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A ARTE CULTURAL DA ZONA DA MATA NORTE NAS EXPRESSÕES

TELÚRICAS DO MARACATU RURAL CAMBINDA BRASILEIRA DE NAZARÉ


DA MATA – PE

Arleide Vicente da Silva1


Patrícia Cristina de Aragão Araújo2

O presente trabalho tem por objetivo discutir acerca do Maracatu rural Cambinda Brasileira
e sua importância no contexto da cultura afro-brasileira como patrimônio cultural de Nazaré
da Mata - PE. O maracatu, enquanto arte que denota no seu potencial a afrobrasilidade
pernambucana expressa na dança, no canto e na indumentária, é resultante do saber-fazer de
homens e mulheres da zona da mata que através desta arte marcam suas presenças num
modo de fazer cultura a partir do mundo rural. Este estudo faz parte de uma pesquisa em
andamento de nosso trabalho na pós-graduação, em que apresentamos o maracatu enquanto
patrimônio cultural imaterial de Nazaré da Mata numa discussão que intercambia modos e
formas de ver o mundo, alçados nos aportes da religiosidade de matriz africana que
influência o conjunto artistico e cultural que forma o maracatu. A importância deste estudo
se justifica no contexto dos estudos rurais, porque evidencia valores, estilos e modos de
vida que expressam a cultura afro-brasileira a partir do olhar do campo e das pessoas que
nele vivem, que no seu cotidiano, constroem suas histórias e ressignificam a sua arte através
do maracatu.
Palavras-Chave: Maracatu. Patrimônio. Cultura Afro-Brasileira.

A introdução do sistema escravista no Brasil foi acompanhada do


desenvolvimento da atuação das tradições culturais herdadas das matrizes africanas que
foram sendo distribuídas no interior das diferentes regiões Brasileira, principalmente,
aquelas onde a exploração dessa mão de obra se deu com mais intensidade. Podemos
perceber que o maracatu surgiu no final do século XIX e início do XX, e é por isso que
faz parte das tradições africanas reinventada na diáspora negra. Vale salientar, que as
religiões, os cantos, as danças, os batuques e outros fazeres em que estavam inseridos
nas práticas e nos costumes vivenciados das tradições africanas e seus descendentes que
1
Aluna do Curso de Especialização em História e Cultura Afro-Brasileira/ UEPB - E-mail:
arleide.vicente@yahoo.com.br
2
Profª Drª do curso de História./ UEPB - E-mail: patríciacaa@yahoo.com
fazem partes das diversidades culturais afro-brasileiras, e é por meio dessa influência e
perspectiva é que podemos inserir o maracatu rural enquanto expressões das
manifestações da cultura brasileira.
Dessa forma o maracatu rural abre as diversas possibilidades de ampliação do
conhecimento sobre as origens das culturas, das matrizes africanas implantadas no
Brasil, que se deu com prática de coroação de reis e rainhas de nação, eram eleitos pelos
escravos africanos de diferentes etnias para representar suas respectivas nações de
origens no Brasil, sendo assim, puderam compartilhar os valores e crenças herdados de
seus ancestrais.
Desde a sua implantação, elas sofreram modificações que se caracterizam
conforme o tempo e o lugar que possam estar inseridos. Assim, a modalidade o
maracatu rural que surgiu na zona da mata canavieira de Pernambuco corresponde à
formação identitárias desses grupos [nativas, indígenas, e européias, e etc], conforme o
contexto em que estavam inseridos, eles passaram por todo esse processo de escravidão,
desenvolveram novas formas de sociabilidades e afirmação de suas práticas sob novas
perspectivas dos processos históricos. Assim podemos entender, que o maracatu rural
por meio da função e importância que vem exercendo na cultura pernambucana; pelos
aspectos históricos que apresentam cada grupo existente, entre outros aspectos,
constituem-se em espaços de sociabilidade e de afirmação da identidade dos afro-
descendentes no Brasil.
Considerando as reflexões que está sendo levantadas sobre as identidades
culturais dos grupos de maracatus rural que colocam como medidas, que visa a
ampliação dos conhecimentos sobre o maracatu Cambinda Brasileira, serem
apresentadas sobre os aspectos históricos, culturais, sociais, e como ele foi inserido nos
grupos que os constitui, conforme isso, busca-se a apreensão dos valores construídos e
que permite a sua atualização no contexto atual. Buscando dessa forma a comprovação
da importância do maracatu rural em Nazaré da Mata, como mostra os estudos de Siba
Veloso:

Embora não dando conta de explicar ou descrever o caminho que


percorreram as diversas matrizes que compuseram os folguedos, essa
relação simbólica diz muito do quanto ele, em suas origens, está
profundamente ligado ao embate cultural gerado pelo processo de
colonização no Brasil, marcado pela escravidão,
dominação religiosa e confronto (BASILIO, 2008, p. 46)

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Conforme a explanação do autor, o maracatu se abre as discussões e debates
para que o seu conhecimento sejam discutidas em conformidade a forma a qual foram
geradas bem como as apreensões dos aspectos que as geraram. De acordo com essa
compreensão, podemos entender os caminhos os quais percorreram e foram aceitos
socialmente. Conforme Ivaldo Marciano (2009, p. 74) “festeja e proclamados símbolos
máximo da identidade pernambucana”. Essa referência sugere indagar sobre como ao
logo da história, os maracatus tornaram-se expressão de cultura que diz respeito às
tradições da cultura local. Assim, o maracatu rural é considerado uma reprodução
simbólica das formas de organização social, política e cultural onde podem ser
percebidas através das interações entre indivíduos reproduzidas através dos tempos e
que se sobressaem enquanto impulsionadora das tradições popular dos Pernambucanos.
Como explica Sandra A. (2007, p. 5) sobre isso, diz que: “A atribuição de valores e
simbologias a determinados bens materiais ou imateriais adquire no decorrer do tempo
histórico, sentidos e vivências subjetivas, determinadas pela relação que esses objetos
estabelecem com os sujeitos ou grupos sociais”.
Compreender os sentidos que estão representados no Maracatu Cambinda
Brasileira se sobressaem através dos valores construídos pelos grupos que os integram e
permite o desencadeamento da história das comunidades em que estão inseridos os
maracatus rurais. Dessa forma, pode ser colocado no centro das discussões referente aos
estudos afro-brasileiros. Através das discussões podem atribuir conceitos coerentes aos
seus significados, tentando com isso, uma melhor atribuição dos sentidos elaborados por
eles podem, dessa forma, nos ajudar na compreensão de sua complexidade de sentidos
que envolvem os maracatus, sendo aqui colocadas como representação da cultura afro-
brasileira.
Buscando inserir o maracatu Cambinda Brasileira sob o ponto de vista dos bens
culturais a ser preservado como patrimônio cultural imaterial de Pernambuco. Ele
apresenta elementos da cultura que os constitui enquanto fator que podem ser inseridos
numa das formas para salvaguarda que, conforme Inácio Marciano “são se trata só de
brincadeira [...] nem só de herança africana, os maracatus na verdade são bens
brasileiros compostos de saberes e modos de fazer os mais variados” (Lima, 2009, p.
71). Conforme a linha de pensamento do autor, podemos perceber que, mesmo com as
complexidades dos termos contribuídos á essa forma de expressão cultural onde são
conferidas as transmissões dos valores que evidenciam as formas de tradição da cultura
popular de Pernambuco.

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Dessa forma, o grupo Cambinda Brasileira enquanto bens culturais podem ser
colocados em conformidade com as medidas que envolvem os aspectos das tradições da
cultura de Nazaré da Mata, considerando a importância que os constitui como tal a ser
preservado como bens patrimonial de natureza intangível. Pelos sentidos que
representam, compreendem a dinâmica de grupos sociais envolvidos nos processos que
compreendem as práticas e os saberes que fazem partes dos costumes humanos, onde
estão inseridos homens e mulheres envolvidos nessa expressão da cultura. Sobre a
concepção de cultura que esta sendo colocado, conforme explica Sandra Jatay:

A cultura é uma forma de expressão e tradução da realidade que se faz de


forma simbólica, ou seja, admite-se que os sentidos conferidos ás palavras,
às coisas, às ações e aos atores sociais se apresentam de forma cifrada,
portanto já um significado e uma precisão valorativa (PESAVENTO, 2004,
p. 15)

Nesse perspectiva, o maracatu Cambinda Brasileira sob o ponto de vista dos


processos históricos, que o constituem culturalmente preservado, conferem a apreensão
dos significados atribuídos às questões sobre as quais refletem a temática cultura afro-
brasileira em que estão sendo colocado o Canbinda Brasileira. Para isso, faz-se
necessário entender os sentidos que representam conforme as medidas proposta para os
bens tombado segundo os critérios determinados pelo Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional (IPHAN) e da UNESCO, determinam medidas que visa conferir os
objetos que podem ser colocados entre os bens protegidos historicamente. Nessa
perspectiva, o maracatu Cambinda Brasileira está entre os bens a ser considerado
patrimônio para salvaguarda da tradição, dos aspectos históricos e culturais querendo
com isso, permitir que sejam percebidas os valores representativos de suas práticas,
dentre outros, evolutivas que são geradas e mantidas pelos processos dentre os quais
fazem partes dos procedimentos, aos quais estão inseridos na construção histórica em
que se desenvolveu as práticas culturais do conhecimento presente nos maracatus.
Segundo os estudos levantados, o maracatu se apresenta como um tipo de dança
que eram praticadas por tribos africanas que viveram ainda na época da colonização
portuguesa nesse continente, e foram inseridos no Brasil foram ao longo do tempo
ressignicadas e atribuídas novos valores culturais. Atualmente o maracatu é usado para
indicar um folguedo pernambucano que se apresenta de duas formas: o maracatu Nação
ou de Baque Virado e o Maracatu de Baque Solto, Maracatu Rural ou de Maracatu de
Orquestra. Um dos principais aspectos representativo do grupo diz respeito-a idéia de

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coletividade que carregam para pensar o grupo, segundo os estudos de Ana Valéria,
envolvem indivíduos com interesses comuns partilhando dos mesmos saberes. Enquanto
suas características a autora apresenta as seguintes:

Composta pelo desfile de uma corte real, baianas e arreia-más ou tuxaus


(caboclo com um cocar de penas de pavão), rodeados pelos caboclos de
lança e complementados por personagens como o mateus, a catarina e a
burra. Estes personagens dançam ao som de uma orquestra de percussão e
metais (cuíca, caixa, surdo, gonguê, e trombone) que toca entre os desafios
de versos improvisados pelo mestre do grupo (VICENTE, 2005, p. 27).

Assim, o maracatu Rural através das misturas dos elementos culturais existentes
no interior da zona da mata norte ou canavieira, onde encontramos diferentes expressões
da cultura popular existentes em Pernambuco e que podem, entre outros, serem
associados às tradições da cultura afro-brasileiras e indígenas.
Suas origens permitem uma reflexão em torno dos conhecimentos históricos que
os tornam partes dos tempos que remontam as histórias e as experiências de vidas nas
senzalas dos engenhos existentes em Nazaré da Mata, por intermédio de suas
característica histórica, por está localizada na região canavieira do Estado, a mesma
possui ainda um número significante de engenhos de cana de açúcar construídos no
período colonial, quando os grupos de negros/as se reunião em seus terreiros para
festejar, uma forma de resistência as pressões que sofriam, a presença do regime
escravista ainda presente nos trabalhos dos engenhos, dão mostras das agressividades e
dos sentimentos de revoltas, de tristeza, más também de descontração e alegria dos
grupos que vivenciaram esse momento histórico. Assim, podemos entender um pouco
dos significados aos quais apresentam o maracatu rural, mesmo com as complexidades
que os rodeiam, são perceptíveis de atribuições de novas idéias e de valores culturais
que os afirmam enquanto bens matérias.
Conhecida como terra do maracatu, Nazaré da Mata está localizada na região da
zona da mata de Pernambuco, a 65km da capital Recife, a cidade é reconhecida por
preservar na alma de seus moradores, uma das mais ricas manifestações do Estado. A
cidade se destaca por ter sido o local onde se originou o primeiro maracatu rural de que
se tem notícia, o Cambinda de Araçoiaba fundado no dia 10 de dezembro de 1914, no
engenho Olho D’Água e o Cambinda Brasileira, por sua vez, é considerado o mais
antigo em atividade no Estado foi fundado em 1918, no engenho Cumbe que fica a 6km
da zona urbana do município de Nazaré da Mata.

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Com 91 anos em atividade, o Cambinda Brasileira está entre uma das principais
manifestações populares no estado de Pernambuco, ocupa lugar de destaque pelos
aspectos culturais que procura conservar através dos processos históricos em que esteve
atuando enquanto difusor da cultura, e em que foram se firmando como sendo capaz de
reconstruir a sua história, através da junção de outros valores e saberes de outros
folguedos, adquirindo vários elementos aos quais estão agregadas as ações de que fazem
partes as práticas e os costumes que ainda se faz presente na memória coletiva de seus
integrantes. Pois, fazem partes dos conhecimentos e dos saberes onde a população tem
colaborado para a preservação de suas culturas. Segundo Sandra Jatay (2004, p. 39)
“[...] São matrizes geradoras de condutas e práticas sociais, dotadas de força integradora
e coesiva, bem como explicativa do real”.
Como representação de cultura, o grupo vem se destacando seja pelas atividades
que desenvolvem junto às comunidades de origem, busca manter através de suas
apresentações ao longo dos anos se configura sob novos contextos. São transformações
que fazem partes das necessidades e desejos de grupos, através dos quais, buscam
construir novas identidades, por isso, vão se apropriando e reelaborando elementos
culturais novos, tornando-se uma representação da cultura na referida região.
(PESAVENTO, 2004, p. 41): “As representações são também portadora do simbólico,
ou seja, dizem mais do que aquilo que mostram ou enunciam, carregam sentidos
ocultos, que, construídos social e historicamente, se internalizam no inconsciente
coletivo e se apresentam como naturais, dispensando reflexão”.
Discorrer sobre contexto histórico em que se deu início a formação e os seus
processos de afirmações nas manifestações populares. Como salienta José D’Assunção,
em seus estudos trabalha as noções de representações para conferir as formas pelas
quais os indivíduos compartilham através de suas práticas interagem segundo os modos
de fazer e pensar a produção cultural explica que:

[...] através delas podemos examinar tanto os objetos culturais produzidos ,


os sujeitos produtores e receptores de cultura, os processos que envolvem a
produção e difusão cultural, os sistemas que dão suportes a estes processos
e sujeitos, e por fim as normas a que se conformam as sociedades inclusive
através da consolidação de seus costumes (BARROS, 2004, p. 82).

Inserir o maracatu no âmbito das ciências humanas, sobretudo, o campo que


trata os estudos multiculturais para conferir aos grupos étnicos, a valorização da
identidade cultural como forma de afirmação que permite as manifestações de culturas.

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Em conformidade como o decreto federal nº 3.551/2003, que estabelece o registro dos
bens cultural de natureza imaterial em seu artigo 1º institui os livros onde serão
inseridos os bens culturais registrados como patrimônio cultural. Nesse caso, permite
que o grupo Cambinda Brasileira seja colocado no inciso I, Livro de registros de
Saberes onde podem ser inscritos conhecimentos e modos de fazer que se
enraizaram no cotidiano de suas comunidades. Isso permite que o registro de bens
culturais onde inscritos rituais aos quais serão colocados em conformidade com as
instituições representativas do Estado, prefeituras entre outros órgãos interessados nesse
propósito. Assim, as definições estabelecidas pela UNESCO que objetiva a manutenção
e proteção das tradições culturais populares existentes no mundo.
Sendo assim, o grupo Cambinda Brasileira conforme se insere no Programa
Nacional do Patrimônio enquanto bens de natureza intangível, conforme sugere os
debates para a configuração dos registros dos bens culturais. Essa discussão gira em
torno dos trabalhos conjunto estabelecido pela UNESCO em escala internacional desde
a segunda metade do século XX, vem atuando no sentido de criar ações que confirmem
sua promoção para salvaguarda da e proteção da cultura. De acordo com as medidas
exigidas pela UNESCO, convenção para a salvaguarda do patrimônio cultural imaterial
realizado em Paris em 2003, onde foi permitido um diálogo recíproco entre os
indivíduos e culturas existentes no mundo. Conforme o exposto, tais propósitos das
regras criadas para a formalização e registros do decreto Lei permitem como forma de
regulamentação dos a serem alcançados como forma de garantia dos valores étnicos e
culturais existentes no mundo para que sejam tomadas de consciências por partes dos
indivíduos envolvidos nesse processo, instigam formas de cooperação e de ajuda mútua
entre indivíduos, por meio dos quais, possam obter a preservação de seus patrimônios
como garantias para as suas gerações futuras, conforme Sandra C. A.:

“[...] os objetos ou as coisas, mas suas representações imagéticas e


simbólicas circulam nas entranhas das memórias dos sujeitos sociais, em
meio a sentimentos e vivências que resistem ao acaso e se mantém
devotadas a sustentar vínculos com os seus lugares de pertencimento,
historicamente construídos (PEREGRINI, 2005, p. 5).

Entre os propósitos a serem alcançados está à constituição dos valores, cuja


comunidade estabeleça formas transmissão na sociedade em que faz parte. Assim, o
Cambinda Brasileira integra o patrimônio cultural imaterial como instrumento a serem
reconhecidos através de suas práticas culturais transmitidas pela cultura afro-brasileira.

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Como parte das manifestações das culturas de matriz africana, o maracatu no tocante
aos aspectos históricos que os orientam confere através dos festejos de que fazem partes
o Cambinda Brasileira, se configura como modelo que estão associadas aos modos de
vida diária de negros/as que estiveram presente num dado momento da história de poder
continuarem preservando, através de ações coletivas dos grupos que os constituíam, se
lançaram ao desafio de poder continuar exercendo as tradições de matriz africanas e
dessa forma, contribuir para a transmissão de seus valores.
Como uma expressão de cultura vem ganhando visibilidade no âmbito das
manifestações culturais e, por isso, incorporando elementos de outros grupos culturais,
apresentam aspectos que condizem com sua realidade histórica e cultural, onde estão
ligados formas de expressões dos saberes e fazeres transmitidos culturalmente no
âmbito das comunidades onde estão inseridos. Dessa forma, o Cambinda Brasileira
refletem os valores identitários dos afro-descentes uma vez que, já está sendo avaliada
pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional de Pernambuco [INPHAN]
esta avaliando o projeto que trata disso.
O reconhecimento pode ser percebido como uma forma de expressão cultural,
podem ser entendida como sendo parte das conquistas recentes em a preservação do
patrimônio intangível determinado pela UNESCO e do decreto disposto na Lei de nº
3551 de 04/08/2000, que institui no Brasil os registros de bens culturais de natureza
imaterial para constituição do patrimônio cultural brasileiro. Referente às exigências de
que se trata a lei. Devem ser adotadas medidas que trata dessa implementação de
medidas para viabilização de programas assistencialistas, associadas aos bens culturais
da memória social e histórica dos afro-descendentes. Com base nas propostas da
UNESCO para as definições apresentadas em 20002. Em conformidade com os
propósitos que a UNESCO conferem aos registros dos bens culturais material e
imaterial a serem definidos como patrimônio intangível, João Lanari diz que:

A totalidade das criações de base tradicional de uma comunidade cultural,


expressadas por um grupo ou por indivíduos e reconhecidas como um
reflexo das expectativas de uma comunidade na medida em que refletem sua
identidade cultural e social; seus padrões e valores são transmitidos
oralmente, por imitação ou por outros meios. Suas formas são, entre outras,
língua, literaturas, , musica, dança, jogos da mitologia, rituais, hábitos,
artesanato, arquitetura e outras artes [...] serão levadas em conta também, as
formas tradicionais de comunicação e informação (BO, 2003, p. 73).

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Uma vez que o maracatu no exercício de suas práticas a importância pela função
que exerce nos quadros das manifestações populares enquanto cultura, se materializa em
bens patrimoniais que, de alguma forma, assumem papeis sociais que expressão de
forma determinantes e eficaz o processo de promoção dos valores culturais presentes no
maracatu rural Cambinda Brasileira que, por sua vez, convergem significativamente
segundo as determinações exigidas para fazer parte dos bens culturais a serem
preservados como patrimônio intangível do estado pernambucano.

REFERÊNCIAS

ASTIER, Basílio e VELOSO, Siba. Na Ponta do Verso: A poesia do maracatu de


baque solto. In.: CORRÊA, Joana e PIMENTEL, Alexandre (orgs.). Na ponta do
Verso: poesia de improviso no Brasil. (orgs.). Rio de Janeiro: Assossiação Cultural
Caburé, 2008

BARROS, José D’Assunção. O Campo da História: Especificidades e


Abordagens. 3ª ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2004.

BO, João Batista Lanari. Proteção do Patrimônio na UNESCO: ações e


significados. Brasília: UNESCO, 2003.

LIMA, Ivaldo Marciano de França, Tradição Multante! Visto como herança


africana, o maracatu pernambucano sobrevive. In.: Raízes Africanas.
FIGUEREDO, Luciano (org.). Rio de Janeiro: Sabin, 2009.

NASCIMENTO, Mariana Cunha Mesquita do. João, Manoel e Maciel Salustiano:


três gerações de artistas populares recriando os folguedos de Pernambuco. Recife:
Reviva[s.d.].

PELEGRINI, Sandra C. A. O patrimônio Cultural e a Materialização das Memórias


Individuais e Coletivas. In.: Patrimônio e Memória. São Paulo, v. 3, n. 1, 2007.

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PESAVENTO, Sandra Jatay. História e História Cultural. 2ª ed. Belo Horizote:
Autêntica, 2004.

VICENTE, Ana Valéria. Maracatu Rural – O Espetáculo como Espaço Social:


um estudo sobre a valorização do pular através do da imprensa e da mídia. v. 3.
Recife: Reviva, 2005.

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