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Segunda
Reforma
A IGREJA DO
NOVO TESTAMENTO
r
NO SECULO XXI
WILLIAM A. BECKHAM
MINISTtRIO IGREJA
EM CÉLULAS
Publicado em português por:
Ministério Igreja em Células no Brasil
Rua Vereador Antônio Carnasciali, 1661
81670-420 Curitiba - PR
CIP-Brasil Catalogação-na-fonte
Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ
B356s
Beckham, William A.
A Segunda Reforma: A Igreja do Novo Testamento no Século XXI I William A.
Beckham; tradução Haroldo Janzen - Curitiba, PR: Ministério Igreja em Células no
Brasil, 2007.
il.
Tradução de: The Second Reformation
Apêndice
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-87194-46-6
Os textos bíblicos usados neste livro são da Nova Versão Internacional, Editora
Vida, salvo outra indicação.
r
DEDICATORIA
P
ara os teólogos, filósofos e profetas da Segunda Reforma de
Deus e da revolução do século XXI. Seus escritos e seu pensa-
mento criativo são o fundamento da minha peregrinação na igre-
ja. Representantes desse grupo são:
INDICE
Prefácio 9
Introdução à edição em português 11
Introdução 21
LISTA DE FIGURAS
J
esus é o Salvador do mundo. Será que ele também é o Senhor da
igreja? Nós realmente cremos nisso? Hebreus 11.10 diz que Deus
é o "arquiteto e edificador" principal. A igreja muitas: vezes negli-
gencia ou ignora o projeto básico revelado para nós nas EScrituras. Nós
louvamos o Cabeça mas falhamos em edificar o corpo.
A maioria das nossas tradições de igreja tem a forma Piresbiteriana,
episcopal ou congregacional. Isto é, essas formas destacam a importân-
cia dos presbíteros ou anciões, dos bispos e pastores qual ificados ou da
comunidade local de crentes. Cada uma dessas ênfases tern a sua base
no Novo Testamento; cada forma preserva percepções bíblicas. Mas
nenhuma incorpora plenamente a dinâmica bíblica da igreja. Quaiquer
que seja a nossa visão acerca da filosofia de igreja, a pergunta básica
hoje é: Será que as nossas igrejas realmente são a encarna~ão do evan-
gelho de Jesus Cristo? Temos dado a devida atenção à eclesiologia bí-
blica básica, independente das nossas tradições pessoais? De maneira
significativa, os autores dos mais diversos espectros ecles iásticos têm
argumentado a favor de uma nova reforma. E muitas vez~s chegam a
conclusões semelhantes acerca da natureza orgânica e celular da igreja
quando examinam os escritos do Novo Testamento.
Eu tenho ouvido um clamor por uma Nova Reforma em nossa igreja
por mais de vinte anos - uma que renovaria a forma e a vida da igreja,
tornando-a fiel e eficiente. E Deus tem trabalhado nesses anos. A Segun-
da Reforma é um sinal disso. Mais do que um apelo para uma renovação
9
lO .1 5,'eg li nda R cforma
A
s verdades de Deus nunca mudam. No entanto, o contexto his-
tórico das verdades e as pessoas que apl icarn as verdades de
Deus mudam. Por isso, atual izações periód icas de Iivros po-
dem ser de grande ajuda.
Como uma introdução a esta edição em português de A Segunda
Reforma, incluo aqui porções da Introdução e Conclusão de um de meus
livros mais recentes, Where (Ire l1'e now? [Onde estamos agora"]. Esse
livro é uma avaliação do Movimento de Grupos Pequenos e dos modelos
ligados a ele.
Espero que esses pensamentos ajudem a colocar as verdades apre-
sentadas em A Segunda Reforma na sua perspectiva h istórica, mantendo
assim sua relevância para o Movimento Igreja em Células de Deus do
século XXI.
MOVIMI:NroS
JJ
12 A Segunda Reforma
14
····.--·-·--·--------------------.;...------"'-'--~-=·----==.i-l;.
A Segunda Reforma
II
A Igreja do Novo Testamento no século XXI 15
PERGUNTAS TEOLÓGICAS
PERGUNTAS RECENTES
vos. Por nenhuma outra razão que seus números, essas pequenas igre-
jas são fundamentais para o crescimento do movimento. O Movimen-
to da Igreja nas Casas na China também comprova que esse não é ape-
nas um fenômeno de uma igreja grande. E perguntas em outras áreas
também têm sido feitas. Por exemplo: "Como a implantação de igrejas
e os ministérios de apoio se encaixam no movimento?".
Diversas perguntas que são discutidas no movimento nesse mo-
mento merecem atenção especial nesses parágrafos conclusivos.
"Existe apenas um modelo e método?". Essa é uma das pergun-
tas recentes mais importantes a respeito do movimento. Essa pergunta
foi desenvolvida em razão do grande sucesso do Modelo do Grupo dos
Doze em ]3!?g..ot<h..Çolômbia.A história confirma que o Espírito Santo
é capaz de usar muitos modelos e métodos diferentes em um movi-
mento controlado por ele. Não existe um modelo ou um método ou um
.••coneo de materiaLL No Tuturo, o movimento terá outros modelos
que parecerão ser "o modelo". Mas esses modelos especiais são ape-
nas a maneira de Deus fazer correções de curso e nos lembrar de vj}Jo-
re§ eSQuesidos 011 negligenciados que precisam continuar a conduzir o
movimento.
"É necessário que o movimento seja controlado do topo por lí-
deres autorizados?". Essa é uma pergunta que tem sido feita com uma
freqüência crescente durante os últimos anos. O fato é que o movi-
mento perseverou por cinco décadas tendo somente o Espírito Santo
como seu administrador divino. Ele não sobreviverá mais algumas
décadas se apóstolos humanos o restringirem a si mesmos, encaixo-
tando-o em determinados modelos, codificando sua vida ou se esque-
cendo de liderar como servos. Líderes podem ser substantivo ou ver-
bo. Líderes-subst'.l_ntivo necessitâm de títulos e posições Líderes- ver-
bo lideram pelo exemplo Jjderes-sllbstaotiyo dizem' "Ouca O que eu
ç!igo" ~ "Obedeça-me" U@res-verbo dizem' "Siga-Jlle:'~ºeixe-me
servi-lo". Um movimento de Deus não sobreviverá muito tempo a lí-
deres que demandam títulos, posições e honra especial para si mes-
mos.
"Os grupos são naturais, feitos pelo homem, ou são células so-
brenaturais, feitas por Deus?". Essa é uma pergunta importante para a
expansão do movimento no século XXI. Ela atinge o centro da nature-
za e o DNA do grupo pequeno. Cristo está de fato no meio de cada
grupo com sua presença divina, seu poder da ressurreição e seu propó-
sito eterno? O movimento Igreja em Células não sobreviverá como
movimento de grupos pequenos, como movimento de implantação de
18 A Segunda Reforma
Bill Beckham
Janeiro 2007
-
INTRODUÇAO
o GRANDE QUADRO DE EZEQUIEL
A
visão do profeta Ezequiel do vale de ossos secos expressa frus-
tração, mas em última análise, esperança, com a nação de Israel.
Quando Ezequiel olhou para aquele vale, viu muitos ossos. Uma
enorme quantidade de ossos estava espalhada por aquele vale. Mas, será
que "esses poderão tornar a viver?". Onde estava a forma, a carne e a
"
vida em torno dos ossos?
Deus instruiu Ezequiel para.erofetjlOr aos ossos. Enquanto profe-
tizava, houve um barulho, um som de chocalho, e os ossos se juntaram,
osso com osso. Olhei, e os ossosforam cobertos de tendões e de carne,
e depois de pele (Ez 37.7-8). Todas as partes foram j untadas e integra-
das em um todo. Mas isso ainda não era suficiente: "Não havia o espíri-
to neles ... Profetize ao espíri!Q:..
AJorma sem o espírito de Deus continua sendo nada além de ossos
secos conectados. Profetizei conforme a ordem recebida, e o espirito
':i/í/"()l/ neles; eles receberam vida e se puseram em pé. fui um exércitu _
©
e;;:"l"IIle.' 37.101.. Ossos secos. mortos, desconectados, foram trans-
tormaãos em um exército vivo e poderoso.
A l'vIACROVISAo
L 2/
22 ;1 Segunda Reforma
há décadas por uma igreja que siga os moldes da igreja do Novo Testa-
mento. Semelhantemente a Ezequiel, tenho estado parado diante do enor-
me vale, examinando os ossos secos da igreja e ansiando ter o poder para
profetizar forma e vida para esses ossos. Hoje, presumo que as aborda-
gens antigas de "fazer igreja", usadas por 17 séculos, não vão produzir
nada além de um "som de chocalho" nesses ossos. Semelhantemente a
Israel, a igreja sente a necessidade de um sistema espiritual para transformá-
la em um organismo que Deus possa encher com o seu espírito.
Este livro visa a apresentar uma macrovisilo da igreja. Macro signi-
fica combinar forma em uma perspectiva que é "longa, ampla e expandi-
da". Um provérbio comum que expressa o princípio do macro versus o
micro diz o scguinte: "Você não consegue ver a floresta por causa das
muitas árvores". Muitas vezes não conseguimos "ver a floresta" (macro)
"devido às muitas árvores" (micro). ~ temos a tendência de nos perder
em detalhes e falham~Q) ver o ql!adro todo.
- Para algllIfs,-essa abordagem vai ser frustrante porque detalhes,
aspectos específicos, métodos e dados são normalmente vistos como a
chave para o sucesso. No entanto, da minha experiência pessoal, como
pastor e missionário, percebo que meu problema em implementar uma
estratégia normalmente não é o problema micro ou o detalhe, mas o
problema macro, ou seja, ter a visão do todo. Quando consigo ver todo o
quadro, ~10 ÇQndiçÕes de encaixar os detalhes..nos sem devidos luga-
-
res.
VAMOS "PROFETIZAR"
A
banheira de Christian Smitb..iicoII entllpida por três djas...,Ele
achava que era conseqüência de uma reforma recente. Ele gas-
tou uma boa parte dos três dias tentando consertá-Ia e chegou a
descer ao porão para "atacar" o cano de esgoto COI11 um fio de metal flcxí-
vel para desentupir ralos.
Nada funcionava. Não passava um pingo. Ele finalmente "entregou
os pontos". Exausto, derrotado e coberto pela sujeira do esgoto acumula-
do em vinte anos, sentou-se no canto da banheira e imaginou a vida sem
um bom banho. Christian continua sua história, dizendo: "De repente, eu
tive um sentimento estranho. Não. Isso não podia ser possível. Eu estendi
o braço e tirei a tampa do ralo da banheira. Instantaneamente, a água suja
jorrou pelo cano abaixo. Eu tinha esquecido de abrir a tampa para deixar
a água sair".'
FIGURAS DE PARADIGMAS
31 de Janeiro de 1829
Martin Van Buren
Governador de Nova York
~~~~~~~~~~-
iria!
HOLOGRAMAS E JOGOS
A tenc iosamente,
b
2
A IGREJA DE DUAS ASAS
- Elton Trueblood
E
m 1989, Deus me trouxe de volta da Tailândia para os Estados
Unidos depois de quinze anos implantando igrejas, para "come-
çar um tipo diferente de igreja", Depois de um ano de tentativa e
erro, acabei indo para Houston trabalhar com o dr. Ralph Neighbour. Por
causa da minha ligação com ele, outras almas desesperadas começaram a
contatar-me acerca desse novo tipo de igreja. Por alguma razão eles acha-
vam que eu sabia mais do que eles, o que era discutível.
Um grupo de homens da TexasA & M University (Universidade A &
M do Texas) veio falar comigo acerca da igreja. Depois de lhes contar
tudo o que sabia, eu continuava me sentindo inadequado ao explicar esse
fenômeno do século XX na sua verdadeira simplicidade. Antes deles par-
tirem, nos demos as mãos em oração. Esses homens tão jovens, com pou-
co mais de 20 anos, tinham uma visão da igreja que somente chegou a
mim aos meus 50. Quando eles partiram, Deus me c1euuma história. Eu a
comparti lho em cada conferência que ensino porque ela retrata uma
macrofigura do que muitos chamam de "igreja em células".
o Criador um dia criou uma igreja com duas asas: Uma asa era o
grupo grande da celebração e a outra asa representava a comunidade do
grupo pequeno. Usando as duas asas. a igreja podia voar alto para os céus.
entrar na sua presença e fazer a sua vontade em toda a terra.
)7
.'1
38 A Segunda Reforma
cial humano;
• mais direcionada a alcançar..pessoas em vez de promover progra-
mas melhores;
• menos materialista com suas enormes construções e dívidas;
• mais redentora e menos política;
• e menos influenciada pelo mundo que ela foi chamada para in-
fluenciar.
ETIÓPIA
~
Uma igreja que passou por esses testes foi fundada pela Igreja
Menonita da América na Etiópia. Na década de 1970 os missionários
ocidentais haviam voltado para casa, deixando uma igreja nacional nativa
de 5.000 membros. Em ----
_. .1982, os comunistas derrubaram o governo da
Etiópia e iniciaram uma perseguição à igreja. As igrejas Menonitas tive-
ram todas as suas construções confiscadas. Muitos dos seus líderes foram
aprisionados e muitos membros foram proibidos de se reunir. A igreja
tornou-se "subterrânea", sem líderes, sem construções, sem a oportunida-
de de reunir-se publicamente ou de realizar qualquer tipo de programa
público. Enquanto a igreja era "subterrânea", os membros não podiam
cantar em voz alta com medo de alguém denunciá-los às autoridades.
Dez anos mais tarde, em 1mo governo comunista foi destituído,
permitindo que essa igreja saísse do seu "anonimato". Os líderes da igreja
decidiram reunir todos os membros remanescentes para os cultos. É des-
necessário dizer que eles ficaram surpresos ao descobrir que o~
----
membros tinham crescido para mais de 50.000 nesse período de dez anos!
Essa história ilustra o poder da célula. Cristo projetou a igreja para
sobreviver na sua forma mais básica. Isso ocorreu na igreja do primeiro
século e está ocorrendo na igreja atual. Em todos os lugares em que a igreja
tem sido forçada a tornar-se "subterrânea" e tem adotado uma estrutura de
grupos pequenos, ela tem sobrevivido, e na maioria das vezes crescido.
Será que a igreja vai adotar a estrutura de grupos pequenos semelhantes
aos grupos do Novo Testamento somente em [?aís~munistas..e em tem;....-
~e perseguição? Pode até parecer que este seja o caso. No entanto. em
nosso período histórico atual, Deus está restaurando a célula como a estru-
tura principal da igreja mesmo em países onde não existe perseguição.
42 A Segunda Reforma
breviver à perseguição .
• Os perdidos são alcançados por meio do evangelismo por amiza-
r- de nas células.
.: Os dons espirituais essenciais para a edificação, treinamento e
, evangelismo são liberados em um ambiente natural das células.
A Igreja do Novo Testamento no século XXI 43
raça, língua, povo, família [...] Elas são a igreja [...] Elas não
são um grupo de protesto, embora sua vida seja um protesto
contra a mediocridade, a indolência e a falta de autenticidade
de muitos [...] Elas não são um grupo especial para pessoas
especiais. Elas são a igreja comprometida com o homem co-
mum, com o pobre, com aqueles que sofrem injustiça [...] Elas
não são fechadas: elas são abertas ao diálogo com todos. Elas
não são uma reforma da obra pastoral: elas são uma opção pas-
toral decisiva, preparada para construir uma nova imagem da
igreja.'
COMA A BANANA
Corno o gosto de uma banana pode ser descrito para uma pessoa
~ IÍ"lI1cayiu uma banana? Para realmente sentir o gosto de uma bana-
na, em algum ponto as descrições devem tornar-se experimentais. A
melhor coisa a fazer é descascar a banana, dá-Ia à pessoa e dizer: "Aqui
está. Experimente você mesmo".
Mesmo com essas definições e ilustrações, você pode continuar
perguntando-se como a igreja em células realmente funciona. Isso é nor-
mal porque, como o sabor de uma banana, a igreja é algo que só pode-
mos conhecer ao experimentá-la. Não importa o nosso conhecimento
teológico e acadêmico da igreja, o que melhor entende a definição de
lima "igreja em células" é aquele que está mais empenhado em
experimentá-Ia. A igreja em células não é algo que podemos simples-
mente estudar e analisar. A certa altura, nossa definição de igreja deve
ser experimentada e vivenciada.
3
LARRY: UM PARADIGMA DE
LIDERANÇA
L
arry, um líder de igreja com quarenta e poucos anos, já havia
pastoreado várias igrejas bem-sucedidas mas dentro dele estava
crescendo uma desilusão em relação à igreja tradicional no
modelo "um dia por semana". Ele ouvia, enquanto outros participantes
do congresso compartilhavam o motivo de estarem ali: "Vim para
aprender mais acerca da igreja em células". Quando chegou a vez
de Larry, ele foi absolutamente sincero. Ele compartilhou sua fome
de encontrar respostas a respeito de como a igreja poderia voltar a
ser como nos tempos do Novo Testamento. Com um profundo sen-
timento de dor, ele revelou: "Se eu não encontrar algumas respos-
tas, vou sai r daq u i e pescar".
Todos no recinto sabiam instantaneamente o que ele queria
dizer e irromperam em uma gargalhada. Larry estava disposto a
encontrar uma outra coisa para fazer se a situação não mudasse.
Outros, além de Larry,já tinham considerado a mesma possibilida-
de.
Para cada "Larry" vocal existem inúmeros "Larrys" silencio-
sos que estão tentando sobreviver na igreja tradicional com a mes-
ma dignidade e honestidade. Larry é um dos milhares de pastores
que experimentam a dor de liderar uma igreja que não está à altura
do paradigma de igreja que Deus colocou em seu coração. Sua vi-
são de igreja nunca se satisfará com o modelo de LIma igreja "um
dia por semana".
45
-16 A Segunda Reforma
Por que temos essa confusão entre os líderes que são dotados e
chamados para pastorear? Eles foram treinados especificamente para
esse propósito e são sinceros em seu desejo de servir a Deus.
Os líderes mais criativos e visionários da igreja pagam um preço
altíssimo porque eles desejam voar e pairar nos ares, mas dirigem igre-
jas que estão presas à terra. Deus tem colocado a mesma visão de igreja
que ele deu a Paulo em Éfeso no coração dos líderes de cada era. De
acordo com Paulo, a igreja é a "plenitude de Deus", o "poder de Deus",
A Igreja do Novo Testamento 1/0 século XX! 47
asa que exigia toda a nossa energia apenas para manter as boas ativida-
des e programas em funcionamento. Nosso coração até pertencia à igre-
ja do Novo Testamento, mas nosso corpo pertencia ao paradigma da
igreja tradicional de uma asa.
Em 1972, durante um final de semana de renovação para leigos, eu
experimentei pela primeira vez a comunhão do Novo Testamento e a
vida no corpo de um grupo pequeno. Equipes de visitação de "pessoas
leigas" animadas ficaram nas casas dos nossos membros. O final de
semana foi organizado ao redor de encontros em grupos pequenos e
muita conversa franca. NOVGS cânticos foram cantados para Deus, não
acerca de Deus. Vidas foram transformadas e casamentos restaurados.
Cristo em nosso meio, operando em poder - essa é a impressão que
continua na minha memória acerca daquele final de semana. Aquela
experiência foi como um poderoso removedor de tinta da minha velha
"imagem" de igreja.
Eu já estava vitalmente conectado à igreja por trinta anos antes de
ter o primeiro gosto da verdadeira vida no corpo do Novo Testamento.
Embora tenha experimentado muitos momentos espirituais significati-
vos na igreja, nada era tão genu inarnente neotestamentário "em sabor"
como aqueles breves momentos da vida em grupo pequeno.
Infelizmente, eu não fazia a menor idéia do que fazer com o fruto
daquela experiência. Assim eu derramei essa experiência diretamente
no único odre que eu tinha: meu odre da igreja tradicional. Embora aquele
final de semana da comunidade do Novo Testamento tivesse um impac-
to significativo sobre a vida de várias pessoas, incluindo a mim, ela não
teve um impacto tão grande sobre a minha igreja tradicional. Em dado
momento essa experiência foi mastigada e cuspida em uma forma que
os nossos programas tradicionais pudessem tolerar. .~V'
rapidamente, e para eles a Tailândia se tornou seu lar com pessoas, luga-
res c experiências especiais. Mary e eu aprendemos a comunicar-nos na
língua deles, a ler a Bíblia Thai e os sinais de trânsito, a relacionar-nos
culturalmente com o povo da Tailândia e a comer algumas das comidas
mais apimentadas, mesmo que muito deliciosas do mundo.
Sobrevivi ao choque cultural, mas não consegui passar por cima do
meu "choque igreja/missão". Deus me chamou para plantar uma igreja
em um contexto cultural e me deu a paixão para descobrir a estratégia
para reproduzir igrejas neotestarnentárias em ambientes urbanos. Esse zelo
logo conflitou com a realidade quando me familiarizei com a igreja na
Tailândia.
A arquitetura da construção da igreja era diferente, os sinais nas
paredes da igreja eram escritos em uma língua estranha, os hinos eram
cantados em tons menores e a literatura era produzida em um formato
diferente. No entanto, não precisei de muito tempo para perceber que essa
igreja não era muito diferente em relação ao tipo e natureza da igreja que
eu conheci nos Estados Un idos. Essa era apenas a Primeira Igreja de "qual-
quer cidade" dos Estados Unidos transplantada para Bancoc, na Tailândia.
Mesmo se não entendêssemos a Iíngua, era possível ad ivinhar a ordem de
culto no domingo e, infelizmente, as reuniões administrativas da igreja
eram conduzidas da mesma forma!
De alguma forma, eu tinha esperado que a igreja em uma das cida-
des menos cristianizadas do mundo fosse diferente quanto à sua natureza,
mais neotestamentária quanto à sua função, mais dinâmica em poder e
mais focalizada quanto ao seu objetivo. Comecei a suspeitar que algo
estava seriamente errado em meu modelo de igreja. Da minha perspectiva
atual, eu sei que essa igreja era apenas uma outra igreja de uma asa só, só
que em estilo tailandês! Levou mais de quinze anos para perceber que
meu paradigma de igreja familiar e confortável não poderia reproduzir na
Tailândia a visão de igreja que Deus havia colocado em meu coração.
Fui levado de volta ao Novo Testamento para encontrar uma figura
de uma igreja mais bíblica do que aLJlIl.:laqUL.: eu estava usando. Elton
Trueblood coloca essa busca na perspectiva correta:
H
enry G. Bosch conta a história interessante do que aconteceu
quando um cliente em uma pequena loja descobriu que "Eddie",
o balconista vagaroso, não estava presente.
55
56 A SeRunda Reforma
A "EDDIE-FICAÇÀO" DA IGREJA
d.e., mas nós vemos o produto final por meio da igreja em forma de cate-
dral de Constantino.
NEUTRALIZANDO A IURl:.lA
Desde o início, Satanás percebeu que ele não podia destruir a igreja.
Jesus tinha garantido que as portas do inferno não prevaleceriam ...sobre a
_S.l!.<U.greja.Sua promessa foi c~lpr}da. Perseguiçõ~_~,j).f!S!l.dadeseconÔ:
l~llldaÍlçãS"pOlTficas-·ells-irlam ·n·- anãs - ne-
ntÜm~ esses aspectos foi capaz de diminllir a expansão da igreja nag~-I~les
prin~_~~s sécul~. Estima-se que no terceiro século, somente no impéri"o
romano viviam cerca de seis milhões de cristãos. Da mesma forma que
58 A Segunda Reforma
Satanás não podia destruir o corpo físico do Cristo encarnado, ele não
podia destruir o corpo espiritual de Cristo na terra, a igreja. Se Satanás
não podia destruir a igreja, o que ele poderia fazer? Ele procuraria
neutral izá-la'
Satanás não poderia ter tramado um plano mais astuto. Antes de
tudo, ele deu à igreja sanção política e respeitabilidade social. Então ele
se esmerou em neutralizar a igreja ao atacar sua estrutura de grupos pe-
quenos. A igreja estava assim limitada na sua habilidade de nutrir os no-
vos membros, aplicar o poder espiritual, edificar o corpo, treinar os líde-
res necessários, espalhar o evangelho para o mundo, encontrar a presença
do Cristo vivo e usar os dons do Espírito.
Isso resultou em uma ave de uma asa. A igreja continuava se pare-
cendo com uma ave e soava como uma ave, mas era incapaz de fazer
aquilo que a destacava como ave. Ela não podia mais voar! A igreja tor-
nou-se uma instituição religiosa de uma só asa, presa ao chão. O equilí-
brio e a força do seu projeto original foram neutralizados a ponto de
distorcer o propósito primário de Deus para a igreja - a edificação e o
evangelismo. A igreja tornou-se um auditório de Eddies.
DE PRODUTOR A CONSUMIDOR
CONSUMISMO NA IGREJA
Medo de voar?
Nossa igreja, que está se adequando ao novo estilo de
"evangelismo de mercado", tem recentemente procurado al-
cançar um grupo-alvo injustiçado: o voador freqüente. Visto
que tantas pessoas em nossa comun idade, formada de pessoas
com nível social cada vez mais elevado, viajam durante a se-
mana, não poupamos despesas.
Nossos assentos têm ar condicionado individual, luzes para
leitura e botões para chamar os "introdutores". Um sinal do
sinto de segurança aparece automaticamente quando o prega-
dor começa a falar alguma coisa controversa; máscaras de oxi-
gênio e sacos para enjôos causados pelo vôo podem ser loca-
lizados no porta-bagagem do banco.
Nosso "Plano de freqüência de vôo" recompensa a participa-
ção regular com descontos para viagens além-mar (para a Ter-
ra Santa, é claro). Aqueles que se assentam na "primeira clas-
se" são mimados quando fazem contribuições generosas para
A Igreja do Novo Testamento 110 século XXI 61
DE CONSUMIDOR Â PRODUTOR
I. Tire o Eddie das costas dos 20% dos membros da igreja que são
cristãos produtivos para que possam penetrar o mundo perdido
com o evangelho.
2. Transforme "cristãos consumistas" em "cristãos produtivos" para
que se tornem parte da solução em vez de parte do problema.
OUTRAS MUDANÇAS
I
• A confissão mudou de pública diante de um grupo pequeno para
a individual num confessionário.
• O discipulado mudou de "na prática" para o treinamento na Sal%
de aula.
• A comunhão mudou de vida profunda em comunidade para rela !
cionamentos mais superficiais em reuniões grandes. I
• A vida em corpo mudou de estilo de vida para "roll de mem-
bros".
• Os dons mudaram da edificação para o entretenimento ou foram
extintos.
• A capacitação mudou do poder de Deus para a habilidade do
homem.
• As construções mudaram de funcionais para lugares sagrados de
reuniões.
• A administração mudou de integrada para compartimentalizada.
• Os membros foram transformados de produtores para consumi-
dores.
• O treinamento dos filhos passou da responsabilidade dos pais
para a responsabilidade da igreja.
• O estudo da Bíblia mudou de praticantes da Palavra para ouvin-
tes da Palavra.
A Igreja do Novo Testamento 110 século XXI 65
67
68 A Segunda Reforma
A EXPLOSÃO POPULACIONAL
Moisés
Abraão Isaías
Adão
IMPLOSÃO URBANA
ALIENA(!\O SOCIAL
- ~
A Igreja do Novo Testamento no século XX! 71
ISOI.Mvll:NTO NA IGREJA
trutura que prevê o desastre, a miséria e o mal. O que pode ser feito?
Devemos nos perguntar: "Será que uma igreja isolada em cons-
truções e dependente de estratégias de crescimento por adição pode
esperar prevalecer contra essas forças apocalípticas?". Que a igreja de
Jesus Cristo vai prevalecer isso está certo. A igreja de Jesus tem en-
frentado forças apocalípticas em outras épocas e tem crescido apesar
disso. A pergunta é se a igreja institucional (igreja de Constantino),
como a conhecemos, vai sobreviver. Será que a igreja que se reúne um
dia por semana (no domingo) pode prosperar em um mundo tão hostil
e de constantes mudanças sem uma revisão minuciosa de como ela
opera?
Se você e eu não fizermos essas perguntas, quem vai fazê-Ias?
Políticos bem intencionados podem designar fundos governamentais
para os seus problemas mas não podem dar o que está faltando à soci-
edade que são os valores espirituais e o poder. Muitos "Larrys" estão
desiludidos e distraídos demais com o paradigma antigo para lidar com
as confrontações que acompanham essas perguntas. "Eddie", o mem-
bro consumidor da igreja, é parte do problema e é acomodado e imatu-
ro demais para chegar a descobrir que existe um problema. Peritos
denominacionais estão cavando cada vez mais fundo no mesmo bura-
co histórico, tentando colocar a igreja tradicional nos eixos. "Teresa"
está se afogando no seu próprio redemoinho apocalíptico e levando
consigo seus filhos e os filhos dos seus filhos. Ela nunca vai encontrar
uma solução para curar a sua própria distopia.
Isso deixa você e a mim com a missão de achar uma solução para
o mundo no qual vivemos. Devemos encontrar uma maneira de viver
na "história santa (apocalíptica)" de Deus para que venha o seu Reino
e "a sua vontade seja feita assim na terra como no céu".
O que a igreja estará disposta a fazer para se tornar o agente de
redenção de Deus para o mundo no qual vivemos? Será que a igreja
vai morrer para a sua respeitabilidade? Para os seus programas? Para o
seu intelectualismo? Para as suas organizações denominacionais his-
tóricas? Para as suas construções? Para os seus líderes profissionais
que fazem tudo por ela?
Jempos apocalípticos requerem 11ledidasapgcalíptisas, na igreja
e na nossa própria vida. Estamos falando acerca de grandes mudanças
de paradigmas. Devemos começar a vivenciar o paradigma mais pode-
roso que o homem já encontrou: Q paradigma da pncanU;Jfão. O
paradigma da encarnação pode ser definido como Deus vivendo na
história, na sua igreja, vivendo por sua presença ressurreta, em poder
A Igreja do Novo Testamento 110 século XXI 75
A
essa altura, provavelmente você tem perguntas acerca da igreja
em células e do que eu e outros proponentes entendem a respeito
dela. A maioria das pessoas tem perguntas. Neste capítulo, eu
quero devotar-me a oito perguntas feitas com freqüência acerca da igreja
em células. Até certo ponto, minhas respostas neste capítulo podem aju-
dar você a entender o que eu /1([0 estou dizendo:
77
78 A Segunda Reforma
gem arcaica.
Os valores da igreja não são o problema, nem a sua teologia. O
problema está na falta de~modelo viável por meio do qllal Ol!i valores==:-
e a teologia possam ser viyencjados E aqui que entra o movimento da
ÍgreJaem~
bem expressas hoje do que no primeiro século por meio de grupos pe-
quenos nas casas. É por isso que Jesus teceu grupos pequenos cuidado-
samente na constituição básica da igreja do Novo Testamento. Não é a
estrutura; é a vida dinâmica do próprio Cristo liberada nos grupos pe-
quenos e por meio deles que torna o grupo pequeno essencial para a
Igreja.
Pergunta 4: ..Você está sugerindo que esse tipo de igreja pode ser
estabelecido de maneira rápida efácil? ".
De maneira alguma! Jesus claramente mostrou que isso não seria
fácil. A imagem que Jesus deu à sua igreja é derrubar as portas do infer-
A Igreja do Novo Testamento no século XXI 81
Quando olhamos através das nossas lentes de uma asa, vemos uma
A Igreja do Novo Testamento 170 século XXI 83
percebi que ele estava se sentindo cada vez mais ameaçado acerca do que
essa abordagem poderia significar para a sua igreja tradicional e seu
ministério pessoal. Ele estava gradualmente passando de uma anál ise teo-
lógica para uma análise histórica da igreja. Finalmente, depois de várias
conversas telefônicas, ele claramente expressou a conclusão com a qual
ele estava disposto a viver: "O que eles fizeram no Novo Testamento ao
reunir-se nas casas foi a forma como se reuniam naquela época. Hoje nós
nos reunimos de outra maneira". Em outras palavras, ele concluiu que o
modelo de igreja de grupos pequenos é basicamente cultural.
A única maneira em que ele conseguiu escapar intelectualmente da
contradição entre a estrutura da sua igreja tradicional e a igreja do Novo
Testamento foi confinar a abordagem de duas asas do Novo Testamento
às páginas do Novo Testamento. Ele ajustou o Novo Testamento ao seu
paradigma tradicional. Fico triste com a escolha desse pastor porque ele
preferiu escolher a igreja histórica à igreja do Novo Testamento.
Estudiosos bíblicos têm encontrado um corpo impressionante de evi-
dências sustentando que os grupos pequenos ou as células eram a função
básica da igreja do Novo Testamento (veja o capítulo 10). À luz de toda
evidência acerca dos grupos pequenos na igreja do Novo Testamento, por
que ainda existe tanto debate acerca desse assunto? A pergunta na mente
de muitos não é a respeito do que aconteceu no Novo Testamento. Na
verdade, eles vêem os grupos pequenos na igreja atual como uma estrutu-
ra secundária.
As pessoas precisam comprar a mentira de que o ritmo de vida no
grupo grande e no grupo pequeno da igreja do Novo Testamento era algo
limitado ao contexto daquela época. O modelo da igreja do Novo Testa-
mento é colocado na mesma categoria das práticas culturais do passado
como "saudar os irmãos com um beijo santo".
Se aceitarmos essa forma de raciocínio, a igreja atual não está atre-
lada ao modelo básico do Novo Testamento de grupos grandes e grupos
pequenos. A estrutura da igreja está à mercê de fatores históricos mutáveis
e à conveniência cultural e torna-se um produto da história em vez de
fruto da teologia do Novo Testamento. A mensagem do Novo Testamento
é colocada em prática de forma mais adequada por meio do modelo de
igreja do primeiro século do Novo Testamento.
7
OS BENEFÍCIOS DA IGREJA DE
DUAS ASAS
A
pergunta perturbadora do governo um ano antes de os Estados
Unidos entrarem na Segunda Guerra Mundial era a respeito do
que fazer com o comboio de submarinos alemães ...o"Woifpack"
alemão estava destruindo a tentativa americana de ajudar os aliados
europeus. Centenas de navios de suprimento estavam sendo afunda-
dos enquanto cruzavam o Oceano Atlântico. Um almirante declarou
que tinha a resposta. "Aqueça o Ocean~J\J:l~nt!co ao ponto de ebuli-
ção. Então tod~rinos vão ter de emergir, e pod~s destruí-
los". ---
----Quando perguntaram ao almirante como isso poderia ser feito
ele respondeu indignamente: "Eu dei a idéia. Vocês ficam encarrega-
d9S cI~ fºJ~5_ det"~L -.
-------conta-se que o presidente Franklin D. Roosevelt usava a história
acima para ressaltar que uma idéia é inÚtil se os detalhes forem tão
irreais que a idéia se torne iIUPossí\'~ de ser realizada Po~oas
~~_ª-?_erio umãlc1eía que {tão impraticável e bizarra como "aque-
cer o OceanoAtTâtltíCO-n-.--- - -- ----
O paradigma da igreja em células deve ser prático o suficiente
para resolver os problemas associados com a antiga maneira de ser
igreja. Caso contrário, a idéia vai ser rejeitada logo de início. Infeliz-
mente, alguns acreditam que aqueles que estão falando a respeito des-
sa nova maneira de ser igreja estão sljgerindQ <;:juese "aqlleça o Ocea
-----
no Atlântico".
87
88 A Segunda Reforma
A "RATOEIRA MELHOR"
---ma:nrim, R-1as tHlIc:tUe iei lilõilttldereOiliú lilil sist@ma iHfuml-3tjy() el" vez
de um sistema transformacional. Se a escola dominical fosse a chave para a
multiplicação issojá teria acontecido. Grandes montantes de tempo, dinhei-
ro, pessoal e materiais têm sido destinados para a escola dominical no últi-
mo século, e muitas coisas boas resultaram desse esforço. No entanto, nesse
tempo todo em que a escola dominical tem sido o programa-chave da igreja
tradicional, a igreja não tem experimentado a multiplicação exponencial.
A~ a multiplica~ neotestamentária da igreja é a unidade
da ~. Os mesmosPadrões dinâmicos de crescimento das células 06ser-
vados em um corpo vivo também podem ocorrer no corpo espiritual de
Cristo. Todos os outros esquemas podem contribuir para o crescimento por
adição, mas somente a multiplicação das células vai resultar em uma multi-
plicação exponencial da igreja. O que é singular para a estrutura de células
do Novo Testamento que cria essa multiplicação exponencial?
1. Integração psicológica
2. Integração sociológica
3. Integração teológica e bíblica
-----
fonte de poder para mantê-lo girando. Se eu pudesse arranjar uma fon=-
te de "poder giratório" para todos os pratos, meu trabalho seria re lati-
\ amcnte fácil.
A igreja nunca foi projetada por Cristo para funcionar dessa ma-
neira. Jesus projetou um sistema de células simples e integrado, não
um sistema complexo de programas cornpartimentalizados. Quando
cansarmos de correr, talvez estejamos prontos para tentar liderar a igreja
à maneira de Jesus. (c/(y
tv
PARTE II
FUNDAMENTOS PARA UMA
SEGUNDA REFORMA
I
grejas em células têm um potencial incrível para atender todas as
necessidades crescentes de uma sociedade desesperada. Vimos
na Parte I que essa estrutura das comunidades cristãs de base tem
vantagens inatas sobre outras estruturas. Porém, a vantagem da igreja ~
em células está na teologia, não na estrut.u+a,. A igreja de dLiãs asas
reflete a natureza do Deus em sua transcendência (grandeza) e sua
imanência (intimidade). '" um paradigma teológico
Isso serve como - para
a igreja. J. I. Packer explica a transcendência e a imanência:
103
10-1 A Segunda Reforma
em verdes pastagens
em águas tranqüilas
nas veredas da justiça
no vale de trevas e morte
à vista dos meus inimigos.
nada me faltará
restaura-me o vigor
112 A Segunda Reforma
JAVÉ E EMANUEL
o MODELO DO TEMPLO
mas inacessível. Deus residia no meio do seu povo no Santo dos San-
tos, mas era inacessível e completamente "cortado" de um encontro
pessoal e de um tipo de comunicação com eles. Somente uma vez por
ano, depois de uma purificação cerimonial cuidadosa, o sumo sacer-
dote aventurava-se a passar pelas barreiras e entrar na presença do
Deus imanente (próximo).
Esse encontro era tão incerto e amedrontador que a tradição con-
ta que amarravam uma corda no pé do sumo sacerdote para puxá-lo
para fora do Santo dos Santos se ele fosse morto na presença de Deus.
A experiência da "presença próxima" de Deus era para o hebreu uma
experiência de "morte próxima".
A morte de Jesus mudou para sempre o lugar do Santo dos San-
tos de Deus. Jesus vindo em carne era a encarnação do Deus Altíssimo
trazido para bem perto da humanidade. No momento da sua morte na
cruz, o véu grosso que separava o Santo dos Santos do Lugar Santo foi
rasgado de cima até em baixo; era Deus descendo até o homem, e o
homem começou a experimentar Deus de uma nova maneira. Antigas
barreiras entre Deus e o homem foram removidas. Deus tornou-se o
Deus "próximo" habitando em seu povo e vivendo no meio da sua
ecclesia.
9
A TRANSCENDÊNCIA E A
IMANÊNCIA DE CRISTO
115
116 A Segunda Reforma
~~.
". ---,--------_ .•......
118 A Segunda Reforma
Eu [Cristo] no Pai.
Vocês em mim [Cristo].
Eu [Cristo] em vocês.
com Cristo. Na verdade, tem sido minha experiência que Cristo é capaz
de manifestar-se a mim de uma maneira mais poderosa e plena quando
estou com "dois ou três". Isso quer dizer que "eu não me basto" para
receber a completa revelação de Cristo. Para experimentar Cristo da
maneira mais completa, eu preciso de você e de outros cristãos para
viver comigo em comunidade. O encontro da célula pode ser visto como
uma devocional em grupo com o Senhor, enquanto outras experiências
(individuais e em grupo grande) são normalmente encontros "pessoais"
com Deus.
Jesus disse em João 14.18: Não os deixarei órfãos; voltarei para
vocês. Essa é uma promessa de um relacionamento imanente, pessoal e
próximo. Essa é uma promessa não somente ao cristão individual mas
também à comunidade cristã. Na maioria das vezes experimentamos essa
promessa da presença de Cristo em nosso relacionamento pessoal com
Deus. Mas nos sentimos órfãos porque não vivemos na unidade da sua
presença como uma família em uma comunidade de grupo pequeno.
Que triste!
Por causa do meu relacionamento pessoal com Cristo e Cristo em
mim, bem como o seu relacionamento com Cristo quando nos reunimos
em seu nome, nos tornamos o corpo vivo dele no qual Cristo, o Pai e o
Espírito habitam em nosso meio. Essa é a igreja dele na sua forma mais
básica. Nós experimentamos a imanência de Deus em um relaciona-
mento pessoal e em um relacionamento coletivo. Aqui está o resumo de
como isso acontece.
A igreja está aqui na terra, não para fazer aquilo que outros
grupos podem fazer, mas para fazer aquilo que nenhum ou-
tro grupo de seres humanos é capaz de realizar. Ela está
aqui para manifestar a vida e o poder de Jesus Cristo em
cumprimento do ministério que foi dado a ele pelo Pai. ..4
L
ucas registra que os primeiros crentes se reuniam todos os dias,
não somente no Templo (a reunião de toda a igreja) mas em
suas casas (as congregações nas casas), participavam das re-
feições com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a
simpatia de todo o povo (Atos 2.46-47; 5.42, 20.20). A igreja do Novo
Testamento funcionava como uma comunhão no primeiro século dentro
desse contexto ou ambiente duplo. O contexto do estar reunido envolvia
o encontro de toda a igreja, a reunião como congregação, que ia ao tem-
plo. O contexto do estar espalhado, envolvia o encontro nas igrejas nas
casas, unir-se nas células, que ia de casa em casa.
Essa estrutura simples criou um ritmo ou uma melodia especial na
igreja do primeiro século. Tanto Howard Snyder como Elton Trueblood
e Ray Stedman usam a palavra "ritmo" para descrever a estrutura da
igreja do Novo Testamento. Por exemplo, Howard Snyder escreveu:
127
128 A Segunda Reforma
ÁQUILA E PRISCILA
MUITAS CASAS
_----_._--
.. ._- -
130 A Segunda Reforma
PARTICIPAÇÃO NA ADORAÇÃO
um grupo grande.
Paulo descreve um tipo de adoração que pressupõe o ambiente de
grupo pequeno como parte essencial da experiência. Portanto, é extre-
mamente difícil, se não impossível, encaixar as palavras e ações da ado-
ração do primeiro século na estrutura da igreja de uma asa do século
XX. A adoração no contexto do grupo grande encoraja o desempenho de
uma plataforma ou palco em vez da participação do povo. Os cristãos do
primeiro século não eram espectadores aplaudindo a equipe de louvor,
mas participantes ativos no importante evento da adoração.
A igreja tradicional tem tentado todo tipo de técnicas para envol-
ver a congregação: leitura responsiva, respostas responsivas, cântico
congregacional, cumprimentar uns aos outros durante o culto, além de
outras técnicas. No Oriente, todos podem orar em voz alta ao mesmo
tempo, dando um certo sentimento de participação congregacional. N_ã_o_~
imeorta~._9..'!.~_f1
..~~r..~lOs.2~~oraç~?- ...c:::.e;:....:.:.::.:!.e.:..:n;;:ã;.:;o_==.;~.;;;;..:;..;;,
:I __ .
soar como a adoração do primeiro século. Isso.....~!L~: ...,..."yJ~I!J.J;lJJ;u.:>:;.a.J.iiW4......
de-Si!§lr19Bf€:?I~~.sEmrYillQ~çJffu~i·l?_iffil!~.I)ªºJ~.m-ºs..ª.. 1""i)UI.Q~.~,""",L;......
tUfão.A id~i~_.d~.~_@~ªp.,de.Paul().'flª igrejaprimitiva pode oçl:m~,"J.llQJ.L__ ,
~·cfe~~~i:olv.~rrn()§.,()çQQJe~tode grupopequenc-junto. com·.,~·e;ent~~ __
·~?J?r!!~_.B!:~!l9~:
",
ENSINAMENTOS DO Novo TESTAMENTO
As REFEiÇÕES "ÁGAPE"
Hoje, não temos o contexto para fazer o que Jesus pediu para fazer-
mos visto que só temos a reunião do grupo grande. William Barclay diz:
A forma como os dons eram usados é mais uma prova irrefutável que
apóia a existência de grupos pequenos. Paulo diz: Quando vocês se reúnem,
cada um de vocês tem um salmo, ou uma palavra de instrução, uma revela-
ção, uma palavra em uma língua ou uma interpretação (I Coríntios 14.26).
Ele também diz que os dons devem estar sujeitos ao controle da igreja.
De acordo com a primeira carta de Paulo aos Coríntios, os dons de-
vem funcionar de tal maneira que cada um possa ter a liberdade e a oportu-
nidade de participar com um salmo, uma palavra de instrução, uma revela-
ção, uma palavra em uma língua ou uma interpretação. Contudo, Paulo
também espera que tudo isso seja feito com decência e ordem. Onde e como
a igreja pode se reunir para que haja a liberdade e a ordem necessárias para
o exercício dos dons espirituais?
..·.~~.!(u~qQe.s~r.~.cidaua~oogf.upo.&t~Q~ dons de
pregãção, de ensino ou adoração são apropriados ao ambiente do grupo
grande. O Novo Testamento também registra os dons de curas e milagres
sendo exercidos nos eventos públicos do grupo grande. No entanto, o ambi-
ente do grupo grande simplesmente não obedece ao critério da liberdade ou
ordem para o uso adequado de outros dons espirituais enumerados no Novo
Testamento.
Exercer dons espirituais somente no ambiente do grupo grande resul-
ta em uma postura extrema quanto aos dons de um tipo ou de outro. Na
reunião do grupo grande de algumas igrejas não existe nenhum tipo de li-
berdade para o exercício dos dons. O formato formal da adoração tem sido
cuidadosamente preparado ao longo dos anos para eliminar surpresas ou
A Igreja do Novo Testamento no século XXI 135
~
11
A TEOLOGIA DE LUTERO,
SPENER E WESLEY
O
modelo original da igreja tem aparecido em alguns lugares e
circunstâncias pouco promissores na história. Um punhado de
cristãos tem adorado a Deus no contexto da célula e da congre-
gação em cada período histórico. Mesmo alguns dos líderes mais famo-
sos consideraram ou chegaram a implantar a estratégia de células. Sem-
pre que a igreja, por causa da perseguição, foi forçada a sair de Jerusa-
lém, os cristãos voltaram ao padrão do grupo pequeno do Novo Testa-
mento
1'.....
P'ârâ ·SrrieriSsô·"llãoérallUína es ra egla Eas ora m~~"~~~~
-' iiêc:SS-ffts da eclesiologia". Young cita as palavras de Spener: -
~;:;:-.~--:-." h .w , -":0>,,'_"''''
( É certo, em todo caso, que nós pregadores não podemos ins- ')
truir as pessoas dos nossos púlpitos tanto quanto é necessário ./
a não ser que outras pessoas na congregação, que pela graça ('
de Deus têm um conhecimento superior do cristianismo, se
esforcem em virtude do seu sacerdócio cristão universal, a
trabalhar conosco e debaixo de nossa tutela para corrigir e)
melhorar os seus vizinhos tanto quanto possível, de acordo
com a capacidade dos seus dons e da sua simplicidade.'
Tenho grande apreço por Spener. Aqui estava um homem com uma
visão de renovação do estilo de vida da igreja dos seus dias. Ele sabia
que a reforma da teologia tinha alguma coisa que ver com a reforma da
A Igreja do Novo Testamento no século XXI 141
~o//;" .
O segundo ponto de enfraquecimento foi uma compreensão teoló-
gica.~~Çlll&daJiaJ)iitl!~~~E~s"gl"llPPspequêj;os por parte ~~S""" .ªQ~
'J!2P1!leJJ.te,s...
Com a exceção de WesTê)i,i,lfl1ha aoslldere~s,fo).J1~g;,S~:' __
'),.
nar gu~e$~,~uposeram.
~~'il,izb":""..
na verdade a igreja. "', ,.... ~ -~'."•.:.•.
,-~_.:-
.•."".,~..:::.,.;,<-~.•.~
" Lutero, Spener e Wesley definiram corretamente o vinho da teolo-
gia e da doutrina em relação aos grupos pequenos. Eles falharam ou na
sua compreensão das estruturas tradicionais ou na sua provisão para que
os grupos se relacionassem com as estruturas tradicionais existentes de-
pois da saída de uma liderança forte.
12
o CRISTIANISMODO
PESCOÇO PARA CIMA
Q
uando O filho de Daniel B. Wallace foi acometido de uma doen-
ça que ameaçava a sua vida, esse professor de seminário apren-
deu algo acerca da necessidade de experimentar a proximidade
e a vitalidade de Deus. Em suas palavras: "Foi essa experiên-
cia do câncer do meu filho que me trouxe de volta ao meujuízo, de volta
às minhas raízes".
Ele fala em nome de multidões dentro da igreja que lutam por vida
na realidade do poder e presença pessoal de Deus. Meu coração foi ao seu
encontro porque tenho experimentado a mesma sequidão. O que nos se-
para de um Pai presente e carinhoso? Como acabamos parando num lugar
onde passamos por o que ele chama de um "exercício puramente
cognitivo"?
Na revista Christianity Today, o dr. Wallace compartilha os seguin-
tes sentimentos no seu artigo, Who s Afraid ofthe Holy Spirit? (Quem tem
medo do Espírito Santo?):
145
146 A Segunda Reforma
r~illLLG.Q!ll.!ll!idade em meualllb.~en,!t:_c__e~~as~igcist.a,Senti
uma sufocação do Espírito em minha tradição evangélica bem
como em meu coração.
A ênfase do conhecimento sobre o relacionamento produziu em
mim uma "bibliolatria". Para mim, como professor do Novo
Testamento, o texto é a minha tarefa - mas eu o tornei o meu
Deus. O texto havia se tornando o meu ídolo [...]
O efeito de rede dessa "bibliolatria" é uma despersonalização
de Deus. Em dado momento.jánão ncsrelacionamcs maíacorn
ele. Deus setorna o objetoda nossainvestigação no lugar do
Senhor a quem nos sujeitarnos: 'Ã'vitáTidáde dii 110ssa~êliglãô
acaba sugada, À medida que dissecamos Deus, nossa postura
muda de "Eu confio em ..." para "Eu acredito que ...",1
- - - ..
~-_--!..-
O dr. Wallace resume a obra de Deus com a descrição da imanência
de Deus: "Ao buscar o poder de Deus, eu descobri sua pessoa. Ele não é
somente onipotente; ele também é o Deus de todo conforto". Não deverí-
amos nos surpreender de que todos nós estamos à busca de significado na
vida. A dor do vazio espiritual pode ser encontrada no banco da igreja, no
púlpito e na cadeira de mestre,
VERDADE
Por que esse "sufocar do Espírito?" Por que a igreja vai de um extre-
mo ao outro entre o intelecto e a experiência? E por que tantas pessoas
que cresceram dentro da igreja mudam de navio?
O erro básico da igreja atual começa com a natureza de Deus. Quem
é Deus e como ele se relaciona com a sua criação? É ele um Deus fabrf,:"-
cante de relógios que colocou as leis científicas em movimento e então foi
embora? É ele um Deus que vive num outro mundo espiritual, e que está
desligado do mundo físico real no qual o homem vive? É comum hoje
culpar os teólogos ou filósofos alemães pelas mudanças irregulares do
intelectualismo para o ernocionalismo, e dizer que eles destroem a fé dos
membros da igreja com ensinamentos liberais.
Devemos também culpar-nos pelo nosso vácuo espiritual. Podemos
nos apoiar em uma predisposição ao estudo acadêmico ou em uma ten-
dência de ministrar por ou para Deus sem um relacionamento CO/ll Deus.
Isso resulta inevitavelmente em nossa despersonalização de Deus~ Pode-
mos tornar-nos estéreis espirituais mesmo com uma teologia ortodoxa,
um amor pela Palavra de Deus, fidelidade para a igreja e uma vida
A Igreja do Novo Testamento no século XXI 149
devocional pessoal.
O problema não está na teologia errada ou na insinceridade. O pro-
blema é o sistema. Quando estamos passando pelo "verão infernal", pre-
cisamos da presença imanente de Deus com todo o seu cuidado e conforto
pessoais. Esse tipo de relacionamento é construído e mantido ao longo
dos anos na vida em comunidade com Deus e com os companheiros cren-
tes. Quando temos nossos pesadelos, Deus deve estar pessoalmente vivo
em nós, tanto individualmente como na comunidade.
do seu cuidado, do seu conforto íntimo. Ele provê uma comunidade calo-
rosa e íntima, onde Cristo está em nosso meio e nós somos unidos em
nossas dores e alegrias mútuas.
No céu, a limitação humana não vai atrapalhar como experimenta-
mos Deus. Ali, não seremos impedidos pela nossa inabilidade de relacio-
nar-nos com uma multidão de pessoas ou de relacionar-nos com Deus em
sua transcendência. "Vou conhecê-lo como sou conhecido". Mas até esse
tempo chegar somos dependentes no nosso relacionamento com Deus de
três maneiras:
Estamos Estou
em em
Cristo Cristo
peq~7
G"~
Cristo
está em
mim
Não faz sentido dizer que você tem uma comunidade e que há
amor uns pelos outros se a igreja não trata das coisas difíceis
da vida [...] Estou convencido.de.que no século XX as pessoas
em todos os lugares do·mundoDão~stª,Qinteressaclas se temos.
a doutrina certa ou a política certa, mas seestamos vivendo "_'.''''''''''
comun idade. 6
Em seu livro What s Gane Wrong with the Harvest? (O que deu
errado com a colheita?), Engel e Norton concluem: "A resposta não se
encontra na renovação de formas antigas, porque isso muitas vezes é
apenas lima tentativa de colocar uma pequena atadura nas feridas exte-
riores da velha casca".'
Pequenas ataduras (band-aids) não resolverão o problema! O pro-
blema é o sistema em si. Não importa quantas vezes a igreja responda às
necessidades detectadas dos seus membros por conhecimento ou por
experiência, o problema não vai ser resolvido. A solução para o proble-
ma não se encontra nas necessidades detectadas dos membros ou des-
crentes. Jesus já resolveu o problema das mudanças súbitas entre o co-
nhecimento e experiência. A igreja precisa ser o corpo de Cristo, por
meio do qual ele vive e se revela a si mesmo com grandeza transcenden-
te e conforto imanente.
J
PARTE III
,
o PROJETO REVOLUCIONARIO
DE JESUS PARA A IGREJA
/1'. '
Existe um novo estilo de vida na igreja que é tão bíblico que
precede a igreja [moderna] como a conhecemos, mas é tão
"futurista" que não pode ser colocado em "odres velhos ".
- Ralph Neighbour
13
A PEDRA FUNDAMENTAL DE JESUS
f 57
158 A Segunda Reforma
TAREFAS - ou CRISTO?
Marta pode ser a pessoa mais defendida da Bíblia: não diga nenhu-
160 A Segunda Reforma
Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras,
as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas (Efésios
2.10 ARA). Ser feitura (ou criação) sua e trabalhar para Cristo são dois
aspectos totalmente diferentes na vida cristã. À medida que a célula se
concentra em Cristo, ela compreende essa diferença. Em sua presença,
nos tornamos feitura sua por meio do seu poder agindo em nós, e então
"andamos em boas obras". Evidentemente, Maria sabia a diferença en-
tre ser feitura dele e trabalhar para ele. Ela queria estar com ele em
primeiro lugar. A pobre Marta parecia não compreender essa verdade.
Muitos dos ru os e uenos atuais na igreja são grupos Marta que
estão volta os para o d:::~: ~::b;~!:1~~tarefab ~entral iza os
~JVIdades e RQ1iH:I-------- ,_"{ __ Jesus nao se agrada
- mais desses grupos pequenos atuais voltados ao desempenho do que se
agradou com o relacionamento de Marta baseado em desempenho no
primeiro século. Jesus não nos ensinou a sermos "Martas" que se jun-
tam em uma espécie de contrato de trabalho para fazer algo para ele.
Jesus se une a nós em grupos do tipo Maria para sentarmos juntos aos
pés dele e sermos preparados para sermos feitura dele.
Por que nossos grupos são normalmente grupos Marta voltados ao
desempenho? Nossa forma corporativa de nos relacionar com Cristo é
influenciada pela nossa maneira pessoal de relacionamento com ele. Os
grupos dos quais participamos refletem nosso relacionamento individu-
aI com Cristo. ~it9? 8e nós são cristãos do tipo Marta. voltadQ~
desempenho, em nossa vidas individual Quando nos encontramos em
grupos, concentramo-nos em tarefas e atividàdes Dorau ssa e a maliei-
a como nOlre aCIOnamos com ele pessoalmentejEstlldar a respeito e
Cristo ou fazer aI ,., relaciona-
mento prÓximo e íntimo com ele em um ambiente de grupo. por isso
que defendemos a Marta até a morte. Nunca duvide: a mortee o término
do desempenho para Cristo. O desempenho para Cristo vai, em última
análise, matar a liberdade, a graça e a alegria de servir a Cristo pessoal-
mente ou em grupo.
lo) que usamos para a vida na célula, esse padrão deve ser construído
em torno de um encontro com Cristo. Um padrão desse tipo está basea-
do nos três p's: A"presença de Cristo, o poder de Cri8t@e o propósito de
~ Esse não é o único padrão para experimentar Cristo, mas ele
oferece uma imagem daquilo que estou falando quando me refiro a uma
(
Pergunte: Que obra do seu poder Cristo deseja fazer em sua vida
neste instante?
o sistema é a solução.
-AT&T
M
uitas organizações, incluindo algumas igrejas, argumentam
que elas teriam poucos problemas se os trabalhadores fizes-
sem suas tarefas corretamente. Isso pode ser uma conclusão
lógica, mas será que é a correta? O problema está com a organização,
com os trabalhadores ou com o sistema?
O dr. Joseph M. Juran está entre ôs peritos na área do controle de
qualidade que asseguram que mudar os sistemas por meio dos quais o
trabalho é feito tem um potencial de eliminar falhas e erros. O dr. Juran
diz: "Essa é a regra 85/15: Pelo menos 85% dos problemas
organizacionais podem ser corrigidos quando se mudam os sistemas (que
são determinados em grande parte pela direção) e menos de 15% estão
sob o controle do trabalhador ... ".1
O dr. Juran diagnosticaria que? problema da igreja é o colapso d~
sistemas, não as fraquezas das pe~ No entanto, nós chegamos à
conclusão geral de que as pessoas são o elo fraco da igreja. Assim, te-
mos tentado melhorar a qualidade das pessoas, motivando-as, mesmo
fazendo-as sentirem-se culpadas para que se esforcem mais. Nós as edu-
c.~pregamos a elas, as treinamos tudo sem proveito. <
o SISTEMA DE IGREJA
PROCURANDO UM SISTEMA
a~~~~~~~~~~
um grupo estratégico. Alguém deve tomar a iniciati-
va e acreditar tanto na nova idéia a ponto de agir de acordo com ela. Um
ou dois visionários catalíticos acreditam na nova idéia e começam a
promovê-la. No entanto, se dois OI:! três iniciagsres estão eon't'ictos da
idéia mas nã
~ Outros iniciadores devem se unir a esse pequeno grupo.
3. Legitimar e "patrocinar" a idéia por meio do desenvolvi-
mento de um grupo (núcleo). Um grupo mais amplo deve se identifi-
A Igreja do Novo Testamento no século XXI J 69
car com a idéia além dos visionários. A idéia deve ter outros "patrocinado-
res" que vão legitimar o conceito. No entanto, essa idéia não vai "decolar"
até que seja implementada.
4. Mobilização e implementação dos recursos. A idéia é
implementada e colocada em ação. S.2!!lent isão se tornar um
modelo viável, a mudança vai de fato ocorrer., Defender mudanças
'm1píementar mudanças são duas coisas totalmente diferentes. Não é sufi-
ciente abraçar de forma conceitual a nova idéia; ela também deve ser
estabelecida como uma forma comprovada de operação. Devem ser pre-
parados formas e trilhos por meio dos quais a visão pode, de fato, ser
colocada em prática.
5. Concretização da "mudança" por meio do seu congelamento
no novo nível de desempenho. Depois que a idéia é colocada em ação e
a mudança está implementada de fato, a idéia deve ser congelada para que
aqueles que continuam a implementar a nova idéia não acabem voltando
atrás para a antiga forma de operar."
Quando li pela primeira vez essa análise do processo de mudança,
eu sabia que se aplicava àquilo que Deus tinha me chamado para fazer,
isto é, desenvolver um sistema para edificar a igreja. No entanto, eu não
tinha um quadro de referência onde colocar os conceitos de mudança. Por
mais de cinco anos, eu engavetei essas idéias acerca do processo de mu-
dança enquanto continuava a minha busca, principalmente em Atos e nas
epístolas, de um sistema de igreja funcional (e do Novo Testamento).
15
o CONTINUUMDE JESUS
D
epois de pesquisar em Atos e nas epístolas por um modelo de
igreja do Novo Testamento, comecei a estudar os evangelhos
em busca de ajuda. Minha esperança era encontrar a natureza e
o modelo essenciais da igreja no ministério de Jesus. Afinal de contas, a
igreja do primeiro século em Atos e nas epístolas desenvolveu-se a
partir do modelo que Jesus deixou com seus seguidores. Essa busca
foi alimentada por diversas perguntas. Será que Jesus tinha um pro-
cesso em mente quando ele iniciou a primeira igreja? Havia um pa-
drão ou plano?
BUSCA FRUSTRADA
.....•...
na 3) e o modelo de mudança de Schaller (coluna 2). Essa grade vai servir
como guia para a nossa discussão no restante deste livro. As páginas restan-
-_
tes deste capítulo são uma visão geral do continuum de Jesus (coluna 4).
• .-
.
I..
.
Convergência
. ...
..
Palavra
profética
(Jesus)
Visão de
igreja em
células
Concebida
Grupo 2-3
P Inovação Introduzida
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R
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T 12
Legitimar Uderança-
Ó
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I
P Grupo de 70
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O Execução pessoas de apoio Implementada
op Concretização 120
§~ da Congregação- Capacla't da
"Mudança"
pessoas
base
C
I
2 3000-5000 Expansão
t da
igreja
Expandida
todas as perguntas erradas; por que, quando, onde, o que e como? Jesus
insistia em responder a uma pergunta: Q~m2.Jes!!~ edificaria a sJla igreja
por meio da sua presença e poder, não por intermédio do conhecimento
e habilidade dos seus discípulos. Essa foi a lição principal ensinada nes-
te período do estágio da rede de apoio.
Jesus implementou seu sistema divino por meio da sua rede de
apoio fiel. Uma comunidade embrionária composta de 70 pessoas foi
formada por Jesus. Nenhum estágio no continuum de Jesus é mais im-
portante do que esse. Em seu próprio ministério, esse estágio vai ocorrer
quando a liderança-chave começar a atrair membros da família e outros
amigos próximos que se tornam comprometidos com a visão.
~ ..
-
Números do
. Novo
Testamento
Palavra
profética Visão de
Convergência Concebida
igreja em
(Jesus) células
P Grupo 2-3
pessoas Inovação Introduzida
R inicial
O
T 12
Liderança-
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O Concretização 120
p Congregação-
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R "Mudança" base
A
C
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O Expansão
N 300Q-50oo Expandida
A da
L igreja
16
o PROTÓTIPO
DE JESUS
179
180 A Segunda Reforma
A CURA
A PRESSUPOSIÇÃO FATAL
184 A Segunda Reforma
a congreiacão-ba~ ==-:=o...:::.::.!::.!.:::~:::.....:.;=.:.;::.=~-==---':
infraestrutura de comumdade? ~ não creial
não está com o írito, à vida no
~o. Preciso estar preparado para parte do tipo de igreja que
depende completamente de Cristo. Deve ser uma igreja que está total-
mente comprometida, que está disposta ao sacrifício, que conhece o viver
servil e vive na presença, poder e propósito de Cristo. Isso leva tempo.
Podemos aprender os mecanismos da vida em célula rapidamente. As di-o
nâmicas do processo são mais difíceis. Devemos internalizartodo um con-
junto novo de valores de igreja para que se tornem parte de uma cultura
nova de igreja que opera a partir de uma cosmovisão transformacional e
de um Jesus encarnado.
PUDIM INSTANTÂNEO
L_
r
17
OS FATORES DO PROTÓTIPO
DE JESUS
187
188 A Segunda Reforma
1. FATOR TEMPO
2. O FATOR HABILIDADE
-
duzjr a nada OJiue é, a fim de que ninguém se vanglorie
diante dele· ~
3. F ATOR LIDERANÇA
• A equipe visionária;
• O círculo íntimo dos doze líderes-chave;
• Uma rede de apoio de 70 seguidores comprometidos;
• 120-200 participantes da congregação-base.
4. FATOR EVANGELlSMO
---
fUI~na melhor durante a fase do protótipo pelos s@gl:lintesmotivos:
~Q
Não é o aperfeiçoamento cristão e certamente não é a natureza
perdida do visitante que está no centro das atenções no encontro da
célula, mas a presença de Cristo. Por intermédio das imperfeições dos
A Igreja do Novo Testamento no século XXI 193
cristãos, Deus revela seu poder àqueles que estão observando. Q.uandQ
os descrentes participam de uma célula. é o tempo para Cristo teste-
~r. Não será necessário que cada cristão testemunhe verbalmen- -
te.
Em nossa primeira experiência com grupos pequenos na Tailândia,
eu aprendi como não se deve evangelizar na célula. Nós iniciamos um
grupo na sexta-feira à noite em nossa casa depois de completar nosso
primeiro ano de estudo da língua nativa. Estávamos experimentando
verdadeira comunhão e edificação, com bastante louvor e
compartilhamento. Numa sexta-feira, um membro trouxe um homem
que ele encontrara no mercado e com quem ele tivera um debate acalo-
rado acerca do cristianismo e do budismo. O cristão disse: "Venha
para a nossa reunião e você ficará sabendo como é o cristianismo".
Naquela noite a refeição e o louvor estavam indo bem. Os cris-
tãos e o homem incrédulo estavam engajados em uma conversação
cordial. No entanto, quando a reunião formal começou, as coisas co-
meçaram a esquentar. A forma costumeira de ministrar uns aos outros
e ouvir de Deus foi rapidamente abandonado. Os cristãos, do mais
velho ao mais novo, tinham cuidadosamente carregado suas "armas de
testemunho" enquanto estavam comendo e cantando. Quando o des-
crente começou a questionar e argumentar, cada um tirou a sua arma
de testemunho, mirou no descrente e atirou nele durante o restante
daquela reunião. Ele ficou crivado de balas. Não é necessário dizer
que este homem nunca mais voltou para uma de nossas reuniões e eu
não o culpo. Eu também não teria voltado.
O que a nossa abordagem evangelística fez àquele homem perdi-
do já foi triste, mas ainda mais trágico e danoso foi o que ocorreu com ~
aquele grupo de cristãos. Antes daquele homem perdido aparecer, Cristo
estava edificando o corpo. Vidas estavam sendo transformadas. Quan-
do o homem perdido veio ao grupo, o grupo parou de concentrar-se em
Cristo e voltou a sua atenção ao homem perdido. A natureza da célula
mudou. Cristo não foi mais capaz de edificar os cristãos e fortalecer
suas vidas. A conversão desse um homem tornou-se o centro da aten-
ção da reunião, não Cristo. A edificação, portanto, entrou em curto-
circuito. Aquele homem budista não convertido precisava ter um en-
contro com Cristo, não engajar-se em argumentos intelectuais. O gru-
po deveria ter continuado a concentrar-se em Cristo para que o homem
pudesse ver Cristo operando no meio do seu povo. Talvez, ele teria se
prostrado e dito: "Certamente Deus está neste lugar".
Ralph Neighbour compartilha o que aconteceu em um encontro
l1li---....,...,.,------:------- .....
_..
194 A Segunda Reforma
5. FATOR EDIFICAÇÃO
6. FATOR TREINAMENTO
7. F ATOR REORGANIZAÇÃO
gacionais;
• Reorganize para podar e extirpar células defeituosas e doentes;
• Reorganizepara não permitir que grupos se tornem "encravados
~tagnados; - ~ - -
• Reorganize para incorporar novos líderes.
8. FATOR PREVISIBILIDADE
L
r
A Igreja do Novo Testamento no século XXI 199
Pr Palavra
e Visão de
Par a _ Convergência profética Concebida
Ç igreja em
ao (Jesus)
células
p Grupo 2-3
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O Execução pessoas Implementada'
de apoio
O Concretização 120
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o 3000-5000
Expansão
N Expandid(l,
A da ';)~:~
L igreja ,q
18
A ESTRATÉGIA DE LIDERANÇA
DE JESVS
E
m João 17, Jesus relatou ao Pai que a estratégia deles seria bem-
sucedida, Por que Jesus estava otimista a esse respeito? Ele
estava enfrentando a cruz, a traição de Judas e o abandono dos
discípulos, Qual era a base para a sua confiança? Considere três relatos
que Jesus poderia ter apresentado:
Qual re lato parece ma is prom issor e lógico'? A luz de IllU itos meto-
201
202 A Segunda Reforma
JESUS
t tt Tiago João
ttttt
Figura 6. A estrutura da liderança de Jesus
--
preferência no espírito correto, e pelos motivos corretos, não
há necessidade alguma de ofensa.'
A última vez que Jesus esteve com seus discípulos antes da sua
morte foi no jardim Getsêmani. Ali, ele organizou os discípulos de acor-
do com essa estrutura de liderança. Ele deixou os nove num ponto mais
A Igreja do Novo Testamento no século XXI 205
SUBGRUPO~TRE OS DOZE
USANDO O TRIÂNGULO
Uma das tarefas mais importantes para uma igreja em células pres-
tes a alçar vôo é descobrir qual a aparência do bloco de construção bási-
206 A Segunda Reforma
CATALISADO R
Células de Descoberta
de Liderança
Principal
Células de
Descoberta de
Líderes
Auxiliares
• YLverjuotos em comunidade
• Tirar as máscaras de relacionamentos
• Aprender o significad-õ-da edIficação
• Descobrir ~m formato de célula fUI1CIonal
• Experimentar a dinâmica da vida na célula
• Nutrir uma ~xªº=p~IQ ell;lngelislll~_ '
"*
o formato apropriado para as rellniões de céllllas futuras.
Uma igreja não pode aprender a vida na célula de uma fonte indire-
ta, de experiências de outras i re·as ou livros. Para entender a vida na
ce u a, os líderes precisam experimentar pessoalmente a célula, Deming
disse: "É um risco copiar. E necessário entender a teoria do que deseja-
mos fazer ou promover"." Os líderes que copiam a estrutura básica da
célula de alguém outro colocam em risco a sua igreja. A vida na célula
deve ser original, não copiada de outros. Somente Deus tem o original.
(Veja o capítulo 13 para observar o padrão de uma célula básica que pode
ajudá-lo a iniciar esse processo).
Q teste final de liderança não é se uma pessoa pode liderar, mas se
essa pessoa pode ensinar OlltroS a liderar de lima maneira semelhante. ""-
Depois do .Primeiro ciclo da célllla de descoberta de liderança inicial de
dois ou três meses, os líderes devem formar células de descoberta de lide-
res auxiliares (secundários). É possível que a primeira célula de desco-
berta de liderança funcionou porque o lider era altamente capacitado.
Portanto, o líder deve reestruturar a célula de descoberta de liderança
l
208 A Segunda Reforma
original em três novas células. "Pedro" recebe mais três líderes; o mes-
mo acontece com "Tiago" e "João". Novamente, junto com seus cônju-
ges, eles experimentam os mecanismos e dinâmicas do tipo de células
que eles querem desenvolver na igreja. O segundo ciclo de células de
descoberta inicia com o padrão de células que nasceu da experiência da
célula de descoberta de liderança original. A pessoa gue liderou a célula
de descoberta de liderança inicial deve dar supervisão para as trê~
las de descoberta de liderança
cJ- Q propósito é "sintonizar" o formato e a dinâmica da vida na célu-
la, já experimentado el rimeira célula de descoberta de lideran a-:-
Depois de mais u ciclo de descobe e dois ou três meses, todos os
envolvidos nessas células de descoberta de Iiderança devem ter experi-
mentado a vida na célula.~
l
210 A Segunda Reforma
gundo, ars células recebe!!!.. e incorporam descrentes que ~tão à busca c:k:--
Cristo e de comunidade. Terc.e.ir.o, os membros de células contatam des-
crentes resistentes procurando atender as suas necessidades.
O treinamento de auxiliares deve ser introduzido no estágio do
ciclo de testes. Uma igreja em células cresce porque ela produz líderes
auxiliares para cada nível de liderança. Os auxiliares são a chave para
o cresc imento. Os Iíderes devem aprender a usar o treinamento en-
quanto estão exercendo sua função para desenvolver auxiliares de cé-
lulas que efetivamente fazem o que o líder de célula modelou. O trei-
~
namento de auxiliares deveria incluir um ~rendizado estrutufª-do, usan-
do um ~sistemáticq e um treinamento prático orient~do pelo
líder d~ célula. .
Durante os modelos de células iniciais, uma estrutura de lideran-
ça deve ser desenvolvida e testada. À medida que você desenvolver cé-
lulas- teste, você terá de desenvolver uma ~ltl![a de supervisão-.J;Jara
que os líderes tenham cond ições de aprender como funcionar como
supervisores sobre 50, 100 e 1.000 (veja a figura 8, na página 211).
À medida que~ocê experimentar a vida na célula.ia.celebração
I\O-C.l.!.!!2J~.!'9 signiflcado. ~~ro c?m ·~eus j~~~!OS
se tornará um transbordar do encontro com Deus nas células. A oração
fambém terá de servir-coI110·supolie pa~ feito. Sem a
dependência vital do Pai, nada vai ser realizado.
Durante os ciclos de descoberta e teste, estes componentes es-
senciais devem ser desenvolvidos e embutidos na estrutura e vida da
igreja.
GRUPOS DE
PASTORES DE DISTRITO
E AUXILIARES
sobre cinco pastore .•, de congregaç'ão
GRUPOS DE
H 100"
PASTORES DE CONGREGAÇÃO
E AUXILIARES
sobre cinco supervisores de congregação
!!
Figura 8. A Estrutura da Igreja em Células (A Estrutura de Jetro)
l
212 A Segunda Reforma
ara qlJ~ haja crescimento futuro dos seus grupo~. ~eles vai ser jm.:-
gossível multiplicar e crescer. .
. ~ Líderes sobre 1.000 e .são líderes a~salª[iados,
de tempo integra ,..Lígeres sobre 50 e 10 são membrosyE!~n1ár.ip~
_ são pagos. A possibilidade de uma mUfhplicação exponencial é compro-
metida se os salários devem ser pagos a líderes de células e aqueles que
são responsáveis pela supervisão sobre 50.
5. O perfil para um líder de célula que cuida de 10 pessoas deveria
ser como o de Áquila e Priscila, não como de Paulo ou de Timóteo. A
.
_JUuItlplicacão ---
exponencial vai ser iIDpossív~litULP.os!ç~..9 do líder de cé-
g~l~
~
J.!:iliqIlP-cllidª d~ 10 é \lilit~ma-PQ5i.Ç..ã9_@
-~
alguém
-
foi orde~~ _
=-
. .2 FjC!O dejestes pode chegar a três ou guatro ciclos de seis a noy~
rneses. I.sso significa que a fªse do ciclo de testes pode durar dois anos
Q1lmajs.
O alvo da fase do ciclo de testes é desenvolver várias células sau-
dáveis, estabelecer a estrutura de liderança e aprender como preparar,
evangelizar e treinar auxiliares. Outros membros são trazidos para den-
tro das novas células-teste em cada ciclo quando as antigas células-teste
são reorganizadas e novas são acrescentadas. O nalmente
dez a uinze células mo
P,- Palavra
e Visão de
Par a _ Convergência profética Concebida
igreja em
Ç (Jesus) células
ao
p Grupo 2-3
Inovação Introduzida
inicial pessoas
R
O
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Legitimar Liderança-
Ó pessoas Apropriada
Patrocinar chave
T
I
P Grupo de 70 Rede
O Execução pessoas de apoio Implementada
O Concretização 120
p Congregação-
E da pessoas Capacitada
R "Mudança" base
A
C
I
O Expansão
N 3000-5000 da Expandida
A igreja
L
19
A REDE DE APOIO DE JESUS
V
ocêjá montou~ll cavalo desembestado? EujákM~ro-·
~fl~dy, er~~marrom-avennelhada com uma man:--~
cha branca na cabeça. No entanto, ela não era tão dócil como o
seu nome ou a sua aparência! Quando Judy cansava, ela queria voltar
para o estábulo. Aos dez anos de idade, eu não tinha a força para
convencê-Ia de ficar lá fora no sol e me levar para a minha aventura
seguinte. Quando Judy disparava e seguia para casa, eu tinha duas esco-
lhas: ou eu me agarrava nela até ela decidir parar, ou procurava por uma
areia fofa, e saltava.
A rede de apoio de Jesus dos Setenta deve ter-se sentido da mesma
maneira quando eles o seguiram para Jerusalém para os últimos dias.
Eles haviam tentado dernovê-lo da idéia de ir para lá. Tinham ouvido
das conspirações, tinham visto a crescente raiva e ódio na face dos líde-
resjudeus e sentiam a apreensão de Roma. Não importava o quanto eles
tentassem, não conseguiram fazê-lo mudar de idéia.
217
218 A Segunda Reforma
p Grupo 2-3
pessoas Inovação Introduzida
inicial
R
O
T 12
Legitimar Liderança-
Ó pessoas Apropriada
Patrocinar chave
T
I
P Grupo de 70
Rede
pessoas Implementada
O Execução de apoio
O Concretização
p 120 Congregaçio-
E da pessoas base Capacitada
R "Mudança"
A
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I
O Expansão
N 3000-5000 Expandida
A da
L igreja
20
o REMANESCENTE
DA
CONGREGAÇÃO-BASE DE JESUS
Q
uando ele ascendeu ao céu, Jesus deixou uma congregação-
base de 120 pessoas no cenáculo. Hoje, Cristo constrói o mes-
mo tipo de igreja que ele plantou no primeiro século. Quando a
congregação-base finalmente se reunir, tudo o que é necessá-
rio para ser o corpo de Cristo está presente. Cristo não nos chamou para
construir uma igreja de milhares, mas deixar que ele forme a sua con-
gregação-base de 120 ao nosso redor. Dentro de uma congregação-base
de 120 a 200 cristãos (do tipo "cenácu lo") encontra-se a infraestrutura
essencial para formar uma igreja de mil ou de dezenas de milhares. Ne-
nhuma outra estrutura é requerida. Simplesmente multiplicar os meca-
nismos e as dinâmicas daquela unidade congregacional pode resultar
em um crescimento ilimitado.
REMANESCENTE
225
226 A Segunda Reforma
ESTRATÉGIA DE TRANSIÇÃO
ttt Co"',••••••
,\I,"lodo.r
!'reJ.:<Jriio
E,\(o/,/ dominical
R!'trroI
Grupoc pudrfJn
•. _ Grupo,' de oração
GnIfJO\dt' \'aJo7'IU
Trélnsição da Estrutu=
-----
• Composição cultural/étnica dos 100.
• Grupos em faixas etárias, como grupos de jovens ou grupos de
idosos.
• Fatores sócjo-econômico,>.
• Grupos em torno de uma Iíngua-.
• Necessidades especiais como ministério para surdo§.
A Igreja do Novo Testamento no século XXI 235
AJUSTAR E REAJUSTAR
Visão de
igreja em
células
Concebida
p Grupo 2-3
Inovação Introduzida
inicial pessoas
R
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T Legitimar
12
Liderança-
Ó pessoas Apropriada
Patrocinar chave
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70
P Grupo de Rede
Execução pessoas Implementada
O de apoio
O Concretização 120
p Congregação-
E da pessoas Capacitada
Massa R "Mudança" base
crítica cA
I
O Expansão
N 3000-5000 da Expandida
A igreja
L
Página 236
21
A "MASSA CRÍTICA" DE JESUS
I
magine O seguinte cenário: são 50 dias depois da Páscoa no ano 30
d.C., sete semanas após a morte c ressurreição de Cristo, c dez dias
depois da sua ascensão ao céu. Você é um dos 120 seguidores no
cenáculo em Jerusalém. Os II discípulos sobreviventes estão ali com as
mulheres, a família de Jesus e outros que o seguiram durante aqueles
três anos e meio de ministério repleto de ação.
Durante a época de Pentecostes, os judeus celebravam a colheita
dos cereais e o recebimento da lei no monte Sinai. Por dez dias após a
ascensão, a oração perseverante com um só coração e uma só mente tem
ocupado você, junto com o restante do grupo no cenáculo. O grupo,
como comenta John Stott, estará "pronto para cumprir a ordem de Cris-
to no momento em que ele cumprir a sua promessa".' A última coisa que
Jesus ordenou foi que esperassem pela vinda do Espírito (Lucas 24.49:
Atos 1.8).
O ar estala com eletricidade e o silêncio é ensurdecedor. A expec-
tativa na sala é enorme. Todos os presentes sentem que algo incrível
está para acontecer. Espera-se que Jesus Cristo se apresente no meio
deles, como havia prometido. Stott disse: "Embora o I"['ar deixado \"<l§G
.2ºiludas havia sido preenchidopor Marias, o lugar deixado por Jesus
)!.inds1J1?.Qhavia sido preenchido pelo.Espirito"," Você está esperando a
volta do Rei, esperando que o proprietário tome posse.
Você já havia testemunhado o poder da ressurreição que o levan-
tou da morte e o levou ao céu. Você agora sabe que nada é impossível
237
238 A Segunda Reforma
A ENCARNAÇÃO DA COMUNIDADE
que Deus estava no mundo em nossa forma. Ele tinha o nosso tipo de
corpo, completamente vulnerável às nossas feridas, dores, pecados, tenta-
ções e sofrimentos. Seu corpo físico foi formado de células biológicas,
semelhantemente ao nosso cor
Deus também continua encar r-se no mundo de uma outra ma-
neira, ou seja, por meio da igreja. De s está agora encarnado espiritual-
mente em um contexto de comunidâde, Paulo sugere isso em Efésios
2.21-22: Nele (em Cristo) vocês também estão sendo edificados juntos
(esse não é um acontecimento pessoal ou individual mas um aconteci-
mento coletivo), para se tornarem morada de Deus por seu Espírito. A
igreja é a morada de Deus. Isto é, a encarnação espiritual ocorre na
ecclesia (a igreja) e por meio dela.
A encarnação de Cristo no mundo em um contexto físico tem sido
parte do meu sistema de fé desde que eu era criança. No entanto, a
encarnação de Cristo no seu contexto da sua comunidade espiritual le-
vou anos para cristalizar-se em minha vida.
Esse conceito da encarnação da comunidade deixa a mente perple-
xa. Por meio do Espírito Santo, Deus mais uma vez encarnou-se em um
contexto de célula, mas dessa vez não em uma célula biológica mas uma
célula sociológica por meio da qual ele se torna comunidade. Ele mais
uma vez usa as coisas básicas da vida para formar seu corpo espiritual
operando na terra. O mesmo contexto de célula que Deus usou para
expressar-se em uma vida física (células biológicas) ele usa para ex-
pressar-se na vida da comunidade (unidades de células sociais).
Ray Stedman entendeu o conceito singular da "continuidade da
encarnação" de Cristo na sua igreja e por meio dela.
SALTO INICIAL
forma como missões tem ocorrido neste último século. Nós tivemos o
que chamo de uma "estratégia margarina" de missões que procura espa-
lhar missionários da forma mais fina e mais distante possível. Agências
missionárias enviam um único casal par~ um trabalho em alguma
área geográfica, muitas vezes em algum lugar ~emoto. Poucas equipes
são enviadas, visto que plantar igrejas a partir de congregações fortes
nunca foi considerado como uma estratégia viável.
Começar um trabalho tendo como base um grupo remanescente de
uma igreja em células vai aumentar o potencial para um crescimento
exponencial. Um grupo remanescente preparado já vai entender o que
significa ser parte de uma igreja em células, e vai haver gente suficiente
para imediatamente modelar a vida em célula, a liderança na célula e o
evangelismo. Iniciar igrejas novas ao redor do mundo com esse tipo de
"massa crítica" pode ser tão explosivo quanto o foi no primeiro século,
quando a diáspora espalhou os moradores de Jerusalém por todo o im-
pério romano.
22
OS COMPONENTES DA /'>
"MASSA CRÍTICA" DE JESUS
A
"massa crítica" não surge automaticamente. Certos compo-
nentes devem ser unidos de uma forma prescrita para causar
uma reação em cadeia. Um componente serve como uma das
partes de um todo. Se esses componentes estiverem faltando nessa mistu-
ra, o todo vai ser incompleto e a "massa crítica" não vai ser alcançada.
Uma bomba sem o sistema eletrônico adequado, sem as substâncias quí-
micas certas e sem a embalagem certa, não vai produzir efeito algum. O
mundo dos negócios reconhece a importância desse fenômeno chamado
"massa crítica":
245
246 A Segunda Reforma
o COMPONENTE NUMÉRICO
o COMPONENTE VISÃO
- --
mos ah?ançar a visão; devemos viver na inspiração dela até que ela se
cumpra':';
~
Barna também reconhece esse aspecto "transformador" da vi-
são. "Ao sugerir que a visão trata daquilo que é prioritário, estamos
insinuando que a visão requer mudança. A visão nlJnCa trata emman-
ter oE!11us--puo. A visão tem que ver com estender a realidade até além
do eJitágio ex.i..s1ente".5
,=" No cenáculo, vemos um grupo de pessoas que haviam sido trans-
formadas no molde da visão que Cristo havia recebido do Pai. Elas
tinham passado pelo vale e haviam sido agora moldadas em uma uni-
248 A Segunda Reforma
-
sua sugestão. Se a visão não está clara, vamos "Q,lll:;tgra" em algum
lugar da estrada.
o COMPONENTE COMPROMISSO
o COMPONENTE VALORES
o COMPONENTE TEMPO
o COMPONENTE PROCESSO
o COMPONENTE LIDERANÇA
o COMPONENTE ESTRUTURA
o COMPONENTE ORAÇÃO
o COMPONENTE PODER
Palavra
profética
(Jesus)
.
Visão de
igreja em
células
Concebida
p Grupo 2-3
pessoas Inovação Introduzida
inicial
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T 12
Legitimar Liderança-
Ó Patrocinar
pessoas Apropriada
chave
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P Grupo de Rede
pessoas Implementada
O Execução de apoio
O 120
p Concretização Congregação-
E da pessoas Capacitada
R "Mudança" base
A
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I
O ElrpMIIo
3IJ()().6f)(J(J
••
N di
A ~
L
-
CONCLUSAO
-
A DOUTRINA DA REVOLUÇAO
,
descrita acima.
- E. Stanley.fones
257
258 A Segunda Reforma
Reforma da Doutrina
+ Avivamento do Espírito de Deus
+ Remanescente dos Comprometidos com Deus
+ Restauração do Modelo do Novo Testamento
= Revolução Espiritual
A REFORMA DA DOUTRINA
o PODER DO REMANESCENTE
nt.as que iriam u~ar. Eles não conseguiriam derrotar 135.000 soldados
com bazucas. U"lRremanescente, caracte:~~ente, é tão pequeno que
~cisã1@tr d~cordo com O pl;no de D om as arm~ ---
tempo de Deus e com o oder de Deus. O remanescente de Deus esta _
comprometido e é obediente para ~er as COIsas a manejra~~us.
Deus está éTiamando esse tipo de remanescente hoje. Você pode
fazer parte dele. Se você faz, será exigido de você grande fé e coragem.
Muitos não vão responder ao chamado e não estarão à altura do desafio.
Você poderá fazer parte do remanescente, não por causa da sua
espiritual idade ou habilidade, mas por causa do seu compromisso com a
batalha e sua prontidão de lutar a batalha com as armas de Deus, o plano
de Deus, no tempo de Deus e com os números de Deus.
A RESTAURAÇÃO DO MODELO
A revolução que ele buscou foi uma muito mais profunda, sem
a qual as reformas só poderiam ser superficiais e transitórias.
Se ele pudesse limpar o coração humano do desejo egoísta, da
crueldade e da luxúria, a utopia viria por si mesma, e todas
aquelas instituições que resultam da ambição e violência hu-
manas, além da conseqüente necessidade das leis, desapare-
ceriam. Já que isto seria a mais profunda de todas as revolu-
ções, em contraste com a qual todas as outras seriam meros
golpes de estado de uma classe desalojando a outra e explo-
rando-a por seu turno, Cristo foi, neste sentido espiritual, o
maior revolucionário da história".'
~
(:=APÊNDICE
\ \
ELEMENTOS DE COMUNIDADE:
A MÃO
E
ste apêndice é uma adaptação do Capítulo 3 de Redefining
Revival [Redefinindo o Avivamento]. A ilustração da mão para
explicar os elementos da vida da célula é um dos conceitos
mais importantes de meu ensino, e eu a incluo em praticamente to-
dos os meus livros recentes. No entanto, comecei a usá-Ia depois que
o livro A Segunda Reforma já estava sendo impresso em 1995. Por
isso, fico muito feliz em poder incluí-Ia agora nesta edição em portu-
guês.
269
270 A Segunda Reforma
doutrinas da igreja.
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O DEDO MÍNIMO REPRESENTA O TREINAMENTO
líderes. Seus líderes devem cuidar dos bebês espirituais e liderar o seu
rebanho.
A natureza trinitária de Deus melhor explica o conceito de lideran-
ça de célula. Os cristãos experimentam a paternidade de Deus, a
fraternidade de Cristo e o cuidado paterno do Espírito Santo. Os pais
exercem grande controle sobre os filhos. Entretanto, de manhã um pai
pode ser visto ajoelhado diante de uma criança inquieta de dois anos,
ajudando-a a vestir suas meias e sapatos. Jesus edificou sua igreja em
torno de líderes que seriam capazes de se responsabilizar por outros
membros. A liderança nasce do coração de Deus como Pai. Em 1João, o
autor separa esse processo de mentoreamento entre pais,jovens e filhos.
Pais (e mães) são cristãos maduros. Jovens (homens e mulheres) são
cristãos em crescimento. Filhos são os novos na fé. Os pais mento-reiam
osjovens e osjovens mentoreiam os filhos. .---========='
Jesus demonstrou o relacionamento ;unoroso do Pai no seu conta-
to com seus seguidores e com as crianças nas multidões. Membros ma-
duros em uma célula vivem o amor e a vida de Deus Pai. Deus, o Pai,
gera seus filhos espirituais na família espiritual da célula.
Paternidade implica em reprodução. O objetivo da célula é se re-
produzir. Essa reprodução deve ocorrer primeiro na liderança. Somente
então a célula poderá se reproduzir numericamente. Cada célula tem um
líder e desenvolve ao menos uma outra pessoa para se tornar líder. Além
da liderança na célula, esse dedo também representa o treinamento para
auxi Iiares, as reun iões de coordenação dos Iíderes e a estrutura de Jetro,
por meio da qual a igreja em células coordena o trabalho do ministério
por intermédio de seus líderes.
o TESTE DA MÃO
I
A Igreja dCOVO Testamento no século XXI 277
NOTAS
Introdução
T. S. Kuhn, The Copernican Revolution (Cambridge, Mass., 1957), p.
I
Parte I
Elton Trueblood, Your Other Vocation (New York: Harper and Brothers,
1952), p. 32.
Capítulo 1
IChristian Smith, "Tub Drains, Planets, & Mountain Bikes: On the Need
for an Ecclesiological Paradigm Shift," Voices Newsletten Number 1, p.
1.
2 Smith Voices Newsletter, Number 1, p. 1.
3 Stephen R. Covey, Principle-Centered Leadership (New York: Simon
and Schuster, 1991), p. 67.
4 Herb Miller, ed., "Letter to President Jackson," Net Results Magazine,
março 1991.
5 Edward de Bono, Lateral Thinking (New York: Harper & Row, 1970), p.
13-14.
6 Joel A Barker, Discovering the Future (Lake Elmo, MN: I. L. I. Press,
1989), p. 60.
Capítulo 2
"Talvez a igreja ..." Elton Trueblood, Yoke of Christ (New York: Harper
and Brothers, 1958), p. 115.
I Ralph W. Neighbour Jr., "Welcome to the Cell Church!," Cell Church
Magazine, agosto 1994, p. 5.
2 Citado em Robert Banks, The Home Church (Sutherland, Australia:
Albatross Books, 1986), p. 70. '-o
Capítulo 3
"Uma das tragédias ..." Samuel Miller, "The Evaluation of Religion,"
Saturday Review, 14 novembro 1959, p. 70, citado em Robert A. Raines,
New Life in lhe Church (New York: Harper & Row, 1961), p. 141.
I Raines, New Life in the Church, p. 141.
Capítulo 9
"em Cristo ... " E. Y. Mullins, The Christian Religion in Its Doctrinal
Expression (Nashville, TN: Broadman Press, 1945), p. 173.
I Francis A. Schaeffer, True Spiritualuy (Wheaton, IL: Tyndale House
Publishers, 1971), p. 72.
2 Schaeffer, True Spirituality, p. 172.
J Earnest Loosely, When the Church Was Young (Autun, ME: Christian
Capítulo 10
"Deve haver uma ... " Schaeffer, The Church at the end ofthe 20th Century,
p.56.
I HowardA. Snyder, The Community of the King(Downers Grove, IIIinois:
1967), p. 89.
J Stedman, Ray, A Igreja, corpo vivo de Cristo, p. 106.
Capítulo 11
A Reforma ... " William R. Estep, TheAnabaptist Storm (Grand Rapids, MI:
Wm. B. Eerdmans, 1975), p. 182.
I Martin Luther, Luther's Works, vol 53, Preface to The German Mass and
ofthe Church, (Papers from the Puritan and Reformed Studies Conference),
1965, pp. 60-1.
J Kenneth J. Derksen, "The Collegium Pietatis as a Model for Home Bible
Study Groups," Crux XXII no. 4 (dezembro 1986): 20, citado em Doyle L.
A Igreja do Novo Testamento no século XXI 281
Young, New Life For Your Church (Grand Rapids, MI: Baker Book House,
1989), p. 107.
4 Derksen, "The Collegium Pietatis," 21, citado em Yong, New Life For
Capítulo 1~
"Tem de haver ... " Schaeffer, True Spirituality, p. 171.
I Dr. Wallace, "Who's Afraid ofthe Holy Spirit," Christianity Today 12
setembro 1994, p. 35.
2 Rodman Williams, Renewal Theology Vol. 1 (Grand Rapids, MI:
Zondervan, 1988), p. 146.
3 Schaeffer, True Spirituality, p. 63.
1992,p.12A.
6 Schaeffer, The Church at the End of the 20th Century, p. 71, 72.
7 Engel and Norton, What s Gone Wrong With The Harvest?, p. 136.
Parte In
Capítulo 13
"Se Deus ... " Trueblood, Companyofthe Committed, p. 113.
I Raines, New Life in lhe Church, p. 103.
Capítulo 14
"O sistema ... " Citado em Michael E. Gerber, The E Myth: Why Most Small
Businesses Don t Workand What lo Do About II (New York: HarperColI ins,
1986): p.l09.
I Peter R. Scholtes, The Team Handbook: How lo Use Teams lo Improve
282 A Segunda Reforma
Capítulo 15
"Cada atividade ... " W. Edwards Deming, Out of Crisis (Cambridge:
Massachusetts Institute ofTechnology Center for Advanced Engineering
Study, 1986), p. 87.
1 Webster s New World Dictionary (1990).
Capítulo 16
"O protótipo ... " Gerber, The E-Myth, p. 54.
1 W. Jack Duncan and Joseph G. Van Metre, "The Gospel According to
Capítulo 17
"O protótipo ... " Gerber, The E-Myth, p. 54
1 Coleman, The Master Plan ofEvangelism (Old Tappen, NJ: Revell CO.,
1963), p. 21.
2 Ralph Neighbour Jr., Where Do We Go From Here? A Guidebookfor lhe
Cell Group Church (Houston: TOUCH Publications, 1990), p. 202.
3 Stedman, Body Life, p. 114.
p.272.
Capítulo 18
"O obreiro evangélico precisa decidir ..." Co1eman, The Master Plan of
A Igreja do Novo Testamento no século XXI 283
Evangelism, p. 37
1 Coleman, The Master Plan of Evangelism, p. 109.
Capítulo 19
"Para um paradigma ... " Kuhn, The Structure ofScientijic Revolutions, p.
158.
1 Schaller, The Change Agent, p. 104-109.
Capítulo 20
"O grupo pequeno ... " Snyder, The Problem ofWineskins, 144.
1 Yonggi Cho e Harold Hostetler, Successful Home Cell Groups (South
Capítulo 21
"Muito da singularidade ..." Trueblood, The Incendiary Fellowship, p. 107.
1 John Stott, The Spirit, the Church and the World: The Message of .Acts
(Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1990), p. 59.
2 Stott, The Spirit, lhe Church and lhe World,p. 59.
5 Jess Moody, A Drink at Joel s P/ace (Waco, TX: Word, 1967), p. 22,17,
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