idosos e pessoas
com deficiência, além da geração de outros fenômenos como, por exemplo,
pessoas em situação de rua, migrantes, idosos abandonados que estão nesta
condição não pela ausência de renda, mas por outras variáveis da exclusão social.
Percebe-se que estas situações se agravam justamente nas parcelas da população
onde há maiores índices de desemprego e de baixa renda dos adultos.
As dificuldades em cumprir com funções de proteção básica, socialização e
mediação, fragilizam, também, a identidade do grupo familiar, tornando mais
vulneráveis seus vínculos simbólicos e afetivos. A vida dessas famílias não é regida
apenas pela pressão dos fatores sócio-econômicos e necessidade de
sobrevivência. Elas precisam ser compreendidas em seu contexto cultural,
inclusive ao se tratar da análise das origens e dos resultados de sua situação de
risco e de suas dificuldades de auto-organização e de participação social.
Assim, as linhas de atuação com as famílias em situação de risco devem abranger,
desde o provimento de seu acesso a serviços de apoio e sobrevivência, até sua
inclusão em redes sociais de atendimento e de solidariedade. As situações de
risco demandarão intervenções em problemas específicos e, ou, abrangentes.
Nesse sentido, é preciso desencadear estratégias de atenção sócio-familiar que
visem a reestruturação do grupo familiar e a elaboração de novas referências
morais e afetivas, no sentido de fortalecê-lo para o exercício de suas funções de
proteção básica ao lado de sua auto-organização e conquista de autonomia.
Longe de significar um retorno à visão tradicional, e considerando a família como
uma instituição em transformação, a ética da atenção da proteção especial
pressupõe o respeito à cidadania, o reconhecimento do grupo familiar como
referência afetiva e moral e a reestruturação das redes de reciprocidade social.
Fonte: Política Nacional de Assistência Social 2004 –

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http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/fasc/usu_doc/pnas.pdf
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Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Setra.

44–. Assinale a alternativa correta quanto às seguranças afiançadas pela


proteção social de acordo com a Política Nacional de Assistência social de
2004.

a) Segurança de Rendimento, de Socialização e Ideológica.


b) Segurança de Acolhida, de Convívio Familiar e Comunitário e de
Desenvolvimento de Autonomia.
c) Sobrevivência, Acolhida e Atendimento.
d) Fortalecimento de vinculo familiar, Acolhida e Acompanhamento.

Gabarito: B

Justificativa:

A proteção social deve garantir as seguintes seguranças:


Segurança de sobrevivência (de rendimento e de autonomia); de acolhida;
e, convívio ou vivência familiar.

A segurança de rendimentos não é uma compensação do valor do salário-


mínimo inadequado, mas a garantia de que todos tenham uma forma
monetária de garantir sua sobrevivência, independentemente de suas
limitações para o trabalho ou do desemprego. É o caso de pessoas com
deficiência, idosos, desempregados, famílias numerosas, famílias desprovidas das
condições básicas para sua reprodução social em padrão digno e cidadã.

Por segurança da acolhida, entende-se como uma das seguranças


primordiais da política de assistência social. Ela opera com a provisão de
necessidades humanas que começa com os direitos à alimentação, ao vestuário,
e ao abrigo, próprios à vida humana em sociedade.

A conquista da autonomia na provisão dessas necessidades básicas é a


orientação desta segurança da assistência social. É possível, todavia, que
alguns indivíduos não conquistem por toda a sua vida, ou por um período dela,
a autonomia destas provisões básicas, por exemplo, pela idade – uma criança ou
um idoso –, por alguma deficiência ou por uma restrição momentânea ou
contínua da saúde física ou mental. Outra situação que pode demandar acolhida,
nos tempos atuais, é a necessidade de separação da família ou da parentela por
múltiplas situações, como violência familiar ou social, drogadição, alcoolismo,
desemprego prolongado e criminalidade. Podem ocorrer também situações de

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desastre ou acidentes naturais, além da profunda destituição e abandono que


demandam tal provisão.

A segurança da vivência familiar ou a segurança do convívio é uma das


necessidades a ser preenchida pela política de assistência social. Isto supõe a
não aceitação de situações de reclusão, de situações de perda das relações. É
próprio da natureza humana o comportamento gregário. É na relação que o ser
cria sua identidade e reconhece a sua subjetividade. A dimensão societária da
vida desenvolve potencialidades, subjetividades coletivas, construções culturais,
políticas e, sobretudo, os processos civilizatórios. As barreiras relacionais criadas
por questões individuais, grupais, sociais por discriminação ou múltiplas
inaceitações ou intolerâncias estão no campo do convívio humano.

A dimensão multicultural, intergeracional, interterritoriais, intersubjetivas, entre


outras, devem ser ressaltadas na perspectiva do direito ao convívio. Nesse sentido
a Política Pública de Assistência Social marca sua especificidade no campo das
políticas sociais, pois configura responsabilidades de Estado próprias a serem
asseguradas aos cidadãos brasileiros. Marcada pelo caráter civilizatório presente
na consagração de direitos sociais, a LOAS exige que as provisões assistenciais
sejam prioritariamente pensadas no âmbito das garantias de cidadania sob
vigilância do Estado, cabendo a este a universalização da cobertura e a garantia
de direitos e acesso para serviços, programas e projetos sob sua
responsabilidade.

Fonte: Política Nacional de Assistência Social -http://www.fortale


za.ce.gov.br/sites/default/files/u2085/pnas_2004.pdf

Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Setra.

45–. De acordo com a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais,


os serviços estão organizados por níveis de complexidade do SUAS .
Assinale a alternativa correta quanto a um dos serviços de proteção
especial de alta complexidade.

a) Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos


b) Serviço de Proteção em Situações de Calamidades Públicas e de Emergências.
c) Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua.
d) Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida
Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de Serviços à
Comunidade (PSC).

Gabarito: B

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Justificativa:

De acordo com a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais os serviços


de proteção social são:
PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA -
1. Serviço de proteção e atenção integral à família – PAIF
2. Serviço de convivência e fortalecimento de vínculos
3. Serviço de suporte domiciliar.
PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL -
Média Complexidade.
1-Serviço de proteção social especial a indivíduos e famílias.
2-Serviço especializado de abordagem social em espaços públicos
3. Serviço de proteção social aos (às) adolescentes em cumprimento de
medida socioeducativa de liberdade assistida (LA) e/ou de prestação de
serviços à comunidade (PSC)
4. Serviço especializado de atenção às pessoas em situação de rua
5. Serviço de apoio ao processo de habilitação e reabilitação.
Alta Complexidade
6. Serviço de acolhimento
7. Serviço de acolhimento em família acolhedora
8. Serviço de proteção em situações de calamidades públicas e de
emergências

Fonte: Tipificação Nacional de Serviços Assistenciais 2009.


http://edesp.sp.gov.br/edesp2014/wp-content/uploads/2014/06/livroTipificacao
Nacional_internet.pdf

Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Teresina – PI Prova: Técnico de


Nível Superior - Assistente Social

46 - A Proteção Social Especial é destinada a famílias e indivíduos que


se encontram em situação de risco pessoal e social, e é composta pelos
níveis de média e alta complexidade. Caracteriza-se como serviço de
proteção de alta complexidade aquele que desenvolve ações de

a) Apoio e orientação.
b) Moradia e alimentação.
c) Atividades de convivência.
d) Acompanhamento social.
e) Visita domiciliar.

Gabarito: B

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Justificativa:

Proteção Social Especial de Alta Complexidade Garantem proteção integral -


moradia, alimentação, higienização e trabalho protegido para famílias e
indivíduos que se encontram sem referência e, ou, em situação de ameaça,
necessitando ser retirados de seu núcleo familiar e, ou, comunitário, tais como:
 Atendimento Integral Institucional;
 Casa Lar;
 República;
 Casa de Passagem;
 Albergue;
 Família Substituta;
 Família Acolhedora;
 Medidas socioeducativas restritivas e privativas de liberdade (semi
liberdade, internação provisória e sentenciada);
 Trabalho protegido.
Fonte:http://www.desenvolvimentosocial.pr.gov.br/arquivos/File/Capacitacao/mate
rialapoio/apres_cascavel.pdf

Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Setra.

47 –. Quanto ao Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a


Famílias e Indivíduos (PAEFI) é correto afirmar:

a) Consiste no trabalho social com famílias, de caráter continuado, com a


finalidade de fortalecer a função protetiva das famílias, prevenir a ruptura dos
seus vínculos, promover seu acesso e usufruto de direitos e contribuir na
melhoria de sua qualidade de vida.
b) É serviço baseado no respeito à heterogeneidade dos arranjos familiares, aos
valores, crenças e identidades das famílias. Fundamenta-se no fortalecimento
da cultura do diálogo e no combate a todas as formas de violência, de
preconceito, de discriminação e de estigmatização nas relações familiares.
c) Constitui serviço realizado em grupos, organizado a partir de percursos, de
modo a garantir aquisições progressivas aos seus usuários, de acordo com o
seu ciclo de vida, afim de complementar o trabalho social com famílias e
prevenir a ocorrência de situações de risco social.
d) Tem como impactos esperados contribuir para a redução das violações dos
direitos Socioassistenciais, seus agravamentos ou sua reincidência; garantir
orientação e proteção social às famílias e aos indivíduos, bem como o acesso
a serviços Socioassistenciais e das políticas públicas setoriais; Identificar

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situações de violação de direitos Socioassistenciais e melhorar a qualidade de


vida das famílias.

Gabarito: D

Justificativa:

De acordo com a LOAS, o PAEFI integra a proteção social especial e consiste


no apoio, orientação e acompanhamento a famílias e indivíduos em situação
de ameaça ou violação de direitos, articulando os serviços socioassistenciais
com as diversas políticas públicas e com órgãos do sistema de garantia de
direitos.

De acordo com o disposto na Tipificação Nacional de Serviços


Socioassistenciais, é o serviço de apoio, orientação e acompanhamento a
famílias com um ou mais de seus membros em situação de ameaça ou
violação de direitos. Compreende atenções e orientações direcionadas para
a promoção de direitos, a preservação e o fortalecimento de vínculos
familiares, comunitários e sociais e para o fortalecimento da função
protetiva das famílias diante do conjunto de condições que as
vulnerabilizam e/ou as submetem a situações de risco pessoal e social.

O atendimento fundamenta-se respeito à heterogeneidade,


no
potencialidades, valores, crenças e identidades das famílias. O serviço
articula-se com as atividades e atenções prestadas às famílias nos demais serviços
socioassistenciais, nas diversas políticas públicas e com os demais órgãos do
Sistema de Garantia de Direitos. Deve garantir atendimento sistemático,
continuado e providências necessárias para a inclusão da família e seus membros
em serviços socioassistenciais e/ou em programas de transferência de renda, de
forma a qualificar a intervenção e restaurar direitos.

Os objetivos deste serviço são:


• Contribuir para o fortalecimento da família no desempenho de sua função
protetiva;
• Processar a inclusão das famílias no sistema de proteção social e nos serviços
públicos, conforme necessidades;
• Contribuir para restaurar e preservar a integridade e as condições de
autonomia dos usuários;
• Contribuir para romper com padrões violadores de direitos no interior da
família
• Contribuir para a reparação de danos e da incidência de violação de direitos;

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• Prevenir a reincidência de violações de direito.

Fonte: Tipificação Nacional de Serviços Assistenciais 2009


.http://edesp.sp.gov.br/edesp2014/wp-content/uploads/2014/06/livro-
TipificacaoNacional_internet.pdf

Ano: 2016Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Teresina - PI Prova: Técnico de


Nível Superior - Assistente Social

48 – O Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família − PAIF se


caracteriza pelo trabalho com famílias, em caráter continuado, com objetivo
de fortalecer a função protetiva das famílias, visando a preservação dos
vínculos, promoção e acesso a direitos para melhoria da qualidade de vida.
NÃO é considerada como atribuição do PAIF o desenvolvimento de

a) Atividades socioassistenciais.
b) Ações culturais.
c) Ações terapêuticas.
d) Articulações no território.
e) Articulações entre serviços.

Gabarito: D

Justificativa:

As ações do PAIF não devem possuir caráter terapêutico Serviço de Atendimento


Integral à Família PAIF

Fonte: http://congemas.org.br/basehistorica/apresentacao/38785374257713.pdf

Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Setra.

49 – Assinale a alternativa correta quanto ao serviço que tem a finalidade


de promover a autonomia, a inclusão social e a melhoria da qualidade de
vida das pessoas participantes, que tiveram suas limitações agravadas por
violações de direitos tais como: exploração da imagem, isolamento,
confinamento, atitudes discriminatórias e preconceituosas no seio da
familiar dentre outras.

a) Serviço de proteção social especial para pessoas com deficiência, idosas e suas
famílias.
b) Serviço de acolhimento institucional para adultos e famílias.

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c) Serviço de proteção social a adolescentes em cumprimento de medida


socioeducativade liberdade assistida (LA) e de prestação de serviços à
comunidade (PSC).
d) Serviço especializado para pessoas em situação de rua

Gabarito: A

Justificativa:

O Serviço de proteção social especial para pessoas com deficiência, idosas e


suas famílias é para a oferta de atendimento especializado a famílias com
pessoas com deficiência e idosos com algum grau de dependência, que
tiveram suas limitações agravadas por violações de direitos, tais como:
exploração da imagem, isolamento, confinamento, atitudes discriminatórias
e preconceituosas no seio da família, falta de cuidados adequados por parte
do cuidador, alto grau de estresse do cuidador, desvalorização da
potencialidade/capacidade da pessoa, dentre outras que agravam a
dependência e comprometem o desenvolvimento da autonomia.
O serviço tem a finalidade de promover a autonomia, a inclusão social e a
melhoria da qualidade de vida das pessoas participantes. Deve contar com equipe
específica e habilitada para a prestação de serviços especializados a pessoas em
situação de dependência que requeiram cuidados permanentes ou temporários.
A ação da equipe será sempre pautada no reconhecimento do potencial da
família e do cuidador, na aceitação e valorização da diversidade e na redução da
sobrecarga do cuidador, decorrente da prestação de cuidados diários
prolongados.
As ações devem possibilitar a ampliação da rede de pessoas com quem a família
do dependente convive e compartilha cultura, troca vivências e experiências. A
partir da identificação das necessidades, deverá ser viabilizado o acesso a
benefícios, programas de transferência de renda, serviços de políticas públicas
setoriais, atividades culturais e de lazer, sempre priorizando o incentivo à
autonomia da dupla ―cuidador e dependente‖. Soma-se a isso o fato de que os
profissionais da equipe poderão identificar demandas do dependente e/ou do
cuidador e situações de violência e/ou violação de direitos e acionar os
mecanismos necessários para resposta a tais condições.
A intervenção será sempre voltada a diminuir a exclusão social tanto do
dependente quanto do cuidador, a sobrecarga decorrente da situação de
dependência/prestação de cuidados prolongados, bem como a interrupção e
superação das violações de direitos que fragilizam a autonomia e intensificam o
grau de dependência da pessoa com deficiência ou pessoa idosa.
USUÁRIOS
Pessoas com deficiência e idosas com dependência, seus cuidadores e familiares.

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OBJETIVOS
• Promover a autonomia e a melhoria da qualidade de vida de pessoas com
deficiência e idosas com dependência, seus cuidadores e suas famílias;
• Desenvolver ações especializadas para a superação das situações violadoras
de direitos que contribuem para a intensificação da dependência;
• Prevenir o abrigamento e a segregação dos usuários do serviço, assegurando
o direito à convivência familiar e comunitária;
• Promover acessos a benefícios, programas de transferência de renda e outros
serviços socioassistenciais, das demais políticas públicas setoriais e do Sistema
de Garantia de Direitos;
• Promover apoio às famílias na tarefa de cuidar, diminuindo a sua sobrecarga
de trabalho e utilizando meios de comunicar e cuidar que visem à autonomia
dos envolvidos e não somente cuidados de manutenção;
• Acompanhar o deslocamento, viabilizar o desenvolvimento do usuário e o
acesso a serviços básicos, tais como: bancos, mercados, farmácias, etc.,
conforme necessidades; - Prevenir situações de sobrecarga e desgaste de
vínculos provenientes da relação de prestação/ demanda de cuidados
permanentes/prolongados.

Fonte: Serviço de Proteção Social Especial para pessoas com deficiência, idosas e suas
famílias. http://www.ocuidador.com.br/imgs/utilidades/cartilha03-50fd2af95d889.pdf

Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Setra.

50– Quanto ao trabalho social com famílias no âmbito do Serviço de


Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) é correto afirmar:

a) Os técnicos devem ter como horizonte a família ideal, pois deste modo poderá
garantir o fortalecimento dos vínculos familiares e o cumprimento das
clássicas funções da família (econômica, ideológica e de socialização).
b) É importante compreender que a família é uma instituição social que não
pode ser vista como algo estático, definitivo e fechado; ao contrário, é uma
construção a partir de critérios e contextos históricos, sociais, econômicos e
culturais específicos.
c) Ao se trabalhar com as famílias, devem-se considerar as desigualdades sociais
vigentes na sociedade, de forma a naturalizá-las, bem como responsabilizá-
las, individualizando as situações de vulnerabilidade vivenciadas.
d) É necessário compreender que as famílias em situação de vulnerabilidade, em
especial em decorrência do empobrecimento, apresentam passividade, baixa
autoestima, resignação e dependência, o que exige o desempenho das
capacidades teórico, metodológica, técnica e politica da equipe técnica.

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Gabarito: B

Justificativa:

De acordo com o PAIF a família é uma instituição social que não pode ser vista
como algo estático, definitivo e fechado. A idéia de família é uma construção a
partir de critérios e contextos históricos, sociais, econômicos e culturais
específicos. É uma estrutura singular e complexa – cada família é única, ao mesmo
tempo em que possui as mais variadas formas de organização.

Fonte: Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) –


http://www.desenvolvimentosocial.pr.gov.br/arquivos/File/Capacitacao/BrunaApresentac
aoPAI F2012.pdf

Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Teresina – PI Prova: Técnico de


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51– Entre as formas de proteção social às crianças e adolescentes que


estão temporariamente privadas do convívio familiar, estão programas
que visam oferecer proteção integral até sua reintegração familiar, tal
como o programa

a) Fortalecimento de Vínculos.
b) Convivência Familiar e Comunitária.
c) Atenção Integral a Família.
d) Família Acolhedora.
e) Transferência de Renda.

Gabarito: D

Justificativa:

DESCRIÇÃO: Serviço que organiza o acolhimento de crianças e adolescentes,


afastados da família por medida de proteção, em residência de famílias
acolhedoras cadastradas. É previsto até que seja possível o retorno à família de
origem ou, na sua impossibilidade, o encaminhamento para adoção. O serviço é
o responsável por selecionar, capacitar, cadastrar e acompanhar as famílias
acolhedoras, bem como realizar o acompanhamento da criança e/ou adolescente
acolhido e sua família de origem. O Serviço deverá ser organizado segundo os
princípios, diretrizes e orientações do Estatuto da Criança e do Adolescente e do
documento “Orientações Técnicas: Serviços de Acolhimento para Crianças e
Adolescentes”, sobretudo no que se refere à preservação e à reconstrução do
vínculo com a família de origem, assim como à manutenção de crianças e

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adolescentes com vínculos de parentesco (irmãos, primos, etc.) numa mesma


família. O atendimento também deve envolver o acompanhamento às famílias de
origem, com vistas à reintegração familiar. O serviço é particularmente adequado
ao atendimento de crianças e adolescentes cuja avaliação da equipe técnica
indique possibilidade de retorno à família de origem, nuclear ou extensa.
USUÁRIOS: Crianças e adolescentes, inclusive aqueles com deficiência, aos quais
foi aplicada medida de proteção, por motivo de abandono ou violação de
direitos, cujas famílias ou responsáveis encontrem-se temporariamente
impossibilitados de cumprir sua função de cuidado e proteção.
OBJETIVOS:
• Promover o acolhimento familiar de crianças e adolescentes afastadas
temporariamente de sua família de origem;
• Acolher e dispensar cuidados individualizados em ambiente familiar;
• Preservar vínculos com a família de origem, salvo determinação judicial em
contrário;
• Possibilitar a convivência comunitária e o acesso à rede de políticas
públicas; - Apoiar o retorno da criança e do adolescente à família de
origem.

FONTE: http://www.social.mg.gov.br/images/stories/subas/familiaacolhedora.pdf

Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da
SETRA

52 –De acordo com a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais


de 2009, assinale a alternativa correta quanto às formas de acesso ao serviço
de Proteção e Atendimento Integral à Família.

a) Por procura espontânea, busca ativa, encaminhamento da rede


socioassistencial, encaminhamento das demais políticas públicas.
b) Por identificação e encaminhamento dos serviços de proteção e9 vigilância
social.
c) Por encaminhamento de outros serviços Socioassistenciais, das demais
políticas públicas setoriais, dos demais órgãos do Sistema de Garantia de
Direitos e do Sistema de Segurança Pública e demanda espontânea.
d) Por identificação da equipe do serviço, Encaminhamento da Vara da Infância
e da Juventude.

Gabarito: A

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Justificativa:

De acordo com a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais de 2009, as


Condições e Formas de Acesso: Famílias territorialmente referenciadas aos CRAS,
em especial: famílias em processo de reconstrução de autonomia; Famílias em
processo de reconstrução de vínculos; famílias com crianças, adolescentes, jovens
e idosos inseridos em serviços socioassistenciais, territorialmente referenciadas
ao CRAS; famílias com beneficiários do Benefício de Prestação Continuada;
famílias inseridas em programas de transferência de renda. Formas: - Por procura
espontânea; - Por busca ativa; - Por encaminhamento da rede socioassistencial; -
Por encaminhamento das demais políticas públicas.

Fonte: Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais de 2009


http://www.assistenciasocial.al.gov.br/legislacao/Tipificacao_servicos_socioassistenciais.p
df/at_downloa d/file

Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da
SETRA

53 – Assinale a alternativa correta quanto aos novos programas, serviços,


ações e equipamentos criados pelo Plano Brasil Sem Miséria.

a) Ação Brasil Carinhoso, PRONATEC Brasil Sem Miséria, ACESSUAS/TRABALHO


– Programa Nacional de Promoção do Acesso ao mundo do Trabalho,
Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais, Programa Bolsa Verde,
Estratégia de Busca Ativa, Equipes Volantes da Assistência Social e Lanchas da
assistência.
b) Plano de superação da extrema pobreza, sistema de monitoramento e
informação , Busca Ativa de atendimentos personalizados , sistema de
averiguação de inconsistências e /ou irregularidades cadastrais.
c) Plano de superação da extrema pobreza, ADICIONAL de 50% da ação das
creches, Programa Brasil Carinhoso, Programa Mais Educação, PRONATEC-
Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego.
d) Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), Programa de Fomento a
Atividades produtivas Rurais, Programa Água para Todos e Programa de
Aquisição de Alimentos.

Gabarito: A

Justificativa:

O objetivo do Plano Brasil Sem Miséria é elevar a renda e as condições de


bemestar da população. As famílias extremamente pobres que ainda não são

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atendidas serão localizadas e incluídas de forma integrada nos mais diversos


programas de acordo com as suas necessidades.

*A questão na alternativa (a) diz todos os programas criados pelo Plano Brasil
sem Miséria.

Fonte: http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2013/08/municipios-terao-ate-
sexta-feira-16-para-cadastrar-propostas-de-seguranca-alimentar-e-nutricional/plano-
brasil-sem-miseria.pdf

Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da
SETRA

54 – Sobre o Cadastro Único é correto afirmar:


a) Constitui sistema que registra todas as famílias beneficiárias do Plano
Brasil Sem Miséria.
b) Representa programa de monitoramento de informação das famílias
brasileiras e é coordenado pelo Ministério de Planejamento, Orçamento e
Gestão.
c) É um sistema de cadastramento que identifica a renda de todas as famílias
brasileiras e serve para detectar a concentração de renda e riqueza do país.
d) Serve como instrumento de identificação e caracterização socioeconômica
das famílias brasileiras de baixa renda, entendidas como aquelas com
renda igual ou inferior a meio salário mínimo por pessoa (per capita) ou
renda familiar mensal de até três salários mínimos.

Gabarito: D

Justificativa:

O Cadastro Único para Programas Sociais é um instrumento de identificação e


caracterização socioeconômica das famílias brasileiras de baixa renda, entendidas
como aquelas com renda igual ou inferior a meio salário mínimo por pessoa (per
capita) ou renda familiar mensal de até três salários mínimos. Suas informações
podem ser utilizadas pelos governos federal, estaduais e municipais para obter
diagnóstico socioeconômico das famílias cadastradas, para desta forma,
possibilitar a análise das suas principais necessidades.
A partir de 2003, o Cadastro Único se tornou o principal instrumento do Estado
brasileiro para a seleção e a inclusão de famílias de baixa renda em programas
federais, sendo usado obrigatoriamente para a concessão dos benefícios do
Programa Bolsa Família, da Tarifa Social de Energia Elétrica, do Programa Minha

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Casa Minha Vida, da Bolsa Verde, entre outros. Também pode ser utilizado para
a seleção de beneficiários de programas ofertados pelos governos estaduais e
municipais. Por isso, ele é funciona como uma porta de entrada para as famílias
acessarem diversas políticas públicas.
A execução do Cadastro Único é de responsabilidade compartilhada entre
governo federal, os estados, os municípios e o Distrito Federal. Em nível federal,
o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) é o gestor
responsável, e a Caixa Econômica Federal é o agente operador que mantém o
Sistema de Cadastro Único.

Fonte: Inclusão no Cadastro Único – Número NIS -


http://www.ouropreto.ifmg.edu.br/documentos/InclusonoCadastronico.pdf
http://mds.gov.br/assuntos/cadastro-unico/o-que-e-e-para-que-serve

Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Teresina – PI Prova: Técnico de


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55 – O acesso aos programas, projetos e benefícios socioassistenciais


ocorrem por meio do Cadastro Nacional de Programas Sociais. Sendo
assim, pode-se considerá-lo como

a) Porta de entrada da assistência social.


b) Banco de dados das famílias em situação de vulnerabilidade.
c) Instrumento de identificação das famílias.
d) Repositório de informações socioassistenciais.
e) Documento de identificação social.

Gabarito: C

Justificativa:

O Cadastro Único é um instrumento que identifica e caracteriza os mais pobres e


permite conhecer a realidade socioeconômica das famílias de baixa renda. Por
meio de um sistema informatizado, o governo federal consolida os dados
coletados no Cadastro Único para formular e implementar políticas específicas,
que contribuem para a redução das vulnerabilidades sociais a que essas famílias
estão expostas.
O cadastro é utilizado, por exemplo, para conceder a isenção de pagamento de
taxa de inscrição em concursos públicos. Todas as informações do sistema podem
ser utilizadas pelos governos municipais, estaduais e federal.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social

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Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Teresina – PI Prova: Técnico de


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56 – Entre os princípios éticos para os trabalhadores da assistência social


está o compromisso em

a) Promover a integração entre os serviços de fortalecimento de vínculos laços


familiares e sociais nos territórios.
b) Ofertar serviços, programas, projetos e benefícios de qualidade para e
fortalecimento de laços familiares e sociais.
c) Ampliar os serviços convívio e fortalecimento de laços familiares e sociais nos
territórios de vivencia das famílias.
d) Definir os programas de fortalecimento de vínculos e laços familiares e sociais
nos serviços de socioassistenciais.
e) Desenvolver políticas de fortalecimento de vínculos familiares nos serviços de
socioassistenciais.

Gabarito: B

Justificativa:

Princípios Éticos
I - Defesa incondicional da liberdade, da dignidade da pessoa humana, da
privacidade, da cidadania, da integridade física, moral e psicológica e dos direitos
socioassistenciais;
II – Defesa do protagonismo e da autonomia dos usuários e a recusa de práticas
de caráter clientelista, vexatório ou com intuito de benesse ou ajuda;
III - Oferta de serviços, programas, projetos e benefícios públicos gratuitos com
qualidade e continuidade, que garantam a oportunidade de convívio para o
fortalecimento de laços familiares e sociais;
VII – Garantia do direito a receber dos órgãos públicos e prestadores de serviços
o acesso às informações e documentos da assistência social, de interesse
particular, ou coletivo, ou geral - que serão prestadas dentro do prazo NOB-
RH/SUAS (Resolução CNAS nº269, de 13/12/2006)
III – PRINCÍPIOS ÉTICOS PARA OS TRABALHADORES DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
1. A Assistência Social deve ofertar seus serviços com o conhecimento e
compromisso ético e político de profissionais que operam técnicas e
procedimentos impulsionadores das potencialidades e da emancipação de
seus usuários;
2. Os princípios éticos das respectivas profissões deverão ser considerados
ao se elaborar, implantar e implementar padrões, rotinas e protocolos

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específicos, para normatizar e regulamentar a atuação profissional por tipo


de serviço socioassistencial.
3. São princípios éticos que orientam a intervenção dos profissionais da
área de assistência social:
a) Defesa intransigente dos direitos socioassistenciais;
b) Compromisso em ofertar serviços, programas, projetos e benefícios de
qualidade que garantam a oportunidade de convívio para o fortalecimento
de laços familiares e sociais;
c) Promoção aos usuários do acesso a informação, garantindo conhecer o
nome e a credencial de quem os atende;
d) Proteção à privacidade dos usuários, observado o sigilo profissional,
preservando sua privacidade e opção e resgatando sua historia de vida;
e) Compromisso em garantir atenção profissional direcionada para
construção de projetos pessoais e sociais para autonomia e
sustentabilidade;
f) Reconhecimento do direito dos usuários a ter acesso a benefícios e
renda e a programas de oportunidades para inserção profissional e social;
g) Incentivo aos usuários para que estes exerçam seu direito de participar
de fóruns, conselhos, movimentos sociais e cooperativas populares de
produção;
h) Garantia do acesso da população a política de assistência social sem
discriminação de qualquer natureza (gênero, raça/etnia, credo, orientação
sexual, classe social, ou outras), resguardados os critérios de elegibilidade
dos diferentes programas, projetos, serviços e benefícios;
i) Devolução das informações colhidas nos estudos e pesquisas aos
usuários, no sentido de que estes possam usá-las para o fortalecimento de
seus interesses;
j) Contribuição para a criação de mecanismos que venham desburocratizar
a relação com os usuários, no sentido de agilizar e melhorar os serviços
prestados.

fonte :NOB SUAS (Resolução CNAS nº 33, de 12 de dezembro de 2012)

Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Teresina – PI Prova: Técnico de


Nível Superior - Assistente Social

57 –No Brasil, os programas de transferência de renda são destinados às


pessoas com deficiência, idosos, gestantes, nutrizes, crianças e
adolescentes conforme parâmetros de elegibilidade. A diferença entre o
Benefício de Prestação Continuada − BPC e o Programa Bolsa Família − PBF
é que

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a) O BPC está previsto constitucionalmente.


b) O PBF está previsto legalmente.
c) O PBF está previsto constitucionalmente.
d) O PBF tem limite temporal para concessão.
e) O BPC tem limite temporal para concessão.

Gabarito: A

Justificativa:

O Benefício de Prestação Continuada é o benefício assistencial previsto


constitucionalmente para a proteção de idosos e deficientes que comprovem não
possuir meios de prover sua própria manutenção ou tê-la provida pela família. É
um benefício que compõe a política de assistência social brasileira e é um direito
assegurado constitucionalmente. No processo de conquista de direitos sociais, a
previsão constitucional transformou e fortaleceu os sentidos da assistência social
no Brasil, deslocando-a do âmbito de uma regulação unicamente moral para o
de uma vinculação propriamente jurídica (Boschetti, 2006).
A inclusão da garantia no texto constitucional encerrou a etapa da conquista do
direito e inaugurou o momento de sua efetivação. Embora previsto na
Constituição desde 1988, apenas em 1993 o benefício assistencial foi
regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), e somente em 1996
foi, de fato, implantado após a publicação do Decreto n. 1744/1995. Em 1993, foi
possível formular uma legislação de assistência social que regulamentasse, entre
outras questões, o benefício assistencial garantido a idosos e deficientes pobres.
Nesse processo, o status constitucional do direito foi importante, na medida em
que permitiu o acionamento do Poder Judiciário na via direta do Supremo
Tribunal Federal (STF).

FONTE-O Benefício de Prestação Continuada no Supremo Tribunal Federal Janaína Penalva


Debora Diniz Marcelo Medeiros. http://www.portaldatransparencia.gov.br/aprenda
Mais/documentos/curso_bolsafamilia.pdf

Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Teresina – PI Prova: Técnico de


Nível Superior - Assistente Social

58 –- A Lei nº 12.435, de 6 de julho de 2011 afirma que o benefício de


prestação continuada é garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa
com deficiência e aos idosos com 65 anos ou mais de idade que
comprovem não poder arcar com sua própria manutenção. Sendo assim,
NÃO tem direito ao benefício o idoso que

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a) Esteja fora das atividades socioassistenciais ofertadas pela rede de seu


território.
b) For beneficiário de pensão especial de ordem indenizatória.
c) Estiver em condição de acolhimento em instituição de longa permanência.
d) Estiver em condição de acolhimento em instituição de longa permanência.
e) Mantenha vínculos empregatícios com salário mínimo, na ocasião da
solicitação do benefício.

Gabarito: D

Justificativa:

LETRA A - ERRADO- Lei 8.742 (LOAS), Art. 20, § 7o Na hipótese de não existirem
serviços no município de residência do beneficiário, fica assegurado, na forma
prevista em regulamento, o seu encaminhamento ao município mais próximo
que contar com tal estrutura.
LETRA B - ERRADO- Lei 8.742 (LOAS), Art. 20, § 4o O benefício de que trata este
artigo não pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito
da seguridade social ou de outro regime, salvo os da assistência médica e
da pensão especial de natureza indenizatória.
LETRA C - ERRADO-Lei 8.742 (LOAS), Art. 20, § 5o A condição de acolhimento
em instituições de longa permanência não prejudica o direito do idoso ou da
pessoa com deficiência ao benefício de prestação continuada.
LETRA D - CERTO -Lei 8.742 (LOAS), Art. 20, § 4o O benefício de que trata este
artigo não pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito
da seguridade social ou de outro regime, salvo os da assistência médica e da
pensão especial de natureza indenizatória.
LETRA E - ERRADO-Lei 8.742 (LOAS), Art. 20, § 9º A remuneração da pessoa com
deficiência na condição de aprendiz não será considerada para fins do cálculo a
que se refere o § 3o deste artigo.

FONTE- Lei 8.742 (LOAS)

Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Teresina – PI Prova: Técnico de


Nível Superior - Assistente Social

59 – O modelo de integração e o compartilhamento entre áreas é uma


forma de gestão que objetiva a promoção de ações públicas como respostas
as demandas sociais. Este modelo é denominado

a) Interdisciplinar.
b) Multidisciplinar.

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c) Transdisciplinar.
d) Intersetorial.
e) Multisetorial

Gabarito: D

Justificativa:

A intersetorialidade das políticas públicas passou a ser uma dimensão valorizada


à medida que não se observava a eficiência, a efetividade e a eficácia esperadas
na implementação das políticas setoriais, primordialmente no que se refere ao
atendimento das demandas da população e aos recursos disponibilizados para a
execução das mesmas. Deste modo, a intersetorialidade passou a ser um dos
requisitos para a implementação das políticas setoriais, visando sua efetividade
por meio da articulação entre instituições governamentais e entre essas e a
sociedade civil.
A incorporação da intersetorialidade nas políticas públicas trouxe a articulação
de saberes técnicos, já que os especialistas em determinada área passaram a
integrar agendas coletivas e compartilhar objetivos comuns. Nesta perspectiva, a
intersetorialidade pode trazer ganhos para a população, para a organização
logística das ações definidas, bem como para a organização das políticas públicas
centradas em determinados territórios. Ao mesmo tempo, abrem-se novos
problemas e desafios relacionados à superação da fragmentação e à articulação
das políticas públicas, sobretudo se considerarmos a cultura clientelista e localista
que ainda vigora na administração pública.

FONTE: Reflexões sobre a intersetorialidade entre as políticas públicas


Sueli do Nascimento

Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da
SETRA

60 – Sob a concepção de ser uma política processual, a assistência social é


entendida por alguns como uma área sem resolutividade própria, um
território de passagem, a porta de entrada para outras políticas. Assinale a
alternativa correta quanto a este princípio organizativo:

a) Transversalidade
b) Discriminação positiva
c) Territorialização
d) Intersetorialidade

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Gabarito: D

Justificativa:

Para Burlandy (2004) a intersetorialidade compõe os diferentes setores que


constroem, de forma conjunta e pactuada, um projeto integrado destinado a
alcançar objetivos mais amplos.
Esse planejamento inclui a identificação de determinantes, envolvimento dos
sujeitos implicados no processo e a formulação de intervenções estratégicas que
transcendam as ações setoriais e impactuem diferentes dimensões do problema
em um processo técnico e político.
Há o primordial princípio organizativo da Integralidade da proteção social‖,
sendo a proteção socioassistencial materializada e garantida pela oferta das
provisões em sua completude, por meio de conjunto articulado de serviços,
programas, projetos e benefícios (institui o Paif/Serviço de Proteção e
Atendimento Integral à Família, Paefi/Serviço de Proteção e Atendimento
Especializado a Famílias e Indivíduos e Peti/Programa de Erradicação do Trabalho
Infantil, e para efeitos do Benefício de Prestação Continuada/BPC, conceitua
pessoa com deficiência e família). Ainda, o princípio da Intersetorialidade se faz
presente na busca de integração e articulação da rede socioassistencial com as
demais políticas e órgãos setoriais, como os do Sistema de Garantia de Direitos.

Fonte: Princípios e diretrizes da Assistência Social: da LOAS à NOB SUAS.


http://osocialemquestao.ser.puc-rio.br/media/OSQ_30_Quinonero_3.pdf

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Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Teresina – PI Prova: Técnico de


Nível Superior - Assistente Social

61 – São consideradas pessoas com deficiência aquelas que têm com


impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou
sensorial, que diante de diferentes barreiras, podem obstruir sua
participação plena e efetiva de forma igualitária na sociedade e com as
demais pessoas. Nesse sentido, os Conselhos federal, estaduais e
municipais, dos Direitos da Pessoa com Deficiência têm como
competência

a) Executar as políticas públicas relativas à pessoa com deficiência.


b) Zelar pela implementação da política para inclusão da pessoa com
deficiência.
c) Definir a proposta orçamentária para política para inclusão da pessoa com
deficiência.
d) Elaborar estudos e pesquisas sobre a qualidade de vida da pessoa com
deficiência.
e) Desenvolver campanhas de prevenção de deficiências.

Gabarito: B

Justificativa:

COMPETÊNCIAS : As principais competências dos Conselhos são:


I - propor e deliberar sobre ações para os planos e programas dos
Estados/Municípios referentes à promoção e à defesa dos direitos das pessoas
com deficiência;
II - zelar pela efetiva implementação da política para inclusão da pessoa com
deficiência;
III - acompanhar o planejamento e avaliar a execução das políticas públicas
relativas à pessoa com deficiência;
IV - acompanhar a elaboração e a execução da proposta orçamentária pertinente
à consecução da política para inclusão da pessoa com deficiência;
V - propor a elaboração de estudos e pesquisas que objetivem a melhoria da
qualidade de vida da pessoa com deficiência;
VI - propor e incentivar aos órgãos competentes a realização de campanhas
visando à prevenção de deficiências e à promoção e defesa dos direitos da pessoa
com deficiência;
VII - deliberar sobre o plano de ação estadual/municipal anual.
VIII - acompanhar, mediante relatórios de gestão, o desempenho dos programas
e projetos da política estadual/municipal para inclusão da pessoa com deficiência;

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IX - colaborar com o monitoramento e a implementação da Convenção sobre os


Direitos das Pessoas com Deficiência e do seu Protocolo Facultativo em seu
âmbito de atuação;
X - criar uma rede de articulação e comunicação entre os conselhos municipais,
cuja atribuição é exclusiva do Conselho Estadual;
XI - manter cadastro atualizado dos Conselhos de Direitos da Pessoa com
Deficiência, atribuição esta exclusiva do Conselho Estadual;
XII – Eleger seu corpo diretivo;
XIII - Elaborar e aprovar o seu Regimento Interno;
e XIV – Convocar a Conferência dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

Fonte: CONADE- Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

Ano: 2015 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de São Benedito– CE


Prova: Técnico de Nível Superior - Assistente Social

62 - No que compete a Lei Orgânica da Saúde em seu Art. 13, a articulação


das políticas e dos programas, a cargo das comissões intersetoriais,
abrangerá, em especial, as seguintes atividades, EXCETO:

a) Saneamento e meio ambiente.


b) Saúde do idoso e da criança.
c) Alimentação e nutrição.
d) Ciência e tecnologia.
e) Vigilância sanitária e farmacoepidemiologia.

Gabarito: B

Justificativa:

Questão bem interessante, que poucas pessoas devem ter conhecimento: As


comissões intersetoriais.
Vamos conhecer! Vejamos, então, que só a saúde do idoso e da criança não é
abrangida pelas comissões intersetoriais:
Art. 12. Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional, subordinadas
ao Conselho Nacional de Saúde, integradas pelos Ministérios e órgãos
competentes e por entidades representativas da sociedade civil.
Parágrafo único. As comissões intersetoriais terão a finalidade de articular
políticas e programas de interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas não
compreendidas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Art. 13. A articulação das políticas e programas, a cargo das comissões
intersetoriais, abrangerá, em especial, as seguintes atividades:
I - alimentação e nutrição;

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II - saneamento e meio ambiente;


III - vigilância sanitária e farmacoepidemiologia;
IV - recursos humanos;
V - ciência e tecnologia; e
VI - saúde do trabalhador.

Fonte: LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm

Ano: 2015 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de São Benedito– CE


Prova: Técnico de Nível Superior - Assistente Social

63 - No que compete à LOAS, marque a opção INCORRETA segundo os

princípios que regem a assistência social.

a) Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seudireito a


benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e
comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade.
b) Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos
assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos
critérios para sua concessão.
c) Supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de
rentabilidade econômica.
d) Descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo.
e) Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de
qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e
rurais.

Gabarito: D

Justificativa:

Essa questão requer SOMENTE do candidato saber de cor QUAIS OS PRINCÍPIOS


DA ASSISTENCIA SOCIAL. Então, decore os princípios porque eles já foram
cobrados antes pelo CETREDE. E vejamos que o item d) não pertence ao Art. 4º e
sim ao 5º - das diretrizes:

Dos Princípios e das Diretrizes


SEÇÃO I
Dos Princípios

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Art. 4º A assistência social rege-se pelos seguintes princípios:


I - supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências
de rentabilidade econômica;

II - universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação


assistencial alcançável pelas demais políticas públicas;
III - respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a
benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e
comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade;
IV - igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de
qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e
rurais;
V - divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos
assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos
critérios para sua concessão.

SEÇÃO II
Das Diretrizes

Art. 5º A organização da assistência social tem como base as seguintes diretrizes:


I - descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de
governo;
II - participação da população, por meio de organizações representativas, na
formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis;
III - primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de
assistência social em cada esfera de governo.

Fonte: LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993.


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8742compilado.htm

Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

64 -Em face dos desafios presentes no mundo do trabalho


contemporâneo, aponte o que são consideradas salaguardas jurídico-
políticas disponíveis para o enfrentamento de tais desafios no âmbito do
Serviço Social.

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a) Código de Ética, projeto ético-politico e competências e as atribuições


privativas do assistente social.
b) Lei de Regulamentação da Profissão (1993), Código de Ética do
Assistente Social (1993), as Diretrizes Curriculares norteadoras da formação
profissional (1996), além das resoluções e dos pareceres jurídicos do Conselho
Federal de Serviço Social (CFESS).
c) Inscrição nos conselhos regionais e a Lei n. 8.662.
d) Código de Ética Profissional e Diretrizes Curriculares.

Gabarito: B

Justificativa:

O projeto profissional adquire materialidade no conjunto das regulamentações


profissionais que foram citadas ao longo deste artigo: a Lei de Regulamentação
da Profissão (1993), o Código de Ética do Assistente Social (1993), as Diretrizes
Curriculares norteadoras da formação profissional (1996), além das resoluções e
pareceres jurídicos do CFESS.

Fonte: Espaço sócio-ocupacional do assistente social: seu arcabouço jurídico-político - Leila


Baumgratz Delgado – http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101

Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área

65 -Assinale a alternativa correta com relação a mais uma


grande conquista obtida para toda a categoria profissional
dos assistentes sociais na atualidade.

a) A Lei nº 12.317 de 2010, que dispõe sobre a duração do


trabalho do Assistente Social.
b) A Lei nº 6.271/2009, que dispõe sobre a inclusão de
assistentes sociais nas equipes da Estratégia de Saúde da
Família.
c) A Lei nº 3.145/2008, que dispõe sobre a prestação de
serviços de Psicologia e Serviço Social nas escolas
públicas de educação básica.
d) A Lei nº 5.278/2009, que dispõe sobre o piso salarial
profissional do assistente social.

Gabarito: A

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Justificativa:

LEI Nº 12.317, DE 26 DE AGOSTO DE 2010.


Acrescenta dispositivo à Lei no 8.662, de 7 de junho de 1993, para dispor sobre a
duração do trabalho do Assistente Social.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e


eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1 A Lei no 8.662, de 7 de junho de 1993, passa a vigorar acrescida do seguinte
Art. 5 A duração do trabalho do Assistente Social é de 30 (trinta) horas semanais.
Art. 2 Aos profissionais com contrato de trabalho em vigor na data de publicação
desta Lei é garantida a adequação da jornada de trabalho, vedada a redução do
salário.
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12317.htm

Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de são benedito– CE Prova: Técnico de


Nível Superior - Assistente Social

66 - A lei 8.662, de 7 de junho de 1993 dispõe sobre o(a)(s):

a) organização da assistência social e dá outras providências.


b) Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.
c) condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a
organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras
providências.
d) profissão de assistente social e dá outras providências.
e) Estatuto do Idoso e dá outras providências

Gabarito: D

Justificativa:

Porque a Lei de 1993 substituiu a regulamentação anterior, que datava dos


anos 1950 (mais precisamente de 1957) e, ao fazê-lo, possibilitou que nosso
papel na sociedade fosse mais bem compreendido do ponto de vista técnico,
mas também do ponto de vista político, já que mudamos substantivamente
a direção social de nossos compromissos no processo de redemocratização

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da sociedade brasileira. Assim, comemorar o aniversário da Lei 8.662/93 é


comemorar também a consolidação deste projeto profissional numa
conjuntura bastante desfavorável aos seus valores e princípios, e isso não é
pouca coisa!

Fonte: LEI No 8.662, DE 7 DE JUNHO DE 1993.


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8662.htm

Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

67 – O aprofundamento do debate contemporâneo sobre ética e Serviço


Social ensejou a desmitificação do aspecto corporativo do antigo Código de
Ética Profissional. O Novo Código (Lei 8.6662/93) expressa a seguinte
perspectiva

a) Garante um controle pela sociedade da qualidade e probidade das práticas


profissionais dos Assistentes Sociais
b) Prioriza dimensões relativas à eficiência e eficácia da ação profissional
c) Amplia as atribuições profissionais para adequá-las a competitividade do
mercado
d) Torna mais genérico e abrangente as possibilidades da prática profissional
no sentido de minimizar os efeitos restritivos do mercado de trabalho

Gabarito: A

Justificativa:

O Código de Ética Profissional garante assegurar a probidade, uniformidade e


qualidade dos serviços profissionais prestados à população; bem como
salvaguardar interesses dos usuários dos serviços sociais e não dos profissionais
de forma específica. Desta forma, utiliza-se de estratégias de caráter educativo,
que visam a garantia dos compromissos éticos e políticos consolidados no
Código de Ética.

Fonte: Guia de Orientação para o funcionamento do CRESS -


http://www.cresssc.org.br/doc/guia.pdf

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Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Teresina – PI Prova: Técnico de


Nível Superior - Assistente Social

68 - - A Lei de Regulamentação da Profissão de Assistente Social, Lei nº


8.662/1993, nos artigos 4° e 5º , trata respectivamente, das competências
e atribuições privativas do Serviço Social.

Considere: 1 para competências e 2 para atribuições privativas.

I. Prestar assessoria e consultoria a órgãos da Administração Pública direta e


indireta, empresas privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social.
II. Realizar estudos sócio-econômicos com os usuários para fins de benefícios
e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta,
empresas privadas e outras entidades.
III. Orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido
de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa
de seus direitos.
IV. Ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira em
órgãos e entidades representativas da categoria profissional.
V. Coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas,
planos, programas e projetos na área de Serviço Social.

Os itens I a V são associados, correta e respectivamente, a

a) 2, 1, 1, 2, 2.
b) 2, 1, 2, 1, 2.
c) 1, 2, 1, 1, 1.
d) 2, 2, 1, 1, 2.
e) 1, 2, 1, 1, 2.

Gabarito: A

Justificativa:

Em conformidade com Iamamoto (2009, p.7), a Lei n. 8.662, de 7 de junho de


1993, que regulamenta a profissão, estabelece respectivamente nos seus artigos
4 e 5 as competências e atribuições privativas do assistente social. As
competências expressam capacidade para apreciar ou dar resolutividade a
determinado assunto, não sendo exclusivas de uma única especialidade
profissional, pois são a ela concernentes em função da capacitação dos sujeitos
profissionais. As atribuições são prerrogativas exclusivas ao serem definidas
enquanto matéria, área e unidade de Serviço Social.

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Coleção Provas Comentadas – Prefeituras

Art. 4º Constituem competências do Assistente Social, dentre outras:


[...] V - orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no
sentido de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento
e na defesa de seus direitos;
XI - realizar estudos sócio-econômicos com os usuários para fins de
benefícios e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta
e indireta, empresas privadas e outras entidades.

Art. 5º Constituem atribuições privativas do Assistente Social, dentre outras:


[...]I - coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos,
pesquisas, planos, programas e projetos na área de Serviço Social;
III - assessoria e consultoria e órgãos da Administração Pública direta e
indireta, empresas privadas e outras entidades, em matéria de Serviço
Social;
XIII - ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira
em órgãos e entidades representativas da categoria profissional.

Fonte: LEI N° 8.662, DE 7 DE JUNHO DE 1993. IAMAMOTO, Marilda Vilella. O Serviço


Social na cena contemporânea. In Serviço Social: Direitos Sociais e Competências
Profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.

Ano: 2015 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de Carnaubal– CE


Prova: Técnico de Nível Superior - Assistente Social

69- Baseado na Lei 8.742 de 07/12/1993, associe a coluna B pela coluna A.


COLUNA A
I. Das Diretrizes.
II. Da Organização e da Gestão.
III. Dos Princípios.
IV. Dos Benefícios Eventuais.
V. Dos Benefícios, dos Serviços, dos Programas e dos Projetos de Assistência
Social.
COLUNA B
( ) As ações ofertadas no âmbito do SUAS têm por objetivo a proteção à
família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice e, como base de
organização, o território.

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( ) Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a


benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e
comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade.
( ) O CNAS, ouvidas as respectivas representações de Estados e
Municípios dele participantes, poderá propor, na medida das
disponibilidades orçamentárias das 3 (três) esferas de governo, à instituição
benefícios subsidiários no valor de até 25% (vinte e cinco por cento) do
salário-mínimo para cada criança de até 6 (seis) anos de idade.
( ) Para os efeitos do disposto no caput, a família é composta pelo
requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um
deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados
solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto.
( ) Participação da população, por meio de organizações representativas,
na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis.

Marque a opção que apresenta a sequência CORRETA.

a) III – II – V – IV – I
b) II – III – IV – V – I
c) II – III – V – I – IV
d) IV – V – III – I – II
e) I – V – IV – III – II

Gabarito: B

Justificativa:

Correlacionando as colunas:
I. Das Diretrizes – Participação da população, por meio de organizações
representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos
os níveis.
II. Da Organização e da Gestão - As ações ofertadas no âmbito do SUAS têm por
objetivo a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice
e, como base de organização, o território.
III. Dos Princípios - Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e aoseu
direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência
familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de
necessidade

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IV. Dos Benefícios Eventuais - O CNAS, ouvidas as respectivas representações


de Estados e Municípios dele participantes, poderá propor, na medida das
disponibilidades orçamentárias das 3 (três) esferas de governo, à instituição
benefícios subsidiários no valor de até 25% (vinte e cinco por cento) do salário-
mínimo para cada criança de até 6 (seis) anos de idade.
V - Dos Benefícios, dos Serviços, dos Programas e dos Projetos de Assistência
Social - ( ) Para os efeitos do disposto no caput, a família é composta pelo
requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles,
a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros
e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto.

Fonte: LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993.


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8742compilado.htm

Ano: 2015 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de Carnaubal– CE


Prova: Técnico de Nível Superior - Assistente Social

70- Assinale a alternativa INCORRETA em relação às competências do


assistente social segundo a Lei 8.662 de 07/06/199 em seu Art. 4º.

a) Encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos,


grupos e à população.
b) Planejar, organizar e administrar benefícios e serviços sociais.
c) Elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que
sejam do âmbito de atuação do serviço social com participação da
sociedade civil.
d) Coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos,
pesquisas, planos, programas e projetos na área de serviço social.
e) Prestar assessoria e consultoria aos órgãos da administração pública
direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, com relação às
matérias relacionadas no inciso II deste artigo.

Gabarito: D

Justificativa:
Caríssimo(as), não tem como errar nunca mais as competências profissionais e as
atribuições privativas. Prestem atenção! As competências não se referem
exclusivamente à área de Serviço Social, mas as atribuições privativas sim.
Vejamos:

Coleção Provas Comentadas – Prefeituras


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Art. 4º Constituem competências do Assistente Social:


I - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos
da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e
organizações populares;
II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que
sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com participação da
sociedade civil;
III - encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos,
grupos e à população;
IV - (Vetado);
V - orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido
de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na
defesa de seus direitos;
VI - planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais;
VII - planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a
análise da realidade social e para subsidiar ações profissionais;
VIII - prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública
direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, com relação às
matérias relacionadas no inciso II deste artigo;
IX - prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria
relacionada às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis,
políticos e sociais da coletividade;
X - planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e de
Unidade de Serviço Social;
XI - realizar estudos sócio-econômicos com os usuários para fins de
benefícios e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta
e indireta, empresas privadas e outras entidades.
Art. 5º Constituem atribuições privativas do Assistente Social:
I - coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas,
planos, programas e projetos na área de Serviço Social;
II - planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de
Serviço Social;
III - assessoria e consultoria e órgãos da Administração Pública direta e
indireta, empresas privadas e outras entidades, em matéria de Serviço
Social;
IV - realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e
pareceres sobre a matéria de Serviço Social;
V - assumir, no magistério de Serviço Social tanto a nível de graduação como
pós-graduação, disciplinas e funções que exijam conhecimentos próprios e
adquiridos em curso de formação regular;
VI - treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço
Social;

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VII - dirigir e coordenar Unidades de Ensino e Cursos de Serviço Social, de


graduação e pós-graduação;
VIII - dirigir e coordenar associações, núcleos, centros de estudo e de
pesquisa em Serviço Social;
IX - elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões
julgadoras de concursos ou outras formas de seleção para Assistentes
Sociais, ou onde sejam aferidos conhecimentos inerentes ao Serviço Social;
X - coordenar seminários, encontros, congressos e eventos assemelhados
sobre assuntos de Serviço Social;
XI - fiscalizar o exercício profissional através dos Conselhos Federal e
Regionais;
XII - dirigir serviços técnicos de Serviço Social em entidades públicas ou
privadas;
XIII - ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira
em órgãos e entidades representativas da categoria profissional.

Fonte: LEI No 8.662, DE 7 DE JUNHO DE 1993.


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8662.htm

Ano: 2015 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de são benedito– CE


Prova: Técnico de Nível Superior - Assistente Social

71- Assinale a alternativa INCORRETA no que compete à Lei de


Regulamentação da Profissão de Assistente Social.

a) Poderão exercer a profissão de assistente social, os possuidores de


diploma de curso superior em Serviço Social, em nível de graduação ou
equivalente, expedido por estabelecimento de ensino sediado em países
estrangeiros, obrigatoriamente conveniado com o governo brasileiro,
desde que devidamente revalidado e registrado em órgão competente
no Brasil.
b) O exercício da profissão de assistente social requer prévio registro nos
Conselhos Regionais que tenham jurisdição sobre a área de atuação do
interessado nos termos dessa lei.
c) Cabe ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e aos Conselhos
Regionais de Serviço Social (CRESS), representar, em juízo e fora dele,
os interesses gerais e individuais dos assistentes sociais no cumprimento
da lei.
d) Os Conselhos Regionais poderão constituir, dentro de sua própria área
de jurisdição, delegacias seccionais para desempenho de suas
atribuições executivas e de primeira instância nas regiões em que forem
instalados, desde que a arrecadação proveniente dos profissionais, nelas
atuantes, seja suficiente para sua própria manutenção.

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e) A Carteira de Identificação Profissional, expedida pelos Conselhos


Regionais de Serviço Social (CRESS), servirá de prova para fins de
exercício profissional e de Carteira de Identidade Pessoal e terá fé
pública em todo o território nacional.

Gabarito: A

Justificativa:

Para encontrarmos o item errado e marcarmos ele como a opção de resposta


requer muita atenção! Esse tipo de estrutura é bem comum da banca CETREDE.
No caso da questão 01, ela abordou a lei n 8.662 que dispõe sobre a nossa
profissão. Vejamos:

Art. 1º É livre o exercício da profissão de Assistente Social em todo o território


nacional, observadas as condições estabelecidas nesta lei.
Art. 2º Somente poderão exercer a profissão de Assistente Social:
I - Os possuidores de diploma em curso de graduação em Serviço Social,
oficialmente reconhecido, expedido por estabelecimento de ensino superior
existente no País, devidamente registrado no órgão competente;
II - os possuidores de diploma de curso superior em Serviço Social, em nível
de graduação ou equivalente, expedido por estabelecimento de ensino
sediado em países estrangeiros, conveniado ou nãocom o governo
brasileiro, desde que devidamente revalidado e registrado em órgão
competente no Brasil;
III - os agentes sociais, qualquer que seja sua denominação com funções nos
vários órgãos públicos, segundo o disposto no art. 14 e seu parágrafo único da
Lei nº 1.889, de 13 de junho de 1953.
Parágrafo único. O exercício da profissão de Assistente Social requer prévio
registro nos Conselhos Regionais que tenham jurisdição sobre a área de
atuação do interessado nos termos desta lei.
Art. 3º A designação profissional de Assistente Social é privativa dos habilitados
na forma da legislação vigente.
Art. 7º O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e os Conselhos Regionais de
Serviço Social (CRESS) constituem, em seu conjunto, uma entidade com
personalidade jurídica e forma federativa, com o objetivo básico de disciplinar e
defender o exercício da profissão de Assistente Social em todo o território
nacional.
1º Os Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS) são dotados de autonomia
administrativa e financeira, sem prejuízo de sua vinculação ao Conselho Federal,
nos termos da legislação em vigor.

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2º Cabe ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e aos Conselhos


Regionais de Serviço Social (CRESS), representar, em juízo e fora dele, os
interesses gerais e individuais dos Assistentes Sociais, no cumprimento
desta lei.
Art. 12. Em cada capital de Estado, de Território e no Distrito Federal, haverá um
Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) denominado segundo a sua
jurisdição, a qual alcançará, respectivamente, a do Estado, a do Território e a do
Distrito Federal.
1º Nos Estados ou Territórios em que os profissionais que neles atuam não
tenham possibilidade de instalar um Conselho Regional, deverá ser constituída
uma delegacia subordinada ao Conselho Regional que oferecer melhores
condições de comunicação, fiscalização e orientação, ouvido o órgão regional e
com homologação do Conselho Federal.
2º Os Conselhos Regionais poderão constituir, dentro de sua própria área de
jurisdição, delegacias seccionais para desempenho de suas atribuições
executivas e de primeira instância nas regiões em que forem instalados,
desde que a arrecadação proveniente dos profissionais nelas atuantes seja
suficiente para sua própria manutenção.
Art. 17. A Carteira de Identificação Profissional expedida pelos Conselhos
Regionais de Serviço Social (CRESS), servirá de prova para fins de exercício
profissional e de Carteira de Identidade Pessoal, e terá fé pública em todo o
território nacional.

Fonte: Código de Ética do Assistente Social


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8662.htm

Ano: 2015 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de Itapipoca– CE Prova: Técnico


de Nível Superior - Assistente Social

72 - Analise a afirmativa a seguir, relacionada à Lei 8.662/93.


Somente poderão exercer a profissão de assistente social: os possuidores
de diploma de curso superior em Serviço Social, em nível de ________ ou
equivalente, expedido por estabelecimento de ensino sediado _______,
conveniado ou não com o ________, desde que devidamente revalidado e
registrado em órgão competente no Brasil (Art. 2º / II).
Marque a opção que preenche CORRETA e respectivamente as lacunas.

a) Especialização/ no Brasil / Ministério da Educação


b) Graduação / em países estrangeiros / Governo brasileiro
c) Mestrado / em países estrangeiros / país de origem
d) Graduação / no pais de origem / Conselho Nacional de Educação
e) Graduação / em países parceiros do Brasil / Ministério da Educação

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Gabarito: B

Justificativa:

É livre o exercício da profissão de Assistente Social em todo o território nacional,


observadas as condições estabelecidas nesta lei. Contudo, quem poderá exercer
a profissão serão:

Art. 1º É livre o exercício da profissão de Assistente Social em todo o território


nacional, observadas as condições estabelecidas nesta lei.
Art. 2º Somente poderão exercer a profissão de Assistente Social:
I - Os possuidores de diploma em curso de graduação em Serviço Social,
oficialmente reconhecido, expedido por estabelecimento de ensino superior
existente no País, devidamente registrado no órgão competente;
II - os possuidores de diploma de curso superior em Serviço Social, em nível de
graduação ou equivalente, expedido por estabelecimento de ensino sediado em
países estrangeiros, conveniado ou não com o governo brasileiro, desde que
devidamente revalidado e registrado em órgão competente no Brasil; Lei n º
8.662;
III - os agentes sociais, qualquer que seja sua denominação com funções nos
vários órgãos públicos, segundo o disposto no art. 14 e seu parágrafo único da
Lei nº 1.889, de 13 de junho de 1953.
Parágrafo único. O exercício da profissão de Assistente Social requer prévio
registro nos Conselhos Regionais que tenham jurisdição sobre a área de atuação
do interessado nos termos desta lei.

Fonte: Código de Ética do Assistente Social


Disponível em: http://www.cfess.org.br/arquivos/CEP_CFESS-SITE.pdf

Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

73 - Assinale a alternativa correta no que se refere ao espaço


ocupacional e condições de trabalho do assistente social na
contemporaneidade.

a) As transformações no padrão de acumulação e regulação social


modificaram o paradigma do processo e gestão do trabalho capitalista e
o sistema estatal. Estas incidem sobre o Serviço Social como profissão, exceto
nos seus suportes de conhecimento e nas suas funcionalidades.

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b) O espaço ocupacional ampliou-se com atividades voltadas para implantação,


orientação e representação em Conselhos de Políticas Sociais e de Direitos,
organização e mobilização popular, elaboração de planos de assistência
social, acompanhamento e avaliação de programas e projetos, ampliação
e interiorização dos cursos de Serviço Social; além de assessoria e consultoria
e requisições no campo da pesquisa.
c) As alterações como redução do poder sindical, intensificação do trabalho,
exigências de multifuncionalidade, metas de produtividade, salários
variáveis, novas doenças ocupacionais, a adoção de modalidades de
contratação flexíveis, incidindo mais acirradamente sobre a força de
trabalho dos assistentes sociais, tendo esse enfrentado a redução dos
postos de trabalhos com inexistência de políticas de proteção social.
d) Nas três últimas décadas, a profissão passou por um processo de
redimensionamento e renovação no âmbito desua interpretação teórico-
metodológica e ético-política, e melhor, qualificou-se, principalmente
através da consolidação da pós-graduação stricto sensu e da produção
científica acumulada a partir da década de 80, adequando-se às
exigências da contemporaneidade em um cenário que reduz os espaços
ocupacionais tradicionais do assistente social.

Gabarito: B

Justificativa:

Muito se tem escrito sobre o conjunto de reformas econômicas e ideopolíticas


que varreu o mundo capitalista a partir de meados da década 1970. Suas causas,
seu receituário, seus resultados e suas consequências - sobretudo sobre o mundo
do trabalho, das políticas públicas e dos direitos - foram e continuam sendo
objeto de estudos e pesquisas por parte de intelectuais de diversas vertentes e
áreas do conhecimento, de padrão nacional e internacional, basta assinalar que
ditas transformações no padrão de acumulação e regulação social modificaram
substancialmente não só o paradigma do processo e gestão do trabalho
capitalista e o sistema estatal, mas, também, ao metamorfosear a produção e a
reprodução da sociedade, atingem diretamente a divisão sociotécnica do trabalho,
envolvendo modificações em todos os seus níveis [...] e incidem fortemente sobre as
profissões, suas áreas de intervenção, seus suportes de conhecimento e de
implementação, suas funcionalidades etc. (Netto, 1996, p. 87-9).
De acordo com Netto (1996), é no curso da década de 1970 - embora já
evidenciadas na década anterior - que emergem as transformações societárias no
âmbito estrutural e supraestrutural, que vão se consolidar nas décadas de 1980 e
1990, marcando significativamente uma nova configuração do mundo capitalista

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a partir da exaustão do modelo de regulação fordista-keynesiano. Para uma


análise mais pormenorizada dessa processualidade, consultar também HARVEY,
D. Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural.
São Paulo: Loyola, 1992; CHESNAIS, F. A mundialização do capital. São Paulo:
Xamã, 1996; IAMAMOTO, M. V. Serviço Social em tempo de capital fetiche: capital
financeiro, trabalho e questão social. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2008; entre outros.
Entre tantas alterações podemos citar: redução do poder sindical,
intensificação do trabalho, exigências de multifuncionalidade, metas de
produtividade, salários variáveis, novas doenças ocupacionais e, sobretudo,
a extinção e precarização de postos de trabalho através da adoção de
modalidades de contratação flexíveis, incidindo mais acirradamente sobre a
força de trabalho feminina, sobre os jovens e sobre os imigrantes.
Por conseguinte, influenciam também as condições do exercício profissional do
assistente social, alterando os requisitos e exigências da formação profissional, as
demandas e o mercado de trabalho, os processos e as condições de trabalho
profissionais (Iamamoto, apud CFESS/ABEPSS, 2009).
No que tange especificamente ao Brasil, a reforma neoliberal levada a cabo a
partir do primeiro governo de FHC (1995-1998) teve repercussões profundas no
ensino superior, manifestadas principalmente pela sua crescente privatização,
mercantilização e simplificação (instalação de cursos sequenciais, ensino a
distância e ciclos básicos) que, além de comprometer a indissociabilidade entre
ensino, pesquisa e extensão, objetivam uma formação profissional aligeirada para
atender apenas às exigências do mercado.
Os cursos de Serviço Social não escaparam à regra. Em 2001, tínhamos em
funcionamento no país 85 cursos de Serviço Social. De acordo com informações
oficiais colhidas no site e-mec, do Ministério da Educação, no governo Lula da
Silva (2003-2010), os mesmos tiveram um crescimento de 297,3%, alcançando,
em abril de 2011, 377 cursos em funcionamento; 96% dos quais - sem levar em
conta sua qualidade -, felizmente ainda eram presenciais, e entre eles apenas
14,8% eram gratuitos.Conforme a mesma fonte, passados apenas 10 meses,
temos atualmente no Brasil 541 cursos de Serviço Social autorizados para
funcionamento, dos quais 62% são presenciais e somente 9% são públicos.
Nas três últimas décadas a profissão passou por um processo de
redimensionamento e renovação no âmbito de sua interpretação
teóricometodológica e ético-política, e melhor, qualificou-se,
principalmente através da consolidação da pósgraduação stricto sensu e da
produção científica acumulada a partir da década de 1980, adequando-se às
exigências da contemporaneidade. Na esfera sócio-ocupacional, a
Constituição Cidadã de 1988, ao estabelecer o direito às políticas sociais, em
especial à seguridade social, muito contribuiu para a expansão do mercado
de trabalho dos assistentes sociais em função do incremento à rede
socioassistencial, através da criação de importantes programas de

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atendimento a diversos segmentos da população. O espaço ocupacional


ampliou-se também com atividades voltadas para implantação, orientação e
representação em Conselhos de Políticas Sociais e de Direitos, organização e
mobilização popular, elaboração de planos de assistência social,
acompanhamento e avaliação de programas e projetos, ampliação e
interiorização dos cursos de Serviço Social; além de assessoria e consultoria e
requisições no campo da pesquisa.
Por outro lado, com os altos índices de desemprego e a desregulamentação e
informalização das relações de trabalho - produtos da restauração do capital - e
com a adoção do neoliberalismo trazendo consigo o retraimento das funções do
Estado e redução dos gastos sociais, contribuindo para a crescente
desresponsabilização deste no tocante às políticas públicas, e o retrocesso dos
direitos sociais (Raichelis, apud CFESS/Abepss, 2009), agudizam-se as sequelas da
questão social. A conjugação desses processos nas esferas produtiva e estatal
leva ao crescimento e à diversificação do espaço ocupacional, assim como novas
requisições e demandas para a profissão de Serviço Social (Iamamoto, apud
CFESS/Abepss, 2009).

Fonte: Espaço sócio-ocupacional do assistente social: seu arcabouço jurídico-político - Leila


Baumgratz Delgado – http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101

Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

74 - O Assistente Social atua vinculado a instituições públicas


ou privadas e nesses espaços o profissional

a) Obriga-se a uma orientação assistencialista, limitadora da


mobilização por direitos
b) Beneficia-se da neutralidade garantida por sua profissão
c) Deve identificar a correlação de forças vigentes de forma a
contribuir para o atendimento das demandas dos usuários
d) Deve usar de plena autonomia profissional para responder as
demandas dos usuários

Gabarito: C

Justificativa:

A atuação do assistente social realiza-se em organizações públicas e privadas


e em diferentes áreas e temáticas, como: proteção social, educação, programas

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socioeducativos e de comunidade, habitação, gestão de pessoas, segurança


pública, justiça e direitos humanos, gerenciamento participativo, direitos sociais,
movimentos sociais, comunicação, responsabilidade social, marketing social,
meio ambiente, assessoria e consultoria, que variam de acordo com o lugar que
o profissional ocupa no mercado de trabalho, exigindo deste um conhecimento
teórico-metodológico, ético político e técnico-operativo.
Esse profissional busca a inclusão social e a participação das classes subalternas,
por meio de formas alternativas e estratégicas de ação. Pois procura conhecer a
realidade em que atua e possuir compromisso ético com a classe trabalhadora e
com a qualidade dos serviços prestados. Para uma reflexão do Serviço Social na
atualidade, com suas demandas e perspectivas nesse momento histórico, é
necessário situá-lo em sua trajetória histórica e revelar o legado desse momento
com seus rebatimentos no contexto do século da globalização. Tempos em que
a economia e o ideário neoliberal intensificam as desigualdades sociais com suas
múltiplas faces. Tempos em que crescem as massas descartáveis, sobrantes e à
margem dos direitos e sistemas de proteção sociais.

Art. 8º São deveres do/a assistente social:


a- programar, administrar, executar e repassar os serviços sociais assegurados
institucionalmente;
b- denunciar falhas nos regulamentos, normas e programas da instituição em
que trabalha, quando os mesmos estiverem ferindo os princípios e diretrizes
deste Código, mobilizando, inclusive, o Conselho Regional, caso se faça
necessário;
c- contribuir para a alteração da correlação de forças institucionais,
apoiando as legítimas demandas de interesse da população usuária;
d- empenhar-se na viabilização dos direitos sociais dos/as usuários/as, através
dos programas e políticas sociais; e- empregar com transparência as verbas
sob a sua responsabilidade, de acordo com os interesses e necessidades
coletivas dos/as usuários/as.
A dinâmica deste processo que conduziu à consolidação profissional do Serviço
Social materializou-se em conquistas teóricas e ganhos práticos que se revelaram
diversamente no universo profissional. No plano da Introduçãoreflexão e da
normatização ética, o Código de Ética Profissional de 1986 foi uma
expressão daquelas conquistas e ganhos, através de dois procedimentos:
negação da base filosófica tradicional, nitidamente conservadora, que
norteava a ―ética da neutralidade‖, e afirmação de um novo perfil do/a
técnico/a, não mais um/a agente subalterno/a e apenas executivo/a, mas um/a
profissional competente teórica, técnica e politicamente.

Fonte: Código de Ética do Assistente Social


http://www.cfess.org.br/arquivos/CEP2011_CFESS.pdf

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Ano: 2015 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de são benedito– CE


Prova: Técnico de Nível Superior - Assistente Social

75 – Segundo a Lei de Regulamentação da Profissão de Assistente


Social, analise as afirmativas a seguir, assinalando (V) para as
VERDADEIRAS e (F) para as FALSAS.

( ) Constitui uma das atribuições privativas do assistente social encaminhar


providências e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população.
( ) Constitui uma das competências do assistente social assessoria e
consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, a empresas
privadas e a outras entidades, em matéria de serviço social.
( ) A duração do trabalho do assistente social é de 30 (trinta) horas semanais.
( ) Consiste em uma das atribuições do Conselho Regional de Serviço Social,
estabelecer os sistemas de registro dos profissionais habilitados.
( ) Consiste em uma das atribuições do CRESS expedir carteiras profissionais
de assistentes sociais, fixando a respectiva taxa.

Marque a opção que apresenta a sequência CORRETA.

a) V–V–V–F–F
b) F–F–F–V–V
c) F–F–V–V–V
d) V–V–V–F–V
e) V – F – F – V – V.

Gabarito: C

Justificativa:

Caríssimo(as), não tem como errar nunca mais as competências profissionais e as


atribuições privativas. Prestem atenção! As competências não se referem
exclusivamente à área de Serviço Social, mas as atribuições privativas sim. Vimos
uma questão muito semelhante na prova de Carnaubal e agora na de São
Benedito.

Dessarte, nessa de São Benedito, a questão abordou além das competências e


atribuições privativas como a nova duração do trabalho do Assistente Social de
30 (trinta) horas semanais e competências dos CRESSs. Vejamos:

Art. 4º Constituem competências do Assistente Social:

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I - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da


administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações
populares;
II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam
do âmbito de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil;
III - encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos,
grupos e à população;
IV - (Vetado);
V - orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de
identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de
seus direitos;
VI - planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais;
VII - planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a análise
da realidade social e para subsidiar ações profissionais;
VIII - prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e
indireta, empresas privadas e outras entidades, com relação às matérias
relacionadas no inciso II deste artigo;
IX - prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada às
políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais da
coletividade;
X - planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e de Unidade
de Serviço Social;
XI - realizar estudos sócio-econômicos com os usuários para fins de benefícios e
serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta,
empresas privadas e outras entidades.

Art. 5º Constituem atribuições privativas do Assistente Social:


I - coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas,
planos, programas e projetos na área de Serviço Social;
II - planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade deServiço
Social;
III - assessoria e consultoria e órgãos da Administração Pública direta e
indireta, empresas privadas e outras entidades, em matéria de Serviço
Social;
IV - realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres
sobre a matéria de Serviço Social;
V - assumir, no magistério de Serviço Social tanto a nível de graduação como
pós-graduação, disciplinas e funções que exijam conhecimentos próprios e
adquiridos em curso de formação regular;
VI - treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço Social;
VII - dirigir e coordenar Unidades de Ensino e Cursos de Serviço Social, de
graduação e pós-graduação;

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VIII - dirigir e coordenar associações, núcleos, centros de estudo e de pesquisa


em Serviço Social;
IX - elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões julgadoras
de concursos ou outras formas de seleção para Assistentes Sociais, ou onde sejam
aferidos conhecimentos inerentes ao Serviço Social;
X - coordenar seminários, encontros, congressos e eventos assemelhados sobre
assuntos de Serviço Social;
XI - fiscalizar o exercício profissional através dos Conselhos Federal e Regionais;
XII - dirigir serviços técnicos de Serviço Social em entidades públicas ou privadas;
XIII - ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira em
órgãos e entidades representativas da categoria profissional.

Art. 5o-A. A duração do trabalho do Assistente Social é de 30 (trinta) horas


semanais. (Incluído pela Lei nº 12.317, de 2010).

Art. 8º Compete ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), na qualidade de


órgão normativo de grau superior, o exercício das seguintes atribuições:
I - orientar, disciplinar, normatizar, fiscalizar e defender o exercício da profissão
de Assistente Social, em conjunto com o CRESS;
II - assessorar os CRESS sempre que se fizer necessário;
III - aprovar os Regimentos Internos dos CRESS no fórum máximo de deliberação
do conjunto CFESS/CRESS;
IV - aprovar o Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais juntamente
com os CRESS, no fórum máximo de deliberação do conjunto CFESS/CRESS;
V - funcionar como Tribunal Superior de Ética Profissional;
VI - julgar, em última instância, os recursos contra as sanções impostas pelos
CRESS;
VII - estabelecer os sistemas de registro dos profissionais habilitados;
VIII - prestar assessoria técnico-consultiva aos organismos públicos ou privados,
em matéria de Serviço Social;
IX - (Vetado)
Art. 10. Compete aos CRESS, em suas respectivas áreas de jurisdição, na qualidade
de órgão executivo e de primeira instância, o exercício das seguintes atribuições:
I - organizar e manter o registro profissional dos Assistentes Sociais e o
cadastro das instituições e obras sociais públicas e privadas, ou de fins
filantrópicos;
II - fiscalizar e disciplinar o exercício da profissão de Assistente Social na
respectiva região;
III - expedir carteiras profissionais de Assistentes Sociais, fixando a respectiva taxa;
IV - zelar pela observância do Código de Ética Profissional, funcionando como
Tribunais Regionais de Ética Profissional;
V - aplicar as sanções previstas no Código de Ética Profissional;

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VI - fixar, em assembléia da categoria, as anuidades que devem ser pagas pelos


Assistentes Sociais;
VII - elaborar o respectivo Regimento Interno e submetê-lo a exame e aprovação
do fórum máximo de deliberação do conjunto CFESS/CRESS.

Fonte: LEI No 8.662, DE 7 DE JUNHO DE 1993.


Disponível em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8662.htm

Ano: 2015 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de carnaubal– CE Prova: Técnico


de Nível Superior - Assistente Social

76– Baseado no Código de Ética do Assistente Social,associe a coluna B


com a coluna A

COLUNA A
I. São deveres do/a assistente social.
II. Compete ao Conselho Federal de Serviço Social.
III. São deveres do/a assistente social nas suas relações com os/as usuários/as.
IV. É vedado ao/à assistente social.
V.Constituem direitos do/a assistente social.

COLUNA B
( ) Utilizar seu número de registro no Conselho Regional no exercício da
Profissão.
( ) Garantia e defesa de suas atribuições e prerrogativas, estabelecidas na
Lei de Regulamentação da Profissão e dos princípios firmados neste Código.
( ) Compactuar com o exercício ilegal da Profissão, inclusive nos casos de
estagiários/as que exerçam atribuições específicas, em substituição aos/às
profissionais.
( ) Introduzir alteração neste Código, através de uma ampla participação da
categoria, num processo desenvolvido em ação conjunta com os Conselhos
Regionais.
( ) Garantir a plena informação e discussão sobre as possibilidades e
consequências das situações apresentadas, respeitando democraticamente as
decisões dos/as usuários /as, mesmo que sejam contrárias aos valores e às
crenças individuais dos/as profissionais, resguardados os princípios deste Código.

Marque a opção que apresenta a sequência CORRETA.


a) I – V – IV – II – III
b) I – II – III – IV – V
c) II – I – III – V – IV
d) I – II – V – IV – III

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e) III – II – IV – V – I

Gabarito: A

Justificativa:

Para responder esse item corretamente, dever-se-ia relacionar os itens da coluna


B com os da coluna A que representam o título II dos direitos e das
responsabilidades gerais do assistente social.

São deveres do/a assistente social - Utilizar seu número de registro no Conselho
Regional no exercício da Profissão.
Compete ao Conselho Federal de Serviço Social - Introduzir alteração neste
Código, através de uma ampla participação da categoria, num processo
desenvolvido em ação conjunta com os Conselhos Regionais.
São deveres do/a assistente social nas suas relações com os/as usuários/as -
Garantir a plena informação e discussão sobre as possibilidades e consequências
das situações apresentadas, respeitando democraticamente as decisões dos/as
usuários /as, mesmo que sejam contrárias aos valores e às crenças individuais
dos/as profissionais, resguardados os princípios deste Código.
É vedado ao/à assistente social - Compactuar com o exercício ilegal da Profissão,
inclusive nos casos de estagiários/as que exerçam atribuições específicas, em
substituição aos/às profissionais.
Constituem direitos do/a assistente social -Garantia e defesa de suas atribuições
e prerrogativas, estabelecidas na Lei de Regulamentação da Profissão e dos
princípios firmados neste Código.

Fonte: Código de Ética do Assistente Social


Disponível em: http://www.cfess.org.br/arquivos/CEP_CFESS-SITE.pdf

Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

77 – Posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure


universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e
políticas sociais, bem como sua gestão democrática, constitui-se, segundo o
código de ética profissional, em

a) Direito do cidadão
b) Dever institucional
c) Princípio fundamental
d) direito profissional

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Gabarito: C

Justificativa:

Posicionamento em favor da eqüidade e justiça social, que assegure


universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e
políticas sociais, bem como sua gestão democrática;

Fonte: Código de Ética do Assistente Social -


http://www.cfess.org.br/arquivos/CEP_CFESSSITE.pdf

Ano: 2015 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de são benedito– CE


Prova: Técnico de Nível Superior - Assistente Social

78 – Em relação a finalidade do código de ética, marque a opção CORRETA.


a) Documento que orienta a dignidade humana.
b) Conjunto de normas que torna o trabalho emancipatório.
c) Normas a serem obedecidas pelo funcionário público.
d) Benefícios profissionais do trabalhador obedecidos por lei.
e) Conjunto de princípios a serem observados no exercício profissional.

Gabarito: E

Justificativa:

O agir da pessoa humana está condicionado a duas premissas consideradas


básicas pela Ética: "o que é" o homem e "para que vive", logo toda capacitação
científica ou técnica precisa estar em conexão com os princípios essenciais da
Ética. (MOTTA, 1984, p. 69).

No caso do Serviço Social, em particular, para falar sobre ética e a sua


recomendação para o exercício profissional formalizada em um Código de Ética,
deve-se levar, indispensavelmente da profissão, juntamente com os seus
objetivos e funções, daí a sua particularidade.

Fonte: Princípios norteadores para o exercício profissional: Revisando o Código de Ética do


Assistente Social. Alessandra Nicole de Oliveira Silva Disponível em:
http://www.aems.edu.br/conexao/edicaoanterior/Sumario/2014/downloads/2014/Princip
ios%20norteadores%20para%20o%20exercicio%20profissional%20revisando%20o%20c%
C3%B3digo%20de%20%C3%A9tica%20do%20assistente%20social..pdf

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Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

79 – Um dos princípios constantes do Código de Ética do assistente social,


com vistas à garantia dos direitos civis, sociais e políticos das classes
trabalhadoras, refere-se a uma tarefa primordial de toda a sociedade, qual
seja:

a) A promoção de mudanças econômicas e sociais


b) A propagação do consenso e do consentimento
c) A ampliação e a consolidação da cidadania
d) A promoção e a capacitação dos indivíduos sociais

Gabarito: C

Justificativa:

Princípios Fundamentais do Código de Ética do Assistente Social:


• Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas
políticas a ela inerentes - autonomia, emancipação e plena expansão dos
indivíduos sociais;
• Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do
autoritarismo;
• Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial
de toda sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das
classes trabalhadoras;
• Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da
participação política e da riqueza socialmente produzida;
• Posicionamento em favor da eqüidade e justiça social, que assegure
universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas
sociais, bem como sua gestão democrática;
• Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando
o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à
discussão das diferenças;
• Garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais
democráticas existentes e suas expressões teóricas, e compromisso com o
constante aprimoramento intelectual;
• Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção
de uma nova ordem societária, sem dominação exploração de classe, etnia e
gênero;

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• Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que


partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral dos trabalhadores;
• Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com
o aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional;
• Exercício do Serviço Social sem ser discriminado, nem discriminar, por
questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade,
opção sexual, idade e condição física.

Fonte: Código de Ética do Assistente Social - http://www.cfess.org.br/


arquivos/CEP_CFESSSITE.pdf

Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

80 – São princípios éticos imprescindíveis no cotidiano do trabalho do


assistente social:

a) Defesa intransigente dos direitos humanos e do individualismo


b) Compromisso com a liberdade e autonomia dos sujeitos
c) Recusa de todas as formas de autoritarismo e defesa da ingerência na
esfera privada
d) Rompimento com o teoricismo estéril e defesa do pragmatismo

Gabarito: B

Justificativa:

A direção social que o projeto ético-político aponta ao profissional do Serviço


Social está em seus princípios fundamentais que estão expressos no Código de
Ética Profissional do Assistente Social.
Estes fundamentos profissionais constituem-se em valores que compõem
projetos societários que a categoria profissional como sujeito coletivo se
identifica. É preciso lembrar que esses princípios não são próprios ou internos do
Serviço Social, são tirados de um projeto de sociedade idealizado. A sociedade
burguesa nos impõe uma liberdade que está repleta de contradições, pois sua
própria dinâmica bloqueia e impede o desenvolvimento das demandas próprias
da liberdade.
A tarefa do Assistente social é lutar pela participação social, emancipação,
autonomia, desenvolvimento dos sujeitos sociais e principalmente pela
ampliação dos direitos sociais e da cidadania investindo assim nas

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potencialidades dos usuários, caminhando sempre na busca da liberdade


como bem supremo, um projeto, uma liberdade a ser conquistada.

Fonte: O compromisso ético politico do Serviço Social e o Idoso - GrazielePuciStringueta ´


http://intertemas.toledoprudente.edu.br/revista/index.php/ETIC/article/viewFile/2284/18
77

Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

81 – Entre os princípios fundamentais do Código de Ética dos


Assistentes Sociais, encontra-se
a) A defesa intransigente dos direitos humanos e a recusa do arbítrio e do
pluralismo
b) A defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da
participação política e da riqueza socialmente produzida
c) O compromisso coma solidariedade e a parceria da sociedade civil com o
Estado, na prestação de serviços sociais
d) A opção por um projeto profissional neutro, sem vinculação a projetos
classistas

Gabarito: B

Justificativa:

Princípios Fundamentais do Código de Ética do Assistente Social:


• Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas
políticas a ela inerentes - autonomia, emancipação e plena expansão dos
indivíduos sociais;
• Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do
autoritarismo;
• Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda
sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das
classes trabalhadoras;
Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da
participação política e da riqueza socialmente produzida;
• Posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure
universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e
políticas sociais, bem como sua gestão democrática;
• Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o
respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e
à discussão das diferenças;

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• Garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais


democráticas existentes e suas expressões teóricas, e compromisso com o
constante aprimoramento intelectual;
• Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de
uma nova ordem societária, sem dominação exploração de classe, etnia e
gênero;
• Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que
partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral dos trabalhadores;
• Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com o
aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional;
• Exercício do Serviço Social sem ser discriminado, nem discriminar, por
questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade,
opção sexual, idade e condição física.

Fonte: Código de Ética do Assistente Social -


http://www.cfess.org.br/arquivos/CEP_CFESSSITE.pdf

Ano: 2015 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de Itapipoca– CE Prova: Técnico


de Nível Superior - Assistente Social

82 – Assinale a alternativa INCORRETA no que compete ao Código de


Ética do Assistente Social.

a) Compete ao Conselho Regional de Serviço Social como Tribunal Superior de


Ética Profissional, firmar jurisprudência na observância desse Código e nos
casos omissos.
b) Constitui um dos princípios fundamentais: garantia do pluralismo, através do
respeito às correntes profissionais democráticas existentes e suas expressões
teóricas, e compromisso com o constante aprimoramento intelectual.
c) Compete aos Conselhos Regionais, nas áreas de suas respectivas jurisdições,
zelar pela observância dos princípios e diretrizes desse Código, e funcionar
como órgão julgador de primeira instância.
d) As infrações a este Código acarretarão penalidades, desde a multa à cassação
do exercício profissional na forma dos dispositivos legais e/ ou regimentais.
e) Constitui um dos princípios fundamentais: reconhecimento da liberdade
como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes -
autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais.

Gabarito: B

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Justificativa:

TÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS


Art.1º Compete ao Conselho Federal de Serviço Social:
a- zelar pela observância dos princípios e diretrizes deste Código, fiscalizando as
ações dos Conselhos Regionais e a prática exercida pelos profissionais,
instituições e organizações na área do Serviço Social;
b- introduzir alteração neste Código, através de uma ampla participação da
categoria, num processo desenvolvido em ação conjunta com os Conselhos
Regionais;
c- como Tribunal Superior de Ética Profissional, firmar jurisprudência na
observância deste Código e nos casos omissos.
Parágrafo único Compete aos Conselhos Regionais, nas áreas de suas
respectivas jurisdições, zelar pela observância dos princípios e diretrizes deste
Código, e funcionar como órgão julgador de primeira instância.

Fonte: Código de Ética do Assistente Social


Disponível em: http://www.cfess.org.br/arquivos/CEP_CFESS-SITE.pdf

Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

83– É dever do Assistente Social na relação com os usuários:


a) Garantir plena informação e discussão sobre as possibilidades e
consequências das situações apresentadas
b) Conscientizar a população da sua responsabilidade em participar da
solução dos problemas apresentados
c) Integrar comissões interdisciplinares de ética nos locais de trabalho, para
avaliação da conduta dos profissionais
d) Respeitar a situação social, os problemas dosindivíduos, dos grupos e da
comunidade, partindo de onde o cidadão está

Gabarito: A

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Justificativa:

ASSISTENTE SOCIAL

DIREITOS DEVERES

Inviolabilidade do local
de trabalho e Abster-se, no exercício da
respectivos arquivos e profissão, de práticas que
documentação, caracterizem a censura, o
garantindo o sigilo cerceamento da liberdade, o
profissional; policiamento dos
comportamentos,
Desagravo público por denunciando sua ocorrência
ofensa que atinja a sua aos órgãos competentes;
honra profissional;
Garantir a plena informação
Ampla autonomia no e discussão sobre as
exercício da profissão, possibilidades e
não sendo obrigado a consequências das situações
prestar serviços apresentadas, respeitando
profissionais democraticamente as
incompatíveis com as decisões dos usuários,
suas atribuições, cargos mesmo que sejam contrárias
ou funções. aos valores e às crenças
individuais dos profissionais;
Dispor de condições de
trabalho dignas, seja em Democratizar as informações
entidade pública ou e o acesso aos programas
privada, de forma a disponíveis no espaço
garantir a qualidade do institucional, como um dos
exercício profissional; mecanismos indispensáveis à
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participação dos usuários;


Manter sigilo
profissional para Contribuir para a criação de
proteger o usuário em mecanismos que venham
tudo aquilo que o desburocratizar a relação
Assistente Social tome com os usuários, no sentido
conhecimento, como de agilizar e melhorar os
decorrência do exercício serviços prestados;
da atividade
profissional. Empenhar-se na viabilização
dos direitos sociais dos
usuários, através dos
programas e políticas sociais;

Denunciar, no exercício da
profissão, às entidades de
organização da categoria, às
autoridades e aos órgãos
competentes, casos de
violação da Constituição
Federal e dos Direitos
Humanos, quanto a:
corrupção, maus tratos,
torturas, ausência de
condições mínimas de
sobrevivência, discriminação,
preconceito, abuso de
autoridade individual e
institucional, qualquer forma
de agressão ou falta de
respeito à integridade física,
social e mental do cidadão;

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Respeitar a autonomia dos


movimentos populares e das
organizações dos
trabalhadores.

Fonte: http://www.cress-ce.org.br/institucional/assistente-social

Ano: 2015 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de Itapipoca– CE Prova: Técnico


de Nível Superior - Assistente Social

84- Baseado no Código de Ética de Assistente Social,associe a coluna B pela


coluna A.

COLUNA A
I. É dever do assistente social
II. É vedado ao assistente social.
III. Constitui direito do assistente social.
IV. É um dos princípios fundamentais.
V.Compete ao Conselho Federal de Serviço Social.

COLUNA B
( ) Substituir profissional que tenha sido exonerado por defender os
princípios da ética profissional, enquanto perdurar o motivo da exoneração,
demissão ou transferência.
( ) Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do
autoritarismo.
( ) Participação na elaboração e no gerenciamento das políticas sociais e na
formulação e implementação de programas sociais.
( ) Introduzir alteração no Código, através de uma ampla participação da
categoria, num processo desenvolvido em ação conjunta com os Conselhos
Regionais.
( ) Participar de programas de socorro à população em situação de
calamidade pública, no atendimento e defesa de seus interesses e necessidades.

Marque a opção que indica a sequência CORRETA.


a) II – III – V – I – IV.
b) III – II – I – V – IV.
c) II – IV – I – III – V.

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d) I – III – V – II – IV.
e) II – IV – III – V – I.

Gabarito: E

Justificativa:

Essa questão é muito apropriada para apreendermos os títulos da coluna A do


Código de ética do Assistente Social:

I. É dever do assistente social – Participar de programas de socorro à população


em situação de calamidade pública, no atendimento e defesa de seus interesses
e necessidades.
II. É vedado ao assistente social – Substituir profissional que tenha sido
exonerado por defender os princípios da ética profissional, enquanto perdurar
o motivo da exoneração, demissão ou transferência.
III. Constitui direito do assistente social – Participação na elaboração e no
gerenciamento das políticas sociais e na formulação e implementação de
programas sociais.
IV. É um dos princípios fundamentais - Defesa intransigente dos direitos
humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo.
V - Compete ao Conselho Federal de Serviço Social - Introduzir alteração no
Código, através de uma ampla participação da categoria, num processo
desenvolvido em ação conjunta com os Conselhos Regionais.

Fonte: Código de Ética do Assistente Social


Disponível em: http://www.cfess.org.br/arquivos/CEP_CFESS-SITE.pdf

Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

85 -Em suas relações com os usuários, os assistentes sociais têm o


dever de

1 – Fornecer relações relativas ao trabalho desenvolvido pelo


Serviço Social, resguardado, no entanto, o sigilo profissional
2 – Devolver as informações obtidas em pesquisas, objetivando
fortalecer os interesses dos usuários

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3 – Contribuir para viabilizar a participação efetiva da população


usuária nas decisões institucionais
4 – Democratizar o acesso aos programas existentes no espaço
institucional
5 – Respeitar as decisões dos usuários, mesmo que sejam contrárias
aos valores e às crenças individuais dos profissionais
Estão corretas:
a) 1, 2, 3, 4 e 5.
b) 2 e 4 apenas.
c) 1, 3 e 5 apenas.
d) 2 e 4 apenas.

Gabarito: A

Justificativa:

Art. 5º - São deveres do assistente social nas suas relações com os usuários:
a) Contribuir para a viabilização da participação efetiva da população usuária nas
decisões institucionais;
b) Garantir a plena informação e discussão sobre as possibilidades e
consequências das situações apresentadas, respeitando democraticamente as
decisões dos usuários, mesmo que sejam contrárias aos valores e às crenças
individuais dos profissionais, resguardados os princípios deste Código;
c) Democratizar as informações e o acesso aos programas disponíveis no espaço
institucional, como um dos mecanismos indispensáveis à participação dos
usuários;
d) Devolver as informações colhidas nos estudos e pesquisas aos usuários, no
sentido de que estes possam usá-los para o fortalecimento dos seus
interesses;
e) informar à população usuária sobre a utilização de materiais de registro
audiovisual e pesquisas a elas referentes e a forma de sistematização dos
dados obtidos;
f) fornecer à população usuária, quando solicitado, informações concernentes
ao trabalho desenvolvido pelo Serviço Social e as suas conclusões,
resguardado o sigilo profissional;
g) Contribuir para a criação de mecanismos que venham desburocratizar a
relação com os usuários, no sentido de agilizar e melhorar os serviços
prestados;

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h) Esclarecer aos usuários, ao iniciar o trabalho, sobre os objetivos e a amplitude


de sua atuação profissional.

Art. 6º - É vedado ao assistente social:


a) Exercer sua autoridade de maneira a limitar ou cercear o direito do usuário de
participar e decidir livremente sobre seus interesses;
b) Aproveitar-se de situações decorrentes da relação assistente social - usuário,
para obter vantagens pessoais ou para terceiros;
c) Bloquear o acesso dos usuários aos serviços oferecidos pelas instituições,
através de atitudes que venham coagir e/ou desrespeitar aqueles que buscam
o atendimento de seus direitos.

Fonte: Código de Ética do Assistente Social -


http://www.cfess.org.br/arquivos/CEP_CFESSSITE.pdf

Ano: 2015 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de Itapipoca– CE Prova: Técnico


de Nível Superior - Assistente Social

86 - Segundo o Código de Ética da Profissão, analise as afirmativas a


seguir e assinale (V) para as VERDADEIRAS e(F) para as FALSAS.

( ) Constituem deveres do assistente social nas relações com as instituições


empregadoras e outras: integrar comissões interdisciplinares de ética nos locais
de trabalho do profissional, tanto no que se refere à avaliação da conduta
profissional, como em relação às decisões quanto às políticas institucionais.
( ) Constituem direitos do assistente social nas relações com entidades da
categoria e demais organizações da sociedade civil: participar em sociedades
científicas e em entidades representativas e de organização da categoria que
tenham por finalidade, respectivamente, a produção de conhecimento, a
defesa e a fiscalização do exercício profissional.
( ) É vedado ao assistente social nas relações com assistentes sociais e
outros profissionais: ser conivente com falhas éticas de acordo com os
princípios desse Código e com erros técnicos praticados por assistente social e
qualquer outro profissional.
( ) O sigilo protegerá, até certo ponto, o usuário em tudo aquilo de que o
assistente social tome conhecimento no exercício das atividades profissionais e
pessoais.
( ) São deveres do assistente social nas suas relações com os usuários: garantir
a plena informação e discussão sobre as possibilidades e consequências das
situações apresentadas, respeitando democraticamente as decisões dos

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usuários, mesmo que sejam contrárias aos valores e às crenças individuais


dos profissionais, resguardados os princípios desse Código.

Marque a opção que apresenta a sequência CORRETA.


a) F – V – V – F – V.
b) V – F – V – F – V.
c) F – V – F – V – F.
d) V – F – F – V – F.
e) F – F – V – V – F.

Gabarito: A

Justificativa:

DAS RELAÇÕES COM AS INSTITUIÇÕES EMPREGADORAS E OUTRAS

Art. 7º Constituem direitos do/a assistente social:


a dispor de condições de trabalho condignas, seja em entidade pública ou
privada, de forma a garantir a qualidade do exercício profissional;
b- ter livre acesso à população usuária;
c- ter acesso a informações institucionais que se relacionem aos programas e
políticas sociais e sejam necessárias ao pleno exercício das atribuições
profissionais;
d- integrar comissões interdisciplinares de ética nos locais de trabalho do/a
profissional, tanto no que se refere à avaliação da conduta profissional, como em
relação às decisões quanto às políticas institucionais.

Do Sigilo Profissional
Art. 15 - Constitui direito do/a assistente social manter o sigilo profissional. Art.
16 - O sigilo protegerá o/a usuário/a em tudo aquilo de que o/a assistente social
tome conhecimento, como decorrência do exercício da atividade profissional.
Parágrafo único: Em trabalho multidisciplinar só poderão ser prestadas
informações dentro dos limites do estritamente necessário.
Art. 17 - É vedado ao/à assistente social revelar sigilo profissional.
Art. 18 - A quebra do sigilo só é admissível quando se tratarem de situações
cuja gravidade possa, envolvendo ou não fato delituoso, trazer prejuízo aos
interesses do/a usuário/a, de terceiros/as e da coletividade. Código de Ética.
Parágrafo único A revelação será feita dentro do estritamente necessário,
quer em relação ao assunto revelado, quer ao grau e número de pessoas que
dele devam tomar conhecimento.

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Quanto aos itens certos, verificamos nas relações com os usuários; Vejamos:
TÍTULO III
DAS RELAÇÕES PROFISSIONAIS
CAPÍTULO I
Das Relações com os/as Usuários/as

Art. 5º São deveres do/a assistente social nas suas relações com os/as
usuários/as:
a- contribuir para a viabilização da participação efetiva da população
usuária nas decisões institucionais;
b- garantir a plena informação e discussão sobre as possibilidades e
consequências das situações apresentadas, respeitando democraticamente
as decisões dos/as usuários/as, mesmo que sejam contrárias aos valores e às
crenças individuais dos/as profissionais, resguardados os princípios deste
Código;
c- democratizar as informações e o acesso aos programas disponíveis no
espaço institucional, como um dos mecanismos indispensáveis à
participação dos/as usuários/as;
d- devolver as informações colhidas nos estudos e pesquisas aos/às
usuários/as, no sentido de que estes possam usá-los para o fortalecimento
dos seus interesses;
e- informar à população usuária sobre a utilização de materiais de registro
audiovisual e pesquisas a elas referentes e a forma de sistematização dos
dados obtidos;
f-fornecer à população usuária, quando solicitado, informações
concernentes ao trabalho desenvolvido pelo Serviço Social e as suas
conclusões, resguardado o sigilo profissional;
g- contribuir para a criação de mecanismos que venham desburocratizar a
relação com os/as usuários/as, no sentido de agilizar e melhorar os serviços
prestados;
h- esclarecer aos/às usuários/as, ao iniciar o trabalho, sobre os objetivos e a
amplitude de sua atuação profissional.
Art. 6º É vedado ao/à assistente social:
a- exercer sua autoridade de maneira a limitar ou cercear o direito do/a
usuário/a de participar e decidir livremente sobre seus interesses;
b- aproveitar-se de situações decorrentes da relação assistente social-
usuário/a, para obter vantagens pessoais ou para terceiros;
c- bloquear o acesso dos/as usuários/as aos serviços oferecidos pelas
instituições, através de atitudes que venham coagir e/ou desrespeitar
aqueles que buscam o atendimento de seus direitos.
Fonte: Código de Ética do Assistente Social
Disponível em: http://www.cfess.org.br/arquivos/CEP_CFESS-SITE.pdf

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Ano: 2015 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de Itapipoca– CE Prova: Técnico


de Nível Superior - Assistente Social

87- Baseado na Lei 8.662 de 07/06/1993, associe a coluna Bpela coluna A.


COLUNA A
I. Compete ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS).
II. Constituem Competências do assistente social.
III. Compete ao Conselho Regional de Serviço Social (CRESS).
IV. Constituem atribuições privativas do assistente social.
V.Compete às unidades de ensino.

COLUNA B
( ) Elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que
sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com participação da sociedade
civil.
( ) Aprovar os regimentos Internos dos CRESS no fórum máximo de
deliberação do conjunto CFESS/CRESS.
( ) Ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira
em órgãos e entidades representativas da categoria profissional.
( ) Expedir carteiras profissionais de assistentes sociais, fixando a respectiva
taxa.
( ) Credenciar e comunicar aos Conselhos Regionais de sua jurisdição os campos
de estágio de seus alunos e designar os assistentes sociais responsáveis por sua
supervisão.

Marque a opção que indica a sequência CORRETA.


a)I – III – V – II – IV.
b)II – III – I – IV – V.
c)II – I – IV – III – V.
d)V – III – IV – I – II.
e)III – I – V – II – IV.

Gabarito: C

Justificativa:

Essa questão cobrou além de contribuições e competências profissionais dos


assistentes sociais, competências do CFESS e dos CRES. Ótima questão pra
estudar esses órgãos de fiscalização do Serviço Social. E relacionando as colunas
temos:

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I. Compete ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) - Aprovaros


regimentos Internos dos CRESS no fórum máximo de deliberação do conjunto
CFESS/CRESS;
II. Constituem Competências do assistente social - Elaborar, coordenar, executar
e avaliar planos, programase projetos que sejam do âmbito de atuação do Serviço
Social com participação da sociedade civil;
III. Compete ao Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) - Expedircarteiras
profissionais de assistentes sociais, fixando a respectiva taxa;
IV. Constituem atribuições privativas do assistente social - Ocuparcargos e
funções de direção e fiscalização da gestão financeira em órgãos e entidades
representativas da categoria profissional;
V.Compete às unidades de ensino - Credenciar e comunicar aos Conselhos
Regionais de sua jurisdição os campos de estágio de seus alunos e designar os
assistentes sociais responsáveis por sua supervisão.

Fonte: Código de Ética do Assistente Social


Disponível em: http://www.cfess.org.br/arquivos/CEP_CFESS-SITE.pdf

Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

88-Na atualidade, um desafio para o projeto ético-político do Serviço


Social tem sido o fortalecimento do controle social. A atuação do Serviço
Social assume importância nestes espaços públicos de afirmação de direitos
e fortalecimento da democracia. Nesse sentido, assinale a alternativa
correta quanto à conceituação de controle social à luz de Gramsci.

a) Mecanismos que estabelecem a ordem social, disciplinando a sociedade


e submetendo os indivíduos a determinados padrões sociais e princípios
morais.
b) Pode ser concebido em sentidos diferentes a partir de concepções de Estado
e de sociedade civil distintas, de modo que significa participação social nas
políticas públicas.
c) Acontece na disputa entre essas classes pela hegemonia na sociedade civil e
no Estado, pois não existe uma oposição entre Estado e sociedade civil, mas um
a relação orgânica, sendo a oposição real aquela entre as classes sociais.
d) Tanto é empregado para designar o controle do Estado sobre a sociedade
quanto para designar o controle da sociedade (ou de setores organizados na
sociedade) sobre as ações do Estado.

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De forma geral Controle Social é empregado para designar os mecanismos que


estabelecem a ordem social disciplinando a sociedade e submetendo os
indivíduos a determinados padrões sociais e princípios morais. Que vem a ser,
conjunto de métodos pelos quais a sociedade influencia o comportamento
humano, tendo em vista manter determinada ordem. Seria o direito e as leis.

Gabarito: C

Justificativa:

Na Teoria Política, o significado de controle social é ambíguo, podendo ser


concebido em sentidos diferentes a partir de concepções de Estado e de
sociedade civil distintas. Tanto é empregado para designar o controle do Estado
sobre a sociedade quanto para designar o controle da sociedade (ou de setores
organizados na sociedade) sobre as ações do Estado (CORREIA, 2009, p. 104).

O significado de “controle social‟ que é ambíguo, podendo ser concebido em


sentidos diferentes a partir de concepções de Estado e de sociedade civil
distintas. Tanto é empregado para designar o controle do Estado sobre a
sociedade quanto para designar o controle da sociedade (ou de setores
organizados na sociedade) sobre as ações do Estado é o que chamamos de
integração entre Instituição Pública e Cidadania.

Para Gramsci não existe uma oposição entre Estado e sociedade civil, mas uma
relação orgânica, pois a oposição real se dá entre as classes sociais, o controle
social acontece na disputa entre essas classes pela hegemonia na sociedade civil
e no Estado. Somente a devida análise da correlação de forças entre as mesmas,
em cada momento histórico, é que vai avaliar que classe é que classe obtém o
controle social sobre o conjunto da sociedade.

O controle social envolve a capacidade que as classes subalternas, em luta na


sociedade civil, têm para interferir na gestão pública, orientando as ações do
Estado e os gastos estatais na direção dos interesses destas classes, tendo em
vista a construção de sua hegemonia.

Fonte: Seguridade Social e Saúde: Tendências e Desafios.


http://static.scielo.org/scielobooks/zw25x/pdf/davi-9788578791933.pdf

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Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE


Provas: Seleção Pública para a contratação por tempo determinado
de profissionais

89- Para o Serviço Social, apesar da tentativa de romper com o


conservadorismo da profissão durante o Movimento de Reconceituação,
essa ruptura só se efetivou nos anos 80. Assinale a alternativa correta quanto
aos fatores determinantes para tal ruptura.

a) Amadurecimento profissional através do reconhecimento da profissão


como área de produção de conhecimento, embora, na sua totalidade,
não tenha abandonado as interpretações e o engajamento com os
movimentos sociais.
b) Incorporação de teorias e metodologias compatíveis com a ruptura do
conservadorismo, a partir da utilização de vertentes críticas estruturalistas,
com destaque para a produção marxista de Louis Althusser.
c) A maioridade intelectual e profissional dos assistentes sociais, para a sua
cidadania acadêmica e política, a inserção da categoria profissional nas
lutas mais amplas pela conquista e aprofundamento da democratização e
da vida social: do Estado e da sociedade no país, no horizonte da política
e da economia.
d) A gênese e a consolidação do projeto ético–político do Serviço Social,
amarrando seus compromissos aos das classes trabalhadoras, como uma
carta de princípios e de compromissos ideopolíticos, para além de
sua dimensão prática normativa.

Gabarito: C

Justificativa:

Sob a influência das críticas operadas no bojo do Movimento de Reconceituação


Latino Americano e da aproximação com o marxismo, origina-se uma nova ética
profissional com novos rumos e direcionamentos, construindo assim uma nova
moralidade pautada na participação política e no trabalho com movimentos
populares.
Além do engajamento político junto aos movimentos sociais democráticos,
o Serviço Social começa a estudar e produzir uma literatura crítica, voltada
à busca de compreensão do significado da profissão, participa do debate e
das entidades latino-americanas, busca elementos para a superação crítica
dos equívocos, questiona as teorias tradicionais, denuncia a neutralidade
profissional e anuncia seu compromisso com as classes trabalhadoras.

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Movendo-se pela intenção de ruptura e acreditando na liberdade, uma parcela


de profissionais que optou por encontrar novas bases de legitimação para o
Serviço Social, resiste à ditadura fazendo escolhas pautadas em valores
emancipatórios num momento de repressão e hegemonia conservadora na
profissão. (BARROCO, 2008).
Far-se-á necessidade de ressaltar que segundo Barroco, as circunstâncias nas
quais ocorreram as primeiras aproximações com o marxismo fragilizam a
possibilidade de uma aproximação ontológica do pensamento de Marx. Para isso,
contribui a forte influência de Althusser nos meios acadêmicos, o que se explica
no contexto da ditadura, em que ocorre uma adequação entre o discurso
científico-neopositivista e os limites dados pela censura e pelo esvaziamento
político da universidade. (NETTO, 1991 apud BARROCO, 2008, p.152-153).
Para BARROCO ( 2007) o ideário oriundo de Althusser apresenta perspectiva
estruturalista e tendência positivista, despojada do humanismo e da
ideologia, que poderia mais ser qualificado como um anti-humanismo
marxista.Foi uma contribuição permeada pelo ecletismo teórico, uma
Ideologização em detrimento teórico-metodológico e tomada simplificada
do referencial marxista.
Não há dúvidas de que o projeto ético-político do Serviço Social brasileiro
está vinculado a um projeto de transformação da sociedade. Esta vinculação
se dá pela própria exigência que a dimensão política da intervenção profissional8
impõe. Ao atuarmos no movimento contraditório das classes, acabamos por
imprimir uma direção social às nossas ações profissionais que favorecem a um
ou a outro projeto societário.
Nas diversas e variadas ações que efetuamos como plantões de atendimento,
salas de espera, processos de supervisão e/ou planejamento de serviços sociais,
das ações mais simples às intervenções mais complexas do cotidiano profissional,
nelas mesmas, embutimos determinada direção social entrelaçada por uma
valoração ética específica.
As demandas (de classes, mescladas por várias outras mediações presentes nas
relações sociais) que se apresentam a nós, encobrem seus reais determinantes e
as necessidades sociais que portam. Tendo consciência ou não, interpretando ou
não as demandas de classes e suas necessidades sociais que chegam até nós em
nosso cotidiano profissional, dirigimos nossas ações favorecendo interesses
sociais distintos e contraditórios.
“Nosso projeto ético-político é bem claro e explícito quanto aos seus
compromissos. Ele tem em seu núcleo o reconhecimento da liberdade como
valor ético central – a liberdade concebida historicamente, como
possibilidade de escolher entre alternativas concretas; daí um compromisso
com a autonomia, a emancipação e a plena expansão dos indivíduos sociais.
Consequentemente, o projeto profissional vincula-se a um projeto societário

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que propõe a construção de uma nova ordem social, sem dominação e/ou
exploração de classe, etnia e gênero”. (Netto, 1999: 104-5; grifos originais).
Já a gênese do Serviço Social, segundo Netto, está vinculada à emergência da
“questão social”, esta conceituada como o conjunto de problemas políticos,
sociais e econômicos que reclamados pela classe operária no curso da
consolidação do capitalismo; portanto a “questão social” está atrelada aos
conflitos da relação capital/trabalho (Netto, 1992, p.13).
Segundo o autor, sem esse entendimento histórico-social contextualizado, a
gênese do Serviço Social, enquanto profissão pode ser falsamente identificada
como resultado do status “sócio-ocupacional das condutas filantrópicas e
assistencialistas que convencionalmente se consideram as suas protoformas”
(Netto, 1992, p.14)
Entretanto Netto ressalta que a gênese do Serviço Social não se esgota apenas
com a emergência da “questão social” se tomada abstratamente, mas
especificamente ao momento histórico do capitalismo: a idade do monopólio, “as
conexões genéticas do Serviço Social profissional não se entretecem com a
‘questão social’, mas com suas peculiaridades no âmbito da sociedade burguesa
fundada na organização monopólica” (Netto, 1992, p.14).
Fonte: Teoria Sociale o projetoético-político do Serviço Social
http://www.uff.br/iacr/ArtigosPDF/14T.pdf
Notas sobre o Projeto ético-político do Serviço Social- Marcelo Braz Moraes dos Reis -
http://www.funorte.com.br/files/servico-social/29.pdf
O Serviço Social na sociedade capitalista. http://www.ebah.com.br/content/
ABAAAAoUwAG/servico-social-na-sociedade-capitalista#

Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE


Provas: Seleção Pública para a contratação por tempo determinado
de profissionais

90- Quanto ao projeto ético-político profissional do Serviço Social, é


correto afirmar:

a) O projeto ético-político profissional está basicamente materializado em


três pilares: o Código de Ética de 1993, a Lei 8.662/93 que versa sobre a
regulamentação da profissão e as Diretrizes Curriculares dos cursos
de Serviço Social de 1996. No entanto, apresenta princípios que não
podem ser efetivados concretamente e que o fazer profissional não
permite que sejam contemplados.
b) Passou a constituir a direção hegemônica nas dimensões da formação
profissional, produção intelectual e organização política, por meio de
uma prática profissional mais crítica que imprimiu a mesma força, no

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âmbito da prática interventiva propriamente dita, dimensão esta que


sintetiza as demais na implementação de respostas profissionais diante
das requisições colocadas pelas classes sociais.
c) Apresenta a autoimagem da profissão, elegendo os valores que a
legitimam socialmente, delimita e prioriza os seus objetivos e funções,
formula requisitos (teórico, institucionais e práticos) para o seu exercício,
se efetiva integralmente na realidade e prescreve normas para o
comportamento dos profissionais.
d) A sua afirmação depende, não exclusivamente, tanto das respostas
políticas que as vanguardas profissionais darão aos desafios atuais, no
âmbito do exercício profissional e no campo da formação, onde se
destaca a ampliação dos cursos privados e do ensino a distância em
graduação sem qualidade, quanto das ações dos profissionais nas
diversas áreas de atuação, a partir de intervenções qualificadas, éticas
e socialmente comprometidas.

Gabarito: D

Justificativa:

O projeto ético-político é hegemônico, ou seja, alçou aceitação e legitimação pela


maioria da categoria profissional, concretizada nas dimensões que o constituem
e lhe dão materialidade. No entanto, isto pressupõe que o mesmo não seja
calcado sobre um ponto de vista homogêneo, pois como aponta Netto (1999) a
categoria profissional é uma unidade de elementos diversos constituída por
projetos individuais e societários distintos, por isso ela é permeada por tensões e
conflitos, o que não exclui a afirmação de um projeto profissional em seu interior
e uma direção social hegemônica.
Da caracterização de projeto profissional acima apresentada, infere-se que
ele envolve uma série de componentes distintos: uma imagem ideal da
profissão, os valores que a legitimam, sua função social e seus objetivos,
conhecimentos teóricos, saberes interventivos, normas, práticas etc. São
várias, portanto, as dimensões de um projeto profissional, que deve articulá-las
coerentemente.
É neste processo que foram ressignificadas modalidades prático-
interventivas tradicionais e emergindo novas áreas e campos de
intervenção, com o que se veio configurando, numa dinâmica que está em
curso até hoje, um alargamento da prática profissional, crescentemente
legitimado seja pela produção de conhecimentos que a partir dela se elaboram,
seja pelo reconhecimento do exercício profissional por parte dos usuários.

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Diante da contemporaneidade, tão dura e adversa, não é incomum encontrar


profissionais (tanto os que atuam na prática profissional, quanto aqueles
ligados às unidades de ensino) que sustentam a ―inviabilidade‖ do projeto
ético político. Em geral, argumentam que o projeto apresenta princípios
que não podem ser
efetivados concretamente e que o fazer profissional não permite que sejam
contemplados. Na da mais falso! Só uma visão pobre de análises pode
sustentar tais argumentos. Mesmo diante das adversidades (e até mesmo
contra elas!) é que devemos reafirmar nosso projeto ético-político, pois
ele fornece os insumos para enfrentar as dificuldades profissionais a
partir dos compromissos coletivamente construídos pela categoria. Parece
óbvio que a real idade atual não nos é favorável, e para isso precisamos enfrenta-
la com competência profissional e conscientes do significado político profissional
de nossa atuação.
Embora constitua a direção hegemônica nas dimensões da formação
profissional, produção intelectual e organização política, [uma prática
profissional mais critica] ainda não se imprimiu com a mesma força, em
relação à prática interventiva propriamente dita, dimensão esta que
sintetiza as demais na implementação de respostas profissionais diante das
requisições colocadas pelas classes sociais. (CARDOSO e MACIEL, 2000, p. 141).
Segundo Netto (1999a), os projetos profissionais são projetos coletivos
diretamente ligados a profissões que possuem uma regulamentação jurídica e
uma formação teóricometodológica e técnico-interventiva. Eles são construídos
pela categoria profissional – ou por parte representativa dela – envolvendo os
profissionais que encontram-se na prática, o corpo docente, os estudantes, as
instituições formativas, os organismos corporativos, acadêmicos sindicais, entre
outros. Os projetos profissionais apresentam a auto-imagem de uma
profissão, elegem os valores que a legitimam socialmente, delimitam e
priorizam seus objetivos e funções, formulam os requisitos (teóricos,
práticos e institucionais) para o seu exercício, prescrevem normas para o
comportamento dos profissionais e estabelecem as bases das suas relações
com os usuários de seus serviços, com as outras profissões e com as
organizações e instituições sociais privadas e públicas (inclusive o Estado, a
que cabe o reconhecimento jurídico dos estatutos profissionais) (NETTO,
1999a, p. 04).
A formação profissional dos assistentes sociais brasileiros, desde
meados da década de 1990, dispõe de um projeto pedagógico que
contempla um conjunto de valores e diretrizes, que lhe dão a direção
estratégica e contempla um determinado perfil de profissional. Como
resultado das transformações sociais que se traduzem nas
particularidades da profissão, bem como do investimento feito pelas
entidades da categoria, no sentido da formação de uma massa crítica,
o referido projeto estabelece ―as dimensões investigativa e

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interventiva como princípio formativo e condição central da


formação profissional e da relação teoria e realidade‖ (ABESS, 1997,
p. 61).
Fonte: A Construção do Projeto Ético-Político do Serviço Social - Por José Paulo
Netto. O projeto ético-político do Serviço Social - Joaquina Barata Teixeira;
Marcelo Braz. O Projeto Ético-Político é hegemônico e não homogêneo:
reflexões sobre sua hegemonia na categoria profissional a partir do XIII CBAS -
Thaisa Silva Martins. Espaços públicos e Serviço Social: um desafio ao projeto
ético-político -Angela Vieira Neves . Teoria e prática no Serviço Social: Uma
reflexão sobre a identidade profissional do Assistente Social e os desafios
contemporâneos - Nilvania Alves Gomes; Camila Adriana Silva Diniz; A
dimensão investigativa no exercício profissional - Yolanda Guerra

Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da Saúde.

91- No âmbito municipal, a atuação do assistente social, em diferentes


programas, muitas vezes envolve a família. Nesses programas, os
profissionais nem sempre percebem que mobilizam diversas formas de se
conhecer a família e suas relações com outras esferas da sociedade, como
Estado, trabalho, mercado. A tendência atual do trabalho com famílias,
segundo Regina Mioto, privilegia:

1 – Uma concepção de totalidade, pela qual os problemas e as soluções


não podem ser vistos de forma isolada, nem contidos numa única área
específica, saúde, habitação ou educação;
2 – A questão da sustentabilidade das famílias, para que possam se
constituir em espaços de cuidado, proteção e referência social;
3 – O cuidado setorizado e pontual, procurando responder apenas à
necessidade imediata apresentada como demanda ao Serviço Social;
4 – Reestruturação dos núcleos familiares problemáticos mediante sua
inserção em programas de geração de emprego e renda.
Estão corretas:

a) 2e4
b) 1,3 e 4
c) 2e3
d) 1e2

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Gabarito: D

Justificativa:

Assim, o assistente social passa a desvincular a satisfação das necessidades


sociais à competência ou incompetência individual/das famílias. Ou seja,
compreendendo os processos familiares como uma construção singular,
arquitetada na família, no entrecruzamento das múltiplas relações, que
condicionam e definem a dinâmica familiar. Essa compreensão de processos
familiares permite em primeiro lugar desvincular-se da ideia de uma dinâmica
familiar reduzida à compreensão das relações de afeto e cuidado no interior da
família. Ou seja, o desafio é buscar como essa dinâmica é definida pela
multiplicidade de fatores que incide sobre ela e, portanto, exige uma análise
aprofundada entre a estrutura de proteção que as famílias apresentam e a
estrutura necessária para que elas possam fazer frente às suas necessidades
nos diferentes momentos e situações de vida. Adota-se como carro chefe
para o conhecimento das famílias, a categoria das necessidades humanas e
a sua estrutura de cuidado e proteção, ao invés do inventário e história de
seus problemas e dificuldades. Enfim, entende que a responsabilidade da
proteção social não está restrita às famílias e, portanto, a solução dos mesmos
extrapola as suas possibilidades individuais. Condiciona a proteção social,
exercida pela família, ao acesso à renda e ao usufruto de bens e serviços de
caráter universal e de qualidade.

No tocante a direcionalidade da ação profissional, como já foi afirmado, há a


exigência que ela seja pensada na sua teleologia. Para além de sua eficiência
operativa ou de sua instrumentalidade. Portanto, há necessidade de incorporar a
ela o compromisso ético com a transformação social, que nesse contexto sócio-
histórico se traduz em conquista e garantia de direitos. Essa perspectiva implica
que, ao reconhecer que as famílias apresentam demandas que extrapolam
as suas possibilidades de repostas e essas se encontram também fora delas,
a ação profissional não pode direcionar-se apenas as famílias enquanto
sujeitos singulares. Isso implica no redimensionamento da intervenção
profissional, a partir da perspectiva da integralidade das ações articuladas
em diferentes níveis. Esses níveis seriam: proposição, articulação e avaliação
de políticas sociais, organização e a articulação de serviços e atendimento a
situações singulares (MIOTO, 2000).

A avaliação e proposição de políticas públicas consiste em estabelecer


mecanismos de sistematização e estudo de informações sobre as famílias em,
basicamente, dois aspectos. O primeiro vincula-se às necessidades das famílias

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que podem ser identificadas nas unidades de serviços, através das demandas de
seus usuários. O segundo, sobre elementos que possam subsidiar a avaliação dos
impactos que as políticas públicas têm no cotidiano da vida das famílias.

Fonte: Família, trabalho com famílias e Serviço Social – Regina Célia Mioto -
http://unesav.com.br/ckfinder/userfiles/files/trabalho-com-familia-e-servico-social.pdf
Trabalho com Famílias: um desafio para os Assistentes Sociais - Regina Célia Mioto –
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fass/article/viewFile/979/5119

Ano: 2015 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de Carnaubal– CE


Prova: Técnico de Nível Superior - Assistente Social

92 - No que compete ao Estatuto da Criança e adolescente, assinale a


alternativa INCORRETA.

a) Nos casos expressos em lei, aplica-se, excepcionalmente, este Estatuto às


pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
b) Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.
c) Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido
na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos
fundamentais.
d) Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela
se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres coletivos, e a
condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em
desenvolvimento.
e) É assegurado à gestante, através do Sistema Único de Saúde, o atendimento
pré e perinatal.

Gabarito: D

Justificativa:
Mais uma vez encontramos o item errado não por ele conter alguma incoerência,
mas por estar incompleto e, o tornando exatamente onde falta à palavra um
limitador, uma generalização ou exclusão. No caso, o ECA considera não só os
direitos sociais mas também os individuais de crianças e adolescentes. Vejamos:
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela
se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e
coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em
desenvolvimento.

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Fonte: LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069Compilado.htm

Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da
SETRA.

93 -. Quanto ao Direito à Convivência Familiar e Comunitária de crianças


e adolescentes previsto no ECA- Estatuto da Criança e adolescente , é correto
afirmar;

a) Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da


sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a
convivência familiar e comunitária em ambiente livre da presença de
pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.
b) A manutenção ou reintegração de criança ou adolescente à sua família
terá preferência em relação a qualquer outra providência, pois a família é
um núcleo protetivo, naturalmente determinada que desempenha a
função da socialização primária dos seus membros para o convívio
comunitário.
c) O poder familiar será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela
mãe, que conformam uma família como unidade econômica, referência de
cálculo de rendimento per capita.
d) A família substituta, segundo o ECA, deve guardar as características de
unidade residencial que funciona como núcleo afetivo, vinculado por laços
de preferência consanguíneos, que circunscrevem obrigações recíprocas e
mútuas, organizadas em torno de relações de geração e de gênero.

Gabarito: A

Justificativa:

É na família que ocorrem os primeiros contatos dos menores de idade com a


sociedade. O direito de ser criado pela família natural, inerente a todo ser humano
e corolário do princípio da dignidade da pessoa humana, estampado no art. 1º,
inciso III da Constituição Federal, é aquele que lhe dá a garantia de convivência e
educação pelos seus próprios pais. Ainda com base no princípio da proteção
integral, expresso no art. 1º do ECA, é direito fundamental das crianças e dos
adolescentes serem criados no seio de sua família e, excepcionalmente, em

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família substituta, exclusivamente quando tal medida for essencial à proteção do


menor.
Quando não for possível a convivência com sua família natural, o menor poderá
ser inserido em família substituta, como tal considerada aquela que supre os
anseios do menor de idade, sejam materiais, educacionais, ou afetivos, atuando
como se natural fosse, quando o convívio na família natural expõe o infante a
inevitável situação de risco, não sendo eficaz a aplicação de qualquer outra das
medidas elencadas no art. 101 do ECA.
Nesse sentido, Ishida leciona: “(...) verificada a impossibilidade de reintegração
familiar e o prolongamento do abrigamento, procede-se à colocação em família
substituta‖. Contudo, a família não é naturalmente determinada mas ela é
umas construção histórica dependente do tempo e do local que é formada
e de tantas outras questões.
Art. 21. O poder familiar será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e
pela mãe, na forma do que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer
deles o direito de, em caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária
competente para a solução da divergência.
Considerando as transformações ocorridas, Szymanski (2007) refere que as
famílias, em seus próprios ambientes, instituem tipos de organização e dinâmicas
de acordo com a realidade em que vivem e, em decorrência, pelas representações
que possuem acerca de sua identidade, de seus valores e de seus ideais. Portanto,
falar em família é falar em diferentes realidades e representações, sonhos e
projetos individuais e coletivos. Assim, constituiu-se como “espaço
indispensável para garantia da sobrevivência de desenvolvimento e da
proteção integral dos filhos e demais membros, independentemente do
arranjo familiar ou da forma como vêm se estruturando” (FERRARI;
KALUSTIAN, 1997, p. 11-12). Nesse sentido, Mioto define família como sendo [...]
um núcleo de pessoas que convivem em um determinado lugar, durante um
lapso de tempo, mais ou menos longo e se acham unidas (ou não) por laços
consanguíneos. É marcada por relações de gênero e, ou de gerações, e está
dialeticamente articulada com a estrutura social na qual está inserida (2000,
p. 217).

Fonte: Politicas Sociais e Desenvolvimento: a interface com o Serviço Social -


https://www.imed.edu.br/Uploads/Ebook_Pol%C3%ADticas_Sociais%20(1).pdf
Plano Nacional de promoção, Proteção e Defesa do direito de Crianças e Adolescentes à
Convivência Familiar e Comunitária –
http://www.sdh.gov.br/assuntos/criancas-e-adolescentes/programas/pdf/plano-nacional-
deconvivencia-familiar-e.pdf

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Ano: 2015 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de Carnaubal– CE


Prova: Técnico de Nível Superior - Assistente Social

94 –Segundo a Lei 8.069 de 13 de julho de 1990, analise as afirmativas a


seguir e assinale (V) para as VERDADEIRAS e (F) para as FALSAS.

( ) É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder


público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária.
( ) Na interpretação dessa Lei, levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela
se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e
coletivos e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas já
desenvolvida.
( ) A criança e o adolescente têm direito à proteção à vida e à saúde, mediante
a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o
desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.
( ) Essa Lei dispõe sobre a proteção parcial à criança e ao adolescente.
( ) O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições
adequadas ao aleitamento materno, exceto aos filhos de mães submetidas
à medida privativa de liberdade.

Marque a opção que indica a sequência CORRETA.


a) F – V – V – V – V.
b) V – V – V – F – V.
c) V – F – F – V – V.
d) F – F – F – V – F.
e) V – F – V – F – F

Gabarito: E

Justificativa:

Em questões que peçam a análise para a identificação de V ou F, geralmente, o


itens errados serão todo coerentes com uma única palavra errada ou uma
expressão. Questão repetida na banca. Então, corrigindo só as erradas. Vejamos:

Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:


a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

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b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;


c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a
proteção à infância e à juventude.
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido
na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos
fundamentais.
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela
se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e
coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em
desenvolvimento.

Título I
Das Disposições Preliminares

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.


Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições
adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a
medida privativa de liberdade.

Fonte: LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm

Ano: 2015 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de são benedito– CE


Prova: Técnico de Nível Superior - Assistente Social

95 - Baseado na Lei 8.069 de 13/07/1990, relacione a Coluna B pela Coluna


A.

COLUNA A
I. O direito à liberdade.
II. O direito ao respeito.
III. Castigo físico.
IV. Guarda.
V.Tratamento cruel ou degradante.

COLUNA B
( ) Ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física
sobre a criança ou o adolescente que resulte em sofrimento físico ou lesão.

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( ) A inclusão da criança ou do adolescente em programas de acolhimento


familiar terá preferência a seu acolhimento institucional, observado, em
qualquer caso, o caráter temporário e excepcional da medida nos termos dessa
Lei.
( ) Opinião e expressão.
( ) Conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao
adolescente que humilhe, ameace gravemente, ou ridicularize.
( ) Consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança
e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da
autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.

Marque a opção que apresenta a sequência CORRETA.


a)II – V – I – IV – III
b)III – IV – I – V – II
c)V – IV – II – III – I
d)I – III – V – II – IV
e)III – V – II – I – IV.

Gabarito: B

Justificativa:

Relacionando as colunas:
I. O direito à liberdade - Opinião e expressão.
II. O direito ao respeito – Consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica
e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da
identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos
pessoais.
III. Castigo físico - Ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o usoda
força física sobre a criança ou o adolescente que resulte em sofrimento físico ou
lesão.
IV - A inclusão da criança ou do adolescente em programas deacolhimento
familiar terá preferência a seu acolhimento institucional, observado, em
qualquer caso, o caráter temporário e excepcional da medida nos termos dessa
Lei.
V - Tratamento cruel ou degradante - Conduta ou forma cruel de tratamento em
relação à criança ou ao adolescente que humilhe, ameace gravemente, ou
ridicularize.

Fonte: LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069Compilado.htm

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Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da
SETRA.

96 - De acordo com o Estatuto da Criança e Adolescentes, no tocante aos


direitos fundamentais do Direito à Vida e à Saúde, é correto afirmar.

a) O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições


adequadas ao aleitamento materno, exceto aos filhos de mães submetidas a
medida privativa de liberdade.
b) O Sistema Único de Saúde promoverá programas de assistência médica e
odontológica para a prevenção das enfermidades que ordinariamente afetam
a população infantil, além de campanhas de educação sanitária para pais,
educadores e alunos.
c) Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou
adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho de Defesa dos
Direitos de crianças e adolescentes da respectiva localidade.
d) As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para
adoção não terão seu pré-natal acompanhado e serão obrigatoriamente
encaminhadas à Vara da Infância e da Juventude.

Gabarito: B

Justificativa:

Essa questão é muito abrangente e sua justificativa ficaria bem ampla. Achamos
melhor indicar a leitura integral do ECA.
Obs: O ECA neste ano de 2016 sofreu algumas mudanças. Então fique atento!

Fonte: LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE

Ano: 2015 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de são benedito– CE


Prova: Técnico de Nível Superior - Assistente Social

97 - O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece os princípios que


devem ser adotados por entidades que desenvolvam programas de
acolhimento familiar ou institucional. Segundo esses princípios, assinale
a alternativa CORRETA.

a) Integração em família substituta quando esgotados os recursos de


manutenção na família natural ou extensa.

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b) Preservação dos vínculos familiares, evitando, porém, a reintegraçãofamiliar.


c) Estimular, sempre que possível, a transferência para outras entidades de
crianças e adolescentes abrigados.
d) Desmembramento de grupos de irmãos.
e) Preparação imediata para o desligamento.

Gabarito: A

Justificativa:

Esta questão é a clássica forma de tornar itens certos em errados mudando uma
única palavra que ou exclui ou amplia ou reduz o significado de um termo.

Art. 92. As entidades que desenvolvam programas de acolhimento familiar ou


institucional deverão adotar os seguintes princípios: (Redação dada pela Lei nº
12.010, de 2009) Vigência
I - preservação dos vínculos familiares e promoção da reintegração
familiar; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
II - integração em família substituta, quando esgotados os recursos de
manutenção na família natural ou extensa; (Redação dada pela Lei nº 12.010,
de 2009) Vigência
III - atendimento personalizado e em pequenos grupos;
IV - desenvolvimento de atividades em regime de co-educação;
V - não desmembramento de grupos de irmãos;
VI - evitar, sempre que possível, a transferência para outras entidades de
crianças e adolescentes abrigados;
VII - participação na vida da comunidade local;
VIII - preparação gradativa para o desligamento;
IX - participação de pessoas da comunidade no processo educativo.
§ 1o O dirigente de entidade que desenvolve programa de acolhimento
institucional é equiparado ao guardião, para todos os efeitos de
direito. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 2o Os dirigentes de entidades que desenvolvem programas de acolhimento
familiar ou institucional remeterão à autoridade judiciária, no máximo a cada 6
(seis) meses, relatório circunstanciado acerca da situação de cada criança ou
adolescente acolhido e sua família, para fins da reavaliação prevista no § 1o do
art. 19 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 3o Os entes federados, por intermédio dos Poderes Executivo e Judiciário,
promoverão conjuntamente a permanente qualificação dos profissionais que
atuam direta ou indiretamente em programas de acolhimento institucional e
destinados à colocação familiar de crianças e adolescentes, incluindo membros

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do Poder Judiciário, Ministério Público e Conselho Tutelar. (Incluído pela Lei


nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 4o Salvo determinação em contrário da autoridade judiciária competente, as
entidades que desenvolvem programas de acolhimento familiar ou institucional,
se necessário com o auxílio do Conselho Tutelar e dos órgãos de assistência
social, estimularão o contato da criança ou adolescente com seus pais e parentes,
em cumprimento ao disposto nos incisos I e VIII do caput deste
artigo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 5o As entidades que desenvolvem programas de acolhimento familiar ou
institucional somente poderão receber recursos públicos se comprovado o
atendimento dos princípios, exigências e finalidades desta Lei. (Incluído pela
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 6o O descumprimento das disposições desta Lei pelo dirigente de entidade
que desenvolva programas de acolhimento familiar ou institucional é causa de
sua destituição, sem prejuízo da apuração de sua responsabilidade
administrativa, civil e criminal. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
§ 7o Quando se tratar de criança de 0 (zero) a 3 (três) anos em acolhimento
institucional, dar-se-á especial atenção à atuação de educadores de referência
estáveis e qualitativamente significativos, às rotinas específicas e ao atendimento
das necessidades básicas, incluindo as de afeto como prioritárias. (Incluído pela
Lei nº 13.257, de 2016)

Fonte: LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069Compilado.htm

Ano: 2015 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de Carnaubal– CE


Prova: Técnico de Nível Superior - Assistente Social

98- Baseado na Lei 8.069 de 13/07/1990, relacione a coluna B pela


coluna A.
COLUNA A

I. A garantia de prioridade.
II. O direito à liberdade.
III. Das Infrações Administrativas
IV. DaProteção Judicial dos Interesses Individuais, Difusos e
Coletivos.
V. Do Advogado.

COLUNA B

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( ) Primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias.


( ) A investigação do desaparecimento de crianças ou adolescentes será
realizada imediatamente após notificação aos órgãos competentes, que deverão
comunicar o fato aos portos, aeroportos, Polícia Rodoviária e companhias de
transporte interestaduais e internacionais, fornecendo-lhes todos os dados
necessários à identificação do desaparecido.
( ) Brincar, praticar esportes e divertir-se.
( ) A criança ou o adolescente, seus pais ou responsável, e qualquer pessoa que
tenha legítimo interesse na solução da lide poderão intervir nos procedimentos
de que trata esta Lei, através de advogado, o qual será intimado para todos
os atos, pessoalmente ou por publicação oficial, respeitado o segredo de justiça.
( ) Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de
atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à
autoridade competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo
suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente:

Marque a opção que apresenta a sequência CORRETA.


a)I – IV – II – V – III
b)III – II – I – V – IV
c)I – II – III – V – IV
d)II – I – III – IV – V
e)IV – V – III – I – II.

Gabarito: A

Justificativa:

Correlacionando as colunas, temos:


A garantia de prioridade - Primazia de receber proteção e socorro em quaisquer
circunstâncias.
O direito à liberdade - Brincar, praticar esportes e divertir-se.
Das Infrações Administrativas - Deixar o médico, professor ou responsável por
estabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou
creche, de comunicar à autoridade competente os casos de que tenha
conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos contra
criança ou adolescente:
Da Proteção Judicial dos Interesses Individuais, Difusos e
Coletivos - A investigação do desaparecimento de crianças ou adolescentes será
realizada imediatamente após notificação aos órgãos competentes, que deverão
comunicar o fato aos portos, aeroportos, Polícia Rodoviária e companhias de

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transporte interestaduais e internacionais, fornecendo-lhes todos os dados


necessários à identificação do desaparecido.
Do Advogado - A criança ou o adolescente, seus pais ou responsável, e qualquer
pessoa que tenha legítimo interesse na solução da lide poderão intervir nos
procedimentos de que trata esta Lei, através de advogado, o qual será
intimado para todos os atos, pessoalmente ou por publicação oficial,
respeitado o segredo de justiça.

Fonte: LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069Compilado.htm

Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção


Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da
SETRA.

99- De acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente é correto afirmar:


a) A guarda é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer
apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou
adolescente na família natural ou extensa.
b) A Tutela poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial
fundamentado, ouvido o Ministério Público.
c) Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem
adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime
de visitas e desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na
constância do período de convivência e que seja comprovada a existência
de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor da guarda
que justifiquem a excepcionalidade da concessão
d) A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos
e deveres, inclusive sucessórios, devendo manter os vínculos com pais e
parentes, afim de não provocar danos no adotado.

Gabarito: C

Justificativa:

Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial
fundamentado, ouvido o Ministério Público.
Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito)
anos incompletos. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

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Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da


perda ou suspensão do poder familiar e implica necessariamente o dever de
guarda. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Art. 37. O tutor nomeado por testamento ou qualquer documento
autêntico, conforme previsto no parágrafo único do art. 1.729 da Lei no 10.406,
de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, deverá, no prazo de 30 (trinta) dias após
a abertura da sucessão, ingressar com pedido destinado ao controle judicial do
ato, observando o procedimento previsto nos arts. 165 a 170 desta Lei.
(Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Parágrafo único. Na apreciação do pedido, serão observados os requisitos
previstos nos arts. 28 e 29 desta Lei, somente sendo deferida a tutela à pessoa
indicada na disposição de última vontade, se restar comprovado que a medida é
vantajosa ao tutelando e que não existe outra pessoa em melhores condições de
assumila. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-se-á segundo o disposto
nesta Lei.
§ 1o A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer
apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente
na família natural ou extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei.
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 2o É vedada a adoção por procuração. (Incluído pela Lei nº 12.010,
de 2009) Vigência
Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do
pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.
Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos
direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com
pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.
§ 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-se
os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e
os respectivos parentes.
§ 2º É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus descendentes, o
adotante, seus ascendentes, descendentes e colaterais até o 4º grau, observada
a ordem de vocação hereditária.
Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do
estado civil. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando.
§ 2o Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados
civilmente ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da
família. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o
adotando.

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§ 4o Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros


podem adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime
de visitas e desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância
do período de convivência e que seja comprovada a existência de vínculos de
afinidade e afetividade com aquele não detentor da guarda, que justifiquem a
excepcionalidade da concessão. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência

Fonte: LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069Compilado.htm

Ano: 2015 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de Carnaubal– CE


Prova: Técnico de Nível Superior - Assistente Social

100.No que compete o Artigo 197 da Lei 8.069 de 13/07/1990, os


postulantes à adoção, domiciliados no Brasil, apresentarão petição inicial na
qual conste, EXCETO:

a) Dados familiares.
b) Qualificação completa.
c) Certidão de antecedentes profissionais.
d) Comprovante de renda e domicílio.
e) Certidão negativa de distribuição cível.

Gabarito: C

Justificativa:

Art. 197-A. Os postulantes à adoção, domiciliados no Brasil, apresentarão petição


inicial na qual conste: (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
I - qualificação completa; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
II - dados familiares; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
III - cópias autenticadas de certidão de nascimento ou casamento, ou declaração
relativa ao período de união estável; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
IV - cópias da cédula de identidade e inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
V - comprovante de renda e domicílio; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
VI - atestados de sanidade física e mental (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
VII - certidão de antecedentes criminais; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência

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VIII - certidão negativa de distribuição cível. (Incluído pela Lei nº 12.010, de


2009) Vigência

Fonte: LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069Compilado.htm

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