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1 I NTRODUÇÃO
Os sistemas HVDC possuem vantagem no que diz respeito ao controle da potência
transmitida. Além do possuir uma resposta rápida através da variação do ângulo de gatilho,
o sistema de controle consegue garantir alta confiabilidade e exercer funções de proteção
contra falhas na linha e conversores.
Como princípios básicos na estratégia de controle em sistemas HVDC, pode-se adotar
o controle de tensão nos terminas, ou controle da corrente CC. O controle de tensão é co-
mumente utilizado quando se pretende reduzir perdas na transmissão, mantendo a tensão
elevada. Além disso, este tipo de controle permite melhor ajuste de regulação e otimização
da isolação. Para linhas em corrente contínua, a queda de tensão no trecho é muito reduzido
quando comparado às linhas em corrente alternada. Isto se deve ao fato de que a reatância da
linha é desprezada quando se trabalha em CC. Para compreender melhor a estrutura de con-
trole em um sistema HVDC, é necessário uma breve explicação de como funciona o circuito
conversor e o circuito equivalente do retificador e inversor.
2 F UNCIONAMENTO DO C ONVERSOR
A tensão máxima Vd 0 na saída de um conversor de 6 pulsos é obtida quando o ân-
gulo disparo é 0°, e obtida em função da tensão alternada no secundário do transformador
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conversor, conforme (2.1).
p
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Vd 0 = (N · E LL ) (2.1)
π
Sendo E LL a tensão alternada eficaz entre fases na entrada do transformador, e N o tap do
transformador. Considerando o efeito do ângulo de disparo α, temos que a tensão de saída é
reduzida por um fator igual a cos(α).
A redução na tensão de saída representada pela área A pode ser calculada em função
da reatância de comutação Xc, e é representada como uma resistência Rc no circuito. Deste
modo, a tensão resultante na saída pode ser expressa em termos de Rc, conforme a Equação
2.2.
Vd = Vd 0 cos(α) − R c I d (2.2)
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Figura 2.2: Circuito equivalente HVDC
inversor. A Figura 2.3 mostra as relações entre os ângulos característicos de um sistema HVDC,
em seus pólos retificador e inversor.
Deste modo, as equações para o inversor são analogamente iguais àquelas encontradas
para o retificador. Existe uma limitação, no entanto, pelo fato de que o ângulo γ do inversor não
pode ser controlado livremente, como ocorre no ângulo α. Os valores de γ são condicionados
ao modo de operação, possuindo uma faixa limite.
Vd r − Vd i
Id = (3.1)
R cr + R d − R ci
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tensões dos conversores. Desta forma, torna-se necessário o controle destas tensões através
dos ângulos nos conversores para manter a corrente de acordo com o valor desejado. Como
variações nas tensões podem ocorrer subitamente no sistema CA, variações nos ângulos
dos conversores não podem ser controladas manualmente. Portanto, é de fundamental
importância uma resposta rápida a variações de um sinal de "feedback" por meio de um
sistema de controle dos ângulos α e γ. Além disso, o controle de corrente permite um melhor
desempenho sob o ponto de vista de limitar sobrecorrentes nas válvulas tiristores.
Convém destacar que o controle de corrente e potência poderia também ser realizado
através do ajuste das tensões nos taps dos transformadores conversores. Este recurso, porém,
consiste em uma resposta lenta por conta do chaveamento mecânico nos comutadores.
De modo geral, a estratégia de controle dos conversores se baseia nos seguintes precei-
tos:
2. No lado do inversor, busca-se operar com o mínimo γ possível. Desta forma, também é
reduzido o consumo de reativos no inversor.
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Figura 3.1: Modos de controle nas estações conversoras
das duas estações representa o ponto de operação (A). No gráfico, este ponto corresponde à
estação I como retificador operando em modo de corrente constante, enquanto a estação II
opera como inversor em CEA. De acordo com a tensão CA, pode-se observar a transição entre
3 modos distintos de operação.
Para que ocorra a correta transição para permitir fluxo inverso de potência, a corrente
de referência para o retificador e inversor é diferente em um valor de margem I m . A Figura 3.2
mostra a característica de operação para uma margem de corrente negativa. Pode-se perceber,
neste caso, que há uma inversão entre as funções das estações conversoras, permitindo o fluxo
no sentido contrário. O controle através da margem de corrente exige um rápido canal de
telecomunicação entre a estação mestre-escravo.
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Quando a subtensão é causada por uma falha no lado CA, o inversor é forçado a operar
com baixo fator de potência, causando consumo de reativos excessivo. Para evitar estes
problemas, é implementado no controle a função VDCOL, introduzindo limites à corrente de
referência em função da tensão.
A Figura mostra a alteração nas curvas de controle em função das tensões limites Vd 1 e
Vd 2 .
• Controle de Polo:
Proteção de polo;
Proteção de linha CC;
Sequências de paralelismo de conversores (opcional).
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• Controle Mestre:
Cotrole de frequência;
Controle de tensão CA e reativos.