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.
Tese apresentada como requisito parcial para
obtenção do grau de Doutora em Saúde Coletiva.
Curso de Pós-Graduação em Saúde Coletiva em
Política, Planejamento e Administração em Saúde
do Instituto de Medicina Social da Universidade do
Estado do Rio de Janeiro.
CDU615.012:338.5
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL
Data:
Banca Examinadora
Provérbio Taoísta
ii
AGRADECIMENTOS
Meu orientador, professor Dr. Cid Manso de Mello Vianna, por insistir na
objetividade do estudo, com seu pragmatismo "de praxe"; por todas as
oportunidades de crescimento oferecidas ao longo destes dois anos e meio (em
regime de semi-escravidão); pela disciplina eletiva de "Sinuca I", as quintas-
feiras, no Boteco-Taco; pelos sessenta e dois mergulhos logados e; por mostrar-
me as inúmeras diferenças entre um amador e um profissional, e tentar fazer-me
enxergar isto. Por seu companheirismo.
iii
Meu amigo de longa data, Carlos Augusto de Freitas Peregrino, pela
oportunidade de trabalho oferecida a uma provável recém-doutora; paciência
"zen budista", tempo cedido para cursar os créditos restantes (minha vingança é
que está passando por isto) e agüentar minha comida, "com um pouquinho de
pimenta".
Às amigas Ana Paula Machado Lins e Aloa Machado e ao amigo Cid, por
terem ajudado na adaptação desta “pseudo-niteroiense” a vida no Humaitá, no
meio de todo o tumulto de minha vida pessoal e profissional.
Ao amigo e revisor, Dr. Marcos Moreira, por nunca desistir de fazer com
me faça entender.
iv
SUMÁRIO
RESUMO 11
PALAVRAS-CHAVE: 11
ABSTRACT 12
KEY-WORDS 12
1. INTRODUÇÃO 16
8. CONCLUSÕES 132
ANEXO 151
6
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
TABELAS
Tabela 1. Evolução dos percentuais dos gastos com insumos farmacêuticos como nos gastos totais
em saúde. ____________________________________________________________________ 17
Tabela 2. Gasto federal com saúde, como proporção do PIB, segundo item e gasto no Brasil, 1994-
1999.________________________________________________________________________ 18
Tabela 6. Metas Orçamentárias e outras limitações sobre o volume e o gasto com medicamentos.
____________________________________________________________________________ 35
Tabela 10. Valor médio de internações relativas às doenças incluídas no capítulo X do CID, 2000
____________________________________________________________________________ 84
Tabela 11. Média de permanência relativa às doenças incluídas no capítulo X do CID, 2000. __ 85
Tabela 12. Prevalência do uso dos medicamentos empregados no guideline 1, para o diabetes tipo
I __________________________________________________________________________ 100
Tabela 13. Prevalência do uso dos medicamentos empregados no guideline 1, para o diabetes tipo
II obeso_____________________________________________________________________ 100
Tabela 14. Prevalência do uso dos medicamentos empregados no guideline 1, para o diabetes tipo
II não-obeso _________________________________________________________________ 100
Tabela 15. Prevalência do uso dos medicamentos empregados no guideline 2, para o diabetes tipo
I __________________________________________________________________________ 101
Tabela 16. Prevalência do uso dos medicamentos empregados no guideline 2, para o diabetes tipo
II obeso_____________________________________________________________________ 101
Tabela 17. Prevalência do uso dos medicamentos empregados no guideline 2, para o diabetes tipo
II não-obeso _________________________________________________________________ 101
Tabela 18. Prevalência do uso dos medicamentos empregados no guideline 3, para o diabetes tipo
I __________________________________________________________________________ 102
7
Tabela 19. Prevalência do uso dos medicamentos empregados no guideline 3, para o diabetes tipo
II obeso_____________________________________________________________________ 102
Tabela 20. Prevalência do uso dos medicamentos empregados no guideline 3, para o diabetes tipo
II não-obeso _________________________________________________________________ 102
Tabela 21. Classificação dos medicamentos na ATC (2000) e suas respectivas DDD´s ______ 105
Tabela 24. Custo direto do tratamento dos tipos de diabetes para um indivíduo, segundo diferentes
guidelines e preços do mercado norte-americano. ___________________________________ 115
Tabela 25. Custo direto do tratamento dos tipos de diabetes para um indivíduo, segundo diferentes
guidelines e preços do mercado norte-americano, considerando-se os genéricos existentes. __ 115
Tabela 26. Custo direto do tratamento dos tipos de diabetes para um indivíduo, segundo diferentes
guidelines e preços do mercado brasileiro. _________________________________________ 115
Tabela 27. Custo direto do tratamento dos tipos de diabetes para um indivíduo, segundo diferentes
guidelines e preços do mercado brasileiro, considerando-se os genéricos existentes. ________ 116
Tabela 28. Custo mensal final direto do tratamento dos tipos do diabetes, segundo diferentes
guidelines e preços. ___________________________________________________________ 116
Tabela 29. Custo anual final direto do tratamento dos tipos do diabetes, para diferentes guidelines
e preços. ____________________________________________________________________ 118
Tabela 30. Peso do tratamento farmacológico dos tipos do diabetes, para diferentes guidelines,
com base na renda per capita americana, para o ano de 2000 ._________________________ 119
Tabela 31. Peso do tratamento farmacológico dos tipos do diabetes, para diferentes guidelines,
com base na renda per capita brasileira, para o ano de 2000 . _________________________ 119
Tabela 32. Preços médios de hipoglicemiantes de marca, para o guideline 1, abril de 2002. __ 128
Tabela 33. Preços médios de hipoglicemiantes de marca, para o guideline 2, abril de 2002. __ 128
Tabela 34. Preços médios de hipoglicemiantes de marca, para o guideline 3, abril de 2002. __ 128
8
Tabela 38. Análise de Sensibilidade para o custo final do tratamento do diabetes, segundo
diferentes guidelines e mercados. ________________________________________________ 130
Tabela 39. Análise de Sensibilidade para o custo final do tratamento do diabetes, segundo
diferentes guidelines e para o mercado norte-americano.______________________________ 131
Tabela 40. Mercado Brasileiro de Insulina e Hipoglicemiantes segundo a classificação IMS, 1999
a 2000. _____________________________________________________________________ 161
Tabela 41. Produtos, produtores e vendas de Hipoglicemiantes orais, 1999 a 2000, IMS. ____ 163
FIGURAS
QUADROS
Quadro 6. Informações gerais sobre Insulinas comumente usadas, segundo tipo, força e duração
da ação. 159
9
LISTA DE ABREVIATURAS
10
RESUMO
lugares. Nossa proposta visa a avaliação dos preços dos medicamentos segundo
PALAVRAS-CHAVE:
11
ABSTRACT
The choice of what medication and in what proportion will be used, truthfulness
decide the final costs of the pharmacological treatment. Knows prices variation of
a medicine informs just a little or almost nothing about its influence in expences
treatment. Usually, the traditional analysis try to compare these costs according
to times and places. Our proposal is to appraise the prices of medicines from an
integral view, through the analysis of the overall price of the pharmacological
principle that guidelines use combinations of basic and secondary drugs to keep
This allows, for instance, to verify how groups of distinct medicines may
influence the final price of a treatment, and permits, also, the outline of a
KEY-WORDS
12
APRESENTAÇÃO
13
recomendadas e o consumo também contribuíam, diretamente, para o custo final
do tratamento. No caso de doenças crônicas, o tratamento em si torna-se tão
importante, ou mais, quanto o medicamento empregado em seu controle. Isto
porque, na maior parte das vezes, os medicamentos não são usados
isoladamente, mas são associados, combinados até se criar um esquema
terapêutico para um indivíduo, a sofrer de determinado tipo da doença.
14
efetividade de um determinado tratamento em diferentes situações. É clara a
diferença entre esta proposta e o que se dá em países como Austrália, Canadá e
Espanha, onde se realizam estudos de custo-efetividade são antes da entrada dos
mesmos no mercado (Hasenclever e colaboradores, 2002; Productivity
Commission, 2001; Badía, 1998; Jacobzone, 2000); estes estudo porém apenas
referem-se a medicamentos, e não a guidelines.
15
1.INTRODUÇÃO
O interesse na contenção dos gastos em saúde não é recente, assim como
tampouco é recente o interesse em estudos que sejam capazes de diminuí-los e
de melhorar a qualidade da atenção dispensada ao paciente. Dentro desta
complexa teia da atenção à saúde, um dos objetos a sofrer mais investigações,
atualmente, é o medicamento. Isto ocorre porque o impacto sanitário, social e
econômico do uso racional do medicamento é acentuado e porque o percentual
do gasto com medicamentos, no gasto total em saúde, tem aumentado
sistematicamente (Osório de Castro et al., 2000; RRMMM, 1999; Liriaopoukos,
1993).
16
Tabela 1. Evolução dos percentuais dos gastos com insumos farmacêuticos como
nos gastos totais em saúde.
Fonte: adaptado de Jacobzone, S. Labour market and social policy – occasional paper nº40.
Pharmaceutical policies in OECD countries: reconciling social and industrial goals. Directorate for
education, employment, labour an social affairs committee: Organisation for Economic Co-operation
and Development, april, 2000.
No Brasil, o gasto federal com saúde em 1999, como proporção PIB, foi de
1,86 % (Fiúza e Lisboa, 2001).
17
Tabela 2. Gasto federal com saúde, como proporção do PIB, segundo item e gasto no
Brasil, 1994-1999.
1 1
Item de gasto
994 995 996 997 998 999
Brasil 1,94 1,95 1,64 1,78 1,68 1,86
Outras despesas correntes 1,37 1,28 1,03 1,08 0,84 0,83
Outros gastos diretos 0,06 0,05 0,04 0,08 0,06 0,06
Pessoal 0,34 0,39 0,31 0,28 0,28 0,25
Transferência a estados e DF 0,12 0,12 0,07 0,09 0,10 0,13
Transferência a municípios 0,04 0,11 0,19 0,26 0,44 0,59
Discriminação Quantidade de
Estabelecimentos
Distribuidores 600
Estabelecimentos hospitalares 5.000
Farmácias 50.000
Laboratórios 400
18
acordo com Hasenclever (2002), os gastos governamentais com medicamentos em
1999, chegaram a U$ 689 milhões
19
2.IMPORTÂNCIA DO PROCESSO DE SELEÇÃO NA CONTENÇÃO DOS
GASTOS COM MEDICAMENTOS
Segundo Jacobzone (2000), existem três grandes estratégias que, geram
contenção dos gastos com medicamentos: seleção de medicamentos, emprego de
preços de referência e implementação de uma política efetiva de medicamentos
genéricos. Além destas, o uso racional do medicamento, também pode ser um
instrumento útil na contenção de gastos1.
20
se mudar as correlações de força no interior do mercado. Um outro aspecto está
relacionado aos medicamentos que seriam objeto de reembolso pelos sistemas
públicos e/ou privados; qualquer sistema de reembolso tem profundo impacto no
mercado de produtos farmacêuticos, pois pode criar um mercado cativo para
estes medicamentos3.
2 Para uma discussão mais detalhada desse impacto,ver Vianna et allii (2001).
3 Para uma discussão mais detalhada desse impacto,ver Vianna et allii (2001).
21
com a efetividade dos medicamentos e com o custo associado ao reembolso. Os
instrumentos utilizados no controle dos custos de reembolso dizem respeito à
escolha de drogas de determinados grupos terapêuticos de uso intenso, e a
inclusão de genéricos. Esta última categoria de medicamentos se tem constituído
em importante base de implantação de política pública, não apenas econômica,
mas também de saúde.
22
Tabela 4. Lista de Medicamentos (LM) Cobertos pelo Sistema Público
Finlândia Sim Seleção de acordo com efetividade das drogas. LM constantemente atualizada
França Sim Seleção de acordo com a melhoria marginal de serviço de saúde, com vistas à redução nos custos de tratamentos médicos.
Dificuldades de atualização
Grécia Sim A lista foi adaptada e implementada em 1989/90, mas os médicos continuam prescrevendo medicamentos fora da lista; a
prescrição destes deve ser justificada. Desde 1995, existe um comitê nacional responsável em adaptar a LM para todo o
fundo de seguro e o SNS. Em 1997 uma nova LM foi criada, e se generalizou para outros fundos de seguro a partir de 1998
Holanda Sim Seleção de acordo com efetividade. A lista é regularmente atualizada
Hungria Sim Seleção de acordo com a indicação e freqüência da doença.
Itália Sim A LM foi criada em 1978 (prontuario terapeutico nazionale). Importante revisão e retirada de medicamentos em 1994 e 1995.
Alguns produtos foram readmitidos, sob condições especiais, em 1998.
País Lista de Comentários
Medicamentos (LM)
Japão Sim Seleção de acordo com a efetividade das drogas
Luxemburgo Sim Lista atualizada mensalmente
México Sim A lista tem que incluir as doenças existentes, ao mais baixo custo possível. E é adaptada de acordo com o progresso médico e
as necessidades de saúde da população
Noruega Sim Seleção de acordo com tipo e severidade das doenças. Constantemente adaptada.
Nova Zelândia Sim (3) Não disponível
Reino Unido Sim Não disponível
República Sim A LM é liberada pelo ministério da saúde
Tcheca
Suécia Sim LM indicada através de conselhos rurais
Suíça Sim Os medicamentos da lista devem ser efetivos, economicamente eficientes e apropriados. A LM é atualizada duas vezes por
ano.
(1) A maioria das províncias e territórios estabeleceu o seu próprio formulário. (2) Lista negativa. (3) Lista de itens
subsidiados, apenas para preço de referência.
FONTE: Questionário da OECD Em Gerenciamento Farmacêutico e Regulação, e várias fontes, apud Jacobzone (2000)
24
Os medicamentos de venda livre, por sua vez, raramente são incluídos em
esquemas de reembolso e listas de medicamentos. Uma dificuldade de
comparação internacional é a grande variação entre países do mercado de
medicamentos éticos - aqueles produtos farmacêuticos vendidos apenas com
receita médica. Isto ocorre porque não existe uma única definição produtos
éticos; França e Alemanha, por exemplo, têm uma visão muito menos restritiva
do que Inglaterra e Dinamarca.
está no receituário médico. Os médicos não têm, normalmente nenhuma preocupação com o preço
dos medicamentos receitados. Na verdade, a indústria farmacêutica fornece aos médicos todas as
informações e propagandas necessárias para eles sentirem seguros quanto a seu padrão de receitas
independentemente das necessidades de gasto dos pacientes. Seja por receio da qualidade dos
medicamentos, seja por uma relevante sobrevalorização dos produtos de marca, o médico, em
praticamente todo o mundo, não considera o custo dos insumos empregados por seus pacientes.
Este tem sido um mecanismo fundamental para os grandes laboratórios manterem suas margens
de lucro (Jacobzone, 2000; Barros, 1995).
A responsabilidade pela seleção de medicamentos é assumida por um
comitê multiprofissional, cujos principais critérios avaliativos são: eficácia,
segurança, relação custo/benefício, outras indicações do medicamento e sua
disponibilidade no mercado5. Neste sentido, destacam-se a Organização Mundial
de Saúde (OMS) e sua Lista de Medicamentos Essenciais, lista empregada no
Brasil (e em vários outros países em desenvolvimento) como bibliografia básica
para a revisão da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) e
adaptada às necessidades da realidade brasileira (Brasil, 1999b).
grande importância, tal como a capacidade de avaliação da literatura dos diferentes membros do
comitê avaliativo.
26
As LMs podem ser negativas ou positivas. As listas especificam os
medicamentos que um seguro, ou um governo, estão dispostos a dar subsídio.
São restritivas quando impõem limitações a produtos farmacêuticos elegíveis
para auxílio financeiro; essas limitações podem ocorrer por exclusão de produtos
de qualquer tipo de subsídio, ou por imposição de condições para o produto
receber auxílio (Willison, 2000).
Para Iglehart (2001), os preços tendem a ser mais elevados quando não
estão sujeitos a algum controle oficial, inclusive pelo setor privado. Nos EUA o
papel de financiador institucional e de regulador do mercado de medicamentos
vem sendo exercido, cada vez mais, pelas seguradoras privadas, por meio das
"Health Mantainance Organizations" (HMO’s) e das "Pharmacy Benefit Managers"
27
(PBM’s)6. Estas organizações negociam descontos com laboratórios e com
atacadistas, e adotam medidas de contenção de gastos similares àquelas
utilizadas em hospitais, e em países que regulam o mercado de medicamentos. O
Federal Supply Schedule , responsável pela manutenção do U.S. Department of
Veterans Affairs também se vale de medidas de contenção, por meio da
negociação de descontos com os fabricantes de medicamentos (Productivity
Commission, 2001). Mas esta prática não é suficiente para contrabalançar as
falhas·existentes no mercado farmacêutico, nem para proporcionar o acesso da
população aos·medicamentos necessários (Iglehart, 2001; Productivity
Commission, 2001); Jacobzone, (2000).
28
Tabela 5. Preços de Referência nos Países da OECD
Canadá Sim, Sim N/a 20% prescrição 30% Base de custo diária. Prescrição de
Columbia dos custos. genéricos
Britânica.
Dinamarca Sim Nenhum 1993 33% mercado global. Preço médio das Lista positiva7,
duas produções mais prescrição de
baratas no grupo genéricos e de–
sobre análise. listing para OTC8.
Holanda Sim Sim 1996 Não disponível Média ponderada Lista positiva,
dos preços dentro da prescrição de
classe terapêutica, genéricos e de-
incluindo preço de listing OTC.
quatro outros países.
Hungria Sim Sim 1990 Desconhecido. Tabela fixa para
substâncias com
principio ativo
idêntico.
Itália Sim Sim 1996 Desconhecido Preços iguais De-listing
baseados nos
seguintes princípios:
mesmos
medicamentos com o
mesmo principio
ativo; outros países
europeus, e
genéricos.
Nova Zelândia Sim Nenhum Final dos Quase todo Preço mais baixo Lista positiva e
anos 80 estimado em um prescrição de
grupo terapêutico, genéricos.
incluindo preço em
outros países .
Suécia Sim Sim 1993 10% do mercado em 50 grupos e preço de
1994 referência fixado a
10% do preço mais
baixo.
FONTE: JACOBZONE, S. Labour market and social policy – occasional paper nº40. Pharmaceutical
policies in OECD countries: reconciling social and industrial goals. Directorate for education,
employment, labour an social affairs committee: Organisation for Economic Co-operation and
Development, april, 2000.
29
Ao analisarmos a tabela, observamos que, na maior parte dos casos, o
preço de referência parte da existência de vários medicamentos de características
similares e preços bastante distintos.
Isto significa que o consumidor não se preocupa com o gasto, que já foi
realizado anteriormente, seja pelo pagamento de uma prestação ou porque o
próprio governo assume o gasto. Este desvio moral, pode gerar ineficiência
(aumento expressivo de gasto para uma das partes) e até impedir que se
estabeleça o contrato. Assim, por exemplo, ao incluir programas de fornecimento
de medicamentos no Medicaid, o governo americano acabou por aumentar a
demanda; em conseqüência esta política tornou-se viável somente quando se
estabeleceram limites ao ressarcimento. (Thompson e Freedman, 2000).
30
preços podem ser tão elevados ao ponto de impedirem o acesso da população ao
medicamento.
31
intercambialidade10 da droga. Esse medicamento é em geral o de menor preço do
mercado, no interior de uma determinada classe terapêutica ou subclasse
(Jacobzone, 2000). Existem três níveis de equivalência, a saber: química,
farmacológica e terapêutica (Productivity Commission, 2001; Castelló et al.,
2000; Jacobzone, 2000; Lopes-Casasnovas & Puig-Junoy, 2000).
fármacos substituídos que produzem efeitos idênticos e efeitos adversos similares. Podem ter o
mesmo princípio ativo ou pertencer à mesma classe terapêutica (Jacobzone, 2000; Dranove, 1995).
11 A prática internacional é a de incluir apenas produtos que tiveram sua patente
terminada.
32
Já os equivalentes farmacológicos ou medicamentos secundários,
como o próprio nome indica, são medicamentos com ingredientes
farmacológicos semelhantes. Por exemplo, β bloqueadores adrenérgicos como
propranolol, metoprolol, atenolol, nadolol, cujo mecanismo de ação é o mesmo.
Então, o tratamento farmacológico de uma doença pode incluir uma droga
principal e uma ou mais complementares. Dentre estes fármacos
complementares, uma ou mais classes terapêuticas podem ser combinadas entre
si, a fim de se atingir o efeito desejado. No caso do diabetes tipo II, é possível
iniciar-se o tratamento com a metformina; não obtendo o resultado desejado, o
prescritor pode acrescentar um medicamento secundário ao tratamento inicial,
como uma sulfaniluréia.
33
farmacêutica. Já na Alemanha e Nova Zelândia, empregam a equivalência
terapêutica, além das duas citadas anteriormente (Castelló et al., 2000;
Jacobzone, 2000). Estas definições condicionam a classificação dos produtos e,
portanto, a capacidade de substituição de uns pelos outros (Castelló et al., 2000).
Também têm sido usados mecanismos de controle por episódio, por dia ou
por médico (Tabela 6). Sem seguir uma linha consistente entre os países, esses
controles adicionais impõem limites muitas vezes arbitrários a médicos, por
episódios de doenças e dia, injustificáveis à luz de uma prescrição custo-efetiva
(Jacobzone, 2000). A expectativa, na maioria das nações, é a de que o
desenvolvimento de sistemas de informação possa permitir uma ligação mais
estreita entre programas de auditoria, o uso de protocolos terapêuticos e a
avaliação da prescrição médica.
34
Tabela 6. Metas Orçamentárias e outras limitações sobre o volume e o gasto com
medicamentos.
35
Países como Austrália, Dinamarca, Finlândia, Noruega, Espanha, Suécia e
Estados Unidos12 não exercem qualquer tipo de controle oficial do volume de
prescrições, ou impõem limitações sobre os gastos diários, por episódios ou por
médicos.
Muitos países têm optado por adotar um esquema de cota fixa, como
Áustria, Austrália, Japão, Alemanha, Nova Zelândia, Holanda, e Inglaterra.
Finlândia e Itália decidiram-se por um sistema misto, em que combinam esta
forma com a anterior (Jacobzone, 2000).
37
2.2.3. MEDICAMENTOS GENÉRICOS
38
Tabela 7. Prescrição de Medicamentos Genéricos.
Fonte: adaptado de Jacobzone, S. Labour market and social policy – occasional paper nº40.
Pharmaceutical policies in OECD countries: reconciling social and industrial goals. Directorate for
education, employment, labour an social affairs committee: Organisation for Economic Co-operation
and Development, april, 2000.
39
produto de marca14, no Brasil a maioria dos similares de marca têm preços
superiores aos produtos de marca originais. A principal razão disso residia na
falta de uma regulamentação específica para o desenvolvimento do mercado de
genéricos (Ministério da Saúde, 2001).
40
Concomitantemente, a capacidade de fiscalização da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária e das esferas estaduais e municipais está crescendo, o que
dá mais confiança à sociedade quanto à garantia da qualidade dos medicamentos
genéricos.
Uma política de genéricos, por sua vez, deve estar baseada, segundo Rossi
(1999) em:
medicamento de referência (Glucofage), tem um custo unitário equivalente a U$1,21 (Rx, 2002).
41
os seus pacientes. Assim, em virtude da insuficiência de conhecimento de drogas
alternativas e da falta de preocupação dos médicos com o custo dos produtos
receitados, os indivíduos tendem a aceitar uma menor elasticidade15 de demanda
e uma baixa taxa de substituição.
42
! medicamento apropriado, considerando-se eficácia, segurança,
conveniência para o paciente e custo;
16 Cabe lembrar que o tratamento mais adequado pode não ser o medicamentoso
43
Muitos argumentos econômicos vinculam o melhoramento da prescrição e
o cumprimento do tratamento à redução dos gastos farmacêuticos. A prescrição
irracional pode conduzir a gastos maiores, por conta da utilização de produtos
muitas vezes desnecessários, caros, em doses altas e por períodos prolongados
(Velazquez, 1999). Nos mercados farmacêuticos, os consumidores finais, além de
não decidirem sobre o que devem consumir e em que quantidades, sabem muito
pouco sobre a qualidade, a segurança, a eficácia, o preço e as características
específicas do produto que lhes foi prescrito (Sobravime e AIS, 2001; Jacobzone,
2000; Barros, 1995; Bermudez, 1999).
44
médico-paciente, até a ausência de recursos para a compra do fármaco. Nos
países desenvolvidos, estudos (Butler et al., 1996; Paulo & Zanini, 1997)
revelaram que as taxas de cumprimento do tratamento prescrito podem ser
somente de 50%.
45
3. GUIDELINES, PROTOCOLOS E REGULAMENTAÇÃO DO SETOR
FARMACÊUTICO.
Neste capítulo, discutimos políticas alternativas na regulação da oferta e
da demanda de insumos farmacêuticos, com destaque especial para o papel dos
protocolos terapêuticos e dos guidelines.
46
Guidelines fornecem diretrizes para prescritores e seus pacientes no
tratamento17 das doenças. Ferramentas de consulta, pretendem fornecer
informações práticas para a tomada de decisões no dia-a-dia da clínica médica e
implicam, sempre, julgamento clínico (Gomes, 2001). Protocolos e guidelines são
desenhados com vistas a situações comuns e fornecem ao prescritor flexibilidade
para agir em situações incomuns para ter maior segurança em suas decisões. Os
guidelines têm por finalidade melhorar o cuidado ao paciente por meio de
recomendações para a prática clínica (Gomes, 2001; British Columbia Medical
Association, 2002; Santich e Rojas, 1993). Estas recomendações abrangem a
doença e tratamentos não-farmacológicos e farmacológicos (AACE, 2002; Royal
New Zealand College of General Practioners, 2002; SBD, 2001; Rozenfeld e Pepe,
1993).
47
Para escolha adequada e acertada quanto a que protocolo usar, tornou-se
fundamental o desenvolvimento do processo de decisão, com ênfase nos aspectos
científicos, na elevação do nível dos benefícios, na redução de riscos e custos na
aplicação dos recursos existentes (Gomes, 2001). Estas características de escolha
apoiam a chamada medicina baseada em evidências, um conceito muito em voga,
amparado na habilidade que os prescritores devem desenvolver para buscar e
avaliar a literatura científica, a fim de tomar decisões racionais, com base
científica suficiente.
48
Enquanto os guias terapêuticos têm o objetivo de orientar a prática
prescritiva e de a manter sempre atualizada, com vistas a se usarem
medicamentos seguros e de relação custo-efetividade razoável, os formulários
terapêuticos destinam-se a servir de guias para a orientação de prescritores,
dispensadores e enfermeiros. Os guias terapêuticos caracterizam-se por incluir
um número limitado de princípios ativos, adequados e suficientes para a
resolução dos problemas de saúde, em cada nível de atenção (Rozenfeld & Pepe,
1993; Santich e Rojas, 1993). Para a Organização Mundial da Saúde, o
desenvolvimento de formulários terapêuticos ou de medicamentos, implica uma
decisão política e de saúde pública, a fim de se garantir um aumento na oferta de
medicamentos essenciais, assim como de se controlar o custo dos medicamentos
(Vianna et al., 2000; WHO, 1995; Leroy et al, 1994).
49
farmacológicas destinadas a promover o uso efetivo, seguro e econômico destes
produtos. Os guias, por sua vez, seriam coleções de roteiros terapêuticos para
doenças diversas (Brasil, 1998).
50
los e sobre os efeitos do uso dos fármacos. Assim, os prescritores tornam-se
alvos fáceis não somente da propaganda farmacêutica (Barros, 1995) como da
diversidade do mercado. Na maioria dos países europeus, bem como nos EUA, a
comprovação científica da eficácia e da segurança de um fármaco é uma
exigência básica para que seu registro e seja posterior comercialização
(Jacobzone, 2000; Casasnovas e Puig-Junoy, 2000; Pepe, 1994). Nos países
nórdicos, o número de apresentações farmacêuticas não passa de 2000 e,
assume, os prescritores podem trabalhar com fármacos seguros e efetivos
(Mosegui et al., 1999).
18 Ver WHO/DAP. Guide for good prescribing: a practical manual. Geneve: Word Health
51
usam-se auditorias sobre a própria prescrição 19e a fixação de orçamento por
indivíduo, ou pelo conjunto de indivíduos como mecanismos de controle da
prescrição médica (Jacobzone, 2000).
19 Sistemas de auditoria foram empregados pela primeira vez na Inglaterra, quando se deu
52
Tabela 8. Protocolos médicos para países da OECD.
FONTE: Questionário da OECD Em Gerenciamento Farmacêutico e Regulação, e Várias Fontes, apud Jacobzone (2000)
54
No Brasil, existem protocolos, estabelecidos pelo sistema público de saúde,
para aids, tuberculose, hanseníase, várias verminoses, mas não para as doenças
crônicas mais prevalentes, como asma, hipertensão e diabetes20. Os médicos do
setor público apóiam suas prescrições nos medicamentos disponíveis nos
serviços, ou naqueles que eles prescrevem e não pertencem às LM existentes.
Neste caso, nem sempre o paciente tem acesso ao tratamento. A Relação
Nacional de Medicamentos Essenciais, e as LM pertencentes à rede de saúde, na
maior parte das vezes, não são conhecidas pelos prescritores (Osório de Castro et
al., 2000).
56
4. AVALIAÇÃO ECONÔMICA E MEDICAMENTOS
Sendo a avaliação econômica um assunto antigo e amplamente discutido
na área da saúde, não serão esgotados todos os conceitos e definições usadas na
mesma. O objetivo do nosso estudo perpassa este campo, e apresentamos uma
nova metodologia para o cálculo de custos unitários, diretos, de tratamentos
farmacológicos, com base em guidelines. Mas uma visão geral que dê ênfase aos
índices é suficiente para mostrar a importância da discussão, e para as
principais diferenças entre uma avaliação econômica e uma avaliação de custos,
e a importância de ambas na área de fármacos.
57
determinada população. Por fim, pode ser útil contar com outras avaliações,
como as de caráter administrativo, mais interessada em estudar aspectos
jurídicos das ações sanitárias; e as de caráter político, preocupadas em examinar
custos e conseqüências políticas das possíveis opções sanitárias (Villar, 2000).
58
descrição de resultados, apenas as conseqüências do tratamento ou do serviço
são examinadas. O uso de tobramicina no tratamento da pneumonia e/ou
septicemia (Parr, Hansen e Rapp, 1988 apud Dranove, 1994) é um exemplo de
uma avaliação com descrição de resultados. Na descrição de custos, somente
este aspecto é examinado pelo avaliador. Em uma análise de custos de
doenças21, Songer e Ettaro (1998) compilaram dados de vários estudos sobre o
custo do diabetes nos EUA, e, assim, indicaram como se deve conduzir um
estudo sobre custo de doenças e apontaram a utilidade das estimativas e as
limitações deste tipo de trabalho. Trabalhos desta natureza limitam-se a calcular
os custos totais atribuídos a uma determinada doença, em determinado período
de tempo (Villar, 2000). Já as descrições de custos e resultados, voltam-se por
exemplo, para descrever os custos da implantação de uma UTI neonatal e do
número de neonatos salvos pela implantação deste serviço (Villar, 2000).
sociedade, mas não são avaliações econômicas completas porque comparações entre diferentes
alternativas não são feitas. Estudos de estimativas de custo de doenças representam um tipo de
estudo descritivo de custo, segundo Songer e colaboradores (1998). Esta estimativa gera
informações que descrevem os recursos usados e os recursos potencialmente gastos, relacionados
à doença.
59
pelos profissionais de saúde, na avaliação de novas tecnologias, procedimentos
ou formas de intervenção (Iunes, 1998; Ugá, 1998; Gold et al., 1996; Malek,
1996; Goldman et al., 1991; Spilker, 1996).
60
compará-los com os custos (Ugá, 1998; Villar, 2000). Esta é uma maneira ampla
de análise, na qual é possível ter certeza de que os resultados benéficos de um
programa lhe justificam os custos. Todavia, a mensuração dos problemas
normalmente acarreta dificuldades, pois atribui a um conjunto de benefícios um
valor monetário que é limitado como método, é de difícil aceitação em termos
práticos (Drummond, 1998; Ugá, 1998; Villar, 2000). Poretz e colaboradores
(1984) realizaram uma análise deste tipo para avaliar à terapêutica com
ceftriaxona em pacientes ambulatoriais.
e serviços. Segundo Villar (2000), custos podem ser interpretados como aquilo que deve ser
sacrificado para se alcançar um objetivo seja alcançado, ou o valor dos benefícios requeridos para
alcançar este objetivo.
61
Os custos diretos referem-se àqueles recursos relacionados diretamente
aos serviços de saúde, como o tempo gasto pelos médicos, os gastos com
medicamentos (ou qualquer outra tecnologia) e profissionais de saúde, os custos
dos tratamentos e dos efeitos adversos, internações, etc. Os custos sanitários
não incluem os gastos do paciente com transporte até o hospital, com
fisioterapia, com cuidados em casa, etc. (Villar, 2000; Dranove, 1995). Já os
custos indiretos relacionam-se com os custos da produção que não se realizou,
ou ao tempo perdido com ela. Também estão associados ao trabalho não
realizado, por motivo de doença. Os custos inatingíveis são mais difíceis de
serem mensurados, pois representariam o valor monetário da dor e sofrimento
causados por doença e pela participação do indivíduo no programa ou na terapia
(Drummond, 1998).
62
efetividade e análise custo-utilidade (Villar, 2000; Carrera-Hueso, 1998;
Drummond, 1998; Richardson, 1994; Ugá, 1987; Poretz et al., 1984).
64
usados em ensaios clínicos, cujo emprego representa um maior risco para os
pacientes.
65
desconsiderada, principalmente quando se trata do desenvolvimento de um novo
produto ou da implementação de um novo programa (Productivity Commission,
2001; Drummond, 1998; Ugá, 1998; Malek, 1996).
66
utilização dos tratamentos mais efetivos. No Brasil a Diretoria de Regulação de
Mercado da Agência Nacional de Vigilância Sanitária tem intenção de incorporar
este tipo de análise na elaboração do Protocolo Terapêutico Nacional (ANVISA,
2002; Bermudez, 1999).
67
medicamentos substitutos perfeitos. Jacobzone (2000) considera substitutos
perfeitos aqueles fármacos que produzem os mesmos resultados e apresentam os
mesmos efeitos adversos. Para Dranove (1995), substituto perfeito também é o
medicamento de alto custo retirado de um formulário terapêutico, que seria um
substituto perfeito daquele a permanecer no formulário. Este mesmo autor
oferece conselhos práticos para mensuração de custos. Os custos de
medicamentos, devem no mínimo conter os custos de aquisição (do fármaco
propriamente dito) e da administração. Em momento algum o custo do
tratamento em si é debatido, com o uso concomitante de mais de um
medicamento, ou mesmo os custos dos tratamentos protocolados em hospitais.
68
estudos farmacoeconômicos encontrados na literatura primária; o uso de
técnicas econômicas de modelagem; a condução de avaliações
fármacoeconômicas no local onde o trabalho será levado a cabo. Quando se
identifica um problema de gerenciamento de um protocolo, a primeira estratégia
empregada, em geral, é usar informações retiradas de estudos
farmacoeconômicos da literatura. Isto porque a pesquisa sobre alternativas
terapêuticas a serem incluídas ou excluídas dos guidelines tem suas bases na
literatura primária.
69
A influência da farmacoeconomia na decisão de elaboração de protocolos e
formulários terapêuticos varia de região para região, nacionalmente ou
internacionalmente. Entretanto, seu uso potencial como uma ferramenta para a
tomada de decisões clínicas é enorme (Sanches, 1996; Badía, 1995; Milne, 1994).
Em resumo, a aplicação de princípios e métodos farmacoeconômicos no processo
de elaboração de guidelines asseguram os melhores resultados para o paciente
por dólar ou real gastos com as alternativas terapêuticas (Vianna, 2000).
70
4.2.1. DESENVOLVIMENTO DA FÓRMULA
71
São chamados medicamentos terciários àqueles que têm funções
terapêuticas semelhantes, e cuja escolha baseia-se na possibilidade de
equivalência terapêutica.
4.2.1.1 EXEMPLO 1
Por hipótese, supõe-se que uma doença qualquer tenha uma única forma
de apresentação (β k=1) e, pode ser tratada por um medicamento principal (p)
combinado com dois outros secundários (s1 e s2). Metade dos doentes utilizam
apenas o medicamento principal, enquanto a outra metade usa, além do
principal, os secundários, na proporção de 30% (s1) e 20% (s2) respectivamente.
O gasto total unitário com o tratamento seria igual a;
G = p + 0.3 s1 + 0.2 s2
Generalizando:
( )
G = m1 p + (m 2 p + m 2 s1 ) + (m3 p + m3 s 2 ) (1)
n n
G = ∑ mi p + ∑ m j s j (2)
i =1 j =2
n
G = p + ∑mjsj (3)
j =2
Onde:
72
4.2.1.2. EXEMPLO 2
Generalizando:
G 2 = M 2 (m 21 p 2 + (m 22 p 2 + m 22 s 21 ) + (m 23 p1 + m 23 s 22 ))
n
G1 = M 1 p1 + ∑ m1 j s1 j
j =2
n
G 2 = M 2 p 2 + ∑m 2 j s 2 j (4)
j=2
n n
G1 + G 2 = GT = ∑ M i pi + ∑ mij sij
(5)
i =1 j=2
73
4.2.1.2. EXEMPLO 3
74
n n n
GT = ∑ β k ∑ M ik × p ik + ∑ m jik × s jik (6)
k =1 i =1 j =2
4.2.1.3. EXEMPLO 4
G2 = 0.4 [(0.7(0.8 p2 + 0.2 p2 ((0.05 s2) + (0.05 s2 + 0.05 t2) + (0.45 s3) +
(0.45 s3 + 0.45 t2)
75
G2 = 0.4 [(0.7(0.8 p2 + 0.01 p2 + 0.01 s2 + 0.01 p2 + 0.01 s2 + 0.01 t2 + 0.09
p2 + 0.09 s3 + 0.09 p2 + 0.09 s3+ 0.09 t3)
G3 = 0.4 [(0.3(0.5 p2 + 0.5 p2 [0.4 p2 + 0.4 s2) + (0.05 p2 + 0.05 s3) + (0.04 p2
+ 0.04 s3+ 0.04 t2 + (0.01 p2 + 0.01 s3+ 0.01 t3
76
n n
G1 = β 1 ∑ M 1i p1i + ∑ mij1 s ij1 (7)
i =1 j =2
( )
m 21 p 2 + m 22 p 2 + m 22 (m 221 + m 222 + m 223 )( p 2 + s 22 ) + m 222 t 222 + m 223 t 233 +
( )
G 2 = M 2 m 23 ( p 2 + s 3 ) m 231 + m 232 + m 233 + m 232 t 232 + m 233 t 233
(9)
3 3
p 2 (m 21 + m 22 + m 23 ) + m 22 s 22 + ∑ m 22 q t 22 q + m 23 s 23 + ∑ m 23q t 23 q
G2 = M 2 q=2 q =2 (10)
3 3
p 2 + ∑ m 2 j s 2 j + ∑ m 2 jq t 2 jq
G2 = M 2 j =2 q=2 (11)
Então:
3 3
p 3 + ∑ m3 j s 3 j + ∑ m 3 jq t 3 jq
G3 = M 3 j =2 q =2
77
3 3
p 4 + ∑ m ij s 4 j + ∑ m 4 jq t 4 jq
G4 = M 4 j =2 q=2
Para qualquer possibilidade de tratamento (Mi) e β k, tem-se a seguinte
fórmula geral para o gasto total com medicamentos do tratamento preconizado:
n n n n
G1 + G2 + G3+ G4 + + Gn = GT = ∑β ∑M k ki
p ki + ∑ m kij s kij + ∑ m kijq t kijq
(12)
k =1 i =1 j=2 q=2
Esta fórmula pode ser desdobrada para um número qualquer de
medicamentos primários, secundários, terciários e até quaternários. Mas isto
seria muito improvável, pois protocolos terapêuticos tendem a diminuir/limitar
as possibilidades de uso de medicamentos, sejam eles essenciais ou não28.
CF= GT x R (13)
78
exames diagnósticos; os custos com transporte; os custos com lavanderia; os
dias de trabalho perdidos; etc. (Gold et al, 1996; Dranove, 1995).
doença e seu equacionamento, e podem ser divididos em custos médicos e não-médicos. (Iunes,
1995).
79
indivíduos. Tais desvios podem ser agrupados de acordo com suas características
em cada grupo de indivíduos. A classificação do diabetes mellitus (DM) nos
subgrupos I, II e gestacional, mostra diferentes prevalências nos diferentes
subtipos. A hipertensão é outra doença a se apresentar sob formas leve,
moderada ou severa (subtipos) e a implicar riscos/prevalências distintos para
cada uma destas classificações (MICROMEDEX, 1999). Conhecer estas
prevalências melhora muito a estimativa dos medicamentos (classes terapêuticas
e volume) empregados em cada subtipo da doença.
A fórmula geral acima deduzida, pode servir para se estudar cada doença.
Mas, antes de aplicá-la, faz-se necessária à definição dos medicamentos
utilizados nestes tratamentos.
80
5 DIABETES MELLITUS (DM): um estudo do custo do tratamento
farmacológico
O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica decorrente da deficiência
relativa, ou absoluta, na ação e/ou na secreção de insulina. Caracteriza-se por
hiperglicemia e distúrbios no metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas,
e, assim, considerada uma síndrome de etiologia múltipla (SBD, 2000). O DM
tipo I (antes chamado de insulino-dependente) caracteriza-se por uma deficiência
na síntese da insulina por um defeito de célula β, usualmente auto-imune. O tipo
II ocorre em adultos, e freqüentemente diagnosticado após os 40 anos de idade.
Sua fisiopatologia está relacionada à resistência da ação da insulina nos tecidos
(SBD, 2000).
81
5.1. CLASSIFICAÇÃO
82
causas externas (14,41). Acredita-se que o DM esteja incluído, nas demais
causas definidas (DATASUS, 2002).
83
A tabela abaixo relaciona as principais complicações decorrentes do DM e
indica a freqüência de diagnóstico nessas complicações em diabéticos e em não-
diabéticos:
84
Lista de doenças Valor médio por Valor médio/dia (R$)
internações (R$)
85
Os gastos econômicos do diabetes consistem em gastos diretos, com o
cuidado, e indiretos, como a perda da produtividade em virtude de seqüelas ou
de morte prematura31. Nos EUA, o gasto médio total, com os diabéticos, foi de
US$ 47,9 bilhões em 1995 (Hodgson e Cohen, 1999). As despesas com
complicações crônicas atribuídas ao DM foram somente um pouco menores da
que aquelas com o DM propriamente dito e somaram, aproximadamente, 19
bilhões de dólares, ou 39% do total. Outros diagnósticos relacionados com DM
contribuíram com 8,5 bilhões, ou 18%, e as doenças associadas ao diabetes com
1,9 bilhões ou 4% (Hodgson e Cohen, 1999). Em 1997, as despesas médicas,
diretas, atribuídas ao diabetes totalizaram US$ 44, 1 bilhões. Esta cifra pode ser
desmembrada nos seguintes itens: US$ 7,7 bilhões gastos para o tratamento dos
doentes. US$ 11, 8 bilhões destinaram-se ao tratamento das complicações
crônicas e US$ 24,6 bilhões para tratamento de complicações originárias das
doenças associadas (AACE, 2002; ADA, 1998). Os custos indiretos incluíram US$
17 bilhões gastos com mortes prematuras e US$ 37,1 bilhões com incapacidade
gerada pela doença, num total de US$ 54,1 bilhões32.
31 Os custos médicos diretos do diabetes podem ser calculados por meio das despesas
médicas atribuídas à doença e também do total de despesas médicas sujeitas aos pacientes
diabéticos (HODGSON & COHEN, 1999).
86
diminuição de cento e cinqüenta a cento e noventa milhões de reais nos gastos
devidos a estas enfermidades.
32 Songer & Ettaro (1998), ao analisarem estudos sobre custos desta doença no EUA,
apresentam uma tabela onde figuram 26 estudos levados a cabo desde o final da década de 60,
todos estes estudos estimavam custos econômicos do DM nos EUA.
33 Ver SBD, 2000.
87
complicações gerarem internações, e é responsável por uma redução de US$
1,116 nos gastos.
88
dispensação de medicamentos para qualquer “agente comprador” e, ao mesmo
tempo, possa ser acessível para os consumidores.
89
sido elaborado pelo Pharmacy Benefits Management Strategic Healthcare Group
and Medical Advisory Panel (DVA, 1999).
O segundo guideline estudado é o do Nation Diabetes Center, órgão
americano encarregado de informar profissionais de saúde, e a população em
geral, sobre esta doença (NDC, 2001) O protocolo do National Diabetes Center é
bastante distinto da American Association of Diabetes, pois usa uma abordagem
simples sobre o controle e manejo desta doença com vistas a atingir tanto
profissionais de saúde quanto leigos.
Não há, então, uma justificativa única para a escolha destes protocolos.
Mas nos EUA existem cerca de 15 milhões de diabéticos (CDC, 2002; López-
Antuñano e López- Antuñano, 1998; PAHO, 1997), e existe, portanto um grande
mercado consumidor (individual; seguradoras de saúde). Este país dispõe de
uma extensa base de dados governamentais sobre a doença (ex. Department of
Veterans Affairs, Health Resources and Services Administration, Indian Health
Service, National Diabetes Education Program, National Institute of Diabetes and
Digestive and Kidney Disease, National Eye Institute, Educating People with
Diabetes Kit e Office of Minority Health Resource Center), apresenta os preços de
mercado dos medicamentos em inúmeros sites. Os EUA possuem 87 guidelines
ou protocolos distintos para o tratamento do diabetes (NGC, 2002).
90
No Brasil, não há nenhum protocolo oficial, sugerido pelo Ministério da
Saúde, a ser usado no Sistema Único de Saúde. A Sociedade Brasileira de
Diabetes possui um consenso desde 2000 para o tratamento da doença (SBD,
2001). Esta organização e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia são as mais
reconhecidas pela comunidade científica no que tange a esta enfermidade; assim
buscamos informações junto às mesmas.
5.4.1.1. GUIDELINE 1
91
Figura 2 Algoritmo do Tratamento Diabetes Tipo 2 – DAV
a– Este algoritmo de tratamento foi proposto para o tratamento da maior parte dos pacientes com diabetes tipo 2, e não para todos os casos;
b – Consultas a endocrinologistas ou diabetólogos devem ser realizadas, de acordo com a necessidade do provedor. A decisão de tratar o paciente com diabetes tipo 2 deve
ser baseada na familiaridade com o tratamento e na experiência do provedor;
c – Consultar textos para averiguar a estratificação de riscos. Valores alvo devem ser individuais. A estabilização nos valores de HbA1c não é esperada em menos de três
+ f – Esta opção de tratamento foi estudada em pacientes que não obtiveram sucesso com monoterapia. As evidências são insuficientes para determinar qual o melhor
regime terapêutico para pacientes cujo tratamento combinado com sulfaniluréia falhou.
35 Atualmente, a hemoglobina glicosilada ( HbA1 ) é o parâmetro mais importante para se definir o controle metabólico e estabelecer um prognóstico,
93
O DAV não contempla o tratamento do diabetes gestacional, embora o
Departament of Veterans Affairs (DAV), que possui aproximadamente 70 milhões
de pessoas (os veteranos e suas famílias), potencialmente elegíveis para seus
benefícios, siga um padrão de benefícios bastante amplo. O Departamento de
Defesa é o responsável pelos estudos farmacoeconômicos enviados ao DAV, e
realiza inclusive, estudos sobre atualização de guidelines (Department of Defense,
2002). Auxilia na implementação de um programa de genéricos, entre outras
atividades. Uma PBM é responsável pela elaboração dos protocolos terapêuticos e
distribuição dos medicamentos ao DAV.
5.4.1.2. GUIDELINE 2
5.4.1.3. GUIDELINE 3
36 Aqui, os custos diretos são aqueles atribuídos aos gastos que o indivíduo tem com
aquisição dos medicamentos. Para compreender um pouco mais os custos diretos e indiretos em
saúde, recomenda-se a leitura de Ray et al. Ecomonic Consequences of Diabetes Mellitus in the
U.S. in 1997. Diabetes Care, 21 (2), february, 296-309, 1998 e Villar, FA. Economia y salud.
Conceptos básicos. Eficácia y Eficiência. La evaluación econômica de tecnologias sanitárias.
Características y metodologia. In: Manual de Gestión para jefes de servicios clínicos. 2a ed.
España: Dias de Santos, 2000.
97
são capazes de evidenciarem as prevalências dos tipos de diabetes de uso dos
medicamentos. Algumas estatísticas sobre a prevalência do DM e seus tipos já
foram apresentadas na introdução mas esta é uma ferramenta que pode ser
empregada para explicitá-las. No entanto, como os algoritmos mostraram as
opções realizadas por cada um dos grupos envolvidos, seria redundante
apresentá-la novamente, acrescidas das prevalências de uso dos fármacos,
explicitadas, por sua vez, sob a forma de tabelas.
98
Osório de Casto et al. (2000), fornecem estimativa da demanda dos
medicamentos. Elementos sobre o mercado farmacêutico no mundo podem ser
conseguidos em entidades como o International Medical Statistics – IMS (IMS,
2002), agência especializada em coleta de dados de vendas dos estabelecimentos
comerciais (comércio atacadista). Tais estatísticas estariam subestimando as
compras governamentais e varejistas. Outra forma de obter estimativas de uso de
medicamentos seria a consulta a especialistas, como a metodologia proposta pelo
método Delphi (Carrera-Hueso, 1998; Badía, 1995; Silva, 2002); não a
empregamos em virtude do tempo estimado para análise dos protocolos pelos
especialistas. Neste estudo, por exemplo, os valores relativos ao consumo dos
medicamentos pelo total de pacientes foram estimados com base em um pequeno
conjunto de especialistas37.
37 Como esta aplicação só tem o objetivo de mostrar o uso da metodologia, esta estimativa
não inviabiliza os cálculos e os resultados. A análise de sensibilidade servirá para garantir em que
99
prevalências de uso dos medicamentos de segunda e terceira escolha,
respectivamente.
grau os resultados finais serão afetados por variações no consumo dos medicamentos e validarão
ou não, as conclusões.
100
Tabela 15. Prevalência do uso dos medicamentos empregados no guideline 2, para o
diabetes tipo I
Clorpropamida
Glipizida 0,2
Metformina
Rosiglitazona 0,3
Pioglitazona 0,3
Repaglinida 0,2
Não farmacológica
101
Tabela 18. Prevalência do uso dos medicamentos empregados no guideline 3, para o
diabetes tipo I
102
Figura 5 - Árvore de Decisão para o DM Tipo I – Guidelines 1, 2 e 3
104
Em situações ideais de uso, a DDD incluiria em si mesma uma medida de
prevalência de uso de determinado medicamento, ou mesmo da prevalência de
determinada enfermidade. Isto acontece em casos de uso contínuo por um certo
período, por exemplo dos, hiploglicemiantes orais.
Tabela 21. Classificação dos medicamentos na ATC (2000) e suas respectivas DDD´s
105
doses recomendadas pela literatura científica e pelos protocolos selecionados, a
saber, 4 mg e 30 mg, respectivamente (AACE, 2002; NDC, 2002).
106
5.4.3.2. LEVANTAMENTO DE PREÇOS
Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA – obter alguns dados sobre os relatórios enviados pelas
firmas produtoras de medicamentos estabelecidas no país. Tais relatórios estariam, segundo o
boletim informativo ANVISA (2002), cumprindo exigências estabelecidas pelas resoluções Camed nº
1, 6, 8 e 11 e, por encontrar-se ainda em fase de elaboração, não pôde ser empregado como base de
dados.
107
levando-se em consideração os riscos envolvidos em se ter uma doença e a própria
heterogeneidade da resposta individual ao tratamento farmacológico.
3 4 7
GTV = ∑ β k ∑ M ki × p ki + ∑ m kij s kij (14)
k =1 i =1 j =2
3 6 4
GTN = ∑ β k ∑ M ki × Pki + ∑ mkij 5 s kij (15)
k =1 i =1 j =2
108
3 4 4 5
GTB = ∑ β k ∑ M ki Pki + ∑ m kij s kij + ∑ m kijq t kijq (16)
k =1 i=4 j =2 q =2
40 Habitualmente são usados valores mais extremos, por exemplo, aqueles que seriam
obtidos no melhor e no pior dos casos; além dos limites dos intervalos de confiança. Algumas das
variáveis incluídas com freqüência em análises de sensibilidade são: os custos mais importantes
(ex. dos medicamentos em estudo) e os dados de efetividade (usando resultados através do uso de
diversas fontes).
110
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
41 Sempre que possível, deve haver uma forma de ponderar o preço médio dos
medicamentos, a fim de se garantir que o resultado da comparação não seja distorcido pela
inclusão de formas farmacêuticas com um preço diferencial grande, mas um market share pequeno
(Productivity Commission, 2001).
111
preços dos medicamentos nas apresentações farmacêuticas usadas são
apresentados nas tabelas abaixo:
Fonte: Guiamed,2002
* não existe, ou não foi encontrado, equivalente genérico para esta droga
112
Com exceção da clorpropamida e da metformina, os demais fármacos têm
preços muito mais elevados no mercado brasileiro do que no norte-americano.
113
diabetes tipo II. A prevalência deste segundo tipo de diabetes é maior em
indivíduos obesos42 (72%) do que em indivíduos não-obesos (18%).
3 4 7
GTV = ∑ β k ∑ M ik × p ki + ∑ m kij s kij
k =1 i =1 j =2
114
obrigatório. Os diabéticos tipo II necessitam de medicamentos nas doses diárias
definidas e, segundo as prevalências dos subtipos da doença, descritas na
metodologia. Para os modelos apresentados, o cálculo dos custos individuais de
tratamento forneceu os resultados apresentados nas tabelas abaixo.
Tabela 24. Custo direto do tratamento dos tipos de diabetes para um indivíduo,
segundo diferentes guidelines e preços do mercado norte-americano.
Tabela 25. Custo direto do tratamento dos tipos de diabetes para um indivíduo,
segundo diferentes guidelines e preços do mercado norte-americano, considerando-
se os genéricos existentes.
Tabela 26. Custo direto do tratamento dos tipos de diabetes para um indivíduo,
segundo diferentes guidelines e preços do mercado brasileiro.
115
Tabela 27. Custo direto do tratamento dos tipos de diabetes para um indivíduo,
segundo diferentes guidelines e preços do mercado brasileiro, considerando-se os
genéricos existentes.
Tabela 28. Custo mensal final direto do tratamento dos tipos do diabetes, segundo
diferentes guidelines e preços.
116
O custo do tratamento farmacológico com base em protocolos apresenta
grandes variações entre os mercados. Mas em todos eles as diretrizes brasileiras,
se seguidas, geram o maior custo de tratamento, com exceção do guideline 2 com
preços no mercado brasileiro. O guideline dos veteranos americanos é, em quase
todos os casos, de custos menores.
600%
500%
400% americano
% 300% brasileiro
brasileiro com genéricos
200%
100%
0%
SBD (3) Veteranos (1) NDC (2)
protocolos
117
patente, e, assim, sem similares genéricos no mercado. Esta explicação, se usada
de maneira inversa, pode explicar os maiores aumentos nos dois outros
guidelines. O uso de uma classe terapêutica (metiglinidas) protegida por patente,
sugere a diferença de 78,53% dos custos no protocolo 1 quando comparado com
o mercado norte-americano.
Tabela 29. Custo anual final direto do tratamento dos tipos do diabetes, para
diferentes guidelines e preços.
118
norte-americana (em função da renda per capita), apresentando a razão entre os
preços dos protocolos e as rendas per capitas de cada país, para o ano de 200044.
Tabela 30. Peso do tratamento farmacológico dos tipos do diabetes, para diferentes
guidelines, com base na renda per capita americana, para o ano de 2000 .
Tabela 31. Peso do tratamento farmacológico dos tipos do diabetes, para diferentes
guidelines, com base na renda per capita brasileira, para o ano de 2000 .
44 A renda per capita americana (US$ 34,779) (Bureau of Economic Analysis, 2002) é
119
levada em conta, pois, de maneira geral, quando a quantidade de medicamentos
adquirida é maior, o custo diminui; embalagens com 500 comprimidos tendem a
ser mais baratas do que as de 30 comprimidos. Mas estas diferenças nas
apresentações não justificam, por si mesmas, que a acarbose no mercado
americano custe US$2.07 e no Brasil US$8.29. E ainda que os preços da
rosiglitazona, da pioglitazona e da repaglinida custem, nos EUA respectivamente,
US$2.1, US$3.55 e US$2.49, e no Brasil cheguem a custar US$10.48, US$20.66
e US$10.91. A razão seria outra: em um mercado frágil, onde a concorrência é
pequena, a indústria farmacêutica estabelece os preços que mais lhe convém.
120
podem elevar, ou diminuir, os preços dos fármacos (Productivity Commission,
2001). Hasenclever (2002) e Jacobzone (2000) destacam, ainda, a influência de
mecanismos de controle sobre a formação dos preços para países da OECD tais
como a fixação de preços mais baixos para medicamentos não-inovadores e a
fixação de preços relativamente às quantidades comercializadas; neste caso, a
indústria pode, facilmente, manipular o preço do medicamento alterar-lhe
sutilmente, a embalagem, ou a fórmula, para fazer parecer o produto uma
novidade.
121
Jacobzone, 2000). Na Austrália, que segue esta estratégia desde 1998, os níveis
de preços de referência são os menores preços para cada grupo terapêutico. Em
conseqüência, segundo Casasnovas e Puig-Junoy (2000), deu-se uma redução de
um terço dos gastos do Pharmaceutical Benefits Scheme, além do aumento do
mercado de genéricos de 12% para 19%. Os preços de referência permitem que
as agências reguladoras considerem somente a real contribuição de um fármaco
e evitam sua substituição artificial por medicamentos mais caros.
122
medicamentos (Hasenclever, 2002; Casasnovas e Puig-Junoy, 2000; Jacobzone,
2000).
123
O custo do tratamento com o protocolo 1, no mercado brasileiro é de
US$11.32. Havendo substituição dos medicamentos por seus equivalentes
genéricos, o mesmo tratamento custa US$10.64. O mesmo vale para o protocolo
guideline 3, cujos custos baixam de US$16.04 para US$15.35, com o uso de
medicamentos genéricos. A pequena diferença da variação percentual dos custos
dos tratamentos com genéricos, no Brasil, demonstra que o preço destes
medicamentos, influi pouco sobre os custos dos tratamentos.
Uma rápida observação dos algoritmos indica haver uma clara divisão
entre os protocolos. O guideline 2 (National Diabetes Center) opta por gerações de
medicamentos mais recentes no mercado, como as tiazolidinedionas e as
meglitinidas; o protocolo 3 (Sociedade Brasileira de Diabetes), é o mais
conservador de todos, e se vale de classes terapêuticas usadas e estudadas há
mais tempo; o guideline 1 (Departament of Veterans Affairs) mescla classes
terapêuticas de um e outro protocolo.
124
Não calculamos as efetividades dos medicamentos. Quanto à segurança,
algumas das classes terapêuticas encontradas no guideline 2 não são
consideradas totalmente seguras pelo Food and Drug Administration, orgão
regulador americano. A troglitazona foi retirada do mercado por causar sérias
lesões no fígado, inclusive falência hepática (FDA, 2002;); a. Parke-Davis Division
of Warner-Lambert retirou esse medicamento do mercado em março de 2001,
voluntariamente. O FDA também alertou a população americana sobre a
segurança da pioglitazona e da rosiglitazona, e vinculou essas substâncias a
retenção hídrica e edema, que poderiam progredir para sérias complicações
cardíacas (FDA, 2002; CLINICAL TRIALS OPORTUNITYS, NEWS AND DRUG
INFORMATION OVER 200 MEDICAL CONDITIONS, 2002). As meglitinidas são
recentes no mercado, e estão representadas nos guidelines pela repaglinida.
Restrições ao uso de medicamentos desta classe se assemelham às das
sulfaniluréias (AACE, 2002). As demais classes terapêuticas recomendadas para
uso no tratamento do DM são bem toleradas, e empregadas há mais tempo
(AACE, 2002; SBD, 2002; MICROMEDEX, 1999).
125
Para o diabetes tipo II, dividimos os doentes em dois grupo: obesos e não-
obesos. Isto porque este tipo de diabetes incide, principalmente, sobre o primeiro
grupo, com 72% dos casos (CDC, 2002; AACE, 2002); os 18% restantes são
classificados como não-obesos. Como se pode observar nas tabelas sobre Custo
do Tratamento Farmacológico, todos os tratamentos indicados para pacientes
obesos são mais custosos do que os indicados para os não-obesos. Os custos dos
tratamentos individual dos obesos, no DM tipo II, no mercado brasileiro, nos
protocolos 1, 2 e 3, são US$3.77, US$12.88 e US$5.18, respectivamente; em
pacientes não-obesos, estes custos baixam para US$1.12, US$2.49, US$1.58. A
diferença encontrada no protocolo 2, para os dois grupos de pacientes, pode
dever-se ao uso mais intenso das classes terapêuticas mais caras em pacientes
com IMC superior ou igual a 30.
126
dificilmente a introdução dos fármacos acontecerá de maneira isenta sem viéses
(NGC, 2002). O padrão prescritivo teria como base então as novidades
terapêuticas com efetividades comprovadas parcialmente, mais caras do que os
medicamentos de uso corrente, e antigos. Em um inquérito realizado com
autores de guidelines clínicos, Choudhry e colaboradores (2002), notaram que
87% dos autores mantém algum tipo de vínculo com a indústria farmacêutica.
Todos os 44 protocolos criados pelos 192 autores eram endossados por pelo
menos uma grande sociedade européia ou norte-americana e 9 destes guidelines
declaravam serem financiados por “organizações não industriais”.
127
7. ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Na análise de sensibilidade, alteramos a variável consumo dos
medicamentos, a mais apropriada para este teste: tomando como base as tabelas
que apresentavam o consumo, calculamos o preço médio dos medicamentos
usados nos três protocolos, tanto no mercado norte-americano quanto no
brasileiro, levando em conta modelos que também por base os medicamentos
genéricos. As tabelas abaixo mostram, por protocolo, os preços médios obtidos
para cada situação descrita acima.
128
Dados os preços médios dos medicamentos usados em cada protocolo, nós
os classificamos em dois grupos. O primeiro, de preço superior ao preço médio,
apresentou um acréscimo de 10% em sua prevalência; o segundo grupo, de preço
inferior, decresceu 10%. A variação das prevalências de consumo usadas na
análise de sensibilidade encontram-se nas tabelas abaixo. A insulina é a única
exceção para os casos de diabetes tipo I, por ter sido recomendada como
tratamento exclusivo em todos os guidelines.
129
Tabela 37. Variação da prevalência do uso dos medicamentos empregados no
guideline 3, de acordo com os modelos propostos.
130
teria um impacto significativo no custo do tratamento, tendo como base os
preços do mercado norte-americano. Caso fizéssemos variações como esta para o
mercado brasileiro, resultariam nas alterações decorrentes dos preços e dos
medicamentos selecionados com cada guideline , nos custos dos tratamentos.
131
8. CONCLUSÕES
Entre as estratégias apresentadas no capítulo 2 para a contenção de
gastos, destacamos:
132
Adicionalmente, utilizamos exercícios com guidelines de tratamento de DM,
selecionados aleatoriamente. A ênfase dada aos custos dos tratamentos pelos
sistemas de saúde, transformou os guidelines em instrumentos de contenção de
custos para instituições públicas e privadas (Productivity Commision, 2001;
Jacobzone, 2000; Vianna, 2000; Sanchez, 1996).
133
As análises de custo-efetividade de medicamentos, e, em verdade,
avaliações econômicas mais completas, em protocolos são essenciais para a
contenção de gastos. No entanto, as análises de custo-efetividade podem ser
usadas quando terapias têm resultados similares, mas com graus diferentes. Por
exemplo, dois anti-hipertensivos diminuem a pressão arterial, mas seguindo
níveis diferentes. Esta análise objetiva identificar a terapia mais eficiente, capaz
de minimizar os custos por unidade de resultado (ex. anos de vida ganhos,
gastos por vidas salvas). Um produto é considerado custo-efetivo comparado às
alternativas propostas, se é mais barato, e tão efetivo quanto outro, mais caro,
ou se oferece um benefício, adicional, que justifique seu custo superior
(Productivity Commission, 2001).
135
uma outra conclusão, mais importante. Os sistemas interessados em conseguir
uma redução dos custos dos tratamentos precisarão promover outras ações de
saúde por parte de seus usuários. Isto porque embora os tratamentos
farmacológicos sejam muito importantes, são necessárias medidas
complementares para garantir-lhes a própria eficácia.
136
Das várias idéias delineadas neste trabalho, acredita-se que seria mais
vantajoso para instituições públicas ou privadas, usar protocolos de tratamento
com efetividades e custos determinados. Em uma primeira etapa, propusemos
um modelo para o cálculo do custo de tratamentos farmacológicos de guidelines.
Com os resultados apresentados, conclui-se que não basta ter informações sobre
os custos dos protocolos, pois as efetividades dos mesmos são imprescindíveis
para o cálculo do custo do tratamento. Um guideline de efetividade menor e custo
mais baixo não é uma opção sensata em programas de saúde. No entanto,
guidelines de efetividades semelhantes podem ter custos distintos, e optar entre
um e outro pode ser uma solução eficiente para o decision maker. Como os
custos dos tratamentos já foram estabelecidos com base no método proposto, a
próxima etapa é buscar a efetividade de cada medicamento constante dos
protocolos. Dadas estas efetividades, a relação custo-efetividade do tratamento
farmacológico de guidelines estará pronta para ser aplicada em programas e
políticas de saúde.
137
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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149
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Medicines/ Word Health Organization; 1998.
150
ANEXO
151
ANEXO 1: INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE OS HIPOGLICIMIANTES
9.1.2. CONTRA-INDICAÇÕES
152
Quadro 1. Informações gerais sobre Sulfaniluréias comumente usadas
Fonte: Adaptado de AACE. Medical Guidelines for the Management of Diabetes Mellitus: The
AACE System of Intensive Diabetes Self-Management – 2002 Uptade.
9.2.1.MODO DE AÇÃO
500 mg
850 mg
1.000 mg
Começar com dose baixa dose e subir até a dose máxima de 2500 mg; alcançar-se o beneficio
máximo é por volta de 2.000 mg
Fonte: Adaptado de AACE. Medical Guidelines for the Management of Diabetes Mellitus: The
AACE System of Intensive Diabetes Self-Management – 2002 Uptade.
9.3.2. CONTRA-INDICAÇÕES
Flatulência.
50 mg
100mg
25 mg
50 mg
100 mg
*Comece com dose mais baixa (25 mg três vezes ao dia, durante as refeições) e alcance a dose
máxima de 100mg (três vezes ao dia, durante as refeições).
# Tomar coma primeira mordida de cada refeição.
Fonte: Adaptado de AACE. Medical Guidelines for the Management of Diabetes Mellitus: The AACE
System of Intensive Diabetes Self-Management – 2002 Uptade.
155
sulfoniluréias e metformina; apenas a pioglitazona está aprovada pelo FDA para
uso em combinação com a insulino terapia.
9.4.2. CONTRA-INDICAÇÕES
9.4.4. PRECAUÇÕES
156
interromper o uso da droga caso a alanina transaminase esteja em um limite
superior 3 vezes maior do que o normal.
2 mg
4 mg
8 mg
15 mg
30 mg
Fonte: Adaptado de AACE. Medical Guidelines for the Management of Diabetes Mellitus: The AACE
System of Intensive Diabetes Self-Management – 2002 Uptade.
157
9.5.1.MODO DE AÇÃO
9.5.2. CONTRA-INDICAÇÕES
9.5.4. PRECAUÇÕES
0,5 mg
1mg
2 mg
Nateglinida (Starilix)
Fonte: Adaptado de AACE. Medical Guidelines for the Management of Diabetes Mellitus: The AACE
System of Intensive Diabetes Self-Management – 2002 Uptade
158
9.6. INSULINAS: PERFIL
(somente Lilly)
# Mistura de NPH/regular
Fonte: Adaptado de AACE. Medical Guidelines for the Management of Diabetes Mellitus: The
AACE System of Intensive Diabetes Self-Management – 2002 Uptade
159
Quadro 7. Expectativas Clínicas dos Fármacos utilizados no tratamento do DM 2,
quanto à glicose sanguínea pós-prandial e em jejum, e resposta da hemoglobina
glicosilada ao tratamento farmacológico
(mg/dL) (%)
Fonte: Adaptado de AACE. Medical Guidelines for the Management of Diabetes Mellitus: The AACE
System of Intensive Diabetes Self-Management – 2002 Uptade
160
Quadro 8. Efeito do tratamento farmacológico do DM tipo 2 na secreção de
insulina, na produção e no aumento de glicose no sangue
Fonte: Adaptado de AACE. Medical Guidelines for the Management of Diabetes Mellitus: The AACE
System of Intensive Diabetes Self-Management – 2002 Uptade
161
A tabela 41 expõe os produtores e o volume de vendas destes produtos
farmacêuticos.
162
Tabela 41. Produtos, produtores e vendas de Hipoglicemiantes orais, 1999 a 2000,
IMS.
163
no estudo, a DDD, serviu para tornar homogêneas as diferentes apresentações
farmacêuticas dos mercados nacional e internacional. A padronização das doses
preconizadas nos guidelines serviu para reduzir ao mínimo as distorções de
consumo e custo, e assim, aumentar a validade da medida.
164