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Capítulo 2 - O aço para betão armado
Materiais de Construção 1 – 1ª Parte
Documento Provisório-2004
Joana de Sousa Coutinho
1 – GENERALIDADES
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Joana de Sousa Coutinho
2 - INTRODUÇÃO
As redes são um material para armaduras constituído por fios ou varões (Figura 4),
ligados entre si, formando malha rectangular ou quadrada; quando as ligações são
obtidas por soldadura designam-se por redes electrossoldadas e têm grande aplicação
em muitos elementos de betão armado com particular incidência nas lajes . (D’Arga e
Lima, 1988).
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Existem outros tipo de armaduras mas , os varões são, como é evidente, os que têm
maior aplicação pelo que, no que se segue, é deles que quase exclusivamente se trata.
As operações necessárias para obter os varões das armaduras de betão armado podem
ser subdivididas em duas partes, indo a primeira até à solidificação do material -
“processo de fabrico do aço” - e a segunda, partindo daí e acabando no produto final -
“processo de produção dos varões” (D’Arga e Lima, 1988).
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No processo de produção dos varões a partir do metal vazado, há que salientar a fase de
laminagem a quente que é feita a uma temperatura superior à da recristalização do aço.
Os varões podem ser obtidos por simples laminagem a quente ou por laminagem a
quente seguida de “endurecimento a frio”. No primeiro caso, o aço (ou varões) é
designado por aço laminado a quente e, no segundo, por aço (ou varões) endurecido a
frio. Estas designações caracterizam também o que é corrente chamar-se natureza do
aço.
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O aço devido à sua configuração especial, tem uma excelente capacidade de deformação
devido ao facto de apresentar determinados planos – planos de deslizamento, que
permitem uma deformação muito elevada sem prejuízo da integridade física do material.
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combinada com laminagem a frio. Nestes tratamentos registam-se sempre nos varões
deformações permanentes que são devidas a esforços impostos aos varões: esforços de
torção, de tracção simples (no caso de estiragem), de tracção ou compressão através de
fieiras (no caso de trefilagem) e de compressão transversal (no caso da laminagem a
frio)(D’Arga e Lima, 1988, Reparaz et al., 1998).
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a localização da deformação do provete numa única secção cuja área vai diminuindo
progressivamente (fenómeno de estricção) até se atingir a rotura propriamente dita do
provete. Durante esta quarta fase, apesar de as tensões reais no material aumentarem
com as extensões aplicadas, as tensões obtidas no diagrama diminuem
progressivamente, pelo facto de serem calculadas através da razão entre a força de
ensaio, que durante esta fase é decrescente, e a área da secção inicial do provete, que é,
como tal, uma constante.
Note-se que no início da cedência se poderá verificar uma diminuição brusca da tensão
aplicada (correspondente a uma queda do valor da força no dispositivo indicador da
máquina), que estabiliza depois para um valor inferior. Poderá distinguir-se assim uma
“tensão de cedência superior” e uma “tensão de cedência inferior”. Este comportamento
é porém bastante dependente do tipo de aço ensaiado, das condições de ensaio e do tipo
de máquina que o realiza, nomeadamente a forma como varia a deformação do provete
ao longo do tempo durante o ensaio.
É ainda de fazer referência a duas outras características dos aços e que são a “extensão
na rotura”, também designada por “extensão uniforme” (ε’su) e a “extensão após rotura”
(εsu). A extensão na rotura é definida como a extensão correspondente à força máxima
ou seja à tensão de rotura; a extensão após rotura obtém-se marcando no provete, antes
do início do ensaio, um certo comprimento, l, e medindo o alongamento permanente
que esse comprimento sofreu durante o ensaio até à rotura do provete, ∆l, e fazendo o
quociente das duas grandezas, ou seja:
∆l
ε su =
l
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as duas partes em que ficou dividido o provete após a sua rotura, e medindo o
comprimento final entre as referências.
Note-se que as extensões na rotura e após rotura são características que, de certo modo,
medem a ductilidade do aço e que vão ter consequências nas peças de betão armado
influenciando o seu comportamento dúctil ou frágil nas proximidades da rotura.
Convém ainda salientar que o ensaio de tracção simples de que se tem estado a tratar é
um dos ensaios que serve para caracterizar o comportamento mecânico dum dado aço
(D’Arga e Lima, 1988).
Por isso é um dos ensaios que se executa normalmente aquando da recepção duma
partida de aço, encontrando-se a técnica de ensaio fixada, em Portugal, na norma
portuguesa NP EN 10 002-1 1990 Materiais metálicos Ensaio de tracção Parte 1.
Método de ensaio (à temperatura ambiente).
Descrito num diagrama tensões-extensões dum aço laminado a quente, veja-se como, a
partir deste material, é possível obter um aço endurecido a frio. Suponha-se, Figura 7,
que um varão de aço macio (aço laminado a quente de resistência relativamente baixa e
de grande deformabilidade plástica) é deformado durante um ensaio de tracção simples
até ao ponto A na região das grandes deformações plásticas e, e em seguida é
descarregado de A a A’. Se agora, e imediatamente a seguir, se proceder a nova carga, o
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tracção ao varão. No caso, porém, de o trabalho a frio ser realizado por torção, pode
haver endurecimento a frio tanto para esforços de tracção como de compressão em
virtude de as deformações permanentes implantadas terem direcção diferente das que
seguidamente são impostas.
Em resumo, tem-se pois que as principais características dos aços endurecidos a frio
relativamente às do aço original são as seguintes (Figura 8): igual módulo de
elasticidade, não existência de patamar de cedência, tensões limite de proporcionalidade
e de rotura mais elevadas, extensão na rotura e após rotura bastante menores.
A não existência da tensão de cedência leva a considerar para estes aços como
parâmetro característico a “tensão limite convencional de proporcionalidade a 0,2%”,
(fs0,2)que se pode definir (Figura 9) como a tensão correspondente à intersecção do
diagrama tensões-extensões com uma recta paralela ao troço rectilíneo do diagrama e
passando pela extensão de 0,2%.
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Faz-se notar que, aplicando a definição dada ao diagrama dum aço laminado a quente,
se é conduzido ao valor da tensão de cedência.
Uma característica dos aços, e que interessa de sobremaneira ao fabrico das armaduras,
é a aptidão que os varões apresentam para suportarem as dobragens a que têm de ser
submetidos.
Um dos ensaios que serve para avaliar tal aptidão é o ensaio de dobragem. Neste ensaio,
cuja técnica se encontra fixada em Portugal na Norma Portuguesa NP 173 (1996)
MATERIAIS METÁLICOS Ensaio de dobragem. existem três rolos de aço, servindo dois
de apoio e o terceiro de mandril (Figura 10). Os apoios devem ter diâmetro de 50 mm
para varões com diâmetro φ ≤ 12 mm e de 70 mm para varões com φ >12 mm; o
espaçamento entre apoios deve ser igual à soma do diâmetro do mandril com três vezes
o diâmetro do provete em ensaio. O diâmetro do mandril é função do tipo de aço e do
diâmetro do varão a ensaiar. Fixados os apoios e assente o provete, de modo que o seu
eixo fique normal aos eixos daqueles, coloca-se o mandril sobre o provete, a meio do
vão definido pelos apoios, e exercem-se forças por meio duma máquina de ensaio, de
modo a dobrar o provete em torno do mandril. Pretende-se com este ensaio verificar se
aparece ou não fendilhação na parte convexa do provete, sendo considerado resultado
negativo o aparecimento de tal fendilhação. O ângulo de dobragem e os diâmetros dos
mandris, fixados no REBAP, são respectivamente de 180o e variando de 2φ a 4φ (sendo
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φ o diâmetro do provete) conforme o tipo de aço. Este ensaio é exigido no REBAP para
varões de qualquer diâmetro desde que tenham superfície lisa e apenas para varões com
diâmetro inferior ou igual a 12 mm no caso de varões com superfície nervurada (D’Arga
e Lima, 1988).
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No que se segue trata-se do que se costuma designar por propriedades geométricas dos
varões, ou seja, o diâmetro, o comprimento e a configuração da superfície, havendo
ainda que fazer referência às tolerâncias admissíveis para estes parâmetros.
πφ 2
M = ⋅ L ⋅ 7,85 ⋅ 10 −3
4
e portanto:
4 ⋅10 3 M
φ=
7,85 ⋅ π L
φ = 12,74 m
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As tentativas havidas para a normalização do comprimento dos varões não foram ainda
coroadas de êxito, posto que, nos últimos anos, se registou uma nítida preponderância
de determinados comprimentos, variando apenas apreciavelmente em função do tipo de
transporte. No caso das redes, e quando não se trate de casos especiais, elas são, como
os fios, fornecidas em bobines.
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Podem ser de altura constante ou variável; as nervuras contínuas são nervuras que se
estendem sem interrupção ao longo dos varões podendo ser paralelas ao eixo (caso dos
aços laminados a quente) ou formar com ele um certo ângulo (caso dos aços
endurecidos a frio por torção)
A aderência das armaduras ao betão é, como se sabe, uma propriedade de que depende o
bom comportamento dos elementos de betão armado, influenciando directamente as
amarrações e as emendas das armaduras (segurança em relação a estados limites
últimos) e a fendilhação do betão (segurança em relação a estados limites de utilização).
No que se refere às amarrações e emendas é sabido que, em geral, elas se processam por
aderência, havendo assim, mesmo quando se utilizem ganchos nas extremidades, que
cuidar com as condições de superfície dos varões sejam as convenientes para que se
possa realizar em condições satisfatórias a aderência das armaduras ao betão. Quanto à
fendilhação, e dado que se utilizam hoje em dia aços trabalhando a tensões bastante
elevadas, há necessidade de distribuir o mais possível a fendilhação que se verifica no
betão, devida à deformação das peças, de modo a que, individualmente, as fendas
tenham larguras muito reduzidas.
Tal objectivo consegue-se fazendo com que a transmissão das forças das armaduras ao
betão se faça em boas condições, para o que é necessário aumentar o mais possível a
aderência entre os dois materiais, o que tem sido conseguido através da utilização de
varões rugosos.
É assim que para os aços que trabalham a tensões elevadas, não é possível o emprego de
varões que não sejam rugosos, pois, se assim não fosse, haveria o risco de, em serviço,
se registar fendilhação inconveniente, quer do ponto de vista estético, quer do ponto de
vista de segurança, devido à possível corrosão das armaduras.
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Tem-se pois que é necessário exigir aos varões que trabalham as tensões elevadas um
certo grau de aderência ao betão, decorrendo daqui o conceito de “varões de alta
aderência” como aqueles que realizam a aderência necessária para que o seu emprego
em betão armado, mesmo quando trabalham a tensões elevadas, se faça sem risco de
fendilhação inconveniente.
Os varões que não satisfaçam a tal requisito serão considerados “varões de aderência
normal” e estão neste caso, em regra, os varões lisos; os varões rugosos poderão ser ou
não de alta aderência havendo, para decidir tal questão, dois critérios, um deles baseado
nas dimensões e configuração das rugosidades e o outro baseado em resultados dos
ensaios realizados sobre os varões em causa.
Está no primeiro caso, por exemplo, o processo indicado pela DIN 488 e no segundo
caso o critério decorrente dos “ensaios de viga” (beam-test) e de “arrancamento” (pull-
out test) (D’Arga e Lima, 1988).
7.1 - Generalidades
Por fabrico das armaduras entende-se um conjunto de operações pelas quais, a partir dos
varões, e atendendo aos desenhos de projecto, são obtidas as armaduras a colocar em
obra. Neste processo podem distinguir-se a encomenda do material, o seu transporte e
armazenamento, o corte e a dobragem dos varões, donde resultam as “armaduras
elementares” que, seguidamente, são reunidas - “montagem” - de forma a obter as
armaduras propriamente ditas ou, simplesmente, as armaduras.
Estas operações, ou pelo menos parte delas, podem ser realizadas em oficina ou em
estaleiro situado junto à obra ou junto ao local de aplicação (perto ou mesmo na
cofragem).
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7.2.3 - Armazenamento
Por outro lado, o manuseamento dos varões deve poder fazer-se sem que os operários se
tenham que dobrar, ou seja, devem em princípio situar-se a meia altura do corpo.
À saída do armazém, e antes de entrar na fabricação das armaduras, o material deve ser
convenientemente inspeccionado sendo esta inspecção mais rigorosa no caso de
condições ambientes agressivas ou de armazenamento por longos períodos (D’Arga e
Lima, 1988).
7. 3 - Armaduras elementares
7.3.1 - Corte
O corte dos varões com os comprimentos necessários para o fabrico das armaduras
elementares é feito em máquinas especiais, podendo-se em linhas gerais distinguir as
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serras e as tesouras. As serras, Figura 12, são usadas apenas quando é necessário que as
secções cortadas sejam tanto quanto possível ortogonais ao eixo dos varões e sem
rebarbas, caso que aparece na realização de emendas especiais feitas por exemplo com
“mangas” (de enroscar ou não).
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A tesoura fixa accionada manualmente, Figura 15, é uma máquina simples pesando de
20 a 150 kg, podendo cortar varões de aço macio até ao diâmetro de 25 mm. É
geralmente instalada à saída da mesa de medição e marcação dos varões, a uma altura
conveniente, em estaleiro de pequena produção.
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7.3.2 - Dobragem
Uma vez os varões cortados, há que lhes dar forma de maneira a constituírem as
armaduras elementares. Esta operação é realizada efectuando certas dobragens nos
varões, de maneira a serem atingidos os formatos pretendidos.
Durante a dobragem devem seguir-se certas regras que, resumidamente, podem ser
enunciadas da seguinte forma:
- as curvaturas nas dobragens nunca devem ser inferiores às prescritas nas normas
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Estes processos apenas permitem dobragens com pequenas curvaturas e são por isso
indicados no caso de varões de aço macio, sendo a principal aplicação da chave de
dobrar para corrigir dobragens de armaduras quando da colocação destas.
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7.4 - Armaduras
7.4.1 - Montagem
Esta operação pode ser executada em oficina específica, no estaleiro da obra, ou ainda
sobre a cofragem como é corrente, por exemplo, no caso das lajes.
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Os dispositivos de fixação mais correntes são simples fios metálicos com os quais o
montador realiza laços, também designados por “pontos”, envolvendo os varões a ligar.
Os “pontos” podem ser de três tipos: “simples”, “em sela” ou “de canto” e “em oito” ou
“cruzado” (Figura 23) sendo esta a ordem em que a resistência da ligação aumenta. O
fio, com a designação corrente de arame queimado, é em geral fornecido em troços com
comprimento da ordem dos 50 cm dobrados a meio. O operário, munido de um “ferro
de atar”, também designado por “chave” ou por “agulha” (Figura 24), que não é mais do
que um pequeno varão com um gancho na ponta, laça o fio dobrado em volta da ligação,
mete a ponta do gancho na dobra e enrola essa parte em torno das outras extremidades
do fio. Pode utilizar-se um fio ou vários fios ao mesmo tempo.
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Além da fixação por fios outros processos existem como, por exemplo (Figura 28), um
dispositivo que consiste num arame de aço que se coloca abraçando “em sela” os varões
a ligar e funcionando de mola para aperto.
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Paredes
Vigas e pilares
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Nos cantos dos estribos as ligações entre estes e os varões longitudinais devem todas ser
feitas com pontos de canto. Os outros varões longitudinais devem ter os seus
cruzamentos com os estribos ligados, alternadamente, com ponto simples.
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Note-se que os espaçadores (como aliás os fixadores) não deverão, em qualquer caso,
atingir as cofragens, a menos que sejam especialmente concebidos para tal. Os
espaçadores devem por isso assentar nos varões da armadura e os fixadores não devem
ter pontos saídas; estas, caso existam (no caso de agulha mecânica elas são
automaticamente eliminadas), devem posteriormente ser cortadas.
7.4.2 - Colocação
Para manter as distâncias entre os varões e as cofragens intercalam-se entre eles certos
dispositivos, pontuais ou contínuos, designados por “suportes” que, genericamente,
terão que satisfazer certas condições das quais, como mais importantes, se poderão citar:
não atacarem o betão nem as armaduras, não danificarem a cofragem, terem boa
aderência ao betão, serem fáceis de manejar, apresentarem resistência suficiente e serem
de baixo custo.
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durante a betonagem. Tais suportes, quanto ao material de que são feitos, podem
classificar-se em suportes de argamassa, de fibrocimento, de plástico e metálicos.
Os suportes de argamassa (Figura 31) são de fácil fabrico, podendo mesmo ser feitos no
estaleiro e são muito baratos. Podem, para melhor fixação, ter fios para ligação aos
varões e a sua aderência ao betão é óptima. São no entanto frágeis e aparecem nas
superfícies do elemento depois de retirada a cofragem; para que apareçam o menos
possível têm, na face em contacto com a cofragem, forma esférica ou cilíndrica o que,
porém, dificulta o enchimento destas zonas pelo betão.
Quanto aos suportes de plástico (Figura 32) eles podem ser, essencialmente, do tipo
mesa e do tipo circular. Os suportes tipo mesa, nos quais os varões são simplesmente
apoiados, destinam-se principalmente a suportar grandes pesos de armaduras: têm o
inconveniente de ser grande a zona de contacto com a cofragem. Os suportes tipo
circular são em geral apenas para varão a varão aos quais são ligados por aperto e
destinam-se mais a varões verticais do que a varões horizontais; têm pequena zona de
contacto com a cofragem mas são relativamente frágeis.
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Finalmente os suportes metálicos (Figura 33), que podem se do tipo mesa ou do tipo
cavalete, resistem bem a cargas verticais, mas são caros, são susceptíveis de corrosão e
dão mau acabamento às superfícies inferiores das peças betonadas; por vezes os seus
pontos de apoio na cofragem são revestidos com capas de plástico.
Os suportes relativos às armaduras verticais não têm que suportar grandes cargas mas,
por outro lado, têm que ser fixados aos varões para que, durante a betonagem, não se
desloquem da sua posição por efeito do peso e vibração do betão. Esta fixação é feita
geralmente por laços (suportes de argamassa ou fibrocimentos) ou por aperto (suportes
de plástico); os suportes metálicos não são geralmente usados.
Para posicionar a armadura superior das lajes empregam-se em geral suportes metálicos
do tipo cavalete (Figura 33) ou então simples espaçadores de grande altura (Figura 29).
Neste caso devem ser feitos de varões com diâmetro variável em função da altura da
laje, sendo aconselhável empregar varões com diâmetros de 8, 12 e 16 mm,
respectivamente, para lajes com espessuras até 15 cm, de 15 a 30 cm e de 30 a 50 cm.
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8.1 Generalidades
Na realidade a industria Siderúrgica sofreu grandes alterações a partir dos anos 70. Nos
últimos 25 anos a produção mundial de aço aumentou cerca de 30% e o emprego
reduziu-se para cerca de metade nos principais países produtores excepto da China. Esta
evolução está ligada com exemplo aos progressos tecnológicos – que permitem
actualmente explorar, de forma rentável, unidades de produção muito pequenas, as
MINI ACEARIAS ELÉCTRICAS, por utilização de sucata. De facto um desafio à
indústria siderúrgica reside na resolução dos problemas ambientais entre os quais
adoptar processos inovadores do tratamento de efluentes e resíduos líquidos e sólidos do
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Portugal possui uma industria siderúrgica desde 1969 quando foi construída a então
Siderurgia Nacional, no Seixal (Paio Pires) para produção de produtos longos e
produtos planos. Em 1976 começou a funcionar igualmente a instalação de produtos
longos na Maia. Em 1994 foi aprovada pela Comunidade Europeia do Carvão e do Aço
(CECA) um plano de reestruturação da Siderurgia Nacional.
Quer na Maia, quer no Seixal produz-se varão para betão e no Seixal também se
produz fio–máquina.
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- varão para betão - destinado à construção civil e produzido nas instalações da Maia e
do Seixal, sobretudo para abastecimento do mercado nacional.
Dado que a instalação do Seixal é a única do grupo MEGASA que produz fio-máquina,
tem sido aposta da empresa explorar o mercado deste produto, que é sobretudo
exportado para Espanha.
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REFERÊNCIAS
Reparaz, J.M.P.; Bilbao, J.M.; Ereno, J.M.L. e Bricio, L.I. “La Fabricacion del Acero”,
UNESID, Madrid, 1998.
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