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A Psicologia no Hospital 24 edicao Valdemar Augusto Angerami — Camon (organizador) Heloisa Benevides de Carvalho Chiattone Marli Rosani Meleti a ‘Satan ra i THOMSON rr 4 ae asl Canad Cingapura Espanha Estados Unidos Méalco Reino Unide A CRIANCA E A HospItALizAGAo Holoisa Benevides de Carvalho Chiattone PALAVRAS INICIAIS Este artigo relata o trabalho desenvolvido por nés, desde 1982, no Servigo de Pediatria do Hospital Brigadeiro — SUS — Sio Paulo. le nfo tem a pretensio de esgotar 0 assunto nem tampouco de segiir nor- mas cientificas rigorosas, mas sim de transmitir, aqueles que se interessam pela Paicologia Hospitalar, algumas alterativas ¢ formas de atuagio junto a criangas hospitalizadas Este trabalho é dedicado a0 Chefe da Pediatria do Hospital Brigadeito, Dr. Mariano da Silveira Gomes, pelo ctédito, pela confianga e pela oportunidade; aos preceptores do Servigo de Pediatria, em especial & Dra, Suzana Barreto e a0 Dr. Mauro Brasil, que tanto t8m acteditado, ajudado e nos incentivado em nossa luta iftia; aos residentes e internos da Pediatria, pela ajuda, amizade ¢ pelos ensi- namentos; &s enfermeiras, auxiliares e atendentes de enfermagem do perfodo da rman, amigas e verdadeiras colaboradoras de todas as horas; aos estagiétios de Psicologia Hospitalar do Curso de Especializacio do Instituto Sedes Sapientiae, que tanto t8m engrandecido e dignificado o atendimento as criangas, principal- mente as hospitalizadas, © que com sua singeleza, honestidade e com seu amor tém nos dado ligbes de maturidade e de vida L._IntroDugao: [Nos filtimos anos, as nogdes de satide © doenca geadativamente foram sendo mo- dificadas. De uma forma geral, os crtétios pré-cientificos vineulados &s doengas ‘©. magia envolvida nesse processo foram substitudos pela convieglo de que a bis. ‘doenga deve ser compreendida em razdo das propriedades fisicas e quimicas dos ‘rgios, sistemas e tecidos. Dessa form, 0 tratamento dos estados de doenga esta- riam vinculados & interferéncia no status quo da quimica do individuo. (Os constantes progressos téenicos e cientificos na rea da satide modifi- ccaram a qualidade do atendimento dispontvel, mas acabaram por diigir pratica- ‘mente toda a energia dispontvel para uma atuagdo curaiva, afastada de medidas profilticase que faz uso de um tipo de atendimento que, despersonslizado, deter- mina a desumanizagao da prética médica, Desse forma, © doente é visto etratado ‘como uma pega da grande maquina que, desajustada/doente, necessita reassumir © cquiltbrio entre suas pegas/tecidos-sistemas-Srgios. Por outro lado, acredita-se que a satide depende exclusivamente do trata- ‘mento do doente por meio de medidas médicas, e entdo tomna-se dificil falar de sadide sem se referir & doenga, na medida em que o conceito de satide esté vin- culado a nfo-doenga. E, na verdade, nZo se obtém sade somente lutando contra « doenga, mas sim amplizndo-se as prioridades da populaeZ0, determinando-se ‘uma redefinigfo no desenvolvimento cientifico, promovendo justiga social, distri bbuindo equitativamente a assisténcia & populagdo e desenvolvendo programas de saide e ensino que estimulem os profssionais da drea a assumir uma visio mais real, social ecoerente com as necessidades da populagio, Capitulo 2+ A Criangu ea Hospitatizagiy — 25 Portanto, a sade € um conceito que esté intimamente relacionado com a cultura da populagio, A concepgio de satide dos povos primitives, das popula- {Ges indigenas, dos diferentes grupos étnico-raciais e das populagées industrial ‘zadas 6 diversificada e demonstra que a satide nfo s6 tem uma dimensfo social, ‘mas, quando vineulada & qualidade de vida da comunidade, assume uma dimen- so politica. ‘Além disso, devem estar inclufdos no conceito de sade os fatores inter pessoais, que transformam o doente em pessoa humana com suas caracteristicas pessoas suas inter-elagées complexas com a familia ¢ © meio em que vive. essa forma, o conceito de sade deve assumir um ambito global, deter- minado como um “estado de bem-esta fisico, mental e social”, como conceitus ‘1 Organizagto Mundial de Satde, e também, como define Menchaca', “como um modelo de um sistema que procura a harmonia psicofisica da pessos, em equil brio dindmico com sua circunstancia naturale sociocultural” ‘Mas o que se pode nota, de uma maneira geral, € que os profssionais da frea tenclem a incluir no conceito de sade somente o bem-estar fisico do doente, esquecendo ot menosprezando os aspectos mentais € sociais do individuo. Esse aspecto, muitas vezes, est ligado ao fato de que esses profissionais no saben lidar, nfo aprenderam ou no assumiram uma postura capaz de considerar os aspectos fisicos, mentais¢ sociais do doente, preferindo, entzo, apoiar-se no co- ‘nhecimento, capacidade e tecnologia, deixando de lado o homem:-profisional de safide, o homem-ser doente. E.o que dizer entio de um mimero grande de indicios que sogerem 0 te lacionamento de doengas graves/causas fisicas/acontecimentos ou experiéneias ‘raumdticas anteriores? Se essa relagdo for verdadeira — e a experiéncia clinica ‘mostra claramente esse aspecto —, existe entio um grau de controle sobre a sate, ¢ as manifestagdes orginicas ou fisicas representariam um estigio tardio desse descontrole, Dessa forma, considerar somente 0 aspecto fisico da doenga ou ainda tratar somente 0 lado orginico do individuo seria estabelecer 0 tratamento dos sintomas da doenga de forma superficial, menosprezando suas causas reais € abrangentes. ‘A doenga deve ser vista como uma forma de mensagem social, fisica € pfguica. A patologia fisica ¢ apenas uma reegzo, dentro de um complexo dela, ‘uma determinada situacio, Entfo, muitas vezes, a doenga 6 decorrente do rela mento inierpessoal comprometido aa familia e de comportamentos, estados alterados ou acontecimentos vinculados ao aspecto mental do individuo. ‘A Declaragdo Universal dos Direitos do Homem determina em seus artigos 23, 24.e 25 os aspectos de savide. O artigo 25 afirma textualmente que “o homera

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